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ANTIDOPING
Elaboração:
Prof. Alexandre Pagnani / Dr. Osmar de Oliveira
Dr. Rafael Santonja (Espanha)
23 Capítulo V O Presente
25 Capítulo VI O Futuro
70 Referências Bibliográficas
HISTÓRIA DO DOPING 3
Capítulo I
HISTÓRIA DO DOPING
Ó
pio, um látex obtido pelo corte dos bulbos da Papoula somniferum era
conhecido pelos sumérios no ano 3000 a.C.
Na China, por volta de 2737 a.C., já se conheciam algumas plantas cuja mas-
tigação, uso de extratos ou infusões, produziam efeitos estimulantes: a efedra (efe-
drina), a machuang (alcalóide) e a mandragora (afrodisíaca com sabor e cheiro
desagradáveis). Os árabes, 1000 a.C., conheciam a maconha (cannabis), o haxixe
(dez vezes mais forte que a cannabis), a catina (da qual, hoje se extrai a dextrono-
risoefedrina) e o ginseng (uma amina que era usada para estimular os guerreiros).
Nessa época, o ópio já estava sendo muito usado na Grécia e na Ásia. Ele
teve uma grande divulgação entre os árabes, porque o Alcorão – livro muçulmano
sagrado – proibia o uso do álcool, mas não citava o ópio. Na Ilíada, poema de
Homero, a encantadora Helena, nas festas, oferecia aos amigos uma poção mila-
grosa que curava certas dores e doenças além de produzir sonhos maravilhosos.
Provavelmente, era ópio. Na China, as mães embalavam seus filhos num ambiente
4 Manual Prático de Controle Antidoping - 2ª Edição
com fumaça da fervura do ópio para que seus filhos parassem de chorar e ador-
mecessem. Na Turquia, os médicos presenteavam as pessoas mais influentes do
reino com formulações que continham opiáceos. Em todas as batalhas desse perío-
do, era comum os guerreiros usarem opiáceos para diminuir a dor dos ferimentos
e aumentar a coragem para a batalha.
Numa análise mais crítica, fica a desconfiança de que os atletas gregos quando
subiam o monte Olimpo para buscar inspiração e proteção de Zeus, ficavam ali por
dois ou três dias, usando alucinógenos para aumentar a coragem e a audácia nas
competições.
Nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960, são descritas três mortes por uso
de doping: Knut Enemark Jensen, um ciclista da Dinamarca de 25 anos (quinze
tabletes de anfetamina, mais oito tabletes de um vasodilatador coronariano, mistu-
rados a uma garrafa de café), Dirck Howard, alemão, medalha de bronze nos
400m. (por dose excessiva de heroína) e Simpson, um corredor inglês (também
por um estimulante).
Até essa época, os métodos de detecção da dopagem ainda eram muito sim-
ples. O primeiro método foi desenvolvido pelo químico russo Bukowski que traba-
lhava no Jóquei Clube da Áustria e analisava a saliva dos cavalos. Mas ele nega-
va-se a revelar seu método. No mesmo ano, 1910, Sigmundo Frankel químico da
Universidade de Viena desenvolveu um novo método, também trabalhando com
saliva. Nas décadas de 40 e 50, foram criados e desenvolvidos os métodos da cro-
matografia gasosa e delgada que foram sendo aperfeiçoados com o tempo, até se-
rem substituídos pela moderna espectrofotometria de massa que pode determinar
na urina a presença e dosagem da maioria das substâncias listadas como proibidas
para os atletas.
existentes. Três meses antes dos J.O. do México essa primeira lei foi enviada para
todos os países participantes da Olimpíada, mas o controle foi muito pequeno e
sem qualquer punição. Os países alegavam o pouco tempo entre a lei e os Jogos.
Muitos até ameaçaram não comparecer aos Jogos e outros chegaram a manifes-
tar intenção de abandonar a Vila Olímpica.
