AVALIAÇÃO TRIMESTRAL – 1º PERÍODO – PORTUGUÊS – 3º ANO

Nome:__________________________________________________________ Data:
____/____/____

Escola: _________________________________________________________
Turma:___________

Lê o texto com atenção e responde ao que te é pedido.

É quase meia-noite e anda no ar um doce cheiro a canela.

Estou um bocado nervoso porque este é o primeiro ano em que sou Pai Natal.
Tenho medo de me esquecer de alguma coisa ou de trocar algum presente, mas a
minha mãe diz que eu sou esperto e que não vai haver problema.
5 A minha mãe é muito velha e trabalhou muitos anos porque não havia mais ninguém
que soubesse fazer o que ela fazia.
Durante anos, anos e anos, e mais anos, anos e anos, e ainda mais anos, anos e
anos, a minha mãe construiu, costurou, tricotou e parecia que nunca se cansava.
Há muitos anos, o meu pai deu uma queda ao descer de uma chaminé com três
metros de altura – e desde então todo o trabalho passou para a minha mãe, porque eu
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ainda era muito novo para trabalhar.
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Mas ontem fiz 300 anos, e o meu pai, deitado na cama donde nunca mais se
levantou, chamou-me e disse que era tempo de eu começar a trabalhar no ofício que
sempre foi da nossa família.
A minha mãe suspirou aliviada, porque diz que as crianças agora pedem coisas
muito estranhas, que ela não sabe o que são, nem como é que se fazem, nem onde é
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que se encontram, e que por isso é melhor que seja um rapaz novo como eu a tratar de
tudo.
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Claro que pedi logo um GPS para o trenó, porque, em 300 anos, ninguém tem tempo
de decorar o nome de todos os continentes, todos os países, todas as cidades, todas as
2 vilas, todas as aldeias, todos os montes, todos os lugares, todas as ruas, todas as
0 casas, todas as chaminés …
E mesmo assim estou nervoso, porque olhei para as renas e descobri que elas
também já estão em idade de descansar, tal como a minha mãe, e receio que comecem
a andar muito devagar. E um Pai Natal atrasado é a pior coisa que existe.
Mas a minha mãe diz que vai tudo correr bem, porque nunca nenhum Pai Natal na
2 nossa família se atrasou, e não era agora eu que ia ser o primeiro.
5 Enche-me os bolsos do casaco com bolinhos de canela que ela faz como ninguém,
porque diz que hoje já muito pouca gente se lembra de deixar comida para o Pai Natal
junto das chaminés e ela não quer que eu passe fome logo no meu primeiro dia de
trabalho.
Está na hora.
Abafo-me bem no meu casaco vermelho, ajeito as minhas barbas brancas, dou sinal
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às renas – e lá vou eu.
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Se em vossas casas começar a cheirar a canela… já sabem: sou eu que estou a
chegar!
Alice Vieira, Livro com Cheiro a Canela, Texto Editora, 2009
(texto com supressões)

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1. Identifica a autora do texto.

________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
2. De que obra foi retirado este texto?
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________________________________________________________________________

3. De acordo com o texto, indica:

3.1. Quando (tempo) se desenrola esta ação. ___________________________________
________________________________________________________________________
3.2. Onde (espaço) se desenrola esta ação. ____________________________________
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4. Completa a afirmação.

O texto está escrito em ______________ sendo constituído por __________ parágrafos.

5. Ordena as ideias, de 1 a 5, de acordo com o texto.

O Pai Natal está nervoso pois é o seu primeiro dia de trabalho.

O pai do Pai Natal deu uma queda ao descer da chaminé.
O Pai Natal pediu um GPS para o trenó.
A mãe enche-lhe os bolsos do casaco com bolinhos de canela.
Hoje em dia, as crianças pedem coisas estranhas ao Pai Natal.

6. De acordo com a informação do texto, assinala com um X, nas questões de 6.1. a 6.3.,
as opções corretas.

6.1. No seu primeiro dia de trabalho o Pai Natal estava nervoso porque:

tinha medo de se esquecer de alguma coisa ou de trocar um presente.

tinha medo de se perder e não saber onde ficavam as casas.
tinha medo de não saber fazer as prendas que as crianças pediam.
tinha medo de não passar na chaminé.

6.2. O Pai Natal ia começar a trabalhar porque:

o seu pai tinha morrido.

precisava de dinheiro para comer.
a mãe era muito velha e trabalhou durante anos.
queria conhecer todas as crianças do mundo.

6.3. O que pediu o Pai Natal à mãe:

uma mota.
um GPS.
um telemóvel.
um mapa.

