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DEFORMAÇÕES PLANAS
ABSTRAC
The goal is to provide the laboratory equipment cubic triaxial and triaxial deformation plane,
such as appliances intended to simulate conditions for the better-drained and not drained soil
in different field and low load situations and drainage work on the geotechnical.
In the case of cubic traxial can analyze the stress - strain for independent control of the
principal stresses σ1, σ2 and σ3, and can design the stress paths (Lambe) and study
anisotropic behavior when working in saturated soils.
In the case of triaxial deformation plane, we analyze the behavior of deformability and
strength, that is in axial compression to the conditions of plane strain, in which the sample can
not deform in one of the main directions (with two sides of the line fixed) with this condition
there is a greater angle of friction compared with obtained in triaxial apparatus axi-symmetric.
Se deseja analisar um sistema (apare lho de dados) que apresente a aplicação de ás tensões
principais σ1, σ2 ,σ3 de jeito independente, favorecendo a uma simulação mais realista de ás
distribuição de tensões que existem em campo y de relacionarmos com os aspectos de
deformabilidade.
Muitas motivações de cientistas relacionados com o problema, tem levado a propuser células
de triaxial verdadeiro, com diferentes critérios, os quais também com muitos erros do tipo
experimental á analisar em forma particular e comportamento das tensões relacionados com
ós parâmetros de Tensão efetiva media (σ´m), razão de tensões principais (R), parâmetro de
tensão intermédia (b), direção da tensão principal (α) e ós do tipo de equipamento
relacionados a melhorar condiciones exigentes de drenagem e de distribuição de tensões em e
interior de tipo de aparelho. Então, uma das evacuações primordiais, encontram-se em la
medição do carregamento e a segunda seria as condições de anisotropia do solo (estrutura
granular ou coesiva).
Desde a construção da primeira célula triaxial Kjellman (1936), diversos equipes foram
construídos com uma serie de detalhes, axé como a aplicação de tensões através de
membranas flexíveis (Bell 1965; Ko e Scott 1967; Sture e Desai 1979), outros empleando
paredes de placas rígidas (Hambly 1969; Pearce 1972), e mediante la mistura das condições
(Shibata e Karube, 1965, Green 1971, Lade e Duncan 1973). Posterior a isso Ko e Scott
(1967) proporem uma célula para ensaiar amostras cúbicas de solo, conformada por seis
membranas colocadas en cada um de ás 6 faces, mediante os quares se aplicava ás tensões
principais ( σ1 ≠ σ2 ≠ σ3 ) com um manejo independente de cada um de elos. Green (1967)
e Arthur e Menzies (1968) aportaram que as estruturas rígidas separando as membranas
poderiam causar restrição nas arestas resultando deformações não uniformes nas amostras
consequentemente devido a altas resistências do solo relaciona os al aumento da tensão
intermediaria (b).
Sutherland e Mesdary (1969) desenvolveram um equipamento similar ao de Green com a
diferença que uma das tensões horizontais era aplicada por pressão de câmara, enquanto a
outra era aplicada por 2 câmaras de borracha cheias de água. A desvantagem do equipamento
era a dificuldade na aplicação precisa da tensão (σ2) e a possibilidade de interferência entre a
câmara de borracha e o topo e base do corpo de prova.
A célula triaxial cúbica de tensão controlada da PUC-Rio é semelhante à descrita por Sture
(1979). Este equipamento destinava-se originalmente ao estudo do comportamento tensão-
deformação de materiais granulares secos. Uma descrição detalhada do equipamento
encontra-se nos trabalhos de Farias (1986) e Farias e Azevedo (1986). O equipamento foi
posteriormente adaptado para ensaiar materiais coesivos saturados (Carpio, 1990). No
presente trabalho, o equipamento foi novamente adaptado para permitir a utilização de corpos
de prova de areia saturada
OBJETIVOS GERALES
Este trabalho tem como objetivos, o conhecimento do equipo triaxial cúbico para analisar a
melhor desempeno da célula triaxial cúbica em relação al comportamento de tensões,
mediante as medições independente de os esforços principais baixo as condições mas
representativas dos estúdios da Geotécnica, obtenção de parâmetros de deformabilidade
relacionados com as variações de cargas e principalmente de determinar as dificuldades
relacionadas com a medição de resultados. Assim como as vantagens y desvantagens do
equipo célula triaxial cúbico y triaxial de deformações planas.
MATERIAIS E METODOS
Figura 2 (e,f,g,h) – A representacao dos ensaios (e) a (h) correspondem a equipamentos onde
os corpos de prova sofrem rotação gradual da direção (α) durante o carregamento.
O triaxial com torção (figura 2 (e)) impõe uma rotação da tensão principal maior durante o
carregamento. Este equipamento permite o controle da força axial, a tensão confinante e o
torque em relação ao eixo vertical. Os trabalhos de HABIB (1953) e ISHIHARA e LI (1972)
apresentam pesquisas detalhadas utilizando este equipamento, que também permite o controle
da trajetória de tensões no espaço tridimensional.
O equipamento de cisalhamento simples (figura 2 (f)) impõe à amostra uma rotação continua
das tensões principais sob condição de deformação plana. Uma importante limitação deste
equipamento (e do cisalhamento direto convencional) é a impossibilidade de controlar a
direção e magnitude das tensões principais. Com o objetivo de suprir estas limitações, foi
desenvolvida a Célula de Cisalhamento Direcional (DSC, figura 2(g)), através da qual são
controladas as tensões normal e cisalhante em um plano, sob condição de deformação plana (
ARTHUR et al, 1977 e STURE et al, 1987).
A célula triaxial cúbica de tensão controlada da PUC-Rio é semelhante à descrita por Sture
(1979). Este equipamento destinava-se originalmente ao estudo do comportamento tensão-
deformação de materiais granulares secos. Uma descrição detalhada do equipamento
encontra-se nos trabalhos de Farias (1986) e Farias e Azevedo (1986). O equipamento foi
posteriormente adaptado para ensaiar materiais coesivos saturados (Carpio, 1990) e no
presente o equipamento foi novamente adaptado para permitir a utilização de corpos de prova,
em areias saturadas (QUARESMA 1997) e solos residuais (MARCONI 1998).
MODELAMIENTO ESFORCO-DEFORMACOES
Fig. 3 : Typical results of convencional triaxial compression tests : (a) drained test and (b) undrained
test (Wood 1990).
Farias (1986), construje e emplea em areias a primera celula triaxial cubico ou verdadeiro em
Brasil, PUC-RIO, logo os resultados obtivos Carpio (1990) em argilas normalmente
adensadas, Quaresma (1997) em areias saturadas e Marconi (1998) em solos residuaisas
saturadas e (1988), em cada pesquisa fueron modificando algunas partes do aparelho para
simular condiones mais apropiadas a cada tipo de solo. A Celula trixial Cubica da PUC-RIO,
tem similut com o modelo propuesto por Sture (1970).
