Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
POSITIVISMO, NEOCONSTITUCIONALISMO
E ATIVISMO JUDICIAL
Luis Fernando Barzotto*
Nossas leis não são conhecidas por todos, elas são um segredo do
pequeno grupo de aristocratas que nos domina (...). Talvez nem e-
xistam essas leis que tentamos adivinhar. Há um pequeno partido
que realmente defende essa opinião e procura demonstrar que, se
existe uma lei, ela só pode rezar: o que a aristocracia faz, é lei.
Franz Kafka, “Sobre a questão das leis”
Uma função da Suprema Corte é manter a paz entre grupos sociais
rivais, que aderem a princípios rivais e incompatíveis de justiça. (...)
A Suprema Corte não invoca nossos princípios morais compartilha-
dos, pois a nossa sociedade como um todo não tem nenhum.
Alasdair MacIntyre, “Depois da virtude”
Preliminares
*
Professor da Faculdade de Direito e do Programa de Pós-graduação em Direito da Universi-
dade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
161
161
Parte II – Filosofia do Direito e Hermenêutica Jurídica
1
FUKUYAMA, Francis, Nosso futuro pós-humano, p. 129.
162
Perspectivas do Discurso Jurídico: Argumentação, hermenêutica e cultura
2
KELSEN, Hans. La dottrina pura del diritto (tradução italiana de Mario Losano da segunda
edição alemã da Teoria Pura do Direito), p. 76. De agora em diante: DPD.
3
KELSEN, Hans. General theory of law and state., p. 13.
4
KELSEN, Hans. O que é a justiça?, p. 223.
163
Parte II – Filosofia do Direito e Hermenêutica Jurídica
5
DPD, p. 50.
6
KELSEN, Hans. General theory, op. cit,, p. 21.
7
KELSEN, Hans. General theory, op.cit,, p. 19.
8
DPD, p. 19.
9
KELSEN, Hans. A justiça e o direito natural, p. 115.
164
Perspectivas do Discurso Jurídico: Argumentação, hermenêutica e cultura
1.2 A norma
10
DPD, p. 13.
11
DPD, p. 13.
12
KELSEN, Hans. Teoria generale delle norme, p. 4.
165
Parte II – Filosofia do Direito e Hermenêutica Jurídica
13
DPD, p. 252.
14
DPD, p. 217.
15
DPD, p. 226.
16
DPD, p. 20.
166
Perspectivas do Discurso Jurídico: Argumentação, hermenêutica e cultura
17
DPD, p. 386.
18
DPD, p. 300.
167
Parte II – Filosofia do Direito e Hermenêutica Jurídica
dada pela norma que prescreve que toda sentença deve ser considerada
válida enquanto não for anulada por um tribunal revisor. Mas isso significa
simplesmente que a sentença, legal ou ilegal, é válida enquanto não for
anulada, ou em termos de Kelsen, que o juiz está autorizado a prolatar
sentenças legais ou sentenças ilegais. A estrutura hierárquica do ordena-
mento não permite apenas explicar a validade da legalidade, mas também
a validade da ilegalidade.
Assim, levando às últimas consequências a ideia de que o juiz cria
direito por um ato de vontade, e que sua interpretação, como foi visto
acima, é função do querer (vontade) e não do conhecimento (razão), Kel-
sen é levado a afirmar: “A interpretação da parte do órgão que aplica o
direito é sempre autêntica. Ela cria direito (...). Observe-se que com inter-
pretação autêntica (isto é, interpretação de uma norma da parte do órgão
jurídico que deve aplicá-la), se pode realizar não somente uma das possibi-
lidades reveladas pela interpretação teorética da norma a ser aplicada,
mas se pode antes produzir uma norma totalmente fora da moldura cons-
tituída pela norma a ser aplicada” (não há grifo no original).19
O juiz pode assumir uma dupla postura. Na primeira delas, em
que permanece no interior da moldura da norma geral, ele apresenta-se
como uma curiosa síntese entre um lexicógrafo e um apostador. Como
lexicógrafo ele lista possibilidades semânticas, e como apostador ele ele-
ge, sem base racional, uma das possibilidades linguísticas. Na segunda
postura, ele também escolhe uma norma individual qualquer, ainda que
fora da moldura da norma geral. O que permanece constante nas duas
hipóteses é a decisão sem fundamentação racional.
