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Luiz ARAÚJO
Estudante de Doutoramento do IST, Prof. Adjunto da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Brasil, araujols@civil.ist.utl.pt
RESUMO
As válvulas redutoras de pressão (VRP), como estruturas dissipadoras, são utilizadas nos sistemas
hidráulicos (e.g., abastecimento e rega) como forma de uniformização e controlo das pressões, dando
origem a uma perda de carga localizada, mediante a dissipação de energia hidráulica, através do
abaixamento dos valores de pressão a jusante. Estas válvulas podem ser controladas mecânica ou
electronicamente e permitem uma gestão mais eficiente dos níveis de serviço pretendidos. Conhece-se
o comportamento do sistema em regime permanente na presença de VRP, mas desconhece-se a sua
resposta dinâmica quando sujeitas a variações transitórias do escoamento. Salienta-se o papel
determinante destes dispositivos no controlo e redução de perdas de água, sempre que exista um
sistema com zonas de pressão em excesso, traduzindo-se numa perda de energia que é
desperdiçada. A utilização de microturbinas em sua substituição, apresenta-se como uma solução
alternativa ao controlo localizado das pressões, e uma medida de mitigação relativamente às perdas
energéticas do sistema. A existência de desníveis acentuados favorece a adopção deste tipo de
solução, evitando a utilização de classes de pressão demasiado elevadas nas condutas, com a
consequente diminuição de custos, e apresenta, ainda, o benefício associado à produção de energia
em função dos consumos diários. É também salientada a gestão integrada do sistema adução-
produção, no que respeita à optimização de recursos.
1
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS RECURSOS HÍDRICOS
7º Congresso da Água
1 - INTRODUÇÃO
A utilização de válvulas redutoras de pressão num sistema de distribuição de água tem por
objectivo a uniformização e o controlo da pressão através da divisão da rede em zonas definidas por
patamares de pressão de acordo com a sua topografia. Em geral, cada zona é abastecida dentro de
uma determinada gama de pressões garantidas, ou pela utilização de reservatórios intermédios
(elevados ou apoiados), ou pela instalação de válvulas redutoras de pressão nas entradas activas da
zona.
Ao controlar-se a pressão está-se ao mesmo tempo a controlar a ocorrência de fugas, uma vez que
estas são uma função dependente da pressão ocorrida no sistema e é tema de preocupação dos
gestores dos sistemas de abastecimento e distribuição.
O aproveitamento de energia, sem significativos impactes ambientais e, quando aplicado a sistemas de
distribuição ou adução, é, sem dúvida, uma solução alternativa à produção energética, uma vez que
existe um caudal garantido e que pode ser utilizado sem prejuízo dos consumos ou de outras
utilizações.
As válvulas redutoras de pressão (VRP) têm como principal função limitar a pressão a jusante.
Existem diversos tipos de válvulas redutoras de pressão, sendo as mais comuns - válvulas de mola, de
pistão e de diafragma (Figura 1) (COVAS e RAMOS, 1998)
1) em que a válvula provoca uma perda de carga localizada no sistema reduzindo o valor da
pressão a jusante e que se designa por estado activo da válvula (Figura 2-(i)).
3) sempre que, por qualquer razão, a pressão a jusante seja superior à pressão a montante,
a válvula fecha totalmente funcionando como uma válvula de retenção que impede a
inversão do escoamento, caracterizando assim o estado passivo da válvula fechada
(Figura 2 - (iii)).
2
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS RECURSOS HÍDRICOS
7º Congresso da Água
Controlo de
pressão
Controlo de pressão
Câmara de
Diafragma controlo
Ajustador
Pistão
Diafragma Mola
Elemento
obturador
Câmara Câmara de
de jusante jusante
Câmara de montante Câmara de Caudal
Apoio jusante Câmara de Câmara
montante de montante
Figura 1 - Diferentes tipos de válvulas redutoras de pressão (VRP): da esquerda para a direita,
VRP controlada por mola, VRP controlada por pistão e VRP controlada por diafragma.
Hm
HVRP Hj
Hm Hj Hm
HVRP
L.E.
Q Q=0
Q
(i) VRP activa (ii) VRP passiva aberta (iii) VRP passiva fechada
(Hm≥HVRP≥Hj) (Hj≤Hm≤HVRP) (Hj≥Hm)
Figura 2 - Modo genérico de funcionamento de uma válvula redutora de pressão do tipo convencional
3
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS RECURSOS HÍDRICOS
7º Congresso da Água
(i) VRP com carga (ii) VRP com queda (iii) VRP com carga (iv) VRP com carga
constante constante constante const. ajustável
variável no tempo ao consumo
Nestas últimas décadas, uma das principais preocupações dos gestores de sistemas de
abastecimento de água tem sido a minimização de perdas de água que, na média mundial, atingem
valores da ordem de 40% de toda água consumida. Esta preocupação está centrada na busca da
auto-sustentabilidade económico/ambiental dos sistemas de transporte de água, que passa pelo
consumo de energia nos sitemas e pelo controlo da pressão.
