Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Manual Flex PDF
Manual Flex PDF
Avaliação da Flexibilidade 03
Avaliação da Flexibilidade
Manual de Utilização do
Flexímetro Sanny.
Supervisão Editorial
Wilson Eduardo
Revisão Ortográfica
Maria Cristina
Revisão Científica
Prof. Roberto Fernandes da Costa
Modelos
Gisele Reginy Bezerra
Rodrigo Maciel Andrade
Gizele de Assis Monteiro
Fábio R. B. Antonio
Avaliação da Flexibilidade
Manual de Utilização
do
Flexímetro
Sanny
ISBN:
AGRADECIMENTOS
A
A Ele que nunca posso deixar de agradecer; o meu fôlego G
de vida, o meu Deus e amigo... Sr. Jesus... Obrigado, isso é
para honra e glória do teu nome.
Ao meu marido e amigo Prof. Ms. Artur Guerrini Monteiro,
R
o meu obrigado e o meu amor por tudo que tem me ensinado.
Ao Prof. Roberto F. Costa pela oportunidade e escolha
A
para a realização deste trabalho.
A Sanny, nas pessoas de Wilson Eduardo e Cleuza D
Eduardo pela confiança, esforço e ajuda em cada fase deste
trabalho.
A Terrazul Informática na pessoa de Ivan Carbone, pela
E
colaboração na produção deste trabalho.
Ao Uni-FMU nas pessoas do Prof. Flavio Delmanto e C
Doralice Signori, por cederem as instalações para o comple-
mento deste trabalho.
Ao Prof. Rodrigo Maciel Andrade, pela competência com
I
que auxiliou-me no andamento das fotos e no fechamento do
texto deste manual.
M
Aos meus alunos: Gisele Regyni Bezerra pela paciência,
dedicação e desempenho em cada foto. Fábio Roberto de Brito E
Antonio, pela dedicação nos últimos momentos deste trabalho.
Obrigado e parabéns aos futuros profissionais que já demons-
tram o interesse necessário aos bons profissionais da área.
N
Obrigado a todos que direta ou indiretamente fizeram parte deste
trabalho. T
O
S
Gizele de Assis Monteiro
Avaliação da Flexibilidade 11
Avaliação da Flexibilidade 12
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
Conclusão. 79
Referências bibliográficas. 80
Avaliação da Flexibilidade 18
UNIDADE 1.
1.FLEXIBILIDADE
Terminologias adotadas.
Manifestações da Flexibilidade.
A Flexibilidade pode se manifestar de maneira ativa e passiva. Entende-se
por:
Ativa: a maior amplitude de movimento possível, que o indivíduo pode realizar
devido à contração da musculatura agonista.
Passiva: a maior amplitude de movimento possível que o indivíduo pode
alcançar sob a ação de forças externas (parceiro, aparelho, ação da gravidade,
outros segmentos corporais).
UNIDADE 2.
1. COMO PODEMOS MEDIR A FLEXIBILIDADE?
Os métodos para medida e avaliação da flexibilidade podem ser classificados
em função das unidades de mensuração dos resultados em 3 tipos principais:
adimensionais, lineares e angulares.
Testes Adimensionais:
Pode-se definir um teste como adimensional, quando não existe uma unida-
de convencional, como ângulo ou centímetros para expressar os resultados obtidos.
Eles não dependem de equipamentos, utilizando-se somente de critérios ou mapas
de análise preestabelecidos. Temos como exemplos o Flexiteste, modificado por
Soares (1986) e o teste utilizado por Bloomfield et al., (1994).
Testes Lineares:
Caracterizam-se por expressar os resultados em escala de distância, em
centímetros ou polegadas, utilizando-se de fitas métricas, réguas ou trenas. Um
exemplo clássico e utilizado até hoje, é o teste de Sentar e Alcançar, descrito
originalmente por Wells e Dillon (1952).
Testes Angulares:
Possuem seus resultados expressos em graus. O termo utilizado para a
medida em ângulos é goniometria, que é formado por duas palavras: “gonia”, que
significa ângulo, e “metria”, que significa, medida. Portanto, a goniometria refere-se
à medida de ângulos. Os instrumentos que podemos utilizar são os goniômetros,
que existem do mais comum até os eletrônicos. Os mais utilizados são: o goniômetro
universal e o goniômetro pendular (ou flexímetro). Especificaremos mais ao pendular,
que é o tipo de aparelho semelhante ao nosso.
Exemplo:
A AM de flexão do ombro, que começa com o ombro em posição anatômica
(0 grau) e termina com a flexão completa. Para a extensão, não é necessário medi-
la desde a flexão completa, até a posição inicial zero, pois esta apresenta o mesmo
arco de movimento medido para a flexão. Para então medir a extensão, é preciso
medi-la além da posição zero.
