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https://novaescola.org.br/plano-de-aula/4784/discurso-direto-e-indireto-no-reconto
Código: LPO5_02SQA09
Sobre o Plano
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Professor-autor: Fabiana Tenório
Mentor: Luciana Chiele
Especialista: Heloísa Jordão
Finalidade da aula: Aplicar o discurso direto e indireto na reescrita de conto popular afro-brasileiro.
Esta é a nona aula de uma sequência de 15 planos de aula. Recomendamos o uso desse plano em sequência.
Materiais complementares
Documento
Aividade para impressão - Texto - O CACHORRO E A BOA MENINA
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/VSReJY6K38NmHucqzhDdqNHSsBTvmssGWhegVnrWwrGZxHFK3nwDsE59cKE8/aividade-
para-impressao-texto-lp05-02sqa09.pdf
Documento
Atividade para impressão - Reescrita
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/6mMfEtgraQTfH4Gp9rpBV5FnZUTfxTCZYD6DHGNNhENb73nRWkDnrnXaaETq/atividade-
para-impressao-reescrita-lp05-02sqa09.pdf
Documento
Resolução da atividade - Reescrita
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Jn3XTUZJfU85KFF4TUHUjNq2N8aa5dYSRvrUreYQRrEtKPGxxMxDXvNyrctN/resolucao-da-
atividade-reescrita-lpo5-02sqa09.pdf
Slide 3 Introdução
Tempo sugerido : 3 minutos
Orientações:
Forme grupos de quatro alunos.
Entregue a atividade aos grupos e oriente-os, lendo e explicando o que foi pedido. Oriente-os a realizar as duas reescritas.
Materiais complementares:
Acesse a atividade para impressão aqui
Acesse a resolução da atividade aqui
Slide 4 Desenvolvimento
Tempo sugerido : 35 minutos
Orientações:
Esta etapa da aula deve ser desenvolvida da seguinte forma: 20 minutos para a realização da atividade orientada em grupo; 15 minutos para a
socialização da reescrita.
Determine 20 minutos para que os grupos montem o texto da maneira orientada. Acompanhe a reescrita dos grupos, sempre orientando-os a
utilizar as características dos discursos direto e indireto estudadas nas aulas anteriores. No grupo, todos os alunos devem discutir, dar ideias e ajudar
no reconto. Eles devem escolher um aluno para escrever o reconto do grupo (escriba) e outro para ler a atividade após concluída (leitor). A interação
com os grupos pode seguir as seguintes orientações:
Para passar para o discurso direto, é preciso determinar a partir de onde a personagem vai falar. Nesse tipo de discurso, o narrador se limita a
introduzir a fala da personagem, que diz, ela mesma, o que está sentindo. Na forma mais convencional, utilizamos os verbos dicendi, que são os
verbos que anunciam a fala (disse, falou, perguntou, afirmou, entre outros), os dois pontos e, na outra linha, o travessão e a fala da personagem
(GANCHO, 2002). Para atender à solicitação de animação, euforia e alegria na fala da menina e de colocar amorosidade na fala da tia, os alunos
deverão realizar outros acréscimos. É importante orientá-los a escrever expressões, interjeições e vocativos carinhosos, seguidos das pontuações
adequadas. Abaixo, há uma sugestão de reescrita para orientar o professor. A narração traz concepções e apresenta o mundo com os olhos de quem
narra. Além disso, traz sentimentos, emoções, seja para demonstrar a realidade, divertir ou refletir sobre questões morais (CECIERJ, 2016a).
No discurso indireto, o ponto de vista é do narrador, que orienta o leitor da maneira como ele vê a história e as personagens. “A preocupação do
narrador não é apresentar como o personagem disse as coisas, mas apenas o que foi dito. Nesse caso, o vocabulário próprio do personagem, suas
emoções ficam de fora” (CECIERJ, 2016b, p. 109). Para essa orientação, é importante que os alunos escrevam adjetivos, como triste, desanimada,
cabisbaixa ou outros, que apontem para uma menina triste - solicitação da atividade. O texto permanecerá com as mesmas características de
pontuação e estrutura do texto inicial, mas ganhará outras palavras para modificar o jeito como o narrador apresenta a personagem. A ideia é que os
alunos percebam que quando o discurso é indireto, temos a visão do narrador.
2. Solicite aos grupos, depois dos 20 minutos, que leiam suas versões em voz alta para partilhar com a sala toda. Nessa hora, o professor pode ajudar,
interferir, se for necessário, e reforçar as diferenças entre o discurso direto e indireto.
Materiais complementares:
FUNDAÇÃO CECIERJ. A narração: os elementos linguísticos e os tipos de discurso. Módulo 1. Unidade 7. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias.
Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, 2016a, disponível em: https://cejarj.cecierj.edu.br/pdf/Linguagens_Codigos_Unidade_6_Seja.pdf. Acesso em
25/10/2018.
____________________. A narração: os elementos linguísticos e os tipos de discurso. Módulo 1. Unidade 7. Linguagens, Códigos e suas
Tecnologias. Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, 2016b, disponível em: https://cejarj.cecierj.edu.br/pdf/Unidade7_LC.pdf. Acesso em 25/10/2018.
