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Planos de aula / História / 5º ano / Registros da história: linguagens e culturas

A importância da escrita para compreensão de povos antigos


Por: Amanda Antoniassi Reis / 01 de Abril de 2019

Código: HIS5_07UND04

Sobre o Plano

Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola

Professor: Amanda Reis

Mentor: Jeanine Rodermel

Especialista: Giovani Silva

Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso

Ano: 5º ano

Unidade temática: Registros da história: linguagens e culturas.

Objeto (s) de conhecimento: As tradições orais e a valorização da memória. O surgimento da escrita e a noção de fonte para a transmissão de saberes, culturas e histórias.

Habilidade(s) da BNCC: (EF05HI07) Identificar os processos de produção, hierarquização e difusão dos marcos de memória e discutir a presença e/ou a ausência de diferentes grupos que compõem a sociedade na nomeação
desses marcos de memória.

Palavras-Chave: Escrita; Preservação da cultura

Materiais complementares

Documento
Emojis e registros Maia e Asteca
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/nPtayPbxUFx9Cr7D3Er8jjTSuzgqRE5XTb8wM2dxjYUvrkjga6yF8Mn6ADQt/his5-07unid04-emojis-e-registros-maia-e-asteca.pdf

Documento
Registro Asteca e Maia
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Enh6U6hPyabzaaeJB4GXqXDENMT2fwTS5dkVNKnkWzKkHPS3mWapXsM37y7j/his5-07unid04-registro-asteca-e-maia.pdf

Documento
Haragana e Hieróglifo
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/dSdqtsNszzEEGfkHjR78kcXH3jKcwZrcYajBQ7vZWYWCaanzV7DqwASK7vBk/his5-07und04-haragana-e-hieroglifo.pdf

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Plano de aula

A importância da escrita para compreensão de povos antigos

Slide 1 Sobre este plano

Este slide em específico não deve ser apresentado


para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da
aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma
aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que
fazem parte do trabalho com a habilidade
(EF05HI07) de História, que consta na BNCC. Como
a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de
todo o ano, você observará que ela não será
contemplada em sua totalidade aqui e que as
propostas podem ter continuidade em aulas
subsequentes.
Materiais necessários: Caderno dos alunos ou
folha avulsa. Se não for possível projetar a
imagem, imprima-as
Material complementar: Se não for possível
projetar os slides você pode imprimir os
documentos da problematização clicando
(https://nova-escola-
producao.s3.amazonaws.com/nPtayPbxUFx9Cr7D3Er8jjTSuzgqRE5XTb8wM2dxjYUvrkjga6yF8Mn6ADQt/his5-
07unid04-emojis-e-registros-maia-e-
asteca.pdf). Para saber mais sobre os documentos
Maia e Asteca clique (https://nova-escola-
producao.s3.amazonaws.com/Enh6U6hPyabzaaeJB4GXqXDENMT2fwTS5dkVNKnkWzKkHPS3mWapXsM37y7j/his5-
07unid04-registro-asteca-e-maia.pdf).
Para você saber mais: História Geral da África I,
Metodologia e pré-história da África Disponível em
<http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-
this-office/single-
view/news/general_history_of_africa_collection_in_portuguese_pdf_only/
> Acesso em 05/03/2019.
A história da escrita Disponível em
<http://webeduc.mec.gov.br/midiaseducacao/material/impresso/imp_basico/e1_assuntos_a1-
4.html> Acesso em 09/01/2019.

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A importância da escrita para compreensão de povos antigos

Slide 2 Objetivo
Tempo sugerido: 5 minutos Slide
Orientações : Inicialmente projete para os alunos
esse slide ou escreva o objetivo no quadro. O
objetivo dessa aula é comparar diferentes escritas,
atribuir função para essas escritas e perceber a
importância da escrita para o desenvolvimento,
manutenção e preservação de uma sociedade. A
escrita é, portanto, um dos meios para a
preservação da memória cultural de um povo e não
a única. Muitos povos se desenvolvem e preservam
sua cultura através da oralidade.
Para você saber mais: A história da escrita.
Disponível em
<http://webeduc.mec.gov.br/midiaseducacao/material/impresso/imp_basico/e1_assuntos_a1-
4.html> Acesso em 09/01/2019.

