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Estruturas de Madeira

P ROF ESSOR: R A FA EL N A S CIM ENTO M OR E IR A


Sistemas estruturais em madeira
Elementos estruturais: Sistemas estruturais:
Sistemas estruturais em madeira
Sistema estrutural treliçado:
Sistemas estruturais em madeira
Treliça de cobertura:
Sistemas estruturais em madeira
Pórticos:

(a) (b)

(c) (d)
Sistemas estruturais em madeira
Pórticos:
Sistemas estruturais em madeira
Pontes de madeira:

Ponte da Capela [Kapellbrücke] (Suíça - 1365) Ponte Vihantasalmi (Finlândia - 1999)


Sistemas estruturais em madeira
Cimbramentos de madeira:
Sistemas estruturais em madeira
Cimbramentos de madeira:
Projeto de estruturas de madeira
Métodos de cálculo de elementos estruturais de madeira:

 Método das tensões admissíveis Estado limite último (ELU):


 Perda de equilíbrio como corpo rígido;
 Método dos estados limites  Ruptura de uma seção ou de uma ligação;
 Instabilidade por deformação ou dinâmica;

NBR 7190 – Item 4.2 Estado limite de serviço (ELS):


 Deformações excessivas;
Ações 𝑺𝒅 ≤ 𝑹𝒅 Resistências
 Vibrações excessivas;
Projeto de estruturas de madeira
Item 6.3-6.4 da NBR 7190 (1997)
Pág. 43 em Pfeil e Pfeil (2003)
Resistência de projeto (fd):

𝑓𝑘
𝑓𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 𝑘𝑚𝑜𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑.1 . 𝑘𝑚𝑜𝑑.2 . 𝑘𝑚𝑜𝑑.3
𝛾𝑘

No ELU: Para 𝑓𝑐0 → 𝛾𝑐 = 1,4 No ELS: 𝛾𝑘 = 1,0


Para 𝑓𝑡0 → 𝛾𝑡 = 1,8
Para 𝑓𝑣0 → 𝛾𝑣 = 1,8

kmod.1: Tipo de madeira e tempo de duração da carga;


kmod.2: Efeito da umidade;
δ = 18%
kmod.3: Classificação estrutural da madeira; 𝐸𝑐0𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 . 𝐸𝑐0 𝑓𝑘 = 𝑓𝑚 (1 − 1,645𝛿) 𝑓𝑘 = 0,7. 𝑓𝑚
Projeto de estruturas de madeira
Tabela 8-9 da NBR 7190 (1997)

Classes de resistência:

Obs.: Valores médios de resistência e rigidez para alguns tipos de madeira: Anexo E da NBR 7190 (1997)
Projeto de estruturas de madeira
Tabela 10 da NBR 7190 (1997)

Valores de kmod.1:

Vida útil da construção

Mais de 6 meses

Entre 1 semana e 6 meses

Menos de 1 semana
Muito curta
Projeto de estruturas de madeira
Tabela 7 e 11 da NBR 7190 (1997)

Valores de kmod.2:

No caso de madeira submersa, kmod.2 = 0,65


Projeto de estruturas de madeira
Item 6.4.4 da NBR 7190 (1997)

Valores de kmod.3:

Produto Tipo Categoria Kmod.3 Critérios para classificação de 1ª categoria:


Dicotiledônea 1ª categoria 1,0  Ausência de defeitos por inspeção visual normatizado;
Serrada Dicotiledônea 2ª categoria 0,8  Garantia de homogeneidade da rigidez por ensaio mecânico;
Conífera 1ª ou 2ª 0,8
Peça reta 1,0
Laminada Qualquer 𝑟 2
Peça curva 1 − 2000
𝑡
Exercícios: Resistência de projeto
1- Determine a tensão resistente de cálculo à tração paralela às fibras (ft0d), do ipê, supondo
madeira serrada de 1ª categoria, classe de umidade 3 e carga de longa duração.
2- Uma estrutura permanente de sustentação do telhado será construída com madeira
serrada da espécie Louro Pardo, o local da construção possui umidade relativa do ar média de
70%. Foi constatada a ausência de defeitos por meio da inspeção visual e de ensaios
mecânicos. Obtenha as propriedades mecânicas resistentes da madeira (tração, compressão e
cisalhamento) para o dimensionamento da estrutura. Segue abaixo, os resultados do ensaio
de compressão paralela às fibras realizados com um grau de umidade na madeira de 15%:
Amostra 1: 62,4 MPa
Amostra 2: 63,5 MPa
Amostra 3: 59,8 MPa
Amostra 4: 57,8 MPa
Amostra 5: 61,5 MPa
Projeto de estruturas de madeira
Solicitação de projeto (Fd):

