Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UmaA
Sustentável
para a segurança
alimentar mundial
_--"""l AGRICULTURA
AMILIAR
-
Série Agricultura Familiar, 2
Uma
Agricultura Sustentável
para a segurança alimentar mundial
República Federativa do Brasil
Presidente
Fernando Henrique Cardoso
Ministro
Francisco Turra
Diretor-Presidente
Alberto Duque Portugal
Di retores-Exec utivos
Elza Angela Battaggia Brito da Cunha
Dante Daniel Giacomelli Scolari
José Roberto Rodrigues Peres
Chefe-Geral
Manoel Abnio de Queiroz
Uma
Agricultura Sustentável
para a segurança alimentar mundial
Organizador
Gordon Conway
Co-edição
Embrapa - Cirad
EmbrBpa Semi-Árido
BR 428, Km 152 - Zona Rural
Caixa Postal 23
CEP 56300-000 - Petrolina, PE
Fone : 10811 862- 1711
Fax : (0811 862-1744
E-mail: postmaster@cp atsa .embrapa.br
Coordenaç50 editorial
Serviço de Produçlio de Informação
Editorresponsável
Carlos M . Andreotti, M .Sc ., Sociologia
Traduçlio
Eric Sabourin
Vanice Oolores Bazzo Semidt
Wilso n Schmidt
Revis50 e tratamento editoriBI
Francisco C. Martins
NormB/izaçlio bibliográfica
Zenaide Paiva do Régo Barros
CapB, projeto gráfico e editoraçlio eletr6nica
Carlos Eduardo Felice Barbeiro
l' ediçlio (19981
I' impresslio : 1.000 exemplares
CIP-Brasil. Catalogação-na-Publicação .
Embrapa . Serviço de Produção de Informação.
Co nway, Gordon .
Uma agricultura sustentável para a segurança alimentar mundi al I organizado
por Gordon Co nway . - Brasn ia: Embrapa-SPI; Petrolin a: Embrapa -C PATSA,
1998 .
ISBN 85-7383-042-5
CDD 630.2745
© Embrapa 1998
Uma
Agricultura Sustentável
para a segurança alimentar mundial >f.
Organizador
Gordon Conway
Membros
Uma Lele
fim Peacock
Martin Piiíeiro
Secretário
Selçuk Ozgediz
Consultores
Michel Griffon
Peter Hazell
Oversight Committee
Henri Carsalade
fohan Holmberg
* Texto traduzido da versão francesa : Un~ I1Gricullur~ Durabk fbur la Sccurilé I1limcn/;Jir~ Mondiak por Vanice
Dolores Bazzo Semidt (do Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo - Cepagro). Wilson Schmidl
(da Área de Fonmação e PesQ.uisa em Desenvolvimento Rural da Unlve~idade Federal de Santa Catarina) e Eric
Sabourin (Clrad - Embrapa Programa Sistemas de Produção da Agricultura Familiar. Petrolina. PElo
o Cirad e sua Missão
--
~
~
CIRAD
~
--=
Apresentação
Prefác io .. . i i
O Desa fi o . . ..... .. . i 3
Q uem são os Que so fr em de fo me? 14
Qu ai s as per spec t ivas d os po br es? 14
Os Do is Ce nári os .. ... . . .. . .. . . . 25
O Futuro . . . .... .. . . .. ...... . ..... . . . . 29
o Que é pr ec iso pa r a o de senvo lvim ent o ag ríco la? . 29
Quais as prior idades da peSQuisa ? 30
Um a Revolução Duplamente Ve rde o u Supcr vcrde . .. .. . . . .. . . . . 32
Exp lo r ar novos pa rad ig mas cien tíficos .. 33
Prefácio
o
trabalho do grupo de especialistas designados pelo Oversight
Committee do Grupo Consultivo para a PesQuisa Agrícola Internacional -
Cgiar foi financiado pela Agência Sueca para a Cooperação Científica com
os Países em Desenvolvimento - Sarec. O relatório é de total responsabi -
lidade dos membros do grupo de especialistas. estando o Oversight
Committee e as instituições às Quais eles pertencem isentos de QualQuer
responsabilidade.