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Slide 3 Contexto
Tempo sugerido: 10 minutos Slide
Orientações: Organize a sala em círculo ou
semicírculo. Pergunte aos alunos se eles sabem o
significado da palavra pictografia ou já ouviram,
leram sobre. Ouça as respostas fazendo
intervenções para que o aluno se aproxime da
definição correta, então peça a eles que
procurarem no dicionário o significado da palavra
pictografia (sistema primitivo de escrita em que se
exprimiam as ideias por meio de cenas figuradas
ou simbólicas).
Dê preferência ao impresso, é importante
promover momentos de pesquisa para os alunos.
Se eles conhecem as representações acima
(emojis). De quais formas podemos registrar as
vivências, a rotina, a organização de uma
sociedade? Os emojis podem ser considerados
registros? Os emojis também são uma forma de
conhecermos mais sobre os povos?
Peça para os alunos falarem o que pensam sobre
essas questões. É importante registrar as hipóteses
dos alunos. O registro pode ser feito no caderno ou
em uma ficha de atividade conforme sua
organização. Se não for possível projetar os slides,
imprima as imagens clicando (https://nova-
escola-
producao.s3.amazonaws.com/nPtayPbxUFx9Cr7D3Er8jjTSuzgqRE5XTb8wM2dxjYUvrkjga6yF8Mn6ADQt/his5-
07unid04-emojis-e-registros-maia-e-
asteca.pdf).
Para você saber mais: História Geral da África I,
Metodologia e pré-história da África Disponível em
<http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-
this-office/single-
view/news/general_history_of_africa_collection_in_portuguese_pdf_only/
> Acesso em 05/03/2019.

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Slide 4 Problematização
Tempo sugerido: 10 minutos
Orientações : A partir dos registros dos alunos
feito na contextualização, peça a eles que
comparem os emojis com as representações Asteca
e Maia, identificando semelhanças e diferenças. É
necessário o registro dessas comparações.
As escritas primitivas Maia e Asteca permitem
saber sobre a forma de vida desses povos? A
civilização Asteca se desenvolveu entre os séculos
XIV e XVI no México. Já a Maia, pode-se considerar
que apareceu por volta de 2500 a.C., e sua melhor
época iniciou-se em 900 d. C. e, finaliza no século
XVI, antes da chegada dos espanhóis a México,
Honduras, Belize e El Salvador.
Como sabemos de informações, características,
formas de organização social de povos que
viveram há centenas e milhares de anos atrás? Qual
a importância da escrita, dos registros para a
preservação da cultura? É importante ressaltar que
a escrita é um dos meios de preservar, manter as
tradições e que muitas sociedades se
desenvolveram, se mantiveram e preservaram suas
tradições por meio da oralidade. Somente através
da escrita é possível essa preservação da cultura?
De quais outras formas é possível?
Se não for possível projetar os slides você pode
imprimi-las clicando (https://nova-escola-
producao.s3.amazonaws.com/nPtayPbxUFx9Cr7D3Er8jjTSuzgqRE5XTb8wM2dxjYUvrkjga6yF8Mn6ADQt/his5-
07unid04-emojis-e-registros-maia-e-
asteca.pdf). Você pode montar um painel com os
documentos acima, acrescentar outros
documentos.
Para você saber mais: Para saber sobre a descrição
dos documentos Asteca e Maia clique
(https://nova-escola-
producao.s3.amazonaws.com/Enh6U6hPyabzaaeJB4GXqXDENMT2fwTS5dkVNKnkWzKkHPS3mWapXsM37y7j/his5-
07unid04-registro-asteca-e-maia.pdf)
Para saber sobre a descrição dos documentos
Hiragana e Hieróglifos, clique (https://nova-
escola-
producao.s3.amazonaws.com/dSdqtsNszzEEGfkHjR78kcXH3jKcwZrcYajBQ7vZWYWCaanzV7DqwASK7vBk/his5-
07und04-haragana-e-hieroglifo.pdf).