Ações variáveis Ações nas estruturas Ações permanentes


Cargas acidentais,
de madeira (NBR 7190) Peso próprio, alvenaria,
vento, temperatura, etc. revestimento, equipamentos
fixos, recalque de apoio, etc.

Ações excepcionais
Sismos, impactos,
incêndios, explosões, etc.

NBR 6120 (2019) - Ações para o cálculo de estruturas


NBR 6123 (1988) - Forças devido ao vento
Projeto de estruturas de madeira
Projeto de estruturas de madeira
Ação permanente
Ação variável principal
Combinação de ações no ELU:
Ação variável secundária

 Combinações últimas normais:


𝐹𝑑 = ෍ 𝛾𝑔𝑖 . 𝐺𝑖 + 𝛾𝑞1 . 𝑄1 + ෍ 𝛾𝑞𝑗 . 𝜓0𝑗 . 𝑄𝑗 Efeito do vento:
 Combinações últimas especiais: 𝛾𝑞1 . (0,75𝑉1 )

 Combinações últimas excepcionais: 𝐹𝑑 = ෍ 𝛾𝑔𝑖 . 𝐺𝑖 + 𝐸 + ෍ 𝛾𝑞𝑗 . 𝜓0𝑗 . 𝑄𝑗

G = carga permanente;
Q1 = ação variável principal; γg = coeficiente de majoração da carga permanente;
Q j = ação variável secundária; γq = coeficiente de majoração da carga variável; Item 5.7 da NBR 7190 (1997)
E = ação excepcional; ψ0 = fator de combinação de ações no estado limite de projeto; Pág. 42 em Pfeil e Pfeil (2003)
Projeto de estruturas de madeira
Tabela 3-6 da NBR 7190 (1997)
Pág. 43 em Pfeil e Pfeil (2003)
Combinação de ações no ELU:

Ações permanentes (γg) Ações variáveis (γq)


Grande Pequena Ações variáveis Variação de
Combinação Indiretas
variabilidade variabilidade* em geral temperatura
Normal 1,4 (0,9) 1,3 (1,0) 1,2 (0) 1,4 1,2
Especial 1,3 (0,9) 1,2 (1,0) 1,2 (0) 1,2 1,0
Excepcional 1,2 (0,9) 1,1 (1,0) 0 (0) 1,0 0
Entre parênteses são os valores das ações permanentes favoráveis à segurança.
*São elementos de madeira cujo peso específico tenha coeficiente de variação inferior a 10%.
Projeto de estruturas de madeira
Tabela 2 da NBR 7190 (1997)
Ações correntes em estruturas ψ0 ψ1 ψ2
Variações uniformes de temperatura em relação à média anual local 0,6 0,5 0,3
Pressão dinâmica do vento 0,5 0,2 0
Cargas acidentais dos edifícios ψ0 ψ1 ψ2
Locais em que não há predominância de pesos de equipamentos fixos, nem
0,4 0,3 0,2
elevadas concentrações de pessoas
Locais onde há predominância de pesos de equipamentos fixos, ou de elevadas
0,7 0,6 0,4
concentrações de pessoas
Bibliotecas, arquivos, oficinas e garagens 0,8 0,7 0,6
Cargas móveis e efeitos dinâmicos ψ0 ψ1 ψ2
Pontes de pedestre 0,4 0,3 0,2
Pontes rodoviárias 0,6 0,4 0,2
Pontes ferroviárias 0,8 0,6 0,4
Projeto de estruturas de madeira
Item 5.8 da NBR 7190 (1997)
Pág. 47 em Pfeil e Pfeil (2003)
Combinação de ações no ELS:

 Combinações de longa duração (quase permanentes): 𝐹𝑑 = ෍ 𝐺𝑖 + ෍ 𝜓2𝑗 . 𝑄𝑗

 Combinações de média duração (frequentes):


