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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE

CURSO DE BIOMEDICINA
DISCIPLINA DE PATOLOGIA
NATHÁLIA ALVES BORGES - TURMA A

Estudo Dirigido Neoplasias

1. Como pode ser definida uma neoplasia?


Massa anormal de tecido cujo crescimento excede aquele dos tecidos normais e não
está coordenado com ele, persistindo de maneira excessiva mesmo após o término do
estímulo que induziu a alteração.
2. Explique como é definida a nomenclatura das neoplasias.
As neoplasias são nomeadas pelo comportamento clínico, se são malignas ou
benignas; pelo aspecto microscópico e pela origem da neoplasia. Neoplasias benignas
são ditas aquelas que crescem de maneira localizada, possuindo um limite visível; não
são letais e nem causam sintomas ao paciente e portanto, podem evoluir por muito
tempo sem que sejam detectadas. As neoplasias malignas possuem um crescimento
acelerado, ultrapassam para tecidos vizinhos e sofrem metástase, provocando
perturbações homeostáticas graves que podem levar a morte. A nomenclatura é feita
da seguinte forma:
Tumores benignos: nome da célula de origem acrescentado ao sufixo OMA.
Tumores malignos:
→ tecido mesenquimal, denominados sarcomas → nome da célula de
origem mais o sufixo sarcoma.
→ tecido epitelial, denominados carcinomas: nos epitélios convencionais
de revestimento: carcinoma mais o tecido epitelial de origem. No epitélio glandular:
adenocarcinoma mais o tecido epitelial de origem
3. Dê exemplos de neoplasias malignas de origem epitelial e mesenquimal.
→ De origem mesenquimal: fibrossarcoma (nome da célula (fibroblasto) +
sufixo sarcoma), lipossarcoma, osteossarcoma, condrossarcoma…
→ De origem epitelial: adenocarcinoma de cólon (origem glandular);
carcinoma de células de Merkel (origem epitelial).
4. O que é diferenciação celular?
O termo diferenciação refere-se ao grau em que as células neoplásicas assemelham-se
às células normais. As neoplasias benignas apresentam células bem diferenciadas, ou
seja, semelhantes às células do tecido de origem. As neoplasias malignas apresentam
células com grau variável de diferenciação. As células indiferenciadas são também
chamadas de anaplásicas.
5. Quais são as características das neoplasias benignas?
Neoplasias benignas são ditas aquelas que crescem de maneira localizada, possuindo
um limite visível; não são letais e nem causam sintomas ao paciente e portanto,
podem evoluir por muito tempo sem que sejam detectadas.
6. Dê exemplos de neoplasias benignas.
Papiloma, adenoma, osteoma...
7. O que é anaplasia? Quais são as suas características?
Anaplasia refere-se às células indiferenciadas, que não se assemelham às células
normais pois variam o seu tamanho e sua forma. Algumas características da células
anaplásicas são pleomorfismo, capacidade de variar sua forma de acordo com o
período do ciclo reprodutivo ou das condições ambientais; núcleo hipercromático;
relação núcleo-citoplasma aumentada; aumento no tamanho e número dos nucléolos e
mitoses atípicas.
8. Quais as principais diferenças entre neoplasias benignas e malignas?
As neoplasias benignas são bem-diferenciados, o ritmo de crescimento é lento, não
invadem outros tecidos, as mitoses são raras e normais e as metástases são ausentes.
Na neoplasia maligna as células são indiferenciadas ou anaplasicas, ou seja, elas são
possuem semelhança com as células normais. O ritmo de crescimento é rápido, elas
possuem capacidade de invadir outros tecidos, as mitoses ocorrem com frequência e
de modo atípico e há metástase presente.
9. O que pode influenciar o padrão de crescimento de uma neoplasia?
O ritmo de crescimento depende do tipo de tumor e de alguns fatores como
suprimento sangüíneo e hormonal.
10. O que são as metástases?
A metástase é o processo pelo qual células cancerosas deixam o local de
desenvolvimento primário do tumor e se instalam em sítios secundários e distantes de
onde se iniciaram. Para alcançarem outros órgãos, as vias mais comumente utilizadas
pelas células tumorais são a hematogênica e a linfática. As metástases têm diferentes
padrões clínicos de apresentação. Elas podem ser identificadas anos depois de o tumor
primário ter sido retirado, podem ser diagnosticadas quando da descoberta do câncer,
podem ser a primeira manifestação da doença ou mesmo podem regredir após o
tratamento cirúrgico do tumor primitivo. Tal disseminação é um aspecto essencial das
neoplasias malignas e sua ocorrência é mais ou menos comum a depender do tipo de
câncer estudado, sendo a condição clínica que está mais relacionada à morbidade e ao
óbito dos pacientes.

REFERÊNCIAS:
PATOLOGIA GERAL - DB-301, UNIDADE V, FOP/UNICAMP ÁREAS DE
SEMIOLOGIA E PATOLOGIA. Acesso em:
https://w2.fop.unicamp.br/ddo/patologia/downloads/db301_un5_Aula44CaracGerNeop.pdf

QUINTÃO, Valéria C et al. Mecanismos de Disseminação Metastática. Acesso em:


http://www.fepeg2014.unimontes.br/sites/default/files/resumos/arquivo_pdf_anais/ffepeg_me
tastase.pdf

ROBBINS, e Cotran. Bases patológicas das doenças. Rio de Janeiro. Elsevier, 2010.

SCHNEIDER, Augusto; BARROS, Carlos Castilhos de; Neoplasias. Faculdade de Nutrição:


Universidade Federal de Pelotas. Acesso em:
https://wp.ufpel.edu.br/patogeralnutricao/files/2017/12/Neoplasia.pdf

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