DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
2012
EXPOSIÇÃO HUMANA À VIBRAÇÕES DE CORPO INTEIRO
EM UM TRATOR AGRÍCOLA EM OPERAÇÃO DE
SEMEADURA
2012
Lampert Ribas, Rodrigo
Exposição humana à vibrações de corpo inteiro em um trator agrícola em
operação de semeadura / Rodrigo Lampert Ribas.-2013.
87 p.; 30cm
_________________________________________________________________________________
© 2013
Todos os direitos autorais reservados a Rodrigo Lampert Ribas. A reprodução de partes ou do todo
deste trabalho só poderá ser feita com autorização por escrito do autor.
Endereço: Avenida Roraima, Nº 1000, Cidade Universitária, Bairro Camobi, Santa Maria, RS,
Brasil, CEP: 97105-900;
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Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Ciências Rurais
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola
elaborada por
Rodrigo Lampert Ribas
Comissão Examinadora
...aos meus pais, Jorge e Maria Lúcia, pelo apoio durante todos esses anos, me
dando suporte, amor, atenção, dedicação e sendo compreensivos nos momentos de
dificuldade, quando tudo parecia impossível.
...a minha avó paterna, Gê, pelo amor, dedicação, carinho e todos os ensinamentos
compartilhados.
...a minha amiga e companheira Glaucia, que esteve presente nesta minha trajetória
de uma forma muito especial. Com seu carinho e atenção, teve compreensão
durante os momentos mais difíceis.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Jorge e Lúcia, e aos meus irmãos Roberto e Fernanda, por terem
me incentivado e apoiado, me dando o suporte e o apoio necessário para continuar.
A Glaucia, que sempre ao meu lado jamais deixou eu me abalar, estando sempre
presente quando precisei.
Aos amigos e grandes colegas, Gustavo Heller, Ulisses Frantz, Marcelo Farias,
Alexandre Russini, Marçal Dornelles, Niumar Aurélio, Fabrício Rodrigues,
André Casali, Daniel Uhry, Pietro Araldi, Gismael Perin, pelo companheirismo,
amizade e dedicação em todos os momentos decisivos desta trajetória, me
proporcionando um aprendizado muito grande durante nossa convivência, e
mostrando o verdadeiro significado da expressão “A união faz a força”.
Aos demais amigos e colegas: Leonardo Brondani, Claudio Roth, Marivan Pinho,
Olavo Santi, Dirceu Noller, Gustavo Bonotto, Matheus Bellé, pela amizade e
convívio, sendo de grande importância a participação de cada um.
Aos meus padrinhos, Vivian e Edisson, que em todos estes quase 25 anos
cuidaram de mim como se fosse um filho, me apoiando nas dificuldades e
comemorando nas conquistas.
Aos meus amigos, Andrigo, Dany, Cristiano, Ruan, Mari, Ronald, Mônica, Mirim,
Kati, Lupa, Julia, Bruninho, que fizeram das quintas-feiras um momento de
descontração e fortalecimento da amizade durante as partidas de futebol. Aos
amigos Eugênio e Diego, e suas respectivas famílias, que sempre me acolheram de
uma forma carinhosa e alegre.
A todas as pessoas, que de alguma forma ou de outra, colaboraram para este meu
trabalho.
Dissertação de Mestrado
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola
Universidade Federal de Santa Maria
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 18
4.1 Análise do Valor Eficaz (RMS nos eixos X, Y, Z e Total (VTV) ....................................... 61
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 70
APÊNDICE ................................................................................................................... 76
1 INTRODUÇÃO
A hipótese deste trabalho é de que quanto maior a pressão interna nos pneus
agrícolas, maiores serão os níveis de vibração.
