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MATEMÁTICA FINANCEIRA

TABELAS

Tabuada dos números de 1 a 10

1x1 = 1 2x1 = 2 3x1 = 3 4x1 = 4 5x1 = 5


1x2 = 2 2x2 = 4 3x2 = 6 4x2 = 8 5x2 = 10
1x3 = 3 2x3 = 6 3x3 = 9 4x3 = 12 5x3 = 15
1x4 = 4 2x4 = 8 3x4 = 12 4x4 = 16 5x4 = 20
1x5 = 5 2x5 = 10 3x5 = 15 4x5 = 20 5x5 = 25
1x6 = 6 2x6 = 12 3x6 = 18 4x6 = 24 5x6 = 30
1x7 = 7 2x7 = 14 3x7 = 21 4x7 = 28 5x7 = 35
1x8 = 8 2x8 = 16 3x8 = 24 4x8 = 32 5x8 = 40
1x9 = 9 2x9 = 18 3x9 = 27 4x9 = 36 5x9 = 45
1x10 = 10 2x10 = 20 3x10 = 30 4x10 = 40 5x10 = 50

6x1 = 6 7x1 = 7 8x1 = 8 9x1 = 9 10x1 = 10


6x2 = 12 7x2 = 14 8x2 = 16 9x2 = 18 10x2 = 20
6x3 = 18 7x3 = 21 8x3 = 24 9x3 = 27 10x3 = 30
6x4 = 24 7x4 = 28 8x4 = 32 9x4 = 36 10x4 = 40
6x5 = 30 7x5 = 35 8x5 = 40 9x5 = 45 10x5 = 50
6x6 = 36 7x6 = 42 8x6 = 48 9x6 = 54 10x6 = 60
6x7 = 42 7x7 = 49 8x7 = 56 9x7 = 63 10x7 = 70
6x8 = 48 7x8 = 56 8x8 = 64 9x8 = 72 10x8 = 80
6x9 = 54 7x9 = 63 8x9 = 72 9x9 = 81 10x9 =  90
6x10 = 60 7x10 = 70 8x10 = 80 9x10 = 90 10x10 = 100

Números árabes, cardinais e ordinais

Números
Cardinais Ordinais
(árabes)
1 um primeiro
2 dois segundo
3 três terceiro
4 quatro quarto
5 cinco quinto
6 seis sexto
7 sete sétimo
8 oito oitavo
9 nove nono
10 dez décimo
11 onze décimo primeiro
12 doze décimo segundo
13 treze décimo terceiro
14 catorze décimo quarto
15 quinze décimo quinto
16 dezesseis décimo sexto
17 dezessete décimo sétimo
18 dezoito décimo oitavo
19 dezenove décimo nono
20 vinte vigésimo
21 vinte e um vigésimo primeiro
30 trinta trigésimo
40 quarenta quadragésimo
50 cinquenta quinquagésimo
60 sessenta sexagésimo
70 setenta septuagésimo
80 oitenta octogésimo
90 noventa nonagésimo
100 cem centésimo
200 duzentos ducentésimo
300 trezentos tricentésimo
400 quatrocentos quadrigentésimo
500 quinhentos quingentésimo
600 seiscentos seiscentésimo
700 setecentos septigentésimo
800 oitocentos octigentésimo
900 novecentos nongentésimo
1000 mil milésimo
10 000 dez mil dez milésimos
100 000 cem mil cem milésimos
1 000 000 um milhão milionésimo

GRANDEZAS PROPORCIONAIS

O que é grandeza?

Entendemos por grandeza tudo aquilo que pode ser medido, contado. As grandezas


podem ter suas medidas aumentadas ou diminuídas.
Alguns exemplos de grandeza são: o volume, a massa, a superfície, o comprimento, a
capacidade, a velocidade, o tempo, o custo e a produção.
É comum ao nosso dia a dia situações em que relacionamos duas ou mais grandezas.
Por exemplo:
Em uma corrida de "quilômetros contra o relógio", quanto maior for a velocidade, menor
será o tempo gasto nessa prova. Aqui as grandezas são a velocidade e o tempo.
 
Em um forno utilizado para a produção de ferro fundido comum, quanto maior for o tempo
de uso, maior será a produção de ferro. Nesse caso, as grandezas são o tempo e a produção.

Grandezas diretamente proporcionais

Um forno tem sua produção de ferro fundido de acordo com a tabela abaixo:

Tempo
Produção (Kg)
(minutos)
5 100
10 200
15 300
20 400
Observe que uma grandeza varia de acordo com a outra. Essas grandezas são variáveis
dependentes. Observe que:
Quando duplicamos o tempo, a produção também duplica.
5 min  -->  100Kg
10 min -->  200Kg
Quando triplicamos o tempo, a produção também triplica.
5 min  -->  100Kg
15 min -->  300Kg
Assim:
Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente proporcionais quando a razão
entre os valores da 1ª grandeza é igual a razão entre os valores correspondentes da 2ª
Verifique na tabela que a razão entre dois valores de uma grandeza é igual a razão entre
os dois valores correspondentes da outra grandeza.

Grandezas inversamente proporcionais

Um ciclista faz um treino para a prova de "1000 metros contra o relógio", mantendo em
cada volta uma velocidade constante, obtendo assim um tempo correspondente, conforme a
tabela abaixo:

Velocidade (m/s) Tempo (s)


5 200
8 125
10 100
16 62,5
20 50

Observe que uma grandeza varia de acordo com a outra. Essas grandezas são variáveis
dependentes. Observe que:
Quando duplicamos a velocidade, o tempo fica reduzido à metade.
5 m/s  -->  200s
10 m/s -->  100s
Quando quadriplicamos a velocidade, o tempo fica reduzido à quarta parte.
5 m/s  -->  200s
20 m/s -->  50s
Assim:
Duas grandezas variáveis dependentes são inversamente proporcionais quando a
razão entre os valores da 1ª grandeza é igual ao inverso da razão entre os valores
correspondentes da 2ª.
Verifique na tabela que a razão entre dois valores de uma grandeza é igual ao inverso da
razão entre os dois valores correspondentes da outra grandeza.
RAZÕES

O que é uma razao?

Vamos considerar um carro de corrida com 4m de comprimento e um kart com 2m de


comprimento. Para compararmos as medidas dos carros, basta dividir o comprimento de um
deles pelo outro. Assim:

  (o tamanho do carro de corrida é duas vezes o tamanho do kart).

Podemos afirmar também que o kart tem a metade   do comprimento do carro de
corrida.
A comparação entre dois números racionais, através de uma divisão, chama-se razão.

A razão   pode também ser representada por 1:2 e significa que cada metro do kart
corresponde a 2m do carro de corrida.
Denominamos de razão entre dois números a e b (b diferente de zero)

o quociente   ou a:b.
A palavra razão, vem do latim ratio, e significa "divisão". Como no exemplo anterior, são
diversas as situações em que utilizamos o conceito de razão. Exemplos:
Dos 1200 inscritos num concurso, passaram 240 candidatos.
Razão dos candidatos aprovados nesse concurso:

        (de cada 5 candidatos inscritos, 1 foi aprovado).


Para cada 100 convidados, 75 eram mulheres.
Razão entre o número de mulheres e o número de convidados:

         (de cada 4 convidados, 3 eram mulheres).

     Observações:
     1) A razão entre dois números racionais pode ser apresentada de três formas.
Exemplo:

Razão entre 1 e 4:     1:4   ou     ou 0,25.


2) A razão entre dois números racionais pode ser expressa com sinal negativo, desde que
seus termos tenham sinais contrários. Exemplos:

A razão entre 1 e -8 é   .

A razão entre     é    .

Termos de uma razão

Observe a razão:

    (lê-se "a está para b" ou "a para b").

Na razão a:b ou  , o número a é denominado antecedente e o número b é


denominado consequente.
Veja o exemplo:

3:5   =  
Leitura da razão: 3 está para 5 ou 3 para 5.

Razões inversas

Considere as razões  .

Observe que o produto dessas duas razões é igual a 1, ou seja,  .

Nesse caso, podemos afirmar que   são razões inversas.


Duas razões são inversas entre si quando o produto delas é igual a 1.
Exemplo:

 são razões inversas, pois  .


Perceba que, nas razões inversas, o antecedente de uma é o consequente da outra, e
vice-versa.
Observações:
1) Uma razão de antecedente zero não possui inversa.
2) Para determinar a razão inversa de uma razão dada, devemos permutar (trocar) os seus
termos. Exemplo:

O inverso de 

Razões equivalentes

Dada uma razão entre dois números:


Obtemos uma razao equivalente multiplicando-se ou dividindo-se os termos de uma
razão por um mesmo número racional (diferente de zero),
Exemplos:

  são razões equivalentes.

 são razões equivalentes.

Razões entre grandezas da mesma espécie

O conceito é o seguinte:
Denomina-se razão entre grandezas de mesma espécie o quociente entre os números
que expressam as medidas dessas grandezas numa mesma unidade.
Exemplos:
1) Calcular a razão entre a altura de duas crianças, sabendo que a primeira possui uma
altura h1= 1,20m e a segunda possui uma altura h 2= 1,50m. A razão entre as alturas h1 e h2 é
dada por:

2) Determinar a razão entre as áreas das superfícies das quadras de vôlei e basquete,
sabendo que a quadra de vôlei possui uma área de 162m 2 e a de basquete possui uma área de
240m2.

Razão entre as área da quadra de vôlei e basquete:  .