Mas o que guia o juiz na sua escolha? A sua própria perspectiva
política ou moral. Como não há um critério jurídico, objetivo, para decidir
entre as possibilidades, este critério só pode ser extrajurídico, subjetivo:
“o órgão encarregado de aplicar a norma pode atribuir a estas soluções
[possíveis] valores diferentes se elas são consideradas do ponto de vista
político ou moral. Ele tem a competência de escolher aquela que lhe pare-
ce a mais apropriada.”20 Ou seja, a mais apropriada segundo o único crité-
rio disponível na teoria dos valores kelseniana, a própria subjetividade: “o
juízo de valor é determinado por fatores emotivos, e assim, essencialmen-
te subjetivo, válido apenas para o sujeito que julga.”21
Assim, para Kelsen o direito judicial consiste exclusivamente no
ato de vontade do juiz, qualquer que seja ele, e é portanto supérfluo per-
19
DPD, p. 388.
20
KELSEN, Hans. Théorie pure du droit, p. 138.
21
KELSEN, Hans. General Theory, cit., p.6.
168
Perspectivas do Discurso Jurídico: Argumentação, hermenêutica e cultura
169
Parte II – Filosofia do Direito e Hermenêutica Jurídica
certo Schulze de pagar-lhe 1000. Não se pode querer aquilo do qual nada
se sabe.”22
Como a vontade só pode querer o que se conhece, e o legislador
não conhece os casos futuros, a sentença deixa de referir-se à “vontade do
legislador” para vincular-se somente à “vontade do juiz”. Sem o princípio
de dedução, perde-se a conexão racional entre o universal da lei, o caso e
a sentença como proposição particular.23 Mas isto obviamente é um pro-
blema só para aqueles que veem um nexo constitutivo entre direito e
razão. O juiz kelseniano está ocupado somente com a coerção física que
vai aplicar, e não com a coerção lógica que se impõe à sua atividade.
22
KELSEN, Hans. Teoria generale delle norme, p. 390.
23
Cf. Neil MACCORMICK, Retórica e Estado de Direito, caps. 3 e 4.
24
WEBER, Max. Economia y sociedad,, p. 174.
25
WEBER, Max. Economia y sociedad, p. 174.
26
WEBER, Max. Economia y sociedad, p.511.
170
Perspectivas do Discurso Jurídico: Argumentação, hermenêutica e cultura
2. Neoconstitucionalismo
27
KELSEN, Hans. Teoria generale delle norme, p. 387.
28
DWORKIN, Ronald. Levando os direitos a sério, p. 266.
29
MANENT, Pierre. La cité de l’homme, p. 164.
171
Parte II – Filosofia do Direito e Hermenêutica Jurídica
30
Note-se que não é o conceito de direitos humanos como tal que é criticado neste texto, mas
somente a sua apropriação individualista e pós-metafísica por correntes contemporâneas
como o neoconstitucionalismo. Para uma tentativa duplamente anacrônica (metafísica e não-
individualista) de fundar os direitos humanos cf. o capítulo “Direitos Humanos” in BARZOTTO,
Luis Fernando. Filosofia do Direito. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2010.
31
MANENT, Pierre. La cité de l’homme, p. 199.
172
Perspectivas do Discurso Jurídico: Argumentação, hermenêutica e cultura
2.2 Os direitos
32
MANENT, Pierre. Cours familier de philosophie politique, p.165.
33
DWORKIN, Ronald. O direito da liberdade, p. 551.
173
Parte II – Filosofia do Direito e Hermenêutica Jurídica
34
ZAGREBELSKY, Gustav. El derecho dúctil, pp. 109-110.