O registro da AM deve indicar seu valor inicial e final para obter informações
mais confiáveis e precisas (Marques, 1997).
Avaliação da Flexibilidade 23
2. FLEXÍMETRO
Segundo Norkin & White (1997), o avaliador deve observar alguns procedi-
mentos antes de iniciar uma avaliação:
•determinar as articulações e os movimentos que devem ser testados;
•organizar as seqüências de testes por posição corporal;
•reunir os equipamentos necessários, como o Flexímetro, toalhas, formulário de
registro, fichas de anamnese, etc;
•preparar para o avaliado uma explicação do procedimento.
Alguns passos podem ser seguidos para um bom desempenho de uma ava-
liação:
•introdução e explicação do objetivo;
•explicação e demonstração do aparelho;
•explicação e demonstração dos pontos anatômicos;
•explicação e demonstração das posições recomendadas de teste;
•explicação e demonstração dos papéis do avaliador e do avaliado.
Posição do avaliador.
•Quando avaliamos a flexibilidade para a saúde, ou para um atleta para uma resposta
funcional após uma lesão, quadro cirúrgico, etc., devemos ter cautela com alguns
aspectos. Uma avaliação começa com a entrevista e pela revisão de registros, se
houver, para obter uma descrição de possíveis sintomas, habilidades funcionais,
atividades ocupacionais e recreativas, e/ou história clínica anterior.
•Patologias como osteoporose, problemas traumáticos, dores nas articulações e
na coluna, etc., requerem atenção especial aos cuidados mencionados.
Avaliação da Flexibilidade 25
Exemplo de Vetor:
UNIDADE 3.
2. OMBRO
A utilização das posturas a seguir, em decúbito dorsal para avaliar o ombro,
são excelentes para a avaliação da flexibilidade passiva, pois o avaliador poderá
movimentar o membro tranqüilamente.
Flexão:
Decúbito dorsal, com os joelhos flexionados, apoiando a coluna lombar na
superfície.
O Flexímetro é colocado no braço, acima do cotovelo (posição meso-umeral),
com o mostrador voltado para o avaliador.
O movimento inicia-se na posição anatômica com o braço ao lado do corpo
(palma da mão medialmente) e realiza-se o movimento até a amplitude máxima
(Norkin & White, 1997).
Estabilizar a escápula para evitar a elevação com a extensão da coluna (o
ângulo inferior faz pressão contra a caixa torácica). Essa estabilização pode ser
feita pelo indivíduo, ou pelo avaliador caso o avaliado não esteja conseguindo fazer.
Moore (1987) utiliza o mesmo movimento finalizando-o (amplitude máxima)
com a palma da mão voltada para cima (teto).
Fig. 2.1.
Posição inicial para
Flexão do Ombro.
Fig. 2.2.
Posição final para
Flexão do Ombro.
Avaliação da Flexibilidade 29
Extensão:
Decúbito ventral, com a cabeça voltada para o ombro que está sendo testa-
do, sem travesseiro sob a cabeça. O cotovelo pode ficar em leve flexão (para que a
tensão da porção longa da cabeça do músculo bíceps não restrinja o movimento),
com a palma da mão voltada para o corpo (medialmente). Realiza-se o movimento
até a amplitude máxima.
O Flexímetro é colocado no braço, acima do cotovelo (posição meso-umeral),
com o mostrador voltado para o avaliador.
Estabiliza-se o tórax para evitar a flexão para diante da coluna vertebral.
Marques (1997) comenta que esse movimento pode ser realizado com o
cotovelo fletido (Fig. 2.5) ou estendido (Fig.2.7).
Fig.2.6. Fig.2.7.
Posição inicial para Posição final para
Extensão do Ombro. Extensão do Ombro.
Avaliação da Flexibilidade 30
Abdução:
Decúbito lateral. A palma da mão deve estar voltada para frente, com o polegar
apontando para a direção do movimento (para cima). O úmero deve ser rotado
externamente.
O cotovelo deve ser estendido, para que a tensão da porção longa da cabeça
do tríceps não restrinja o movimento.
O Flexímetro é colocado no braço, acima do cotovelo, com o mostrador
voltado para o avaliador.
Deve-se ter cuidado para que o tronco seja estabilizado não projetando-se
para trás. O avaliador pode posicionar-se atrás do avaliado estabilizando o tronco
caso necessário.
Fig.2.8.
Posição inicial para
Abdução do Ombro.
Fig.2.9.
Posição final para
Abdução do Ombro.