EQUIPAMENTO
Para uma mehior explicacao posse-se separar em 03 sistemas fundamentais: 1)-Sistema da
Celula Triaxial Cúbico, 2)-Sistema de aplicacao de tensoes y 3)-Adquisicao de datos. Asi
mesmo, consideramos necesario apresentar os tipos de colocacao de os amostras de solos
granulares e solos argilosos. Asi mesmo os corpos de prova possen-sé amoldadas para solos
granulares e indisturbadas em solos argilosos, mediante as siguientes considercaoes. Em este
artigo, nao se apresentará a preparacao completa do corpo de prova, por ser un tema
facilmente ubicado em las pesquisas memcionadas.
Fig. 6 (a,b,c) : Amostras de argilas em campo (a), (b) y amodado em laboratorio (c)
Fig. 7 (a,b,) : Berco y Amostra de de argilas amoldada (b) dimensao (6cm x 6cm x 6cm)
a)-Sistema célula triaxial cúbico
A célula triaxial cúbica é composta por um quadro de reações e seis faces laterais nas quais se
encaixam as seis membranas de aplicação de pressão. O quadro de reação, feito de alumínio,
aloja a amostra cúbica e serve para fixar as seis faces que seguram as membranas. Na Figura 8
(a,b) mostra-se uma visão geral do quadro, podendo-se observar a cavidade cúbica com 6,0
cm de lado, local onde fica a amostra a ser ensaiada. Nota-se também uma depressão
cilíndrica, com 10,05 cm de diâmetro e 1,65 cm de profundidade, cuja função é comprimir as
bordas das membranas quando as faces laterais são aparafusadas no quadro de reação,
garantindo dessa forma a estanqueidade da cavidade.
(a) (b)
(c)
(a) (b)
Ensaio de compressão triaxial saturado
O ensaio de compressão triaxial saturado é composto das seguintes etapas:
I) Percolação (início da saturação);
II) Saturação (leitura do parâmetro B);
III) Adensamento e
IV) Ruptura.
A fase de percolação é na realidade o início da saturação do corpo de prova. O tempo
necessário nessa etapa depende do tipo de solo. Nesse caso, notou–se que, após cerca de 1
minuto, já se observava que a água passava através do corpo de prova. Essa etapa consiste em
provocar um fluxo de água nos tubos flexíveis diretamente ligadas ao corpo de prova,
confinado na célula triaxial. Para isso, inicialmente, usa-se a água do reservatório que se
encontra sob uma pressão correspondente a cerca de 1,1 m de coluna de água. Como pode ser
observado na Figura (c), a água do reservatório percola os poros do corpo de prova em fluxo
ascendente, que facilita a retirada de bolhas de ar que porventura, estejam presas nos tubos
flexíveis e nos poros do corpo de prova. Pelas razões já mencionadas, aplica-se
simultaneamente uma pressão de confinamento, através das linhas de aplicação de pressão, 5
kPa maior que a pressão da água que circula pelo corpo de prova.
(c)
Tendo observado que todo o ar foi retirado do sistema, inicia-se o processo de saturação do corpo
de prova propriamente dito. Para isso, é necessário substituir a linha de aplicação de pressão da
água vinda do reservatório pela quarta linha de aplicação de pressão de ar usando, nesse caso, a
interface ar/água ,Figura (d)
Para realizar a saturação do corpo de prova é necessário fechar a saída de água para a atmosfera,
assim a água é forçada a entrar no corpo de prova através dos tubos flexíveis ligados na parte
inferior e superior. Para promover a saturação do corpo de prova é necessário dar incrementos de
pressão de ar na bexiga e manter uma pressão de confinamento cerca de 5 kPa maior que a
pressão da água. Assim, aplicam-se incrementos de pressão tanto na água quanto no confinamento
e espera-se a estabilização dos transdutores. Para saber se já ocorreu a saturação do corpo de
prova faz-se a leitura do parâmetro B, através do uso da equação.
(d)
Fig. 9 (a,b,c,d,e,f,) : Sistema de aplicacao de tensóes, panel de presoes (a), face lateral (b), funcionamento da
célula triaxial cúbica na percolação (c) e momento de saturação do corpo de prova (d).
c)-Sistema de adquisicao de dados
Os deslocamentos das faces do corpo de prova são medidos individualmente através de seis
transdutores de deslocamento, do tipo LVDT (Linear variable differencial transformers), que
estão conectados ao ponto central das 6 membranas que envolvem o corpo de prova. Um corte
longitudinal da célula triaxial cúbica, com o detalhe do posicionamento de um LVDT, está
apresentado na figura 10 (b) Estes transdutores são excitados por uma voltagem de 24 V DC e
alimentados por uma fonte HP 6215, permitindo uma acurácia de 10-3 mm na medição dos
deslocamentos.
(a) (b)
(c)
Fig. 10 (a,b,c,) : Sistema de adquisicao de dados , LVDT (a), Panel electronico digital de trnasformacao de dados
(b)
ANALISE DOS RESULTADOS
El equipo de triaxial cubico, posse simular condicoes de carregamento em os tres ejes principais
de esforco e de forma independente, quando é aplicado (σ2 ≠ σ3 , σ1) é fixo uma modificacao de
tensoes em la estructura interna do solo e acarreando variacoes de volumen; entao “σ2” ejerce
uma influência da tensão principal intermediária variavel por lo que Bishop (1966), introdujo um
parametro adimensional (b), onde b= (σ2-σ3/ σ1-σ3). Este parâmetro apresenta um rango de
valor entre 0 a 1, sendo nulo no caso de ensaios triaxiais de compressão (convencionais), e 1,0 nos
ensaios triaxiais de extensão. Valores intermediários de “b” ocorrem quando as três tensões
principais apresentam magnitudes diferentes, entao provas em areias densas de monterrey (Lade y
Duncan, 1973) figura ...., consideran uma reorganizacao da fabrica estrutuctural de seus granos os
quales se manifestam em disminucao de “εa“ , um incremento de (σ1 – σ3 ) para uma
deformcao constante de “εv”.
Fig. 11 (a) : Ensaios triaxias cubicos em areia densa de Monterrey σ´c= 59 Kpa (Lade-Duncan 1973)
Reades-Green, (1976), realiza uma interpretacao del valor “b” em areias, considerando as
relacoes dos esforcos σa=σ1 e σb=σ2 respeto a esforco confinante σc=σ3 figura 12 (a) como
uma relacao lineal dependente da magnitud da carga impuesta ,oseja (σ´m=σ1+σ2+σ3), asi
tambem como um aumento de (εb= ε2) e εv respetivamente; entao considera a partir de
b=0.28 amostra-se entao cambios de estados de uma contracao a uma tendencia de expansao
em suas partículas.
Fig. 11 (a) : Stress-stain relationships for typical test, for dense samples (Reades-Green 1976)
Em a figura 13 (a) (Sayáo, 1989), em amostras de areias remoldedas, considera uma relacao
de angulo de atrito com parametro “b”, com b=0.0 (ensaio axi-simetrico σ1=σ2=σ3 ) e b=0.25
-0.50 (condicao de deformacoes planas εb=0); e para um valor b=0.50 considera que existe
una relacao de angulo de atrito e “b” lineal, parab>0.50, apresenta-se variacoes em os
comportamentos, tratandoce de as mesmas tipos de amostras de densidad diferentes, sim
embargo, estas variacoes, possem ser explicadas considerando os siguientes fatores: a)-
Constitucao de la esturcutura del solo en consicao anistropica, a tratar com areias, b)-
Colocaco do esforco vertical α=0°, e horizontal α=90° c)-Aplicacao de as cargas em os exes
principais relacionado com esforco efectivo meio (σ´m), d)-Erros em ensaios em aplicaco de
carrgemento y descarregamento e)-Erros de equipamento al conisderar os bordes rigidos.