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ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS RECURSOS HÍDRICOS
7º Congresso da Água
H BOMBA H TURBINA
P Intervalo de
P
n = constante
η H funcionamento η
H
n = constante
Ho P
Ho
P
Qo Q Qo Q
4 - CONTROLO DA PRESSÃO
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ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS RECURSOS HÍDRICOS
7º Congresso da Água
a) b)
Pressões em cada nó (m c.a.) vs tempo (h) P ressões em cada nó (m c.a.) vs tempo (h)
46 46
44 44-46 44
42 42
40 42-44 40 44-46
1 38 1 38
36 40-42 36 42-44
8 34 8 34
32 38-40 32 40-42
30 30 38-40
15 36-38 15
tempo (h) 36-38
34-36 tempo (h)
22 22 34-36
Id dos nós 32-34 32-34
Id dos nós
30-32 30-32
Figura 6. Controlo das pressões: a) - sistema sem controlo; b) - efeito da instalação de uma VRP com
regulação horária da abertura
Tanto as válvulas como as turbinas têm uma resposta semelhante sob condições de regime
permanente, embora se desconheça a resposta dinâmica destes equipamentos quando sujeita a
variações de caudal sob condições de regime variável.
5 - MODELO MATEMÁTICO
Com vista à obtenção de soluções mais adequadas para a resolução de problemas relacionados
com o controlo das pressões (i.e., utilizando válvulas redutoras de pressão (VRP) ou de bombas /
turbinas (BT)), desenvolveu-se uma metodologia constituída fundamentalmente por duas
componentes: (1) a utilização do programa EPANET 2.0 (2000), para obtenção do equilíbrio hidráulico
do sistema que se pretende analisar com a introdução da curva da perda de carga numa “válvula
(VRP) ou da bomba/turbina (BT)”; (2) desenvolvimento de um módulo de OPTIMIZAÇÃO de pressões
que fará uso dos resultados gerados pelo programa EPANET 2.0 (2000), para resolver a função de
optimização em termos de controlo de pressões (i.e. localização da VRP e grau de abertura ou tipo de
BT). No caso da VRP, o programa EPANET 2.0 (2000) necessita, para cada intervalo de tempo, das
condições operacionais da válvula (i.e., ao regular aberturas de válvulas está-se a impôr perdas de
carga que alteram as pressões), que é fornecido pelo módulo OPTIMIZAÇÃO (ARAUJO et al., 2002b,
2003).
6
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS RECURSOS HÍDRICOS
7º Congresso da Água
A obtenção das perdas de carga que minimizem as pressões nodais e, por conseguinte, a
ocorrência de fugas no sistema, ou a maximização do aproveitamento de energia disponível no
sistema e que seria desperdiçado, constituem objectivos fundamentais aplicados aos sistemas de
distribuição. Os dados são gerados aleatoriamente, utilizando para o efeito a técnica dos Algoritmos
Genéticos (AG) por forma a que o sistema atinja o seu valor óptimo em termos de minimização de
fugas e maximização de energia. Salienta-se que a metodologia proposta aplica-se a redes
funcionando em regime permanente ou em regime quasi-dinâmico (i.e., período extendido).
Os AG fazem parte das técnicas de busca, optimização e aprendizagem, que manipulam um
espaço de possíveis soluções utilizando mecanismos adaptados à “Selecção Natural de Darwin”. São,
assim, robustos e eficientes em espaços de busca irregulares, multidimensionais e complexos
(GOLDEBERG (1994)), apresentam características que operam numa população de pontos, trabalham
de forma representativa os parâmetros (normalmente representação binária), utilizam regras não
determinísticas ou, probabilísticas, e, para cada elemento da população de indivíduos, requerem
informações apenas sobre o valor da função de aptidão.Têm sido utilizados com sucesso na resolução
dos complexos problemas de optimização, em particular, na modelação de sistemas de abastecimento
de água (ARAUJO et al., 2002ª e 2002b, 2003).
A formulação matemática da componente de optimização baseia-se nas seguintes equações:
(P − Pmin )
2
N N
min ∑ Pi através a optimização de f (p i ) T
t =1 = 1 ∑ cal ,i , t
T
t =1
(1)
i i =1 Pmin
com i = 1, 2, 3,...,N, impondo a seguinte restrição:
P i > P min (2)
em que N representa o número de nós na rede; Pi a pressão no nó i; Pmin a pressão mínima desejada,
T o número de intervalos de tempo simulados (normalmente 24 intervalos de 1 hora), Pcal,i,t a pressão
calculada no nó i para a hora t.
