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CSP/MGF – PF/SM – Respostas

5º. Ano – 2019-120

“Missão do médico: curar às vezes, aliviar


frequentemente e confortar sempre”
Sir William Osler

Teresa Libório
Objetivos da MGFamiliar
• Prestação de cuidados de saúde globais
com componente, fundamental, em:

• Prevenção e promoção da saúde


2

 dirigidas aos:
 indivíduos e suas famílias

 integrados:
 na comunidade onde vivem.
Saúde Reprodutiva
Definição

“Estado de completo bem-estar físico,


psíquico e social e, não apenas a ausência
de doença ou enfermidade, em tudo o que
diz respeito ao sistema reprodutivo, bem 3
como às suas funções e processos”.
(Cairo, 1994)
• Implica:

 Vida sexual satisfatória e segura


 Possibilidade de reprodução
 Liberdade de decisão.
Planeamento Familiar
Conteúdos

 Métodos Contracetivos
 Cuidados Pré-concecionais
 Infertilidade 4

 Infeções Sexualmente Transmissíveis


 “Rastreios” de doenças neoplásicas.
Planeamento Familiar
Atividades

• Esclarecer sobre as vantagens de regular a


fecundidade em função da idade
• Informar sobre as vantagens do espaçamento
adequado das gravidezes 5

• Elucidar sobre as consequências da gravidez não


desejada
• Informar sobre a anatomia e fisiologia da
reprodução
• Facultar informação completa, isenta e com
fundamento científico, sobre todos os métodos
contracetivos...
Planeamento Familiar
Atividades

 Fornecer, gratuitamente, os contracetivos

 Proceder ao acompanhamento clínico, qualquer que


seja o método contracetivo escolhido

 Reconhecer e orientar os casais com desajustes 6

sexuais ou problemas de infertilidade

 Prestar cuidados pré-concecionais

 Efetuar a prevenção, diagnóstico e tratamento das


IST

 Efetuar o “rastreio” dos cancros, do colo do útero e


da mama.
Princípios básicos de aconselhamento
• Criar empatia, saber escutar e estabelecer um clima
de confiança com o casal ou a mulher
• Interagir, encorajar as pessoas a falar e colocar
questões
• Adequar a informação às necessidades das pessoas
com quem falamos
7
• Evitar informação excessiva
• Assegurar que a informação foi compreendida;
sumarizar os aspetos mais importantes a reter
e fornecer material informativo impresso,
sempre que possível
• Fornecer o método escolhido.
Notas Soltas

 Port. Nº 52/85, 28 de Janeiro (Dr.


Albino Aroso):

• Qq adolescente, com qq idade deve ter


acesso a consultas de PF, sem necessidade 8

de autorização dos pais


• Métodos contracetivos gratuitos
• Sigilo obrigatório.
Notas Soltas

 Adolescente e contraceção:

 Pílula + Preservativo
 Informação adequada e atempada. 9
Planeamento Familiar
Métodos Contracetivos

• De “conhecimento do período fértil” ou


“auto-observação”
• Barreira 1
0
• Químicos
• Contraceção Hormonal (CH)
• DIU/SIU
• Contraceção cirúrgica
• Amamentação.
Métodos contracetivos
Barreira

• Preservativos
 Masculino (5 a 10 gravidezes)
 Feminino (5 a 15 gravidezes)
1
1

• Diafragma (6 a 16 gravidezes)
• “Cap cervical” (9 a 20 gravidezes)

Pouco eficazes mas, com utilidade


(variável!) na prevenção das IST.
Métodos de barreira
vantagens do preservativo masculino

• Não necessita de supervisão médica

• Fomenta o envolvimento masculino


na contraceção e na prevenção das
1
2

IST

• Pode contribuir para minorar


situações de ejaculação precoce.
Métodos de barreira
desvantagens do preservativo masculino

• Podem acontecer reações alérgicas


ao látex ou ao lubrificante

• Se não for usado corretamente, 1

pode rasgar durante o coito ou ficar 3

retido na vagina

• Pode interferir, negativamente, com


o ato sexual.
Métodos contracetivos
Químicos

• Espermicida:

 Cremes
 Espumas
1
 Cones 4

 Comprimidos vaginais

Muito pouco eficaz, 18 a 30 gravidezes em 100


mulheres/ano

Eficácia aumentada quando associado a método de


barreira (diafragma e “cap cervical”)
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal

• Oral
• Injetável
• Implante Subcutâneo
• Sistema Transdérmico 1
5

• Anel Vaginal

• SIU = DIU com levonorgestrel.


Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Oral
• COC – contracetivos combinados:
 0,1 a 1 gravidezes em 100 mulheres/ano – os
mais eficazes e usados entre nós.
• POC – contracetivos só com progestagénio
(Minipílula) 1
 0,5 a 1,5 gravidezes em 100 mulheres/ano – a
6

usar quando os estrogénios estão contraindicados


(ex. amamentação).
• Estrogénio (controlo do ciclo) + Progestagénio
(inibição da ovulação + espessamento do muco
cervical).
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Oral
• COC

 Estrogénios:

 Etinilestradiol (≤ 35µg)
 Valerato de estradiol (3/2/1mg)
 Estradiol (1,5mg) 1
7

 Progestagénios:

 Ciproterona
 Levonorgestrel (CE)
 Desogestrel e Gestodeno
 Dienogest (V+Q), Drospirenona (Y) e Acetato de
clormadinona (B)
 Acetato de Nomegestrol (NOCA).
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Oral

• COC (tri, bi ou monofásicos) - vantagens:

 Têm elevada eficácia contracetiva

 Não interferem com a relação sexual 1


8

 Regularizam os ciclos menstruais

 Melhoram a tensão pré-menstrual e a


dismenorreia

 Previnem e controlam a anemia ferropénica…


Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Oral

• COC (tri, bi ou monofásicos) - vantagens:

 Não alteram a fertilidade, após a suspensão do


método
1
9

 Contribuem para a prevenção de:

 DIP e gravidez ectópica


 Cancro do ovário e do endométrio
 Quistos funcionais dos ovários
 Doença fibroquística da mama…
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Oral

• POC - vantagens:

 Podem ser utilizados em situações em que os


2
estrogénios estão contraindicados (Hipertensas, 0
fumadoras…)

 Podem ser utilizados durante a amamentação.


Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Oral

• COC e POC - desvantagens:


 Exigem o empenho da mulher para a toma diária
da pílula

 Não protegem das IST 2


1

 Os COC podem afetar a quantidade e a qualidade


do leite materno

 Os POC associam-se com irregularidades do ciclo


menstrual.
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Combinada - ef. colaterais
• Excesso de estrogénios:

1. Náuseas / vómitos

2. Cefaleias
2
3. Edema / HTA 2

4. Mastodínia

5. Alterações do peso

6. Alterações da coagulação

7. Depressão.
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Combinada - ef. Colaterais

• Défice de estrogénios:
1. Diminuição do fluxo “menstrual”
2. Atraso “menstrual” ou amenorreia 2
3
3. Spotting (perda de sangue que requer, no
máximo, 1 penso ou tampão/dia)
4. Afrontamentos
5. Secura vaginal.
Métodos Contracetivos
Contraceção Hormonal Oral

 Efeitos 2ºs dos progestagénios:

 Tendências depressivas
 Hirsutismo
 Diminuição da libido 2
4

 Aumento de peso.

Sinais e sintomas que, por vezes,


desaparecem ao fim de alguns ciclos.
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Oral - cuidados

• Esquecimento:

 COC/POC – 1 cp, não ultrapassando 12 horas,


2
tomá-lo, mantendo a toma desse dia 5

 COC/POC – 1 cp, além de 12 horas, deixar esse


cp, continuar os restantes, utilizando durante 7
dias outro método associado.
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Oral - cuidados

• Precauções – associar outro método ou


mudar:
 Mulher c/ epilepsia medicada com fenitoína,
carbamazepina, barbituratos, primidona, 2
topiramato (não valproato de sódio) 6

 Toma de griseofulvina, espironolactona,


rifampicina, retrovirais (SIDA), produtos
contendo Hypericum perforatum 
 Episódio grave de diarreia ou vómitos (associar
outro método durante a “doença” e mais 7 dias).
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Combinada
• Critérios de elegibilidade (Categoria 4):

1. Gravidez

2. Hemorragia genital anormal


2
3. Doença cerebrovascular ou coronária 7

4. TEP/Embolia pulmonar/Situação clínica predispondo


a acidente tromboembólico

5. HTA≥ 160/100 mmHg

6. Doença cardíaca valvular complicada…


Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Combinada

• Critérios de elegibilidade (Categoria 4):


7 Neoplasia hormonodependente

8 Doença hepática crónica em fase ativa, tumor


hepático 2
8

9 Enxaqueca com “aura” em qualquer idade


10 Enxaqueca sem “aura” em idade≥ 35 anos
11 Tabagismo em idade≥ 35 anos

12 <21 dias pós-parto, mesmo que a mulher não


amamente.
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Combinada
• Critérios de elegibilidade (Categoria 3):
1. DM – (com compromisso vascular, renal,
oftalmológico ou outro é Categoria 4)