Razões entre grandezas de espécies diferentes

O conceito é o seguinte:
Para determinar a razão entre duas grandezas de espécies diferentes, determina-se o
quociente entre as medidas dessas grandezas. Essa razão deve ser acompanhada da notação
que relaciona as grandezas envolvidas.
Exemplos:
1) Consumo médio:
Beatriz foi de São Paulo a Campinas (92Km) no seu carro. Foram gastos nesse percurso
8 litros de combustível. Qual a razão entre a distância e o combustível consumido? O que
significa essa razão?
Solução:

Razão = 
Razão =   (lê-se "11,5 quilômetros por litro")
Essa razão significa que a cada litro consumido foram percorridos em média 11,5 km.
2) Velocidade média:
Moacir fez o percurso Rio-São Paulo (450Km) em 5 horas. Qual a razão entre a medida
dessas grandezas? O que significa essa razão?
Solução:
Razão = 
Razão = 90 km/h (lê-se "90 quilômetros por hora")
Essa razão significa que a cada hora foram percorridos em média 90 km.
3) Densidade demográfica:
O estado do Ceará no último censo teve uma população avaliada em 6.701.924
habitantes. Sua área é de 145.694 km2. Determine a razão entre o número de habitantes e a
área desse estado. O que significa essa razão?
Solução:

Razão = 
Razão = 46 hab/km2 (lê-se "46 habitantes por quilômetro quadrado")
Essa razão significa que em cada quilômetro quadrado existem em média 46 habitantes.
4) Densidade absoluta ou massa específica:
Um cubo de ferro de 1cm de aresta tem massa igual a 7,8g. Determine a razão entre a
massa e o volume desse corpo. O que significa essa razão?
Solução:
Volume = 1cm . 1cm . 1cm  =  1cm3

Razão = 
Razão = 7,8 g/cm3 (lê-se "7,8 gramas por centímetro cúbico")
Essa razão significa que 1cm3 de ferro pesa 7,8g.

PROPORÇÕES

O que é uma proporção?

Exemplo: Rogerião e Claudinho passeiam com seus cachorros. Rogerião pesa 120kg, e
seu cão, 40kg. Claudinho, por sua vez, pesa 48kg, e seu cão, 16kg.
Observe a razão entre o peso dos dois rapazes:

Observe, agora, a razão entre o peso dos cachorros:

Verificamos que as duas razões são iguais. Nesse caso, podemos afirmar que a

igualdade   é uma proporção. Assim:


Proporção é uma igualdade entre duas razões.

Elementos de uma proporção

Dados quatro números racionais a, b, c, d, não-nulos, nessa ordem, dizemos que eles
formam uma proporção quando a razão do 1º para o 2º for igual à razão do 3º para o 4º.
Assim:
   ou  a:b=c:d
(lê-se "a está para b assim como c está para d")
Os números a, b, c e d são os termos da proporção, sendo:
b e c os meios da proporção.
a e d os extremos da proporção.

 
Exemplo:

Dada a proporção  , temos:


Leitura: 3 está para 4 assim como 27 está para 36.
Meios: 4 e 27     Extremos: 3 e 36

Propriedade fundamental das proporções

Observe as seguintes proporções:

Produto dos meios = 4.30 = 120


Produto dos extremos = 3.40 = 120

Produto dos meios = 9.20 = 180


Produto dos extremos = 4.45 = 180

Produto dos meios = 8.45 = 360


Produto dos extremos = 5.72 = 360
De modo geral, temos que:

Daí podemos enunciar a propriedade fundamental das proporções:


Em toda proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos.

Aplicações da propriedade fundamental

Determinação do termo desconhecido de uma proporção


Exemplos:
Determine o valor de x na proporção:

Solução:
5 . x  =   8 . 15    (aplicando a propriedade fundamental)
5 . x  =   120
x   =  24
Logo, o valor de x é 24.
Determine o valor de x na proporção:

Solução:
5 . (x-3)  =   4 . (2x+1)    (aplicando a propriedade fundamental)
5x - 15 =  8x + 4
5x - 8x =  4 + 15
-3x =  19
3x =  -19

x =   

Logo, o valor de x é  .


Os números 5, 8, 35 e x formam, nessa ordem, uma proporção. Determine o valor de x.

Solução:

    (aplicando a propriedade fundamental)


5 . x  =  8 . 35
5x = 280

x = 56
Logo, o valor de x é 56.
Resolução de problemas envolvendo proporções
Exemplo:
Numa salina, de cada metro cúbico (m3) de água salgada, são retirados 40 dm3 de sal.
Para obtermos 2 m3 de sal, quantos metros cúbicos de água salgada são necessários?

Solução:
A quantidade de sal retirada é proporcional ao volume de água salgada. Indicamos por x a
quantidade de água salgada a ser determinada e armamos a proporção:

Lembre-se que 40dm3 = 0,04m3.

       (aplicando a propriedade fundamental)


1 . 2  =  0,04 . x
0,04x = 2

x = 50 m3
Logo, são necessários 50 m3 de água salgada.
Quarta proporcional

Dados três números racionais a, b e c, não-nulos, denomina-se quarta


proporcional desses números um número x tal que:

Exemplo:
Determine a quarta proporcional dos números 8, 12 e 6.

Solução: Indicamos por x a quarta proporcional e armamos a proporção:

     (aplicando a propriedade fundamental)


8 . x  =   12 . 6
8 . x  =   72

x   =  9

Logo, a quarta proporcional é 9.

Proporção contínua

Considere a seguinte proporção:  .


Observe que os seus meios são iguais, sendo por isso denominada proporção contínua.
Assim:
Proporção contínua é toda a proporção que apresenta os meios iguais.
De um modo geral, uma proporção contínua pode ser representada por:

Terceira proporcional
Dados dois números naturais a e b, não-nulos, denomina-se terceira proporcional desses
números o número x tal que:

Exemplo:
Determine a terceira proporcional dos números 20 e 10.

Solução:
Indicamos por x a terceira proporcional e armamos a proporção:

     (aplicando a propriedade fundamental)


20 . x  =  10 . 10
20x = 100

x=5
Logo, a terceira proporcional é 5.
Média geométrica ou média proporcional

Dada uma proporção contínua   , o número b é denominado média


geométrica ou média proporcional entre a e c.  Exemplo:
Determine a média geométrica positiva entre 5 e 20.
Solução:

5 . 20  =  b . b
100 = b2
b2 = 100
b = 
b = 10
Logo, a média geométrica positiva é 10.

Propriedades das proporções

1ª propriedade
Em uma proporção, a soma dos dois primeiros termos está para o 2º (ou 1º) termo, assim
como a soma dos dois últimos está para o 4º (ou 3º).
Demonstração:
Considere as proporções:

 e 
Adicionando 1 a cada membro da primeira proporção, obtemos:

Fazendo o mesmo na segunda proporção, temos:

Exemplo:

Determine x e y na proporção  , sabendo que x+y=84.


Solução:

Assim:

x+y = 84   =>   x = 84-y   =>    x = 84-48   =>   x=36.


Logo, x=36 e y=48.

2ª propriedade
Em uma proporção, a diferença dos dois primeiros termos está para o 2º (ou 1º) termo,
assim como a diferença dos dois últimos está para o 4º (ou 3º).
Demonstração:
Considere as proporções:

 e 
Subtraindo 1 a cada membro da primeira proporção, obtemos:

Fazendo o mesmo na segunda proporção, temos

 (Mult. os 2 membros por -1)

Exemplo:

Sabendo-se que x-y=18, determine x e y na proporção  .


Solução:
Pela 2ª propriedade, temos que:

x-y = 18   =>   x=18+y   =>   x = 18+12    =>   x=30.


Logo, x=30 e y=12.

3ª propriedade:
Em uma proporção, a soma dos antecedentes está para a soma dos consequentes, assim
como cada antecedente está para o seu consequente.
Demonstração:
Considere a proporção:

Permutando os meios, temos:

Aplicando a 1ª propriedade, obtemos:


Permutando os meios, finalmente obtemos:

4ª propriedade:

Em uma proporção, a diferença dos antecedentes está para a diferença dos


consequentes, assim como cada antecedente está para o seu consequente.
Demonstração:
Considere a proporção:

Permutando os meios, temos:

Aplicando a 2ª propriedade, obtemos:

Permutando os meios, finalmente obtemos:

       Exemplo:

Sabendo que a-b = -24, determine a e b na proporção  .


Solução:

Pela 4ª propriedade, temos que:

5ª propriedade:

Em uma proporção, o produto dos antecedentes está para o produto dos consequentes,
assim como o quadrado de cada antecedente está para quadrado do seu consequente.
Demonstração:
Considere a proporção:

Multiplicando os dois membros por  , temos:

Assim:
Observação: a 5ª propriedade pode ser estendida para qualquer número de razões.
Exemplo:

Proporção múltipla

Denominamos proporção múltipla uma série de razões iguais. Assim:

  é uma proporção múltipla.

Dada a série de razões iguais   , de acordo com a 3ª e 4ª propriedade, podemos


escrever:

Divisão Diretamente Proporcional

Quando realizamos uma divisão diretamente proporcional estamos dividindo um número


de maneira proporcional a uma sequência de outros números. Por exemplo, vamos dividir o
número 396 em partes diretamente proporcionais a 2, 4 e 6.

Ao somarmos as partes após a divisão temos que obter o número original correspondente
a 396. Observe:
66 + 132 + 198 = 396
Veja mais um exemplo:
Devemos dividir entre João, Pedro e Lucas 46 chocolates de forma diretamente
proporcional às suas idades que são: 4, 7 e 12 anos, respectivamente.
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João, Pedro e Lucas receberão respectivamente 8, 14 e 24 chocolates.
Veja outro exemplo:
O prêmio de um concurso no valor de R$ 392.000,00 deverá ser divido de forma
diretamente proporcional aos pontos obtidos pelos candidatos das três primeiras colocações.
Considerando que o primeiro colocado fez 220, o segundo 150 e o terceiro 120 pontos,
determine a parte do prêmio relativa a cada participante.

