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MENTORING 
A nova fronteira do desenvolvimento 
 
   

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SUMÁRIO 
 
CLAUDIO BRITO 4 
O QUE O MENTOR EXTRAORDINÁRIO FAZ 5 

MARÇAL SIQUEIRA 9 
O QUE HÁ POR TRÁS DO TALENTO? 11 

CINTIA LIMA 30 


LEADER MENTORING E A INDÚSTRIA 4.0 32 

GISLAINE AUGUSTO CAVALCANTE 40 


QUAL PROBLEMA EU RESOLVO E QUAL 
RESULTADO O CLIENTE ESPERA? 42 

FERNANDO OLIVEIRA 52 


OPORTUNIDADES PARA O PROFISSIONAL DE 
MENTORING NO BRASIL 54 

RÔMULO MARTINS 58 


O PODER DA CONSISTÊNCIA 60 

MAGNA REGINA 70 


VÍTIMA OU PROTAGONISTA? 73 
 

   

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CLAUDIO BRITO 

 
Especializado em Marketing Digital pela Fecap-SP e em 
Dinâmica  dos  Grupos  pela  SBDG,  tem  +20  anos  de 
experiência  e  treinou  com  mestres  como  Alexander 
Osterwalder,  Steve  Blank  e  Eric  Ries.  Foi  selecionado 
pela  Endeavor  para  o  curso  “Building  a  High  Growth 
Business”  em  Babson,  faculdade  No.  1  em 
empreendedorismo  nos  EUA.  Alumni  da  Mentoria 
Exponencial  realizada  pelo  Harvard  Mentoring  Group 
em  Boston  e  Innovation  Ecosystems  For  Leaders  no 
MIT  –  Massachusetts  Institute  of  Technology.  Foi 
facilitador  do  Empretec.  Mentor  de  Mentores  e 
Líderes,  mantém  o  cargo  de  CEO  Global  Mentoring 
Group  um  grupo  internacional  focado  na  alta 
performance  de  mentores,  baseado  nos  Estados 
Unidos com alunos nos 5 continentes. 
   

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O  QUE  O  MENTOR 
EXTRAORDINÁRIO FAZ 
 
Cinco  dicas  importantes  para  quem  quiser  se  tornar 
um  Mentor  (com  M  maiúsculo)  e  verdadeiramente 
contribuir para a vida de milhares de pessoas. 
  
O  ​Mentoring  tem  vivido  seus  momentos  de  glória  no 
Brasil  e  crescido  fortemente  graças  ao  movimento  de 
Startups,​   no  qual  cada  evento,  por  mais  banal que seja, 
oferece  mentoria  sobre  os  mais  variados  tipos  e 
sabores. 
  
Adianto  que  não  sou  contra,  pois  já  participei  como 
Mentor  e  promovi  muitos  desses  eventos,  mas  a 
verdade  é  que  eles  (apesar  de  serem  extremamente 
importantes  para  o  desenvolvimento  do  ecossistema 
inovador  no Brasil) estão muito, muito longe mesmo de 
oferecerem a Mentoria que vai gerar resultados reais. 
  
Principalmente  pela  ausência  de  continuidade  dos 
encontros,  critério  fundamental  para  as  Mentorias 
darem  resultado  (se  você  acha  que  as  “Mentorias” 
rápidas funcionam, experimente a Mentoria com vários 
encontros  planejados),  mas  isso  é  assunto  para  outro 
artigo. 
  
Neste  artigo,  vou  me  dedicar  a  falar  do  que  realmente 
funciona,  por  já  ter  feito  ou  visto  alguém  praticar  da 
forma que vou descrever. 

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#1  Os  Melhores  Mentores  põem  a  relação  acima  da 
Mentoria.  Esse  é  um  ingrediente  fundamental  das 
Mentorias  que  funcionam,  e  sem  ele  não  dá  para 
diferenciar  quem é ​Mentee de quem não o é, pois todos 
nós  falamos  e  damos  nossa  opinião  sobre  diversos 
assuntos  durante  o  dia,  mas  sabemos,  quando 
recebemos  uma  opinião,  que  as  mais  importantes  nos 
foram  dadas  por  alguém  que  nos  trouxe  “verdade  + 
amor”,  equação  difícil  de  ser  encontrada  hoje  em  dia, 
pois não basta querer, é preciso dominar a técnica. 
  
#2  Os  Melhores  Mentores  focam  no  ​Mentee​,  e não em 
suas  competências.  Vejo  muitos  Mentores  buscando  o 
Mentoring  como  uma  forma  de  conhecer  futuros 
contratados,  afinal  não  há dúvida de que o simples fato 
de  se  dispor  não  só  a  ouvir  mas  sobretudo  a 
implementar  as  sugestões,  buscando  a  melhoria 
contínua  já  é  digno  de  reconhecimento  (internamente, 
penso  nas  possibilidades  que  se  abrem  com  esse 
movimento  e  me  inspiro  verdadeiramente  com  os 
meus  ​Mentees​).  O  ​Mentoring,​   no  entanto,  oferece  ao 
Mentor  uma  possibilidade  ainda  maior  –  para  os  mais 
vigilantes  –  de  atender  o  próximo  em  consideração  a 
vários  elementos  como:  valores  pessoais, 
autoconhecimento,  empatia  e  respeito,  para  citar 
alguns.  Assim,  uma  abordagem  sistêmica  demonstra 
ser  mais  completa  do  que  a  abordagem  baseada  em 
competências. 
  
#3  Os  Melhores  Mentores  são  otimistas.  O  ímpeto 
geral  é  de  dar  um  banho  de  realidade  nos ​Mentees que 
surgem  com  ideias  mirabolantes,  principalmente 

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porque  o  mundo  aceita  melhor  um  fracasso 
convencional  do  que  um  sucesso  diferente,  mas  todos 
nós  sabemos  que  a  criatividade  não  nasce  de  um 
processo  matemático  e  convencional  (se  assim  fosse, 
as  grandes  empresas  estariam  encabeçando  os 
processos  de  inovação,  e  não  as  startups),  portanto 
pense  bem  nas  ideias  apresentadas  pelo  seu  ​Mentee  e 
em  tudo  o  que  possa  favorecer  o  funcionamento 
dessas  ideias  (por pelo menos 24 horas) antes de trazer 
todos  os  aspectos  realistas  que estão martelando a sua 
cabeça. 
  
#4  Os  Melhores  Mentores  são  mais  leais  aos  ​Mentees 
do  que  às  organizações.  O  ​Mentoring  tem  crescido 
fortemente  em  grandes  organizações,  e  é  comum 
observar  situações  em  que  o  Mentor  está  em  uma 
posição  superior  à  do  ​Mentee  (sim,  pode  acontecer  o 
inverso),  mas  eis  que  surge  em  uma  das  sessões  o 
desejo,  por  parte  do  ​Mentee​,  de  em  algum  momento 
deixar  a  empresa,  movimento  este  que  deve  contar 
com  a  colaboração  do  Mentor.  Polêmico,  não  é?  Na 
verdade,  não!  Se  você  leu  os parágrafos anteriores e se 
nessa  hipotética situação houver um Mentor humano e 
leal à relação que estabeleceu com o seu ​Mentee​. 
  
#5​.​Os  Melhores  Mentores  buscam  o 
autoconhecimento.  Mentores  precisam  se  conhecer 
melhor para entender os ​Mentees e com isso direcionar 
suas  ações  e  os  passos  importantes  para  resolver 
alguns dilemas e problemas enfrentados pelo ​Mentee​. 
  
No  nível  mais  alto,  o ​Mentoring guarda estreita relação 
com  o  intento  de  ser  uma  boa  pessoa,  de  ajudar  os 

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outros  a  melhorar  constantemente  e  de  se  manter 
congruente  com  o  que  se  fala,  e  essa  é  uma  jornada 
que  pode  ser  até  mesmo  otimizada  com a aplicação do 
Mentoring.​    

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MARÇAL SIQUEIRA  

 
É  estrategista  de  pessoas,  relacionamento  e 
comunicação,  master  coach  de  performance  e  mentor 
com  especialização  internacional  pela  Ohio  University 
e  pela  GMG  -  Global  Mentoring  Group  em  Boston  nos 
EUA,  participante  do  UPW - Unleash the Power Within 
na  Califórnia  nos  EUA,  jornalista,  pós-graduado  em 
marketing,  MBA  em  Gestão  Empresarial,  GBA  e  MBA 
em  Pessoas  pela  Fundação  Getúlio  Vargas,  coach  pelo 
Instituto  Brasileiro  de  Coaching,  além  de  formações 
em  Gestão  Eficaz  de  Pessoas,  Motivação  e  Liderança 
Eficaz  pela  HayGroup  Internacional,  Planejamento 
Estratégico  e  Liderança  pela  Fundação  Dom  Cabral, 
Analise  de  Perfil  Pessoal  pela  Thomas  Internacional, 

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Innermetrix  e  Coachecom  e  Gestão de Resultados pela 
Falconi Consultores.    

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O QUE HÁ POR TRÁS DO TALENTO? 
 
Quanto tempo eu perdi… 
  
Quero  falar  especialmente  de  mim.  Sabe  por  quê?  A 
minha  experiência  pode  ajudá-lo  a  descobrir  os  seus 
melhores  caminhos,  afinal,  como  mentor  (posição 
minha  atual)  há  estradas  que  eu  já  percorri,  algumas 
deram  certo  e  outras  não,  o  que  me dá a tranquilidade, 
a  partir  desse  artigo,  falar  das  minhas  dores  e 
contribuir com o seu crescimento. 
  
Como  disse  a  você,  sou  atualmente  mentor  e  cuido  de 
estratégias,  carreiras  e  pessoas,  mas  nem  sempre  foi 
assim.  Em  boa  parte  da  minha  vida  fui  executivo  de 
grandes  companhias,  sempre  atuando  em  gestão  de 
pessoas,  comunicação,  estratégia  e  resultados.  Foram 
mais  de  15  anos  sentado  atrás  de  uma  mesa  executiva 
tomando  decisões,  treinando  pessoas  e  gerindo 
orçamentos.  Fui  reconhecido  nacionalmente  por 
algumas  práticas  em  gestão  humana  e  comunicação. 
Essa  é  a  parte  boa,  mas  durante  toda  a  minha  carreira, 
apesar  de  ser  bem-sucedido, tive alguns problemas por 

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falta  de  autoconhecimento  e  por  consequência 
autorresponsabilidade. 
  
Desde  a  minha  primeira  formação  em  jornalismo, 
sempre  fui  muito  decidido  e,  às  vezes,  atropelando 
processos  e,  principalmente,  pessoas.  Venho  de  uma 
família  simples:  de  uma  mãe  firme  e  de  um  pai  mais 
tranquilo,  mas  creio  que  tenho  muitas  das 
características  da  minha  mãe,  o  que  acredito  que  isso 
foi  muito  bom,  mas  estou  entendendo  atualmente  que 
preciso  recrutar  a  paciência  e  a  calma  do  meu  pai  em 
vários  momentos.  Sou  casado com a uma mulher muito 
calma  e  tenho  um  filho  e  uma  enteada  bem  diferentes, 
o  que  me  faz  conviver  com  pessoas  totalmente 
distintas em seus modelos mentais. 
  
Onde  mora  o  problema?  Ou  morava?  Acontece  que 
como  sempre  fui muito focado em resultados. Descobri 
que  com  tudo  e  com  todos,  sempre  prevalecia  o  meu 
jeito,  mesmo  que  para  isso,  algumas  pessoas  fossem 
feridas  no  meio  do  processo. Confesso que isso não me 
afetava  muito,  ou  seja,  pensava assim: sei o que quero e 
quem  não  entender  ficará  para trás. Claro que ao longo 
do  caminho  me  feri  e  magoei  pessoas  também  (tudo  já 
resolvido atualmente), mas com muito custo. 

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Ao  longo  da  minha  carreira como executivo, desenvolvi 
mecanismos  de  persuasão  e  conseguia  colocar  muita 
gente  alinhada  com  os  meus  pensamentos,  mas  nem 
sempre  do  jeito  delas  e  sim  do  meu.  Acredito  que  isso 
me  fez  ter  (para  muitos,  mas  não  para  mim  na  época) 
traços  de  arrogância.  Isso  não  destruía  meu  talento, 
mas  manchava  a  minha  imagem  por  conta  de  um 
comportamento inadequado.  
  
Quando  descobri  minhas  principais  características 
comportamentais  (temperamentos  observáveis) 
comecei  a  aprender  que  quanto  mais  eu  me 
autoconhecia,  mais  eu  sabia  das  oportunidades  de 
melhoria  e  isso  me  salvou  e  vem  me  salvando  todos  os 
dias.  Dessa  forma,  aprendi  que  meu  talento  ajuda,  mas 
não  é  tudo,  ou  seja,  o  meu  comportamento  pode 
melhorar  meus  talentos  e  meus  relacionamentos  e,  é 
justamente sobre isso que quero tratar. 
  
Isso vai doer um pouco, mas será bom! 
  