Figura 13 (a) : Variacoes de φ´ com os valores do parámetro “b” em areias (Sayáo, 1989)
Outras relacoes som amostradas com (Wang-Lade, 2001) figura 14 (a) considerando a relacao
esforco-deformacao, deformacao volumetrica e deformacao de esforco axial em relacao aos
incrementos de cargas, condicionan um cambio de estado em la estructura de solo e de similar
interpretacoes aos propuestos por Reades e Green (1976), em relacao aos valores de “b”,
observa-se as tendencias um pouco mais definidas para este valor entre 0.20 a 0.30, similar
aos apresentados por Sayáo-Vaid (1996). Ultimas tesis PUC-RIO, tambem consideran valores
de “b” similares.
Figura 14 (a) : Stress-strain, volumetric strain, and principal strain relations (Wang and Lade, 2001)
Figura 15 (B) : Stress-strain, volumetric strain, and principal strain relations (Wang and Lade, 2001)
Figura 16 (a) : Comparison of stress-ratio-strain, characteristics (Wang and Lade, 2001)
Figura 17 (a) : Efeito de tensao efetiva média nos ensaios drenados DCA1 e DCA4.
Em condicoes não drenados com b = 0,0 e α = 90 e tensão média total em aumento, devido ao
carregamento lateral (direção y) verifica-se que as poro-pressões geradas durante o
cisalhamento são significativamente diferentes, sendo bem maiores para uma tensão média
ascendente. Asi mesmo para um valor σ´m constante e em aumento se verifica uma trajetoria
similar do esforco desviador (Diagrama de Cambridge), e valor de rigidez dos corpos de
prova de areia, adensados para uma mesma condição inicial σ´mo, não depende da variação
de poro-pressão mas, que do valor da tensão efetiva média (σ´m).
Figura 18 (a) : Efeito de tensao principal média nos ensaios nao drenados UCL3 e UCL5.
Figura 19 (a) : Trajetorias de tensao dos ensaios nao drenados UCL3 e UCL5
Comparação entre os Ensaios de Carregamento e Descarregamento Lateral.
Uma amostra que faze carregamentos y descarregamentos pode-se representar mediante el
diagrama de Cambridge, em el qual os corpos de prova apresentam-se com resultados de
tensão idênticos ao final dos dois ensaios. A trajetória de descarregamento do ensaio DDL6
leva o solo a uma condição “pré-adensada”, ou seja, a um estado de tensão abaixo da
superfície limite de estado (“state boundary surface”, Hight et al, 1988). Nesta condição, as
deformações plásticas são bastante reduzidas e o solo apresenta, portanto, maior rigidez.
Figura 23 (a) : Efeito de “b” aos ensaios Nao drenados UCA1 e UCA2
Figura 24 (a) : Trajetorias de deformacoes dos ensaios Nao drenados UCA1 e UCA2
Observações similares sobre anisotropia de areias não-calcáreas foram reportadas por Hight et
al (1988) e Sayão (1989). A conclusão de que solos depositados em camadas apresentam-se
menos deformáveis quando carregados verticalmente tem sido reportada também por outros
pesquisadores (Wong e Arthur, 1979; Yamada e Ishihara, 1981).
Condicoes não drenados, os resultados dos ensaios estão apresentados na figura 25(a)
Observa-se que, para um mesmo valor de R, a deformação cisalhante máxima (γmax) é menor
no ensaio onde α=0. A figura 26(a) pode-se observar que os corpos de prova nos dois ensaios
apresentaram variações positivas de poro-pressão, sendo entretanto maiores no ensaio onde
α= 90. Esta observação está também diretamente relacionada com a maior compressibilidade
volumétrica registrada no ensaio drenado com α= 90. Além disso, a redução acentuada das
poro-pressões, para R superior a 2,5 no ensaio onde α= 0 , corresponde à dilatância observada
no ensaio drenado com α=0 (figura 26 a).
Conclui-se que o comportamento tensão-deformação da areia é dependente da direção do
carregamento “α”. O efeito da anisotropia induzida é mais acentuado para valores de R
superiores a 2,0 (Arthur et al, 1977; Sayão, 1989)
Pode-se observar que as trajetórias de tensão dos ensaios especiais DCA2 e UCA2, com b =
0,3 (deformação plana), ultrapassam a envoltória mobilizada para γmax= 1 %. Isto indica uma
maior rigidez cisalhante, quando comparados aos ensaios com carregamento axissimétrico (b
= 0). Nota-se também que os ensaios com carregamento horizontal DCL3 e UCL3, com α=
90°, apresentam trajetória situada aquém da envoltória mobilizada para γmax= 1 %, o que
confirma as características anisotrópicas da areia calcárea fofa preparada por pluviação.
MARCONI (1998), Analisa os solos residuais ubicados em Tijuca, R.J, relacionando com as
direcoes das esquistocidades e permitiu a verificação dos efeitos da direção de carregamento
dos corpos de prova, do nível das tensões de confinamento, do grau de intemperismo, do
arranjo estrutural dos grãos e dos efeitos do grau de saturação.
Figura 28 (a) : Posição dos corpos de prova nos ensaios triaxiais cúbicos
Verifica-se que a resistência das amostras na umidade natural se mostrou maior que para as
amostras saturadas. Quanto às deformações, o solo na umidade natural mostrou maior
deformação volumétrica que o solo saturado. As amostras foram ensaiadas na direção paralela
para uma tensão de confinamento de 120 kPa. Da mesma forma que para o solo jovem,
verificou-se que a resistência das amostras na umidade natural se mostrou maior que para as
amostras saturadas.
Figura 31(a)- Efeito do grau de saturação em ensaios triaxiais cúbicos em amostras
indeformadas de solo residual jovem na umidade natural e saturado
Verifica-se que a resistência do corpo de prova indeformado mostrou maior resistência inicial
que o compactado. No entanto, a resistência na ruptura do solo compactado foi maior que
parao solo indeformado. Quanto às deformações, o solo indeformado mostrou maior
deformação volumétrica que o solo compactado.
Figura 32 (a)- Efeito do arranjo estrutural de grãos em ensaios triaxiais cúbicos em amostras
indeformadas e compactadas de solo residual jovem saturado
As amostras foram ensaiadas com a direção da xistosidade ortogonal à tensão cisalhante para
uma tensão de confinamento de 120 kPa. Verifica-se que a deformabilidade cisalhante e
volumétrica foram maiores para o solo jovem. Com isso, a resistência do solo jovem mostrou
significativamente menor que a do solo maduro.