Os candidatos receberão R$ 176.000,00, R$ 120.000,00 e R$ 96.000,00, de acordo com


a pontuação assinalada.

Divisão Inversamente Proporcional

A divisão de um número em partes inversamente proporcionais a outros números dados,


consiste em se determinar as parcelas que são diretamente proporcionais ao inverso de cada
um dos números dados e que somadas, totalizam o número original.
A divisão do número N em partes p1, p2, p3, ..., pn inversamente proporcionais aos
números reais, diferentes de zero a1, a2, a3, ..., an respectivamente, baseia-se em encontrar a
constante K, real não nula, tal que:
Tópico relacionadoTeoria - Divisão em Partes diretamente e inversamente proporcionais -
Composta

Depois de encontrado o valor da constante K, basta substituí-lo nas igualdades onde foi
utilizada e realizar as contas para identificar o valor de cada uma das partes.
Exemplos
Divida o número 248 em partes inversamente proporcionais a 3, 5, 7 e 9.
Conforme o explicado sabemos que:
p1 = K . 1/3
p2 = K . 1/5
p3 = K . 1/7
p4 = K . 1/9
p1 + p2 + p3 + p4 = 248
Para encontrarmos o valor da constante K devemos substituir o valor de p1, p2, p3 e p4 na
última igualdade:

Logo:
p1 = 315 . 1/3 = 105
p2 = 315 . 1/5 = 63
p3 = 315 . 1/7 = 45
p4 = 315 . 1/9 = 35
As partes procuradas são respectivamente 105, 63, 45 e 35.

Divida o número 36 em parcelas inversamente proporcionais a 6, 4 e 3.


Do enunciado tiramos que:
p1 = K . 1/6
p2 = K . 1/4
p3 = K . 1/3
p1 + p2 + p3 = 36
Para encontrarmos o valor da constante K devemos substituir o valor de p1, p2 e p3 na
última expressão:

Portanto:
p1 = 48 . 1/6 = 8
p2 = 48 . 1/4 = 12
p3 = 48 . 1/3 = 16
As parcelas procuradas são respectivamente 8, 12 e 16.

Divisão Diretamente e Inversamente Proporcionais - Composta

A divisão do número N em partes p1, p2, p3, ..., pn diretamente proporcionais aos números


reais, diferentes de zero a1, a2, a3, ..., an respectivamente e inversamente proporcionais aos
números reais, diferentes de zero b1, b2, b3, ..., bn respectivamente, baseia-se em encontrar a
constante K, real não nula, tal que:ou de forma mais simplificada:

Depois de encontrado o valor da constante K, basta substituí-lo nas igualdades onde foi
utilizada e realizar as contas para identificar o valor de cada uma das partes.
Exemplos
Divida o número 1228 em partes diretamente proporcionais a 1, 2, 3 e 4 e inversamente
proporcionais a 5, 6, 7 e 8, respectivamente.
Conforme o explicado sabemos que:
p1 = K . 1/5
p2 = K . 2/6
p3 = K . 3/7
p4 = K . 4/8
p1 + p2 + p3 + p4 = 1228
Para encontrarmos o valor da constante K devemos substituir o valor de p1, p2, p3 e p4 na
última igualdade:

Logo:
p1 = 840 . 1/5 = 168
p2 = 840 . 2/6 = 280
p3 = 840 . 3/7 = 360
p4 = 840 . 4/8 = 420
As partes procuradas são respectivamente 168, 280, 360 e 420.

Divida o número 981 em partes diretamente proporcionais a 2, 6 e 3 e inversamente


proporcionais a 5, 9 e 4, respectivamente.
Do enunciado tiramos que:
p1 = K . 2/5
p2 = K . 6/9
p3 = K . 3/4
p1 + p2 + p3 = 981
Para encontrarmos o valor da constante K devemos substituir o valor de p1, p2 e p3 na
última expressão:

Portanto:
p1 = 540 . 2/5 = 216
p2 = 540 . 6/9 = 360
p3 = 540 . 3/4 = 405
As parcelas procuradas são respectivamente 216, 360 e 405.

FATOR DE AUMENTO OU DIMINUIÇÃO

CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DE PORCENTAGEM


MATEMÁTICA
Calcula-se a composição de porcentagem para se saber o valor do aumento ou desconto
de algo. Esse cálculo é feito por meio do fator de multiplicação.
Utilizamos a porcentagem para fazer acréscimo (aumento ou inflação) ou decréscimo
(redução, deflação ou desconto) e o símbolo que utilizamos para representá-la é o % (por
cento).
Quando determinado valor sofre acréscimo ou diminuição por mais de uma vez
consecutiva podemos calcular a composição de porcentagem. Temos então que problemas
relacionados à composição de porcentagem são resolvidos por meio do produto do fator de
multiplicação.
Esse fator é diferente para acréscimo ou decréscimo. No acréscimo, devemos somar 1 ao
valor referente à taxa de aumento; já no decréscimo, temos que subtrair 1 da taxa de desconto.

Exemplo: Fator multiplicativo para acréscimo:


Um produto aumentou 20%. Qual o fator de multiplicação que representa esse
acréscimo?
Resposta
Taxa de aumento: 20% =   20 = 0,20 = 0,2
                                            100
Fator de multiplicação = 1 + taxa de aumento
Fator de multiplicação = 1 + 0,2
Fator de multiplicação = 1,2

Exemplo: Fator multiplicativo para decréscimo:


Um produto sofreu um desconto de 20%. Qual o fator de multiplicação que representa
esse decréscimo?
Taxa de desconto: 20% =   20 = 0,20 = 0,2
                                             100
Fator de multiplicação = 1 – taxa de desconto
Fator de multiplicação = 1 – 0,2
Fator de multiplicação = 0,8
Agora que já sabemos como calcular o fator de multiplicação, vamos resolver dois
problemas que possuem o cálculo da composição de porcentagem.
Primeiro problema
Encontre a taxa de aumento, por meio do cálculo da composição de porcentagem, de um
produto que sofreu acréscimo de 30% e, em seguida, outro acréscimo de 45%.

Resposta:
Devemos calcular o fator de multiplicação referente a 30% e 45%.
Taxa de aumento 30% = 30 = 0,3
                                         100
Taxa de aumento 45% = 45 = 0,45
                                         100
Fator de multiplicação para 30% = 1 + 0,3
Fator de multiplicação para 30% = 1,3
Fator de multiplicação para 45% = 1 + 0,45
Fator de multiplicação para 45% = 1,45
Cálculo da composição de porcentagem = 1,3 x 1,45 = 1,885
Para sabermos a taxa de aumento que está embutida no valor da composição de
porcentagem, faça:
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1,885 = 1 + 0,885 = 1 + taxa de aumento
Taxa de aumento = 0,885 x 100 = 88,5%

Segundo problema
Encontre a taxa de diminuição, por meio do cálculo da composição de porcentagem, de
um produto que sofreu aumento de 25%, seguido de diminuição de 50%.
Resposta:
Taxa de aumento = 25% = 25 = 0,25
                                            100
Taxa de diminuição/desconto = 50% = 50 = 0,5
                                                                    100
Fator de multiplicação para 25% = 1 + 0,25
Fator de multiplicação para 25% = 1,25
Fator de multiplicação para 50% = 1 - 0,5
Fator de multiplicação para 50% = 0,5
Cálculo da composição de porcentagem = 1,25 x 0,5 = 0,625
Para sabermos a taxa de diminuição que está no valor da composição de
porcentagem, faça:
1 – 0,625 = 0,375, onde 0,375
Taxa de diminuição = 0,375 x 100 = 37,5%

Terceiro problema
Um produto sofre em janeiro uma inflação de 15% e em fevereiro, 20%. Qual a inflação
total nesses dois meses?
Resposta:
No início de janeiro o produto custava x reais. Já no início de fevereiro custava x reais
mais 15% de x. Podemos montar uma equação com essas informações.
Primeira equação
Primeira taxa de aumento = 15% = 0,15
y = x + 0,15x
y = 1,15x
Devemos montar outra equação, iremos obtê-la pensando no custo desse produto no
início de março.
Segunda taxa de aumento = 20% = 0,2
z = y + 0,2y
z = 1,2y
Obtemos as seguintes equações:
y = 1,15x
z = 1,2y
Pelo método da substituição de equações, temos que:
z = 1,2y
z = 1,2 . 1,15 x
z = 1,38x
Temos que 1,38 é o fator de multiplicação.Como a inflação é uma taxa de
aumento/inflação, para obtê-la faça:
1,38 = 1 + 0,38 = 1 + taxa de aumento
Taxa de aumento/inflação = 0,38 x 100 = 38%
A resposta final para essa questão é: A inflação total desse produto foi de 38%.

REGRA DE TRÊS

Regra de três simples

É um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro valores dos quais
conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já
conhecidos.
Passos utilizados numa regra de três simples
1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e
mantendo na mesma linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.
3º) Montar a proporção e resolver a equação.
Exemplos
1) Com uma área  de absorção de raios solares de 1,2m2, uma lancha com motor movido
a energia solar consegue produzir 400 watts por hora de energia. Aumentando-se essa área
para 1,5m2, qual será a energia produzida?
Solução: montando a tabela:
Área (m2) Energia (Wh)
1,2 400
1,5 x
Identificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que, aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta. Como as palavras
correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são diretamente
proporcionais.
Assim sendo, colocamos uma outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª
coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
Logo, a energia produzida será de 500 watts por hora.

2) Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h, faz um determinado


percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada
fosse de 480km/h?
Solução: montando a tabela:
Velocidade
Tempo (h)
(Km/h)
400 3
480 x
Identificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que, aumentando a velocidade, o tempo do percurso diminui. Como as palavras são
contrárias (aumentando - diminui), podemos afirmar que as grandezas são inversamente
proporcionais.
Assim, colocamos uma outra seta no sentido contrário (para cima) na 1ª
coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos.

3) Bianca comprou 3 camisetas e pagou R$120,00. Quanto ela pagaria se comprasse 5


camisetas do mesmo tipo e preço?
Solução: montando a tabela:
Camisetas Preço (R$)
3 120
5 x
Observe que, aumentando o número de camisetas, o preço aumenta. Como as palavras
correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são diretamente
proporcionais.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, a Bianca pagaria R$200,00 pelas 5 camisetas.


4) Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia, realizou determinada obra em
20 dias. Se o número de horas de serviço for reduzido para 5 horas por dia, em que prazo essa
equipe fará o mesmo trabalho?
Solução: montando a tabela:
Horas por Prazo para término
dia (dias)
8 20
5 x
Observe que, diminuindo o número de horas trabalhadas por dia, o prazo para
término aumenta. Como as palavras são contrárias (diminuindo - aumenta), podemos afirmar
que as grandezas são inversamente proporcionais.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Regra de três composta

A regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta
ou inversamente proporcionais.
Exemplos
1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m3 de areia. Em 5 horas, quantos
caminhões serão necessários para descarregar 125m 3?
Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as grandezas de mesma espécie
e, em cada linha, as grandezas de espécies diferentes que se correspondem:
Hora Caminhõe Volum
s s e
8 20 160
5 x 125
Identificação dos tipos de relação:
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).

A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde está o x. Observe
que, aumentando o número de horas de trabalho, podemos diminuir o número de caminhões.
Portanto a relação é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna).
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número de caminhões. Portanto,
a relação é diretamente proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão
que contém o termo x com o produto das outras razões de acordo com o sentido das setas.
Montando a proporção e resolvendo a equação, temos:
Logo, serão necessários 25 caminhões.

2) Em uma fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5 dias. Quantos


carrinhos serão montados por 4 homens em 16 dias?
Solução: montando a tabela:
Homen
Carrinhos Dias
s
8 20 5
4 x 16
Observe que, aumentando o número de homens, a produção de carrinhos aumenta.
Portanto a relação é diretamente proporcional (não precisamos inverter a razão).
Aumentando o número de dias, a produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação
também é diretamente proporcional (não precisamos inverter a razão). Devemos igualar a
razão que contém o termo x com o produto das outras razões.
Montando a proporção e resolvendo a equação, temos:

Logo, serão montados 32 carrinhos.

3) Dois pedreiros levam 9 dias para construir um muro com 2m de altura. Trabalhando 3
pedreiros e aumentando a altura para 4m, qual será o tempo necessário para completar esse
muro?
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x. Depois colocam-
se flechas concordantes para as grandezas diretamente proporcionais com a incógnita e
discordantes para as inversamente proporcionais, como mostrado abaixo:

Montando a proporção e resolvendo a equação, temos:

Logo, para completar o muro serão necessários 12 dias.

Exercícios complementares
Agora chegou a sua vez de tentar. Pratique tentando fazer esses exercícios:
1) Três torneiras enchem uma piscina em 10 horas. Quantas horas levarão 10 torneiras
para encher 2 piscinas? 
Resposta: 6 horas.
2) Uma equipe composta de 15 homens extrai, em 30 dias, 3,6 toneladas de carvão. Se
for aumentada para 20 homens, em quantos dias conseguirão extrair 5,6 toneladas de carvão?
Resposta: 35 dias.
3) Vinte operários, trabalhando 8 horas por dia, gastam 18 dias para construir um muro de
300m. Quanto tempo levará uma turma de 16 operários, trabalhando 9 horas por dia, para
construir um muro de 225m? 
Resposta: 15 dias.
4) Um caminhoneiro entrega uma carga em um mês, viajando 8 horas por dia, a uma
velocidade média de 50 km/h. Quantas horas por dia ele deveria viajar para entregar essa
carga em 20 dias, a uma velocidade média de 60 km/h? 
Resposta: 10 horas por dia.
5) Com uma certa quantidade de fio, uma fábrica produz 5400m de tecido com 90cm de
largura em 50 minutos. Quantos metros de tecido, com 1 metro e 20 centímetros de largura,
seriam produzidos em 25 minutos? 
Resposta: 2025 metros.

PORCENTAGEM

É frequente o uso de expressões que refletem acréscimos ou reduções em preços,


números ou quantidades, sempre tomando por base 100 unidades. Alguns exemplos:
A gasolina teve um aumento de 15%.
Significa que em cada R$100 houve um acréscimo de R$15,00.
O cliente recebeu um desconto de 10% em todas as mercadorias.
Significa que em cada R$100 foi dado um desconto de R$10,00.
Dos jogadores que jogam no Grêmio, 90% são craques.
Significa que em cada 100 jogadores que jogam no Grêmio, 90 são craques.
Razão centesimal 
Toda a razão que tem para consequente o número 100 denomina-se razão centesimal.
Alguns exemplos:

Podemos representar uma razão centesimal de outras formas:

As expressões 7%, 16% e 125% são chamadas taxas centesimais ou taxas percentuais.


Considere o seguinte problema:
João vendeu 50% dos seus 50 cavalos. Quantos cavalos ele vendeu?
Para solucionar esse problema, devemos aplicar a taxa percentual (50%) sobre o total de
cavalos.

Logo, ele vendeu 25 cavalos, que representa a porcentagem procurada. Portanto,


chegamos à seguinte definição:
Porcentagem é o valor obtido ao aplicarmos uma taxa percentual a um determinado valor.
Exemplos
Calcular 10% de 300.

   
Calcular 25% de 200kg.

Logo, 50kg é o valor correspondente à porcentagem procurada.


Exercícios
1) Um jogador de futebol, ao longo de um campeonato, cobrou 75 faltas, transformando
em gols 8% dessas faltas. Quantos gols de falta esse jogador fez?

Portanto o jogador fez 6 gols de falta.


2) Se eu comprei uma ação de um clube por R$250,00 e a revendi por R$300,00, qual a
taxa percentual de lucro obtida?
Montamos uma equação, onde somando os R$250,00 iniciais com a porcentagem que
aumentou em relação a esses R$250,00, resulte nos R$300,00.

Portanto, a taxa percentual de lucro foi de 20%.

Fator de Multiplicaçao

Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um determinado valor, podemos calcular o


novo valor apenas multiplicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação. Se o
acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim por diante. Veja outros exemplos na
tabela abaixo:

Acréscimo ou Fator de
Lucro Multiplicação
10% 1,10
15% 1,15
20% 1,20
47% 1,47
67% 1,67

Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 temos: 10 * 1,10 = R$ 11,00.


No caso de haver um decréscimo, teremos:
Fator de Multiplicação =  1 - taxa de desconto (na forma decimal)
Veja exemplos na tabela abaixo:

Descont Fator de
o Multiplicação
10% 0,90
25% 0,75
34% 0,66
60% 0,40
90% 0,10

Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos: 10 * 0,90 = R$ 9,00

JUROS

Juros Simples

Juros simples é uma remuneração dada a alguém pela aplicação de seu capital em um
determinando período. Esse regime de juros é calculado aplicando uma taxa em relação ao
capital aplicado inicialmente.
É muito utilizado do dia a dia quando emprestamos dinheiro a outra pessoa, por exemplo.
Ao emprestarmos queremos receber uma quantia a mais pelo empréstimo e isso nada
mais é do que uma vantagem que queremos pelo empréstimo. Uma espécie de: te empresto,
mas quero que me pague a mais por isso.
A pessoa que empresta a outra certa quantia, recebe uma remuneração a mais além do
valor emprestado, e isso é o que denomina juros.
Devemos aplicá-lo a uma transação considerando essas quatros variáveis:
Capital: é o valor aplicado;
Juros: é o acréscimo que recebe pelo valor aplicado;
Tempo: o tempo que é dado para receber o valor aplicado de volta mais os juros;
Taxa: taxa aplicada, em porcentagem, que determina a quantidade de juros incidente
sobre o capital inicial.
Para efeito de cálculo, os juros são diretamente proporcionais ao capital, ao tempo e a
taxa.

Fórmula

Vamos estabelecer que o capital será representado pela letra C, maiúscula, o tempo pela
letra t, minúscula, a taxa por i, também minúscula, e os juros pela letra J, maiúscula. Assim,
temos a seguinte fórmula:

Quando aplicamos esta fórmula, devemos ficar atentos aos seguintes casos:
Se a taxa for ao ano, o tempo deve ser reduzido à unidade de ano;
Caso seja ao mês, o tempo deve ser reduzido à unidade de mês;
Se a taxa for ao dia, o tempo deve ser reduzido à unidade de dia.
Observações:
A taxa i deve ser colocada na forma decimal.
Exemplo: se a taxa for 5%, então i = 0,05, que é a divisão de 5 por 100.
A taxa e o tempo devem está nas mesmas unidades.
Exemplo: se a taxa for 3% ao mês, o tempo também deve ser representado em meses.
Dessa forma, se o tempo estiver em ano, converta-o em meses.

Montante

Chamamos de montante, e é representado pela letra maiúscula M, a soma do capital inicial


mais os juros obtidos na aplicação. Ou seja, quando uma pessoa que aplica um valor, e depois faz
o resgate desse valor aplicado mais os juros recebidos, esse é o montante.