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Slide 5 Problematização
Tempo sugerido: 10 minutos
Orientações: Além dos registros da sociedade
Asteca e Maia, apresente a escrita Haragana e os
Hieróglifos. A partir dos registros dos alunos feito
na contextualização, peça a eles que compare os
emojis com as representações Asteca, Maia,
Japosena (haragana) e os hieróglifos, identificando
semelhanças e diferenças. É necessário o registro
dessas comparações. A mediação é fundamental
para a percepção dos registros como memória,
manutenção e preservação da memória desses
povos.
Pergunte: como sabemos de informações,
características, formas de organização social de
povos que viveram há centenas e milhares de anos
atrás? Qual a importância da escrita, dos registros
para a preservação da cultura, da memória?
Se não for possível projetar os slides, imprima-os
clicando aqui (https://nova-escola-
producao.s3.amazonaws.com/nPtayPbxUFx9Cr7D3Er8jjTSuzgqRE5XTb8wM2dxjYUvrkjga6yF8Mn6ADQt/his5-
07unid04-emojis-e-registros-maia-e-
asteca.pdf). Você pode montar um painel com os
documentos acima e acrescentar outros
documentos.
Para você saber mais: Para saber sobre a descrição
dos documentos Asteca e Maia clique
(https://nova-escola-
producao.s3.amazonaws.com/Enh6U6hPyabzaaeJB4GXqXDENMT2fwTS5dkVNKnkWzKkHPS3mWapXsM37y7j/his5-
07unid04-registro-asteca-e-maia.pdf)

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Slide 6 Sistematização

Tempo sugerido: 15 minutos


Orientações: Após os alunos registrarem suas
respostas dando sequência às atividades
anteriores, confirmando ou não suas hipóteses,
retome as perguntas e peça para os alunos lerem o
que produziram. Para que todos consigam fazer
seus registros, após a leitura dos alunos, construa
uma resposta coletiva. É essencial que seja feita
pelos alunos, incentive os alunos a falar sobre o
que pensaram.
Essa é uma das estratégias para verificar a
compreensão dos alunos sobre a aula. A atividade
proposta é uma produção sobre a importância dos
registros escritos para a preservação da memória
de um povo. Os alunos podem produzir através de
um texto ou através de símbolos, desenhos que
representem um povo, uma vivência coletiva em
que retrate a importância da preservação da
memória, um momento histórico. O aluno poderá
usar de todo seu conhecimento histórico
disponível. Os alunos que apresentarem maior
dificuldade de fazer essa projeção do passado
sendo representado no presente, dê a opção de
representar um momento atual, sua própria
vivência.
É importante reforçar que seja um contexto social,
coletivo e não individual. Apesar do foco da aula ser
a escrita como um dos meios para a manutenção e
preservação da memória, é importante ressaltar e
esclarecer que a escrita não é a única forma de
preservação. Muitos povos se desenvolveram e
mantiveram sua cultura através tradição oral.
Se for possível continuar essa aula você pode
trabalhar a passagem do tempo através da linha do
tempo, marcando os séculos antes e depois de
Cristo, para entenderem melhor a passagem do
tempo. Pode ser trabalhado também a localização,
países onde essas civilizações se desenvolveram,
através de um planisfério ou globo terrestre.

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Vocês conhecem a palavra pictografia? 
Sabem o que significa? 
Asteca Maia 