2. HTA controlada
2
9
1. Colelitíase

2. Lupus Eritematoso Sistémico

3. Hiperlipidémia

4. Síndrome de má-absorção…
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Combinada

• Critérios de elegibilidade (Categoria 3):

7 Epilepsia e outras doenças cuja terapêutica possa interferir


com o CHO
3
8 Tromboflebite em curso 0

9 Enxaqueca sem “aura” em mulheres< 35 anos


10 Neoplasia da mama> 5 anos sem evidência de doença.

A existência de dois ou mais CE de categoria 3 pode transformar a


situação em categoria 4.
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Progestagénica

Critérios de elegibilidade (Categoria 4):

3
1. Gravidez ou suspeita 1

2. Neoplasia hormonodependente.
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Progestagénica
Critérios de elegibilidade (Categoria 3):
1. Continuar o método em mulheres com doença
cerebrovascular ou coronária
2. Tromboembolismo em curso
3. Doença hepática aguda, crónica ativa ou tumor
hepático 3
2
4. Enxaqueca com “aura” em qualquer idade
5 Hemorragia genital, não esclarecida
6 Neoplasia da mama com> 5 anos, sem
evidência de doença
7 Mulheres que não aceitam as irregularidades do
ciclo
8 Hipersensibilidade a qualquer componente.
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Subcutânea

• Implanon – 68 mg de etonogestrel em


bastonete flexível (4 cmx2 mm)
 A inserir entre o 1º e o 5º dia do ciclo, e com duração
de 3 (RCM) a 5*(OMS) anos
3
0,0 a 0,07 gravidezes em 100 3

mulheres/ano

Modos de atuação:
 Inibição da ovulação
 Aumento da viscosidade do muco cervical.
Métodos Contracetivos
Contraceção Hormonal Subcutânea

 Vantagens:

 Elevada eficácia contracetiva;


 A sua ação não depende da mulher;
 Não interfere com o ato sexual;
 Pode ser utilizado quando os estrogénios estão 3
contra-indicados; 4

 Permite um rápido retorno aos níveis anteriores


de fertilidade.

 Desvantagens:

 Irregularidades “menstruais”;
 Pode provocar aumento de peso.
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Transdérmica
• Evra® – CH combinado,150 µg de
norelgestromina e 20 µg de etinilestradiol
por 24 horas.
< 1 gravidez em 100 mulheres/ano -
Utilizar durante 7 dias, em 3 semanas 3

consecutivas, seguidas por uma semana de 5

descanso.
Vantagem:
 Não interfere com a relação sexual
 Não necessita de motivação diária.
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal - Anel vaginal

• NuvaRing®/Circlet® – CH combinado,
120 µg de etonogestrel e 15 µg de
etinilestradiol, por dia.
3
6
0,08 a 1,16 gravidezes em 100 mulheres/ano

Modo de utilização:
 Durante 3 semanas, removido no mesmo dia da
semana em que foi colocado, a que se segue
uma semana sem anel.
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Injetável
• Acetato de medroxiprogesterona (Depo-
Provera® 150)

 Injeção IM até ao 7º dia do ciclo, repetida de 12 em


12 semanas.
0 a 1,3 gravidezes em 100 mulheres/ano 3
7

Vantagens:
 Não interfere com a relação sexual e não necessita de
motivação diária
 Não tem os efeitos 2ºs dos estrogénios
 Pode ser usado durante o aleitamento (6ª sem pós-
parto), não interferindo com a qualidade e a
quantidade do leite...
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Injetável
• Vantagens:
 A amenorreia que pode provocar pode ser útil em
situações de anemia crónicas ou discrasias
sanguíneas
 Diminui o risco de DIP, gravidez ectópica, mioma 3
uterino e carcinoma do endométrio 8

 Melhora algumas situações patológicas –


endometriose, anemia de cél. falciformes e
epilepsia
 Não tem efeitos teratogénicos.
Métodos contracetivos
Contraceção Hormonal Injetável
• Desvantagens:
 Irregularidades do ciclo, entre o spotting e a amenorreia
 Pode provocar o atraso de alguns meses, no retorno aos
níveis anteriores de fertilidade