Avaliação da Flexibilidade 31
Fig.2.10. Fig.2.11.
Posição inicial para Posição final para
Abdução do Ombro. Abdução do Ombro.
Abdução horizontal:
Decúbito dorsal, com os joelhos flexionados, apoiando a coluna lombar na
superfície. Os braços devem estar aduzidos, com as palmas das mãos próximas.
O Flexímetro é colocado no braço, acima do cotovelo (posição meso-umeral),
com o mostrador voltado para o avaliador.
O avaliador estabiliza o tronco e a escápula do indivíduo para evitar a elevação
com a extensão da coluna (o ângulo inferior faz pressão contra a caixa torácica).
Fig.2.12. Fig.2.13.
Posição inicial para Posição final para
Abdução horizontal do Ombro. Abdução horizontal do Ombro.
Avaliação da Flexibilidade 32
Adução:
Em pé, com a palma da mão voltada para trás. O polegar deve estar orientado
na direção do movimento.
O posicionamento do Flexímetro é o mesmo relatado anteriormente (na
abdução), com o mostrador para frente.
Fig.2.14. Fig.2.15.
Posição inicial para Posição final para
Adução do Ombro. Adução do Ombro.
Fig. 2.16.
Posição inicial para a Rotação
interna e externa de Ombro.
Fig. 2.17.
Posição final para a Rotação
interna do Ombro. Fig. 2.18.
Posição final para a Rotação
externa do Ombro.
Avaliação da Flexibilidade 33
Fig.2.19. Fig.2.20.
Posição inicial para Rotação interna Posição final para Rotação
e externa do Ombro. externa.
3.COTOVELO
Flexão e Extensão:
Decúbito dorsal. Com joelhos flexionados apoiando a coluna lombar na
superfície. O braço deve estar ao lado do corpo com a palma da mão voltada para o
teto.
O Flexímetro é colocado no antebraço, com o mostrador voltado para o
avaliador.
Colocar uma toalha sob o braço para que haja mais liberdade para o avaliador
colocar o aparelho e manusea-lo, ou mesmo para alguma correção do movimento.
No entanto, ela não deve modificar a angulação do movimento.
O movimento de extensão inicia-se do movimento completo de flexão (volta
do segmento até a AM inicial).
Fig.3.1. Fig.3.2.
Posição inicial para Flexão do Posição final para Flexão do
Cotovelo. Cotovelo.
Avaliação da Flexibilidade 34
Hiperextensão:
Decúbito dorsal. O braço deve estar ao lado do corpo, com a palma da mão
voltada para o teto.
O Flexímetro é colocado no antebraço, com o mostrador voltado para o
avaliador.
Colocar toalha sob o braço para que haja mais liberdade para o avaliador
colocar o aparelho e manusea-lo, ou mesmo para alguma correção do movimento.
No entanto, ela não deve modificar a angulação do movimento.
Pronação e Supinação:
Fig. 3.9.
Posição final para Supinação.
Avaliação da Flexibilidade 36
4.PUNHO
Flexão e Extensão:
Sentado em uma cadeira com um suporte para apoio do antebraço. O punho
deverá ultrapassar o apoio.
A palma da mão é voltada para baixo, sendo o Flexímetro preso, com o
mostrador voltado para a parte interna. A mão deve ser aberta, pois a mão fechada
limitará o movimento de flexão.
Observação: Se o movimento com a mão fechada for específico para alguma
necessidade do avaliador ou do avaliado, poderá ser utilizada, mas os valores não
se enquadram dentro dos demonstrados pelas tabelas. Também não foi observado
na literatura o uso desta maneira. Talvez modalidades que utilizem bastante este
movimento, o mesmo deverá ser adaptado.
Fig. 4.3.
Posição final para
Extensão do Punho.
Avaliação da Flexibilidade 37
Fig. 4.7.
Posição inicial para
Desvio Radial e Ulnar.
5.QUADRIL
Flexão:
Decúbito dorsal e posição anatômica.
O Flexímetro é colocado na face lateral da coxa (voltado para fora) com o
mostrador voltado para o avaliador.
No membro não avaliado o joelho permanece estendido e todo o segmento
não perde em nenhum momento da realização do movimento o contato com a
maca, pois isso indicará um possível encurtamento do iliopsoas.
Estabiliza-se a pelve, evitando a rotação ou o balanceio posterior.
. Fig. 5.1.
Posição inicial para Flexão do
Quadril com joelho flexionado.
Fig. 5.2.
Posição final para Flexão do
Quadril com joelho flexionado.
Avaliação da Flexibilidade 39
Fig. 5.5.