GANCHO, C. V. Como analisar narrativas. Ed. Ática. São Paulo, 2002. Disponível em: http://files.letrasunip2010.webnode.com.br/200000008-
989c398f4e/Como%20Analisar%20Narrativas.pdf. Acesso em 05/12/2018.
Slide 5 Fechamento
Tempo sugerido : 10 minutos
Orientações:
Faça um cartaz, com cartolina, com o título que está neste slide.
Entregue aos grupos três ou quatro folhas de papel lembrete (com adesivo) para que escrevam o que não podemos esquecer sobre o discurso direto e
indireto. Oriente-os para elaborarem frases simples, como, por exemplo, “no discurso direto temos o uso do travessão”, e peça que colem no cartaz.
É importante ressaltar que os alunos vêm construindo esses conceitos e regularidades na aula 7 e na aula 8. Caso essa aula 9 esteja sendo utilizada
isoladamente, é fundamental que o professor perceba se há os aspectos essenciais dos discursos como: a) Discurso Direto é “o registro integral da
fala do personagem” (GANCHO, 2002). Assim, a própria personagem é quem apresenta suas emoções e seus pensamentos. Para isso, fazemos uso
dos sinais de pontuação (dois pontos e travessões) e de verbos de dizer (verbos dicendi). É importante, então, que os alunos sistematizem que o
discurso direto tem dois pontos antes da fala da personagem; tem travessões antes das falas; apresenta verbos dicendi; expressa o que a personagem
quer dizer sem interferências. b) Discurso indireto é “o registro indireto da fala do personagem através do narrador” (GANCHO, 2002). Assim, não há
marcações com dois pontos e travessões quando a fala da personagem é apresentada. Não há uma preocupação do narrador em mostrar como foi dito
e, sim, o que foi dito. (CECIERJ, 2016b). É importante, então, que os alunos sistematizem que o discurso indireto é a fala da personagem sem que seja
ela que fala; não apresenta dois pontos; não apresenta travessões para indicar a fala; apresenta o ponto de vista do narrador sobre as ações da
personagem.
Explique que os contos podem ter partes com discurso direto, partes com discurso apenas indireto e partes com discursos direto e indireto, em que
ora a personagem fala e ora o narrador conta a ação que foi desenvolvida pela personagem.
Leia em voz alta para sistematizar o que foi exercitado na aula. Nesse momento, o professor pode perceber o que realmente foi aprendido pelos
alunos e organizar outra atividade, caso perceba que os alunos ainda não sistematizaram o conteúdo. Serve, portanto, como avaliação para novas
estratégias.
Parabenize os alunos pelo empenho, pela atividade e pela aula produtiva que eles ajudaram a fazer.
Materiais complementares:
FUNDAÇÃO CECIERJ. A narração: os elementos linguísticos e os tipos de discurso. Módulo 1. Unidade 7. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias.
Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, 2016b, disponível em: https://cejarj.cecierj.edu.br/pdf/Unidade7_LC.pdf. Acesso em 25/10/2018.
GANCHO, C. V. Como analisar narrativas. Ed. Ática. São Paulo, 2002. Disponível em: http://files.letrasunip2010.webnode.com.br/200000008-
989c398f4e/Como%20Analisar%20Narrativas.pdf. Acesso em 05/12/2018.
Apoiador Técnico
SANTOS, Deoscóredes M. dos. Contos negros da Bahia e contos de Nagô. Prefácio de Jorge
Amado. Salvador: Editora Corrupio, 2003.
Atividade:
“No outro dia pela manhã bem cedo, a menina se preparou, tomou a
bênção à sua mãe e foi para a casa da tia. Passou todo o dia lá. Na hora do
almoço, a tia chamou ela para almoçar e perguntou onde botava o almoço do
cachorro. Ela disse para a tia que o cachorro costumava sempre comer junto
com ela na mesa e assim foi feito. Depois saíram e foram para o terreiro brincar.
De tardezinha, a menina se despediu da tia e voltou para a casa da mãe.”
SANTOS, Deoscóredes M. dos. Contos negros da Bahia e contos de Nagô. Prefácio de Jorge Amado.
Salvador: Editora Corrupio, 2003.
Reescrita 1:
Passe para o discurso direto, colocando alegria, animação e felicidade nas falas
da menina e colocando amorosidade na fala da tia. Lembre-se da pontuação,
dos verbos dicendi. Haverá ainda alguns trechos em que o narrador apresenta a
ação das personagens.
Reescrita 2:
Passe para o d
iscurso direto, colocando alegria, animação e felicidade nas falas da
menina e colocando amorosidade na fala da tia. Lembre-se da pontuação, dos
verbos dicendi. Haverá ainda alguns trechos em que o narrador apresenta a ação
das personagens.
Sugestão da Reescrita 2:
“No outro dia pela manhã a menina, mesmo sem querer acordar, saiu, meio
tristonha e foi para a casa da tia. Na hora do almoço, a tia chamou ela para
almoçar e perguntou onde botava o almoço do cachorro. Ela disse para a tia,
sem muito ânimo, que podia colocar na mesa. A tia fez o que ela pediu. Depois
saíram e foram para o terreiro. De tardezinha, a menina, sem nenhum
entusiasmo, se despediu da tia e voltou para a casa da mãe.”