Existe alguma semelhança entre os 


registros Asteca e Incas e os Emojis? 
O conto de Genji 
Descrição 
Este  livro  é  uma  antiga  edição  de  tipo móvel de um dos trabalhos clássicos mais 
conhecidos  na  literatura  japonesa.  Acredita-se  que  esta  seja  a  primeira  versão 
impressa do ​Genji monogatari (O conto de Genji) e possui 54 volumes produzidos 
na  era  Keichō  (1596–1615).  Este  é  o  mais  antigo  dos  livros  no  qual  os  tipos 
hiragana  foram  usados,  e  existem  apenas  duas  outras  cópias  escritas. Hiragana 
é  um  escrita  cursiva  do  alfabeto  japonês.  Um  dos  mais  antigos  romances  no 
mundo,  ​Genji  monogatari  foi  escrito  no  início  do  século  XI  por  uma  cortesã 
chamada  Murasaki  Shikibu.  Sua  história  relata  a  vida  e  os  amores  do  Príncipe 
Genji  e  os  afazeres  de  seus  filhos e netos, refletindo a vida da corte japonesa no 
apogeu  do  período  Heian  (794–1185).  O  conto  é  narrado  em  prosa  e  também 
tem cerca de 800 poemas embutidos na narrativa. 
Pedra com hieróglifos, perto de Aipe, na margem esquerda do rio 
Magdalena, província de Neiva 
Descrição 

Esta  aquarela  de  Manuel  María  Paz  (de  1820  a  1902)  mostra  uma  grande  pedra 
esculpida  com  inscrições hieroglíficas perto de Aipe, na margem esquerda do rio 
Magdalena,  na  província  de Neiva (hoje um município no atual departamento de 
Huila),  no  sudoeste da Colômbia. Os aipes e os natagaimas (também conhecidos 
como  pijaos)  eram  os  povos  indígenas  desta  área.  Eles  costumavam  se  reunir 
neste  local  para  realizar  uma  grande  feira,  onde  negociavam  sal,  cobertores, 
figuras  de  ídolos  e  ornamentos  de  ouro.  A  aquarela  é  comum nas obras de Paz, 
que  capturavam  a  diversidade  da  população  da  Colômbia  e  representavam  as 
atividades  diárias  e  os  hábitos  tradicionais  dos diferentes grupos étnicos, raciais 
e  sociais  do  país.  Paz  nasceu em Almaguer, na província de Cauca. Ele entrou no 
exército  colombiano  ainda  jovem  e  demonstrou  possuir  habilidades 
excepcionais  como  cartógrafo  e  pintor.  Em  1853,  ele  assumiu  o  cargo  de 
desenhista  da  Comisión  Corográfica  (Comissão  Corográfica),  antes  ocupado  por 
Henry Price (1819 a 1863). A comissão, que começou seus trabalhos em 1850, foi 
encarregada  de  estudar  a  geografia,  a  cartografia,  os  recursos  naturais,  a 
história  natural,  a  cultura  regional e a agricultura da República da Nova Granada 
(atuais  Colômbia  e  Panamá).  Paz  trabalhou  sob  a  liderança  de  Agustín  Codazzi 
(1793  a  1859),  geógrafo  e  engenheiro  nascido  na  Itália  que  foi  cofundador  e 
diretor  da  comissão.  Em  1859,  quando  Codazzi  faleceu,  Paz  foi  um  dos 
colaboradores  que  assumiram  a  tarefa  de  revisar,  concluir  e publicar o trabalho 
que  a  Comisión  Corográfica  havia  desenvolvido  desde  1850.  Como  desenhista, 
Paz  produziu  aquarelas  e  desenhos  muito  precisos,  tentando  representar  os 
locais  e  o  povo  da  Colômbia  com um estilo naturalista e objetivo. Essas imagens 
constituem  registros  documentais  inestimáveis  para  a  história  e  a  cultura  da 
Colômbia.  Também,  fornecem  informações  pertinentes  ao  desenho  de  mapas, 
que  era  um  dos  principais  objetivos  da  Comisión  Corográfica.  Mais  de  90 
pinturas de Paz estão preservadas na Biblioteca  
https://www.wdl.org
Códice Azcatitlan 

 
 