Posição final para Flexão do Quadril
com joelho estendido (PASSIVO).
Avaliação da Flexibilidade 40
Extensão:
Decúbito ventral, cabeça voltada lateralmente.
O Flexímetro é fixado na face lateral da coxa para que não haja alteração da
angulação com alguma movimentação do joelho. O mostrador é voltado para
fora(mostrador para o avaliador).
Estende-se o joelho, pois se este for fletido, a tensão da musculatura anterior
poderá restringir o movimento.
Estabilize a pelve, evitando a rotação ou balanceio anterior, o qual provocará
uma acentuação da lordose lombar. A crista ilíaca deverá permanecer em contato
com a maca durante a realização do movimento.
Fig. 5.6.
Posição inicial para
Extensão do Quadril.
Fig. 5.7.
Posição final para
Extensão do Quadril.
Avaliação da Flexibilidade 41
Abdução:
Em pé, os membros inferiores unidos e estendidos. Pode-se fazer uso de
uma maca ou algum outro equipamento para o apoio das mãos e auxiliar a
estabilização da postura.
O Flexímetro pode ser colocado no calcanhar ou na face posterior da coxa
do avaliado.
Afastar lateralmente deslizando os membros para abrir um espacate.
Os joelhos devem estar estendidos e os pés permanecerem paralelos. O
alinhamento do tronco deve ser mantido, evitando-se a projeção do quadril para
trás.
Se o individuo for um atléta que já possui a AM até a pelve encostar no solo,
a avaliação poderá ser realizada a partir desta AM, conforme demonstrado nas figs.
5.26 e 5.27.
Fig. 5.8.
Posição inicial para
Abdução do Quadril.
Fig. 5.9.
Posição final para
Abdução do Quadril.
Avaliação da Flexibilidade 42
Adução:
Em pé, membros inferiores unidos e estendidos..
Coloca-se o Flexímetro na coxa, com o mostrador voltado para a face ante-
rior da coxa.
Estabiliza-se o tronco e o quadril para se realizar a adução.
Recomenda-se um apoio para o avaliado para que sua postura fique estabi-
lizada.
Observação: Realizamos uma adaptação para que o avaliador saiba se o
tronco está estabilizado ou não. Coloca-se um outro Flexímetro no quadril, e zera-
se em posição anatômica, pois desta forma qualquer desalinhamento na postura
terá o comprometimento na angulação apresentada no Flexímetro localizado nessa
região (Fig. 5.10 e 5.13).
Fig. 5.11.
Fig. 5.10. Detalhe da utilização de dois
Posição inicial para flexímetros na estabilização do
Adução do Quadril. Quadril e Coluna Vertebral.Posição
Inicial.
Fig. 5.13.
Fig. 5.12. Detalhe da utilização de dois
Posição final para flexímetros na estabilização do
Adução do Quadril. Quadril e Coluna Vertebral.Posição
Final.
Avaliação da Flexibilidade 43
Fig. 5.14.
Posição inicial para
Adução do Quadril.
Fig. 5.15.
Posição final para
Adução do Quadril.
Esta posição não deve ser adotada quando o indivíduo possuir uma grande
quantidade de gordura localizada na região do quadril, oque promoveria um erro na
medição.
Avaliação da Flexibilidade 44
Fig. 5.22.
Posição final para Rotação
Externa do Quadril.
Avaliação da Flexibilidade 46
Espacate antero-posterior:
A Fig. 5.23. demonstra a avaliação do espacate quando o atleta já atingiu o
solo, mas esse movimento pode também ser avaliado desde a posição anatômica
para a descida do espacate (o procedimento é o mesmo, apenas a angulação é
inferior).
Coloca-se o Flexímetro na face lateral da coxa, com o mostrador voltado
para o avaliador. Realiza-se o movimento de flexão e extensão dos membros
alternadamente, deslizando os pés até a pelve encostar ao solo. Registra-se a AM
em graus.
O membro da frente e de trás tem o mesmo procedimento.
Se o atleta já atingiu o nível de AM em que a pelve toca no solo, inicia-se a
medição deste ponto, isto é, da pelve encostada no solo para cima, o avaliador
elevará o segmento até atingir a AM máxima, tanto para flexão, quanto para extensão.
A estabilização é essencial, pois nesse nível de amplitude a pelve sairá do
solo facilmente. A estabilização é realizada pressionando-se a pelve para baixo.
Sugerimos 2 avaliadores.
Espacate lateral:
O movimento é semelhante ao avaliado para abdução do quadril (Figs. 5.8 e
5.9), mas para o espacate acontecerá a rotação coxo-femural.
