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Psicóloga – UFJF
Mestre em Ciências Médicas (Epidemiologia) – UERJ
Mestre em Neurociências e Biologia do Comportamento – UPO/Espanha
Mestre em Neuropsicologia Clínica – UPO/Espanha
Doutora em Neurociências e Biologia do Comportamento – UPO/Espanha
Luria (1981), evidenciou o que foi denominado de “crise
da Psicologia” (localizacionismo X unitarismo),
desenvolvendo a teoria do sistema funcional.
Segundo ele, as funções cognitivas formam sistemas
funcionais complexos que necessitam da ação
combinada de todo o córtex cerebral, embora a sua base
esteja situada em grupos de células dispersas que
atuariam conjuntamente.
Funções mentais superiores dependeriam do cérebro
como um todo, mas com partes distintas sendo
responsáveis pelos diferentes aspectos do conjunto
(Riechi, 1996).
Luria nasceu em 1902 e faleceu em 1977 (75 anos)
Soviético, especialista em desenvolvimento humano
Formação em Ciências Sociais e Medicina, com dois
doutorados: um em Pedagogia e outro em Medicina.
Estudou a causalidade do pensamento lógico como
função do SNC
Trabalhou no Instituto de Defectologia Experimental de
Moscou, na Academia Ucraniana de Psiconeurologia, e
no Instituto de Neurocirurgia de Burdenko
A partir de 1945, trabalhou na Universidade de Moscou e
ajudou a fundar a Faculdade de Psicologia
Chefiou os departamentos de Psicopatologia e
Neuropsicologia
Trocou cartas com Freud sobre seus estudos de afasia
Desenvolveu o primeiro “detector de mentira”
Pesquisa publicada em 1932 nos EUA e apenas em 2002, na
Rússia
Em 1924, conheceu Lev Vygotsky
Influência das teorias sócio-históricas no desenvolvimento das
funções cognitivas
Papel fundamental da cultura como mediadora dos processos
cognitivos
Nos anos 30, Luria passou a estudar, na Ásia Central,
como a cultura influenciaria os processos de aquisição
da linguagem
Estudou gêmeos idênticos submetidos a culturas
diferentes e a culturas iguais a fim de investigar o efeito
da expressão gênica mediante estimulação ambiental
Durante a Segunda Guerra Mundial, Luria liderou uma
equipe de pesquisa do Hospital do Exército para
desenvolver métodos de reabilitação em pacientes com
lesões cerebrais
O trabalho sobre a avaliação das funções cognitivas
associadas às áreas lesionadas do cérebro o levou a ser
considerado o “pai” da Neuropsicologia
Outra grande contribuição foi em relação à formulação
do conceito de neuroplasticidade, o que influenciou os
estudos atuais em Neurociências a respeito da
possibilidade de reabilitação cognitiva a partir da
transformação dos neurônios através do contato com
estímulos ambientais.
Destacam-se dois entre os estudos de caso realizados.
Um apresenta S.V. Shereshevskii, jornalista russo com
uma memória aparentemente ilimitada (1968), em parte
devido à sua acentuada sinestesia. Este caso foi
apresentado em um livro The Mind of a Mnemonist (A
Mente de um Memorioso).
O outro livro de Luria é The Man with a Shattered World
(O Homem com um Mundo Despedaçado), um relato de
Zasetsky, um homem que sofreu uma lesão cerebral
traumática (1972).
Estes estudos de caso ilustram os principais métodos de
Luria de combinar as medidas clássicas de anamnese
e diagnóstico com registro detalhado (psicométrico) da
função alterada e sua progressiva reabilitação.