Fórmula para o cálculo do Montante


Para determinarmos o montante, utilizamos a seguinte fórmula:
Onde:
M é o montante;
C é o capital aplicado;
J são os juros aplicados, definido pela primeira fórmula acima.
Observe que os juros são calculados pela fórmula abaixo:
Então, substituindo a formula acima na Fórmula do Montante M, temos:
Portanto, temos que o montante também pode ser calculado pela fórmula:

Juros Compostos

Além dos juros estudados nesse artigo, temos também uma outra forma de calcular juros
que são os juros compostos.
Este tipo de correção financeira é usada com frequência nas instituições financeiras, pois
oferecem uma melhor rentabilidade.
Os juros compostos são aplicados no capital inicial mais os juros dos meses anteriores,
isto é, a partir do segundo mês a rentabilidade é calculada sobre o capital inicial mais os juros
dos meses anteriores.

Exercícios resolvidos
(FEC) Um jovem que trabalha com artes gráficas decidiu comprar um computador para
que pudesse desenvolver melhor suas atividades. Ao decidir pela configuração que precisava
constatou que seriam necessários R$2.490,00 para adquirir o seu computador à vista. Como
isso estava totalmente fora do seu orçamento resolveu negociar a compra do equipamento a
prazo, o que só foi possível mediante acréscimo de juros de 30% ao ano, aplicado ao valor à
vista por oito meses. O pagamento foi feito em oito prestações mensais iguais, cada uma no
valor de:
A) R$ 373,50
B) R$ 498,00
C) R$ 2.988,00
D) R$ 1.992,00
Resolução:
Calculando o valor do acréscimo:

onde:
J: o valor dos juros a ser determinado
C: R$2.490,00 (valor do capital aplicado)
i: 30% a.a. (taxa percentual anual)
t: 8 meses (período de aplicação)
Nas fórmulas de matemática financeira, tanto o prazo da operação (t) como a taxa (i)
devem, necessariamente, está expressos na mesma unidade de tempo.
Assim, transformando a taxa percentual anual, em taxa percentual mensal, temos:
(30% a.a.) ÷ 12 = 2,5% a.m.
Então, temos que:

O Montante a ser pago no final do período da aplicação, ou seja, o capital empregado


mais a rentabilidade adquirida será de:
De acordo com o enunciado, o pagamento foi feito em oito prestações mensais iguais,
então, cada prestação terá um valor de:

Resposta: A

(UFMG) Um consumidor adquiriu determinado produto em um plano de pagamento de 12


parcelas mensais iguais de R$ 462,00, a uma taxa de 5% ao mês. Ele pagou as 10 primeiras
prestações no dia exato do vencimento de cada uma delas. Na data do vencimento da 11ª
prestação, o consumidor decidiu quitar a última também, para liquidar sua dívida. Ele exigiu,
então, que a última prestação fosse recalculada, para a retirada dos juros correspondentes ao
mês antecipado, no que foi atendido. Depois de recalculado, o valor da última prestação
passou a ser de
A) R$ 438,90
B) R$ 441,10
C) R$ 440,00
D) R$ 444,00
Resolução:
Analisando a questão, temos que o consumidor exige que a última parcela seja
recalculada, retirando os juros.
Sendo assim, temos que descontar da última parcela de R$ 462,00, que foi paga 1 mês
antes, 5% de juros.
Logo, devemos realizar o seguinte cálculo para corrigir a taxa: 100% + 5% = 105/100 =
1,05
A taxa de juros em cada parcela foi de um aumento de 5%. Assim, considere P a parcela
sem a aplicação dos juros, então:
1,05 . P = 462 ⇒ P = 462 / 1,05 = 440
Logo, a última parcela será de R$ 440,00, alternativa C

Juros Compostos (como reforço)

Juros compostos são a aplicação de juros sobre juros, isto é, os juros compostos são
aplicados ao montante de cada período.
Juros compostos são muito utilizados pelo sistema financeiro, pois oferece uma
rentabilidade melhor. A taxa de juros é sempre aplicada ao somatório do capital no final de cada
mês.

O Poder dos juros compostos

Se você for uma pessoa disciplinada que consegue poupar uma certa quantia por mês,
terá tranquilamente, após os 60 anos, 1 milhão na conta. Mas é necessário começar a poupar
cedo.
É importante deixar claro que para isso acontecer, você deve procurar uma aplicação que
ofereça uma rentabilidade considerável. Não é difícil encontrar boas aplicações no mercado
para este tipo de aplicação. Um tipo de aplicação conservadora no Brasil é a renda fixa, como
o CDB, por exemplo.
Renda fixa é garantida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) contra falências de bancos
ou qualquer instituição que ofereça este tipo de aplicação, para aplicações até 250 mil reais. Isto
é, caso a instituição venha a falir, o fundo o reembolsa até o o limite de 250 mil reais por
CPF/CNPJ.
A família de renda fixa é grande, os mais conhecidos são: LCI (Letra de Crédito de
Imobiliário), LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), CDB (Certificado de Depósito Bancário), LC
(Letra de Câmbio) e Tesouro Direto.

Quanto poupar por mês?

É importante ter disciplina para atingir um objetivo. Independente da profissão que você
tenha, reserve 20% do seu salário para aplicar em renda fixa.
Com apenas 20% do seu salário já é um ponto de partida para atingir os seu objetivo.
Essa porcentagem não é fixa, se no mês seguinte você conseguir colocar acima desse
percentual, ótimo, pois com os juros compostos, quanto maior o saldo, maior será o rendimento.
Caso você aplique um valor inicial de R$ 1.000,00 e fizesse um aporte mensal de R$
900,00, com uma taxa de juros anual de 6%, em 30 anos você chegaria a 1 milhão de reais.
Veja na tabela abaixo:

Juros
Mês Aportes Juros Total Acumulado
Mensal
0 1.000,00 0 0 1.000,00
1 1.900,00 4,89 4,88 1.904,89
2 2.800,00 9,33 14,22 2.814,22
3 3.700,00 13,78 28,00 3.728,00
4 4.600,00 18,26 46,26 4.646,26
5 5.500,00 22,76 69,02 5.569,02
6 6.400,00 27,28 96,30 6.496,30
7 7.300,00 31,83 128,13 7.428,13
8 8.200,00 36,39 164,52 8.364,52
9 9.100,00 40,98 205,50 9.305,50
10 10.000,00 45,59 251,09 10.251,09
— — — — —
378 341.200,00 4.813,61 646.884,04 988.084,04
379 342.100,00 4.841,61 651.725,65 993.825,65
380 343.000,00 4.869,74 656.595,39 999.595,39

O gráfico abaixo mostra os dados da tabela ao longo do tempo. Perceba que os juros (em
verde) começa a ter um crescimento ascendente e, após o 300º mês, o total em juros ultrapassa
o aporte mensal (em azul).
Dessa forma, o valor acumulado (em vermelho) já contém uma parcela muito significante
de juros do que do aporte mensal.
Diferença entre Juros Simples e Compostos

Podemos elencar algumas características básicas entre os juros simples e compostos:

Juros Simples

Os juros simples rendem mensalmente ou anualmente sobre o valor inicial aplicado;


Os rendimentos em juros simples são iguais, sem alteração a longo prazo;
Tem crescimento linear, como uma reta;

Juros Compostos

Os juros compostos rendem somente no vencimento da aplicação;


Os rendimentos por juros compostos tem crescimento ascendente, isto é, a cada mês os
juros são calculados em cima do capital mais os rendimentos anteriores; isto faz com que os
juros do mês seguinte sejam maiores que o do mês anterior.
Tem crescimento exponencial, cresce muito mais rápido, formando uma curva ascendente.
Para entender melhor veja com fica o montante da aplicação mês a mês com juros
compostos:
Primeiro mês:

Segundo mês:

Terceiro mês:

Quarto mês:

Quinto mês

E assim por diante. Para cada mês os juros são calculados em cima do capital inicial C,
mais os juros mês a mês. Esse tipo de remuneração em juros compostos com o passar do
tempo tende a ser muito rentável. Pois tem um crescimento exponencial.

Fórmula para calcular o Montante em Juros Compostos

Para simplificar, obtemos a fórmula a seguir que representa o montante, ou seja, o valor
final com o capital mais os juros aplicados:

Onde:
M é o montante final obtido na aplicação, ou seja, o saldo após a aplicação do juros;
i é a taxa de juros aplicada, em porcentagem;
C é o capital ou valor inicial aplicado;
t é o tempo total da aplicação.
A taxa de juros i deve ser escrita na forma decimal. Para transformar um número em
decimal, divida ele por 100, pois a taxa é em porcentagem.

Fórmula para calcular Juros Compostos

O cálculo somente dos juros, ou seja, o rendimento que a aplicação obteve, é obtido pela
seguinte fórmula:

Onde:
J são os juros;
M é o montante que pode ser calculado pela fórmula do montante acima;
C é o capital ou valor inicial aplicado.
Importante:
Quando aplicarmos esta fórmula devemos ficar atentos as seguintes regras:
Se a taxa i for ao ano, o tempo t deve ser reduzido à unidade de ano;
Caso a taxa i for ao mês, o tempo t deve ser reduzido a unidade de mês;
Se a taxa i for ao dia, o tempo t deve ser reduzido a unidade de dia.

Como converter a taxa de juros para o período desejado?