7
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS RECURSOS HÍDRICOS
7º Congresso da Água
Na Figura 7 apresenta-se a simulação do sistema analisado (Figura 6-a), para duas situações
distintas: (i) gráfico superior esquerdo - influência da VRP ao fixar a pressão a jusante (curva superior)
e variação da pressão no ponto mais afastado da rede (curva inferior) ao longo do dia; (ii) gráfico
superior direito - bomba a funcionar como turbina com pequena variabilidade da pressão a jusante da
bomba (curva superior) e no ponto mais afastado da rede (curva inferior). Pode ainda visualizar-se o
esquema da rede analisada (gráfico inferor esquerdo) e a distribuição de pressões nos nós e de
caudais nas tubagens para uma dada hora do dia e a respectiva curva característica da bomba a
funcionar como turbina (gráfico inferior direito) adoptada para este tipo de análise. Verifica-se que o
efeito da BT é semelhante ao da VRP (Figura 8 – os dois gráficos inferiores) apresentando ainda o
benefício de poder produzir energia hidroeléctrica.
46
44 44-46
42
40 42-44
1 38
36 40-42
8 34
32 38-40
30
15 36-38
tempo (h)
34-36
22
Id dos nós 32-34
30-32
pressão para cada nó (m c.a.) v s tempo (h) pressão para cada nó (m c.a.) v s tempo (h)
VRP BT
46 46
44 44
42 42
40 44-46 40 44-46
1 38 1 38
36 42-44 36 42-44
8 34 40-42 8 34 40-42
32 32
30 38-40 30 38-40
15 15
tempo (h) 36-38 tempo (h) 36-38
22 34-36 22 34-36
32-34 32-34
Id nós Id nós
30-32 30-32
Figura 8. Respostas do sistema para a situação sem controlo e com controlo da pressões (VRP ou BT)
Os valores das pressões mínimas obtidos nos diferentes nós da rede são condicionados pela
regulação da VRP ou pela curva característica adoptada para a BT.
6 - ANÁLISE EXPERIMENTAL
A instalação experimental foi desenvolvida no LHRH do DECivil do IST e é constituída por uma
conduta em linha, ligada a montante, a um reservatório com ar comprimido (RAC), com o volume de
0.8 m3, e a jusante tem saída para a atmosfera, descarregando para um reservatório de nível constante
(Figura 9). O material da conduta é PEAD da classe PN10, com o comprimento total de cerca de 200 m
(entre a secção 1 e 3 da Figura 9), o diâmetro interno de 0.043 m, a espessura da parede da conduta
de 0.0035 m, a rugosidade absoluta de 0.00005 m e a celeridade das ondas elásticas de 280 m/s.
8
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7º Congresso da Água
Na secção 2 foi, inicialmente, instalada uma válvula redutora de pressão (VRP – Figura 10a),
para análise das condições de funcionamento em regime permanente e em regime variável, e que,
posteriormente, foi substituída por uma bomba a funcionar como turbina (Figura 10b).
RAC
2
VRP
1
a) b)
dinamómetro evoluta
VRP
para med. e roda
de
binário
mola
Figura 10. Válvula redutora de pressão (a) e bomba a funcionar como turbina (b)
∆Hv
∆Hv
pjvrel>pj
pjvrel<0<pj
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7º Congresso da Água
na valv. manobra - jus jus. Válvula Redutora de Pressão Qj=2,64 l/s Hrac=32,46 m - mont VRP
na valv. manobra - jus jus. Válvula Redutora de Pressão Qj=1,50 l/s Hrac=31,46 m - mont VRP
H (m) na valv. manobra - jus jus. Válvula Redutora de Pressão Qj=0,50 l/s Hrac=33,00 m - mont VRP
35 VRP
30
25
20
15
10
5
0
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 t (s)
1.4
na válv. manobra - jus jus. bomba/turbina Qj=2,64 l/s Hrac=33.46 m - mont. BT
H (m) na válv. manobra - jus jus. bomba/turbina Qj=1,89 l/s Hrac=31,47 m - mont BT
na válv. manobra - jus jus. bomba/turbina Qj=1,50 l/s Hrac=33,48 m - mont. BT
35 BT
30
25
20
15
10
5
0
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 t (s) 1.4
Figura 12 – Análise do comportamento de uma VRP e de uma Bomba a funcionar como Turbina (BT).
Valores da perda de carga em função da carga a montante e do caudal escoado
Quadro 1 – Comparação entre as perdas de carga provocadas por VRP e BT testadas em laboratório
Q ∆H - VRP ∆H - VRP ∆H - BT
curva do fabricante experimental experimental
(l/s) (m) (m) (m)
2.64 22.60 22.75 23.50
1.89 12.00 12.10 12.5
1.50 9.00 10.08 10.60
0.50 7.00 7.51 não roda devido ao atrito
Da análise efectuada verifica-se que, para a VRP adoptada no estudo, o comportamento é muito
semelhante ao de uma turbina (ou de uma bomba a funcionar como turbina – Figura 12 e Quadro 1). A
diferença poderá ser mais significativa quanto mais sofisticada for a VRP, no que diz respeito ao
controlo da pressão a jusante.