A  mente  humana  tem  a  capacidade  de  lembrar  do  que 
tem  de  esquecer  e  esquecer  do  que  tem  de  lembrar, 
mas  neste  momento  force  o  seu  cérebro  um  pouco  e 

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pense  em  algo  que  por  pouco  você  não  conseguiu, que 
escapou  pelo “vão dos dedos”, parecia fácil, mas por um 
momento  tudo  se  complicou.  Pode  ser  que  esse 
exercício  mental  o  leve  pensar  em  possibilidades  que 
passaram  pela  sua  vida,  mas  que  por  falta  de  um 
comportamento  adequado  você  perdeu,  pois,  talento  é 
importante,  mas  comportamento  conta  muito.  Isso 
acontece  com  muita  gente  hoje:  seja  você  empresário, 
profissional  liberal,  pai, esposo, mãe, esposa, filho, filha, 
não  importa, em algum momento da vida nos perdemos 
em  comportamentos  inadequados  e  não  alcançamos  o 
que desejávamos. 
  
Como  eu  disse  acima:  isso  vai  doer  um  pouco,  mas  é 
necessário,  afinal  quem  não  quer  obter  sempre  o 
melhor  da  vida,  dos  negócios  e  dos  relacionamentos, 
mas  nunca  descobriu  como  chegar  a  isso. A caminhada 
para  o  topo  não  é  para  qualquer  um,  mas  para aqueles, 
que  se  auto  conhecem,  trabalham  suas  reações  e 
avançam em busca de seus objetivos. 
  
Gostaria  que  você  imaginasse  agora  numa  roda  de 
pessoas  muito  diferentes da sua personalidade e alguns 
comportamentos  inadequados  (na  sua  opinião)  são 
apresentados  pelas  pessoas  e,  isso  lhe  irrita  muito. 

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Imaginou?  Isso  é  mais  comum  do  que  se  possa  pensar, 
pois  somos  seres  de  modelos  comportamentais 
diferentes.  Há  pessoas  que  querem  tudo  no  tempo 
delas.  Há  outras  que  simplesmente  conversam, 
conversam,  mas  não  definem  o  que  querem.  Há  outros 
que  são  tão  calmos  que  chegam  a  nos  incomodar.  Há 
aqueles  que  para  toda  explicação  exigem  muitos 
detalhes  para  se  tomar  uma  decisão.  Em  qual  desses 
perfis  comportamentais  você  mais  se  encaixa:  os 
acelerados,  os  falantes,  os  calmos,  ou  os  detalhistas? 
Calma...  há  testes  para  isso,  mas  já  deu  para imaginar o 
quanto  algumas  pessoas  simplesmente  nos  irritam  por 
seus  comportamentos  e,  pior  ainda,  imagina  quando 
somos o oposto delas. 
  
Certa  vez  eu  estava  em  uma  reunião  e  havia  pessoas 
com  os  quatro  comportamentos  acima  e  eu  consegui 
conviver  com  todas  sem  sofrer  e,  ainda  aproveitar  o 
melhor  da  reunião.  Ao  final  do  encontro,  um  dos 
participantes  me  perguntou:  Como  você  conseguiu, 
mesmo  sendo  alguém  que  foca  em  resultados  rápidos, 
ouvir  todos  e  contribuir  com  a  reunião?  Aquele  foi  um 
momento  de  êxtase  para  mim,  pois  quantas  vezes 
simplesmente saí da reunião e deixei as pessoas falando 
sozinhas?  Mas  então  o  que  aconteceu  para  que  eu  não 

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tivesse  tido  a  mesma  reação  de  tempos anteriores? Em 
uma  frase  eu  respondo:  Eu  tive  comportamento 
adequado  para  o  momento.  Eu  tinha  talento  para 
resolver  aquela  reunião  mais  rápida,  mas  se  fizesse  do 
meu  jeito feriria as pessoas e jogaria todo o meu talento 
por  água  abaixo.  É  isso  que  estou falando. Você precisa 
se  conhecer  e  descobrir  quais  gatilhos  lhe  irritam  no 
comportamento do outro e dominar isso. 
  
Quando  não  conhecemos  o  nosso  perfil 
comportamental,  sequer  imaginamos  qual  seria  o  do 
outro  e,  por  não  obter  essa  informação  preciosa, 
lidamos  no  estilo  presa e predador, pensando a hora de 
acuar  alguém  e  dominar  tudo  ou  o  contrário  sermos 
acuados  pela  outra  pessoa  e  dominados.  A  partir  do 
momento  que  me  conheço  e  sei  dos  meus  limites 
emocionais  posso  lidar,  inclusive  com  as  questões 
alheias  e,  de  maneira  mais  tranquila,  não  atuar  no 
modelo presa e predador. 
  
E  agora  consegue  imaginar  quão  ingênuos  já  fomos 
mesmo  tendo  talento  para  conduzir  uma  simples 
reunião,  nos  perdemos  por  uma  reação 
comportamental  inadequada?  É  disso  que  estou 
falando: comportamentos que ferem a nós e aos outros. 

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Talento, o que é? 
  
A  palavra  “talento”  tem  sua  origem no latim “talentum”. 
Significa  “inclinação,  desejo  de  fazer,  de  conquistar”. 
Quando  vem  do  grego  “talenton”,  possui  o  sentido  de 
“pesagem,  soma,  quantia  de  dinheiro”.  Com  o  tempo,  o 
vocábulo  foi  ganhando  novos  sentidos,  principalmente, 
após  uma  parábola  encontrada  na  bíblia  no  livro  de 
Mateus,  que  atribuiu  o  significado  da  palavra  para 
“aptidão, dom especial”. 
  
Concordo  bastante  com  o  que  a  bíblia  traz, 
principalmente,  pois  este  é  o  meu  foco  aqui:  fazê-lo 
refletir  sobre  o  seu  talento  x  comportamento,  que  são 
situações  distintas,  mas  que  se  juntas  e,  se  bem 
aproveitadas, dão os melhores resultados. 
  
Vamos  ler  a  parábola  dos  talentos,  que  falamos  e  que 
pode ser encontrada na bíblia em Mateus 25:14-30:  
"E  também  será  como  um  homem  que,  ao  sair  de 
viagem,  chamou  seus  servos  e  confiou-lhes  os  seus 
bens. 

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A  um  deu  cinco  talentos,  a  outro  dois,  e  a  outro  um;  a 
cada  um  de  acordo  com  a  sua  capacidade.  Em  seguida 
partiu de viagem. 
O  que  havia  recebido  cinco  talentos  saiu 
imediatamente, aplicou-os, e ganhou mais cinco. 
Também o que tinha dois talentos ganhou mais dois. 
Mas  o  que  tinha  recebido  um  talento  saiu,  cavou  um 
buraco no chão e escondeu o dinheiro do seu senhor. 
"Depois  de  muito  tempo  o  senhor  daqueles  servos 
voltou e acertou contas com eles. 
O  que  tinha  recebido  cinco  talentos  trouxe  os  outros 
cinco  e disse: ‘O senhor me confiou cinco talentos; veja, 
eu ganhei mais cinco’. 
"O  senhor  respondeu:  ‘Muito  bem,  servo  bom  e  fiel! 
Você  foi  fiel  no  pouco;  eu  o porei sobre o muito. Venha 
e participe da alegria do seu senhor!  
"Veio  também  o  que  tinha  recebido  dois  talentos  e 
disse:  ‘O  senhor  me  confiou  dois  talentos;  veja,  eu 
ganhei mais dois’. 
"O  senhor  respondeu:  ‘Muito  bem,  servo  bom  e  fiel! 
Você  foi  fiel  no  pouco;  eu  o porei sobre o muito. Venha 
e participe da alegria do seu senhor!  
"Por  fim  veio  o  que  tinha  recebido  um  talento  e  disse: 
‘Eu  sabia  que  o  senhor  é  um  homem  severo,  que  colhe 
onde não plantou e junta onde não semeou. 

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Por  isso,  tive medo, saí e escondi o seu talento no chão. 
Veja, aqui está o que lhe pertence’. 
"O  senhor  respondeu:  ‘Servo  mau  e  negligente!  Você 
sabia  que  eu  colho  onde  não  plantei  e  junto  onde  não 
semeei? 
Então  você  devia  ter  confiado  o  meu  dinheiro  aos 
banqueiros,  para  que,  quando  eu  voltasse,  o  recebesse 
de volta com juros. 
" ‘Tirem o talento dele e entreguem-no ao que tem dez. 
Pois  a  quem  tem,  mais  será  dado,  e  terá  em  grande 
quantidade.  Mas  a  quem  não  tem,  até  o  que  tem  lhe 
será tirado. 
E  lancem  fora  o  servo  inútil,  nas  trevas,  onde  haverá 
choro e ranger de dentes’ ". 
  
Vemos  aqui,  que  os  três  tinham talentos em suas mãos, 
mas  o  que  determinou  o  sucesso  de  um  e  fracasso  de 
outro,  foi  exatamente  o  comportamento.  O  texto  não 
fala  em  nenhum  momento  que  seria  recompensado 
esse  ou  aquele  a  quem  o  talento  fosse  entregue,  mas  o 
que  recebeu  cinco teve uma atitude comportamental, o 
que  recebeu  dois  outra  e  o  que  obteve  um  talento 
outro  comportamento  totalmente  diferente  dos 
demais. 
  

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É comum criticarmos o que “apenas “enterrou o talento 
que  recebeu.  Podemos  dizer:  Nossa,  enterrar  o  talento 
foi  um  ato de tolice, ou mesmo dizer... que inteligente o 
que  multiplicou.  Apesar  de  nossos  pensamentos  nos 
levarem  ao  julgamento  de  um  e  de  outro,  era  comum 
nesta época esconder talentos (nesse período não havia 
bancos)  e  esconder  também  era  um  ato  de  decisão 
acertada,  até  porque,  possivelmente,  esses  talentos 
eram  barras  de  ouro  de  40  quilos  cada  (alguns  estudos 
apontam  para  isso).  Onde  eu  quero  chegar?  Todos 
tinham  talento  e,  aqui  vamos  imaginar  talentos  como 
dons,  que  é  o  método  mais  fácil  de  entender, mas cada 
um  ágil  de  acordo  com  sua  crença  o  que  gerou  um 
comportamento diferente para cada. 
  
Vamos  isolar  a  crença  e  pensar  apenas  nos 
comportamentos:  O  que  ganhou  cinco  saiu 
(imediatamente)  o  que  tinha  dois,  a  bíblia  diz  que  ele 
simplesmente  (saiu),  não  sabemos  se  muito  tempo 
depois  ou na mesma hora, já o terceiro tomou a decisão 
de  enterrar.  O  que  difere  um  do  outro?  Sem  dúvida  o 
comportamento,  um  deles  soube  aproveitar  melhor  o 
talento  que  tinha  nas  mãos,  o  segundo  também,  mas  o 
terceiro  parece  não  ter  feito  a  melhor  escolha.  Talento 

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não  é  tudo,  principalmente,  quando  a  escolha  do 
comportamento é inadequada. Isso te faz lembrar algo? 
  
Certamente,  você conhece alguém, ou mesmo você que 
é  dotado  de  muitas  capacidades,  talvez  você  seja 
melhor  do  que  muita  gente  por  aí,  mas  se  perde  por 
não adequar talento com comportamento. 
  
De onde vem o comportamento? 
  
Quando falamos de comportamento ou temperamentos 
podemos  dizer  que  ele  vem  de  vários fatores humanos. 
A  educação  que  recebemos  dos  nossos  pais,  o  convívio 
social,  e  as crenças que geramos ao longo da nossa vida 
podem  definir  a  base  do  nosso  comportamento. O jeito 
mais  fácil  para  explicar  essa  questão  vem  de  um 
iceberg,  mas  antes,  o  que  é  um  iceberg?  Segundo  o 
dicionário  de  significados  Iceberg  é  um  grande  pedaço 
de  gelo  que  se  desprende  das  geleiras  polares  e 
vagueiam pelos oceanos árticos. 
  
Etimologicamente,  a  palavra  iceberg  é  formada  pela 
união  de duas outras palavras: o inglês ice, que significa 
"gelo";  e  do  holandês  e  alemão  berg,  que  quer  dizer 

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"montanha".  Ou  seja,  iceberg  significa  "montanha  de 
gelo". 
  
Os  icebergs  (ou  icebergues,  na  grafia  da  língua 
portuguesa),  são  compostos  de água doce solidificada e 
existem  em  quase  todos  os  ambientes  árticos  do 
planeta,  exceto  no  Polo  Norte,  onde  o  gelo  forma 
banquisas,  ou  seja,  plataformas  de  gelo  formadas  de 
água do mar congelada durante o inverno. 
  
Esses  blocos  enormes  de  gelo  podem  ter  diversas 
formas  e  tamanhos,  que  normalmente  costumam 
indicar a sua origem e idade. 
  
Apenas  10%  do  iceberg  fica  visível  na  superfície,  sendo 
que  90%  do  seu  volume  está  imerso  na  água.  Por  este 
motivo,  os icebergs são considerados um grande perigo 
para a navegação marítima. 
  
Por  causa  dessa  característica  dos  icebergs,  surgiu  a 
expressão  popular:  "isto  é  apenas  a  ponta  do  iceberg", 
que  significa  que  certa  coisa  é  apenas  o  começo  ou 
uma  pequena  parte  de  um  problema  ou  situação muito 
maior e complexa. 
  