 Aumento do apetite/peso (1 a 2 Kg/ano) 3


9

 Cefaleias, mastodínia, acne, hirsutismo, queda de cabelo


e diminuição do desejo sexual (ef. Antiandrogénico < que
outros progestagénios)
 No período de utilização diminui a densidade óssea –
recuperada após suspensão.
Métodos contracetivos
DIU / SIU
• Com cobre (Gine-T®, Multiload®…) - 10(5) Anos
• Com cobre e prata (Nova-T®) - 10(5) Anos
• Com Levonorgestrel:
• Mirena®-20µg/24H, 32x30mm - 5 Anos

• Kyleena®-17,5µg/24H, 28x30mm - 5 Anos 4


0

• Jaydess®-14µg/24H, 28x30mm - 3 Anos


Atuam pela sua própria presença no útero, dificultando a
passagem dos espermatozóides e não favorecendo a
nidação do ovo – (Dimensões - 2,5 a 3,5cm e 5g).

0,1 a 2 gravidezes em 100 mulheres/ano.


Métodos contracetivos
DIU / SIU
• Indicações:
1. Mulheres que já tiveram filhos e desejam uma
contraceção muito eficaz

2. Fumadoras com mais de 35 anos


3. Mulheres cujos companheiros estão ausentes por 4
1
períodos irregulares de tempo

4. Nulíparas que não são capazes ou não podem utilizar


outro método
5. O SIU está indicado nas mulheres com fluxo
menstrual abundante e dismenorreia e que querem
usar DIU.
Métodos contracetivos
DIU / SIU
• Critérios de elegibilidade (Categoria 4):
1. Gravidez
2. DIP ativa ou episódios recorrentes
3. Hemorragia uterina de causa não esclarecida
4
2
4. Suspeita de neoplasia uterina
5. Anomalias da cavidade uterina
6. Mulheres a fazerem imunossupressores
7. Mulheres com SIDA (expressão clínica grave)

8. Alergia ao cobre e doença de Wilson, para os DIU


com cobre.
Métodos contracetivos
DIU / SIU
• Critérios de elegibilidade (Categoria 3):
1. Gravidez ectópica anterior
2. Hemorragia uterina anormal
3. Anemia crónica (Talassémia e Drepanocitose)
4. Um episódio de DIP prévia

5. Mulheres VIH+ ou com SIDA (sem expressão clínica – sob terapêutica ou 4


3
não)
6. Infeções cervico-vaginais, tratar antes da inserção (a erosão simples do
colo, não é contraindicação)

7. Fibromiomas uterinos, se provocarem deformação da cavidade ou


hemorragia
8. Nuliparidade – avaliar risco/benefício
9. Doença valvular cardíaca (cobertura antibiótica)
10. Medicação habitual com corticóides sistémicos.
Métodos contracetivos
DIU / SIU - vigilância pós-inserção

• Frequência das consultas – (ex.


ginecológico):

 4 a 6 semanas após a colocação


 6 em 6 meses ou de ano a ano. 4
4

• Investigar:

 Data da UM
 Características menstruais
 Ocorrência de hemorragia irregular
 Existência de dores pélvicas ou corrimento
vaginal.
Métodos contracetivos
“Conhecimento do período fértil”/“auto-observação”

• Método do Calendário ou de Ogino-Knauss:


 Ciclo + Curto – 18
 Ciclo + Longo – 11
 (Ex: 25-18=7 e 30-11=19 – Período fértil: 7º ao 19º dia)
4
5

• Método da Temperatura basal


• Método do muco cervical ou de Billings...
Métodos contracetivos
“Conhecimento do período fértil”/“auto-observação”

• Método sintotérmico (Temperatura+Muco)

Muito pouco eficazes, 2 a 25 gravidezes


em 100 mulheres/ano 4
6

O óvulo é viável entre 1 a 3 dias, após a


ovulação e o espermatozóide pode ser
fecundante 3 a 5 dias, após a ejaculação.
Métodos contracetivos
Contraceção de Emergência
Indicação:
 Prevenir a gravidez .

Contra-indicação:
 Gravidez – não há evidência científica de que a CE seja
teratogénica.
4
Efeitos colaterais: 7

 Náuseas e vómitos – não mais de 24 horas; se vómitos até 3 a 4


horas após a toma, repetir a dose, se se mantiverem, usar a via
vaginal; os antieméticos podem ser eficazes, se administrados
½ a 1 hora antes da toma;

 Atraso no período menstrual (2 a 7 dias), dores abdominais,


tonturas, cansaço, irritabilidade, tensão mamária e cefaleia.
Métodos contracetivos
Contraceção de Emergência

Contraceção Hormonal Oral


 Bloqueiam ou atrasam a ovulação, após relação sexual não
protegida:

• Levonorgestrel (LNG 1500µg - 1 cp) - a usar até ao 3º


dia (72H) - eficácia: 95% (1º dia) - 85% (2º) - 58% 4
(3º); 8

• Acetato de Ulipristal (modulador do recetor da


progesterona) - a usar até ao 5º dia (120H) - eficácia:
96%.

