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URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA
PROVA 01
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ABDOME AGUDO
○ As fibras C passam pelas cadeias
simpáticas, fazendo confluência
com sinapses de outros gânglios.
- Situação emergencial caracterizada pelo Por isso a dor é vaga e mal
aparecimento abrupto de sintomas abdominais, localizada.
em geral graves, sugerindo uma evolução ● Causada por estiramento, distensão ou
potencialmente fatal. contração da musculatura lisa.
- Sinais e sintomas de dor. Deve-se fazer o ● Náuseas, vômitos, sudorese e palidez.
diagnóstico correto a fim de escolher a melhor
terapia, em geral por laparoscopia ou ⇒ Dor Parietal
laparotomia. ● Estímulo às fibras A - Condução entre T6
e L1.
→ Mais comuns: Apendicite (em jovens), doença
biliar, obstrução intestinal, isquemia e infarto ● Dor mais intensa e bem localizada.
intestinal e a diverticulite. ● Irritação do peritônio parietal.
→ As causas não cirúrgicas do abdome agudo
são divididas em 3: Endócrinas e metabólicas, ⇒ Dor Referida
Hematológicas e por Toxinas e drogas. ● Algumas vísceras possuem confluências
→ Dada a natureza cirúrgica, deve ser realizada tanto viscerais quanto parietais, resultando
avaliação (Histórico, exame físico e exames em dor distante do órgão comprometido.
laboratoriais (se necessários)).
- O fígado divide parte da inervação com o
DOR ABDOMINAL diafragma e pode criar dor referida ao
ombro direito mediada pelas raízes
nervosas de C3 a C5.
- A dor genitourinária é outra fonte de dor
BASES FISIOPATOLÓGICAS DA DOR que comumente tem um padrão de
A dor na parede abdominal advém das raízes de irradiação. Os sintomas são
nervo segmentar que inervam o peritônio e tende primariamente na região do flanco,
a ser mais aguda e mais bem localizada. originando-se dos nervos esplâncnicos de
T11 a L1, mas a dor em geral irradia-se
para o escroto ou lábios pelo plexo
⇒ Fibras A-delta (somatossensorial).
hipogástrico de S2-S4.
- Fibras mielinizadas.
- Rápida condução.
- Dor súbita e bem localizada.
⚠ Reconhecer se dor visceral, parietal ou
ex.: Pele e músculos referida é importante e pode ser feito com
histórico clínico cuidadoso.
⇒ Fibras C (viscerais)
- Fibras não mielinizadas
- Condução lenta
- Dor vaga e mal localizada
ex.: Músculos, mesentério, vísceras abdominais e
peritônio.
TIPOS DE DOR
⇒ Dor Visceral
● Estímulo às Fibras C - Vísceras intra
abdominais
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⇒ Particularidades:
→ Peritonite → Dor abdominal
É reconhecida no exame físico por sensibilidade - Distensão de vísceras
intensa à palpação, com ou sem descompressão - Afecções vasculares
brusca positiva e retraimento abdominal à Dor de órgão sólido visceral no abdome é
compressão. generalizada no quadrante do órgão envolvido.
Como dor no fígado através do quadrante
Principais quadros que levam à superior direito do abdome.
peritonite: - Dor do intestino delgado é percebida
- Extravasamento de conteúdo de víscera como dor periumbilical pouco localizada.
oca. - Enquanto dor no cólon é centralizada
- Perfuração à nível gástrico vai entre umbigo e sínfise pubiana.
acabar levando à uma peritonite,
onde há tanto peritonite visceral
por irritação, quanto parietal,
havendo contração vigorosa. Essa
contração quando sustentada,
causa o abdome em tábua.
- Bactérias
- Irritantes Químicos
- O sangue também leva à irritação
peritoneal, assim como bile, suco
entérico...
- Inflamação/infecção.
- Leva à peritonite.
- Extravasamento de abcessos.
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HISTÓRICO
Perguntas abertas e estruturadas para revelar o
início, tipo, localização, duração, irradiação e
cronologia da dor vivenciada.
- Em geral, a identificação da dor com um
dedo indicador muito mais localizada e
típica de inervação parietal ou inflamação(
ntérica
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subjacente. (ver se paciente expele gases ou isquemia cardíaca ou intestinal.
fezes pelo reto.
Obstrução completa associa-se a
isquemia intestinal subsequente ou perfuração,
devido à distensão maciça.
Diarréia associa-se à várias causas
clínicas de abdome agudo, inclusive enterite EXAME FÍSICO
infecciosa, doença intestinal inflamatória e
contaminação parasitária. Com sangue pode ser ⚠ O exame físico começa com a inspeção
observada nas mesmas condições e na isquemia geral do paciente, seguida pela inspeção do
colônica. próprio abdome.
A H iper-ressonância (timpanismo) é
característica de alças do intestino subjacente,
cheias de gás. Na obstrução do intestino ou
íleo, o timpanismo é ouvido em todos os
quadrantes, exceto superior direito, onde o fígado
se localiza e, se achada macicez em qualquer
lugar que não esse, considera-se que há uma
massa abdominal deslocando o intestino.
Quando a macicez do fígado é perdida,
suspeita-se de ar livre intra-abdominal.
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muscular abdominal (localizada ou difusa) → Dor - Antibióticos com espectro para anaeróbios
localizada, contínua e intensa. e aeróbios (especialmente gram +)
A febre pode ocorrer já nas fases iniciais (cefoxitina; clindamicina ou metronidazol e
do processo, piorando com a evolução do aminoglicosídeo…) → Se não houver
quadro.
perfuração, suspender em 24 horas.
Alvorado:
Migração da dor 1
Anorexia 1
PANCREATITE AGUDA - Aspectos gerais
Náusea 1 - Pâncreas produz enzimas de maneira
inativa que são ativadas no momento
Defesa da parede FID 2 certo. Vários fatores podem ativar
precocemente essas enzimas, como a
Dor à descompressão 1
litíase biliar, medicamentos, causas
Febre 1 virais…
- Pâncreas possui muita gordura, e muitas
Leucocitose 2
enzimas dele são lipofílicas, então se
Desvio à esquerda 1 ativadas precocemente, causam uma
autofagia, necrose associada, eventos
⇒ Tratamento
hemorrágicos...
- Reposição volêmica.
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Início súbito, evoluindo com náuseas,
Diversas etiologias → Ativação precoce de vômitos, parada eliminação de gases e fezes.
enzimas pancreáticas → Inflamação e - Não apenas por questão de obstrução:
necrose do parênquima pancreático → Dor É aquele que existe uma parada do trânsito
(Geralmente em faixa) intestinal, seja por obstrução, seja por defeito na
motilidade.