A colocação do Flexímetro será na parte anterior da coxa. Se o avaliado não
conseguir encostar a pelve no solo, o procedimento será semelhante ao espacate
ântero-posterior, até que ele consiga encostar a pelve no solo. Se o avaliado já
encosta o quadril no solo, tendo o espacate completo realizado, faz-se a medição
da AM a partir dessa angulação, da amplitude de restrição até a máxima alcançada,
elevando-se o segmento, retirando-o do solo, pelo avaliador. Cuidado para que o
quadril não projete para trás. Se for necessário, utiliza-se 2 avaliadores.
Lateral:
O indivíduo ficará com toda a parte posterior do corpo encostado em um
espaldar, desde do tronco até os membros inferiores. Faz-se a rotação externa do
quadril.
O Flexímetro é colocado na parte interna da coxa, com o mostrador voltado
para o avaliador.
O movimento é realizado com a rotação externa coxo-femural.
A estabilização deverá ser realizada para que o quadril não se projete lateral-
mente, interferindo na angulação do movimento apresentada pela articulação.
As mesmas recomendações anteriores são seguidas quanto a seleção da
avaliação do movimento ativa e passiva. A posição inicial é a mesma.
Fig. 5.31.
Posição inicial para Elevação
Lateral ativa e passiva.
Fig. 5.32.
Posiçãofinal para Elevação
Lateral passiva.
Avaliação da Flexibilidade 49
Fig. 5.33.
Posição inicial para Extensão do joelho,
a partir da máxima Flexão do Quadril.
Fig. 5.34.
Posição intermediária para Extensão do
joelho, a partir da máxima Flexão do
Quadril.
Fig. 5.35.
Posição final para Extensão do joelho,
a partir da máxima Flexão do Quadril.
Avaliação da Flexibilidade 50
6.JOELHO
Flexão e Extensão:
Decubito ventral, o corpo posiciona-se de forma que os joelhos fiquem apoi-
ados na maca, com os tornozelos para fora.
O Flexímetro é colocado com o mostrador voltado para a face lateral do
tornozelo, para o avaliador. Fixa-se o zero na amplitude anatômica. Estabilizar a
pelve para que não se movimente, projetando uma hiperlordose da coluna lombar.
Hiperextensão do Joelho:
Decúbito ventral, posição da flexão completa do joelho. O outro segmento
(não avaliado), projeta-se para fora da maca, aproximando o joelho da borda da
maca (a patela ultrapassa a borda).
O Flexímetro é colocado na face lateral do tornozelo, com o mostrador voltado
para o avaliador (o mesmo da flexão). Fixa-se o zero na amplitude da flexão máxima.
Estabiliza-se o quadril para que não haja uma acentuação da lordose lombar.
Inicia-se o movimento de extensão até a amplitude máxima. Registra-se o
valor da hiperextensão. Para saber a extensão, subtrai-se do valor da flexão.
Com o valor da hiperextensão, você pode e verificar os níveis aceitáveis para
a saúde articular na hiperextensão, os quais são de 5º e 10º (Williams &
Warwick,1985).
Fig. 6.7.
Posição final para Rotação
Externa do joelho.
Avaliação da Flexibilidade 52
7.TORNOZELO E PÉ.
Flexão (dorsiflexão):
Sentado, os membros deverão estar em suspensão. É aconselhavel que o
joelho esteja fletido em pelo menos 30 graus, no entanto, utilizamos o ângulo de 90
graus, que é o mais utilizado na literatura.
O Flexímetro é colocado na face lateral do pé, com o mostrador voltado para
o avaliador.
O avaliador, estabiliza a perna e o pé do avaliado, evitando o movimento do
joelho e dando um apoio para que o pé não fique solto alterando a angulação natural.
Inversão e Eversão:
Sentado com o joelho fletido à 90º, conforme movimentos anteriores.
Para a melhor medição, recomenda-de que o Flexímetro seja colocado no
dorso do pé. Para isso, utiliza-se um suporte com o objetivo do correto
posicionamento gravitacional do Flexímetro com relação ao movimento avaliado.
O avaliador deve estabilizar a perna do avaliado para impedir a rotação e a
extensão do joelho.
8. COLUNA VERTEBRAL.
COLUNA CERVICAL
Os movimentos demonstrados a seguir, poderão ser avaliados na posição
sentada, ou em pé. Devem ser observados os cuidados quanto à estabilização e
alinhamento da coluna, devendo essa estar ereta.
Flexão e Extensão:
Em pé, com a coluna torácica e lombar alinhadas. Se for utilizada uma cadeira,
a coluna pode ter um apoio, desde que este mantenha a postura ereta (alguns
encostos, inclinam-se para trás, não mantendo um ângulo reto, o que poderia
prejudicar a medição).
