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Fundamentos de Inglês

para Aeronáutica
UNIDADE IV
PARA INÍCIO DE CONVERSA

Prezado (a) estudante, tudo bem com você?

Chegamos a nossa quarta e última unidade. A partir de agora daremos prosseguimento ao estudo dos
Fundamentos de Inglês para Aeronáutica. Este texto vai dedicar atenção ao funcionamento geral da língua
inglesa: afixos, substantivos, o Exame Santos Dumont e sua estrutura – aspectos gerais.

Aproveite bem esta unidade, não deixe o assunto acumular, visite os links indicados, participe dos fóruns,
faça os exercícios de fixação propostos e, sobretudo, leia o livro texto. Conto com sua dedicação.

ORIENTAÇÕES DA UNIDADE

Assim como as demais, esta quarta unidade está subdividida em quatro temas, para facilitar a aprendizagem
e favorecer a absorção do conhecimento de forma gradual.

O primeiro tema abordará o processo geral de formação de palavras em língua inglesa: afixos e uma
abordagem geral sobre a análise textual. Vamos refletir sobre intertextualidade, iniciando nosso contato
com a interpretação de textos e reforçando a importância da contextualização de palavras, de seus
sentidos e de significados.

O segundo tema da unidade tratará sobre os aspectos gerais da formação do singular e plural dos
substantivos em língua inglesa. Iniciaremos um contato mais direto com algumas palavras técnicas,
ampliando ainda mais nosso campo de análise.

O terceiro tópico tratará especificamente sobre alguns aspectos gerais relacionados à língua inglesa
aeronáutica e ao Exame Santos Dumont/Anac. Teremos uma análise ampla deste exame, cujo objetivo é
averiguar o nível de proficiência linguística dos pilotos.

O último tema desta quarta unidade abordará a estrutura do Exame Santos Dumont, a formatação geral de
como ele é executado, finalizando com um exemplo de como os resultados são entregues aos candidatos
Também veremos aspectos gerais desta que podem ajudar a entender ainda mais como esta banca
funciona.

Após todo este esforço de aprendizagem, espero que você seja capaz de:

t Descrever o processo geral de formação de palavras em língua inglesa.


t Discorrer sobre o uso de substantivos no tocante ao singular e ao plural.
t Explicar a estrutura do exame de proficiência em Língua Inglesa Santos Dumont.
t Listar alguns aspectos do funcionamento do Exame Santos Dumont.
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1. PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS EM LÍNGUA INGLESA: AFIXOS USOS
E ANÁLISES

Caro (a) estudante, sempre que lemos um texto, nos deparamos com informações gerais que nos conduzem
a um pensamento específico – ou a vários pensamentos descritos por um autor. Logo, tudo que envolve o
texto e que nos auxilia para uma melhor compreensão, deve ser entendido como “contexto”. Mas, o qual
o significado desta palavra?

PALAVRAS DO PROFESSOR

Você precisa entender o que é a palavra contexto é de suma importância para nós. Segundo defende
Valero (2002, p. 34), ela está imbuída de ideias que joga em uma direção de definição, tudo “aquilo que
acompanha a um texto, isto é, a série de circunstâncias que rodeiam um evento”.

Há diferentes entendimentos sobre estas palavras. Preciso que você entenda a diferença entre eles.

São eles:

a) contexto de uma situação problema,


b) contexto situacional e
c) contexto de interação.

Cada uma destas definições atenderá a um recorte de uso adequado do vocabulário técnico no mundo
aeronáutico. Quando lemos, na verdade estamos lançando mão deste conceito e, ao mesmo tempo,
realizando um processo de seleção lexical.

Na verdade, o ato de ler tem, por essência, a ideia nuclear de ir além do que se está escrito e nítido,
transpondo e transcendendo a leitura pela leitura, o entendimento pelo entendimento, a significação pela
significação e a interpretação e a contextualização de sentidos apenas pelo simples ato de ler por ler e
substituir uma palavra em inglês por uma palavra em português.

LEITURA COMPLEMENTAR

Leia mais sobre A importância do Ato de Ler no link abaixo. É de


suma importância esta leitura para um melhor entendimento do
conceito de leitura que temos. Clique aqui para acessar.