- Íleo paralítico com parada de eliminação - Inicialmente à aumento da peristalse para
de fezes e flatos. Redução dos ruídos vencer o fator obstrutivo.
hidroaéreos. - Ao exame físico: Desidratação ou choque
- Abdome doloroso. hipovolêmico.
- Náuseas, vômitos, Hipóxia (degradação Causas mecânicas:
da fosfolipase), Edema local, Hemorragia. - Bridas (“ponte” de tecido conjuntivo entre uma
- Sinal de Gray-turner e sinal de Cullen. alça e outra) e Aderências (uma alça “gruda na
outra”)
- Hérnias (Encarceramento de vísceras)
- Tumores (De intestino, de reto…)
- Volvos e intussuscepções (Invaginação do
intestino delgado nele mesmo)
- Estenose
- Bolo de A. lumbricoides
- Megacólon chagásico.
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→ Obstrução média
ABDOME AGUDO PERFURATIVO
- Entre o Lig. Treitz e válvula ileocecal.
- Distensão por gases. Dor súbita e intensa, com defesa abdominal e
- Vômitos fecalóides. irritação peritoneal. Difusão rápida.
- Estase provoca supercrescimento - Sinais de sepse, hipotensão e choque.
bacteriano. - Desconforto respiratório: acúmulo de gás
compromete a musculatura diafragmática.
→ Obstrução baixa - Dor lombar em perfurações
- Abaixo da válvula ileocecal. retroperitoneais.
- Distensão “em moldura”. - Irritação no diafragma por perfuração em
- Vômitos fecalóides e distensão. abdome superior gera dor irradiada para
- Náuseas e vômitos são tardios. os ombros.
- Pode levar à isquemia, necrose e
perfuração. ● A perfuração pode ocorrer através de
- O ceco é vulnerável à perfuração, quando processos inflamatórios como úlceras pépticas,
atinge 15 cm pode perfurar. doenças inflamatórias intestinais, ou processos
neoplásicos, obstrutivos e infecciosos.
⚠ Distensão leva à isquemia, depleção
líquida, estase, que favorece a translocação ● Perfuração de víscera oca.
bacteriana, sepse, etc... ↳ Saída de secreção luminal para espaço
⚠ Causas mecânicas de A.A.Obstrutivo, é intraperitoneal, levando à peritonite química.
causa cirúrgica → laparotomia ↳ Se houver infecção bacteriana:
↳ Peritonite bacteriana.
⇒ Investigação ↳ Repercussão local e sistêmica.
- Anamnese: Investigar a dor, Parada na
eliminação de gases e fezes. ⚠ Em perfurações mais distais, a peritonite é
- Exame físico: Geral, Abdominal
bacteriana.
- Exame de imagem: Raio-x de Abdome
- Padrão empilhamento de moeda.
⇒ Exemplos
⚠ Íleo Biliar: Obstrução do íleo por um cálculo - Úlceras pépticas - Por conta de etilismo,
biliar. H. pylori, Medicamentos (corticoides,
AINES)…
⇒ Tratamento - Úlceras duodenais geram peritonite
- Clínico (causas funcionais) - Suporte clínico química inicialmente, e quando mais
- Cirúrgico (causas mecânicas)
distais: peritonite bacteriana.
- Perfuração do intestino grosso
⇒ Exames de imagem
- Ruptura de divertículo.
Dilatação de jejuno: Válvulas - Neoplasias.
coniventes/“empilhamento de - Obstruções mecânicas - Alça
moedas”. fechada.
⇒ Investigação
- Investigar peritonite.
- Exame físico: Sinais e sintomas
sistêmicos, abdome em tábua, distensão
abdominal, respiração costal, sinal de
Jobert.
Volvo de sigmóide: - Ausência de ruídos hidroaéreos.
Megacólon - Exames de imagem: Raio-x ou tomografia
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(tc) de abdome.
- Encontrado Pneumoperitônio. ⇒ Investigação
- História clínica
⇒ Tratamento - Altas suspeitas
- Clínico - Medidas de suporte - Exames complementares
- Cirúrgico
- Laboratorial → Depende da
etiologia
⇒ Exames de imagem
- Imagem → Ultrassom de abdome,
Lavado peritoneal, Punção de
fundo de saco
⇒ Tratamento
- Reversão do choque → Reposição
volêmica
- Hemostasia → Cirúrgico
Sinal de Rigler: Raio-x lateral mostrando gás
ABDOME AGUDO VASCULAR
entre as alças do intestino delgado.
Dor difusa e mal definida. Há desproporção entre
a dor e o exame físico.
- Relacionado com a insuficiência vascular
mesentérica.
- Aguda: Infarto intestinal
- Crônica: Angina abdominal
- Potencialmente fatal.
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⇒ Investigação
Hipoperfusão prolongada → Ocorre - Suspeita clínica
vasoconstrição + ⇩ fluxo pelas colaterais → - Peristalse normal ou aumentada
Necrose e infarto transmural → Perfuração inicialmente.
- Com a progressão da isquemia
ISQUEMIA COLÔNICA ocorre distensão abdominal,
- Pode ser: timpanismo, diminuição dos ruídos.
Não oclusiva; - Fezes sanguinolentas se necrose.
Oclusão arterial por êmbolos ou trombos; - Laboratorial
Trombose da veia mesentérica. - Exames de imagem
- Raio-x de abdome e arteriografia.
Hipoperfusão → Ocorre isquemia da mucosa - Fatores de risco:
superficial em 1 hora → Isquemia prolongada - Cirurgia cardiovascular, doença
→ Gera necrose da camada vilosa → Leva ao cardíaca, hemodiálise, trombofilias,
infarto transmural em 8-16 horas → Gangrena DAOP.
- Medicações vasoconstritoras:
ISQUEMIA MESENTÉRICA AGUDA opióides, imunomoduladores,
- Oclusão da A. mes. superior: cocaína
Por êmbolos; - Malformações arteriovenosas.
Por trombos;
Isquemia mesentérica não oclusiva: ⇒ Tratamento
- Variável:
Associada ao uso de drogas ou doenças
- Trombose arterial:
sistêmicas graves (choque, insuficiência
Revascularização
cardíaca grave, sepse…) é gerada pela
- Embolia arterial: Embolectomia
diminuição do calibre do vaso, gerando
- Trombose venosa: Anticoagulação
baixo fluxo sanguíneo;
- Importância:
Trombose da VMS
- Redução de morbimortalidade
Trombose → Congestão vascular → Edema da
⇒ Exames de imagem
parede do segmento → Transudato para o
Acometimento arterial: Bolhas de ar na parede
lúmen intestinal → Hipotensão arterial + ⇧
do intestino delgado e espessamento da parede.
viscosidade sanguínea → Hipoperfusão do
segmento
⇒ Ultrassonografia abdominal
Radiografias também mostram calcificações Muito precisa na detecção de cálculos biliares
anormais> aumentados e na avaliação de espessamento de
- 5% dos fecalitos apendiculares. parede da vesícula biliar e de presença de líquido
- 10% dos cálculos biliares em torno dela.