Capítulo II
O
s testículos e hormônios masculinos têm sido considerados durante sécu-
los como sendo o centro da força e virilidade do homem. O médico fran-
cês Theophile de Bordeu escreveu, em 1776, para a revista The Medical
Analysis of the Blood o seguinte artigo: “Os testículos fornecem uma tonalidade
masculina ao organismo e evidenciam o animalismo em um indivíduo. Não apenas
cada glândula, mas cada órgão do corpo é uma oficina de secreção de substâncias
específicas, as quais passam pelo sangue e das quais depende a integração fisioló-
gica do corpo como um todo”. Ele acreditava, de maneira correta, que os hormônios
eram essenciais para a existência do indivíduo
natural dos seus intestinos. A sua nova capacidade de vida durou apenas 30 dias
quando, então, começou a enfraquecer e faleceu alguns anos mais tarde. Hoje ele
é considerado o fundador da endocrinologia, especificamente a organoterapia.
zados para poder urinar, isto é, um tubo cateter colocado dentro do pênis através
da uretra e, então, introduzido na bexiga. Tal processo extremamente doloroso era
somente utilizado em homens idosos. Quanto mais o homem envelhece, a próstata
aumenta de tamanho e pressiona a uretra. Eventualmente isso pode interromper o
fluxo de urina, porém aqueles atletas campeões mundiais eram jovens e muitos
deles ainda não tinham 20 anos de idade.
Ficou claro para o Dr. Ziegler que os países do bloco oriental estavam usan-
do os esportes de potência como ferramenta de propaganda para montar a superio-
ridade do sistema soviético e ele decidiu ali e então que deveria fazer algo a respei-
to. Ao retornar aos EUA ele juntou forças com a Ciba-Geigy suíça, através da sua
filial norte-americana, e desenvolveu aquele que veio a ser o padrão dourado e o
mais famoso de todos os anabolizantes esteróides: DIANABOL. O Dr. Ziegler le-
vou a droga para o York Barbell Club que ficava em York, Pennsylvânia onde,
durante as décadas de 50 e 60, treinavam os maiores levantadores de peso da
equipe olímpica norte-americana. Ele cuidadosamente injetou DIANABOL em
alguns atletas do York Club e em si mesmo, anotando detalhadamente as doses e
os efeitos. E aquilo que ele viu o deixou horrorizado: elevação brutal do nível de
enzimas no fígado, aumento e infecções da próstata, atrofia testícular, entre outros
efeitos. Como tais coisas poderiam estar acontecendo? Ele estava injetando doses
de 5 e 10 mg por dia!
O SURGIMENTO DOS ESTERÓIDES ANABOLIZANTES ANDROGÊNICOS 11
O que estava acontecendo era o seguinte: a maior parte dos atletas sob a su-
pervisão do Dr. Ziegler obteve rápidos progressos sem sofrerem efeitos colaterais
a curto prazo. Da mesma maneira que os soviéticos, a equipe olímpica norte-ame-
ricana progrediu bastante, o que foi oficialmente explicado para o grande público e
imprensa como sendo devido à prática de exercícios isométricos; porém, o Dr.
Ziegler notou que alguns atletas gostavam demais da nova droga e encontraram
um farmacêutico conhecido que se propôs a vender-lhes todo DIANABOL, além
de testosterona sintética, que o dinheiro pudesse comprar. Assim, eles estavam
tomando doses muito maiores do que aquelas que o Dr. Ziegler pretendia ministrar.
Da ciência de detecção quase perfeita, foi feita a primeira derrota imposta aos
atletas que insistiam em fazer uso dos anabolizantes esteróides. A próxima derrota
seria a da ciência médica. Até 1984, era largamente difundido o fato de que, de alguma
forma, os atletas saudáveis estavam protegidos dos efeitos colaterais dos anabolizantes
esteróides, pelo menos daqueles considerados mais sérios. Era verdade que a literatu-
ra médica havia registrado uma enorme quantidade de casos de pacientes hospitaliza-
dos, tipicamente com alguma forma de anemia, aos quais foram administrados ana-
bolizantes esteróides e que vieram a desenvolver problemas hepáticos sérios, incluindo
a formação de cistos sangüíneos que infeccionavam e, eventualmente, causavam morte
instantânea, além do câncer. Porém nenhum atleta havia sofrido antes desses terríveis
efeitos. Até que apareceram Daniel Baroudi e Bill Loomis.