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Gostaria  que  você  imaginasse  comigo  então  esse 
iceberg!  Pensa  que  ele  tem  uma  parte  bem  profunda 
que  fica  onde  não  localizamos  visualmente  (os  90% 
citados  no  parágrafo  anterior).  Nesta  parte  mais 
profunda  está  a  nossa  formação  de  personalidade, pois 
tudo  o  que  nos  disseram  até  os  sete  anos  de  idade  foi 
acumulando  em  nosso  subconsciente,  pois  não 
tínhamos  filtros  emocionais  para saber o que seria bom 
um  ruim  para  nossa  vida,  e  os outros 10% e o resultado 
que geramos a partir do nosso comportamento, então o 
que  temos  de  comportamento  ou  temperamento,  nem 
sempre  conseguimos  dominar  sem  um 
autoconhecimento  que  nos  mostre  isso,  pois  está  na 
parte  mais  profunda  de  nós  mesmos  e,  mais  do  que 
isso,  ninguém  que  se  auto  conhece  gera  um  novo 
padrão  se  não  quiser  fazê-lo.  Essa é a grande pergunta: 
Você  quer?  Você  consegue?  Diria  que  é  possível 
adequar  os  nossos  temperamentos  de  acordo  com  as 
exigências  que  temos,  mas  desde  que  saibamos  quem 
nos somos e por que agimos assim. 
  
O que é autoconhecimento? 
  
Diria  que  aqui  está  o  grande  achado.  Saber  quem  nós 
somos,  por  que  fazemos  o  que  fazemos,  o  que  está por 

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trás  de  toda  ação  que  tomamos?  Esse  caminho,  todos 
nós  deveríamos  percorrer,  exatamente  para  saber  de 
nossa  essência.  Eu  sempre  me  preocupei  com  os  meus 
resultados,  mas  nunca  havia  me  preocupado  como  eu 
os  construía.  Confesso  que  achava  que  estava  indo 
muito  bem,  mas  muito  bem  mesmo,  não  admitia  a 
mínima  chance  de  errar  e  também  fazia  o  mesmo  com 
as  pessoas  a  minha  volta,  seja  família,  trabalho,  igreja  e 
convívio  social.  Tinha  uma  frase  que  eu  sempre  dizia 
para  pessoas  quando  elas  me  perguntavam  algo  assim: 
E  aí  Marçal,  você  está  pronto?  E  eu  respondia:  Na 
verdade  nasci  pronto!  E  uma  outra  quando  alguém 
errava  e  dizia  assim:  Mas  isso  é  muito  difícil  e  eu 
retrucava:  Se  fosse  fácil  isso  é  para  minha  avó  e  tantas 
outras,  como:  Os  problemas  mais  complexos  vão 
sempre  para  a  mesa  das  pessoas  mais  competentes,  e 
se  você  quer  ser um líder de sucesso só se estabelecerá 
se  resolver  problemas  complexos  que  ninguém é capaz 
de  resolver.  Apesar  de  que  essa  última  frase  continuo 
crendo  nela,  de  que  os  melhores  são  os  que  resolvem 
os  problemas  que  ninguém  resolve,  mas o segredo está 
em  como  eu  verbalizava  isso.  Na  maioria  das  vezes  em 
tom  de  ironia  e  até agressividade e sem muito aceitar o 
que o outro pensava sobre o mesmo assunto. 
  

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Deixa  eu  contar  uma  história:  Eu  viajei  muito  como 
repórter  esportivo  e  tinha na minha equipe uma pessoa 
pacata  (na  minha  forma  de  ver,  não  na  dele),  que  até 
para  comer  tinha  rituais  de  cor  e  apreciação  de  cada 
alimento  que  colocava  no  prato  e,  para  mim, aquilo era 
“frescura”,  pois  tudo  se misturaria no estômago mesmo 
(ingenuidade  a  minha,  podia  aproveitar  como  ele).  Um 
dia  falei  isso  para  essa  pessoa,  e  ela  com  muita  calma 
me  disse:  Isso  é  assim  para  você  e  para  mim  não,  e 
retrucou:  Aprenda  a respeitar as pessoas e você se dará 
bem!  Aquilo  me  doeu,  mas  hoje  lembro  com  alegria 
desse e de outros ensinamentos dados pelo hoje grande 
amigo,  Sebastião  Gonçalves  Sobrinho  ou  Tião  como  eu 
o  chamava,  sempre  falo  dele  nas  minhas  palestras.  O 
que  aconteceu  quando  ele  me  disse  isso:  Eu  nunca 
imaginei  que  aquilo  era  importante  para  ele,  pois  do 
meu ponto de vista não era.  
  
Na  verdade,  eu  não  me  conhecia  suficientemente  para 
saber  de  onde  vinha  aquilo.  Quando  lembro  da  minha 
mãe  dizendo:  Se  quiser  comer  está  no  fogão,  esquenta 
e  cuida  da  sua  própria  comida,  isso  não  era  nenhuma 
maldade  dela,  mas  uma  forma  de  me  ensinar  que  eu 
devia  agir  como  alguém  independente,  ao  contrário  do 
meu  amigo  que  teve  um  outro  tipo  de  criação  materna 

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e,  por  favor, nada de errado com a minha mãe ou com a 
dele,  apenas  a  identificação  de  modelos  mentais  que 
nos  geraram  comportamentos  diferentes.  Talvez  você 
diga  assim: então você quer me dizer que vou ter de ver 
como fui criado para saber por que tenho determinadas 
reações?  Não  necessariamente,  mas  vamos  cruzar 
algumas  informações  apenas  para  sua  própria  reflexão, 
antes que avancemos para o próximo capítulo. 
  
E se eu tivesse um mentor? 
  
Vivemos  num  modo  de  modismos:  são  palavras, 
técnicas,  ciências novas que podem nos ajudar a chegar 
ao  próximo  nível.  O  coaching  tem sido uma ferramenta 
importante  neste  tempo,  mas  confesso  que  a  mentoria 
me  chama  muito  a  atenção  pela  velocidade  das 
respostas. Vamos conceituar as duas coisas primeiro: 
  
Segundo  o  IBC  –  Instituto  Brasileiro  de  Coaching, 
coaching  é:  um  processo,  uma  metodologia,  um 
conjunto  de  competências e habilidades que podem ser 
aprendidas  e  desenvolvidas  por  absolutamente 
qualquer  pessoa  para  alcançar  um  objetivo  na  vida 
pessoal  ou  profissional,  até  20  vezes  mais  rápido, 
comprovadamente.  E  segundo o próprio IBC mentoring 

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é:  uma  espécie  de  tutoria  onde  um  profissional  mais 
velho  e  mais  experiente  orienta  e  compartilha  com 
profissionais  mais  jovens,  que  estão  iniciando  no 
mercado  de  trabalho  ou  numa  empresa,  experiências  e 
conhecimentos  no  sentido  de  dar-lhes  orientações  e 
conselhos para o desenvolvimento de suas carreiras. Na 
verdade  a mentoria não se limita ao campo profissional, 
mas  também  ao  pessoal.  Imagine  você  sendo 
mentorado  por  alguém  que  conhece  muito  sobre 
comportamento  humano  e  se  essa  pessoa  lhe ajudasse! 
Quanto  ganho,  quanto  aprendizado,  quanto 
conhecimento  isso  não  lhe  traria  e  quantos  caminhos 
não seriam encurtados? 
  
Então  o  que  eu  quero  dizer  a  vocês  com  tudo  isso?  Se 
eu  conhecesse  alguém  que  já  tivesse  passado  pelas 
mesmas  dores  que  eu  e,  fosse  meu  mentor,  eu  teria 
sido  mais  assertivo,  muito  mais  feliz  e  feito  muito  mais 
amizades,  como  exatamente  faço  hoje,  mas  não  tive, 
exceto  ações  esporádicas  de  correção  de  meus  erros, 
ou  seja  depois  que  tudo  já  aconteceu.  Digo,  que  depois 
que  as  coisas  já  deram  errado,  quem  fala  depois  pode 
ser  considerado  engenheiro  de  obra  pronta  e,  por  não 
ter  dado  certo,  obra  imperfeita.  Então  quanto  vale  um 
mentor para você?  

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Creio que a presença nas nossas vidas de pessoas que já 
passaram  pelo  que  podemos  evitar  passar,  adianta  o 
processo  e  nos  desenvolve  ao  mesmo  tempo.  O 
problema  é  que  na  maioria  das  vezes  os  mentores  nos 
escolhem  e  não  nos  que  os  escolhemos.  Felizmente, 
isso  está  mudando  e mentores estão começando a ficar 
disponíveis.  Então  o  papel  de um mentor na minha vida 
valeria  muito,  pena  que  só  descobri  isso  após  os  40 
anos  de  idade,  mas  que  bom  que  hoje posso mentorear 
pessoas  a  não passarem pelo que eu passei. Como disse 
nas  páginas  anteriores,  por  não  me  autoconhecer  e 
saber  dos  perfis  comportamentais  errei  muito  e paguei 
um  alto  preço  (emocional,  financeiro  e  físico).  Minha 
dica  é:  Conheça  pessoas  que  possam  servir  para  você 
de  mentor.  Falo  sempre:  pague  um  café,  um  almoço, 
um  jantar  e  até  sessões de mentoria e, melhor ainda, se 
seu  mentor  conhecer  de  comportamento  humano  isso 
vai lhe ajudar muito a encurtar caminhos. 
  
Temos  vários  comportamentos  que  vão da dominância, 
passando pela influência, estabilidade e análise. 
  
Comportamento  humano  determina  muito onde vamos 
chegar  e  como  vamos  chegar  e,  é  isso  que quero tratar 

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na  sequência.  Perguntas?  Quem  pode  ser  seu  mentor? 
Motivo  da  sua  escolha?  O  que  vai  fazer  para 
encontrá-lo? Sucesso! 

   

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CINTIA LIMA 

 
Mãe do Felipe, Esposa do Rogério, Filha de Rubem e 
Vera, Irmã de Ronald e Anne e Amiga de Pessoas 
Maravilhosas. 
 ​
Nascida  no  Norte  do  Brasil  em  uma  manhã  de  abril  na 
cidade  de  Manaus,  um  lugar  que  ama  por  seus 
encantos e possibilidades. 
 ​
Foi  aluna  da  ETFAM  – UNED, formou-se como Técnica 
em  Eletrônica  e  entre  máquinas  e  processos  foi 
escolhida pela Psicologia em 1997.  
 ​
Por  obstinação  em  entregar  o  melhor  nas  empresas 
nacionais  e  multinacionais  que  atuou,  para  seus 
clientes  de  longa  data  e  novos  parceiros,  fez 
especializações  em  Gestão  da  Qualidade  Total,  MBA 
em  Gestão  Estratégica  de  Pessoas,  Especialização  em 
Políticas  e  Práticas  Educativas  e  é  mestranda  em 

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Ciências  da  Educação  porque  não  podemos  parar  de 
aprender. 
 ​
Em  2009,  avançou  na  Formação  Internacional  em 
Coaching  Integral  (ICI  –  USA)  em  seu  nível  Sênior  e 
seguiu  em  diversos  cursos  de  Neurocoaching, 
Neurociência  aplicada ao Coaching, Psicologia Positiva, 
dentre  outros  que  contribuísse  nas  suas  práticas  de 
Coaching  Individual,  de  Grupo  e  de  TIME  como 
também  a  Formação  Internacional  em  Coaching 
Integral  Sistêmico  (Universidade  da  Flórida  –  USA). 
Formou-se  em  Master  Humanistic  Coaching  (MORE  – 
Alemanha)  e  em  Certificação  Internacional  Master 
Practitiner em PNL (InPNL – Portugal). 
 ​
Suas  paixões  profissionais  estão  completamente 
alinhadas  ao  seu  propósito  de  vida  e  segue  cumprindo 
sua  missão  através  de  palestras,  treinamentos, 
consultoria  organizacional  e  coach  profissional  em 
todo território nacional. 
 ​
Especializou-se  com  os  mais  renomados  profissionais 
do  mundo,  como  Tony  Robbins,  Tim  Harv  Eker,  Blair 
Singer, Karina e Fridolin Kimmig. 
 ​
O  que  mais  a  inspira:  Usar  os  dons  recebidos  para  ser 
sal, luz e fermento. 
   

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LEADER  MENTORING  E  A 
INDÚSTRIA 4.0 
  
Quanto  mais  aplico  programas  de  desenvolvimento 
humano,  tão  mais  passo  acreditar  na  importância  da 
formação  de  líderes  que  sejam  capazes  de  conhecer  e 
reconhecer  perfil  de  pessoas  para  conduzi-las  de 
acordo  com  suas  potencialidades  e  talentos;  que 
estejam  preparados  para  usar  das  suas  próprias 
vivências  e  experiências  para  demonstrar  caminhos  a 
serem  seguidos;  que  consigam  estabelecer  propósito 
comum  e  articulem  com  meios  e  recursos  para vencer 
os  desafios  de  gerir  uma  equipe  em  prol  de  objetivos 
comuns  e  tantas  outras  competências  completamente 
ligadas ao perfil de um mentor. 
  