Figura 33 (a)- Efeito do grau de intemperismo em ensaios triaxiais cúbicos em amostras
indeformadas de solo residual jovem e maduro saturados
Em o solo residual jovem com amostras saturadas. Nota-se que os parâmetros de resistência
apresentaram-se quase coincidentes, sendo que os solos carregados ortogonalmente à
xistosidade apresentaram uma resistência ligeiramente maior que no caso de carregamento
paralelo à xistosidade
Figura 34 (a)- Efeito da direção de carregamento na envoltória de resistência
Pode-se portanto concluir que é relevante a importância da sucção presente nos solos
residuais (jovem e maduro) sob as condições de umidade natural no campo. A perda de
sucção, causada pela saturação do solo, ocasiona uma redução importante em ambos os
parâmetros de resistência, e não somente no valor do intercepto coesivo (c).
Figura 35(a)- Efeito do grau de saturação na envoltória de resistência
O solo maduro apresentou maior coesão e ângulo de atrito que o solo jovem. Tal fato se deve
à maior porcentagem de argila presente no solo maduro, assim de uma maior concentracao
quimica da argila.
Figura 37 (a)- Efeito do grau de intemperismo na envoltória de resistência.
VANTAGENS DO EQUIPO CELULA TRIAXIAL CUBICO
• Controle da trajetória de tensões mediante a aplicação de tensões principias σ1≠ σ2 ≠ σ3
em forma independentemente.
• As deformações podem ser monitoradas a cada estágio do cisalhamento. É possível
definir o fim de cada estágio de carga em função da estabilização das deformações. No
caso de ensaios não drenados, o final do estágio pode ser definido através da
equalização das poros-pressão
• Incrementos das tensões podem ser selecionados, assim também a direção (α) da carga,
permitindo seguir as diversas trajetórias de tensões.
• Medição independi ente de deformabilidade em eixo “εy”.
• A duração de cada estagio pode ser controlada até garantir a estabilização de poro
pressão.
• Podem modelar ensaios de compressão hidrostática (σ1=σ2=σ3) em condições de
deformações planas (ε2= εy=0).
• Medição do parâmetro de Poros-Pressão “B”
• Analisar condições de Intemperisno e Anisotropia.
• Montagem, desmontagem do equipo y moldado de corpos de prova, mais facilmente, que
em equipes convencionais.
• Ruptura de corpos de prova pode ser repentina, arestas expostos a mudanças de tensão.
• Incerteza em uma boa distribuição uniforme de as tensões em contacto membrana-solo.
• Para deformações maiores que 15% não devem ser permitidas devido a um alto grau de
não uniformidade nas deformações, com a conseqüente incerteza nas pressões aplicadas
pela membrana ao corpo de prova.
• Dentre as desvantagens destes equipamentos cúbicos, quando comparados com o
triaxial convencional, estão a menor simplicidade de instalação do corpo de prova e a
dificuldade de estudar o comportamento tensão-deformação pós-ruptura.
CONCLUSÕES
• Apartem do parâmetro com b>0, pesquisadores analisam valores para “b”, em relação
de resistência, tem um incremento de esforços de σ1,σ2 com respe to al confinamento,
logo mediante um incremento de σ2 se obtém um aumento de ε2 posto que seu
comportamento es lineal relacionado com um arranjo intergranular de as partículas em
relação a εv.
• Em relação a angulo de atrito, em areias, para valores de “b” maiores a 0.5 existem
comportamentos contraditoras do angulo de atrito que podem ser considerados por
algum fatores 1) Variação na constituição do solo ó fabrica, condições de anisotropia
2) Orientação vertical u horizontal de la carga aplicada (α), 3) Variação do esforço
efetivo meio (σm) 4) Dificultades na medição de parâmetros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SAYÃO, J. – Y.P. Vaid “Effect of intermediate principal stress on the deformation response
of sand”. Can. Geotech. J. Vol. 33 1996. Canada, 1989.
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EQUIPAMENTO TRIAXIAL CUBICO E TRIAXIAL DE
DEFORMACOES PLANAS
Muitos dos problemas geotécnicos com que o engenheiro civil tem que trabalhar diariamente
são problemas de deformação plana (barragens, obras subterrâneas como o metro, estabilidade
de taludes, estruturas de retenção e fundações). A isso deve ser acrescentado o fato de que a
formação da superfície de falha é um fenômeno espontâneo e intrínseco do solo que é muito
difícil de prever.
Na pesquisa de como achar do melhor jeito possível, os parâmetros que governam esses
problemas da engenharia, foram construídos aparelhos de deformação plana, com eles, os
engenheiros procuram modelar bem melhor os problemas apresentados nas obras e trabalhos
em execução.
Geralmente os ensaios triaxiais axi-simétricos foram o tipo de ensaio mais utilizado para
achar os parâmetros de estudo, mas a pergunta de sim eles forneciam os melhores dados
ajustáveis as condições de trabalho e problemas apresentados levaram a construção de um
grande numero de aparelhos de deformação plana cujo fim é fornecer melhores dados para os
engenheiros geotécnicos.
ABSTRAC
Many geotechnical problems with the civil engineer has to work daily are plane strain
problems (dams, underground works such as meters, slope stability, retaining structures and
foundations). To this must be added the fact that the formation of the surface of failure is a
spontaneous and intrinsic phenomenon of soil that is very difficult to predict.
In search of how to find the best way possible, the parameters that govern these engineering
problems were built plane strain apparatus, engineers seek to model better the problems
presented in the works and running jobs.
Generally, triaxial axi-symmetrical test is the type of test most often used to find the
parameters of the study, but the question but they provided the best data adjustable working
conditions and problems identified led to the construction of a large number of household
strain plane whose purpose is to provide better data for geotechnical engineers.
INTRODUCCION
Para avaliação do comportamento de uma massa de solo quando solicitada por cargas
externas faz-se necessária à determinação da relação tensão x deformação e resistência do
material.
Muitos dos problemas geotécnicos com que o engenheiro civil tem que trabalhar diariamente
são problemas de deformação plana (barragens, obras subterrâneas como o metro, estabilidade
de taludes, estruturas de retenção e fundações). A isso deve ser acrescentado o fato de que a
formação da superfície de falha é um fenômeno espontâneo e intrínseco do solo que é muito
difícil de prever.
Pode-se então observar que a maioria das obras de engenharia que exijam estudos de
resistência ao cisalhamento dos solos utiliza resultados de ensaios triaxiais. Então uma
dificuldade que se levanta sobre a utilização indiscriminada desses ensaios diz respeito à
diferença entre os estados de tensão e/ou deformação do corpo de prova submetido ao ensaio
triaxial e os estados de tensão e/ou deformação comumente encontrados no campo. No caso
do ensaio triaxial convencional os estados de tensão e deformação são de simetria axial; no
campo são encontrados estados de tensão e deformação diversos. Como foi dito acima, uma
situação comumente encontrada em problemas de Mecânica dos Solos é o chamado estado
plano de deformação onde as deformações são nulas ao longo de uma das direções principais.
Então temos que a partir destes ensaios triaxiais axi-simétricos são determinadas constantes e
propriedades dos solos que são utilizados em equações constitutivas de deformação plana, o
que provoca uma incompatibilidade entre os supostos do modelo, as condições de contorno e
estado de esforços.