Este  manuscrito,  conhecido  como  ​Códice  Azcatitlan​,  data  provavelmente  de 
apenas  alguns  anos  após  a  chegada  dos  espanhóis  no  México.  Ele  relata  a 
história  dos  astecas  (também  conhecidos  como  mexicas),  incluindo  sua 
migração  de  Aztlán,  o  antigo  ou  lendário  berço  da  civilização  asteca,  para 
Tenochtitlán  (precursora  da  atual  Cidade  do  México).  O  códice  retrata  a 
sucessão de governantes astecas, a chegada de tropas espanholas chefiadas por 
Hernán  Cortés  e  a  introdução  do  cristianismo.  De  todos  os  manuscritos 
conhecidos  que  recontam  a  história  asteca,  o  ​Códice  Azcatitlan  é  provavelmente 
o  mais  valioso  e  importante.  Em  contraste  com  outras  histórias  escritas no final 
do  período  colonial,  o  códice  é  conhecido  pela  forma  singular  em  que  registra 
memórias  indígenas  do  passado  pré-hispânico.  Como  outros  códices  astecas, 
está  escrito  em  pictogramas,  que  foram  cuidadosamente  elaborados  por  um 
escriba  de  notável  habilidade.  O  códice  foi  copiado  em  25  fólios  de  papel 
importado  da  Europa  para  o  México  no  século  XVI.  Para  facilitar  a  leitura,  cada 
episódio  na  história  é apresentado em um fólio duplo. No primeiro fólio, o autor 
introduz  um  grupo  de  pessoas  que  os  pesquisadores  ainda  não  identificaram, 
podendo  ser  ​tlatoanis​,  ou  governantes  mesoamericanos  de  alto  nível  ou  chefes 
de  Estado.  Do  fólio  2  ao  fólio  25,  o  escriba  descreve  a  migração  das  tribos 
mexicas para a terra prometida de Tenochtitlán. 
O Códice de Dresden 

 
 
Apenas  quatro  manuscritos  ​maias  existem  hoje  em  todo  o  mundo,  dos  quais  o 
mais  antigo  e  mais  bem  preservado  é  o  Códice  de  Dresden,  mantido  nas 
coleções  da  Biblioteca  Estadual  da  Saxônia  e  da  Universidade  Técnica  de 
Desdren.  O  manuscrito  foi  adquirido  pela  biblioteca  da  corte  de  Dresden  em 
1739,  em  Viena,  como  um  “livro  mexicano”.  Em  1853,  ele  foi  identificado  como 
um  manuscrito  maia​.  Apresentando  39  folhas  inscritas  em  ambos  os  lados  e 
cerca  de  358  centímetros  de  comprimento,  o  manuscrito  foi  originalmente 
dobrado  de  maneira  semelhante  a uma sanfona. O material de ​escrita revestido 
com  giz,  ​amatl​,  é  uma  matéria  semelhante  ao  papel  produzida  a  partir  da  fibra 
da  figueira  através  de  seu  cozimento  e  prensa.  O  códice  ilustra  hieróglifos, 
numerais  e  figuras,  e  contém  calendários  de  rituais  e  de  adivinhações,  cálculos 
das  fases  de  Vênus,  eclipses  do  Sol  e  da  Lua,  instruções  relacionadas  às 
cerimônias  de  ano  novo  e  descrições  dos  locais  do  Deus  da Chuva, que culmina 
em  uma  miniatura  de  página  inteira mostrando o grande dilúvio. O pesquisador 
de  destaque  que  trabalhou  com  os  códices  ​maias  no  século  XIX  foi  Ernst 
Förstermann  (1822  a  1906),  o  bibliotecário  real  do  Eleitorado  da  Saxônia  e 
diretor  da  Biblioteca  Estadual  da Saxônia e da Universidade Técnica de Desdren. 
Förstermann  elucidou  os  sistemas numéricos, de calendários e astronômicos no 
códice  e  determinou que as deidades, os números e os nomes dos dias contidos 
nele  estavam  relacionados  ao  calendário  ​maia  ​de  260  dias.  Förstermann 
também  utilizou  o  códice  para  fornecer  importantes  contribuições  ao 
conhecimento  acadêmico  sobre  o  calendário  ​maia  de  contagem  longa,  que 
conta os dias desde a data de criação m ​ aia​. 
 