7. Explica por palavras tuas a razão da seguinte afirmação:

“era tempo de eu começar a trabalhar no ofício que sempre foi da nossa família.”
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8. A mãe do Pai Natal ficou aliviada por ele começar a trabalhar. Explica a razão.
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Gramática

9. Assinala com X as palavras em que a translineação está correta.

pre- trabal- soubes- cha- boli- a-

sente hou se minés nhos liviada

10. Realiza a divisão silábica das seguintes palavras e identifica o número de sílabas.

palavra divisão silábica número de sílabas

atrasado
canela
costurou
renas
vermelho

11. Com os elementos da frase seguinte preenche os espaços.

Um Pai Natal atrasado é a pior coisa que existe.

um monossílabo um dissílabo um trissílabo um polissílabo

_______________ _____________ _______________ ______________

11.1. Na palavra N a t a l rodeia a sílaba tónica e sublinha a sílaba atona.

11.2. Classifica as palavras seguintes quanto à acentuação.

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barbas chaminé família

______________ _______________ _______________

12. Reescreve a frase substituindo as palavras sublinhadas por palavras antónimas.

“Estou nervoso porque este é o primeiro ano em que sou Pai Natal.”

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12.1. Reescreve a frase substituindo a palavra sublinhada por uma palavra sinónima.

“Abafo-me bem no meu casaco vermelho…”

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12.2. Na frase seguinte, rodeia os nomes e sublinha o adjetivo.

Anda no ar um doce cheiro a canela.

13. Coloca os sinais de pontuação corretos no diálogo entre o Pai Natal e os seus pais.

Ontem o pai do Pai Natal chamou-o para conversar e disse-lhe

Fizeste 300 anos Está na hora de assumires o ofício da família
Ufa Pensei que esse dia nunca mais chegava- exclamou a mãe do Pai
Natal

Eu estou um bocadinho nervoso Será que posso ter um GPS para não me
perder - pediu o Pai Natal 

14. Completa os espaços com três palavras da família da palavra noite.

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Escrita

“Abafo-me bem no meu casaco vermelho, ajeito as minhas barbas brancas, dou
sinal às renas – e lá vou eu.”

E assim partiu o Pai Natal para o seu primeiro dia de trabalho. Imagina como
terá corrido. Que dificuldades terá sentido? Que aventuras terá vivido?

Não te esqueças de atribuir um título ao teu texto.

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ORALIDADE
1. Rodeia o que estava presente na ementa de Natal da Joana.
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pudins de ovos frango assado canja bacalhau cozido

ananases perus banana bacalhau assado
rissóis caldo verde rabanadas bolo de laranja

2. Assinala as opções corretas.

2.1. No fim de jantar...
a) ...ficaram na mesa a conversar até tarde.
b) ...levantaram-se e foram para a sala.
c) ...levantaram-se e foram à missa do galo.

2.2. Joana tinha nove anos e...

a) ...nunca tinha visto a árvore de Natal .
b) ...só tinha visto a árvores de Natal oito vezes.
c) ...já tinha visto a árvore de Natal nove vezes.

3. Completa os espaços com os nomes dos presentes que a Joana

recebeu, pela ordem que ouves no texto.
A Joana recebeu de presente: a __________________, a
__________________, os __________________ e a __________________
de __________________.

Boa sorte e bom

trabalho!

Texto para avaliação da Compreensão do oral

Para a realização dos exercícios de compreensão do oral, o professor lê o seguinte
excerto da obra “A noite de Natal”:
Tinha começado a festa do Natal. Havia no ar um cheiro de
canela e de pinheiro. Em cima da mesa tudo brilhava: as velas, as
facas, os copos, as bolas de vidro, as pinhas doiradas. E as pessoas
riam e diziam umas às outras: «Bom Natal». Os copos tilintavam com
um barulho de alegria e de festa. (...)
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O jantar do Natal era igual ao de todos os anos. Primeiro veio a

canja, depois o bacalhau assado, depois os perus, depois os pudins de
ovos, depois as rabanadas, depois os ananases. No fim do jantar
levantaram-se todos, abriu-se de par em par a porta e entraram na
sala.
As luzes da sala estavam apagadas. Só ardiam as do pinheiro.
Joana tinha nove anos e já tinha visto nove vezes a árvore de
Natal. Mas era sempre como se fosse a primeira vez.
– Joana, ali estão os teus presentes.
Joana abriu um por um os embrulhos e as caixas: a boneca, a
bola, os livros cheios de desenhos e cores, a caixa de tintas. À sua
volta todos riam e conversavam.
Todos mostravam uns aos outros os presentes que tinham tido,
falando ao mesmo tempo.

Sophia de Mello Breyner Andresen, “A festa” in A noite de Natal,

Figueirinhas, 2003(Excerto com supressões)