Outra hipótese é de que a utilização do pneu radial é capaz de reduzir as
vibrações incidentes no operador, uma vez que o tipo de construção do pneu
possibilita a utilização de baixas pressões no pneu.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
600000 545205
500000
400000 323113
300000
165870
200000
100000 61345
1706 3380 8372
0
1920 1940 1950 1960 1970 1975 1980 1985 1995 2006
60000
50000
40000
30000
20000
10000
0
1960
1962
1964
1966
1968
1970
1972
1974
1976
1978
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
2010
Figura 2 – Tratores vendidos no Brasil entre 1960 e 2011. Fonte: ANFAVEA (2012).
0 - 10 anos
11 - 20 anos
21 - 30 anos
31 - 40 anos
Figura 3 – Anos de utilização dos tratores na Região Central do RS. Fonte: Ereno,
(2008).
Além dos efeitos nocivos causados pela falta de qualidade ergonômica dos
tratores agrícolas, a elevada jornada de trabalho que o operador permanece nas
atividades agrícolas, principalmente durante a época de safra, torna-se bastante
árdua, uma vez que o mesmo está sujeito a poeiras, vibrações, intempéries e ruídos
(IIDA, 2005).
Para verificar o conforto do operador, pode-se fazer análises subjetivas ou
objetivas. A análise subjetiva é feita através de um ou mais trabalhadores que
tenham experiência na área. A análise objetiva é feita pela determinação das
amplitudes, direções, frequências e duração das vibrações. Embora o principal meio
de transmissão da vibração seja o assento, outros mecanismos influenciam na
magnitude da vibração como: plataforma, pneus, coxins, amortecedor, utilização de
implementos, entre outros (ROTH, 2010).
O objetivo da semeadura de precisão é obter uma implantação uniforme de
sementes, com regularidade geométrica na distância, tanto no espaçamento como
ao longo do sulco, e na profundidade de semeadura, de acordo com os requisitos
agronômicos do cultivo, de maneira a maximizar os rendimentos. Devido às
24
2.2 Pneus
o solo, afetando diretamente a força de tração. Sharma & Pandey (1996) afirmaram
que as características de eficiência de um rodado dependem, em grande parte, não
somente da pressão de contato, mas também do tamanho e da forma da área de
contato, concluindo que, para um rodado pneumático, a aproximação elíptica é o
melhor estimador para a área de contato pneu-superfície.
Wittcott & Reuben (1980) relataram que um pneu é constituído de quatro
componentes principais conforme mostra a Figura 4:
- banda de rodagem: parte que está em contato com a superfície de
rolamento;
- flancos: paredes laterais;
- talão: parte responsável pelo assento do pneu no aro;
- carcaça: corresponde ao conjunto de camadas ou lonas.
são rígidas para cargas laterais e longitudinais. O grau de rigidez pode ser alterado
pela modificação do ângulo das lonas. As lonas radiais fornecem flexibilidade lateral
provenientes dos flancos, junto com um reforço da banda, fornecendo uma maior
vida útil da banda sobre superfícies rígidas e um menor ângulo de inclinação para
uma dada carga lateral (INNS & KILGOUR, 1978).
Wulfsohn & Upadhyaya (1996), afirmam que as características de construção
do pneu radial permitem maiores vantagens de tração, sendo resultado da maior
deflexão e melhor distribuição de pressão. Os pneus radiais, normalmente,
apresentam área de contato maior que os diagonais de mesmo tamanho, nas
mesmas condições de carga e de pressão de insuflagem.
Ellis (1977) relata ainda que por causa das características diferentes na
flexão, as vibrações no trator quando operado sobre uma superfície rígida é reduzida
com o uso da construção da carcaça radial. Entretanto, esta diferença nas
características da flexão é também responsável por uma sensação de instabilidade
em muitas situações particulares com os tratores de tração nas 4 rodas.
27
Figura 6 – Área de contato dos pneus com diferentes pressões internas. Fonte:
FENERICH (2012).
2.3 Ergonomia
como temperatura, ruídos, vibrações, luz, cores, gases e outros), entre outros. A
ergonomia age sobre estes fatores, buscando otimizá-los para aumentar a eficiência
do sistema de forma a beneficiar o homem.
2.4 Vibrações
Equação 1
( ) √ ∫ ( )
Figura 8 – Esquema básico de sistema biodinâmico. Fonte: Brüel & Kjær (1988).