- 90% dos cálculos renais - Também útil para determinar o diâmetro
do ducto biliar.
- Rápido, barato, seguro, disponível...
⇒ Radiografias abdominais
De pé são úteis na identificação de obstrução
da saída gástrica e obstrução do intestino A ultrassonografia abdominal e
delgado proximal, médio ou distal. transvaginal pode auxiliar na detecção de
- Podem ajudar a identificar se uma anormalidades dos ovários, anexos e útero,
obstrução do intestino delgado é completa pode também detectar acúmulo de líquido
ou parcial, pela presença ou não de intraperitoneal.
gases no cólon.
⇒ Tomografia Computadorizada (TC)
Mostra vantagem uma vez que não é tão
prejudicada pelo ar abdominal, é a segunda
melhor opção, após a radiografia simples.
- Muitas causas do abdome agudo são
identificadas na TC, como a apendicite,
ainda mais quando em contraste oral, retal
e intravenoso.
- Também é excelente para diferenciar
Radiografia abdominal em pé de paciente com um
obstrução mecânica do intestino
adenocarcinoma sigmóide. Observe as marcas das
haustrações no cólon transverso dilatado que distinguem delgado de íleo paralítico. Pode
este do intestino delgado. identificar nitidamente o ponto de
obstrução.
● No abdome agudo, são úteis as abordagens:
- Tórax AP e perfil
- Abdome AP em decúbito dorsal e ortostatismo
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⇒ Exames da função hepática
Como bilirrubina, aminotransferase sérica e a
fosfatase alcalina: são úteis na avaliação de dor
abdominal aguda advindas do trato biliar.
⇒ Lactato e Gasometria
Infarto do intestino delgado associada a trombose venosa Podem ser úteis para diagnóstico de isquemia
mesentérica.
ou infarto intestinal.
⇒ Urianálise
No diagnóstico de cistite bacteriana,
pielonefrite e anormalidades endócrinas como
diabetes ou doença parenquimatosa renal.
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→ Os pacientes têm alta chance de agravo ou sensibilidade e especificidade.
fatalidade quando prejudicados pelo atraso do - Exames com radiação:
tratamento cirúrgico para realização de exames - 1º trimestre: Tudo ou nada:
confirmatórios, quando comparado com - Pois qualquer ação
diagnósticos errados descobertos em uma enteratogênica no 1º
operação. A laparotomia é uma ferramenta útil trimestre leva à aborto
quando o diagnóstico não é claro. espontâneo, ou não
causará nada.
- Período crítico para teratogênese:
CONDUTA 10-17 semanas.
⇒ Observar:
Definir uma conduta conforme o quadro clínico do
paciente.
⇒ Laparoscopia:
⇒ _ Exploratória
⇒ Quando operar?
- Peritonite
- Exceto primária
⇒ Tratamento inicial:
- Reposição volêmica endovenosa
- Descompressão naso-gástrica (SNG)
- Antibioticoterapia (se suspeita de infecção
- Analgesia:
CONDUTA
⇒ Particularidades
- Sinais de peritonite podem não estar
presentes, por processos
anti-inflamatórios da própria gestação.
- Útero pode obstruir e inibir o movimento
do omento para área de inflamação. Isso
ocorre também pelo próprio processo de
gravidez: O omento se move para evitar a
inflamação. Na gestante o movimento dele
é muito limitado.
⇒ Exames
- Ecografia:
- Seguro para a gestante, boa
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semi-contração constante da musculatura lisa das Ao passar pelos alvéolos a hemoglobina
artérias. necessita alta taxa de afinidade com o O2 pois o
PA = DC x RVS fluxo sanguíneo é rápido. Já nos tecidos a
- Reserva apenas 30% do sangue. hemoglobina precisa liberar o O2 para os tecidos.
- Rico em oxigênio. Isso é regulado através da mudança de
- Alta elastância. parâmetros ao decorrer da vascularização, como:
pH, Temperatura, pressão de CO2 e
2,3-Difosfoglicerato.
SISTEMA VENOSO (2,3-Difosfoglicerato produzido em situações de
estresse, se ligando à hemoglobina e reduzindo a
Sistema de baixa pressão e de alta
afinidade dela pelo O2).
complacência (para aumentar a capacidade /
volume, precisa aumentar pouco a sua pressão,
Assim:
por isso ele possui naturalmente pressão baixa).
Alta afinidade ao O2 em situações de Alcalose,
- Alta capacidade de reserva (70% do
Baixa temperatura, Baixa PCO2 e 2,3-DFG.
sangue).
Baixa afinidade em situações de Acidose,
- Pobre em oxigênio.
Hipertermia, Alta pressão CO2 e 2,3-DFG.
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- Valor normal 2~5 mmHg
SINAIS LABORATORIAIS PCO2 = PvCO2 - PaCO2
Hiperlactatemia: marcador de
hipoperfusão tecidual e metabolismo anaeróbio. TIPOS
DE CHOQUE
Acidose metabólica.
PVC DC RVS
SINAIS DISTRIBUTIVO
N ou ↓ N ou ↑ ↓↓
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(pancreatite, abdome obstrutivo… onde tem-se ⇒ Características
perda de líquido para a cavidade abdominal)... - Efeitos vasculares periféricos, pulmonares
ou cardíacos.
- Alta potência, resposta rápida
CHOQUE OBSTRUTIVO
dose-dependente e efeito curto.
⇒ Tipos
PVC DC RVS
OBSTRUTIVO DROGAS VASOPRESSORAS
↑ ↓ ↑ Fazem o aumento da resistência vascular
periférica/sistêmica por meio do aumento do
tônus vascular (diminuição do diâmetro).
⇒ Fisiopatologia
Causas extracardíacas que provocam a
falência ventricular com consequente redução da DROGAS VASODILATADORAS
ejeção de sangue. Atuam na diminuição da resistência
Com uma obstrução ocorre a queda do vascular periférica/sistêmica por meio da
Débito Cardíaco havendo aumento da Pressão diminuição do tônus vascular (aumento do
Venosa Central, para compensação ocorre diâmetro).
aumento da Resistência Vascular Sistêmica.
- Achados: Turgência jugular sem edema DROGAS INOTRÓPICAS
pulmonar. Atuam no aumento da contratilidade
cardíaca.