Em  muito  já  se  fala  no  Brasil  sobre  a  quarta  revolução 
industrial  iniciada  em  várias  empresas  no mundo todo, 
e,  tantas  outras  correm  contra  o  tempo  para entrar na 
era  da  chamada  Indústria  4.0.  Para  muitos  já  é  sabido 
que  esse  movimento  bem  avançado na Alemanha e nos 
Estados  Unidos  é  composto  por  duas  vertentes: 
processos  integrados  que  garantem  a  produção 
customizada  e  produtos  inovadores.  Neste  sentido,  o 
Brasil  precisa  andar  muito,  em  passos  largos,  em  alta 
velocidade  e  o  Leader  Mentoring  fará  muita  diferença 
para esta evolução. 
  
Sim,  os  líderes  deste  milênio  estão  convidados  para 
inspirarem  com  suas  próprias  experiências  outras 

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pessoas  a  seguirem  um  caminho  de  realizações,  ou 
seja,  serem  Leader  Mentoring,  que  no  resumo  da 
história,  são  pessoas  com  comportamentos  de 
liderança  e  técnicas  da  mentoria  para  influenciar  de 
forma  efetiva  e  focada  para  resultados,  mas  sem 
esquecer  a  essência  humana  e  suas  necessidades 
particulares.  
  
Os  números  do  relatório  “Readiness  for  the  Future  of 
Production  Report  2018”  mostra  o  Brasil  na  41​a  ​posição 
em  termo  da  estrutura  de  produção  e  na  47​a  posição 
nos  vetores  de  produção  da  indústria.  Também  são 
registrados  que  estamos  na  69​a  colocação  no  índice 
global de inovação. Com estes dados, é possível afirmar 
que  as  empresas  através  de  seus  líderes  estão  diante 
da  oportunidade  dual  em  que  se  muda  o  presente  e se 
constrói o futuro. 
  
O  Leader  Mentoring  terá  o  desafio  de  fazer  uso  da 
aplicação  de  tecnologia  para  otimizar  a  coordenação 
de  todos  os  aspectos  industriais,  incluindo  ​design,​  
cadeia  de  fornecimento,  automação  da  manufatura  e 
gerenciamento  de  ciclo  de  vida  e  precisarão  de  um 
novo  modelo mental, uma rede de habilidades que para 
muitos  parece  uma  distante  realidade  prática  de  seus 
comportamentos  atuais.  Tudo  isto,  visto  que  a 
tendência  é  que  a  média  gerência  seja  eliminada  na 
cadeia  produtiva,  juntamente  com  os  trabalhos 
repetitivos. 
  
Diante  dessa  perspectiva,  precisaremos  de  líderes  que 
trabalhem  com  coragem  e  paixão,  deixando  um legado 
com  características  pessoais  peculiares  e  necessárias 

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para  as  organizações,  como:  ser  protagonista,  criativo, 
ousado  e  inspirador.  Nesta  mesma  direção, 
preocupar-se  com  o  desenvolvimento  pessoal  e 
profissional  da  equipe  e  capaz  de  estimular  por 
feedback  construtivo  e  uma  genuína  vontade  em  ver  o 
crescimento  das  pessoas  em  termos  cognitivos  e 
emocionais. 
Ao  escrever  este  parágrafo  me  questionei  sobre  uma 
possível  interrogação  sua:  Mais esses comportamentos 
já  não  são  requeridos  hoje?  Sim,  são.  No  entanto,  até 
então  era  visto  como  opcional  por uns, desnecessários 
por  outros  e  apenas  um  %  pequeno  realmente 
acreditou  e  mobilizou-se  para  o  desenvolvimento 
dessas  competências  de  forma  integral  e  profunda. 
Mas,  ao  presenciarmos  a  realidade  da  Indústria  4.0 
como  uma  revolução  que  para  manterem-se 
competitivas  e  destacadas  no  mercado  as  empresas 
precisam  estar  à  frente  da  sua  época,  a  inovação 
construída  por  uma  cultura  única  que  promova 
relacionamentos  saudáveis  entre  as  pessoas  dentro  da 
empresa  passou  a  ser  mandatório  para estarem no seu 
tempo  na  história.  Neste  sentido,  são  os  líderes  que 
alinhavam  este  processo,  sem  margem  de  ser 
diferente. 
  
Ao  falar  de  Leader  Mentoring  levarei  em  consideração 
que  assim  como  na  física  em  que  três  pontos 
determinam  um  “plano”,  aqui  também  vamos 
considerar  apenas  três  pontos  para  coloca-lo  no 
mesmo  plano  dos  Leader  Mentoring preparados para a 
revolução  4.0.  e  atenderem  de  maneira  satisfatória 
esse  momento  em  que  a  indústria  terá  significativos 
impactos  sobre a produtividade, a redução de custos, o 

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controle  sobre  o  processo  produtivo,  a  customização 
da  produção,  dentre  outros,  apontando  para  uma 
transformação  profunda  nas  plantas  fabris.  Segundo 
levantamento  da  ABDI,  a  estimativa  anual  de  redução 
de  custos  industriais  no  Brasil,  a  partir  da migração da 
indústria para o conceito 4.0, será de, no mínimo, R$ 73 
bilhões/ano.  Essa  economia  envolve  ganhos  de 
eficiência,  redução  nos  custos  de  manutenção  de 
máquinas, consumo de energia, dentre outros. 
Com  este  olhar  aguçado  e  com  todos  os  aprendizados 
advindos  da  maior  recessão  econômica  que  passamos 
nos  últimos  anos,  o  Leader  Mentoring  pode  e  deve 
atuar para: 
  
-  Fomentar  iniciativas  que  facilitem  o  cenário  de 
criatividade  e  inovação em todas as posições dentro da 
empresa; 
-  Promover  conexão  entre  as  pessoas  e  suas 
potencialidades  em  busca  de  soluções  e  execuções 
vencedoras; 
-  Debater,  testar,  avaliar  e  construir  consenso  em 
campos tecnológicos para melhores resultados; 
-  Construir  estratégias  empresariais  para  avanços 
competitivos  com  olhar  de  ponta,  dentre tantas outras 
ações. 
  
Para  tanto,  o  primeiro  atributo  da  Leader  Mentoring  é 
SER.  Ser  alguém  que  entende  o  ambiente  em  sua 
totalidade,  escolhe  o  melhor  comportamento  para agir 
e  assim,  como  consequência  forma  uma  equipe  que 
reconhece  o  seu  esforço  em  ser  imparcial,  justo  e 
alinhado  aos  objetivos  a  serem  atingidos.  O  SER 
refere-se  então  aos  conjuntos  de  comportamentos 

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assertivos  que  essa  pessoa  escolhe  ter  diante  das 
situações  reais  que  são  percebidas  e  sentidas  como  os 
mais  adequados  para  o  cenário  e  vai  deixando  marcas 
positivas nas pessoas. 
  
Nesta  direção,  quando  pensamos  em  4​a  revolução, 
acreditamos  que  líderes  que  são  pessoas diferenciadas 
em  seu  modo  de  pensar,  sentir  e  fazer  serão  o  grande 
diferencial  competitivos  e  capaz  de  gerar  e  mobilizar 
transformações,  pois  não  são  só  robôs  que  tirarão 
empregos  e  sim  pessoas  mais  preparadas  para  o  que 
será  o  mundo  no  futuro aqui e para o que já é o mundo 
em vários pontos do globo. 

Preparar-se  significa  desaprender  e  reaprender  do 


ponto  zero muito das suas atitudes que talvez nos anos 
70  com  a  importante  reviravolta  após  a  chamada 
“revolução  magra”  fizesse  sentido.  Ou,  ainda, 
desaprender  alguns  hábitos  dos  anos  90  que 
“importaram”  modelos  de gestão pouco aculturados no 
momento  da  globalização.  Ou,  ainda,  a  frenética 
década  de  2000  que  muito  adoeceu  a  força  de 
trabalho.  Agora,  teremos  que  aprender  a  lidar  com  a 
revolução  da  indústria  4.0  e  não  há  como  adiar,  pois 
não  haverá  uma  cadeira  reservada  para  os  líderes  que 
não  SÃO  direcionados  para  a  enfática  necessidade  de 
envolvimento  e  colaboração  em  torno  de  questões 
cada vez mais complexas ou seja, ou Leader Mentoring. 

Ser  o melhor que se pode ser e mobilizar cada vez mais 
as  pessoas  serem  o  seu  melhor  passa a ser mandatório 
neste  universo  de  “fábricas  inteligentes”.  Com  este 
atributo  comportamental  como  régua  de  entrada,  é 
possível  pensar  em  realmente  ter  líderes  que  estejam 

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tão  preocupados  com  as  novas  tecnologias que trazem 
inúmeras  oportunidades  para  a  agregação  de valor aos 
clientes  e  aumento  de  produtividade  de  processos 
quanto com a gestão de pessoas no dia a dia. 
  
Esse  segundo  atributo  constitui  o  elo  complementar 
do  primeiro  atributo,  juntos  descritos:  Ser  o  melhor 
que  se  pode  ser,  sem  deixar  de  ser  você  mesmo  para 
fazer  o  que  precisa  ser  feito  em  termos  de  gestão  de 
pessoas. 
  
Já  é  sabido  que  a  quarta  revolução  industrial  poderá 
aumentar  a  renda  global  e  melhorar  a  qualidade  de 
vida  da  população  do  planeta  à  medida  em que elevará 
a  produtividade  a  partir  dos  ambientes  amplamente 
automatizados,  operados  por  robôs  e  conectados  a 
dispositivos  inteligentes que serão capazes de interagir 
e  cooperar  com  pessoas,  máquinas  e  sistemas.  Neste 
ambiente,  absolutamente  nada  que  se  possa  descobrir 
deste  líder,  compreender  sobre  suas  qualidades  ou 
características mais positivas farão a diferença em seus 
resultados  se  não  forem  pessoas  de  ação,  de  fazer 
acontecer. 
  
O  Leader  Mentoring  está  atento  ao  processo  de 
recrutar  pessoas  adequadas  para  este universo e assim 
sejam  capazes  de  gerar  resultados  que  o  negócio 
precisa.  Assumem  a  responsabilidade  de  escolher  com 
base  em  fatos  e  dados,  e  não  em preferências pessoais 
ou  intenções.  Estão  sempre  atentos  ao  que  precisam 
ser  treinadas,  para que tenham ainda mais domínio nas 
funções  e  possam  oferecer  diferencial  técnico 
competitivo  com  os  gigantes.  Também  estão  atentos 

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para  fornecer  feedback  de  comportamento  ou 
desempenho  para  encorajar  as  pessoas  a  melhorarem, 
mudarem  ou  manterem  o  ritmo  da  melhoria  contínua 
sempre.  Também  são  pessoas  aptas  para  desligar  de 
acordo  com  uma  gestão  justa  e  transparente 
construída  por  avaliações  de  desempenhos  constantes 
e objetivas. 
  
Entendo  que  quando  o  líder  atinge  o  formato  de 
mentor  através  da  vivencia  do  fazer  o  que  precisa  ser 
feito  em  gestão  de  pessoas,  ele  fortalece  os 
relacionamentos  e  aumenta  o  seu  poder  pessoal  no 
grupo,  de  maneira  fluida,  conquista  a  confiança,  o 
respeito  e  a  por  vezes  a  admiração  delas.  Em  resumo, 
quando  consegue  estes dois atributos: SER (o que pode 
ser  e  deve  ser)  e  FAZER  (o  que  precisa  fazer)  estará 
naturalmente  conquistando  o  terceiro  atributo  da 
liderança, onde os 3 juntos formam o “plano” do Leader 
Mentoring: 
  
1​o  SER  o  melhor  que  pode  ser,  sem  deixar  de  ser  você 
mesmo. 
2​o  FAZER  o  que  precisa  ser  feito  em  termos  de  gestão 
de pessoas e equipes para, 
3​o  TER  influência  mais  que  suficiente  para  gerar poder 
pessoal. 
  
Somente  os  líderes  com  poder  pessoal  e  não  somente 
hierárquico  serão  capazes  de  vencer  os  desafios  que  a 
4​a  revolução  traz.  O  poder  pessoal  é  a  conquista  do 
vínculo das pessoas pelo que você é e pelo que você faz 
e  não  pelo  nome  do  seu  cargo  ou  título  e  com  este  a 
autoridade  mais  que  suficiente  para  que  em  meio  a 

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tantas  dificuldades,  obstáculos,  mudanças  e  outras 
adversidades  continue  liderando  as  pessoas  para  um 
legado de vida e não somente por horas de trabalho. 
  
Sim!  A indústria evolui, as relações de trabalho mudam, 
as  competências  expandem-se  e  o  mundo  se  abre, 
mas,  no  fundo  todos  precisamos  de  um  significado  e  é 
este  propósito  que  nos  tira  da  cama,  transpõe  os 
obstáculos,  vence  desafios  e  transforma  tudo  ao nosso 
redor.  Bem  vindo  a  mundo  da  Mentoria  se  você  quer 
ser um verdadeiro líder! 
   

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GISLAINE  AUGUSTO 
CAVALCANTE 

 
Empreendedora,  Administradora,  Mentora,  Master 
Trainer  Coach  e  Master  Practitioner  em  PNL,  com 
experiência  em  gestão  de  pessoas  e  com  uma  sólida 
carreira  desenvolvida  na  área  financeira,  com  ampla 
experiência  na  qualidade  de  atendimento  a  clientes. 
Apoia  as  pessoas  na  excelência  de  seus  resultados  e 
performance  em  suas  atividades,  através  de  um 
processo  que  otimiza  sua  Inteligência  Emocional, 

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comunicação  e  assertividade  aprimorando  seus 
comportamentos.   