No corpo humano, a vibração pode ser medida através dos três eixos
ortogonais (X, Y e Z), de acordo com esta análise, a direção (Z) é vinculada aos
valores de vibração vertical dos pés ou nádegas para a cabeça, na direção (X) estão
os valores correspondentes ao longo do eixo longitudinal das costas ao peito e no
eixo (Y) estão os valores correspondentes na direção transversal da direita para a
esquerda, conforme a ISO 2631 (1997), visualiza-se a representação gráfica do
corpo na Figura 9.
√ Equação 2
34
Onde awx, awy e awz são as acelerações RMS ponderadas nas direções dos
eixos ortogonais X, Y e Z e kx, ky e kz são fatores multiplicadores dos respectivos
eixos ortogonais X, Y e Z (Figura 10).
Ximenez (2006) cita que, o método A (8) leva em conta choques ocasionais e
vibração transiente usando um tempo constante de curta integração. O valor da
aceleração medido usa unidades em m/s², sendo normalizado para 8 horas. Este
método produz uma exposição cumulativa usando uma aceleração média ajustada
para representar um dia de trabalho de 8 horas. Através da Equação 3 calcula-se,
pelo método RMS, a aceleração ponderada em frequência
( ) [ ∫ ( ( )) ] Equação 3
35
O mesmo autor cita também que o método VDV é mais sensível a picos que o
método de avaliação básico, porque usa a quarta potência em vez de segunda
potência do histórico de aceleração. O valor de VDV de quarta potência é expresso
em m/s1.75.
( )] Equação 4
{∫[ }
Conforme Walber & Tamagna (2010), a Norma ISO 2631 estabelece curvas
de limite de aceleração máxima recomendadas para cada tempo de exposição. O
corpo pode ser submetido a vibrações em várias direções e posições, em pé,
38
sentado ou deitado. Esta mesma norma estabelece que a medida preliminar do valor
da vibração será em termos de aceleração RMS. A frequência de vibrações é
expressa em ciclos por segundo (Hz) e incide sobre a extensão dos objetos que
transmitem vibrações.
Ximenez (2006) comenta que, os valores obtidos na avaliação devem ser
comparados com base nas zonas de precaução, contido no Anexo B da ISO 2631
(1997), representado na Figura 12, onde a zona hachurada indica o potencial de
risco à saúde. Sendo que, para exposições abaixo da zona hachurada, os efeitos à
saúde não foram claramente documentados e/ou observados objetivamente e acima
da zona hachurada indica-se prováveis riscos à saúde.
Zona de Precaução
Corpo Inteiro 0,5 m/s² A(8) ou 9,1 VDV 1,15 m/s² A(8) ou 21 VDV
vibrações no trabalhador e indica a Norma ISO 2631 (1997) como referência para os
limites de exposição.
Para quantificar a exposição às vibrações, a NR 15 determina a emissão de
um Laudo Técnico. Neste deve conter os seguintes pontos: critério adotado,
instrumental utilizado, metodologia de avaliação, descrição das condições de
trabalho e o tempo de exposição às vibrações, resultado da avaliação quantitativa e
as possíveis medidas para eliminação e ou neutralização da insalubridade, quando
houver.
Em relação à insalubridade, o anexo 8 da NR 15, determina que:
a) As atividades e operações que exponham os trabalhadores, sem a
proteção adequada, às vibrações localizadas ou de corpo inteiro, serão
caracterizadas como insalubres, através de perícia realizada no local de trabalho.
b) A perícia, visando à comprovação ou não da exposição à vibração,
deve tomar por base os limites de tolerância definidos pelas normas ISO 2631
(1997) ou suas substitutas e para os fins da NR 15, a concentração ou intensidade
máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente,
que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.
c) A insalubridade, quando constatada, será de grau médio, isto é, deve-
se conceder ao empregado um adicional de 20% do salário mínimo aos seus
proventos.