Os especialistas agradecem a todos Que os ajudaram com seus co-
mentários e críticas. particularmente aos membros do Technical Advisoty
Committee*. aos responsáveis pelos centros internacionais de pesQuisa
agrícola do Cgiar. assim como aos responsáveis pelas instituições indepen-
dentes. principalmente o Institute of Deve/opment 5tudies da Universida-
de de Sussex. ao Internationallnstitute for Environment and Deve/opment
de Londres e aos colegas das instituições às Quais eles pertencem. o Cirad.
a Sarec. o Csiro e as universidades da Flórida e de Sussex.
, Escolhemos o ano 20 25 como pon to de rdcrêncla por várias razões : pode-se estimar de manei ra razoave l-
menle precisa o tamanho da população mundial e a Quantidade de alimento Quc ela precisará naQuele momento :
a maioria das pessoas Que vivem hoje no mundo e a maio r parte daQuelas Que fa ze m ou innuenclam as políticas
nacionais e globais ainda estarão vivas em 20 25 .
1 Nesse relatório. distinguimos duas categorias: a dos palses Industrializados e a dos paises em dese nvolvi men-
to. Esses últimos compreendem uma grande variedade : desde os Que. recentemente industrializados. têm um
PIB por habitante Que pode passa r de 2 000 dólares. até os mais pobres. cujo PIB é inferior a 50 dólares. As
economias de todos esses paises poderão mudar de agora a 2025 . algumas de forma significa tiva . No entanto.
para facilitar as comparações. supusemos Que os palses permaneceriam nas mesmas categorias em Que se
encontram hoie (ver AnCJ<o 3. sobre os métodos de projeção. de Peter Hazell. IFPRI) .
13
Série Agricu ltu ra Fam iliar
14
Uma Agric ultura SWlent.ivcl para a ~cgu r ança alimentar mundial
) Nesse relatório. o déficit alimentar é definido como a Quantidade de alimentos. expressa em eQuivalente·
cercais. Que permite cobrir as necessidades energéticas da população menos a soma do consumo domótico
e das importações . Essas necessidades garantem um minimo de 3 mil calorias de cereais por dia e por pessoa
para cobrir a alimentação. a alimentação humana do rebanho . as sementes. as perdas de armazenagem e
de tratamento industrial.
15
Série Agricultura Familiar
16
Uma Agricultura Sustent jvC! para J segurança alimentar mundial
17
Uma Agric ultura Sustentável para a segurança al imentar mundial
As Perspectivas da
Produção de Alimentos
19
diminuiç30 da expans:io da irrigaç50 no mundo. ao mes mo tempo em Que
os custos dos projetos aum entavam co nsid erave lmente.
'No original. I~m:s d~ parcours. Q.u< corr<>pond< ao dir<ito d< colocar o gado para pastar numa pa>tag<m
vazia da comunidad< vizinha . (N. Tradutor) .
20
cada ano, 16 milhões de hectares de norestas primárias desa parecem. A
destruição das norestas é também uma das grandes causas da perda da
diversidade biológica no mundo. Estima-se Que I 5% das espéc ies vegeta is
e animais - das Quais muitas possuem um potencial para a agricu ltura e a
exploração norestal - podem desaparecer de hoje a 2025 .
A compet ição pelos recursos hídricos para a agricultura ampliou-se ,
ao longo das duas últimas décadas, em razão das demandas domésticas e
industriais Que cresceram muito rapida mente. Essa situação vai se agrava r
na maioria dos países da Áfri ca e do Oriente Médio. Sabe-se també m Que
as taxas anteriore s de expansão da irrigação no mundo não poderão se r
mantidas: na Ásia, o potencial de irrigação estaria esgotado muito antes de
2025, pois se riam necessá ri os investimentos de 500 bilhões a I trilhão de
dólares e, sobretudo, se ria prec iso enfrentar formid áve is restrições téc ni -
cas, ambientais e soc iais. Uma abordagem mais realista, particularmente na
África Subsaariana, consistiria em dese nvolver peQuenas redes de irrigação
para o Que seria preciso criar incentivos, constituir as instituições necessá-
rias e fornecer novas maneiras de como fazere novas téc nicas.
As capturas de peixes do mar atingiram um teto de 89 milhões de
toneladas em 1989 . Para a maior parte das espécies, essas capturas signi-
ficam estagnação ou diminuição por ca usa da pesca excessiva, da poluição ,
ou da utilização de téc nicas de pesca nefastas para o meio ambiente. A
aQuacultura, Que fornece 12 milhões de toneladas de peixe e Que cresce
à taxa de 10% ao ano, compensa parcialmente essa baixa, mas está amea -
çada pela poluição e pela competição para a exploração dos ecossistemas
costeiros .