35
POZZOLO, Susana. “O neoconstitucionalismo como último desafio ao positivismo jurídico”,
p. 82.
36
POZZOLO, Susana, “O neoconstitucionalismo”, cit., p. 118.
174
Perspectivas do Discurso Jurídico: Argumentação, hermenêutica e cultura
37
ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo, p. 444.
38
ALEXY, Robert. Teoria de los derechos fundamentales, p. 83.
175
Parte II – Filosofia do Direito e Hermenêutica Jurídica
39
SCHMITT, Carl. Los tres modos de pensar la ciencia jurídica, p. 25.
176
Perspectivas do Discurso Jurídico: Argumentação, hermenêutica e cultura
40
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos, p. 37
41
BOBBIO, Norberto. A era, cit., p. 24.
42
A análise que se segue é baseada em Alasdair MACINTYRE, “Depois da virtude”, caps 1 a 3.
177
Parte II – Filosofia do Direito e Hermenêutica Jurídica
43
MACINTYRE, Alasdair. Depois da virtude, p. 25.
178
Perspectivas do Discurso Jurídico: Argumentação, hermenêutica e cultura
44
Em um debate televisivo sobre o aborto de anencéfalos ocorrido no Rio Grande do Sul, as
opiniões conflitantes sobre o tema eram: “o aborto do anencéfalo é juridicamente lícito em
virtude do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana” e “o aborto do anencéfalo
é juridicamente ilícito em virtude do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana”.
45
Para uma defesa do controle político de constitucionalidade, em que direitos humanos ou
outros princípios ético-políticos podem ser invocados de um modo contra-majoritário, cf. Luis
Fernando BARZOTTO, “O guardião da constituição” in MARTINS, Ives Gandra da Silva (org). A
constituição de 1988 reavaliada (no prelo). O que se critica no presente texto não é o necessá-
rio limite constitucional ao poder democrático, mas o caráter anti-político que a invocação aos
direitos tem no pensamento neoconstitucionalista, fundado na sua antropologia individualista.
179
Parte II – Filosofia do Direito e Hermenêutica Jurídica
prescreve a pena para seu crime. 46 Ora, diante de uma decisão baseada
diretamente nos direitos, sem referência à lei, como o juiz pode legitimar
sua decisão? Sua visão dos direitos é melhor que a visão das partes? Mas o
conteúdo dos direitos não consiste precisamente no que divide a comuni-
dade? Se “igualdade”, “liberdade”, “segurança” são conceitos que dividem
ideologicamente socialistas, social-democratas, liberais e conservadores,
como pode legitimar-se uma decisão que apele diretamente a eles como
fundamento? Se a concepção ideologicamente dominante venceu no
âmbito político pela regra da maioria, porque deve ser revisada? Será por
que não é a ideologia “correta”? A constituição possui uma única ideologia
ou só pode ser lida por uma ideologia particular?
O problema aqui criado é que o neoconstitucionalista declara o
juiz supérfluo, uma vez que o saber técnico-jurídico não coloca o juiz em
vantagem em relação a qualquer um dos seus concidadãos quando se
trata de determinar o significado de “liberdade religiosa”, “liberdade de
expressão” ou “igualdade”: “se os princípios da justiça são imediatamente
os direitos humanos, porque sua efetivação seria reservada aos juízes? Os
juízes até aqui administraram a justiça porque eles detinham a ciência do
direito e das leis. Desde que a mediação do direito e das leis é substituída
pelo apelo aos direitos humanos, a mediação do juiz perde a razão de ser.
Cada ser humano é, em princípio, capaz de ter conhecimento dos direitos
humanos e de aplicar este conhecimento aos casos que lhe interessam.