⇒ Etiologias
Choque Vascular Pulmonar ⇒ Bioquímica
Devido à falência pulmonar por embolia ● Receptores adrenérgicos
pulmonar (aumento da resistência vascular α1 - Vasoconstrição das artérias e veias.
pulmonar), Hipertensão pulmonar,
- Contração do músculo liso.
vasoconstrição…
- Aumento da Resistência Vascular Periférica.
- Aumento da pós-carga = redução VolSist
Choque Obstrutivo Mecânico
Tem como causas comuns: pneumotórax
hipertensivo, Tamponamento cardíaco, α2 - Poucos efeitos hemodinâmicos.
Pericardite constritiva… - Em geral utilizado para contrabalancear os
- Pacientes podem apresentar inicialmente efeitos α1.
sinais de choque hipovolêmico.
⇒ Vasopressores
DROGAS VASOATIVAS NORADRENALINA
- Deve manter a PA estável.
- Vasopressora
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Vasopressora com efeito inotrópico Escolha para disfunção miocárdica
discreto: Age em receptores α1 e pouco efeito em (Choque cardiogênico, Choque séptico).
β1, mostrando melhor balanço do débito cardíaco.
Escolha para Choque Distributivo, como LEVOMESIDAN
séptico; Choque cardiogênico e Choque - Efeito inotrópico e vasodilatador.
hipovolêmico (quando neles ocorre Pouco utilizada, age aumentando a
vasodilatação). sensibilidade da troponina C ao Cálcio
Efeitos adversos: Bradicardia reflexa (pelo (aumentando a contratilidade cardíaca sem
aumento da pós-carga) e angina. aumentar o consumo miocárdico de O2).
Efeito adverso: Cefaléia e hipotensão.
VASOPRESSINA
- Vasoconstritora - ADH. MILRINONA
- Hormônio antidiurético. - Inibidor da fosfodiesterase (aumento do
Escolha para Choques refratários Ca na musculatura cardíaca, aumentando
associada a noradrenalina ou de maneira isolada. a contratilidade).
Efeitos adversos: Hipotensão rebote Causa potente vasodilatação arterial e
(quando encerrado o uso pode causar a venosa também. Opção para paciente que não
hipotensão), isquemia de dedos, isquemia pode ser administrado droga adrenérgica, como
mesentérica… pacientes em uso de beta-bloqueadores.
Efeitos adversos: Arritmias.
ADRENALINA
- Vasoconstritora α1, agindo também no β1 ⇒ Vasodilatadores
(com bom efeito inotrópico). NITROPRUSSIATO DE SÓDIO
- Age no receptor β2 (broncodilatação). Vasodilatador através do aumento do
Escolha em Choque Anafilático, situações óxido nítrico, que atua no relaxamento da
que necessita-se aumento do DC e ação musculatura vascular.
Vasoconstritora, em segunda linha para Aumenta o débito cardíaco.
tratamento de Choque Séptico. Efeitos adversos: Intoxicação por cianeto,
Efeitos adversos: Aumenta consumo de hipotensão…
O2 pelo miocárdio, Aumenta o lactato (acelera via
glicolítica) e Aumenta arritmias. ⚠ Sempre que administrada droga
vasodilatadora ou vasoconstritora, deve-se
🥇
monitorar a pressão arterial do paciente
α1 β1 β2 Efeitos
(oscilometria, pressão arterial invasiva ) o
🥇
Noradrenalina +++ + - ↑RVP e DC Débito cardíaco (ecocardiograma, cateter de
artéria pulmonar )...
Adrenalina +++ ++ ++ ↑RCP, DC e
FC
Vasopressina - - - ↑RVP
⇒ Inotrópicos
DOBUTAMINA
Age em receptores β1, atuando no
aumento da frequência e contratilidade cardíaca,
agindo no débito cardíaco.
Tem pouco efeito β2 que promove
vasodilatação.
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PRÉ-OPERATÓRIO
ABORDAGEM
INICIAL
A anamnese deve ser cuidadosa deve-se
considerar dados como tolerância ao exercício,
comorbidade, medicações em uso e alergias,
antecedentes anestésico-cirúrgicos,
sangramentos e cicatrização.
AVALIAÇÃO
PRÉ-OPERATÓRIA
O objetivo não é procurar por doenças não
diagnosticadas, mas sim identificar e quantificar
qualquer comorbidade que pode afetar o
resultado cirúrgico.
● Determinar o risco do procedimento
planejado (baixo, médio, alto). ⇨ Avaliação anestésica
● Técnica anestésica planejada. Utiliza-se o critério de Mallampati:
● Ambiente pós-operatório do paciente Avaliação das estruturas da orofaringe (úvula,
pilares amigdalianos, palato mole e duro), com o
(Ambulatorial ou hospitalar, leito de
paciente sentado, cabeça em posição neutra e
enfermaria ou unidade fechada).
sem fonação.
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⇨ Benumof - Maioria dos guidelines não prevê essa
11 ítens para tentar prever uma intubação conduta.
difícil. Inclui a capacidade de posicionar a cabeça, - Muitas vezes as alterações não são vistas
espaço intraoral, tamanho e complacÊncia do ou não são valorizadas.
espaço submandibular e capacidade de luxação
da mandíbula e abertura do campo de visão.
⇨ Pacientes com déficit cognitivo.
1. Tamanho dos incisivos;
2. Retrognatismo;
3. Subluxação da mandíbula; ⇨ Em cirurgias de pequeno e médio porte não
é necessário exames
4. Distância interincisivos;
- Às vezes a história e a relação do
5. Classificação de mallampati;
médico-paciente é muito mais precisa em
6. Conformação do palato;
7. Distância mento-tireóide; identificar dificuldades do que exames.
8. Complacência do espaço mandibular;
9. Comprimento do pescoço; AVALIAÇÃO
DE RISCO
10. Largura do pescoço;
11. Mobilidade da cabeça e do pescoço. ⇨ Fatores dependentes
- Fatores do paciente: Se o paciente precisa
⚠ Um interrogatório dirigido deve focar em outras mesmo da cirurgia, se há tempo para
patologias que o paciente tem, em outros “aguardar” antes de tomar a medida
procedimentos cirúrgicos e como eles foram, se cirúrgica.
toma medicação contínua… - Tipo de cirurgia: Avaliar riscos de
“Se você levantar aqui agora e caminhar sem mortalidade, riscos de complicações
parar, quantas quadras consegue caminhar sem graves.
parar para descansar por falta de ar ou cansaço”.