O aumento da produção agrícola é igualmente limitado pela polui -
ção. A indústria é freQüentemente a responsável. mas a agricultura, de seu
lado, é ao mesmo tempo cu lpada e vítima. Nas zonas cultivadas de forma
intensiva nos países industrializados e em desenvolvimento, a utilização
excessiva de fertilizantes produz concentrações de nitrato na água potável
Que ultrapassam os níveis autorizados e isso pode levar a medidas Que
restrinjam o uso de adubos. Da mesma forma , os agrotóxicos são respon -
sáveis por sérios danos, especialmente nos países em desenvolvimento,
com conseQüências graves para a saúde humana. Além disso, as pragas das
culturas tornam-se resistentes a esses produtos.
2
.... bl C' ~ r ll u I I Uf.1 I .. mll l.. r
Há sinais de estagnação?
Em se u co njunto . os países em dese nvolvimento viram sua produção
de alimentos por habitan te aumen tar em 1396 durante os anos 80. mas
Jlgumas regiões obtiveram resultados bem melhores e outras bem piores
do Que essa média . A Ásia do Leste detém o recorde. com um aumento da
produção por habitante de 2296. Na China. o crescimento foi de 35 96. Na
Á frica e na Ásia do Oeste . em contrapa rtid a. a produção de alimentos
diminuiu de maneira contínua.
22
Rcvo/uç50 vr'rdc teve se u mais fo rt e impac to . No Pendjab. por exe mplo . o
cresc iment o do rendim entos físicos es tá ameaçado pela má gestão da água
(em QuantidJde insufi ciente). pelo esgo tamento dos elementos nutritivos.
pela salinização e proliferação das doenças.
23
Os Dois Cenários
2S
Série AgrlcullufJ fJmll lJr
• A agricultura e a exploração dos recu rsos nalurais são ligadas de uma rorma inlrincada . Assim. na seQüência
do lexlo . desenvolvimento i1Cdco/i1significará desenvolvi menlo da agricullura e dos recursos nalurais (inclUSive
as floreSIJS e a p<sca); pt:SQuiSil i1Cdco/i1significará p<sQuisa em agricullura e em recursos nalurais.
26
Uma Agf lc ulturJ u~l("nl:,,,'d pafa J ~egura n ça alt menl;u mundial
o Futuro
29
S ~rle Agricultura Familiar
30
Uma AgrIcultura Sustentável para a segurança alimentar mundial
31
\ t rh: At:r l( ultur .1 I JITIIII.II
32
Uma Ar,rk ullur a "HJ\ lcnlávcl r.II J a \ct;u r:rn ... .J Jl lmcnlar lnu ndl:,1
• lusta;
• Sustentável;
• Respeitadora do me io ambiente.
A Primeira Revolução Verde empenhou-se em produzir va ri edades
de alto rendimento. Só posteriormente é Que se perguntou sobre os bene-
fícios Que os pobres poderi am obter dessas variedades. A nova revo lução
deve inverter essa lógica . pa rti ndo da demanda sóc io-econômica das famí-
lias pobres para depo is buscar identi fi car as prioridades de pesQu isa .
Em essência. seus objetivos são:
• A segu rança alimentar;
• A cr iação de renda e de empregos;
• A co nservação dos recursos naturais e do meio ambie nte .
Espe ra-se. dela. a cri ação de meios sustentáveis pa ra os pobres.
33
Série Agricultura Familiar
! Nesse texto. definimos um agroecosslstema como "um sistema ecológico e sócio-econômico composto de
plantas ou de animais domésticos e das pessoas Q.U< os administram. com o objetivo de produzir alimentos. fibras
ou outros produtos agrícolas".
em :1\soc iaç:1o com pesQuis::Idores e CO III e .\ pec l ::l l h t a~ em ex t e n ~ao ru ra l.
I.s~es métodos , apll ::Idos:'i ~e l eç:1o v::lrl<: tal, ao dese nvo lviment o do maneio
i l1t c~r. do de praps,:) onst ruç50 e :) best50 de peQuenas redo de Irrlga -
,:io, JO rellorestJl11ent o e:'i co n~e r vaç:io cbs baclJs hlelrogrj llcas eI:io , hole,
result Jdos concretos .