10
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Realizaram-se vários ensaios para diferentes condições de funcionamento (i.e., carga hidráulica
a montante e caudal escoado) com vista à análise do regime transitório.
Na instalação descrita em 6.1, a válvula colocada na secção 3 (considerada a jusante do sistema)
corresponde à válvula para manobra de corte de caudal no sistema. Este tipo de manobra permitiu
verificar e comparar o comportamento de uma bomba a funcionar como turbina (BT), do ponto de vista
hidráulico, com o de uma válvula redutora de pressão (VRP) testada em laboratório.
H (m) H (m) na válv. manobra - jus jus. VRP mont. VRP
BT na válv. manobra - jus. jus. BT mont. BT VRP
60 60
50 50
Hrac = 32.46 m; Qj = 2.64 l/s Hrac = 31.48 m; Qj = 2.64 l/s
40 40
30 30
20 20
10 10
a) b)
0 0
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14
-10 -10
t (s) t (s)
H (m) VRP na válv. manobra - jus. jus. VRP mont. VRP
H (m) VRP na válv. manobra - jus. jus. VRP mont. VRP
50 40
40
Hrac = 20.00 m; Qj = 2.17 l/s 30 Hrac = 11.67 m; Qj = 1.51 l/s
30
20
20
10
10
c) d)
0 0
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14
-10 t (s)
-10 t (s)
Para um determinado grau de ajustamento inicial, imposto à válvula redutora de pressão (no
caso analisado, refere-se ao ajustamento da mola por parafuso), a resposta a uma variação de caudal
a jusante difere, consoante as condições iniciais do sistema (carga e caudal), enquanto que a turbina
apresenta uma resposta semelhante (sempre do mesmo tipo), mesmo para diferentes condições de
escoamento.
A bomba/turbina (BT) permite passar o transitório através da roda (tanto para montante como
para jusante), apresentando uma resposta equivalente para as três secções de medição (na válvula de
manobra - a jusante, imediatamente a jusante da BT e a montante dela), com o mesmo período da
onda (Figura 13-a), como se de uma única conduta, munida de válvula de manobra a jusante, se
tratasse, provocando, simplesmente, um desfazamento resultante do posicionamento entre secções.
Quanto à resposta da VRP verificou-se experimentalmente que dependia de vários factores.
Conforme apresentado na Figura 2 (iii), a válvula redutora de pressão pode funcionar como válvula de
retenção e isolar o escoamento entre jusante e montante da VRP, o que é visível na Figura 13-b, uma
vez que o período da onda corresponde a metade do comprimento da conduta, ou seja entre montante
e a VRP, e a VRP e a válvula de manobra localizada a jusante do sistema.
Considerando que a secção de montante do sistema é a secção 1 da Figura 9, correspondente
ao reservatório com ar comprimido, a secção a montante da BT / VRP – secção 2 é a secção
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7º Congresso da Água
7 - CONCLUSÕES
A identificação dos diferentes tipos de comportamento das VRP e a sua influência nos sistemas
hidráulicos (quer para abastecimento, distribuição e para rega) relativamente ao controlo de pressões e
redução de fugas, permitiu desenvolver um modelo matemático baseado no EPANET para optimização
do desempenho e analisar a solução de uma bomba a funcionar como turbina para além de controlar
as pressões poder produzir energia.
Do estudo desenvolvido salienta-se o interesse na adopção de soluções inovadoras deste tipo,
com vista a um maior aproveitamento energético dos sistemas hidráulicos com excesso de energia,
que seria desperdiçada através de válvulas redutoras de pressão (VRP). Verificando-se um
comportamento muito semelhante entre VRP e bombas a funcionar como turbinas (BT) em condições
de regime permanente, a consideração de BT pode ser considerada uma alternativa energética
possível, limpa e de baixo custo no contexto das energias renováveis. A substituição de VRP por
turbinas ou a instalação em série ou em paralelo, depende muito das condições pretendidas ao nível
de regulação e controlo do sistema, exigindo, desse modo mais investigação neste domínio. A anáslise
do regime variável denotou diferenças no comportamento entre os dois tipos de equipamentos
testados para determinadas condições de escoamento, como seria previsível, e que, em certos casos,
pode até ser mais aconselhável a solução do tipo da obtida com a BT e noutros a solução da VRP.
AGRADECIMENTOS
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ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS RECURSOS HÍDRICOS
7º Congresso da Água
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