Surgem nesse caso umas questões práticas: como utilizar os resultados de um ensaio cujas
condições não simulam ou duplicam as condições de campo? As extrapolações necessárias
são válidas? Todas essas questões podem ser resumidas na pergunta: qual a influência da
tensão principal intermediária?
O equipamento triaxial verdadeiro ou triaxial cúbico (figura 1(c)) é capaz de realizar ensaios
em corpos de prova cúbicos com o controle independente das três tensões principais (σ1, σ2,
σ3). Foi inicialmente reportado por KJELLMAN (1936). Outros equipamentos triaxiais
cúbicos foram desenvolvidos, com aplicação das tensões através de membrana flexíveis
(BELL, 1965; KO e SCOTT, 1967; STURE e DESAI, 1979), através de placas rígidas
(HAMBLY, 1969; PEARCE, 1972) ou através de uma combinação de ambas (SHIBATA e
KARUBE, 1965; GREEN, 1971; LADE e DUNCAN, 1973).
Um dos grandes problemas dos equipamentos triaxiais cúbicos é a interferência nos cantos e
arestas de corpos de prova prismáticos. Quando a aplicação de tensões nos corpos de prova é
feita através de placas rígidas, ocorrem deformações longitudinais uniformes. Entretanto, a
distribuição de tensões é não uniforme, devido a interferência das placas. Nos equipamentos
com membrana flexíveis, pode ocorrer uma não uniformidade de deformações ao longo do
corpo de prova, mesmo para pequenas ou médias deformações. STURE e DESAI (1979)
recomendam que as membranas sejam mais rígidas nas arestas.
O triaxial com torção (figura 1(e)) impõe uma rotação da tensão principal maior durante o
carregamento. Este equipamento permite o controle da força axial, a tensão confinante e o
torque em relação ao eixo vertical. Os trabalhos de HABIB (1953) e ISHIHARA e LI (1972)
apresentam pesquisas detalhadas utilizando este equipamento, que também permite o controle
da trajetória de tensões no espaço tridimensional.
O equipamento de cisalhamento simples (figura 1(f)) impõe à amostra uma rotação continua
das tensões principais sob condição de deformação plana. Uma importante limitação deste
equipamento (e do cisalhamento direto convencional) é a impossibilidade de controlar a
direção e magnitude das tensões principais. Com o objetivo de suprir estas limitações, foi
desenvolvida a Célula de Cisalhamento Direcional (DSC, figura 3.1(g)), através da qual são
controladas as tensões normal e cisalhante em um plano, sob condição de deformação plana (
ARTHUR et al, 1977 e STURE et al, 1987).
Ensaios Triaxiais
O ensaio triaxial tem sido largamente utilizado por ser o mais versátil, possibilitando o
controle das condições de carregamento, deformação e drenagem. O equipamento possibilita a
medição da variação de volume e da poro-pressão durante os ensaios, nos casos de ensaios
drenados e não drenados, respectivamente.
Quanto à trajetória de tensões totais, para a realização da segunda etapa do ensaio triaxial, os
ensaios podem ser de compressão ou de extensão, nas direções lateral ou axial. Condições de
carregamento axi-simétricas com direção fixa das tensões principais podem ser simuladas na
célula triaxial convencional.
Nos ensaios de deformação plana uma amostra prismática em forma de paralelepípedo reto é
ensaiada de maneira que em quatro das seis faces laterais, duas das três tensões principais são
controladas. Nas outras duas faces da amostra prismática, colocam-se anteparos de forma a
impedir deslocamentos na direção normal a elas (em geral direção principal intermediária).
Idealmente, ou seja: se os anteparos impedirem completamente o movimento e o atrito entre
eles e a amostra de solo for nulo, a amostra é ensaiada em condições de deformação plana.
Alcantarino (1986) apresenta uma revisão bibliográfica de diversos equipamentos de
deformação plana descrito na literatura que será reapresentada a seguir.
Imperial College
Placas rígidas no topo e na base conferem a tensão axial. A amostra é restringida nos lados
por placas flexíveis de alumínio, que durante os ensaios são impedidas de se moverem por
uma pressão aplicada na face oposta à de contato com a amostra, impedindo a deformação da
mesma e dessa forma medindo a tensão principal intermediária.
University Of Califórnia
Considerado o maior equipamento de deformação plana até hoje desenvolvido. Projetado por
MARSAL em 1965 e construído na Comisión Federal de Eletricidade no México (figura 6).
Após diversas modificações o equipamento de deformação plana apresenta a seguinte
configuração: utiliza amostra de com espessura de 75cm, comprimento de 75cm e altura de
180cm. Normalmente executa ensaios com enrocamento. A tensão axial é aplicada através de
um macaco hidráulico com capacidade de 600 kN em uma placa rígida. Células hidráulicas
medem a tensão na base da amostra, objetivando quantificar a parcela de carga absorvida por
atrito lateral.
Placas rígidas impedem a deformação lateral da amostra. Essas placas estão ligadas entre si
por 20 barras cilíndricas. A deformação nessas barras é quantificada por “Linear Voltage
Displacement Transformer” (LVDT), medindo dessa maneira a tensão intermediária durante o
ensaio. A tensão confinante é aplicada por placas rígidas através de seis macacos hidráulicos.
Figura 6 Equipamento de deformação plana da Comisión Federal de Electricidad (MARSAL,
1965)
Executa ensaios de compressão axial, extensão axial, compressão lateral e extensão lateral,
com deformação ou tensão controlada, podendo ser os ensaios de forma drenada ou não
drenada. A aplicação da tensão principal maior é através de placas rígidas e da tensão
principal menor por meio de uma membrana de borracha. Placas rígidas confinam a amostra
lateralmente, conferindo dessa forma uma condição plana estando localizado nessas placas
um dispositivo ligado a um transdutor de pressão que serve para medir a tensão principal
intermediária.
O equipamento triaxial desenvolvido pela W.E.S. em 1971 (figura 8) utiliza amostras com
3,56cm de largura, 8,89cm de comprimento e altura variando entre 10,16cm a 12,70cm. Situa-
se no interior de uma câmara cilíndrica semelhante à utilizada em ensaios triaxiais
convencionais, porém, a base da amostra fica assente nas paredes laterais da câmara ao invés
de na base, permitindo dessa forma utilizar com maior comprimento, que conforme será visto
posteriormente, diminui os erros advindos do atrito lateral.
Possui controle das três tensões principais (logo, é um triaxial verdadeiro). A tensão principal
maior é aplicada por intermédio de placas rígidas com deformação controlada. A tensão
principal intermediária é também aplicada por placas rígidas e está conectada a um sensor que
permite assegurar o estado plano de deformação, ou seja, qualquer tendência da amostra em
deformar-se lateralmente o sensor induz a um aumento de tensão lateral não permitindo a
deformação e dessa forma medindo σ2.
A tensão principal menor é aplicada por meio de fluido, atuando diretamente sobre uma
membrana de borracha que envolve a amostra. O equipamento possui ainda um sensor para
medir a deformação na direção da tensão principal menor.