- Quando não consegue caminhar nem 2 ⚠ Os preditores mais importantes de morbidade
quadras, tem equivalente metabólico que e mortalidade incluem:
não coloca um estresse metabólico - A idade, o estado físico (ASA), o porte
suficiente no miocárdio para chegar à um (maior ou menor) e da natureza (eletiva ou
diagnóstico. emergência).
⇨ Medicações em uso
ASA 2 Pacientes com doença Sem limitações funcionais; apresenta doença bem-controlada de um
sistêmica leve sistema corporal; hipertensão controlada ou diabetes sem efeitos
sistêmicos, fumante sem doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
obesidade moderada, gravidez
ASA 3 Pacientes com doença Algum grau de limitação funcional; apresenta doença controlada de mais
sistêmica grave de um sistema corporal ou de um sistema principal; sem risco imediato de
morte; insuficiência cardíaca congestiva (ICC) controlada, angina estável,
infarto agudo do miocárdio prévio, hipertensão malcontrolada, obesidade
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mórbida, insuficiência renal crônica; doença broncoespástica com
sintomas intermitentes
ASA 4 Pacientes com doença Apresenta pelo menos uma doença grave, pouco controlada ou em
sistêmica grave com risco de estágio final; possível risco de morte; angina instável, DPOC sintomática,
morte constante ICC sintomática, insuficiência hepatorrenal
ASA 5 Pacientes moribundos, sem Sem expectativa de sobrevida > 24 h sem a cirurgia; risco iminente de
expectativa de sobrevida morte; falência de múltiplos órgãos, síndrome de sepse com instabilidade
sem a cirurgia hemodinâmica, hipotermia, coagulopatia mal-controlada
ABORDAGENS
POR SISTEMAS
SISTEMA CARDIOVASCULAR
⇨ Escala de Goldman
⇨ Escore de Lee
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3 últimos: Importância na Insuficiência cardíaca ⇨ Atividade física / MET - Equivalente
congestiva. metabólico.
⚠ 26 ou + pontos → 22% de complicações / 56%
mortalidade.
⇨ Preditores clínicos
Classificam na tabela as doenças prévias.
⚠ Angina instável é pior que história de IAM
Criada por EAGLE (2002).
prévio.
- Em relação a presença de insuficiência cardíaca
ele usou o critério de edema pulmonar (quer dizer
uma insuficiência cardíaca descompensada).
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- Entender o que é uma cirurgia de alto, médio e ● Diagnóstico e tratamento precoce de
baixo risco, saber avaliar o estado metabólico, complicações pós-operatórias.
saber os fluxogramas.
Revascularização profilática
- Paciente precisa de cirurgia não cardíaca. Estudos recentes mostram que a
Emergência opera-o de qualquer jeito. revascularização miocárdica profilática com
- Quando a cirurgia não é de emergência, o pct é pacientes estáveis do ponto de vista cardíaco não
assintomático, com revascularização miocárdica reduziu a chance de complicação cardíaca
há menos de 5 anos (5 anos é um certificado de pós-operatória, mesmo em cirurgias de alto risco.
garantia) -> pode ir pra cirurgia. É, ainda, importante considerar que,
- Se os exames cardíacos do pct não forem bons, quando se propõe uma revascularização
avaliar comorbidades. Preditores maiores (IAM miocárdica antes de cirurgia, é necessário
recente, angina instável, IC descompensada, aguardar para poder proceder com a cirurgia não
doença valvular severa...) -> paciente vai pro cardíaca, principalmente por causa da
cardiologista ser avaliado. necessidade de antiagregação plaquetária dupla.
- Se não conseguir eliminar o risco de A revascularização profilática deve ser
coronariopatias, cancela a cirurgia e vai avaliar considerada para pacientes que tenham
com o cardiologista. indicação de revascularização
- Paciente com câncer não vai ter tanto tempo pra independentemente do procedimento cirúrgico,
esperar. Avaliar risco de fazer ou não a cirurgia como no caso de lesões de tronco da artéria
(scores apresentados anteriormente) -> decisão coronária esquerda; doença triarterial; disfunção
conjunta. Risco alto da cirurgia, mas a doença ventricular associada; angina não responsiva ao
que ele tem é muito grave. tratamento clínico; testes não invasivos de alto
risco.
- Pacientes com fatores de risco moderado
(angina compensada, IAM prévio, IC Monitorização intraoperatória
compensada, diabetes, IR). Pct com MET ruim A monitorização intraoperatória da
pode ter doença cardiovascular não temperatura corpórea é de suma importância. A
diagnosticada, tem que pelo menos ir pra teste hipotermia está relacionada a aumento de
cardíaco não invasivo. Teste não invasivo eventos cardíacos e parada cardíaca no
favorável -> OPERA. Se não for favorável vai pro pós-operatório. Pacientes que apresentam
cat fazer revascularização. Pct com MET bom, hipotermia devem receber aquecimento passivo.
depende do tamanho da cirurgia. Cirurgias de alto
risco tem que ir pra teste não-invasivo, se for de
médio/baixo porte pode operar.
- Pct com com fatores de risco menores. MET RISCOS ESPECÍFICOS
bom, vai pra sala de cirurgia. MET baixo e a
⇨ HAS
cirurgia de baixo risco, pode operar. cirurgia maior
Ideal no momento da cirurgia estar com
-> teste não-invasivo
níveis pressóricos < 140/90 mmhg
- Não reajustar as doses logo antes da
⇨ Proteção cardíaca para cirurgia cirurgia
As estratégias protetoras cardíacas no
- Manter as medicações até a data da
período perioperatório podem ser resumidas em:
cirurgia.
● Revascularização profilática no
pré-operatório;
⚠ Toma em jejum também o remédio pra HAS.
● Cardioproteção farmacológica no
⚠ Pct beta-bloqueado que interrompe a
perioperatório;
medicação antes da cirurgia chegará taquicárdico
● Monitorização intraoperatória;
26
e hipertenso e, provavelmente, terá que cancelar rompimento, pois quando abro a cavidade
cirurgia. abdominal o aneurisma é descomprimido)
(endopróteses de aorta, auto expansiva
⇨ CARDIOPATIA ISQUÊMICA posicionada na posição do aneurisma,
- Angina estável crônica não contraindica. ocupa o espaço e resolve o problema).
- Terapia antianginosa deve ser mantida no - Indicam testes não invasivos: cintilo, eco
pré-operatório. de estresse (Cintilografia, Eco de
- Angina Classe III , testes não invasivos. estresse).
- Angina classe IV ou instável,
contraindicação formal a procedimentos Paciente que já tem amputação, algo do tipo pela
eletivos. Testes invasivos. diabetes, tem predileção em ter doença de fluxo
- Quando é possível esperar, manter o periférico.
paciente anticoagulado por até 6 meses
(ou no mínimo 4).