Tony Fitton foi formalmente processado por vender anabolizantes esteróides sem
receita médica. Ele foi taxativo em confirmar seus argumentos de que os esteróides
não eram ilegais e deveriam estar disponíveis para todos os atletas que desejassem
utilizá-los. Inúmeras outras pessoas apoiaram essa posição, porém Fitton era um
distribuidor de quantidades enormes de esteróides e, assim, foi preso e escoltado
por agentes federais norte-americanos. Em março de 1985, foi condenado a dois
anos de prisão, o que veio a cumprir integralmente.
Entretanto, tudo isso era nada, comparado com o grande escândalo do final
de 1987. Primeiro, dois atletas de musculação competitiva da Califórnia que for-
mavam uma equipe marido e mulher em duplas mistas, foram condenados por
contrabando e venda de anabolizantes esteróides provenientes da Alemanha Orien-
tal, que totalizava milhões de dólares em todo o território norte-americano. O ma-
rido, Andy Lodi, pegou 4 anos de prisão federal e uma multa de 320.000 dólares;
sua esposa pegou uma multa de 100.000 dólares e foi banida, junto com o marido,
de todas as competições amadoras e profissionais de musculação.
bem no meio da era dos esteróides. Não causei danos a ninguém, a não ser a mim
mesmo”. Enquanto que a última parte dessa afirmação provavelmente levaria anos
para se descobrir se é verdadeira ou não, a primeira parte reflete muito bem a ati-
tude que muitos atletas de musculação competitiva, levantamentos de potência e
atletismo tem hoje em dia. O uso de anabolizantes esteróides se espalhou de tal
maneira, apesar de leis e avisos, que ninguém mais presta atenção aos homens da
lei, autoridades, médicos ou qualquer um que levanta a bandeira dos perigos das
drogas nos esportes.
Em 1988, durante os Jogos Olímpicos de Seul, 5 atletas foram pegos pelo uso
ilícito de anabolizantes esteróides. O caso mais famoso foi o do corredor canaden-
se e campeão mundial Ben Johnson, que falhou no exame antidoping devido ao uso
da droga Estanozolol (Winstrol). Mais tarde soube-se que o técnico do atleta havia
preparado o ciclo de esteróides para passar por um teste de RIA, desconhecendo
inexplicavelmente que naqueles jogos o método utilizado seria o GCT, uma verda-
deira maravilha da ciência médica. Johnson perdeu patrocínios de 10 milhões de
dólares e recebeu a punição mais branda concedida pelo IOC para esses casos.
Steve não distribuía os esteróides mas os consumia ele próprio para aquilo
que ele considerava propósitos esportivos. Foi quando uma mulher lhe propôs para
irem ao México, onde normalmente ele conseguia as drogas, comprar os esteróides
e na volta ela garantiria a passagem segura pela fronteira México - EUA. Fizeram
juntos 4 viagens e, um dia, após essa última viagem, ele foi preso em sua casa por
17 agentes federais norte-americanos que encontraram em sua casa esteróides no
valor total de 4800 dólares. Steve cumpriu integralmente pena de 2 anos na prisão
federal de Yuma.
Dr. John Ziegler foi um homem marcante. Medindo 1.92m de altura e possuin-
do cerca de 120 quilos de massa corporal, ele foi uma estrela do time de futebol
americano universitário pela Penn State University e um herói da II Guerra Mun-
dial, onde saiu ferido em várias ocasiões. Ele era um gênio recluso. Em seu laborató-
rio situado na cidade de Olney, Maryland, quase ninguém entrava, a não ser jovens
estudantes de medicina que queriam iniciar estudos sobre a origem dos anabolizantes
esteróides. Lá dentro, eles encontraram penduradas nas paredes fotografias dos
grandes atletas da década de 50, como John Grimek, Reg Park, Steve Reeves e os
campeões olímpicos de levantamentos de peso das décadas de 40, 50 e 60 todas
autografadas. Porém, a atração maior eram as máquinas de musculação que ele
próprio havia construído em madeira. Antes de qualquer um, ele construiu máqui-
nas de modelo Nautilus ainda na década de 40.