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Assim, perceba que todas as vezes que lemos algo – mesmo que seja uma leitura superficial ou uma leitura
rápida feita a partir de um outdoor, neste ato está imbuído o reconhecimento de palavras. Neste momento,
lançamos mão de todo uso e compreensão de vocabulário e todo o conhecimento que adquirimos quando
vivenciamos um processo de leitura. Estes momentos são consideravelmente significativos já que eles são
processos que apontam para o uso minimamente eficiente de uma palavra em uma sentença, observando-
se que esta palavra (eventualmente) pode apresentar ideias diferentes em contextos distintos.

Você precisa estar ciente, então, que se deve notar que há uma estrutura a ser observada, a saber: “Todo
texto traz um tema com uma finalidade que está direcionada a um público-alvo. É aqui que encontramos
a ideia inicial de contexto” (C. J. Maciel. Nota do autor).

??? VOCÊ SABIA?

Sobre intertextualidade, devemos considerar o que Kristeva (1969, p. 85) diz: “Todo texto se constrói
como um mosaico de citações, todo texto é a absorção e transformação de outro texto” [Tradução livre
do autor]. Ao analisarmos este assunto de forma ampla, é importante considerar que há três tipos de
intertextualidade que devemos conhecer:

a) a intertextualidade temática, os textos apresentam temas em comum;


b) a intertextualidade estilística lança mão de variedades de estilos de textos, podendo imitá-los,
parodiá-los em sua variedade;
c) a intertextualidade explícita, que insere no próprio texto citações, resenhas e resumos;
d) a intertextualidade implícita, quando não há qualquer menção ao texto alheio inserido em outro
texto.

O texto da tradução de Kristeva originalmente diz: “tout texte se construit comme mosaique de citations,
tout texte est absorption et transformation d’un autre texte”. Todo texto se constrói como um mosaico de
citações, todo texto é a absorção e transformação de outro texto.

VEJA O VÍDEO

Sobre a intertextualidade, assista a este vídeo e conheça mais


sobre o assunto. Este vídeo tem aproximadamente 7 minutos e 37
segundos, espero que goste. Clique aqui para assistir.

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FICA A DICA

Querido (a) estudante, é de suma importância que você tenha em mente uma noção ampla dos
embasamentos teórico-metodológicos expostos nos pressupostos pelo Sócio-Interacionismo de Vygotsky
e no Círculo de Bakhtin, teorias que foram abordadas en passant nas Unidades I e II.

Lembre-se que nada que possa ser dito aqui será suficiente e nem pode servir de modelo irreversível ou
imutável de aprendizagem. O que se pretende é trazer uma reflexão maior sobre o que permeia o mundo
da aprendizagem de uma segunda língua.

Tudo é possível e passível de adaptações ao que é exposto sobre aquisição vocabular é plenamente
possível mudar sua forma de aprendizagem. Procure uma forma melhor de estudo e observe os seus
resultados e sempre se pergunte: Estou, de fato, aprendendo? Crie formas múltiplas de aprendizagem,
teste todas e veja qual – ou quais – você melhor se adapta.

GUARDE ESSA IDEIA!

Lembre-se que, quando lemos, nossa voz – digo: a voz de nossa aprendizagem – ecoa nas formas de
interpretação que construímos ao longo de nossa atividade literária. Este ambiente interativo-literário
permite que existam várias vozes; permite que elas se façam ouvir, a fim de que haja de fato a aprendizagem.
Assim, é importante ler o que Bakhtin escreveu: (...) toda enunciação envolve a presença de pelo menos
duas vozes, a voz do eu e do outro. Ao que se pense, nunca houve apenas o discurso individual já que,
quando construímos nosso discurso, o construímos com base em um processo de interação que gira,
também, em torno do outro.

Entendemos que é nesta formatação viária de mão dupla entre o Eu e o Outro que acontece a construção
do Ser Social. É aqui que inicia (pelo menos em tese) a construção lexical – a escolha de palavras, a
negociação, a construção vocabular que terá que encontrar a harmonia entre duas pessoas, entre dois
povos que falam a mesma língua com suas respectivas diferenças (Brasil – Portugal), Recife – Rio de
Janeiro, São Paulo capital – Interior do Estado de São Paulo é a mesma diferença que há no ambiente
EUA – Inglaterra, EUA – Nova Zelândia, EUA- Trinidad e Tobago e, até mesmo Nova York – Taxas no
sentido de uso de vocabulário e uso de produção oral.