3 MATERIAL E MÉTODOS
10 m 100 m 10 m 100 m 10 m
T1R1 T1R2
4m
T1R4 T1R3
Área de Manobras
Área de Manobras
T2R1 T2R2
Área de Manobras
T2R4 T2R3
T3R1 T3R2
T3R4
48 m
T3R3
T4R1 T4R2
T4R4 T4R3
T5R1 T5R2
T5R4 T5R3
T6R1 T6R2
T6R4 T6R3
230 m
A B
Figura 17 – Pesagem do eixo traseiro (A) e dianteiro (B) em uma balança tipo
plataforma da marca Toledo, com capacidade para 50 ton e precisão de 10 kg.
47
Tabela 2 – Valores das áreas de contato (cm²) dos pneus Radiais e Diagonais.
Diagonal Radial
Figura 19 – Área de contato dos pneus Diagonais – A (96 kPa), B (138 kPa) e C
(179 kPa)
49
C
Figura 20 – Área de contato dos pneus Diagonais – A (41 kPa), B (69 kPa) e C (96
kPa)
50
Pneu Diagonal
Dianteiro Traseiro
1000
800
Área de Contato (cm²)
600
400
200
0
96 138 179
Pressão de Insuflagem (kPa)
Pneu Radial
Dianteiro Traseiro
2500
2000
Área de Contato (cm²)
1500
1000
500
0
41 69 96
Pressão de Insuflagem (kPa)
A Norma ISO 2631 (1997) indica que a vibração do corpo humano na posição
sentada pode ser avaliada em três regiões do corpo: o cóccix, as costas e os pés.
52
Conforme a mesma norma é necessária que, a coleta dos dados seja realizada na
interface entre a região do corpo e a superfície vibrante, neste caso, o acelerômetro
deve estar inserido na interface do assento, encosto e piso. Para isto, utilizou-se um
suporte circular semi-rígido (Seat Pad), composto de borracha com interior vazado,
para o posicionamento do acelerômetro e para que a pressão seja constante na
superfície de contato assento-operador, conforme as Figuras 24 e 25.
O assento do operador, também representado na Figura 24, foi configurado
nas posições médias relativos à pressão de mola e altura do assento. O mesmo
possuía o apoio para os braços e um revestimento estofado, fatores estes que
contribuem para minimizar as vibrações incidentes no operador.
Figura 26 – Interface gráfica do Software 4447 Vibration Explorer, da Brüel & Kjær.
54
Variável Descrição
Valor Eficaz do movimento vibratório e que indica o potencial
RMS X
destrutivo da vibração na direção do eixo X.
Valor Eficaz do movimento vibratório e que indica o potencial
RMS Y
destrutivo da vibração na direção do eixo Y.
Valor Eficaz do movimento vibratório e que indica o potencial
RMS Z
destrutivo da vibração na direção do eixo Z.
Valor Eficaz do movimento vibratório e que indica o potencial
RMS VTV
destrutivo total da vibração nas 3 direções (X, Y e Z).
Indica o valor mais alto da aceleração durante a medição na direção
Peak X
do eixo X.
Indica o valor mais alto da aceleração durante a medição na direção
Peak Y
do eixo Y.
Indica o valor mais alto da aceleração durante a medição na direção
Peak Z
do eixo Z.
Valor da Dose de Vibração acumulada durante a medição na direção
VDV X
do eixo X.
Valor da Dose de Vibração acumulada durante a medição na direção
VDV Y
do eixo Y.
Valor da Dose de Vibração acumulada durante a medição na direção
VDV Z
do eixo Z.
Valor da Dose de Vibração Total acumulada durante a medição na 3
VDV VTV
direções (X, Y e Z).
A(8) Exposição à vibrações em uma jornada de trabalho de 8 horas.
agrícola, uma vez que possui medidas aproximadas à média dos operadores
agrícolas (174 cm de altura e 65 kg) apresentadas por Schlosser (2002).
Figura 29 – Limites de aceleração ponderada impostas pela norma 2631. Fonte: ISO
2631 (1997).