O Dr. Ziegler estava assombrado com os hábitos dos atletas tomarem compri-
midos. Ele escreveu: “Quando eu iniciei a prática da Medicina, tratando de fazen-
deiros e índios em Montana, eu não era capaz de fazer-lhes engolir um comprimi-
do. A única vez em que eu comecei a ter certeza de que eles tomavam seus medi-
camentos foi quando, finalmente, apareceram as injeções de penicilina. Até aquela
hora, as pessoas possuíam enorme aversão em tomar comprimidos; porém, as coi-
sas haviam mudado. Agora, todos são felizes tomadores de pílulas. As pessoas tor-
naram-se loucas por drogas. Já é ruim o bastante ter que lidar com fanáticos por
drogas, porém, agora, atletas saudáveis estão se colocando na mesma categoria. É
uma desgraça”.
O Dr. Ziegler faleceu em novembro de 1983, alguns dias antes do seu 60º
(sexagésimo) aniversário. Ele foi um grande homem e a sua morte foi uma grande
perda. Porém a sua dedicação ao espírito competitivo nos esportes continua forte
até os dias de hoje.
18 Manual Prático de Controle Antidoping - 2ª Edição
Capítulo III
O CONCEITO DO DOPING
ANABOLIZANTES ANDROGÊNICOS
N
a verdade, doping e dopagem são duas palavras que têm significados dife-
rentes. O doping é a própria substância que pode ser usada com fins mé-
dicos e a dopagem é o uso em atletas com a finalidade de levar vantagem
no desempenho esportivo. Com o passar do tempo, a palavra doping foi ganhando
força pelo próprio uso e hoje, doping e dopagem são praticamente sinônimos.
cia com sua real capacidade orgânica e funcional. Na verdade, o COI precisava
definir a dopagem, mas esbarrou de cara nessa definição complexa. Isso porque a
definição deveria envolver aspectos multiconceituais de farmacologia, toxicologia
e clínica, e não esquecer dos aspectos éticos, educativos e de costumes regionais.
Capítulo IV
O DOPING TECNOLÓGICO
E
ste é um capítulo complexo que envolve todas as formas de dopagem que
não sejam aquelas por substâncias proibidas pelas regulamentações nacio-
nais e internacionais. Geralmente, envolvem recursos utilizados com o fim de
levar vantagem desonesta ou de acarretar extrema desvantagem ao adversário.
2. Dopagem física: estimulação por eletrodos. Esta é uma técnica que não se
pode provar que foi feita, mas aos atletas recomenda-se que não se submetam a
ela. Consiste em colocação de eletrodos nas inserções tendinosas de um músculo
O DOPING TECNOLÓGICO 21
6. Manipulação do material de coleta: Esta é uma trapaça que tem sido com-
batida com muito rigor por todas as entidades desportivas. A pena máxima de
suspensão tem sido aplicada. O que os atletas fazem com mais freqüência é a
adição à urina, de saliva, cerveja e uísque. As alterações do pH são tão evidentes
que é fácil a identificação da fraude. Sabe-se que muitos atletas usaram frascos
plásticos com urina de outra pessoa, presos na axila, onde um tubo plástico chega-
va até o pênis preso por uma fita transparente. O atleta que informava sua incapa-
cidade de micção, esperava o cansaço ou o descuido do médico coletor para atra-
vés de uma simples manobra, ceder a urina que não era sua. Pior ainda e de uma
maneira antifisiológica muito perigosa, o atleta urinava em seu vestiário, passa-
vam-lhe um cateter pela uretra para receber a urina de outra pessoa para depois
simular uma micção normal no ato da coleta. É por isso que todas as deliberações
atuais solicitam que as salas de coleta sejam amplas – para se evitar a troca de
frascos de coleta –, e que não se permita o ingresso na sala além dos atletas e seus
médicos e que os atletas estejam praticamente nus no momento de ceder a urina.