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QUAL  PROBLEMA  EU  RESOLVO  E 
QUAL  RESULTADO  O  CLIENTE 
ESPERA? 
Um  cliente  não  te  procura  por acaso. Normalmente ele 
te  encontra  porque  alguém  lhe  indicou  dizendo que foi 
atendido por você e esta pessoa teve a solução contigo.  

Ou  porque  o  seu  marketing  atingiu  a  dor  daquela 


pessoa,  e  a  tua  propaganda  criou  alguma  conexão  com 
o  problema  dela.  Este  cliente  lhe  procura  esperando 
que  você  tenha  a  solução  ou  o  remédio  para  a  dor  que 
está passando.  

Por  isso  é  importante  ter  muito  claro  e  definido  qual 


problema  você  resolve,  pois assim evita de cair em uma 
grande  cilada:  todos  te  procurarem  acreditando  que 
você resolve tudo.  

De  nada  adianta  eu  resolver  o ponto A se o meu cliente 


quer resolver o ponto B.  

É  preciso  ter  confiança  em  você,  cuidar  da  sua  auto 


estima e principalmente dos seus resultados.  

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As  pessoas  te  compram  pelos  seus  resultados  e  te 
contratam  para  você  dar  o  mesmo  resultado  ou  até 
melhor para elas.  

No  mentoring  você  irá  vender  seu  conhecimento,  o 


pulo  do  gato  ou  mostrar  o  caminho  das  pedras. 
Simplificando:  você  irá  se  tornar  o  super-herói  ou  a 
super-heroína do cliente.  

E  a  pergunta  que  te  faço  é:  você  conhece  o  suficiente 


determinado  assunto?  Ao  ponto  de entregar a solução? 
Teu conhecimento tem valor agregado? 

Se  conhecer  muito  bem  determinado  assunto, 


podemos  afirmar  que você é uma autoridade nisto. Pois 
você  já  viveu  exatamente  aquilo  que  o  cliente  está 
vivendo,  e  você  conseguiu  encontrar  soluções  práticas 
e  sair  da  melhor  forma  possível,  obtendo  excelentes 
resultados.   

Autoridade  você tem ou não tem. E para ser um mentor 
de  sucesso  e  vender  seu  conhecimento,  você  precisa 
ser  autoridade  em  algum  assunto.  Não  tem  nada  a  ver 
com ser famoso.  

O  cliente  só  quer  saber  se  você  resolve  o  problema 


dele.  Quer  saber  se  você  consegue  ajudar/apoiar.  Teu 
cliente quer comprar a tua experiência.  

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Você  já  se  perguntou  quantas  pessoas  são  realmente 
impactadas pelo que você faz?  

Você  já  parou  para  pensar  a  diferença  que  você  faz  na 
vida das pessoas? 

O  quanto  o  teu  conhecimento,  as  tuas  experiências  e a 


tua entrega impactam outras pessoas? 

O  que  conecta  o  seu  público  é  a  sua  verdade,  sua 


história de vida e sua experiência.  

E  acredite  existem  pessoas  dispostas  a pagar para ter a 


solução  do  problema  dela.  E  na  mentoria  sua 
experiência  vale  muito,  pois  você  sabe  o  caminho  das 
pedras,  ou  seja,  tem  o  pulo  do  gato  em  determinado 
assunto  na  qual  se  tornou  um  especialista,  devido  sua 
experiência/vivência.  

Descobri  isso  aos  poucos,  conforme  fui  atuando  e 


atendendo  meus  clientes  e  sempre  focada  na  solução 
que  eles  buscavam,  fui  adquirindo  experiência  e 
confiança.  

Sempre  ouvi  atentamente  meu  cliente,  afim  de 


identificar  a  dor  que  o  trouxe  até  a  mim.  E  quando 
identificava  e  lhe  mostrava  a  solução,  via  meu  cliente 
sair  da  minha  sala  extremamente  satisfeito, confiante e 

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feliz  com  o  resultado.  Aliás  até  hoje  eu  escuto 
atentamente, identifico a dor e lhe mostro a solução.  

E quando não tenho a solução comigo, eu tenho a quem 
direcionar meu cliente.  

Fico  fascinada  quando  o  cliente  começa  a  contar o que 


o  trouxe  até  a  mim,  e  em  determinado  ponto  da 
conversa  ele  fala  a  dor  que  está  passando  com  o 
problema,  e  ao  escutar  tudo  muito atenta, já conectei a 
dor dele com a minha história e experiência de vida.  

E  fico  mais  fascinada  ainda  ao  ver  a  carinha  de 


felicidade  do  meu  cliente  quando  eu  digo:  eu  já  passei 
por  isso,  tenho  experiência  com  este  problema  e  nisto 
eu posso lhe apoiar.  

Vejo  o  cliente  respirar  fundo,  aliviado,  ficando  calmo  e 


alguns  até  com  lágrimas  nos  olhos,  dizendo:  que  bom 
que  encontrei  a  solução!  Isto  me  completa,  pois  neste 
exato  momento  eu  criei  profunda  conexão  com  o 
cliente  a  minha  frente  e  lhe  entrego  o  resultado  que 
esperava. 

Para  se  ter  assertividade  em  qual  problema  resolve  e 


deixar  teu  cliente  satisfeito  e  encantado  com  a  tua 
entrega, é necessário fazer um funil de vendas.  

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Quando  se  faz  o  funil  de  vendas,  você  começa  a 
segmentar  por  assuntos  que  você  tem  experiência.  E 
naturalmente você fará os nichos do teu público alvo.  

Assim  fica  muito  mais  fácil  das pessoas comprarem seu 


serviço  de  mentoria.  Pois  irá  ficar  muito  claro  e 
específico  qual  o  problema  você  resolve  e  qual  a 
solução que terá ao te contratar.  

Eu  por  exemplo  tenho  muita  experiência  na  área 


financeira,  mais  especificamente  no  setor  bancário. 
Foram  14  (quatorze)  anos  na  qual  passei  por  diferentes 
setores,  cargos  e  agências.  Na  qual  ganhei  muita 
experiência operacional e comercial com muitas pedras 
em  minha  trajetória,  choros,  noites  mal  dormidas, 
risadas, muitas soluções e excelentes resultados. Enfim, 
foram  vários  momentos  bons  e  ruins,  com  muito 
aprendizado e desenvolvimento.  

Por  ter  vivenciado  tudo  isso,  muitas  pessoas  chegam  a 


mim procurando um norte. As vezes são clientes que eu 
atendia  e  até  mesmo  colegas  que  trabalharam  comigo. 
Todos  estão  buscando  mentoria  financeira?  Claro  que 
não. 

Os  clientes  que  eu  atendia me procuram para aprender 


a  lidar  com  a  área  financeira,  querem  minha  expertise 

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no  assunto  para  orientá-los  a  sair  das  dívidas  ou  para 
fazer investimentos.  

Já  as  pessoas  que trabalharam comigo e que continuam 


lá,  trabalhando  na  área  financeira,  me  procuram 
buscando  outra  solução.  Por  que?  Porque  as  dores 
deles são outras.  

E qual solução eles buscam? 

Uma  parte  destas  pessoas  querem  saber  como  fiz  para 


me  manter tanto tempo no segmento bancário, querem 
soluções  e  estratégias  para  obterem  excelentes 
resultados.  

Já  outras  estão  em busca de estratégias e recursos afim 


de  conseguirem  fazer  a  transição  de  carreira. E porque 
me  procuram?  Porque  eu  fiz  a  minha  transição  de 
carreira,  abrindo  mão  de  um  bom  salário,  benefícios  e 
status  de  um  cargo.  Alguns  dizem que me admiram por 
minha  coragem  e  querem  saber  como  consegui,  quais 
foram as estratégias que utilizei.  

Neste  caso  de  fazer  uma  mentoria  para  transição  de 


carreira,  meu  público alvo, não é somente os bancários. 
Meu  público  alvo  são  pessoas  que  de  alguma  forma 
estão  insatisfeitas  na  carreira  atual,  estão  passando 
pelas  dores  que  passei  quando  eu  era  bancária.  Por 

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exemplo  ir  trabalhar  com  angústia,  apenas  por 
obrigação, presa a um salário e benefícios. 

  As  pessoas  que  estão  sentindo  o  que  senti,  vivendo  o 


que  vivi,  buscam  sair  o  mais  rápido  possível,  ou  seja, 
querem  encurtar  o  caminho.  Por  este  motivo  me 
procuram,  pois  sabem  que  passei  exatamente  por  tudo 
e  mais  um  pouco  do  que  estão  vivendo e querem saber 
como  fiz  para  solucionar, para curar minha dor. Pois ao 
conseguir  sair  do  Banco  e  iniciar  em  uma  nova  área 
totalmente  diferente  da  qual  atuava  eu  consegui  ficar 
muito  feliz,  realizada  e  prosperar  em  minha  nova 
carreira. 

Então  quando  eu  anuncio  uma  mentoria  de  transição 


de  carreira,  eu  estou  vendendo  a  solução  para  as 
pessoas  conseguirem  fazer  a  transição  de  uma  forma 
equilibrada,  ou  seja,  resolvendo  o  problema  da 
transição.  E  o  resultado  que  o  cliente está procurando 
é  uma  nova  carreira  que  lhe  traga  satisfação  pessoal  e 
profissional.  

Por  muitas  vezes  a  transição  de carreira não vai bastar, 


porque  na  verdade  o  que  o  cliente  espera  é  realização 
pessoal  e  profissional.  Ele  espera  encontrar  o  mesmo 
bem-estar e realização que eu encontrei.  

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E  aí  que  eu  (mentora)  entrego  meu  diferencial 
utilizando  ferramentas  e  técnicas  de  coaching,  PNL 
(Programação  Neurolinguística)  etc.,  para  que  meu 
cliente  (mentee)  tenha  clareza  do  que  realmente  ele 
quer,  o  que  lhe  faz  se  sentir  bem  e  que  o  deixa  feliz, 
caso  contrário  se  eu  interpretar  que ele só quer sair do 
trabalho  atual,  posso  induzi-lo  a  abraçar qualquer nova 
carreira  e  lá  na  frente  ele  não terá sucesso e não terá o 
resultado que esperava ao contratar.  

O  mesmo  ocorre  quando  vou  dar  uma  mentoria 


financeira,  pois  quando  anuncio você livre das dívidas e 
conquistando  liberdade  financeira,  meu  cliente  busca 
encontrar  a  tranquilidade  e  equilíbrio  na  vida 
financeira.  Como  eu  vim  de  uma  família  com  poucos 
recursos,  e  batalhando  muito  consegui  quitar  dívidas  e 
construir  um  patrimônio,  eu  sei  como  fazer  o  dinheiro 
trabalhar  para  mim,  eu  sei  equilibrar  meus  gastos  e  sei 
ganhar  mais  do  que  gasto  devido  tudo  que  sofri  na 
época  das  vacas  magras.  Eu  aprendi  e  criei  estratégias 
para sair de devedora e me tornar investidora. 

Atendi  diversos  clientes  no  Banco  que  tinham  uma 


renda  3x,  5x  e  até  10x  maior  que  a  minha  e  não tinham 
conseguido  construir  o  que  construí  de  patrimônio. 
Aliás a única coisa que construíram foram dividas.  

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Imagina  a  felicidade  desta  pessoa  ao  ouvir  que  eu  sei 
resolver o problema dela. 

E  esta  pessoa  fica  feliz  e  quer  o  resultado  rápido,  se 


possível  para  ontem.  Então  ela  está  disposta  a  me 
contratar  para  entregar  este  resultado:  agilidade  no 
processo  de  sair  das  dívidas  e  construir  independência 
financeira.  

Por que ela espera este resultado?  

Porque  eu  já  vivi  a  experiência  e  sei  o  caminho  mais 


rápido,  eu  sei  que  caminhos  não  pegar,  pois  quando 
errei  ao  fazer  determinadas  coisas  eu  aprendi  o  que 
não fazer, e descobri o que fazer.  

Estes  foram  duas  experiências  que  compartilhei,  e 


tenho  muitas  outras  experiencias  na  qual  posso  dar 
mentoria  em  diversas  áreas.  Pois  passei  por  algumas 
dores  e  consegui  sair  delas  e  agora  posso  e  sei 
transformar  qualquer  experiência  na  qual  eu  vivi  em 
uma  mentoria,  ou  seja,  consigo  comercializar  meu 
conhecimento  entregando  resultado  e  fazendo  a 
diferença na vida das pessoas. 

Muitas  vezes  o  cliente  nem  sabe  que  tem  aquele 


problema  e  é  necessário  ouvir  o  resultado  que  você 
entrega  para  ele  olhar  para  a  situação  dele  e  enxergar 

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que pode ter excelência e alta performance na vida dele 
aproveitando dos benefícios fazer mentoring.   