A tensão principal maior é transmitida à amostra por intermédio de um “loading cap” rígido e
a tensão principal menor por um par de membranas de borracha. Possui células de carga no
topo e base da amostra que permite medir diretamente a parcela de carga dispersa por atrito
nas placas laterais, à medida que esta se deforma na direção vertical.
Executando ensaios de compressão axial, extensão axial, compressão lateral e extensão
lateral, com deformação ou tensão controlada, podendo ser os ensaios drenados ou não
drenados.
Queen University
A tensão principal maior pode ser aplicada com tensão controlada ou com deformação
controlada através de placas rígidas. A amostra é impedida de se deformar lateralmente por
placas revestidas de borracha, associada a um sistema de molas, que deforma juntamente com
a amostra, evitando dessa forma o atrito lateral.
A tensão principal menor é transmitida à amostra por intermédio de uma membrana de
borracha
Tabela 1 Resumo dos valores de ângulo de atrito observado por diversos pesquisadores em
ensaios axi-simétricos e de deformação plana, (Apud. ALCANTARINO, 1986)
EQUIPAMENTO DE DEFORMAÇÃO PLANA DESENVOLVIDO PELA PUC
(ALCANTARINO 1986) E PELA UFRJ (SOUZA 2005)
- Placas Rígidas: Deformações uniformes mais variação nas tensões principais, se tem a
presença de atrito entre as placas e a amostra.
- Membranas de borracha: As tensões principais se aplicam constantes, mais as deformações
podem variar em função da resistência oferecida.
Como foi dito acima, no equipamento da PUC-Rio, uma combinação de placas rígidas com
borracha resulta em um sistema de aplicação de tensão simples e ao mesmo tempo, evitando-
se os problemas decorrentes da interferência entre placas. As placas rígidas conferem à tensão
axial e impedem a deformação na direção da tensão principal intermediaria, a tensão principal
menor e aplicada através da membrana de borracha porque se optou .por colocar a amostra no
interior de uma câmara cilíndrica, aplicando a tensão principal menor por meio de fluido,
agindo diretamente em uma membrana flexível de borracha. Assim a deformação na direção
da tensão principal menor e medida de forma mais precisa.
Um dos problemas usuais neste tipo de equipamentos é o surgimento de tensões cisalhantes
conseqüentes do atrito entre os anteparos laterais e a amostra de solo a medida que esta se
deforma, essas tensões cisalhantes influenciam diretamente na tensão principal maior, fazendo
que as tensões aplicadas no topo sejam diferentes da base.
Apesar de o aparelho possuir células de carga no topo e na base, quantificando o valor dessas
tensõ- Revestiu-se a parte dos anteparos em contato com a amostra com teflon, os testes da
medição do coeficiente de atrito foram satisfatórios.
- Utilizou-se óleo de silicone durante os ensaios como lubrificante na interface de teflon para
diminuir o atrito com resultados satisfatórios.
- Procurou-se estabelecer as dimensões da amostra de solo com proporções tais que
reduzissem o efeito do atrito. (Diminuição do erro de forma acentuada a medida que as
dimensões longitudinais crescem em relação a espessura da amostra e a relação entre a altura
e a espessura diminui, ou seja a diminuição percentual da área de contato da amostra com os
anteparos laterais diminui os erros. Mais se tem dificuldade no moldagem dos corpos de
prova em alguns materiais).(7,5 cm comprimento, 6,0 cm de altura, 3,0 cm de espessura).
A amostra de solo e fixada no interior de uma câmara de Perspex com 16,8 cm de diâmetro
interno.
No topo e na base da amostra localizam-se placas rígidas, cada uma dividida em duas partes,
uma faz contato com a amostra (topo interno e base interna) e as outras partes são as placas
superpostas chamadas de topo externo e base externa; este conjunto esta assente em uma
célula de carga na base da câmara.
Para garantir a condição de deformação plana duas placas rígidas paralelas restringem os
movimentos laterais, em uma das duas placas localiza-se um dispositivo objetivando medir a
tensão intermediaria principal, três barras de diâmetro 0,5 cm interligam os anteparos
auxiliando o deslocamento e assegurando o paralelismo.
A base da câmara tem uma entrada para o enchimento da câmara, duas entradas para permitir
a ligação com a base do corpo de prova, uma entrada conectada com o topo da amostra, uma
entrada para conexão com a célula de carga e outra para conexão com o dispositivo de
medição da tensão intermediaria principal.
No topo da câmara existe uma válvula para permitir saída do ar durante o enchimento da
câmara e em seu centro um orifício para passagem de um pistão que aplica carga axial,
provido de uma célula de carga em sua extremidade.
A tensão principal menor é aplicada com a pressão de fluido contido no interior da câmara;
agindo diretamente na membrana de borracha que envolve a amostra, a pressão é registrada
em um transdutor de pressão localizado fora da câmara. Para aplicar a pressão utilizou-se um
sistema de ar comprimido.
ENSAIOS DE LABORATORIO
O equipamento da PUC-RIO foi testado com um numero total de 21 ensaios dos quais
somente 8 chegaram ao fim, 4 com densidade relativa entorno de 86% e 4 com 58%. O
objetivo fora comparar os resultados de deformação plana com os do triaxial convencional
feitos por Pasquel (1984) com areia da escavação de Itaipú., Procuro-se então aproveitar os
resultados por ele obtidos e tentou-se reproduzir as densidades e pressões confinantes
ensaiadas no triaxial.
PROCEDIMENTO DE ENSAIOS
Calculado o peso necessário para atingir um volume determinado numa densidade especifica,
colocou-se a amostra num recipiente com água e levou-se ao fogo. Ferveu-se durante 10
minutos, mexendo com uma colher para liberar o ar, este processo de saturação foi eficiente
neste material (Pasquel 1984).
As pedras porosas foram também saturadas dessa forma e mantidas mergulhadas em água a
fim de preservar a saturação; depois o processo foi o seguinte:
Cornforth (1964) nos resultados considera dois fatores que regem a relação tensão x
deformação, o acondicionamento estrutural dos grãos ou DR inicial e as condições das
tensões externas, particularmente σ2; isso porque em um ensaio axi-simétrico, se permite o
deslocamento dos grãos nas duas direções laterais, num ensaio DP σ2 aumenta porque os
grãos não podem deslocar nesse sentido, então se precisa de uma tensão desviadora maior
para mobilizar a resistência ao cisalhamento do solo.
Nas figuras 19, 20 e 21 apresentam-se cada uma das tensões principais maior, intermediaria e
menor vs deformação axial nos ensaios DP1, DP2 e DP4. Observa-se que no inicio do
cisalhamento, σ2 cresce até um valor correspondente de deformação axial ligeramente
superior do valor pico de σ1, e decresce ate atingir um patamar constante, a tendência da
curva σ2 e semelhante a σ1.