SISTEMA RESPIRATÓRIO
⇨ ICC Os fatores de risco estabelecidos para
- Não compensados, mortalidade 15%.
complicações pulmonares pós-operatórias
- Uso criterioso de diuréticos.
incluindo idade avançada, classificação de ASA
- Cardiotônicos: bradiarritmias (Digoxina).
elevada, insuficiência cardíaca congestiva,
- Monitorização hemodinâmica não invasiva
dependência funcional, conhecida e, desnutrição,
até 72h após.
abuso de álcool, alteração do sensório…
Alterações da mecânica e função
⚠ IC compensadas estão aptos ao procedimento,
ventilatórias são encontradas durante e após
mas manter a medicação.
cirurgias.
⚠ Cuidar descompensação da IC no pós-op.
O tabagismo ativo está
⚠ Geralmente, pcts com IC vão para UTI no
significativamente associada a pneumonia
pós-op.
pós-operatória, infecção do sítio cirúrgico e morte
quando comparado a pacientes Não fumantes ou
⇨ VALVULOPATIAS que não fumam mais. O ideal é que o paciente
- Estenose Ao crítica severa (ela limita o
pare de fumar 8 semanas antes da cirurgia ou
débito cardíaco, torna o paciente com DC
pelo menos quatro (interrupção menor de 4
fixo, área valvar menor que 1 cm 2, logo
Semanas o risco de desenvolvimento de
mesmo aumentando a pré carga não
complicações é o mesmo para fumantes ativos).
aumenta fração de ejeção por que a
válvula está estreita e não permite isso, o
⚠ Dor respiratória pós respiratória - Paciente
paciente se for operado e tiver
acaba fazendo atelectasias.
sangramento teria que aumentar FC,
- Paciente que inicia mobilização precoce
aumentar pré carga para compensar, isto
ventila melhor e tem menos acúmulo de
não vai acontecer).
via aérea, fazendo melhor pós operatório.
- Correção pré-operatória (as vezes mesmo
depois da correção não consegue
Fatores de risco para complicações
aumentar o DC).
pós-operatórias:
- Próteses metálicas.
27
⇨ Proteção para cirurgia
Para os pacientes classificados como de
baixo risco, deve-se sempre que possível
estimular a deambulação precoce para minimizar
o risco de complicações pulmonares. As
intervenções pré-operatórias que podem diminuir
as complicações pulmonares no pós-operatório
incluem a suspensão do cigarro (dois meses
antes do procedimento planejado), terapia
broncodilatadora, terapia com antibióticos para
tratar infecções preexistentes e tratamento dos
pacientes asmáticos com esteroides. Além disso,
incentivar o exercício no pré-operatório pode
melhorar a recuperação do paciente no
⇨ DPOC
pós-operatório. Uma recomendação razoável
● Espirometria e gasometria arterial:
seria encorajar os pacientes a andar três
○ Com Capacidade Vital Forçada
quilômetros em menos de uma hora várias vezes
inferior a 70% do previsto deve ser
por semana. Estratégias perioperatórias incluem
avaliado por pneumologista.
o uso de anestesia epidural, toalete brônquica
○ Relação VEF1/CVF < 50%: Maior
vigorosa e fisioterapia respiratória, e também com
risco.
broncodilatadores.
○ PaCO2> 45 mmHg: Maior risco.
FUNÇÃO RENAL
⇨ ASMA
● Não controlados: cirurgia adiada. Maioria dos problemas: Incapacidade de
● Compensados: não tem contraindicação. lidar com a sobrecarga ou déficit de fluidos que
● Tosse: dor e deiscência de ferida. podem ocorrer nesse período.
- Há excesso de volume pós operatório que
⇨ Obesidade em pacientes normais é drenado pelo rim.
● Diminuição da complacência. Pré Dialíticos (Creatinina 15-20 ml/min)
● Compressão dos pulmões. podem não conseguir eliminar todo o excesso de
● Hipoventilação. líquido ofertado. Mais difíceis de manejar. Podem
● Retenção de CO2. acabar necessitando diálise.
⚠ Na obesidade tem-se um comportamento - DCE de 5-10 ml/min: Não dialisa no dia da
similar ao da DPOC grave (má expansão cirurgia pois precisa heparinizar para
pulmonar, hipoventilação, retém CO2).... diálise. Se faz no pós-operatório.
- Pacientes em diálise faz 24 antes.
⇨ Manejo - Nível de creatinina igual ou maior que 2,0
mg/dl é um fator de risco independente.
SISTEMA HEPATOBILIAR
28
se faça o manejo do órgão durante o processo, Child B - Alterações consideráveis. Resposta
então é descoberta durante a cirurgia alterada em todas as cirurgias: Hemorragia
- Prestar atenção na história, exame físico e digestiva, ascite de difícil controle. [7-9 pontos].
exames laboratoriais. - Algumas limitações à função hepática.
- Resposta alterada a todas as cirurgias.
⇨ Cuidados - Boa tolerância com preparo adequado.
● Estado nutricional. - Regeneração limitada.
● Grau de disfunção hepatocelular.
● Alterações da coagulação. Child C - Alterações graves → Ictérico,
encefalopata, ascite grave, alteração de
coagulação. Caráter proibitivo da cirurgia [10-15
pontos].
- Risco proibitivo.
- Graves limitações a função hepática.
- Má resposta, independente do preparo.
- Ressecção hepática contraindicada.
DIABETES MELITO
ESTADO NUTRICIONAL
30
○ Idade, tipo de procedimento,
PREPARO
PRÉ-OPERATÓRIO
câncer, obesidade, veias
varicosas, doença inflamatória ⇨ Orientações
intestinal, gravidez, uso de Riscos (morbidade e mortalidade).
estrógenos. Consequências. Tempo de Recuperação. Como
Denomina-se tromboembolismo venoso a ele vai acordar. Expectativas.
ocorrência de trombose venosa profunda e
embolia de pulmão. Essas condições são ⇨ Consentimento informado
prevalentes em pacientes internados, clínicos e Cirurgia específica. Procedimento
cirúrgicos, com manifestações clínicas muito anestésico.
variáveis, desde assintomática até morte súbita.
A profilaxia diminui a incidência em até ⇨ Dieta
80%. A avaliação do risco deve ser realizada Jejum mínimo de horas (6-8h. Água 2h.
preferencialmente durante a avaliação Preparados com maltodextrina 2-3h), anestesia
pré-operatória ambulatorial ou no momento da geral, evitar a broncoaspiração após a anestesia
admissão do paciente e deve seguir algum dos (Síndrome de Mendelson). Síndrome de
algoritmos das diretrizes para terapia anti- mendelson (peritonite química causada pelo
trombótica e prevenção de trombose. refluxo esofágico).