   

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FERNANDO OLIVEIRA 

 
Formado  em  Publicidade  e  Propaganda,  com  pós 
Graduação  em  Gestão  de  Pessoas  e  MBA  em  Gestão 
em  Vendas  e  Trade  MKT.  Coach  Formação  com 
certificação  com  respaldo  internacional  Mentor  em 
negócios  e  Inovação  formado  pela  Global  Mentoring 
Group em Cambridge-Boston e Master Practitioner em 
PNL.  Possui  15  anos  de  experiência  na  área  comercial 
sendo  7  deles  dedicados  a  indústria  farmacêutica, 

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apaixonado  por empreendedorismo e desenvolvimento 
humano.   

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OPORTUNIDADES PARA O 
PROFISSIONAL DE MENTORING NO 
BRASIL 
 
O  processo  de  Mentoring  existe  a  muito  tempo, sendo 
que  historicamente a figura do mentor foi marcado por 
um  nome  ex:  na  Grécia  antiga  era  chamado  de  Guru, 
pelos  franceses era classificado pela expressão Protégé 
(meu  protegido).  Já  o  termo  Mentoring  surgiu  da 
mitologia grega na obra odisseia de Homero. 
  
Mais  este  termo  se  fez  muito  mais  presente  nas 
corporações  de  forma  profissional  em  meados  do 
século  VXIII  com  a  revolução  industrial  iniciada  na 
Inglaterra. 
  
Muitas  pessoas  praticam  ou  já  praticaram  o  processo 
de  Mentoring  de  forma  inconsciente  em  suas  vidas, 
considerado  como  um  Mentoring  informal,  por 
exemplo:  os  pais  exercem  um  papel  de  Mentoring 
informal  com  seus  filhos,  irmão  mais  velhos  também 
realizam  este  processo  quando  dão  seus 
aconselhamentos para seu irmão mais novo. 
  
O  conceito  de  Mentoring  parte  do  princípio  aonde  o 
Mentor  conduz  e  apoia  seu  mentorado  rumo  ao  seu 
objetivo,  utilizando  de  sua  expertise  e  experiência  na 
área,  fazendo  assim  com  que  seu  mentorado  ganhe 
tempo  e  potencialize  seus  resultados.  Cada  vez  mais 
temos  pessoas  mais  jovens  e  muito  preparadas  com 

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inúmeras  formações,  estando  envolvidas  em  processo 
estratégico  e  na  tomada  de  decisão.  Porém hoje temos 
um  cenário  aonde  possuímos  instituições  de  ensino  e 
não  de  aprendizado,  ou  seja,  as  universidades  ensinam 
seus alunos a exercer uma função.  
  
Mas  na  maioria  de  tomada  de  decisão  ou  algum 
planejamento  estratégico  é  necessário  além  de 
habilidades  técnicas,  exige  experiência  de  quem  já 
vivenciou  a  mesma  situação  ou  uma  situação  similar 
em  algum  momento  de  sua  carreira,  e  com  esta 
experiência lhe trouxe um resultado e um aprendizado, 
aonde  este  aprendizado e experiência lhe servirá como 
um  parâmetro  para  decisões  futuras.  E  é  neste 
momento  que  o  mentor  entra  para  apoiar  seu 
mentorado  neste  processo  com  toda  a sua experiência 
e expertise em sua área de atuação. 
 
Durante  toda  a  nossa  vida  trazemos  com  as  nossas 
experiências  algumas  crenças  e  valores  que  em  algum 
momento  nos  serviu  e  hoje  já  não  serve  mais.  Essas 
crenças  e  valores  ficam  armazenadas  no  nosso 
inconsciente,  numa  forma  de  um  ponto  cego  aonde 
nos  limita  e  nos  impedindo de ir além. Essas limitações 
são  muito  desafiadoras  de  identificar  sozinho,  e  por 
este  motivo  gera  uma  grande frustração e decepção. O 
mundo  corporativo não vai entender que você não está 
sendo  produtivo  ou  assertivo  em  suas  decisões  devido 
essas  travas,  e  sim  iram  dizer  que é incompetente, não 
tem foco, falta de dedicação etc. 
  
Hoje  estamos  vivendo  um  cenário  de  constante 
mudanças,  tanto  na  área  comportamental  quanto  na 

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área  tecnológica,  aonde  a  velocidade  para  tomada  de 
decisão  é  extremamente  importante  para  se  obter  o 
resultado  esperado,  e  não  podemos  nos  dar  ao luxo de 
ficar  na  antiga  técnica  de  acerto  e  erro.  Não  temos 
mais  tempo  para  aprender  a  fundo  uma  determinada 
habilidade,  e  temos  cada  vez  mais  que  diminuir  a 
margem  de  erro  e  assim  acelerar  todo  o  processo 
rumo  ao  nosso objetivo. Com todas essas mudanças e a 
velocidade  a  qual  estão  acontecendo,  sai  na  frente 
aqueles  profissionais  os  quais  possuem  seus  mentores 
para  lhe  apoiar  nesse  processo,  porém  é  necessário 
escolher  bem  seu  mentor,  pois  para  que  obtenha  o 
resultado  esperado  a  relação  mentor  mentorado  tem 
que ter alguns pontos indispensáveis; 
  
● Empatia;  para  funcionar  o  processo  de 
mentoring  tem  que  haver  a  empatia  entre 
mentor  e  mentorado para assim estabelecer um 
elo de relacionamento; 
● Confiança;  é  extremante  importante  haverá 
confiança  entre  as  partes  pois assim o processo 
caminha de forma mais produtiva e prazerosa; 
● Transparência;  é  de  grande  importância  o 
mentorado  ser  transparente  com  seu  mentor 
para  que  assim  ele  possa  ser  o  mais  assertivo 
possível  dentro  do  objetivo  que  está  sendo 
trabalhado; 
● Comprometimento;  Mentor  e  Mentorado  tem 
que  estar  100%  comprometido  com  o  objetivo, 
além  do  comprometimento  um  com o outro em 
todo o processo; 

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● Estar  aberto  a  ouvir;  o  Mentorado  tem  que 
estar  aberto  para  ouvir  os  aconselhamentos  de 
seu Mentor; 
● Atitude:  o  Mentorado  tem  que  ter  a  atitude 
para  agir  e  executar  as  ações  acordadas  com 
seu mentor. 
  
Esses  são  alguns pontos básicos que farão com que seu 
processo  de  mentoring  seja  mais  leve  e  produtivo. 
Entre  de  cabeça  neste  processo  de  puro  aprendizado, 
e  verás  o  quão  produtivo  e  enriquecedor  será para sua 
vida profissional e pessoal participar deste processo. 
 
   

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RÔMULO MARTINS 
 

 
 
Possui  graduação  em  Educação  Física  pela 
Universidade  do  Estado  do  Pará  (2008).  Especialização 
em  Fisiologia  do  Exercício  pela  Universidade  Veiga  de 
Almeida  (2010).  MBA  em  Gestão  Empresarial  pela 
Fundação  Getúlio  Vargas  (2016). É coaching de Saúde e 
Bem-estar.  Membro  do  Conselho  Consultivo  da 
Sociedade  Brasileira  de  Personal  Trainers  (SBPT). 
Melhor  Personal  Trainer  em  2017  pelo  Conselho 
Regional  de  Educação  Física  do  Estado  do  Pará.  Atuou 
como  professor,  avaliador  físico  e  personal  trainer  nas 
redes  de  academias  Companhia  Athletica,  Pelé  Club  e 

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Bodytech.  É  proprietário  das  empresas  Rhino  Fit 
Studio e Fitcon Gestão Esportiva.    

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O PODER DA CONSISTÊNCIA 
 
Conhece  alguém  que,  sequencialmente,  pula  de  tarefa 
em  tarefa?  Como  se  uma  nova  ideia,  um  novo  projeto, 
um  novo  propósito  de  vida fosse suficiente para injetar 
uma  dose  de  prazer  momentânea  para,  em  seguida, 
abandonar  e  ficar  em  um  loop  contínuo  de inicios sem 
conclusões.  A fatura do cartão de crédito trás sempre a 
cobrança  da  academia,  mas  só  o  fato  de  ter  pagado  já 
foi  uma  forma  de  recompensa,  mesmo  que  rápida  e 
pequena.  A  zona  de  conforto  (se  tá  facinho  você  pode 
melhorar), falta de continuidade e rotinas medíocres se 
tornam  um  padrão  que  refletem  no  profissional,  na 
busca  de  conhecimento,  nas  relações  familiares,  na 
alimentação,  nas  finanças  e  até  espiritualmente.  A 
inconsistência  impera  e  é  responsável  diretamente 
pelos  resultados  obtidos  e  o  pior,  grande  parte  das 
pessoas se vicia nisso. 
   
Do  outro  lado,  está  um  grupo  de  elite  com  resultados 
diferentes.  Que  dentre  outros  comportamentos  tem 
um  básico,  elas  são  incrivelmente  consistentes  no  que 
se  propõe  a  fazer,  especialmente  se  é  claro  que  vale  a 
pena. A consistência é a habilidade chave que separa os 
medianos dos extraordinários. 
  
1.  LIVRE-SE DAS ESTACAS 
Circo  sempre  me  fascinou,  quando  eu  era  criança,  na 
frente  da  minha  casa  tinha  um  terreno  baldio  que  vez 
ou  outra  aparecia  um  circo  desses  bem  simples  que 
tinha  alguns animais. E um dos mais deslumbrantes era 

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o  gigante  elefante,  dono  de  uma  força descomunal nas 
suas  apresentações,  mas  que  apesar  do  tamanho  vivia 
preso  a  uma  corda  amarrada  a  uma  estaca.  Tempos 
depois  fui  compreender  como  um  animal  daquele 
porte,  tão  forte  ficava  preso  tão calmamente a algo tão 
frágil.  Nesses circos antigos, os treinadores amarravam 
bebês-elefantes  a  uma  corda  que  era  fixada  a  uma 
estaca  cravada  no  chão.  Naturalmente,  o  bebê  tentava 
se  soltar,  dia  após  dia,  até  que  desistia  tamanho  o 
cansaço  e  tentativas  frustradas,  mesmo  após  1  ano  de 
idade  e  incansáveis  tentativas,  pois  até  essa  idade  a 
corda  ainda  poderia  suportar  a  força  do  jovenzinho 
elefante.  Porém,  após  adulto,  pesando  mais  de  4 
toneladas  e  com  a  força  suficiente  até  para  arrancar  o 
circo  fora,  ele  se  lembrava  do  padrão  da  infância,  dos 
constantes  gastos  de  energia  tentando  fugir  e perdia o 
interesse  de  mudar  aquele  cenário.  E  o  treinador 
entendendo  que  o  elefante  estava  preso  a  um  padrão 
do  passado,  podia  até  escolher  prender  o  animal  a  um 
simples fio que ele não mais tentaria se libertar. 
  
Muitas  pessoas estão presas a padrões antigos dia após 
dia  e  isso  não  tem  a  ver  com  classe  social, 
escolaridade,  sexo  ou  origem.  No  geral,  até  tem  um 
certo sucesso em algumas áreas da vida, como na parte 
profissional,  sendo  que  algumas  “estacas”  fincadas  na 
mente  durante  a  infância,  seja  por  meio  da  forma  que 
foi  criado,  do  meio  social,  das  palavras  e  convicções 
que  foram moldadas, são responsáveis pelos resultados 
que se tem hoje, sejam esses resultados satisfatórios ou 
não. 
   

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Essas  pessoas  amarradas  ao  passado,  quase  sempre 
tem  uma  visão  pouco  clara  de  si  mesma  e, 
normalmente,  essa  miopia  não  está  relacionada  a 
capacidade  e  acervo  técnico,  mas  na  baixa  habilidade 
(um  tipo  de  inteligência)  de  fazer  uma leitura interna e 
reconhecer  alguns  padrões  diários.  E  esses  padrões, 
são  retratos  inconscientemente  consolidados  ao  longo 
de  anos, mas a boa notícia é que esse condicionamento 
(como  o  elefantinho  se  condicionou)  pode  ser 
redefinido,  ou  melhor,  recondicionado.  Porém,  não  dá 
para  recondicionar  o  que  você  não  sabe  ou  não  está 
afim  de  modificar,  a  não  se  que  chegue  algo  que 
realmente  gere  uma  grande  inquietude  suficiente  para 
disparar  o  entendimento  que  a  estaca  deve  ser 
arrancada  ao  ponto  de  se  instalar  um:  “chega, vou dar 
um basta nisso!”. 
   
Esse  entendimento  para  mudança  é  o  start  para  uma 
mudança  definitiva,  porém,  o  que  pude  perceber  na 
prática  na  minha  experiência  de  quase  15  anos  como 
treinador  de  pessoas  com  dificuldades para emagrecer 
e  campeãs  de pagar academia e não ir, vivi na pele com 
centenas  de  alunos  isso.  Existia  um  lapso  em  querer 
mudar  a  realidade  de  estar  com  a  saúde  ferrada,  mal 
fisicamente  e  insatisfeito  com a forma do corpo devido 
as  gorduras  sobrando,  enfim.  Contudo  só  a  iniciativa 
de  pagar  um  plano  anual  na  academia  e  determinar: 
“vou  procurar  um  nutricionista,  me  matricular  na 
academia  e  emagrecer  esses  10  kgs”;  são  frágeis  e  os 
resultados  estão  aí,  80%  dos  alunos  que  pagam 
academia  vão  na  média  de  4  vezes  no  mês  e  o  efeito 
sanfona  (reganho  de  peso)  é  o  saldo  da  maior  parte do 
que  tiveram  um  certo  êxito  no  processo.  Ou  seja,  dos 

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poucos  que  conseguem  bons  resultados,  a  maior parte 
acaba  recuperando  o  peso  depois,  pois  usam  medidas 
ineficientes e inconsistentes para resolver o problema. 
   