Mas esta é exatamente a definição que os primeiros autores liberais, e em
particular Locke, dão do estado de natureza! O poder dos juízes tem o
risco de nos levar ao estado de natureza, que é o outro nome do estado de
guerra.”47
Quando o juiz neoconstitucionalista abandona o artificialismo do
direito positivo para recorrer diretamente aos direitos humanos, ele nos
convida a abandonarmos o estado civil e voltar ao estado de natureza. Os
conflitos jurídicos deixam de ser pensados a partir da referência a uma lei
comum e passam a ser concebidos em termos de direitos naturais sem a
mediação institucional da lei criada pela cidadania. Mas aqui, o próprio
judiciário, enquanto realidade institucional, está deslocado. No estado de
natureza só existem direitos, não instituições. Isso significa que não há
leis, mas também não há juízes.
46
ATRIA, Fernando. La forma del derecho, p. 215.
47
MANENT, Pierre. Cours familier de philosophie politique, p. 311.
180
Perspectivas do Discurso Jurídico: Argumentação, hermenêutica e cultura
Considerações finais
O artigo iniciou perguntando-se sobre qual poderia ser a influên-
cia de uma determinada teoria do direito sobre o julgador. Duas influentes
teorias do direito do século XX foram examinadas: o positivismo e o neo-
constitucionalismo.
Ao iniciar a conclusão, vem à mente a famosa frase de Marx: a
história é vivida duas vezes. Na primeira, ela ocorre como tragédia, na
segunda vez ela é experimentada como farsa.
O positivismo remonta à tentativa hobbesiana de pacificar uma
sociedade lacerada pelas divisões confessionais e pela emergente econo-
mia de mercado. Neste contexto, a legitimação da vontade do soberano
como exclusiva fonte do direito impunha-se como a única possibilidade de
convívio razoável. Contudo, em Hobbes havia uma tentativa de fundamen-
tação racional desta atitude, a partir de uma sofisticada doutrina da lei
natural. Ou seja, em Hobbes, a lei natural fornece razões para obedecer ao
soberano e procurar a paz. Ao contrário, o ceticismo moral positivista, ao
desvincular o ato de vontade do soberano de uma justificação racional,
termina por entregar a práxis jurídica e política à irracionalidade: “O com-
portamento exterior do homem não se diferencia muito do animal: os
peixes grandes devoram os peixes pequenos, tanto no reino animal como
no reino dos homens. Quando, porém, um ‘peixe humano’ age desta for-
ma impulsionado pelo instinto, procura justificar sua conduta perante si
próprio e a sociedade e aplaca sua consciência com a ideia de que seu
comportamento em relação ao seu semelhante é bom”48 Para o positivis-
mo, no aquário da vida social, há apenas peixes grandes dominadores e
peixes pequenos dominados, e o juiz, desvinculado da lei feita pelos peixes
pequenos, é apenas o menor dos peixes grandes.
O neoconstitucionalismo tem sua gênese na afirmação liberal dos
direitos naturais, que levaram aos acontecimentos políticos decisivos do
Ocidente. A afirmação de direitos naturais permitia criticar todos os cons-
trangimentos sociais e históricos que eram postos como obstáculos à
plena realização da pessoa humana. Mas isto estava vinculada a uma
noção de natureza humana que, inverossímil na sua fundamentação, re-
metendo a uma natureza humana destituída da sua sociabilidade, recolhia
de fato o melhor da tradição ocidental, a filosofia grega e a ética judaico-
cristã. Ao mesmo tempo, o liberalismo tinha clareza acerca das condições
do convívio civil: a defesa dos direitos não se dará contra o autogoverno
democrático, mas por meio deste: “é para assegurar esses direitos que
governos são instituídos entre os homens” (Declaração de Independência
Americana); “a finalidade de toda associação política é a conservação dos
48
KELSEN, Hans. “O que é justiça?”, p. 9.
181
Parte II – Filosofia do Direito e Hermenêutica Jurídica
49
LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil, cap. IX, p. 124.
50
ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco, V, 6, 1134a.
51
ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco V, 4, 1132a.
52
ARISTÓTELES, Retórica, II, 13, 1374b.