Os JVJnços ela biologia molec ulJr e elJ ecologia est:io no coração ela
nova interdlsclplinarld::lele cb peSQuisa biológica e Ij têm um Impacto con-
iele rjvel sobre J pesQulsJ em laborJtórl o e no ampo. Melhor ainda , no
d:io nova ' viJSde Inves!igJ,:io elos knômenos agrlcobs biológicos e sóclo-
econômicos e nos trJzem novas perspectí vas pa ra a análise de sistema Que
Jument am nossa CJpacidJele de dellni r as Questões-chaves para as Quais
ser:) ne es :lri o dar respostas.
Essas ori entações ele peSQuisa n:io substítuem as existentes. Elas são ,
de rato, complement ares. Por meio elelas , agri cultores e cie ntistas ele
laboratóri o e de campo identirica r:io, em co njunto, os problemas colocados
:'i pe Quisa pela popu lação mise rável para, também em co njunto. tentar
resolv<: -Ios.
A PesQuisa Pública Internacional
37
~,Ic "6f!Cul!ura I ilmlh.Jf
expa ndiram suas ati vidades até a pesQuisa. O balanço do apoio dado aos
programas científicos pe las urgJ nizações não-govern amentais nac ionJis e
intern ac ionais (ONGs) é mais positivo .
Apesa r da red ução dos orça mentos dos estados. os países industri-
al izados continuaram a dar se u apoio aos SNPAs . graças a colaborações
envo lve ndo suas próprias unive rsidades e ce ntros de pesQuisa. Alguns pa-
íses euro peus conse rva ram suas institu ições públi cas de pesQuisa agrícol a
tropi ca l e fun daram. rece ntemente. o Co nsó rcio Europeu para a PesQuisa
Agro nômica Tropica l - Ecart. Existem. nos Estados Unidos. programas co m-
paráveis. gera lmente co m as Land Granl Universilics. financiados pela United
States Age ncy for Intern ational Development - Usa id. pelas fundações Ford
e Rockfeller e por outras fun dações privadas. O lapão. o Canadá e a Aus -
trá li a co nstru íra m igualm ente institui ções espec ializadas de cooperação
cie ntífi ca. Mas esses esforços são pouco coordenados. a informação circu-
la mal e há poucas interações entre os diferentes protagonistas.
Tudo isso contribuiu para reali zaç ões científicas notáveis ao longo
dos últimos 30 anos, particularmente em matéria de caracterização dos
recursos genéticos, de melhoramento de plantas, de defesa das culturas ,
de técnicas de uso e de conservação dos solos, e de sistemas agropecuários
e agronorestais.
• "Graças à ~sQ.ulsa agrícola Internacional e às suas atlvtdades conexas. em parceria com os sistemas nacionais
de ~sQ.ulsa, contribuir para melhorias sustentáveis da produtlvtdade da agricultura, das florestas e da ~sca
nos palses em desenvolvtmento. a flm de melhorar as condições de vtda e a alimentação. particularmente das
populações de baixa renda".
• A poss ibilidade de explorar novos pa rad igmas científicos (biologia
moleculJr e ecologia) Que exigem rede s int erdisc iplinares e ligações co m a
pesQuisa ava nçad3 :
• A prioridade crescen te dada a uma ampla gama de agroecos-s iste -
mas. com mais ava liações de ca mpo e maior participação dos agri cultores
na pesQuisa.
Para agir dentro desse co ntexto. o Cgiar necessitará de co mpetência
em áreas va riad as. como as da demografi a e dos recursos naturais. Deverá
estar. da mesma fo rm a. permanenteme nte informado sobre os ava nços da
biologia moderna . Assim armad o. poderá executar sua estratégia e definir
seus programas associativos. no Quadro de um esfo rço mundial e co nsensual
em favor da pesQuisa agrícola. ConseQüentemente. os programas se rão
financiados por muitas fo ntes . como o Cgiar e outros organismos. e terão
duração limitada.
suficiente para priori u r a parti cipação destes nos esfo rços da pesQuisa
int ern acional.