Caso haja a necessidade de fazer a conversão da taxa de juros para o período desejado,
podemos utilizar algumas fórmulas.
Taxas proporcionais:
Quando trabalhamos com taxas proporcionais, a conversão pode ser feita utilizando
algumas das fórmulas a seguir:
Exemplos:
Converter de taxa diária para anual:
Taxa anual = taxa diária x número de dias em um ano
Converter a taxa de mensal para anual:
Taxa anual = taxa mensal x números de meses em um ano
Converter a taxa de anual para mensal:
Taxa mensal = taxa anual / números de meses em um ano
Converter de taxa mensal para diária:
Taxa diária = taxa mensal / número de dias do mês
Converter de taxa anual para diária:
Taxa diária = taxa anual / número de dias do ano
Taxas efetivas ou equivalentes:
Quando trabalhamos com taxas efetivas ou equivalentes, a conversão da taxa deve ser
feita utilizando a seguinte fórmula:

Onde:
iq: é a taxa equivalente;
it: a taxa atual de juros;
Q: é o período da taxa equivalente;
T: é o período da taxa atual.
Exemplos:
Converter a taxa anual de 24% para mensal:
iq = (1 + 0,24)^(1/12) – 1 = 0,018 ou 1,81%
Converter a taxa mensal de 2% para anual:
iq = (1 + 0,02)^12 – 1 = 0,2682 ou 26,82%

Exercícios Resolvidos de Juros Compostos


Na aplicação de R$ 1.000,00 durante 5 meses, à taxa de juros de 2% a.m., temos,
contada uma capitalização mensal, 5 períodos de capitalização, ou seja, a aplicação inicial vai
render 5 vezes.
Observando o crescimento do capital a cada período de capitalização, temos:
1º período:
100% ⇒ R$ 1.000,00 (valor inicial aplicado, corresponde a 100%)
102% ⇒ M = R$ 1.020,00 (esta é a nova base de cálculo para o período seguinte, valor
inicial (100%) mais a taxa de juros de 2% ao mês, ou seja, rendimento de 20 reais no primeiro
mês)
Veja na tabela abaixo os rendimentos mês a mês:

CAPITAL MONTANTE

R$ 1.020,00 × 1,02 = R$ 1.040,40
período:

R$ 1.040,40 × 1,02 = R$ 1.061,21
período:

R$ 1.061,21 × 1,02 = R$ 1.082,43
período:

R$ 1.082,43 × 1,02 = R$ 1.104,08
período:

Atenção: o 1,02 vem da fórmula M = C x (1 + i): M = 1.000,00 x (1 + 0,02) = 1.000,00 x


1,02. Obtivemos esse 0,02 de 2% ou 2⁄100 = 0,02.
Portanto, o montante ao final dos 5 meses será R$ 1.104,08.
No cálculo, tivemos:
M = R$ 1.000 × 1,02 × 1,02 × 1,02 × 1,02 × 1,02
M = R$ 1.000 × (1,02)5
M = R$ 1.000 × 1,10408
M = R$ 1.104,08
Este é o montante em um período de 5 meses.
Generalizando, o cálculo  do montante a juros compostos será dado pela expressão
abaixo:

onde:
M é o montante final;
i é a taxa de juros aplicada;
C é o capital ou valor inicial.
Foi o que fizemos acima no cálculo dos rendimentos em cada período.
Para calcular os juros total basta diminuir o montante principal pelo capital aplicado.

J  =  R$1.104,08  –  R$1.000,00$$ = R$104,08


Assim, depois de 5 meses deverá ser pago R$104,08 de juros.
(UFMT) Uma financiadora oferece empréstimo por um período de 4 meses, sob as
seguintes condições:
I) Taxa de 11,4% ao mês, a juros simples;
II) Taxa de 10% ao mês, a juros compostos.
Uma pessoa fez um empréstimo de R$ 10.000,00 optando pela condição I. Em quantos
reais os juros cobrados pela condição I serão menores do que os cobrados pela condição II?
Para calcular os juros da condição I, basta utilizarmos a fórmula de juros simples, logo: J =
C.i.t = 10000 . 0,114 . 4 = 4560
Portanto, em juros simples, será cobrado R$ 4.560,00.
Para calcularmos os juros na condição II, devemos utilizar a fórmula para calcular o
montante de juros compostos, assim: M = C(1 + i)t = 10000(1 + 0,1)4 = 10000 . 1,14 = 10000 .
1,4641 = 14641
Agora que já calculamos o montante, podemos retirar desse valor o total cobrado em juros.
Para isso basta utilizarmos o fórmula: J = M – C = 14641 – 10000 = 4641
Para sabermos qual condição é melhor, devemos realizar a diferença entre os juros
cobrados:
Condição II – Condição I = 4641 – 4560 = 81
Portanto, os juros cobrados na condição I, em juros simples, serão menores que na
condição II, em juros compostos. A diferença é de R$ 81,00.

MÉDIAS

MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES

A média aritmética simples também é conhecida apenas por média. É a medida de


posição mais utilizada e a mais intuitiva de todas. Ela está tão presente em nosso dia a dia que
qualquer pessoa entende seu significado e a utiliza com frequência.
A média de um conjunto de valores numéricos é calculada somando-se todos estes
valores e dividindo-se o resultado pelo número de elementos somados, que é igual ao número
de elementos do conjunto, ou seja, a média de n números é sua soma dividida por n.
Exemplo:
Marcos realizou quatro provas de Matemática no decorrer do ano. Suas notas foram:
1ª prova = 6,0
2ª prova = 7,0
3ª prova = 9,0
4ª prova = 8,0
Para encontrar a média aritmética simples, somamos as notas e dividimos por 4, que é o
número de provas realizadas:

Portanto, a média das notas de Marcos foi 7,5.

MÉDIA PONDERADA

Nos cálculos envolvendo média aritmética simples, todas as ocorrências têm


exatamente a mesma importância ou o mesmo peso. Dizemos então que elas têm o mesmo
peso relativo.
No entanto, existem casos onde as ocorrências têm importância relativa diferente.
Nestes casos, o cálculo da média deve levar em conta esta importância relativa ou peso
relativo. Este tipo de média chama-se média aritmética ponderada.
Ponderar é sinônimo de pesar. No cálculo da média ponderada, multiplicamos cada
valor do conjunto por seu "peso", isto é, sua importância relativa.
Definiçao de média aritmética ponderada
A média aritmética ponderada  p de um conjunto de números x 1, x2, x3, ..., xn cuja
importância relativa ("peso") é respectivamente p 1, p2, p3, ..., pn é calculada da seguinte
maneira:

p  = 
Ou seja, somamos os produtos dos valores pelos seus pesos e dividimos o resultado
pela soma dos pesos.
Exemplo:
Alcebíades participou de um concurso, onde foram realizadas provas de Português,
Matemática, Biologia e História. Essas provas tinham peso 3, 3, 2 e 2, respectivamente.
Sabendo que Alcebíades tirou 8,0 em Português, 7,5 em Matemática, 5,0 em Biologia e 4,0 em
História, qual foi a média que ele obteve?

p =   
Portanto, a média de Alcebíades foi de 6,45.

MÉDIA GEOMÉTRICA

A média geométrica é definida, para números positivos, como a raiz n-ésima do produto
de n elementos de um conjunto de dados.
Assim como a média aritmética, a média geométrica também é uma medida de
tendência central.
É usada com mais frequência em dados que apresentam valores que aumentam de
forma sucessiva.
Fórmula

Onde,
MG: média geométrica
n: número de elementos do conjunto de dados
x1, x2, x3, ..., xn: valores dos dados
Exemplo: Qual o valor da média geométrica entre os números 3, 8 e 9?
Como temos 3 valores, iremos calcular a raiz cúbica do produto.

Aplicações

Como o próprio nome indica, a média geométrica sugere interpretações geométricas.


Podemos calcular o lado de um quadrado que possui a mesma área de um retângulo,
usando a definição de média geométrica.

Sabendo que os lados de um retângulo têm 3 e 7 cm, descubra qual a medida dos lados
de um quadrado com a mesma área.
Uma outra aplicação muito frequente é quando queremos determinar a média de valores
que alteraram de forma contínua, muito usada em situações que envolvem finanças.

Um investimento rende no primeiro ano 5%, no segundo ano 7% e no terceiro ano 6%.
Qual o rendimento médio desse investimento?
Para resolver esse problema devemos encontrar os fatores de crescimento.
1.º ano: rendimento de 5% → fator de crescimento de 1,05 (100% + 5% = 105%)
2.º ano: rendimento de 7% → fator de crescimento de 1,07 (100% + 7% = 107%)
3.º ano: rendimento de 6% → fator de crescimento de 1,06 (100% + 6% = 106%)

Para encontrar o rendimento médio devemos fazer:


1,05996 - 1 = 0,05996
Assim, o rendimento médio dessa aplicação, no período considerado, foi de
aproximadamente 6%.

Exercício Resolvido

Qual é a média geométrica dos números 2, 4, 6, 10 e 30?


Média Geométrica (Mg) = ⁵√2 . 4 . 6 . 10 . 30
MG = ⁵√2 . 4 . 6 . 10 . 30
MG = ⁵√14 400
MG = ⁵√14 400
MG = 6,79

2. Sabendo as notas mensais e bimestrais de três alunos, calcule as suas médias


geométricas.

Aluno Mensal Bimensal


A 4 6
B 7 7
C 3 5

Média Geométrica (MG) Aluno A = √4 . 6


MG = √24
MG = 4,9
Média Geométrica (MG ) Aluno B = √7 . 7
MG = √49
MG = 7
Média Geométrica (MG ) Aluno C = √3 . 5
MG = √15
MG = 3,87

MÉDIA HARMÔNICA

O estudo da média harmônica (incluindo-se as médias geométrica, aritmética simples ou


aritmética ponderada) é, para a estatística, uma ferramenta importante, pois é com base nela
que conseguimos representar um conjunto de dados por um único valor. Há outras medidas
centrais que fazem esse mesmo papel, que são a mediana e a moda.
Quando trabalhamos com grandezas inversamente proporcionais, uma média
interessante para a representação do conjunto de dados é a harmônica, que, junto à média
aritmética e à média geométrica, é conhecida como média pitagórica. Situações como o cálculo
de velocidade média são bastante comuns para o uso de média harmônica, e há problemas
como de escoamento de água ou até mesmo de densidade que podem ser resolvidos por ela.
Descrevemos a média harmônica como a quantidade de elementos no conjunto, divida pela
soma do inverso dos elementos do conjunto.