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O conto de Genji 
Descrição 
Este  livro  é  uma  antiga  edição  de  tipo móvel de um dos trabalhos clássicos mais 
conhecidos  na  literatura  japonesa.  Acredita-se  que  esta  seja  a  primeira  versão 
impressa do ​Genji monogatari (O conto de Genji) e possui 54 volumes produzidos 
na  era  Keichō  (1596–1615).  Este  é  o  mais  antigo  dos  livros  no  qual  os  tipos 
hiragana  foram  usados,  e  existem  apenas  duas  outras  cópias  escritas. Hiragana 
é  um  escrita  cursiva  do  alfabeto  japonês.  Um  dos  mais  antigos  romances  no 
mundo,  ​Genji  monogatari  foi  escrito  no  início  do  século  XI  por  uma  cortesã 
chamada  Murasaki  Shikibu.  Sua  história  relata  a  vida  e  os  amores  do  Príncipe 
Genji  e  os  afazeres  de  seus  filhos e netos, refletindo a vida da corte japonesa no 
apogeu  do  período  Heian  (794–1185).  O  conto  é  narrado  em  prosa  e  também 
tem cerca de 800 poemas embutidos na narrativa. 
Pedra com hieróglifos, perto de Aipe, na margem esquerda do rio 
Magdalena, província de Neiva 
Descrição 

Esta  aquarela  de  Manuel  María  Paz  (de  1820  a  1902)  mostra  uma  grande  pedra 
esculpida  com  inscrições hieroglíficas perto de Aipe, na margem esquerda do rio 
Magdalena,  na  província  de Neiva (hoje um município no atual departamento de 
Huila),  no  sudoeste da Colômbia. Os aipes e os natagaimas (também conhecidos 
como  pijaos)  eram  os  povos  indígenas  desta  área.  Eles  costumavam  se  reunir 
neste  local  para  realizar  uma  grande  feira,  onde  negociavam  sal,  cobertores, 
figuras  de  ídolos  e  ornamentos  de  ouro.  A  aquarela  é  comum nas obras de Paz, 
que  capturavam  a  diversidade  da  população  da  Colômbia  e  representavam  as 
atividades  diárias  e  os  hábitos  tradicionais  dos diferentes grupos étnicos, raciais 
e  sociais  do  país.  Paz  nasceu em Almaguer, na província de Cauca. Ele entrou no 
exército  colombiano  ainda  jovem  e  demonstrou  possuir  habilidades 
excepcionais  como  cartógrafo  e  pintor.  Em  1853,  ele  assumiu  o  cargo  de 
desenhista  da  Comisión  Corográfica  (Comissão  Corográfica),  antes  ocupado  por 
Henry Price (1819 a 1863). A comissão, que começou seus trabalhos em 1850, foi 
encarregada  de  estudar  a  geografia,  a  cartografia,  os  recursos  naturais,  a 
história  natural,  a  cultura  regional e a agricultura da República da Nova Granada 
(atuais  Colômbia  e  Panamá).  Paz  trabalhou  sob  a  liderança  de  Agustín  Codazzi 
(1793  a  1859),  geógrafo  e  engenheiro  nascido  na  Itália  que  foi  cofundador  e 
diretor  da  comissão.  Em  1859,  quando  Codazzi  faleceu,  Paz  foi  um  dos 
colaboradores  que  assumiram  a  tarefa  de  revisar,  concluir  e publicar o trabalho 
que  a  Comisión  Corográfica  havia  desenvolvido  desde  1850.  Como  desenhista, 
Paz  produziu  aquarelas  e  desenhos  muito  precisos,  tentando  representar  os 
locais  e  o  povo  da  Colômbia  com um estilo naturalista e objetivo. Essas imagens 
constituem  registros  documentais  inestimáveis  para  a  história  e  a  cultura  da 
Colômbia.  Também,  fornecem  informações  pertinentes  ao  desenho  de  mapas, 
que  era  um  dos  principais  objetivos  da  Comisión  Corográfica.  Mais  de  90 
pinturas de Paz estão preservadas na Biblioteca  
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