• Os programas multiinstitutos;
Os programas a longo
prazo monoinstituto
4.5
Série ASrl cullura Famil iar
Os programas multiinstitutos
Alguns dos programas sustentados pelo Cgiar seriam executados
por vários centros. Esses programas multiinstitutos seriam, como os pre-
cedentes, contínuos ou de longo prazo. Seriam administrados graças a um
mecanismo intercentros e financiados pelo Cgiar, exceto para o forneci-
mento de serviços, a serem pagos pelos usuários.
Os programas de pesQuisa
estratégica associativos
Os programas de pesQuisa estratégica associativos se concentrariam
em problemas mundiais. em temas coincidentes com aQueles cobertos pelos
centros. Seriam de duração limitada. geralmente de cinco a dez anos. Se-
riam executados por um grupo de instituições (entre elas os centros do
Cgiar) colaborando entre si . sendo Que uma delas estaria encarregada de
pilotá-los. O financiamento viria do Cgiar e de outras fontes. Eles seriam
avaliados pelos mecanismos existentes no Cgiar. AQui estão indicados. a
título de exemplo. alguns temas de pesQuisa pertencentes a esse tipo de
programa:
.' Queda na produtividade dos principais cereais em sistemas inten -
sivos de produção:
• Desenvolvimento de peQuenas redes de irrigação e de sistemas de
conservação das águas:
• Compreensão das dinâmicas biológicas. físicas. econômicas e so-
ciais de agroecossistemas frágeis. como as zonas costeiras:
• Redução do nível de poluição (especialmente pelos óxidos nitrosos
e o metano) proveniente das práticas agrícolas;
• Desenvolvimento e domínio de abordagens participativas para a
criação e a gestão de grupos de irrigação. ou de atividades florestais ou
pesQueiras.
48
Uma Agricultura Sustentável para a segurança alim entar mundial
Conclusão
BLAKE. R.O Ict al.I Feeding lO bi//ian peaple in 2050: lhe Key role aflhe
Cgiar '5. Washington : Intcrn atio nal Agricultural Re search Centers.
1994 . (Report by the Action Group on Food Security) .
BONGAARTS I. Can th e growing human population feed itse lf ? 5cienlific
American. v 270 . n.3. p.36 - 42. 1994 .
CONSULTATIVE GROUP ON INTERNATIONAL AGRICULTURAL
RESEARCH (Washington. OC) . Re view af Cgiar priarilies and
eSlralegies. Washingto n. 1992a . pt. l . 2.
CONSULTATIVE GROUP ON INT ERNAT ION A L AGR ICULTURAL
RESEARCH .Technical Advisory Committee (Wasi ngton. OC) . Expansian
af lhe Cgiar Syslem. Rome : FAO. 1992b .
CONSULTATIVE GROUP ON INT ERNATIONAL AGR ICULTURAL
RESEARCH .Tec hn ica l Advisory Committee (Wasington. OC) . Review
and appraval af cenler medium-lerm plans 1994- 1998. Rome: FAO.
1993a.
CONSULTATIVE GROUP ON INTERNATIONAL AGRICULTURAL
RESEARCH .Technical Advisory Committee (Wasington. OC) . Cgiar
Priarilies and slralegies: TAC revi sion of Chapter 13 . Rome : FAO.
1993b.
CHAMBERS. R.; CONWAY. G.R. 5uslainable rurallive/ihaads. Practical
concepts for the 2 1st century. Brighton: 105. 1992. (lOS Oiscussion
Paper. 296).
CONWAY. G.R.; PRETTY. I.N . Unwelcome harvest: agriculture and pollution .
London: Earthscan Publications. 1990.
CONWAY. G.R. Sustainable agriculture: the trade-ofTs with productivity.
stability and eQuatibility. In: BARBIER. E. B.. ed . Ecanamics and
ecalagy: new frontiers and sustainable development. London: Chapman
and Hall. 1993 .
S ~rlc Agrlcullur a ramlllar
Anexos
U ma Agricult ura Su\tc ntjvcl parJ J }egurançJ allm entJr mu ndial
~ Grupo de Especialistas
«
Uma Lele
De nacionalidade indiana. Uma Lele é professora de pesQuisa.
diplomada em Ciências Econômicas de Recurso e de Alimentação no Insti-
tuto de Ciências Agrícolas e Alimentares Unstitute ofFood and Agricultura/
ScienceS} da Universidade da Flórida. em Gainesville. É também diretora
do Clobal Development /nitiativeda Sociedade Carnegie e do Centro Carter.