Tudo isto encontra lugar e assentamento no Léxico, deixando nascer o que entendemos ser a Linguagem.
É na proliferação do discursivo entre o Eu e o Outro que construímos quem somos, que nos firmamos
em nossos discursos e que podemos encontrar e estabelecer nosso ambiente linguístico. Se somos
capazes de fazer isto em nossa língua materna, podemos igualmente fazer este mesmo processo com
base em uma língua estrangeira. Ao encontrarmos este lugar e este ambiente, poderemos ampliar nossa
visão de mundo e conhecer outros procedimentos, outros falares e consequentemente, outras formas de
interpretação do que lemos, vivemos e falamos.

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GUARDE ESSA IDEIA!

Meu caro (a) aluno (a), tudo certo até agora? Você precisa de ajuda para tirar alguma dúvida?

Então, mesmo não tendo um padrão explícito de ordem quando falamos, precisamos entender que é
quando lemos que promovemos algo que trabalha em nosso favor. A base de leitura que temos em língua
portuguesa, bem como a prática de produção de textos, ambas as formas adquiridas pelas regras básicas
das técnicas de redação que nos foram apresentadas durante nossa vida escolar; tudo irá nos servir
muito neste momento de aprendizagem de uma segunda língua. A prática de leitura na língua materna
será o espelho da estrutura que usaremos para que a leitura e/ou a produção textual em uma segunda
língua seja coerente e coesa. Afinal, quando lemos qualquer manual ou um manual contendo informações
aeronáuticas, temos – indiretamente e de forma implícita – em mente que: “lemos um manual a fim de
que sejam extraídas informações úteis e objetivas que serão seguidas de forma objetiva, a fim de que um
resultado final seja adquirido”.

2. ASPECTOS GERAIS DA FORMAÇÃO DO SINGULAR E PLURAL DOS


SUBSTANTIVOS EM LÍNGUA INGLESA

Aqui, você precisa lembrar-se de alguns aspectos básicos que permeiam o registro de uma classe
gramatical que existe em qualquer língua: o substantivo. A partir de agora, vamos observar algumas
características que tornam semelhante à forma de identificação da marca do plural em língua inglesa.
Iniciamos nossas observações com as palavras cognatas.

Palavras cognatas nos ajudam a entender melhor este processo:

Coluna I Coluna II

Instrument Instruments

Computer Computers

Gear Gears

Propeller Propellers

Todas as palavras da Coluna II possuem algo em comum: a letra –s, correto? Então, observe que, muitos
destes substantivos terão esta característica de formação de plural e a mesma coisa pode acontecer com
substantivos não cognatos como em takeoffs, procedures, clearances, issues, instructions, schedules,
schedules, layovers, etc. Obviamente que, nem todos os substantivos aceitam este simples ato de inclusão
da letra –s para formar a ideia de pluralização.

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LEITURA COMPLEMENTAR

Podemos ir além da inclusão do –s como marca de plural. Para


isto, faça o download da página abaixo e veja as características
gerais do plural de substantivos. Lembre-se: estas são apenas
informações gerais, espero que goste. Clique aqui para acessar.

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O INGLÊS AERONÁUTICO E O EXAME SANTOS


DUMONT/ANAC

Quero que você fique atento, é bom lembrar que o uso da Língua Inglesa no ambiente aeronáutico já
existia antes de 1998. Temos estas informações no início de nossa Unidade IV. Ressalvados alguns fatos,
lembre-se que foi apenas em 2000 que os critérios da padronização da linguagem aeronáutica realizados
pela Icao começaram a efetivamente entrar em vigor.

Sobre estas características, temos alguns cruzamentos de informações oficiais que são dignas de uma
rememoração:

1. Progressivamente, muitas informações oficiais foram analisadas e usadas para fortalecer ainda mais
a necessidade de uma padronização de língua no meio aeronáutico, além daquela que comprovaria a
necessidade do uso do Plain English, fato que já é comprovado hoje em dia pela realização do Exame
Santos Dumont.