O  exemplo  aqui  é  o  emagrecimento,  mas  o  padrão  é  o 
mesmo  se  você  tem  dificuldades com finanças, se você 
é  um  “cavalo”  e  grosseiro  com  sua  mulher,  tem  um 
comportamento  explosivo,  sai  facilmente  do  sério  em 
meio  a  adversidades  ou  tem  tido  recorrentemente 
resultados  abaixo  do  que  gostaria  em  várias  áreas  da 
vida.  Tendo  a  inconsistência  em  rotinas  simples  um 
caráter  tão  automatizado  que  cria uma falsa impressão 
que  se  está  fazendo  tudo  certinho  e  os  resultados 
estão  sendo  construídos  com  sucesso,  mesmo  com  o 
pretendente  a  emagrecer  10kg  esteja  com  boca suja de 
chocolate  afirmando  que  está  fazendo  tudo  certo  e 
culpando  o  metabolismo.  Falta  consistência  no  pouco, 
falta se desprender das estacas. 
  
2. O MARSHMALLOW DA NOVA ERA 
   
Um  clássico  estudo  liderado  pelo  professor  Walter 
Mischel  realizado  em  1970,  na  época  na  Universidade 
de  Stanford,  colocou  crianças  com  a  idade  média  de  4 
anos  e  meio  a  prova.  Cada  criança  era  colocada 
individualmente  em uma sala que continha apenas uma 
mesa  e  uma  cadeira,  sem  distrações.  Um  pesquisador 
entrava  na  sala  e  comunicava  que  ela  tinha  ganhado 
um  marshmallow,  mas  que  iria  sair  da  sala  (o 
pesquisador demorava em torno de 15 minutos) e se ela 
aguentasse  a  tentação  e  não  comesse,  na  volta  ela 
ganharia  outro.  Ou  seja,  se  ela  segurasse  o  prazer 
momentâneo,  ela  poderia  ser  duplamente 

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recompensada.  Mais  de  600  crianças  foram  testadas  e 
a maioria fracassou e comia rapidamente o doce. 
   
O  interessante  era  o  comportamento  de  autocontrole 
das  que  tiveram  êxito  tinham  ao  negociar  consigo 
mesmo  o  impulso  de  comer.  Umas  cobriam  os  olhos 
com  as  mãos  para  não  ver  a  tentação,  outras  se 
contentavam  apenas em cheirar o doce e outras faziam 
até  careta  -  tipo  sofrendo,  ou  seja,  um  misto  de 
emoções  para  manter  o  autocontrole  almejando  uma 
recompensa  maior.  Cada  criança  usava  o  recurso  que 
tinha  para  driblar  a  tentação  e  ficar  firme  até  o 
propósito.  Enquanto  outras,  simplesmente  engoliam  a 
guloseima  assim  que  o  pesquisador saia da sala. Só que 
o estudo não terminou aí. 
   
Anos  depois,  as  crianças  que  resistiram  ao 
marshmellow, tinham as melhores notas no teste SAT e 
ingressaram  nas  melhores  universidades.  Tinham 
melhores  relações  sociais,  na  fase  adulta  tinham,  no 
geral,  melhores  empregos  e  seus  casamentos 
fracassavam  menos.  As  crianças  que  comiam  o  doce 
rapidamente  tinham  mais  problemas  psicológicos, 
tinham  maior  incidência  a  serem  obesas  (seria o nosso 
amigo  que  queria  emagrecer  10kg?)  e,  algumas  até 
tiveram passagem pela polícia. PAUSA 
   
O  que  isso  tem  a  ver  com  consistência?  Tudo.  O 
autocontrole,  definitivamente,  será  um  ativo 
fundamental  para  se  ter  disciplina  nas  ações  diárias. 
Trazendo  para  nossa  era,  é  a  consistência  que  vai  nos 
fazer  focar  no  que  realmente  importa  e  tem  a  ver com 
nossos  resultados  futuros  e  importantes  (dois 

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marshmallows),  ao  invés  de  apenas  um,  no  caso 
quando  se  distrai  incontáveis  vezes  checando  as 
notificações  do  WhatsApp,  Instagram  ou  respondendo 
aquele e-mail que poderia esperar. 
  
  
3.  PEQUENAS  TAREFAS,  PEQUENAS  VITÓRIAS: 
DISCIPLINADO NO POUCO, RETORNO NO MUITO 
  
“Saber  treinar  e  manejar  a  própria  mente  é  o  maior 
talento  que  se  pode  ter  na  vida,  tanto  em  termos  de 
felicidade quanto de sucesso.” (Harv Eker) 
  
O  mais  interessante  ao observar o comportamento dos 
mais  variados  tipos  de  clientes que acompanhei, que ia 
de  médicos,  publicitários,  empresários  e advogados, os 
que  tinham  êxito  tinham  algumas  características 
peculiares,  como  um  plano  simples  por  meio  de  uma 
meta  atingível,  rituais  e  a  convicção  da  força  das 
pequenas  tarefas,  que  embora  simples,  quando 
automatizadas  na  forma  de  hábito  geravam  resultados 
superiores. 
   
E  quando  se  fala  em  resultados  superiores,  é  inegável 
pensar  na  capacidade  desenvolvida,  mental  e 
fisicamente  dos  SEAL’s,  a  elite  da  Marinha  americana. 
Em  2014,  o  ex-Almirante  Willian  McRaven,  que  liderou 
a  captura de Osama Bin Laden, fez um discurso para os 
formandos  da  Universidade  do  Texas  onde  usou 
diversas metáforas para explicar como mentalmente os 
marines  são  treinados.  E  uma  das  primeiras  lições,  até 
tirou  algumas  gargalhadas  de  alguns  formandos:  “se 

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você  quer  mudar  o  mundo  comece  arrumando  sua 
cama”. 
 
“Ao  arrumar  a  sua  cama  pela  manhã,  você  cumpre  a 
primeira  tarefa  do  dia. Ela te dará um pequeno orgulho 
e  motivação  para  concluir  mais  outra  tarefa.  E  a  partir 
dessa  pequena  tarefa,  você  concluirá  muitas  outras 
tarefas  maiores  ao  longo  de  seu  dia.  E  se  por  acaso 
tiver  um  dia  ruim,  voltará  para  sua  casa  e  encontrará 
uma  cama  arrumada  por  você.  E  uma  cama  arrumada 
dá  a  sensação  que  o  amanhã  será  melhor”  (Willian 
McRaven) 
  
Todas  as  manhãs  durante  do  treinamento,  os  alunos 
são  rigorosamente  fiscalizados  por  seus  instrutores 
que  conferem  se  as  camas  estão  impecavelmente 
arrumadas.  Esse  tipo  de  mentalidade reforça a ideia de 
que  se  você  não  tem  disciplina  para  fazer  coisas 
simples  direito,  muito  menos  você  terá  para  fazer 
coisas  maiores.  Algumas  pessoas  por  ainda  não 
compreenderem  a  magnitude  da  rotina  e  da  força  das 
pequenas  tarefas  podem  achar  um  absurdo  em  um 
treinamento  de  elite  isso  ser  levado  tão  a  serio.  Essas 
mesmas  pessoas  talvez  estejam  necessitando  colocar 
em  ordem  algumas  coisas,  para  aí  sim  saírem  da  zona 
de mediocridade. 
   
Mas  uma  atitude  que  dura  no  máximo  5  minutos,  sim, 
esta  única  coisa, pode desencadear um efeito cascata e 
condicionar a ações mais inteligentes para outras áreas 
da  vida.  Esse  é  um  dos  exemplos  práticos  que  treinam 
uma  mente  para  ser  mais  produtividade,  tem  outras 
técnicas. 

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Particularmente,  uso  três  ações  para  exercitar  essa 
mentalidade.  Primeiro,  uso  a  técnica  TLA 
(Tocou-Levantou-Água),  inspirado  no  colega  Joel 
Moraes  de  Santos-SP.  O  treino  mental  e  de  disciplina 
começa aí. Esse é um alarme mental. Meu telefone toca 
(não  uso  modo  soneca  de  jeito  nenhum,  eu  associo  a 
uma mente preguiçosa), levanto imediatamente saio do 
quarto  e  vou  a  cozinha  tomar  um  copo  de  água.  Só  aí 
são  três  coisas:  não  negocio  com  sono,  não  uso  modo 
soneca  e  ponho  o  corpo  em  movimento  indo  tomar 
água;  as  vezes  a  sonolência  e cansaço são por conta da 
desidratação devido as horas sem beber água. 
   
Possuir  hábitos  que  conduzirão  para  um  futuro  de 
resultados  brilhantes  é  uma  tarefa  desafiadora, porque 
normalmente  a  visão  está  no  ápice,  na  medalha 
olímpica,  no  título,  no  primeiro  milhão,  na  viagem  dos 
sonhos,  sendo  que  nosso  cérebro  não  é  tão  fã  de 
recompensas  de  curto  prazo.  Somos  essencialmente 
auto  sabotadores.  Sabe-se que tem que fazer e não faz, 
mas  aqui  vou  te mostrar que padrão das pessoas acima 
da  média  têm. Vem comigo e acompanha o jogo mental 
dos campeões. 
   
Para  condicionar  o  cérebro  a  um  hábito  de  sucesso  é 
necessário  um  processo,  um  fatiamento  de  rotinas 
com  ganhos  imediatos  e  para  ser  recompensador ação 
não precisa ser grande. 
   
Vamos  partir  do  pressuposto  que  você  já  sabe  onde 
quer  chegar,  já  fez  uma  escolha  e  já  tem  um 
direcionamento,  ok?  A  partir  disso,  defina  quais  são os 

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poucos  passos/ações  diárias  que  você  deverá  cumprir 
e  não  negociar.  Tem  que  ir  lá  e  fazer.  Lembra  do 
exemplo  da  arrumação  da  cama  e  o  TLA 
(tocou-levantou-água).  Tarefas  inegociáveis,  diárias  e 
consistentes. 
   
Particularmente,  trabalho  com  seis  tipos  de  treinos 
mentais  diariamente  para  construir  meu  legado  onde 
fortaleço  minha  mentalidade  inteligente  e  consistente: 
espiritual  matinal,  estudo  em  3  blocos,  alimentar, 
exercício físico, estudo de música e meditação. 
   
O  espiritual  que  tem  como  objetivo  deixar  firme  um 
dos  meus  pilares  fundamentais  e  passa  pelo 
cumprimento  diário  de  tarefa  que  vão  de  leitura  da 
bíblia,  músicas  específicas  e  oração.  O  estudo  está 
alinhado  com  conteúdos  específicos  onde uso 3 blocos 
de  25  minutos  de  leitura  de  livros.  Enquanto  a  parte 
alimentar  tem  a  ver  com  o  corte  de  açúcar  em  que 
sustento  desde  junho  de  2018,  onde  não  encaro  como 
dieta,  mas  como  uma  forma  de  comunicar  a  minha 
mente  que  controlo  o  jogo  e  não  estou  preso  a  vícios 
alimentares,  mas  o  mais  interessante  é  que  após  um 
mês  sem  usar,  meu  paladar  se  desacostumou.  O 
exercício  físico  a  ideia  é  praticar  diariamente  com  um 
método  específico  de  21  minutos,  20  a  30  minutos  de 
estudo  de  violino  e  meditação  pelo  menos  3  vezes  por 
semana. 
   
Como  isso  pode  ajudar  no  meu  dia a dia e no trabalho? 
As  pessoas  bem  sucedidas  são  condicionadas  a 
cumprir  tarefas  e  tem  hábitos  de  alta  performance.  E 
ao  ter  clareza  dos  pontos  chaves  que  dispararão  uma 

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mentalidade  realizadora,  esse  condicionamento 
surgirá,  da  mesma  forma  que  hoje  é  fácil  e  automático 
escovar os dentes ou dirigir. 
   
Então  fica  o  convite.  Identifique  quais  rotinas,  rituais, 
hábitos  de  alta  performance  que, se alinhados com seu 
propósito  de  vida  (não  adianta  ter  consistência  se  a 
direção  está  errada)  e  concluídos  dia  após  dia, te farão 
jogar  um  jogo  que  só  joga  que  tem  resultados 
extraordinários.  E  quando  se  fala  em  resultados 
extraordinários,  não  me  refiro  a  gênios,  me  refiro  a 
pessoas  que  acreditam  no  esforço,  na  resiliência,  que 
sabem  reconhecer  o  que  realmente importante, sabem 
a  direção  certa  (foco)  e  fazem  de  tarefas  simples  um 
celeiro de recompensas. 
  