 Combinações de curta duração (rara): 𝐹𝑑 = ෍ 𝐺𝑖 + 𝜓𝑛 . 𝑄1 + ෍ 𝜓𝑘 . 𝑄𝑗

 Combinações de duração instantânea:


Tipo de combinação ψn ψk
Média duração ψ1* ψ2*
Curta duração 1 ψ1*
ψn e ψk = fatores de combinação de ações no estado limite de projeto; Instantânea 1 ψ2*
Exercícios: Combinação de ações no ELU
1- Calcule as combinações no ELU para uma treliça de cobertura que está sujeita aos
seguintes carregamentos verticais ao longo do seu comprimento:
Peso próprio + peso da cobertura (G): 0,8 kN/m
Sobrecarga de utilização (Q1): 1,5 kN/m
Vento de sobrepressão (QV1): 1,3 kN/m
Vento de sucção (QV2): -1,8 kN/m
2- Determine os esforços solicitantes de cálculo no ELU e ELS (longa duração) para um
elemento da treliça de uma biblioteca submetida a seguinte configuração de cargas:
Peso próprio + equipamentos fixos (G1): 3,0 kN / Recalque do apoio (G2): 1,0 kN
Sobrecarga de utilização (Q1): 2,5 kN
Variação térmica (QT): 0,5 kN
Vento de sobrepressão (QV1): 1,5 kN
Vento de sucção (QV2): -3,0 kN
Exercícios: Combinação de ações no ELU
1- Resolução:
G: 0,8 kN/m γg: 1,4 (0,9)
Q1: 1,5 kN/m γq1: 1,4 ψ0q: 0,4
QV1: 1,3 kN/m γv: 1,4 ψ0v: 0,5 𝐹𝑑 = ෍ 𝛾𝑔𝑖 . 𝐺𝑖 + 𝛾𝑞1 . 𝑄1 + ෍ 𝛾𝑞𝑗 . 𝜓0𝑗 . 𝑄𝑗
QV2: -1,8 kN/m γv: 1,4 ψ0v: 0,5
𝐶1 = 𝛾𝑔 . 𝐺 + 𝛾𝑞1 . 𝑄1 + 𝛾𝑣 . 𝜓0𝑣 . 𝑄𝑣1 = 1,4.0,8 + 1,4.1,5 + 1,4. 0,5.1,3 = 4,13 𝑘𝑁/𝑚 𝐺 + 𝑄1 + QV1
𝐶2 = 𝛾𝑔 . 𝐺 + 𝛾𝑞1 . 𝑄1 + 𝛾𝑣 . 𝜓0𝑣 . 𝑄𝑣2 = 1,4.0,8 + 1,4.1,5 + 1,4. 0,5. (−1,8) = 1,96 𝑘𝑁/𝑚
𝐶3 = 𝛾𝑔 . 𝐺 + 𝛾𝑣 . 𝑄𝑣1 + 𝛾𝑞1 . 𝜓0𝑞 . 𝑄1 = 1,4.0,8 + 1,4. (1,3. 𝟎, 𝟕𝟓) + 1,4.0,4.1,5 = 3,33 𝑘𝑁/𝑚 𝐺 + 𝑄1 + QV1
𝐶4 = 𝛾𝑔 . 𝐺 + 𝛾𝑣 . 𝑄𝑣2 + 𝛾𝑞1 . 𝜓0𝑞 . 𝑄1 = 0,9.0,8 + 1,4. −1,8. 𝟎, 𝟕𝟓 + 1,4.0,4.1,5 = −0,33 𝑘𝑁/𝑚
𝐶5 = 𝛾𝑔 . 𝐺 + 𝛾𝑞1 . 𝑄1 = 1,4.0,8 + 1,4.1,5 = 3,22 𝑘𝑁/𝑚
𝐶6 = 𝛾𝑔 . 𝐺 + 𝛾𝑣 . 𝑄𝑉1 = 1,4.0,8 + 1,4. (1,3. 𝟎, 𝟕𝟓) = 2,48 𝑘𝑁/𝑚
𝐶7 = 𝛾𝑔 . 𝐺 + 𝛾𝑣 . 𝑄𝑉2 = 1,4.0,8 + 1,4. −1,8. 𝟎, 𝟕𝟓 = −1,17 𝑘𝑁/𝑚 𝐺 − 𝑄𝑣2

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