O Flexímetro é colocado com a tira ao redor da cabeça, com o mostrador
posicionado na face lateral da cabeça, voltado para o avaliador.
Estabilizar a cintura escapular, evitando a participação do tronco no movimento.
Fig. 8.3.
Posição final para a Extensão
da Coluna Certical.
Avaliação da Flexibilidade 55
Flexão lateral:
Em pé, com a coluna torácica e lombar alinhadas. Se for utilizada uma
cadeira, a coluna pode ter um apoio, desde que este mantenha a postura ereta
(alguns encostos, inclinam-se para trás, não mantendo um ângulo reto, o que poderia
prejudicar a medição).
O Flexímetro é colocado com a tira ao redor da cabeça, com o mostrador
posicionado na face anterior da cabeça (testa), voltado para o avaliador.
Estabilizar a cintura escapular, evitando a flexão lateral do tronco. Os ombros
devem manter a mesma linha, quando for realizado o movimento da cervical. Outro
cuidado é para que o queixo esteja posicionado corretamente para frente, o qual
evita a rotação da cervical.
Avaliação da Flexibilidade 56
Rotação:
Decúbito dorsal, joelhos flexionados para que a coluna torácica e lombar
fiquem bem apoiadas.
O Flexímetro é colocado com a tira passando-se abaixo do queixo com o
mostrador ficando sobre a cabeça.
Estabilizar a cintura escapular e o tronco, evitando a rotação do tronco.
Extensão:
Decúbito ventral, membros inferiores estendidos e braços ao lado do corpo
com o cotovelo em flexão.
Estabiliza-se a pelve com uma banda ou com o avaliador para que as cristas
ilíacas não percam o contato com a superfície da maca.
O Flexímetro é colocado lateralmente na região torácica, com o mostrador
voltado para o avaliador.
O avaliado fará a extensão do tronco com a ajuda dos braços, até a amplitu-
de máxima. O movimento dos braços não deverá comprometer o movimento.
Flexão lateral:
Em pé, membros em afastamento até a abertura do quadril. O Flexímetro é
colocado na região torácica, com o mostrador voltado para frente, para o avaliador.
Realizar-se a inclinação lateral do tronco, estabilizando a pelve para que ela
não se movimente lateralmente. A Fig. 8.24 demonstra a estabilização e movimentos
incorretos.
Rotação do tronco:
Decúbito dorsal, membros inferiores unidos, joelhos fletidos em 90º em dire-
ção ao quadril. Um segundo avaliador deve apoiar as mãos nos ombros do avaliado,
fazendo a estabilização para que os ombros não saiam da superfície.
O Flexímetro é colocado na parte anterior (ou posterior) das duas coxas,
sendo que o joelho mantém-se unido pelo velcro do aparelho.
Realiza-se a movimentação dos membros para a lateral, ocorrendo desta
forma a rotação do tronco.
Unidade 4.
Fig. 9.1.
Posição inicial para Flexão e Extensão
do Ombro (Máxima Flexão).
Fig. 9.2.
Posição final para Flexão e Extensão
do Ombro (Máxima Flexão).
Avaliação da Flexibilidade 62
COLUNA
CERVICAL
Flexão/Extensão <107 107-128 129-142 143-160 >160
Flexão Lateral <74 74-89 90-106 107-122 >122
Rotação <141 141-160 161-181 182-201 >201
OMBRO
Flexão/Extensão <207 207-233 224-242 243-259 >259
Adução/Abdução <158 158-171 172-186 193-210 >200
Rotação <154 154-171 172-192 >210
COTOVELO
Flexão/Extensão <133 133-143 144-156 157-167 >167
ANTEBRAÇO