31
Cumarínicos, os mais usados e antigos, ● Betabloqueadores.
se ligam irreversivelmente aos fatores de ● Insulina.
coagulação associados a vit. K (fator X) e ● Broncodilatadores.
precisam ser renovados após a suspensão da ● Cardiotônicos.
anticoagulação para que ela volte ao normal. ● Anticonvulsivantes.
Então deve-se parar de 5 a 7 dias antes ● Glicocorticóides.
da cirurgia. Paciente deve ser internado e ficar ● Medicação psiquiátrica.
recebendo heparina para controlar. Suspender ● Antialérgicos.
heparina 6h antes. Se for uma cirurgia de ● Potássio.
emergência, reverter anticoagulação dando
plasma (com fatores de coagulação). Vitamina K
TRICOTOMIA
ajuda a reverter anticoagulação.
Xarelto (Rivaroxabana), + novo. Paciente - Somente no centro cirúrgico com
para de tomar somente 24h antes da cirurgia. máquina, Aparelhos de tricotomia, e com
Indicado para pct que usa válvula metálica, área mínima necessária.
história de tromboembolismo prévio, arritmias - Na noite anterior aumenta em 100% a
com risco de formação de trombos atriais... contaminação bacteriana, quando
Eliquis (apixabana): Inibidores do fator Xa: comparada a retirada de pêlos com
Para 24 horas antes. raspadores..
- Evitar uso de lâminas.
Antiagregantes plaquetários: - Não realizar a tricotomia em áreas
Em cirurgia vascular não sofrem maior extensas.
incidência de situações adversas em função dos
uso dos antiagregantes plaquetários. Recursos de
hemostasia compensam. PREPARO DA PELE
- AAS, Clopidogrel: Suspensos 7 a 10 dias
- Banho e boa higiene.
antes
- Soluções degermantes antissépticas.
- Ginkgo biloba: Suspenso 7 a 10 dias antes
- Campo operatório:
- 2 tempos:
AINES
- Detergente antisséptico.
Alteram a função plaquetária de forma
- Clorexidina.
reversível: suspensos 48h antes da cirurgia.
- Cateterismos:
- exceção do AAS
- SNG: quando há obstrução ou
dificuldade de esvaziamento
Antidepressivos gástrico.
Inibidor de IMAO: Risco de rabdomiólise e - SVD: necessidade de
hipertermia maligna. Única classe de monitorização do débito urinário ou
antidepressivos que deve ser suspensa antes da cirurgias pélvicas ou urinárias.
cirurgia.
Outras
considerações
Tabela. Pacientes sem comorbidades
<40 ANOS Hb
Ht
Coagulograma
CREATININA
GLICEMIA
Sódio e Potássio
Hemograma
33
Coagulograma
RAIO-X de Tórax
DIABÉTICOS ECG
Creatinina
Glicemia
OBESIDADE ECG
Glicemia
Sódio e Potássio
ECG
HEPATOPATA Creatinina
Coagulograma
Hemograma
Bilirrubinas
Albumina
Em anticoagulação Coagulograma
Hemograma
Creatinina
Hemograma
34
NUTRIÇÃO DO
em pacientes com doença catabólica grave ou
doença renal crônica.
PACIENTE
CIRÚRGICO
A avaliação nutricional deve ser rotina em
pacientes hospitalizados, visto que é um fator de
NECESSIDADES
NUTRICIONAIS
risco para maior morbidade e mortalidade
pós-operatória. O cálculo deve ser feito com o peso atual
do paciente. Exceto obesos, edemaciados e
AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL grávidas.
⇨ Antropometria ⇨ Calorias
Peso, Altura, Pregas cutâneas tricipital e A melhor forma de determinar as
subescapular e circunferências musculares. necessidades energéticas seria através da
⚠ Perdas de peso maiores de 10% do peso usual realização de calorimetria indireta, mas por ser
sugere desnutrição. uma técnica dispendiosa e demanda um longo
⚠ O IMC possui faixa segura entre 18 e 25. tempo para realização, tem-se optado pela
Menor de 15 está associado à alta taxa de utilização a fórmula de Harris e Benedict (peso
mortalidade. atual x 25 a 30kcal/kg/dia).
- Gasto energético basal (GEB) em kcal/dia
⇨ Testes bioquímicos
Homem: 66,4 + (13,7 × peso [kg]) + (5,0 ×
Contagem total de linfócitos, Dosagem de
altura [cm]) – (6,8 × idade [anos])
albumina sérica, Dosagem de transferrina,
Dosagens de pré-albumina, Retinol ligado à Mulher: 655 + (9,6 × peso [kg]) + (1,7 ×
albumina e Colesterol. altura [cm]) – (4,7 × idade [anos])
⇨ Índices nutricionais
⇨ Carboidratos
Através de medidas de albumina sérica,
Os carboidratos são a principal fonte de
prega cutânea tricipital, transferrina e testes de
sensibilidade cutânea tardia que quando combustível do corpo, representando 35% da
utilizados em conjunto evidenciam uma ingesta
importante ferramenta de avaliação. calórica total. Cada grama de carboidrato entérico
fornece 4 quilocalorias (kcal) de energia. Os
⇨ Testes funcionais carboidratos administrados por via parenteral
A medida de força de contração do fornece 3,4 kcal/g.
músculo aductor, a dinamometria, o teste A digestão de carboidratos é iniciada pela
ergométrico e a espirometria. amilase salivar, e a absorção ocorre junto aos
primeiros 150 cm do intestino delgado.
⇨ Creatinina-altura
O índice de creatinina-altura (ICA) pode
ser utilizado para determinar o grau de
desnutrição proteica, embora seja menos válido
35
⇨ Proteínas
1 a 2 g/kg/dia, dependendo da gravidade
da doença e condição clínica (principalmente
função renal e hepática). Quanto maior a
demanda metabólica, mais proteínas devem ser
oferecidas, em especial, quando há perda de
líquido corpóreo, como nos pacientes queimados TERAPIA
NUTRICIONAL
ou com fístulas digestivas.
Na maioria dos hospitais é recomendado
jejum em conjunto com administração de líquidos
⇨ Lipídeos
intravenosos até que haja eliminação de flatos ou
A necessidade de lipídeos é de 1 – 1,5g/dia.
fezes.