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
(continua)
Variável Tratamento Média CV (%) Fc Pr>Fc
T1 4,5325 a
RMS X T2 4,4350 a 6,78 0,120 0,8883
T3 4,4500 a
T1 4,8725 a
RMS Y T2 4,5650 a 11,24 1,736 0,2303
T3 4,2000 a
T1 4,3575 a
RMS Z T2 4,2400 a 7,16 2,018 0,1888
T3 3,9450 a
T1 10,2800 a
RMS VTV T2 9,8800 a 7,55 1,308 0,3171
T3 9,4375 a
T1 20,7850 a
Pico Máx X T2 17,6450 a 15,99 0,976 0,4133
T3 15,7700 a
T1 20,7850 a
Pico Máx Y T2 17,6450 a 21,19 1,752 0,2277
T3 15,7700 a
T1 16,1800 a
Pico Máx Z T2 15,8450 a 11,68 1,093 0,3759
T3 14,4025 a
T1 17,7075 a
VDV X T2 17,2500 a 7,77 0,603 0,5678
T3 18,3175 a
T1 19,5555 a
VDV Y T2 18,0800 a 11,96 1,605 0,2535
T3 16,8075 a
60
(continua)
T1 16,7325 a
VDV Z T2 16,6450 a 7,13 1,171 0,3530
T3 15,6000 a
T1 40,5875 a
VDV VTV T2 38,8100 a 7,93 0,649 0,5452
T3 38,1700 a
T1 6,8450 a
A(8) T2 6,5775 a 9,79 0,725 0,510
T3 6,2975 a
Quadro 6 – ANOVA do valores de RMS (X, Y, Z e VTV), Pico Máx (X, Y e Z), VDV
(X, Y, Z e VTV) e A(8) para o pneu diagonal.
(continua)
Variável Tratamentos Média CV (%) Fc Pr>Fc
T4 5,7800 a
RMS X T5 5,6400 a 5,95 1,586 0,2570
T6 5,3675 a
T4 5,2850 a
RMS Y T5 5,0325 a 6,61 4,621 0,0416
T6 4,5875 a
T4 4,3375 a
RMS Z T5 4,1600 a 8,52 0,361 0,7064
T6 4,1425 a
T4 11,7950 a
RMS VTV T5 11,3825 a 4,39 4,690 0,0402
T6 10,7300 a
T4 21,6375 a
Pico Máx X T5 20,5475 a 18,37 0,107 0,8993
T6 20,5475 a
T4 19,0200 a
Pico Máx Y T5 18,5800 a 14,20 0,865 0,4534
T6 16,7625 a
T4 16,9025 a
Pico Máx Z T5 16,8450 a 11,54 1,458 0,2604
T6 14,8475 a
61
(continua)
T4 22,0725 a
VDV X T5 21,3825 a 6,35 0,696 0,5237
T6 20,9450 a
T4 20,2175 a
VDV Y T5 19,1200 a 7,30 3,252 0,0865
T6 17,7200 a
T4 16,6900 a
VDV Z T5 15,9375 a 9,09 0,488 0,6292
T6 15,7125 a
T4 45,1475 a
VDV VTV T5 43,1650 a 4,50 3,239 0,0872
T6 41,6500 a
T4 8,0900 a
A(8) T5 7,9525 a 5,67 1,836 0,2144
T6 7,5125 a
Quadro 7 – ANOVA do valores de RMS (X, Y, Z e VTV), Pico Máx (X, Y e Z), VDV
(X, Y, Z e VTV) e A(8) para o pneu diagonal.
8.0
6.0
4.53 4.87 4.36 4.44 4.56 4.24 4.45 4.20
3.95
4.0
2.0
0.0
Diagonal Alta Diagonal Recomend. Diagonal Baixa
Figura 30 – Valores das acelerações RMS nos três eixos (X, Y e Z), com três
diferentes pressões para o pneu diagonal.
