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UNIDADE 4

Forças e funções

Muitas de nossas forças energéticas são fecundadas em nossa célula familiar. Por isso,
muitos de nossos comportamentos na empresa têm origem em nossas famílias.

4.1 Forças energéticas


De um modo geral, temos forças energéticas de três níveis:

biológico

Manifestam-se como os desejos que temos de nos alimentar, beber água, fazer sexo ou
nos movimentar. Refere-se ao que Maslow denominou necessidades fisiológicas.

psicológico

São o ciúme, a esperança, a inveja, o orgulho, o sentimento de culpa, o remorso, o desejo


de justiça, a vaidade, a generosidade, o senso moral, etc. Algumas dessas forças, como a
inveja, podem-nos destruir. Junto ao ódio, a inveja é o mais destruidor dos sentimentos.

espiritual

São o amor (o amor universal, não o amor de uma pessoa por outra, estritamente
considerado), a compaixão, a intuição, etc.
Muitas de nossas forças energéticas são fecundadas em nossa célula
familiar. Por isso, muitos de nossos comportamentos na empresa têm
origem em nossas famílias.

Sobre esse processo, Laurent Lapierre esclarece:

A hereditariedade biológica tem uma influência que deve ser reconhecida em seu justo
valor. Do mesmo modo, a herança sociocultural dos diferentes meios no seio dos quais o
sujeito é criado, educado e civilizado tem uma influência inegável sobre o psiquismo.

As figuras dos pais podem estar interiorizadas como ativamente benevolentes ou


perseguidoras, amantes ou dominadoras, o que leva o sujeito a utilizar mecanismos
psicológicos bem conhecidos, como a negação, a idealização, a inveja, o desprezo [...]

Atenção!

Nossa personalidade é, em grande parte, animada por objetos introjetados.

4.2 Funções psíquicas


Jung afirma que temos quatro funções psíquicas básicas responsáveis pelo modo de
conhecer e pela origem de outras funções. São elas:

 pensamento;
 percepção (sensação);
 sentimento;
 intuição.

  racional  
pensamento e
sentimento
consciente sentimento inconsciente
sensação intuição
  não racional  
As quatro funções psíquicas propostas por Jung podem ser arranjadas em um quadro
dividido ao centro e ao meio por uma dimensão horizontal e outra vertical, formando assim
quatro regiões ou quadrantes.

A dimensão horizontal possui à esquerda o extremo consciente e à direita o extremo


inconsciente. A dimensão vertical possui o extremo superior racional e o inferior não
racional.
No primeiro quadrante - superior à direita - formado pelas dimensões inconsciente e
racional se localiza a função psiquica do sentimento.

No segundo quadrante - superior à esquerda - formado pelas dimensões consciente e


racional se localiza as funções psiquicas do pensamento e do sentimento,
simultaneamente.

No terceiro quadrante - inferior à esquerda - formado pelas dimensões consciente e não


racional se localiza a função psiquica da sensação.

No quarto quadrante - inferior à direita - formado pelas dimensões inconsciente e não


racional se localiza a função psiquica da intuição.

O pensamento e a sensação são conscientes. O sentimento pode ser consciente ou


inconsciente, mas a intuição é inconsciente.

Consciência é o complexo de representações percebidas pelo eu como


tal. Inconscientes são as referências do eu não percebidas por ele como tal.

O pensamento e o sentimento são funções racionais porque se caracterizam pela primazia


das funções racionais ou de julgamento. A sensação e a intuição são irracionais (não
racionais) porque não se baseiam em juízos racionais, mas na intensidade da percepção.

Todos possuímos as quatro funções psíquicas, mas há sempre o


predomínio de uma sobre as outras.

Comentário

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Funções psíquicas
O pensamento é uma função racional consciente que se nutre de dados objetivos
transmitidos por percepções sensoriais, bem como de fontes subjetivas (aquilo produzido
em nossas mentes), que são predominantes. O sentimento é também uma função
racional, orientada para o objeto concreto ou para os valores a que o objeto está
associado. É, portanto, uma função relativa a valores, a agrados, cujos conteúdos estão na
consciência ou no inconsciente – podemos, às vezes, esquecer o fato, mas não
esquecemos o sentimento associado ao fato.

Uma pessoa, com certo tipo psicológico predominante, pode ser motivada para uma tarefa
e não para outra.
Um tipo predominantemente intuitivo não se sentirá motivado para tarefas rotineiras.

Um tipo predominantemente racional se sentirá motivado para trabalhos de planejamento.

Ninguém é igual a ninguém!

A descoberta de nosso tipo psicológico pode-nos ajudar a entender por que colocamos
nossa energia em uma coisa e não em outra. Também pode-nos ajudar a entender o que
motiva as outras pessoas.

O que interessa aqui é percebermos a relação entre função psíquica predominante em


uma pessoa e motivação para a realização de determinada tarefa.

Também interessa percebermos que o processo motivacional é extremamente rico,


incluindo:

 expectativas;
 satisfação;
 valores;
 modelos mentais;
 necessidades.

Atenção!

O processo motivacional inclui, certamente, o significado que atribuímos ao trabalho.

4.3 Síntese da unidade


A seguir, navegue pelo mapa conceitual que sintetiza o conteúdo desta unidade. Clique e
arraste os itens de conteúdo para visualizar as ramificações dos assuntos.

Mapa conceitual

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