Além dos conhecimentos específicos da área aeronáutica, os principais critérios que foram adotados para
que a proficiência em língua inglesa fosse comprovada na Aviação foram os que estariam relacionados às:

Questões lexicais – uso adequado de palavras. Questões gramaticais – morfologia e regras de sintaxe.
Questões semânticas – significado e relações de significado entre palavras.
Questões fonológicas – relação entre som, estrutura silábica, fluência, ritmo de fala e entoação da língua
inglesa.
Questões sociolinguísticas.
Questões relacionadas à autonomia e à independência linguística por parte de quem fala.
Questões relacionadas à competência e à habilidade linguística: condições de dar fluidez a uma conversa
profissional.
Questões de compreensão: se há interpretação adequada e precisa do que é ouvido durante um diálogo
em língua inglesa.
Questões de não influência da língua materna (português) na produção de sentenças e sentidos em língua
inglesa, focando a eficácia e a eficiência de uso no tocante a pronúncia, estrutura de gramatical e uso de
vocabulário adequado.

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Claro que o Exame vai muito além das informações aqui expostas. Ele diz respeito a algo que, hoje,
sabemos ser primordial na comunicação aeronáutica: a objetividade das informações.

Contudo, é de notório saber que houve mudanças na estrutura do Exame. Claro que estas mudanças foram
importantes para uma reestruturação e para a forma de avaliação dos candidatos. Antes, a importância
do exame tinha seus limites vinculados a uma não propositura flexível. Hoje, há uma maior forma de
flexibilização e interação entre o Examinado e o Examinador, dando um pouco mais de concretude ao
resultado final do Exame. Voltaremos a discutir estes aspectos em tempo hábil.

VISITE A PÁGINA

Para que você possa observar estas mudanças, acesse a página


oficial e analise as informações disponibilizadas no endereço
abaixo. Clique aqui para acessar.

PARA RESUMIR

Parabéns, estimado (a) aluno (a)!

Chegamos ao fim da quarta unidade da disciplina. Espero que você tenha aproveitado e apreendido estes
conceitos tão importantes para a construção de sua carreira na aviação civil. Reveja agora, através de um
resumo, os conceitos abordados na Unidade IV.

No primeiro tema, abordamos o processo geral de formação de palavras em língua inglesa: afixos e uma
abordagem geral sobre a análise textual. Refletimos sobre intertextualidade, iniciando nosso contato com
a interpretação de textos e reforçando a importância da contextualização de palavras, de seus sentidos
e de significados.

No segundo tema da unidade, tratamos sobre os aspectos gerais da formação do singular e plural
dos substantivos em língua inglesa. Iniciamos um contato mais direto com algumas palavras técnicas,
ampliando ainda mais nosso campo de análise.

Em nosso terceiro tópico, abordamos especificamente sobre alguns aspectos gerais relacionados à língua
inglesa aeronáutica e ao Exame Santos Dumont/Anac. Tivemos uma análise ampla deste exame, cujo
objetivo é averiguar o nível de proficiência linguística dos pilotos.

No último tema desta quarta unidade abordou a estrutura do Exame Santos Dumont, a formatação geral
de como ele é executado. Também vimos aspectos gerais desta abordagem que podem ajudar a entender
ainda mais como esta banca funciona.

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Após todo este esforço de aprendizagem, agora você é capaz de:

t Descrever o processo geral de formação de palavras em língua inglesa.


t Discorrer sobre o uso de substantivos no tocante ao singular e ao plural.
t Explicar a estrutura do exame de proficiência em Língua Inglesa Santos Dumont.
t Listar alguns aspectos do funcionamento do Exame Santos Dumont.

PALAVRAS DO PROFESSOR

Bom, mais uma vez, agradeço a gentileza do convívio até este momento e reitero minha satisfação em tê-lo
(a) conosco pelo restante da jornada. Nas próximas Unidades, iniciaremos outra jornada que acrescentará
mais informações e agregará ainda mais valor a sua formação.

Até lá, aproveite para fazer os exercícios propostos, rever as videoaulas e participar dos fóruns. Reveja os
conceitos apreendidos em todas as unidades estudadas, eles serão importantes para compreensão dos
temas vindouros.

Despeço-me com a certeza de encontrá-lo (a) nas próximas unidades.

Forte abraço e bons estudos!

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