Antes de sua chegada à Flórida. em 199 I. ocupou diferentes postos no
Banco Mundial (desde 1971) e. mais recentemente. nas áreas de estratégia
das políticas e do desenvolvimento. Uma Lele tem doutorado e mestrado
em Ciências Econômicas pela Universidade de Cornell. EUA.
St rl~ Agrlcullur.il F.ilmlll.ilr
W. James Peacock
o australiano fim Peacock é chefe do Departamento da Indústria das
Plantas , da Organização de PesQuisa Científica e Industrial do
Commonwealth - Csiro, em Camberra, posto Que ocupa desde 1978.
Durante sua carreira de pesQuisador na Csiro (Que começou em 1965),
ocupou vários postos de professor convidado de Biologia, BioQuímica e
Biologia Molecular, inclusive na Universidade de Stanford, na Universidade
da Califórnia, em Los Angeles, e na Universidade de Oregon. fim Peacock
é membro da Academia de Ciências Australiana e da Roya/ Sacie!}' de
Londres. Tem licenciatura em Ciências e doutorado pela Universidade de
Sydney, Austrália, em Botânica e em Genética.
Martin Piiieiro
De nacionalidade argentina, Martin Piiieiro é um consultor indepen-
dente Que acabou, recentemente, dois mandatos de presidente do Instituto
Interamericano para a Cooperação Agrfcola - IICA, de 1986 a 1993.
Antes de ocupar essa função, foi coordenador de pesQuisa no Centro
de PesQuisa Social sobre o Estado e a Gestão, na Argentina e, antes disso,
subsecretário da Secretaria da Agricultura e do Rebanho, também na Ar-
gentina. Martin Piiiero é doutor em Economia Agrícola pela Universidade
da Califórnia, em Davis, e tem mestrado em Agronomia, pela Universidade
do Estado de lowa. Ele completou seus estudos de primeiro ciclo universi-
tário em Agronomia, na Universidade de Buenos Aires, Argentina.
Secretário de comissão
Selçuk Ozgediz, de nacionalidade turca, é o conselheiro de gestão
na Secretaria do Cgiar. Ele é licenciado em Ciências Econômicas e Estatís-
ticas pela Universidade Técnica do Oriente Médio (Ankara), tem mestrado
em Estatfsticas Matemáticas, mestrado e doutorado em Ciências Políticas
pela Universidade do Estado de Michigan, EUA.
Uma Agri cu lt ura Sus t ~ nt ávd para a s~g uran ça al im~nt ar mundial
Especialistas
o
francês Mich el Griffon é diretor da Unidade de PesQuisa em
Prospechva e em Políticas Agrícolas e é economista-chefe no Cirad (desde
1986) . na França. É engenheiro agrônomo e economista e cursou Econo -
mia do Desenvolvimento. na Universidade de Paris (DEA).
Co-convocadores da comissão
da parte do Comitê do Cgiar
Henri Carsalade. francês. do Ministério da Agricultura. atualmente a
serviço do Centro de Cooperação Internacional em PesQuisa Agronômica
para o Desenvolvimento - Cirad . na França. do Qual foi diretor-geral de
1990 a 1993. Ele é engenheiro rural das águas e das florestas . e engenhei-
ro agrônomo. diplomado pelo Instituto Nacional Agronômico da França.
Os membros do Cgiar
Austrália. Áustria. Bélgica. Brasil. Canadá. Chile. Dinamarca. Finlân -
dia. França . Alemanha . índia . lapão . Luxemburgo. México. Países Baixos.
Níger. Noruega. Filipinas. Coréia. Espanha. Suécia . Inglaterra e Estados
Unidos.
Banco Africano de Desenvolvimento. Fundo Árabe para o Desen -
volvimento Econômico e Social. Banco Asiático de Desenvolvimento. Co-
missão Européia. Organização Agrícola e Alimentar das Nações Unidas.
Fundação Ford. Banco Interamericano de Desenvolvimento. Banco Inter-
nacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Banco Mundial).