   

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MAGNA REGINA 
 

 
Graduada  em  Pedagogia  com  Mestrado  na  área  das 
Ciências Humanas (pela 
UNOESC).  MBA  em  Gerenciamento  Internacional  de 
Projetos pela FGV 
(Fundação  Getúlio  Vargas,  RJ).  Mentora  de  Alta 
Performance pela Global 
Mentoring;  Master  Coach  Integral  Sistêmica  e  Analista 
de Perfil 
Comportamental  (pela  FEBRACIS  e  pela  Universidade 
da Flórida). 
Especialização  em  Coaching  for  Money  e  Business  de 
Alta Performance. 
Cursos: 
LifeCoach pelo IBC, 
Oradores  e  Palestrantes  pela  Febracis  e  pelo  Instituto 
Gente, SP, 

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Inteligência Emocional e Neurocoach pela Unoesc, 
Advance Executive Coaching. 
Sócia  e  Trainer  na  SD  Sobrancelhas  (Unidade  de 
Erechim) e Clínica 
Magrass (unidades de Erechim e Marau). 
Mentora,  Trainer  e  Palestrante  na  área  de 
autoconhecimento, 
autodesenvolvimento e desenvolvimento de equipes de 
Alta performance (In 
Company).  Foi  professora  Universitária  da  UNOESC, 
FAE e IDEAU por mais 
de  12  anos.  Criou  e  presidiu  o  Instituto  Humaniza  por 
mais de 8 
anos.Criadora dos Programas: 
 
–  Ela  (i)LTDA  para  mulheres  empreendedoras  através 
da Matriz iLTDA 
(Inteligências,  Legado,  Transformação, 
Desenvolvimento da Comunicação e 
Autoconhecimento); 
 
–  PROAGE  (Programa  de  Autoconhecimento  e  Gestão 
da Emoção para líderes 
e equipes de Alto desempenho) 
 
AUTORA DOS LIVROS: 
 
Removendo Montanhas – Deus ou ciência? 
Ela  (i)Ltda.  Livro  sobre  emoções  e  negócios  para 
mulheres 
empreendedoras. 
Sexualidade  e  Evolução  Humana:  o  conflito  entre o ser 
social e o ser 

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biológico:  Pesquisa  antropológica  sobre  o  processo 
evolutivo do ser 
humano (produto da dissertação do mestrado). 
Planeta  Energia:  Livro  didático  e  pedagógico  de 
Educação Ambiental 
escrito  em  parceria  com  o  teatrólogo  Airton  Fabro  e 
com a socióloga 
Garciela Pozzer; 
Os  (des)projetos  pedagógicos  e  as  novas estratégias de 
construção de 
conhecimentos:  Livro  para  professores sobre o passo a 
passo da 
construção,  execução  e  avaliação  a  partir  de  uma 
metodologia de projetos 
efetivamente pedagógicos. 
Os  20  segredos  do  empowerment  feminino.  –  O 
e-book traz dicas simples e 
factíveis  sobre  como  se  apropriar  e  assumir  o  poder 
que toda mulher tem. 
Onde  foi  que  eu  errei?  Livro  em  forma  de  romance 
para pais e educadores 
que  revela  os  dramas  de  uma  mãe  e  uma  adolescente 
em crise. 
 
 

   

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VÍTIMA OU PROTAGONISTA? 

 
Já notou que sempre que há um problema, 
você está presente? Você está lá. Está 
participando do problema. Não pensa que está. 
Mais uma vez, entrou na mentalidade de 
vítima. ​(Hew Len) 

 
Se  por  um  lado  há  o  comportamento  da 
síndrome  de  Gabriela  (da  música  Gabriela  Cravo  e 
Canela  da  Gal  Costa:  Eu  nasci  assim,  eu  cresci  assim, 
vou  ser  sempre  assim,  Gabrieeelaaaa),  que  sempre  me 
passa  a  impressão  de  prepotência,  arrogância  e 
narcisismo,  por  outro  lado  há  o  comportamento  da 
vítima  que,  na  pele  da  humildade,  se  vitimiza,  se 
lamenta,  se  queixa  e  obviamente,  assim  como  a 
Gabriela, não evolui, não prospera, não cresce.  
 
Quer  reconhecer  uma  vítima?  Preste  atenção  às 
pessoas  ao seu redor. Se a pessoa que estiver com você 
disser frases semelhantes a essas:  
“Comigo é sempre assim, nada dá certo”; 
“Só podia acontecer comigo”; 

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“Nem adianta tentar, comigo dá sempre errado”; 
“Agradeço, mas não mereço”. 
Pronto,  elas  revelam  de  forma  clara  que  você  está 
diante de uma vítima. 
 
Quando  estamos  no  papel  de  vítimas  estamos  num 
lugar  confortável,  porque  nem  sequer  pensamos  em 
fazer  algo  já  que  sabemos  que  somos  azaradas,  que 
nada  vai  dar  certo,  que  os  outros  são  de sorte, blá, blá, 
blá...  
-  Ah,  minha  mãe  já  era  assim,  o  que  você  quer?  (dirão 
alguns). 
Mas a sua mãe, era outra pessoa, viveu em outra época, 
não  teve  a  oportunidade  de ler este livro, não conviveu 
com  celular,  internet  e  redes  sociais  na  sua  juventude, 
oportunidade que você está tendo hoje. 
ERA  SÓ  O  QUE  ME  FALTAVA!  VOCÊ  TER OUTRAS MIL 
OPORTUNIDADES  QUE  SUA  MÃE  NÃO  TEVE,  MAS  SE 
DAR  AO  LUXO  E  AO  DIREITO  DE  TER  OS 
COMPORTAMENTOS QUE ELA TEVE! ME POUPE! 
 
Tanto  no  papel  de  Gabriela  (eu  nasci  assim  e  sou 
sempre  assim),  quanto  no  papel  de  Vítima  (isso  só 
acontece  comigo),  estamos  naquela  posição onde nada 
acontece,  que  é  a  chamada  zona  de  conforto.  É  muito 

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mais  fácil  não  querer  mudar  ou  não  querer  evoluir, 
porque  é  muito  mais  confortável  reclamar,  encontrar 
culpados,  se  vitimizar.  Se  já  está  decretado  que  vai  ser 
sempre  assim,  não  precisa  de  esforço  e  se  está 
decretado  que  tudo  vai  dar  errado,  também  não 
precisa tentar.  
 
As vítimas quase sempre: 
- Lamentam da pouca sorte que têm; 
- Invejam a sorte da outra da outra pessoa; 
- Acham algum culpado pelo seu fracasso; 
-  Não  percebem  que  vivem  dentro  da  bolha  do 
vitimismo. 
 
Essas  crenças  todas  foram  construídas  por  nós 
e  as  trazemos de forma inconsciente desde a infância a 
partir  do  modelo  mental  que  nossos  pais  tinham  e  da 
interpretação  que  demos  aos  fatos  cotidianos  da  vida. 
E  para  piorar,  nosso  sistema  escolar  não  ensina  como 
pular  fora  desse  modelo,  ao  contrário,  ensina  como 
sobreviver  dentro  desse  modelo.  E  isso,  por  si  só,  já 
reforça  a  ideia  de  “eu  nasci  assim,  eu cresci assim, vou 
ser sempre assim, Grabrieeeeeeeeeelaaaa”. 
Muitos  empreendedores  vivem  seus  dias, 
abrindo  e  fechando  seus  empreendimentos,  com 

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vendas  muito  abaixo  da  sua  necessidade  e  da  sua 
capacidade,  sentindo-se  vítimas,  agindo  com 
mentalidade  de  vítimas,  culpando  a  crise,  o  governo,  o 
marido,  a  esposa,  etc.  comportamentos  causadores  da 
derrocada de muitas empresas.  
Não  é a alteração na bolsa de valores que faz um 
pequeno  empreendimento  quebrar,  é  o sentimento e o 
comportamento dos seus gestores e equipes. 
 
 
PROTAGONISTA 
 
Quando seu poder aumenta, você 
assume as rédeas da sua vida! 
 
O  poder  é  o  que  mobiliza  nossa  coragem  de 
fazer  as  coisas.  No  inglês,  usa-se  a  expressão 
Empowerment  para  descrever  esse  processo  de 
assunção  do  poder.  Na  língua  portuguesa,  não  existe 
uma tradução literal, mas se aproxima muito da palavra 
Empoderamento.  
O  ato  de  buscar,  aprender  ou  conquistar  esse 
empoderamento,  é  o  caminho  para  o  sucesso,  mas  é 
preciso que ele esteja claro e dotado de propósito. 

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O  empoderamento  não  significa  assumir  um 
cargo  público  ou  de  gerência  de  uma  empresa,  a  isso 
dá-se  o  nome  de  Poder. O poder pode ser conquistado 
por  herança  ou  por  cargo  público.  O  empoderamento 
se  dá  em  outro  nível;  é  subjetivo,  é  interno,  tem  a  ver 
com  autoridade.  Jesus,  Madre  Teresa  e  Gandi  eram 
seguidos,  não  porque  tinham  poder,  mas  por  conta  da 
sua  autoridade,  desse  empoderamento  que  conferia  a 
eles credibilidade e respeito. 
Empoderamento,  é  um  comportamento  de 
coragem, de ousadia, de vontade de fazer as coisas, por 
mais  difíceis  que  possam  parecer.  É  ter  a  coragem  de 
assumir  erros e de corrigir falhas. De recomeçar a cada 
tropeço e de enfrentar os desafios sem fugir. 
 
É  desenvolver  a  capacidade  de  tornar-se  maior 
do que seus problemas! 
 
Nada  mais  valioso  para  compreender  isso  do 
que relacionar com um filme ou uma novela. 
O protagonista da novela ou do filme é sempre o 
ator  ou  a  atriz  principal.  É  em  torno  dele(a)  que  se 
constrói  toda  a trama e lá no final, ele(a) sempre vence. 
No  Coaching  e  na  mentoria  chamamos  isso  de  “a 
jornada do herói”. Eu explico:  

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Perceba  que  no  filme  ou  na  novela,  a  trama 
começa  com  o  personagem  principal  tendo  uma  vida 
normal  (rindo,  namorando  ou  casada,  com  filhos,  ou 
não,  estudando  ou  não,  cozinhando,  trabalhando, 
enfim,  tendo  uma  vida  normal),  mas  algo  acontece: 
entra  em  cena  o  Antagonista,  muitas  vezes  em  pele  de 
cordeiro  e  o  Protagonista  então  é  perseguido, 
caluniado,  sofre,  perde  coisas  e  pessoas,  chora,  por 
vezes  é  preso  injustamente,  leva  tiro,  enfrenta 
mentiras  e  a  trama  segue.  Mas  em  dado  momento  o 
Protagonista  se  empodera,  se  dá  conta  de  algumas 
coisas,  começa a lutar, enfrenta os inimigos e no fim da 
trama,  tudo  é  revelado,  resolvido  e  a  personagem 
vence  e  volta  para  sua  vida  normal,  como  era  no 
começo  da  trama,  só  que  agora  feliz  e  em  um  nível  de 
poder acima do que estava no começo. 
Essa  é  a  jornada  do  herói  e  isso  pode acontecer 
com  você  se  você  se  permitir  passar  por  um  processo 
de  autoconhecimento  (mentoria,  por  exemplo).  Você 
vai  identificar  seus  antagonistas  (inimigos  que  são 
internos, sempre) vai enfrentar, lutar, ressignificar e no 
final vai perceber que é muito mais forte e poderoso do 
que  jamais  sonhou  que  seria.  Volta  para  sua  empresa 
de  ombros  erguidos,  vendendo  mais,  amando  mais, 
perdoando  mais,  com  a  autoestima  no  topo  e  com 

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autoconhecimento  suficiente  para  falar ou calar diante 
de  cada  situação,  porque  sim,  você  sabe  o  que  te  tira 
do  sério  e  que  te  coloca  no  sério.  E  sabendo,  pode 
escolher a reação mais adequada. 
Mas  no  filme  ou  na  novela,  tem  ainda  outros 
personagens,  que  são  chamados  de  coadjuvantes. 
Esses  andam  ao  sabor  do  vento.  Observam  o 
protagonista,  fazem  fofocas,  complicam  sua  vida,  por 
vezes,  até  ajudam,  mas  não  “cheiram  e  não  fedem” 
como diria minha saudosa mãezinha. Não enfrentam os 
grandes desafios, não lutam, não vencem. 
Ah, e tem a plateia! Essa ainda mais alienada.  
Sentada  no  sofá  da  vítima está a plateia. Assiste, 
torce,  vê  a  vida  passar  pela  tela.  Torce  para  que 
aconteça  um  beijo, aquele beijo, que ela gostaria de ter, 
de  dar  ou  receber  na  sua  vida  real  e  não  tem  coragem 
de  buscar,  então  torce  que  aconteça  na  novela.  Torce 
para  que  o  bandido  se  dê  mal,  para  que  a  mocinha  se 
dê  bem,  mas  está  ali,  por  fora,  alienada,  sem  poder, 
sem força, sem coragem. 
 
Protagonizar  sua  história  de  vida  significa  tão 
somente  identificar  quem  é  você,  perceber,  dar-se 
conta  de  si,  da  vítima  ou  da  Gabriela  que  existe  em 
você  e,  a  partir  daí,  assumir  seu  poder,  o  controle  do 

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seu  caminho  e  as  rédeas  do  seu  sucesso.  Sim,  há  um 
poder  dentro  de  você  que  pode  ser  identificado, 
resgatado  e  posto  em  ação  para  transformar  você  no 
protagonista de sua história. 
 
E  você,  é  vítima,  é  protagonista,  antagonista, 
coadjuvante ou plateia? 

 
 

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