182
Perspectivas do Discurso Jurídico: Argumentação, hermenêutica e cultura
justo político determinado pela lei. O juiz vai corrigir a lei estabelecendo
“o que o próprio legislador determinaria, se presenciasse o caso ou viesse
a tomar conhecimento da situação.”53 O padrão de correção da lei é inter-
no à praxis legislativa da própria comunidade.
Esta conexão conceitual entre juiz e lei, central à tradição demo-
crática do Ocidente (ao povo é aplicada a lei que ele próprio produziu)
pode receber os seguintes esclarecimentos quanto à questão da imparcia-
lidade, essencial ao conceito de juiz. Para Ihering, “a lei é a melhor garan-
tia contra a parcialidade; ela faz possível a missão do juiz, dando ao direito
uma existência material e exteriormente reconhecível.”54 Sem um direito
“exteriormente reconhecível”, a comunidade não pode identificar na
sentença a aplicação de um direito objetivamente estabelecido. A lei deste
modo viabiliza a imparcialidade, tornando o juiz vinculado somente ao
direito estabelecido na lei, fornecendo a ele um padrão externo à opinião
pública, aos poderes políticos ou às forças sociais. Quem recorre ao juiz
quer um juízo independente de influências estranhas ao direito, e por isso
quer que o juiz se vincule à lei, e apenas à lei: “Em um Estado democráti-
co, o juiz é também independente e não deve ser um instrumento político.
A independência do juiz não pode ser outra coisa senão outro aspecto da
sua dependência da lei (...). Tudo o que o juiz faz como juiz se encontra
normativamente determinado.”55
Pode-se dizer que em relação ao direito entendido como justo
político, positivismo e neoconstitucionalismo representam desvios simé-
tricos. O positivismo nega que o direito esteja relacionado com o justo, o
neoconstitucionalismo nega que este justo seja político. Assim, para o
positivista o direito é de tal modo politizado que ele identifica-se com a
vontade do poder. Para o neoconstitucionalista, o direito é despolitizado
de tal modo que passa a valer na forma de direitos de um estado de natu-
reza pré-político. Tanto em um caso como outro, não há juiz, porque não
há um terceiro imparcial que vincule suas decisões ao direito positivo da
comunidade expresso na lei.
A questão que foi objeto deste artigo pode agora receber uma
tentativa de resposta: os dois paradigmas aqui apresentados não podem
afetar a práxis de aplicação do direito porque neles não há direito a ser
aplicado, e portanto não há juiz como órgão de aplicação do direito. Ao
dissolver o direito em poder arbitrário ou moral anárquica, os referidos
paradigmas assumem um caráter anti-judicial, decorrência da sua postura
antijurídica: “para o Estado de Direito e o conceito de direito de tais pes-
soas vale a proposição: ‘o direito deve ser unicamente o que agrada a mim
e aos meus compadres’”.56
53
ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco V, 10, 1137b
54
IHERING, Rudolf von. El espíritu del derecho romano, v.2, p. 271.
55
SCHMITT, Carl. Teoria de la constitución, p. 266.
56
SCHMITT, Carl. “Legalità e legittimità”, p. 223.
183
Parte II – Filosofia do Direito e Hermenêutica Jurídica
184
Perspectivas do Discurso Jurídico: Argumentação, hermenêutica e cultura
Referências
ALEXY, Robert. Teoria de los derechos fundamentales. Madri: Centro de estúdios consti-
tucionales, 1997.
ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
DWORKIN, Ronald. Levando os direitos a sério. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
IHERING, Rudolf. El espíritu del derecho romano. México: Oxford University Press, 2001.
________. General theory of law and state. Cambridge: Harvard University Press, 1949.
LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil. São Paulo: Abril, 1973.
185
Parte II – Filosofia do Direito e Hermenêutica Jurídica
SCHMITT, Carl. “Legalità e legittimità” In: SCHMITT, C. Le categorie del politico. Bologna:
Il Mulino, 1992.
________. Sobre los tres modos de pensar la ciencia jurídica. Madri: Tecnos, 1996.
186