Quando se usa a média harmônica?

A busca por um valor que representa todo o conjunto é bastante comum, na estatística,
para tomadas de decisões. No entanto, há várias opções para representação de um valor
central, sendo elas: a média aritmética ponderada, a média aritmética simples, a média
geométrica, a mediana e a moda, e a própria média harmônica.
Cada uma delas é conveniente em uma determinada situação. Perceba que não existe
uma medida central universalmente mais precisa para representar o valor central do conjunto,
o que precisamos levar em consideração é a situação que estamos analisando para fazer a
melhor escolha de medida central.
A escolha pelo uso da média harmônica para representação da média de um conjunto
está ligada a situações que envolvem grandezas inversamente proporcionais, por exemplo a
velocidade média, a vazão da água, a densidade, entre outras aplicações na física e na
química. Algumas fórmulas da física, na verdade, surgem da média harmônica.

Fórmula da média harmônica

Então, para calcularmos a média harmônica de um conjunto de dados, precisamos


lembrar o que é o inverso de um número.
Seja x um número qualquer, o inverso de x é representado por:

Observação: Caso o número seja uma fração, para encontrar o inverso dele,


basta invertermos o numerador com o denominador.
Definimos a média harmônica de um conjunto (x 1, x2, x3, ..., xn) com n elementos e todos
diferentes de zero. A média é calculada pela divisão de n pela soma dos inversos dos
elementos. A fórmula é descrita, então, da seguinte maneira:

Mh: média harmônica
n: quantidade de elementos
Como se calcula a média harmônica?
Por exemplo, dado um conjunto A (2, 3, 5, 6, 9), como ele possui cinco elementos, a
média harmônica de A é calculada por:

Para realizar a soma de frações, é necessário encontrar o mínimo múltiplo comum entre


os denominadores:

O m.m.c (2, 3, 5, 6, 9) é igual a 90, logo, é possível realizar a soma das frações no
denominador:
Aplicações da média harmônica

De forma geral, a média harmônica pode ser aplicada em qualquer conjunto numérico de
dados, porém existem situações específicas em que ela se torna a melhor opção a ser
utilizada. Vale ressaltar a importância de analisar se os dados que estamos trabalhando na
situação são inversamente proporcionais.
Segue alguns exemplos de situações-problemas envolvendo média harmônica.

Exemplo 1: Aplicação no cálculo da velocidade média.


Um carro realiza um percurso duas vezes. Na ida, ele faz o percurso com uma
velocidade v1 = 80 km/h. Na volta, ele realiza o mesmo percurso com velocidade de v 2 = 120
km/h. Qual foi a velocidade média ao juntar-se ida e volta?
Análise:
Primeiro o que precisa ficar claro é o motivo de usarmos a média harmônica. Note que a
distância é a mesma, para a ida e para a volta, o que muda é a velocidade e,
consequentemente, o tempo. Se eu aumento a velocidade, o tempo que eu levo para percorrer
uma mesma distância diminuirá, logo, essas grandezas são inversamente proporcionais.
Quando eu estou trabalhando com grandezas inversamente proporcionais, utilizamos a média
harmônica.
Resolução:
Aplicando na fórmula com n = 2:

Calculando o m.m.c (120, 80):

Então temos que:


Exemplo 2: Vazão de torneiras.
Para encher um tanque, uma torneira leva 12 horas. Para encher esse mesmo tanque,
outra torneira leva 6 horas. Caso as duas torneiras fossem abertas ao mesmo tempo, quanto
tempo elas levariam para encher o tanque?
Análise:
Vazão e tempo são grandezas inversamente proporcionais, pois, quanto maior a vazão
da torneira, menor será o tempo que ela levará para encher o tanque. Desse modo,
utilizaremos a média harmônica para encontrarmos o tempo das duas torneiras.
Resolução:

Nesse caso é necessário tomar bastante cuidado, pois 8 horas é o tempo, em média, de
cada uma das duas torneiras. Como elas serão ligadas simultaneamente em um único tanque,
precisamos dividir esse tempo por 2, pois cada torneira leva, em média, 8 horas, então
podemos concluir que o tempo de espera com as duas torneiras ligadas seria de 4 horas.
8 ÷ 2 = 4 horas

Exemplo 3: Aplicação para densidade.


Tem-se três substâncias A, B e C em estado líquido de densidades 2,4 g/cm³ e 3,6
g/cm³ e 3 g/cm³. Caso elas sejam misturadas, com a mesma massa de cada uma delas, qual
seria a densidade dessa mistura?
Análise:
Sabemos que a densidade é inversamente proporcional ao volume e que, nesse caso, a
massa é sempre fixa. Assim, o que está variando é a densidade: se aumenta-se a densidade, o
volume diminui-se, o que mostra que, nesse caso, convém usar média harmônica.
Resolução:
Para facilitar a resolução, vamos primeiro reescrever os números decimais em frações.
Vale ressaltar que o inverso de uma fração é a troca do numerador e do denominador de lugar:

Exercícios resolvidos
Questão 1 - Para evitar o rompimento de uma barragem, foi desenvolvido um plano de
drenagem para escoar todo os resíduos que estavam nela. Para o escoamento, existem dois
tipos de dreno. Um deles é movido a gás e leva 144 horas para escoar todos os resíduos, o
outro é movido à bateria e leva 240 horas para a mesma ação. Sabendo-se que os dois
sistemas de drenagem trabalham com um escoamento constante e que, numa hipótese de
ação emergencial, eles sejam ativados simultaneamente, qual será o tempo gasto, em dias,
para escoar-se todo o resíduo?
a) 7 dias e 12 horas
b) 3 dias e 6 horas
c) 8 dias
d) 10 dias
e) 6 dias e 4 horas
Resolução
1º passo:
Como há dois tipos de dreno, chamaremos de t 1 o tempo de escoamento do primeiro e
de t2 o tempo de escoamento do segundo. Como o tempo gasto está dado em horas, e a
questão o pediu em dias, t 1 e t2 serão divididos por 24 horas, para sabermos quantos dias cada
um deles levaria.
t1 = 144 : 24 = 6 dias
t2 = 240 : 24 = 10 dias
2º passo:
Calcular a média harmônica:

3º passo:
Dividir a média harmônica por dois e transformar a parte decimal em horas:
7,5 dias é o tempo médio, mas, como os dois drenos funcionarão simultaneamente, o
tempo gasto será metade desse valor.
7,5 : 2 = 3,25 dias. Sabemos que 3,25 é o mesmo que 3 dias e 0,25 de um dia. Para
converter em horas: 24 . 0,25 = 6 horas, então o tempo gasto será de 3 dias e 6 horas.
Alternativa E

Questão 2 - Em um laboratório, duas misturas líquidas foram preparadas usando-se


como base duas substâncias distintas. A substância A possui densidade d = 0,6 g/cm³ e a
substância B possui densidade d = 1,1 g/cm³. Caso seja pego mesma porção de massa tanto
para a substância A quanto para a substância B, a densidade dessa mistura, em g/cm³, será:
a) Maior que 0,8
b) Entre 0,7 e 0,75
c) Entre 0,75 e 0,8
d) Entre 0,75 e 0,6
e) Menor que 0,75
Resolução:
Calculando-se a média harmônica, temos que:
Alternativa C

A MÉDIA, MODA E A MEDIANA

São medidas de tendências centrais em um conjunto de dados numéricos utilizadas na


estatística.
O objetivo destes tipos de medidas é resumir um conjunto de dados em um único número
que representa um dado do conjunto.
Média Aritmética
A média de um conjunto de dados (elementos) é a razão entre a soma de todos os
elementos deste conjunto e o total de elementos.
Em estatística para simbolizar a média é usado o número x com um traço em cima.

Onde:
n é o total de números somados.
A média também pode ser simbolizada pelo somatório:

O somatório indica apenas uma soma sucessivas de vários valores, não se assuste com


ele.
Como Calcular a Média?
A média é calculada utilizando a seguinte fórmula:

Onde:
n é o número total de elementos
Exemplo:
Considere o conjuntos de dados:
A = {2, 4, 12, 54, 3}
Assim, a média para o conjunto acima é:
(2 + 4 + 12 + 54 + 3)/5 = 15
A média pode nem sempre representar o conjunto de dados, pois, em alguns casos, em
que os elementos estejam distribuídos de forma não uniforme, podemos ter uma situação
atípica.
Exemplo:
Seja o conjunto de dados referente as idades de 6 pessoas:
A = {2, 3, 5, 7, 2, 90}
Esse é um conjunto de dados em que 5 pessoas são crianças e um adulto (idoso).
Assim, a média de idade é: (2 + 3 + 5 + 7 + 2 + 90)/6 = 18,17
Então, calculando a média de idade do conjunto, encontramos uma média de idade de 18
anos, porém a grande maioria das pessoas do conjunto é de crianças. 18 anos é idade de um
adolescente.
Moda
A Moda (Mo) é o valor que aparece com mais frequência em um conjunto de dados, ou
seja, o valor que aparece um maior número de vezes.
Como Calcular a Moda?
Para calcular a moda de um conjunto de dados só é preciso observar os dados que
aparecem com maior frequência no conjunto.
Exemplos:
Considere o conjunto de dados abaixo:
A = {2, 23, 4, 2, 5}
A moda para esse conjunto é: Mo = 2. É o número que aparece o maior número de vezes.
B = {17, 21, 2, 21, 8, 2}
Neste exemplo, a moda é: Mo = 2 ou 21. Então, podemos dizer que o conjunto B é
bimodal (possui duas modas).
Mediana
A Mediana (Md) é o valor de centro de um conjunto de dados. Para calcular, primeiro
devemos ordenar o conjunto de dados.
Para calcular a mediana:
Devemos ordenar o conjunto de dados em ordem crescente;
Se o número de elementos for par, então a mediana é a média dos dois valores centrais.
Soma os dois valores centrais e divide o resultado por 2: (a + b)/2.
Se o número de elementos for ímpar, então a mediana é o valor central.
Exemplo:
Sejam os conjuntos de dados a seguir:
A = {3, 1, 8}
B = {6, 4, 7, 2}
C = {6, 7, 2, 1, 8}
Vamos seguir os passos para calcular a mediana para o conjunto A:
Ordenar o conjunto: A = {1, 3, 8}
O número de elementos é ímpar, a mediana é o valor central: Md = 3
Vamos, agora, calcular a mediana para o conjunto B:
Ordenar o conjunto: B = {2, 4, 6, 7}
O número de elementos é par, então a mediana são os dois valores centrais dividido por
2: Md = (4 + 6)/2 = 5
Por fim, vamos calcular a mediana do conjunto C:
Ordenar o conjunto: C = {1, 2, 6, 7, 8}
O número de elementos é ímpar, então: Md = 6

Exercício Resolvido

(UFJF-MG: adaptado) A tabela a seguir mostra as notas de 24 alunos em um prova de


Física aplicada, com nota máxima de 100 pontos.

40 20 10 20 70 60
90 80 30 50 50 70
50 20 50 50 10 40
30 20 60 60 10 20

Para a tabela com as notas acima, calcule:


A média das notas;
A frequência relativa da moda;
A mediana das notas apresentadas.
Resolução:
Notas Frequência
90 1
80 1
70 2
60 3
50 5
40 2
30 2
20 5
10 3

A média das notas é: 90 + 80 + (70 x 2) + (60 x 3) + (50 x 5) + (40 x 2) + (30 x 2) + (20 x
5) + (10 x 3 ) / 24 = 42,1
A moda é: Mo = 50 ou 20
A frequência relativa da moda é: 5⁄24 = 0,21 = 21⁄100 = 21%
24 é o somatório das frequências e 5 a frequência da nota que mais aparece na tabela.
Para calcular a mediana temos que organizar as notas em ordem crescente:
(10, 10, 10, 20, 20, 20, 20, 20, 30, 30, 40, 40, 50, 50, 50, 50, 50, 60, 60, 60, 70, 70, 80,
90)
Como o conjunto de elementos é formado por um número par de elementos, então a
mediana é soma dos dois valores centrais dividido por 2.
A mediana é: Md = (40 + 50) / 2 = 45

PROBABILIDADE

Introdução

A história da teoria das probabilidades teve início com os jogos de cartas, dados e de
roleta. Esse é o motivo da grande existência de exemplos de jogos de azar no estudo da
probabilidade. A teoria da probabilidade permite que se calcule a chance de ocorrência de um
número em um experimento aleatório.
Experimento aleatório
É aquele experimento que, quando repetido em iguais condições, pode fornecer
resultados diferentes, ou seja, são resultados explicados ao acaso. Quando se fala de tempo e
possibilidades de ganho na loteria, a abordagem envolve cálculo de experimento aleatório.
Espaço amostral
É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. A letra que
representa o espaço amostral é S.
Exemplo:
Lançando uma moeda e um dado, simultaneamente, sendo S o espaço amostral,
constituído pelos 12 elementos:
S = {K1, K2, K3, K4, K5, K6, R1, R2, R3, R4, R5, R6}
Escreva explicitamente os seguintes eventos:
A={caras e um número par aparece}
B={um número primo aparece}
C={coroas e um número ímpar aparecem}
 
Idem, o evento em que:
a) A ou B ocorrem;
b) B e C ocorrem;
c) Somente B ocorre.
Quais dos eventos A, B e C são mutuamente exclusivos?
Resolução:
Para obter A, escolhemos os elementos de S constituídos de um K e um número par:  
A={K2, K4, K6};
Para obter B, escolhemos os pontos de S constituídos de números primos:
B={K2,K3,K5,R2,R3,R5};
Para obter C, escolhemos os pontos de S constituídos de um R e um número ímpar:
C={R1,R3,R5}.
(a) A ou B = AUB = {K2,K4,K6,K3,K5,R2,R3,R5}
(b) B e C = B C = {R3,R5}
(c) Escolhemos os elementos de B que não estão em A ou C:
B    Ac     Cc   =   {K3,K5,R2}
A e C são mutuamente exclusivos, porque A   C = 

Conceito de probabilidade

Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a


probabilidade de ocorrer um evento A é:

Por, exemplo, no lançamento de um dado, um número par pode ocorrer de 3 maneiras


diferentes dentre 6 igualmente prováveis, portanto, P = 3/6= 1/2 = 50%.
Dizemos que um espaço amostral S (finito) é equiprovável quando seus eventos
elementares têm probabilidades iguais de ocorrência. Num espaço amostral equiprovável S
(finito), a probabilidade de ocorrência de um evento A é sempre:

Propriedades importantes:
1. Se A e A’ são eventos complementares, então:
P(A) + P(A') = 1
2. A probabilidade de um evento é sempre um número entre 0 (probabilidade de evento
impossível) e 1 (probabilidade do evento certo).

Teoria da Probabilidade
É o ramo da Matemática que estuda experimentos ou fenômenos aleatórios e através
dela é possível analisar as chances de um determinado evento ocorrer.
Quando calculamos a probabilidade, estamos associando um grau de confiança na
ocorrência dos resultados possíveis de experimentos, cujos resultados não podem ser
determinados antecipadamente.
Desta forma, o cálculo da probabilidade associa a ocorrência de um resultado a um valor
que varia de 0 a 1 e, quanto mais próximo de 1 estiver o resultado, maior é a certeza da sua
ocorrência.
Por exemplo, podemos calcular a probabilidade de uma pessoa comprar um bilhete da
loteria premiado ou conhecer as chances de um casal ter 5 filhos todos meninos.

Experimento Aleatório

Um experimento aleatório é aquele que não é possível prever qual resultado será
encontrado antes de realizá-lo.
Os acontecimentos deste tipo quando repetidos nas mesmas condições, podem dar
resultados diferentes e essa inconstância é atribuída ao acaso.
Um exemplo de experimento aleatório é jogar um dado não viciado (dado que apresenta
uma distribuição homogênea de massa) para o alto. Ao cair, não é possível prever com total
certeza qual das 6 faces estará voltada para cima.

Fórmula da Probabilidade

Em um fenômeno aleatório, as possibilidades de ocorrência de um evento são


igualmente prováveis.
Sendo assim, podemos encontrar a probabilidade de ocorrer um determinado resultado
através da divisão entre o número de eventos favoráveis e o número total de resultados
possíveis:

Sendo:
p(A): probabilidade da ocorrência de um evento A
n(A): número de casos que nos interessam (evento A)
n(Ω): número total de casos possíveis

Exemplos
1) Se lançarmos um dado perfeito, qual a probabilidade de sair um número menor que
3?

Solução
Sendo o dado perfeito, todas as 6 faces têm a mesma chance de caírem voltadas para
cima. Vamos então, aplicar a fórmula da probabilidade.
Para isso, devemos considerar que temos 6 casos possíveis (1, 2, 3, 4, 5, 6) e que o
evento "sair um número menor que 3" tem 2 possibilidades, ou seja, sair o número 1 ou o
número 2. Assim, temos:

2) O baralho de cartas é formado por 52 cartas divididas em quatro naipes (copas, paus,
ouros e espadas) sendo 13 cartas de cada naipe. Dessa forma, se retirar uma carta ao acaso,
qual a probabilidade de sair uma carta do naipe de paus?

Solução
Ao retirar uma carta ao acaso, não podemos prever qual será esta carta. Sendo assim,
esse é um experimento aleatório.
Neste caso, o número de cartas corresponde ao número de casos possíveis e temos 13
cartas de paus que representam o número de eventos favoráveis.
Substituindo esses valores na fórmula da probabilidade, temos:

Espaço Amostral

Representado pela letra Ω, o espaço amostral corresponde ao conjunto de resultados


possíveis obtidos a partir de um experimento aleatório.
Por exemplo, ao retirar ao acaso uma carta de um baralho, o espaço amostral
corresponde às 52 cartas que compõem este baralho.
Da mesma forma, o espaço amostral ao lançar uma vez um dado, são as seis faces que
o compõem:
Ω = {1, 2, 3, 4, 5 e 6}.

Tipos de Eventos

O evento é qualquer subconjunto do espaço amostral de um experimento aleatório.


Quando um evento é exatamente igual ao espaço amostral ele, é chamado de evento
certo. Ao contrário, quando o evento é vazio, ele é chamado de evento impossível.
Exemplo
Imagine que temos uma caixa com bolas numeradas de 1 a 20 e que todas as bolas são
vermelhas.
O evento "tirar uma bola vermelha" é um evento certo, pois todas as bolas da caixa são
desta cor. Já o evento "tirar um número maior que 30", é impossível, visto que o maior número
na caixa é 20.
Análise Combinatória
Em muitas situações, é possível descobrir de forma direta o número de eventos
possíveis e favoráveis de um experimento aleatório.
Entretanto, em alguns problemas, será necessário calcular esses valores. Neste caso,
podemos utilizar as fórmulas de permutação, arranjo e combinação de acordo com a situação
proposta na questão.

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