Nos resultados obtidos no trabalho de Alcantarino (1986) observou-se que os valores de σ2,
situaram-se abaixo da envoltória de Bishop (1966) (Alcantarino Pág. 82 e pág. 115), diversos
fatores podem gerar este tipo de ocorrência tais como não ter saturação total do dispositivo de
medição, presença de microvasamentos, comportamento do teflon como elemento sensível
com deformações, por isso no trabalho de Alcantarino, forma utilizados os valores de σ2 na
ruptura e foram comparados com os calculados pela envoltória de Bishop. Tabela 3
Figura 23 relação entre ∅’ e σ3 pra os ensaios DP e axi-simétricos com a areia de Itaipú para
DR 58% e 86%.
Enquanto a os valores de ∅’ dos ensaios de DP, observou-se que a diferença entre o ângulo de
atrito dos ensaios DP e os triaxiais é de 4,5% para DR de 86% e 2,5% para DR de 58%
valores semelhantes para a tendência obtida por Conforth (1964). (Figura 24)
Na tabela 4 se tem a relação entre o ângulo de atrito interno de ensaios triaxiais e de DP
obtidos por diferentes pesquisadores.
Figura 24 Relação entre o ângulo de atrito interno ∅f ‘ e a DR para areia de Itaipú em ensaios
axi-simétricos e DP
Tabela 4 Resumo dos valores de ângulo de atrito observado por diversos pesquisadores em
ensaios axi-simétricos e de DP.
Os valores mais dispersos de ∅r foram aqueles que não utilizaram amostras retangulares
como Kjellman (1936) e Christen (1961), dessa maneira observa-se que o ângulo de atrito
interno dos ensaios de DP diferenciam-se dos triaxiais não só pela densidade relativa e
condição de deformação, mas pelo formato da amostra., a tabela 5 apresenta os valores de ∅r
para ensaios DP e triaxiais. A tabela 6 da um resumo dos valores de ângulo de atrito obtidos
no trabalho de Alcantarino (1986).
Para os ensaios se estudaram os principais fatores que influem no comportamento dos solos
granulares como no trabalho da PUC-RIO, isso é as propriedades associadas com a natureza
do material (propriedades-índice do material) e as propriedades relacionadas com seu estado
particular específico VARGAS (1982).
A influência do índice de vazio inicial (e0) é um dos principais fatores. A figura 25 mostra os
resultados de dois ensaios triaxiais drenados típicos, com índices vazios iniciais diferentes.
Observam-se os seguintes comportamentos obtidos de ensaios triaxiais de compressão,
conforme preconizado por TAYLOR (1948).
Deformação axial %
Deformação axial %
Então:
i) À medida que decresce o índice de vazios inicial (e0) aumenta a tensão desviadora na
ruptura (σ`1 – σ`3), o que significa um aumento na resistência ao cisalhamento drenada e é
também cada vez maior o módulo de deformação do solo (relação entre os incrementos da
tensão desviadora e da deformação especifica vertical);
ii) Como conseqüência de um módulo de deformação maior, o solo no estado mais compacto
apresenta uma deformação axial, na ruptura, menor que a do solo no estado fofo;
iv) A não-linearidade das curvas tensão-deformação para ambas as amostras é bastante clara,
sendo essa característica ligeiramente mais acentuada para a amostra no estado fofo;
Ao contrário do que se julga comumente, o tamanho médio das partículas, sendo constantes as
outras características, pouca influência tem na resistência ao cisalhamento dos materiais
granulares (Apud. LAMBE e WHITMAN, 1969).
Três são os aspectos que descrevem a forma dos grãos: a esfericidade (relação média entre a
maior e a menor dimensão); o arredondamento (forma dos cantos) e a rugosidade da
superfície. Tem-se verificado que as areias constituídas de partículas esféricas e arredondadas
apresentam ângulo de atrito sensivelmente menor do que as areias de grãos angulares e/ou
muito alongados. Tal fato é devido ao maior entrosamento entre as partículas quando elas são
irregulares. (Apud SOUSA PINTO, 2002).
A resistência das partículas que constituem o solo granular interfere em sua resistência ao
cisalhamento, pois, embora o processo de cisalhamento da areia seja um processo
predominantemente de escorregamento e rolagem dos grãos entre si, se os grãos não
resistirem às forças a que estão submetidos e se quebrarem, isto se refletirá no comportamento
global da areia.
Tensão confinante
Figura 26 Dilatância e quebra de grãos – areia de Figura 27 Dilatância e quebra de grãos – areia do
Ottawa (LEE e SEED, 1967) Rio Sacramento (LEE e SEED, 1967)
LADE (1972), através de ensaios triaxiais de compressão e de extensão (fig. 29), observou
que para valores constantes do índice de vazios inicial e de σ3, o aumento de σ2 produz:
aumento na tensão desviadora de ruptura, elevação do módulo de deformação inicial e
diminuição da deformação axial na ruptura. Com relação às deformações volumétricas,
observa-se que as amostras compactas tendem a ser menos expansivas e as fofas mais
compressivas.
LEE (1970) previu esta tendência da curva tensão x deformação em um modelo em que
relacionava o módulo de deformação inicial em um estado plano de deformação e axi-
simétrico de deformação, para deformações inferiores à ruptura, pelas leis de Hooke, onde:
Observa-se pela equação anterior que o valor do módulo de deformação inicial no estado
plano de deformação deverá ser para qualquer valor significativo do coeficiente de Poisson,
maior que módulo de deformação no estado axi-simétrico de deformação.
Esses primeiros resultados também sugerem que a influencia da tensão principal intermediaria
diminui com a diminuição da densidade relativa. CORNFORTH (1964) apresentou uma curva
referenciada por diversos pesquisadores da variação do ângulo de atrito drenado (φ’) em
função das tensões principais efetivas com a porosidade inicial para ensaios triaxiais axi-
simétricos e deformação plana, utilizando a areia de Brasted, mostrada na figura 30 que ilustra
essa tendência.
Figura 30 Relação entre o ângulo de atrito drenado e densidade relativa para areia de Brasted,
em ensaios de deformação plana e axi-simétrico (CORNFORTH 1964)
Na figura 31 (SAYÃO, 1989; SAYÃO e VAID, 1966) o ângulo de atrito drenado (φ`) está
relacionado com o parâmetro b. Observa-se que os valores mais baixos de φ` são encontrados
sob condição axi-simétrica onde b é igual a zero. Quando o valor de b está entre 0,2 e 0,4 ,
situação que é aproximadamente igual ao estado de deformação plana, φ` atinge o seu valor
máximo. Para valores de b > 0,5 , os resultados têm sido contraditórios.
Figura 31 Variações de ∅’ com o parâmetro b nas areias Sayão (1989)
(1) Placas Rígidas – as deformações nesse caso serão uniformes, no entanto, gera tensões
cisalhantes no contato com a face da amostra.
(2) Membranas flexíveis – por ser uma película flexível permite o controle de tensão sem
gerar atrito, no entanto, produz deformações não uniformes no contato com a amostra.
O ensaio se realiza no interior de uma câmara triaxial de perspex (20cm de altura, 18.1 cm de
diâmetro interno e 20.3 cm de diâmetro externo), com amostras prismáticas envolvidas em
uma membrana de látex.
Dimensões da Amostra
O estabelecimento das proporções entre as dimensões da amostra tem como objetivo principal
minimizar o efeito do atrito entre a amostra e as placas rígidas.