O PRESENTE 23
Capítulo V
O PRESENTE
D
esde 1968, quando o COI implantou o controle antidoping, as classes de
substâncias proibidas e a lista dessas substâncias foi crescendo paulati-
namente. Em 68 eram proibidos os estimulantes do sistema nervoso cen-
tral, os narcóticos analgésicos e as aminas simpaticomiméticas. Em 76, já apare-
ciam os hormônios esteróides anabólicos. Em 84 eram proibidas as substâncias
máscaras, como os diuréticos e o probenecide. Hoje a lista é ainda maior.
Tudo porque o combate ao doping é mais ou menos como a luta entre ladrão
e polícia: quanto mais a polícia se especializa, mais o ladrão se aperfeiçoa. Muitas
vezes, os atletas ganharam; outras vezes, a vitória foi do controle, como no Pan de
83 e nos J.O.de 88.
e outros estimulantes foram caindo de cotação, ela chegou com força e hoje é uma
droga perturbadora presente em muitas urinas de atletas competidores, inclusive
de alto nível. O crack e o ecstasy vêm na esteira da cocaína. Do ponto de vista
global há um outro problema sério. A maioria dos países não dispõe de laboratórios
capazes de fazer as análises, e mesmo quando dispõe, esbarram nos rígidos atribu-
tos para credenciamento junto ao COI. Só agora, em 2002 o Brasil foi credenciado
através do laboratório LADETEC, mesmo assim os custos são absurdamente ca-
ros e inviável perante os custos internacional. Infelizmente, apesar dos avisos, das
punições e da rigidez de alguns controles, o número de casos positivos tem aumen-
tado. Os recordes que foram conquistados em épocas de abuso dos hormônios, já
não podem ser batidos com o esmero do treinamento e da moderna fisiologia. Em
alguns esportes, quem não se dopar não chega em primeiro lugar, esta é uma ver-
dade incontestável.
Pior; a mídia expõe esses campeões de forma tão excepcional e, muitas ve-
zes, tão milionária que jovens incautos nas academias buscam nas drogas anaboli-
zantes a similaridade desses corpos musculosos, ágeis e velozes. Este é o maior
perigo dos tempos modernos. Se os atletas que se dopam, de certa forma ainda
têm suas doses e efeitos colaterais controlados, no ambiente de academias ou de
competições não controladas, as doses são abusivas e os efeitos indesejáveis são
mascarados. É possível afirmar que mais de 95% das ampolas de esteróides ana-
bólicos ou de hormônios masculinos, de uso em esportistas ou atletas vão parar nas
mãos desses jovens, homens e mulheres. E isso já é um problema de saúde pública
quando não, de criminalidade.
O FUTURO 25
Capítulo VI
O FUTURO
O
futuro da dopagem mostra-se sombrio. Organismos esportivos internacio-
nais, governos, associações nacionais, universidades, etc. precisam traba-
lhar de uma forma organizada, concatenada e responsável para que o
controle seja aperfeiçoado, a ética prevaleça e o caráter educativo dos jovens seja
prioritário. Mesmo que possa parecer utopia, arrisco aqui, colocar ações que são
urgentes nessa batalha:
• A justiça comum não pode estar acima da justiça desportiva nos casos de
dopagem.
Capítulo VII
20 PERGUNTAS
5. – Por que?
Devido às leis básicas da bioquímica, até hoje não foi possível conseguir fa-
bricar esteróides anabolizantes que produzissem somente efeitos anabólicos sem
que causassem efeitos colaterais.
8. – O que é testosterona?