Supnação/Pronação <151 151-170 171-191 192-211 >211
PUNHO
Flexão/Extensão <112 112-131 132-152 153-172 >172
Desvio Ulnar/Radial <64 64-77 78-92 92-105 >105
QUADRIL
Flexão/Extensão <50 50-67 68-88 89-106 >106
Adução/Abdução <41 41-50 51-61 61-71 >71
Rotação <59 59-78 79-99 100-119 >119
JOELHO
Flexão/Extensão <122 122-133 134-146 147-157 >167
TORNOZELO
Flexão Dorsal/Plantar <48 48-58 59-71 72-82 >82
Inversão/Eversão <30 30-41 42-56 57-68 >68
TRONCO
Flexão/Extensão <48 45-62 63-83 84-101 >101
Flexão Lateral <74 74-89 90-106 107-122 >122
Rotação <108 108-126 127-147 148-166 >166
Avaliação da Flexibilidade 63
COLUNA
CERVICAL
Flexão/Extensão <125 125-141 142-150 161-177 >177
Flexão Lateral <84 84-99 100-116 117-132 >132
Rotação <158 158-177 178-196 199-218 >219
OMBRO
Flexão/Extensão <226 226-242 243-261 262-278 >278
Adução/Abdução <167 167-180 181-195 196-209 >209
Rotação <189 189-206 207-227 228-245 >245
COTOVELO
Flexão/Extensão <133 133-143 144-156 157-167 >167
ANTEBRAÇO
Supnação/Pronação <160 160-179 180-200 201-220 >220
PUNHO
Flexão/Extensão <136 136-155 156-176 177-196 >196
Desvio Ulnar/Radial <75 75-78 89-101 102-117 >117
QUADRIL
Flexão/Extensão <82 82-99 100-120 121-138 >138
Adução/Abdução <45 45-54 55-65 65-75 >75
Rotação <90 90-109 110-130 131-150 >150
JOELHO
Flexão/Extensão <134 134-144 145-157 158-168 >168
TORNOZELO
Flexão Dorsal/Plantar <56 56-66 67-79 80-90 >90
Inversão/Eversão <39 39-50 66-77 66-77 >77
TRONCO
Flexão/Extensão <30 30-47 48-68 69-89 >86
Flexão Lateral <104 104-119 120-136 137-152 >152
Rotação <134 134-152 153-173 174-192 >192
Avaliação da Flexibilidade 64
Flexão 0-180º
Extensão 0-45º
OMBRO Adução 0-40º
Abdução 0-180º
Rotação Interna 0-90º
Flexão 0-145º
Extensão 145-0º
COTOVELO
Pronação 0-90º
Supinação 0-90º
Flexão 0-90º
Extensão 0-70º
PUNHO
Desvio Ulnar 0-45º
Desvio Radial 0-20º
Tabela 4. Amplitude normal dos ângulos articulares dos membros inferiores, segundo
The American Academy of Orthopaedic Surgeons (1965).
Flexão 0-125º
Extensão 0-10º
Adução 0-15º
QUADRIL
Abdução 0-45º
Rotação Interna 0-45º
Rotação Externa 0-45º
Flexão 0-140º
JOELHO
Extensão 145-0º
Flexão 0-20º
Extensão 0-45º
TORNOZELO
Inversão 0-20º
Eversão 0-40º
Tabela 5. Amplitude de movimento para rotação do joelho, segundo Rasch & Burke
(1977).
FLEXIBILIDADE E IDADE
FLEXIBILIDADE NO DESPORTO
NATAÇÃO
Este estudo de natação avaliou a flexibilidade correlacionando-se com a dor
no ombro, a qual foi registrada baixa correlação e não significativa entre as variáveis.
Demonstraremos apenas a AM.
TENIS
VOLEIBOL
FUTEBOL
QUADRIL ATIVA
Flexão c/ Joelho Estendido 81º 20’
Extensão 81º 30’
Abdução 33º 50’
JOELHO
Flexão 137º 20’
PÉ
Flexão 21º 40’
Avaliação da Flexibilidade 72
GINÁSTICA OLÍMPICA.
BALLET CLÁSSICO.
1. FICHAS
FICHA DE ANAMNESE
Nome: Sexo ( )
Idade: anos.
Profissão:
Horas trabalhadas por dia:
Tempo de profissaõ:
Pratica exercícios: Sim ( ) Não ( )
Quais?
Frequência:
Tempo diário:
Treina flexibilidade: Sim ( ) Não ( )
Frequência semanal:
Tempo diário:
É atleta? Sim ( ) Não ( )
Modalidade desportiva:
Há quanto tempo pratica sua modalidade:
Hora de treino por semana:
Hora de treino por dia:
Em que momento da atividade você treina a flexibilidade?
