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INTRODUÇÃO
Segundo um estudo realizado por Chitara (2003) citado por Juizo (2014), até 2003, Moçambique
contava com 19 milhões de hectares de floresta nativa e 36 mil hectares de florestas plantadas.
Alem disso, há aproximadamente 20 milhões de hectares com vocação florestal. A baixa
produtividade em madeira das florestas nativas tropicais e a incorporação de novos valores,
como os créditos de carbono, tem encorajado o estabelecimento de plantações de espécies de
género Eucalyptus spp, que também são utilizadas para fins madeireiros, prevalecendo ainda
plantios florestais orientados para a conservação do solo, da agua, da fauna e da flora.
Como forma de reduzir essas dificuldades, algumas providencias tem sido tomadas, melhorando
o aproveitamento dos toros, principalmente quando se aplicam alguns procedimentos de
desdobro e métodos de secagem de madeira serrada que são vistos como fundamentais para
obtenção de um melhor rendimento em espécies de rápido crescimento e que possuem altos
níveis de tensões de crescimento. No entanto a avaliação da eficiência de conversão de toros em
madeira serrada permite saber se os procedimentos que estão sendo utilizados permitem ou não o
maior aproveitamento da madeira e com isso melhorar ou manter o método em aplicação (Juizo,
2014).
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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
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II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Madeira serrada é aquela que resulta directamente do desdobro de toras, constituída de peças
cortadas longitudinalmente por meio de serra, independentemente de suas dimensões, de secção
rectangular ou quadrada (ROCHA, 2002).
De acordo com Ramade (2003), são vários os factores que intervêm na produtividade de uma
serraria, pois estes podem ser devido as qualidades das próprias toras, ou mesmo devido ao
processo de produção usado na serraria, e que por sua vez não podem ser analisados de forma
isolada.
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O rendimento em serraria é afectado pela interacção de diversos factores, nomeadamente
diâmetro, comprimento, conicidade e a qualidade das toras (isenção de defeitos); espessura de
corte, decisões pessoais do operador, tipos, condições de funcionamento e manutenção dos
equipamentos; métodos de processamento e número alternativo de produtos, além da
possibilidade de aproveitamento dos sub-produtos (costaneiras, cavacos, refilos, destopos e até a
serragem) ( SANTANA, 2002).
Segundo Santana (2002), a produtividade de uma serraria pode ser influenciada por diversos
factores, porém dois aspectos se destacam entre os demais: Qualidade e Características da Tora e
a Técnica de Desdobro.
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defeito repercute tanto no aproveitamento longitudinal como transversal, conduzindo a
obtenção de pequenas peças e excessivo seccionamento das toras. A presença de
encurvamento na tora reflecte-se na produção de peças de menor largura, afectando o
volume do material serrado e, consequentemente, a eficiência. A figura 2 mostra este
efeito.
Diâmetro da tora: Não basta apenas o diâmetro ser apenas maior na base do tronco,
deve haver uma relação equitativa entre o diâmetro da base e do topo. De maneira geral,
quanto maior o diâmetro na ponta fina, maior o rendimento do processo de desdobro. Isso
se dá pela maior possibilidade de arranjos e encaixes de peças de tamanho comercial com
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o crescimento do diâmetro ( SANTANA, 2002).
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características, destacam-se: densidade, disposição dos elementos estruturais, teor de humidade,
presença de componentes químicos, entre outras características (ROCHA, 2002).
A idade de corte das árvores é um dos factores preponderantes para se obter um material de
qualidade. Não basta obter árvores de grande diâmetro, mas sim árvores com madeira adulta para
garantir a estabilidade da madeira, uma vez que a qualidade da madeira é directamente
proporcional à quantidade de madeira adulta presente na peça. E os valores de resistência
crescem significativamente com o aumento da idade da árvore. (VITAL, 2008)
De acordo com Santana (2002), de forma geral, em relação a técnica de desdobro os factores
que mais influenciam na conversão de toras em madeira serrada são:
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Sistema de desdobro e diagramas de corte: podem variar de acordo com o propósito da
serraria, características do produto a ser produzido e características da matéria-prima.