Ela tem basicamente duas funções: uma chamada anabólica e outra andro-
gênica. Pela função anabólica ela atua, principalmente, sobre as zonas de cresci-
mento dos ossos. Além disso, ela influencia o desenvolvimento de praticamente to-
dos os órgãos do corpo humano. Pelo lado androgênico, ela é responsável pelo de-
senvolvimento das características sexuais masculinas (órgãos sexuais, produção
de espermatozóides, pelos, barba, voz, etc). E mais: a testosterona age também na
distribuição da gordura corporal, dando a nítida diferença entre a silhueta masculi-
na e feminina.
Efeitos colaterais
15. – O que devo fazer quando uma pessoa oferece esse tipo de
droga numa academia?
que provocam alterações na taxa de nível hormonal, ou substâncias que são proi-
bidas na listagem da Agência Mundial de Antidoping, que poderá ser consultada
através do site: www.wada-ama.org
Qualquer pessoa pode participar seja individual ou jurídica, basta ligar para o
telefone no verso do guia e você estará contribuindo com esporte e ao mesmo
tempo salvando vidas.
GUIA INFORMATIVO DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES – UMA DROGA PERIGOSA 35
Capítulo VIII
PICOLINATO DE CROMO
das células musculares –, depende do cromo para estar apta a realizar as suas fun-
ções, visto que é responsável pela união da insulina com os receptores da membra-
na celular. Sem este elemento, a insulina perde todo o seu valor. Isto, juntamente à
descoberta de que os atletas normalmente apresentam deficiências de cromo, dei-
xa claro a importância de uma necessidade de suplementação deste elemento.
SULFATO DE VANADIL
ÁCIDO LIPÓICO
Dose recomendada: 400-600 mg por dia em três doses de 200 mg , junto com
as três refeições (café da manhã, almoço e jantar).
L - ARGININA
L-ORNITINA
OKG
INOSINA
ÁCIDO FERÚLICO
Dose recomendada: 1mg por quilo de peso corporal por dia, ingerido pela manhã.
GLUTAMINA + CREATINA
HMB
A efetividade deste metabólito leucina, pode ser explicado por duas hipóte-
ses: a) inibe a enzima que quebra o tecido muscular para obter energia ou; b) é um
componente essencial da estrutura da membrana da célula muscular, de tal modo
que o HMB pode exercer seu efeito anticatabólico por meios de reparo e fortale-
cimento das membranas celulares contra efeitos prejudiciais do treinamento de
resistência e outras situações de estresse.
OUTROS
a saúde física e mental e, por isso, seu uso médico é estritamente controlado – no
tratamento de doenças mentais em crianças, insônia depressiva, obesidade, etc.
TIROSINA
COMPLEXO VITAMÍNICO B
A Garcinia Cambogia é uma planta, cujo fruto assemelha-se com uma pe-
quena abóbora amarelada ou avermelhada do qual se obtém um extrato rico em
ácido hidroxicitrico (HCA) que é muito útil nos programas de controle de peso. O
HCA é um supressor do apetite e da ingestão de alimentos. Ele também previne os
processos pelo qual o corpo produz e armazena os ácidos graxos e o colesterol
(lipogênese). A combinação destas três atividades resultam na regulação da obesida-
de sem os efeitos colaterais associados à maioria das drogas utilizadas no controle
de peso – tais como as anfetaminas, o fenilpropanolamina, a Ma Huang, etc. –,
que agem no SNC, desenvolvendo tolerância no organismo e causando depressão,
nervosismo, insônia, e taquicardia.
46 Manual Prático de Controle Antidoping - 2ª Edição
CHITOSAN
TIROSINA
FENILALANINA
c) Outros métodos
INOSINA
Estas vitaminas do grupo B tem uma dupla função: de certo modo, elas inter-
vêm no metabolismo de carboidratos, porém, tem funções importantes a nível do
sistema nervoso.