⇨ Vitaminas e Minerais
Obrigatório em pacientes com via artificial NUTRIÇÃO ENTERAL
de nutrição, sendo a suplementação baseada em
recomendações utilizadas para indivíduos sadios, Mais fisiológica do que a parenteral.
conforme recomendações dietéticas. Opção no pós-operatório de pacientes com a
dieta por via oral não recomendada, como nos
⇨ Estadiamento da desnutrição casos de ressecção de tumores de cabeça e
pescoço ou de órgãos do trato digestivo proximal.
O tempo é importante para definir qual via
de acesso. Necessidade de acesso por mais de 6
semanas é indicativo para realizar a ostomia,
tempos menores, pode ser utilizado o cateter.
As fórmulas de dietas enterais são
escolhidas segundo as necessidades de cada
paciente. São classificadas de acordo com a
forma em que os macronutrientes se apresentam.
● Fórmulas poliméricas: Nutrientes intactos
e complexos.
● Fórmulas oligoméricas: Nutrientes
⇨ Índices nutricionais parcialmente hidrolisados.
⇨ Benefícios Imunológicos
A presença de alimento no intestino, em
particular de proteínas e gorduras complexas,
deflagra a atividade neuroendócrina dependente
da alimentação. Essa atividade estimula o
transporte de imunoglobulinas para dentro do
intestino, em particular de imunoglobulina A
secretora, que é importante para a prevenção da
aderência bacteriana à mucosa intestinal e da
translocação de bactérias. As alimentações
enterais também previnem a atrofia das
vilosidades, minimizando a perda subsequente da
função da borda epitelial, além de ajudar a manter
o pH e a flora intestinais normais, diminuindo a
superpopulação bacteriana oportunista no
intestino delgado.
36
recomendadas para pacientes expostos a
⇨ Indicações estresses metabólicos mínimos com função
● Pacientes desnutridos ou com risco de intestinal normal.
desenvolver desnutrição e cujo trato As fórmulas quimicamente definidas são
gastrintestinal permanece intacto. comumente chamadas de dietas elementares. Os
● Pacientes que não conseguem ou não se nutrientes são fornecidos em forma pré-digerida e
dispõem a comer para atender suas de pronta absorção; eles contêm proteína na
próprias necessidades diárias são forma de aminoácidos livres (AALs) ou
candidatos ao suporte entérico. polipeptídeos. As dietas à base de aminoácidos
Os fatores que influenciam o momento (elementares) e polipeptídeos são absorvidas de
oportuno para a iniciação da nutrição enteral maneira eficiente quando a função intestinal está
incluem a evidência de desnutrição preexistente, comprometida. Entretanto, são hiperosmolares,
o grau esperado de atividade catabólica, a podendo causar cólica, diarreia e perdas de
duração da doença em curso e a previsão da líquido.
retomada da ingestão pela boca. As formulações modulares incluem
fórmulas especiais utilizadas em situações
⇨ Contraindicações clínicas específicas, como nas insuficiências
● Obstrução intestinal completa. pulmonar, renal ou hepática ou na disfunção
● Pacientes com intestino curto, obstrução imune. As preparações disponíveis variam quanto
gastrintestinal, sangramento a (1) conteúdo calórico e proteico, (2)
gastrintestinal, diarreia e vômitos composições de proteínas, carboidratos e lipídios,
prolongados, fístulas, íleo paralítico ou (3) razão de caloria de carboidrato não proteína
isquemia gastrintestinal ativa podem por grama de nitrogênio, (4) osmolalidade, (5)
requerer um período de repouso intestinal. conteúdo de oligominerais menores (selênio,
● Episódios de estresse fisiológico, o corpo cromo e molibdênio), e (6) conteúdo de vários
desvia o sangue a partir da circulação aminoácidos (glutamina, glutamato e AACRs).
esplâncnica.
⇨ Complicações
Mecânicas: Deslocamento, perda NUTRIÇÃO PARENTERAL
acidental e a obstrução do lume dos cateteres,
Administração endovenosa dos nutrientes
além de poder ocorrer aspiração com pneumonia,
necessários para manutenção do estado
irritação faríngea, otite, sinusite, esofagite e no
nutricional do paciente ou mesmo restaurar
caso de estoma, drenagem ao redor do tubo e
depleções nutricionais.
dermatite local.
Indicado sempre que não for possível
Gastrointestinais: náuseas, vômitos,
utilizar o trato gastrointestinal, ou, mesmo que
desconforto, distensão, cólica abdominal e
disponível, não alcançar as necessidades
diarreia.
nutricionais completas pela via oral ou enteral.
As vias de acesso utilizadas são a
⇨ Fórmulas punção percutânea infraclavicular de veia
As fórmulas comerciais nutricionalmente
subclávia, punção da jugular interna, veia
completas ou as dietas entéricas padrão variam
jugular externa, veia cefálica ou basílica, veia
quanto à composição de proteínas, carboidrato e
femoral, fístulas arteriovenosas e até acesso
gordura. A maioria das fórmulas usa sacarose ou
direto ao átrio direito, sendo que a mais comum
glicose como fonte de carboidrato e é
é a punção de subclávia.
conveniente para pacientes com deficiência de
lactose. As fórmulas comerciais são
convenientes, estéreis e acessíveis e são
37
Nutrição parenteral periférica (NPP) de natureza técnica, infecciosa e metabólica (Tab.
Como a nutrição parenteral periférica 10-9). Muitas dessas complicações têm origem no
(NPP) evita as complicações associadas ao CVC, com mais de 15% dos pacientes
desenvolvendo algum tipo de complicação
acesso venoso central, sua administração é mais
relacionada à linha. Outra morbidade é atribuível
segura do que a NPT. A NPP é indicada para
à infecção da linha (em geral, bacteriana) ou a
pacientes com comprometimento da função anormalidades metabólicas.
intestinal que requerem nutrição suplementar por
um período inferior a 14 dias.
Formulação de NPP: A osmolaridade da
solução de NPP é limitada a 900 mOsm, para
evitar flebite. Consequentemente, volumes de
solução inaceitavelmente amplos, acima de 2,5
L/dia, são necessários para atender ao
requerimento nutricional total típico do paciente.
⇨ Complicações
Mecânicas (associadas à introdução do
cateter venoso, exemplo: pneumotórax),
metabólicas (intolerância à glicose e alterações
de provas de função hepática) e infecciosas
(sepse).
NPP
O problema mais comum é a manutenção
do acesso venoso adequado, devido à incidência
frequente de flebite. O cateter de infusão de NPP
deve ser movido com frequência para outros
sítios e, por isso, raramente a NPP prolongada é
possível. As complicações infecciosas, como as
infecções cutâneas no sítio de cateterismo e a
flebite séptica, desenvolvem-se em 5% dos
pacientes.
NPT
As complicações resultantes da nutrição
parenteral podem ser divididas em complicações