62
8.0
5.78 5.64 5.37
6.0 5.28 5.03
4.34 4.16 4.59 4.15
4.0
2.0
0.0
Radial Alta Radial Recomend. Radial Baixa
Figura 31 – Valores das acelerações RMS nos três eixos (X, Y e Z), com três
diferentes pressões para o pneu radial.
uma vez que nos três eixos houve ultrapassagem dos limites estabelecidos pela ISO
2631 (1997), devido à sensibilidade que o corpo humano tem quando submetido aos
efeitos vibratórios. A utilização da semeadora mostrou-se uma atividade que
transmite altos níveis de vibração ao operador, de acordo com os resultados obtidos.
A utilização de facões e discos torna a atividade de semeadura muito similar à
escarificação, atividade esta que exige uma grande força de tração e movimentação
do solo.
Em relação a pressão de trabalho Franchini (2007) obteve melhores
resultados utilizando pressões maiores de insuflagem no pneu, divergindo dos
resultados encontrados neste trabalho. Já Deboli et al. (2008) estudou três
diferentes pressões, e os resultados mostraram que quanto menor a pressão de
trabalho, menores são as acelerações.
Nas medições realizadas neste experimento as acelerações nos três eixos
não apresentaram diferença significativa entre si. Cunha et al. (2009) obteve
resultados no qual, as acelerações no sentido do deslocamento do trator (eixo X),
mostraram-se bem superiores às acelerações verticais (eixo Z) e transversais (eixo
Y) ao sentido de deslocamento do trator, ultrapassando os valores toleráveis,
segundo a ISO 2631 (1997).
10.0
5.0
0.0
Diagonal Alta Diagonal Recomend. Diagonal Baixa
Figura 32 – Valores do Pico Máximo das acelerações nos três eixos (X, Y e Z), com
três diferentes pressões para o pneu diagonal.
10.0
5.0
0.0
Radial Alta Radial Recomend. Radial Baixa
Figura 33 – Valores do Pico Máximo das acelerações nos três eixos (X, Y e Z), com
três diferentes pressões para o pneu radial.
50.0
40.59 38.81 38.17
40.0
30.0
10.0
0.0
Diagonal Alta Diagonal Recomend. Diagonal Baixa
Figura 34 – Valores da Dose de Vibração nos três eixos (X, Y e Z), com três
diferentes pressões para o pneu diagonal.
pressões de insuflagem. Mesmo com uma variação de 38,17 m/s² e 40,49 m/s²,
estatisticamente este valores não tiveram diferença significativa (Figura 34).
30.0
22.07 20.22 21.38 20.94
19.12 17.72 15.94
20.0 16.69 15.71
10.0
0.0
Radial Alta Radial Recomend. Radial Baixa
Figura 35 – Valores da Dose de Vibração nos três eixos (X, Y e Z), com três
diferentes pressões para o pneu radial.
Extremamente Desconfortável
10,0
7,95
Aceleração RMS (m/s²)
7,51
6,84 6,58
6,0 6,30
4,0
2,0
2,0
0,0
Diagonal Alta Diagonal Diagonal Baixa Radial Alta Radial Radial Baixa Limite Norma
Recomendada Recomendada ISO 2631
BRUEL & KAJER. Training Type 4447 - Ensuring Good Human Vibrations. 2009,
64 p.
FMO. Seguridad en la maquinaria agrícola. Moline: Deere & Company, 1974. 326
p.
HOSTENS, I., RAMON, H. Descriptive analysis of combine cabin vibrations and their
effect on the human body. Journal of Sound and Vibration. v. 266, n. 3, p. 453–
464, 2003.
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Disponível em: http://blogs.estadao.com.br/jornal-do-carro/o-pneu-ideal-para-cada-
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PRASAD, N.; TEWARI, V. K.; YADAV, R. Tractor ride vibration: a review. Journal of
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high forward speed tractors. Biosystems Engineering, Kidlington, v. 97, n. 2, p.
171-180, 2007.
6
Aceleração (m/s²)
0
1
3
9
5
7
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
41
43
45
47
49
51
53
55
57
59
61
63
65
67
69
71
73
75
77
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