PIRUVATO
ELETRÓLITOS
AMINOÁCIDOS
Esta planta tem uma composição química muito complexa, mas é de interes-
se principalmente por suas riquezas em vitaminas. A séculos atrás os Árabes a
chamavam de alfalfa – pai de todos os alimentos.
O astragalus é uma planta nativa da China e do Japão. Foi usada por séculos
pelos orientais para tratar de uma grande variedade de doenças, da diabetes a hi-
pertensão, e tem sido prescrita como auxiliar do sistema imunológico e energético
defensor do organismo. O astragalus tem sido investigada no possível tratamento
da AIDS pelo fato de sua ativação do sistema imunológico e por parar o desenvol-
vimento de células malignas do câncer. Na China é usado como tônico e diurético.
Nos esportes é utilizada em atletas que sofrem de fôlego curto. Ela aumenta a re-
sistência e protege a glândula adrenal.
52 Manual Prático de Controle Antidoping - 2ª Edição
Árvore grande muito comum na Europa e na Ásia. Suas folhas secas contém
saponinas, taninos, óleos essenciais, resinas e anti-séptico vegetal. Tem um perfu-
me aromático e um sabor amargo. As substâncias que ele contém são diuréticos e
desinfetantes que não irritam os rins. É, no entanto, um dos principais componen-
tes da infusão renal designada para tratar o trato urinário, a bexiga, e as pedras de
rim. Possui também um efeito sudorífero.
Planta sem flores, é colhida apenas uma vez no verão e os caules secos con-
tém uma baixa proporção de ácido silícico, indicações de alcalóides (nicotina e
palustrina) e saponinas. O caule constitui um dos principais componentes das infu-
sões diuréticas com a propriedade de produzir transpiração excessiva.
ÁGUA DESTILADA
CARTILAGEM DE TUBARÃO
O tubarão é a criatura mais saudável que existe na terra. Ele tem um podero-
so sistema imunológico e é o único animal que não sofre de câncer, por ser consti-
tuído apenas de cartilagem. Os extratos secos da cartilagem do tubarão são usa-
dos para combater uma série de doenças crônicas tais como: câncer, osteoartrite,
e artrite reumatóide por meios de administração oral. A cartilagem de tubarão é
uma fonte natural de minerais – principalmente cálcio, e fósforo –, e de mucopo-
lissacarídeos que agem juntos com a proteína da cartilagem – chamada macropro-
teina IDC – para fornecerem seus benefícios.
Dose recomendada: 2-3g por dia ingeridos 15 minutos, sempre antes das
principais refeições.
54 Manual Prático de Controle Antidoping - 2ª Edição
GLUCOSAMINA
OKG
Uma série de estudos tem sido realizados com pacientes hospitalizados que
apresentaram condições de catabolismo devido a queimaduras ou traumatismos; a
administração de altas doses de OKG reduziram a perda de proteína muscular e
ajudaram na recuperação tecidual; mostrando que, o OKG age como um agente
anabólico natural.
A mesma coisa acontece em atletas que sofrem lesões musculares e/ou articu-
lares. A recuperação e a formação de cicatriz da lesão é rápida, demonstrando um
efeito anticatabólico. O OKG também ajuda na produção dos mesmos componentes
chamados poliaminas que estão envolvidas na renovação celular e síntese de proteína.
Capítulo IX
SELEÇÃO DE DESPORTISTA:
• Uma anti-sala
bom lembrar que nas modalidades não olímpicas, pode-se utilizar de outros labora-
tórios capacitados para este tipo de análise, desde que a federação internacional
da modalidade autorize, por escrito, a fim de oficializar parcialmente, por evento ou
em definitivo, levando-se em conta o fator custo / benefício.
• Preparação da amostra
• Análise de screening
• Confirmação
SANÇÕES
Capítulo X
INTRODUÇÃO
I - PRINCÍPIOS GERAIS.
1 - O DOPING É PROIBIDO
02 - Aprovando equipamentos.
3 - DOCUMENTOS
Esta notificação, além dos dados gerais, deverá estar preenchida completa-
mente e estar assinada pelo atleta, pela escolta e pelo médico responsável pelo
controle.