FICHA DE AVALIAÇÃO
Nome:
Idade:
Sexo:
Atividade Física Praticada:
Modalidade Desportiva:
DIREITO ESQUERDO
Ativo Passivo Ativo Passivo
OMBRO
Flexão
Extensão
Abdução
Adução
Rotação Interna
Rotação Externa
Comentários:
DIREITO ESQUERDO
Ativo Passivo Ativo Passivo
COTOVELO
Flexão
Extensão/Hiperextensão
Supinação
Pronação
Comentários:
DIREITO ESQUERDO
Ativo Passivo Ativo Passivo
PUNHO
Flexão
Extensão
Desvio Ulnar
Desvio Radial
Comentários:
Avaliação da Flexibilidade 75
DIREITO ESQUERDO
Ativo Passivo Ativo Passivo
Quadril
Flexão-Joelho Flexionado
Flexão-Joelho Estendido
Extensão
Abdução
Adução
Rotação Interna
Rotação Externa
Comentários:
DIREITO ESQUERDO
Ativo Passivo Ativo Passivo
JOELHO
Flexão
Extensão
Hiperextensão
Comentários:
DIREITO ESQUERDO
Ativo Passivo Ativo Passivo
TORNOZELO
Dorsiflexão
Flexão Plantar
Inversão
Eversão
Comentários:
DIREITO ESQUERDO
Ativo Passivo COLUNA CERVICAL Ativo Passivo
Flexão
Extensão
Flexão Lateral
Rotação
Comentários:
DIREITO ESQUERDO
Ativo Passivo Ativo Passivo
COLUNA TORACOLOMBAR
Flexão
Extensão
Flexão Lateral
Rotação
Comentários:
Avaliação da Flexibilidade 76
FLEXIBILIDADE ESPECÍFICA
Nome:
Idade: Sexo:
Modalidade Desportiva:
DIREITO ESQUERDO
ESPACATE ANTERO-POSTERIOR
Flexão
Extensão
Comentários:
DIREITO ESQUERDO
ESPACATE LATERO-LATERAL
Comentários:
DIREITO ESQUERDO
ELEVAÇÃO DO OMBRO INFERIOR
Ativa Passiva Ativa Passiva
Frontal
Lateral
Comentários:
Avaliação da Flexibilidade 77
Departamento de Avaliação.
Avaliação da Flexibilidade 78
Observações:
•Na Ginástica Rítmica (GR) e na Ginástica Olímpica (GO) todas as articula-
ções devem ser avaliadas.
Importante:
Recomendamos que o técnico e/ou preparador programem em algum
momento do seu planejamento uma avaliação geral, para um registro de dados
para evolução das outras articulações que não estão em destaque, ou ainda para
detectar possíveis problemas patológicos.
Avaliação da Flexibilidade 79
SELEÇÃO DE MOVIMENTOS PARA AVALIAÇÃO DA
FLEXIBILIDADE EM ALGUNS DESPORTOS.
MOVIMENTO 1 2 3 4 5 6 7
OMBRO
Flexão x x x x x x
Extensão x x x x x
Abdução x x x x x x
Adução x x x x
Rotação Interna x x x x x
Rotação Externa x x x x x
COTOVELO
Flexão x x x x
Extensão x x x x x
Supinação x x x
Pronação x x x
PUNHO
Flexão x x x x
Extensão x x x
Desvio Ulnar x x
Desvio Radial x x x
QUADRIL
Fl. c/ joelho fexionado x x x x
Fl. c/ joelho estendido x x x x x x x
Extensão x x x x
Abdução x x x
Adução
Rotação Interna
Rotação Externa x x
JOELHO
Flexão x x x x x
Extensão x x x x x x x
Rotação Interna x x
Rotação Externa x x
TORNOZELO
Dorsiflexão x x x x x x
Flexão Plantar x x x x x x
Inversão x x x x x
Eversão x x x x x
COLUNA CERVICAL
Flexão x x
Extensão x x x x x
Flexão Lateral x x x
Rotação x x x x x
COL. TORACOLOMBAR
Flexão x x x x x x x
Extensão x x x x x x x
Flexão Lateral x x x x x x x
Rotação x x x x x x x
CONCLUSÃO
Bons estudos!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KAPANDJI, I.A. Fisiologia articular, membro inferior, vol.2, 4a edição, São Paulo,
Manole, 1980.
LEIGHTON, J.R. Manual of instruction for Leighton flexometer, New York, 1987.
RASCH, P.J. and BURKE, R.K. Cinesiologia e anatomia aplicada. 5º. ed., Rio de
Janeiro, Guanabara Koogan, 1977.
REID, D.C. et al., Lower extremity flexibility patterns in classical ballet dancers and
their correlation to lateral hip and knee injuries. The Am. J. of Sports Med., 15(4):
347, 1987.
ROACH, K.E. and MILES, T.P. Normal hip and knee active range of motion. The
relationship to age. Phys. Ther., 71:656, 1991.
WELLS, K.F. and DILLON, E.K. The sit and reach, a test of back and leg flexibility.
Res. Quart. 23:115-118, 1952.
YUDAS, J. et al., Normal range of motion of the cervical spine: An initial goniometric
study. Phys, Ther. 72, 1992.
American Medical do Brasil Ltda.
Rua Brasil, 791 - V. Vivaldi - São Bernardo do Campo / SP