Desse modo, o planeamento e análise adequada desses parâmetros irão direccionar a
escolha do sistema de desdobro a ser aplicado, optimizando assim o processo e
contribuindo para o nível de rendimento da serraria (SANTANA, 2002).
Conforme Vital (2008), outro factor de ordem técnica que afecta a eficiência e rendimento de
conversão de toras em madeira serrada, é o equipamento ideal. segundo o mesmo autor, cada
equipamento de desdobro apresenta um conjunto de características que o indicam para um certo
tipo de madeira e certas características da tora. Cada equipamento possui suas próprias
característicos de concessão que devem ser conhecidas e que interferem produção,
produtividade, eficiência e rendimento volumétrico.
O correcto posicionamento e orientação da tora para o desdobro são importantes, pois uma
abertura de corte inadequada pode significar grandes perdas em volume ou qualidade da madeira.
A tora deverá ser fixada firmemente e com um correcto alinhamento durante o transporte e
passagem pela serra. O sistema integrado de desdobro deverá estar suficientemente equilibrado
para produzir pequenas espessuras de fio de serra, cortes alinhados, com ferramentas bem
preparadas e afiadas, visando à produção de superfícies planas e com velocidade de alimentação
em níveis aceitáveis. Os factores inerentes às condições operacionais da serra também podem
influenciar no rendimento obtido, como tipo de dentes, relação largura da trava ou espessura da
lâmina, tensão da lâmina e espaçamento entre os dentes da serra. A espessura do corte é outro
factor relacionado com o equipamento que muito influencia no rendimento (VITAL, 2008).
1. Gimnospermicas
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Os toros resistem menos ao serem cortados.
2. Angiospermicas
As serrações podem ser classificadas mediante diferentes critérios e, de acordo com Casado
(1997) e Sánchez (1986) citados por Guacha (2003), elas podem ser classificadas quanto a sua
capacidade de produção, o seu carácter de instalação e segundo o tipo de serra.
Segundo Egas (2000) citado por Zeca Quanto a capacidade de produção as serrações podem ser
classificadas em:
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Serração semi-permanente: neste tipo, os componentes são os mesmos que a serrarão
móvel, no entanto, a diferença reside no facto da sua instalação ser sobre uma estrutura
de madeira ou de aço para fácil desmontagem e montagem num outro local;
Serração permanente: montada num local com a projecção de operar toda sua vida útil
no mesmo sítio (EGAS, 2000).
De acordo com a maquinaria principal baseia-se no tipo de serra que é utilizada na máquina
principal. Desta forma as serrações podem ser de serra múltipla alternativa, de serra circular e de
serra de fita” (EGAS, 2000).
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Tal como nos indicadores da eficiência de conversão em volume, também existem dois indicadores
da eficiência de conversão em valor, nomeadamente: valor por metro cúbico da madeira serrada e
valor por metro cúbico de toros. O valor por metro cúbico representa fielmente a qualidade dos toros
que estão sendo processados num dado momento e, portanto mantendo constante as demais
condições, a medida que a qualidade dos toros seja maior, o valor por metro cúbico de madeira
serrada também aumentará. Este indicador é obtido a partir da relação entre o preço de venda da
madeira serrada e o seu respectivo volume. O valor por metro cúbico de toros espelha tanto a
qualidade dos toros como o rendimento volumétrico total; a medida que ambos parâmetros são
maiores também será maior o valor destes indicadores”. Determina-se a partir da relação entre o
valor da madeira serrada produzida e o volume de toros utilizados (EGAS, 2000).
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Para a produção de madeira serrada de qualidade, os tratos silviculturais devem ser postos em
pratica desde o momento de plantio ate a colheita. A eficiência de conversão de toros em
madeira serrada depende da qualidade e características dos toros, das técnicas a serem utilizadas
e da qualidade da mão de obra. No que diz respeito a qualidade e características dos toros, tem-
se a conicidade, o diâmetro, a altura e a tortuosidade dos toros que influenciam directamente o
rendimento da madeira serrada. O nível tecnológico e operação dos equipamentos a espessura e
afiação das serras e o sistema de desdobro e diagramas de corte, também
influenciam significamente no rendimento da madeira serrada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ROCHA, M. P. Técnicas de planejamento em serrarias. Série Didática FUPEF, Curitiba, n.
02/01, 121 p., 2002.
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