Centro de PesQuisa para o Desenvolvimento Internacional. Fundo Interna-
cional para o Desenvolvimento Agrícola. Fundação Kellogs. Fundo da OPEC
para o Desenvolvimento Internacional. Fundação Rockefeller. Programa de
Desenvolvimento das Nações Unidas. mais dez representantes de países
em desenvolvimento selecionados pelas conferências regionais da FAO.
Sér ie Agricultur a Familiar
Centros do Cgiar
Instituto
Internacional t960 Los Ba~os
25,8 Arroz (mundial); eCOiSis'emas
de Pesquisa (t 97 t ) Filipinas basea dos no arroz ( sia) .
ern Arroz - I rri
Centro
Internacional de t966 Mé xico
Melhoramento 24,1 Trigo, milho e triticale (mundial).
(1971) Mé xico
de Milho e Trigo
- Cimmyt
Sistemas de produçao
Instituto sustentável para os trópicos
Internacional de 1967 Ibada úmidos, soja, niébé (espécie de
Agricultura 21,9 feljao) . milho. mandioca. banana
(1971) Nigéria
Tropical - lila blnana~látano, inhame
( frica ubsaanana).
Organizações fundadas ou adotadas pelo Cglar depois de 1971 para ampliar o sistema
Instituto
Internacional Sistemas de produçao
de Pesquisa 1972 Hyderabad sustentável para as re~oes
em Culturas 26,9 semi-áridas; sorg~ mi eto, grao-
das Regiões (1972) India de-bico, ambreva e (le~mjnOsa
~rrageira). amendoim sia e
Tropicais Semi- frica Subsaariana).
Aridas - Icrisat
Laboratório
Internacional de 1973 Nairóbi Doenças do gado (mundial),
Pesquisa 10,9 combate ~ carrapato, tripa nos-
Veterinária - (1973) Quênia somiase ( frica Subsaariana).
Ilrad'
Centro
Internacional de 1974 Adis-Abeba Alimentaçao dos animais e
Criaçao Animal 13,5 sistemas de pro~uçao : gado,
(1974) Etiópia ovinos, cabras ( fnca
na África - llca' Subsaariana).
Contmua
U ma Agr icu ltura Sust entável para a segur ança alimen tar mundial
Conbnu aça o
In stituto
In te macional de
Recur sos 19 74 Roma Recur sos gené ticos vege tais .
Genéticos d as 9.0 coleta. bancos de gens (mundia l).
(1974 ) IIAlia
Plantas -
IpgrP. ..
Associaçao
para o 1970 Bouak é
D esenvolvimento 5.2 Arroz (At rica do Oest e).
da Rizicultura (1975 ) Cos ta do
Marlim
na Africa do
Oeste· Adao
'
Centro
Intemac ional de Tri~o. cevad a. gr3o-<l&- bico .
Pesquisa 1975 Alepo en ilha . pastage ns e legum n05 as
16 .2 f ~agei ras para rxminantes
Ag ricola nas (1975 ) SI ria
lo nas A ridas - ( ia do Oe ste e fric a do N orte).
Ica rda
Serviço
Intemaoona l Consol idaçao dos sis temas
p ara a 1960 Haia nacionai s de pesquisa agrícola
6 .6 ( rru ndial).
Pesquisa (1960 ) Hola nda
Ag rioola N acional
Isna r
Institut o
Intema cional de Po lítica alimentar, pesqui sa 5600-
Pesquisa em 1976 Wa shi ngton econOmica ligada ao
6 .3 desenvolvirre nto ag rícola
PoI itic as (1960 ) Estad os
AJ ime ntares· (mundial ).
Unidos
IFPRI'
Org anlzaçOes fundadas ou adotada s pelo Cglar a fim de con solidar s ua mlssa o
Centro
Inte macional de 1977 N airóbi
Agrotbrestal . Arvores com usos
Pe9.1uisa 11,9 rrultipbs (mund ial).
AgroHarestal - (199 1 ) Quênia
lera"
Instituto
In te macional de 1964 Colomb o
6,6 G estao da irrigaçao (mundial ).
Gest ao da (199 1 ) Sri Lanka
Irrigaçao - limi'
Ce nlro
lnte mac ional de Gest ao su stent Avel dos r ecu lSos
Gestã o dos 19 77 Manila aqu At i::os.
Recursos 4 ,2
(1991 ) Fil " inas
Aq uâticos -
Ida rm 1
Centro
Intem ao onal de 1993 Bo gar
Pesqu is a 3,4 Gestao sus,,>ntAvel das nor estas .