7 - RECOLHIMENTO DA AMOSTRA.
Durante o processo de controle antidoping não poderão tirar fotos, tão pouco
filmarem dentro da sala. Assim como não serão permitidos o uso de telefones
celulares, rádios transmissores ou unidades portáteis de música por atletas ou acom-
panhantes.
O atleta escolherá entre outras, uma bolsa que contém um coletor dentro
de um pacote fechado. O atleta pegará o coletor tendo certeza que está com-
pleto, passará para o cubículo de recolhimento da urina. Neste local não deve-
rá passar mais de um atleta por vez, sendo este acompanhado por um membro
da sala de controle de doping do mesmo sexo.
Se o atleta produziu menos volume de urina requerido (75 ml) deverá seguir
os passos para a amostra parcial de acordo com o equipamento utilizado e retornará
para a sala de controle ao ter a vontade de urinar para escolher um novo coletor e
dirigir-se ao sanitário para a coleta de mais urina, retornando a área de controle
onde abrirá o frasco da amostra parcial e verterá seu conteúdo no outro coletor, se
a combinação dos dois não atingir os 75 ml, repetirá todo o procedimento anterior
até completá-lo. Quando os volumes combinados totalizarem 75 ml a amostra da
urina deverá ser processada de acordo com os procedimentos antes mencio-na-
dos. (7.10,7.11,7.12, etc).
8 - ANALISES.
As análises da amostra terão que ser feitas rapidamente, assim que as mes-
mas chegarem ao laboratório.
Em caso das análises da amostra “A” indiquem violação das regras do con-
trole de doping da ODESUR, o Coordenador da Comissão Médica da ODESUR
informará imediatamente o Presidente da ODESUR.
ANEXOS
RECOMENDAÇÕES:
desde que não haja dúvidas sobre a culpa, levando em consideração a recomenda-
ção do COI, segundo o código de Antidoping do Movimento Olímpico, capítulo II.,
da Ofensa ao Doping e sua sanção, artigos 1,2,3 e 4.
Capítulo XI
A – ESTIMULANTES
*** permitido pelo inalador somente para prevenir ou tratar asma e asma in-
duzida pelo exercício. Uma notificação por escrito do pneumologista ou médico da
equipe afirmando que o atleta sofre de asma ou asma induzida pelo exercício, é
necessária para a autoridade médica relevante, previamente à competição. Nos
Jogos Olímpicos atletas que requererem permissão para inalar um Beta-2 Agonista,
serão avaliados por uma equipe médica independente.
B – NARCÓTICOS
C – AGENTES ANABÓLICOS
O atleta deveria ser testado, sem aviso, pelo menos uma vez por mês durante
três meses. Os resultados destas investigações deveriam ser incluídos no relatório.
Não cooperar nas investigações resultará na declaração de uma amostra positiva.
clenbuterol, *salbutamol
D – DIURÉTICOS
6. Eritropoietina (EPO);
7. *Insulina
G – AGENTES MASCARANTES
Agentes mascarantes são proibidos. Eles são produtos que têm o potencial
de debilitar a excreção de substâncias proibidas ou dissimular a presença delas na
urina ou outras amostras utilizadas no controle de doping.
C – DOPING GENÉTICO
A – ÁLCOOL
B – CANABINÓIDES
C – ANESTÉSICOS LOCAIS
D – GLUCOCORTICOSTERÓIDES
E – BETA-BLOQUEADORES
I.D. Diuréticos
ESTIMULANTES:
NARCÓTICOS:
AGENTES ANABÓLICOS:
DIURÉTICOS
AGENTES MASCARANTES
BETA BLOQUEADORES
C – Agentes Anabólicos
G – Agentes mascarantes
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• De Rose, E H.& SEDER,M.G Informações sobre o uso de medicamentos no esporte. Rio de janeiro: Comitê Olímpico
Brasileiro - COB, s/d 16p informações sobre o uso de medicamentos proíbidos.
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