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FARMACOEPIDEMIOLOGIA
A farmacoepidemiologia
advém de dois conceitos básicos: a
farmacologia clínica e a
epidemiologia. A farmacoterapêutica
refere-se ao uso de medicamentos
para o tratamento das enfermidades, enquanto o termo terapêutica é mais
abrangente, evolvendo não só o uso de medicamentos, como também outros
meios para a prevenção, diagnóstico e tratamento das enfermidades.
A Epidemiologia é a ciência que estuda os padrões da ocorrência de
doenças em populações humanas e os fatores determinantes desses padrões
(LILIENFELD, 1980). Enquanto a clínica aborda a doença de forma individual, a
epidemiologia aborda o processo saúde-doença em grupos de pessoas que
podem variar de pequenos grupos até populações inteiras.
O fato de a epidemiologia, por muitas vezes, estudar morbidade,
mortalidade ou agravos à saúde, deve-se, simplesmente, às limitações
metodológicas da definição de saúde. Suas aplicações variam desde a
descrição das condições de saúde da população, da investigação dos fatores
determinantes de doenças, da avaliação do impacto das ações para alterar a
situação de saúde até a avaliação da utilização dos serviços de saúde,
incluindo custos de assistência.
Dessa forma, a epidemiologia contribui para o melhor entendimento da
saúde da população – partindo do conhecimento dos fatores que a determinam
e provendo, consequentemente, subsídios para a prevenção das doenças
(MENEZES, 1998).
Se o objeto da epidemiologia pode ser entendido como “doenças em
populações”, é possível compreender que o consumo de medicamentos na
população é o objeto da farmacoepidemiologia (ACURCIO, Perini in GOMES e
REIS, 2003). Em consonância com esses princípios, são várias as propostas
citadas em Storpittis et al., 2008, para este ramo da ciência: “Epidemiologia dos
medicamentos e dos tratamentos é o estudo do uso e dos efeitos desses
insumos” (TOGNONI; LAPORTE, 1989); “Estudo do uso e dos efeitos dos
medicamentos em um grande numero de pessoas” (STROM, 1994); “Aplicação
de raciocínio, conhecimento e métodos epidemiológicos ao estudo do uso dos
medicamentos e de seus efeitos, quer sejam eles benéficos ou adversos em
populações humanas” (PORTA; HARTZEMA; TILSON, 1998).
A farmaepidemiologia propõe-se, portanto, como uma forma de
abordagem capaz de ultrapassar essas limitações usualmente observadas nos
estudos das ações dos fármacos. Para tanto, essa ciência, fazendo uso de
duas grandes áreas de conhecimento (farmacologia e epidemiologia),
organiza-se em dois grandes grupos de ações: farmacovigilância e estudo
de utilização de medicamentos, conforme figura.
Ensaios pré-clínicos
Estudos in vivo
Toxicidade aguda
Teratogenia
Especiais
Ensaios clínicos
Fase I
Fase II
Fase III
Semelhante à fase II, porém o número de pacientes é maior (250-1000).
É considerada a fase final da pesquisa clínica, em que é avaliada a segurança
e eficácia do fármaco. A amostra maior de pacientes possibilita a aprovação do
uso generalizado do medicamento.
Fase IV
FARMACOVIGILÂNCIA
DESVIOS DE QUALIDADE
Eventos adversos
• Interações medicamentosas;
Sinônimos
29 Exagerado, dose dependente Bizarro, dose independente
Farmacocinética,
Causas Genética, imunológica
farmacodinâmicas
Mortalidade e
Baixa / alta Alta / baixa
incidência
FONTE: Rawlins e Thompson (1998).
Reações do tipo C
Reações do tipo D
Reações do tipo E
Reações do tipo F
Reações do Tipo G
Reações do tipo H