Flo lllstal - ator (1993) In donésia
Fonte: CC'3f. 1994. Challenglng hunger: l he role or lhe Cglar. ~h/nclon o. C . Esl3dos UnIdas. CS/3f.
I /\dotado ~I o (glar (não rundado por ele) .
) Todo esse ce ntro ou parte dele será Incorporado a um novo Instlt ulo Internacional de pe.sQ..ulsa do gado.
I Anles (1 979 - 1993 ): Conselh o Internacional dos Recursos Fltogenéttcos · IBPGR.
• O Ipgrl assumirá as responsabllldades pelos programas do Inloop. 63
Uma AgrIcultura SuslenttlVcI para a segurança alimentar mundia l
Como o prese nte trabalho se pro põe definir as perspec ti vas de lon -
go prazo para a si tuação alimentar, foram rea lizados cá lcul os adicionais a
partir do modelo. Eles se refere m aos ce reais Que se riam necessá ri os em
2025 para satisfazer as necessidades dos pobres e dos malnutridos. Essas
necessidades são ca lculadas da seguinte maneira: para cada região , o volu -
me de cerea is necessá rio para forn ece r 3 mil ca lori as por pessoa e por dia
é defin ido a partir das projeções da população no ano 2025 . Part e-se da
hipótese de Que essa Quantidade de calori as é o mínimo aceitável para
cobrir as necess idades humanas assegurando, ao mesm o tempo, a alimen-
tação animal e a produção de se mentes e levando em consideração as
perd as na arm aze nage m e na transform ação.
O volume total dos ce rea is necessários em cada região para cobrir
essas necessidades de base é comparado à demanda projetada pelo
Modelo de Simulação Internac ional sobre as Políticas Alimentares e o
Comérc io - IFPTSI M: a diferença é considerada como a medida da deman-
da reprimida em cerea is, isto é, as necessidades dos mal nutridos. Para as
regiões em Que essa diferença é positiva, considera -se Que o déficit total
de cereais resulta da disparidade entre as necessidades alimentares e a
produção projetada. Nos outros casos, o déficit é definido como a diferen-
ça entre as projeções da demanda do mercado e a da produção: esse défi-
cit é igual às importações no modelo IFPTSIM.
O cálculo das demandas reprimidas é amplamente baseado no valor
Que vai ser aceito como base ou padrão para as necessidades calóricas.
Nossa hipótese de 3 mil calorias em cereais por pessoa e por dia não é
elevada para o mundo bem-nutrido, mas já conduz a um déficit de 214
milhões de toneladas para a África Subsaariana e de 22 5 milhões de tone-
ladas para a Ásia do Sudoeste, em 2025.
Urn a Agri cultura SUl tcntâ vcl p.. ra a l cgurança allmcntar mundial
O'flclt alimentar prevl.lvel em 2025, em tunçl0 de dlfer.nt •• hlpót ••••• obr. a. demanda.
reprlmld .. (em milh6e. de tonelada.)
Demanda
173,8 40 1,6 882,5 282,3 273,8 1.993,8
do mercado
ImportaçOes
comerciais 28,9 45,7 81,1 11 3,7 36,4 305,8
3.000 calo ria s/dia 213,6 255,1 81,1 113,7 36,4 699,9
padrão de 1.500 calorias por pessoa e por dia. isso leva a um déficit de 34
milhões de toneladas na África e de 46 milhões na Ásia do Sudeste. em
2025.
Fonte: Agcaoili M .. Oga K.. Rosegrant M. w.. 1993. S/ruc/ure and
Opera/ion of lhe /n/erna/ional Food Policy and Trade Simula/ion Mode/
(Modelo de Simu lação Internacional sobre as Políticas Al imentares e o Co-
mércio - IFPTSIM) . Paper presented in the second Work.shop of the Rice
Supp!y and Oemand Project. Manille. Philippines. Irri .
68
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Centro de Pesquis8 Agropecuária do Trópico Semi·Arido
M mistérlo da A g ricultur8 e do Abastecim ento
~I
'"
I
cu
•
Produção editorial, impressão e acabamento
'"
I
'"co
Embrapa Produção de Informação '""
I
111
co
Z 00
co "-
111 .,.