Exatamente como nos ensaios triaxiais convencionais, a célula triaxial é encaixada em uma
prensa com capacidade para 10.000 kN, dotada de motor elétrico associado a um sistema de
engrenagens que possibilita a seleção da velocidade de ensaio.
Como características de ensaios triaxiais de deformação controlada, a aplicação da tensão
principal maior ocorre com o deslocamento na vertical da célula triaxial. Na medição da carga
vertical foi utilizada uma célula de carga externa com capacidade de 15 kN. O sistema de
aplicação da pressão confinante utilizado foi o dispositivo autocompensador de mercúrio, tipo
BISHOP, com capacidade de até 600 kN/m2. A tensão principal menor é aplicada à amostra
através da pressão do fluido (água destilada e deaerada) contido no interior da célula triaxial,
agindo diretamente na membrana de borracha que envolve a amostra. Para medir a tensão de
confinamento empregou-se um transdutor de pressão localizado fora da câmara.
As leituras correspondentes aos transdutores de pressão e célula de carga são registradas em
um sistema de aquisição de dados, estando os mesmos conectados a uma impressora
matricial, uma fonte regulável de tensão, e todo o conjunto ligado a um estabilizador de
tensão.
SOLOS UTILIZADOS
Com enfatizado anteriormente foram utilizados dois tipos de areia seca nesta pesquisa, uma
com distribuição granulométrica uniforme e outro bem graduada.
METODOLOGIA ADOTADA
Os ensaios realizados pelo equipamento de deformação plana estão identificados pela letra P
(Plane-Strain) e, para diferenciar, os ensaios triaxiais convencionais pela letra A (Axi-
Simétricos), de acordo com o tipo de solo (SF = areia se São Francisco; QM = Quartzo
Moído) a pressão confinante em kPa ( 50, 100, 200 e 300 ) e a compacidade relativa (C =
compacto e F = Fofo).
No presente trabalho no que diz respeito às tensões principais σ1, σ2 e σ3 cabe ressaltar que
as mesmas referem-se respectivamente às tensões axiais, às tensões na direção impedida de
deformação pelos anteparos laterais e às tensões confinantes.
Tabela 7
Na figura 33 apresenta-se graficamente as relações: tensão desviadora x deformação axial e
deformação volumétrica x deformação axial dos ensaios triaxiais de deformação plana
realizados, a figura 34 apresentam graficamente as relações: tensão desviadora x deformação
axial e deformação volumétrica x deformação axial dos ensaios triaxiais convencionais
realizados, para diferentes níveis de pressão confinante e compacidade relativa inicial (DR).
As curvas tensão desviadora x deformação axial dos ensaios de deformação plana estão
plotadas nas figura 35 juntamente com as curvas dos ensaios triaxiais convencionais para cada
solo e compacidade relativa inicial.
Observa-se, pelos gráficos, que para valores constantes de tensão confinante (σ3) e do índice
de vazios inicial (e0), o aumento de σ2 produz a elevação do módulo de deformação inicial, o
aumento da tensão desviadora de ruptura e a diminuição da deformação axial de ruptura.
Observa-se, também, que a “velocidade” de perda de resistência, após a ruptura, aumenta com
o incremento de σ2, mas o valor residual parece ser pouco afetado pela magnitude de σ2
(mantendo constantes as demais condições). As deformações volumétricas, também, são
afetadas pelo incremento de σ2, fazendo com que as amostras sejam menos expansivas
(amostras compactas) ou menos compressíveis (amostras fofas). Esses primeiros resultados
também sugerem que a influência da tensão principal intermediária diminui com a diminuição
da densidade relativa. Conforme preconizado por LADE (1972), LEE (1970) CORNFORTH
(1964).
Obtenção de σ2
1
BISHOP
2
Teoria da elasticidade
Tabela 8 Valores da tensão intermediaria máxima σ2f prevista pela envoltória de Bishop e
pela teoria da elasticidade
Critérios de Ruptura
A expressão matemática que define os estados de tensão que aplicados a um elemento de solo
provocam ruptura, é usualmente conhecida como critério de ruptura e baseia-se em
determinada relação entre as tensões, deformação ou energia, que define uma superfície de
ruptura.
Usualmente, os critérios de ruptura são funções das tensões efetivas principais e podem ser
representadas graficamente em um sistema de eixo cujo domínio da função representa os
diferentes estados de tensão necessários para provocar ruptura do material.
Teoria de Mohr-Coulomb
Verifica-se uma relação linear, com as curvas axi-simétricas apresentando menor ângulo que
as de deformação plana. Conforme preconizado por LADE (1972).
Verifica-se que φ` não é constante para os dois tipos de ensaio. Ele cresce com o aumento da
compacidade relativa inicial e diminuição da pressão confinante. Conforme preconizado por
TAYLOR (1948).
Observa-se, também, como esperado que φ`é maior nos ensaios de deformação plana que nos
ensaios convencionais. E a diferença entre ambos diminui com o decréscimo na compacidade
relativa inicial. Conforme preconizado por LADE (1972).
Nos dois tipos de solo ensaiados, as curvas tensão x deformação e variação volumétrica x
deformação obtidas apresentam uma condição típica de ensaios de deformação plana:
i)As curvas apresentaram picos e patamares residuais bem definidos, mobilizados com menor
deformação axial do que em ensaios axi-simétricos.
Comportamento típico quanto à resistência também foi observado pelo critério de MOHR-
COULOMB:
Nos dois tipos de solo ensaiados verificou-se que φ` (ângulo de atrito drenado) não é
constante. Ele cresce com o aumento da compacidade e diminuição da pressão confinante e é
maior nos ensaios de deformação plana que nos axi-simétricos e a diferença entre ambos
diminui com o aumento da pressão confinante e diminuição da compacidade relativa.
O aumento nos valores dos ângulos de resistência ao cisalhamento drenado obtidos nos
ensaios triaxiais de deformação plana em relação aos encontrados nos ensaios triaxiais
convencionais, variou de 11 a 13% nos dois tipos de areia no estado fofo, de acordo com o
encontrado na literatura. Já nos dois tipos de solo no estado compacto, esse aumento variou de
17 a 22 %, superestimando o encontrado na literatura.
Os valores do parâmetro “b” nos dois tipos de solo analisados, principalmente com o quartzo
moído no estado compacto, estão abaixo ou no limite apresentados por outros pesquisadores
que esta entre 0,2 e 0,4 (Ensaio tipo “Hollow Cilinder” - SAYÃO, 1989; SAYÃO e VAID,
1966). Deve-se observar que os valores de σ2 determinados no presente trabalho e os
apresentados pelos referidos autores foram inferidos teoricamente.
- Uma desvantagem é que não todos os laboratórios têm equipamentos de deformação plana e
por isso à maioria dos ensaios para obtenção dos parâmetros do solo tem sido feitos nos
ensaios axi-simétricos convencionais, isto também faz que poucas pessoas sejam expertas na
execução dos ensaios de DP.
Bibliografia:
W. Ruiz & A. Lizcano (1993) “Diseño de un aparato biaxial” Bogotá, Universidad de Los
Andes.