Após a toma da CE deve ser iniciado ou continuado método


contracetivo, associado a PRESERVATIVO durante 7 dias (LNG)
e 14 dias (Ac. Ulipristal).
Métodos contracetivos
Contraceção de Emergência

 DIU / SIU

 Utilizável até ao 5º dia 4


9
< de 1 gravidez em 100 mulheres.

 Método de recurso, não de uso regular.


Métodos contracetivos
Amamentação

 Método contracetivo temporário baseado no efeito


natural da amamentação: amamentar com frequência
e intervalos curtos assegura picos de Prolactina que
inibem a ovulação.

 A OMS classifica o aleitamento materno em: 5


0

1. “exclusivo”: a criança não recebe outro líquido ou


alimento, nem mesmo água, além do leite da mãe

2. “quase exclusivo”: quando apenas uma refeição


semanal pode não ser de origem materna

3. “predominante”: inclui água, sumos ou infusões.


Métodos contracetivos
Amamentação

 A utilização correta do método implica que:

 A mulher permaneça em amenorreia


 A amamentação seja “exclusiva” ou “quase
exclusiva”, com mamadas diurnas e noturnas e 5
intervalo entre mamadas nunca superior a 6 horas 1

 A criança tenha menos de seis meses.

 Eficácia: 1 a 2 gravidezes em 100 mulheres/ano.

 Não tem efeitos sistémicos e é económico.


Métodos contracetivos
Amamentação

 Desvantagem:
 Não protege das infeções sexualmente
transmissíveis.

 Critérios de elegibilidade (Categoria 4): 5


2

1. Mulher VIH positiva ou com SIDA


2. Mulher medicada continuadamente com:
antidepressivos; lítio; alguns hipocoagulantes;
altas doses de corticóides; reserpina e
ergotamina.
Métodos contracetivos
Contraceção cirúrgica

 Laqueação de trompas:

 Mais cara e com maior risco de complicações


 Em Portugal só possível após os 25 anos
5
 Técnicas: 3

 Minilaparotomia infraumbilical/suprapúbica
 Laparoscopia
 “Essure” (dispositivo colocado por histeroscopia)

0,5 a 1,8 gravidezes em 100 mulheres/ano.


Métodos contracetivos
Contraceção cirúrgica

 Vasectomia:

 O casal deve usar método complementar até à


existência de dois espermogramas sem
espermatozóides 5
4

0,15 gravidezes por 100 homens/ano;


< 1 gravidez/mulher/ano.
Planeamento Familiar
Infertilidade - definição

Incapacidade de um casal
engravidar, após um ano de 5
tentativas, corretamente orientadas 5

e sem recurso a qualquer método


contracetivo.
Planeamento Familiar
Infertilidade - fatores e causas
 Homem/Mulher:
 Doenças infecciosas:
 Homem - Parotidite complicada
 Mulher - procedimentos com dispositivos “mal”
esterilizados
 Homem e Mulher - Gonorreia e infeção por Chlamydia 5
6
– cicatrizes (canal espermático, trompas...)

 Problemas anatómicos, endócrinos, genéticos ou


imunológicos.
 Envelhecimento.
Planeamento Familiar
Infertilidade - aconselhamento

 Propôr:

 A utilização dos conhecimentos dados pelos


“métodos contracetivos de conhecimento do 5
período fértil”, eventualmente, útil na tentativa 7

de engravidar.

 Após um ano sem sucesso, iniciar investigação


para posterior referenciação do casal (adoção!?).
Planeamento Familiar
Consulta pré-concecional - aconselhamento
1. Informar sobre o espaçamento recomendado entre
gravidezes
2. Discutir os aspetos psicológicos, familiares, sociais e
financeiros relacionados com a gravidez
3. Avaliar o estado nutricional, hábitos alimentares e estilo de
vida da mulher 5
8
4. Salientar a importância da vigilância pré-natal, precoce e
continuada

5. Determinar o risco concecional


6. Iniciar suplementação com ácido fólico e iodeto de
potássio(?).
Planeamento Familiar
Consulta pré-concecional - efetuar à progenitora

1. “Rastreio” das Hemoglobinopatias – se grupo de


risco

2. “Rastreio” da Toxoplasmose, Sífilis e infeção por


VIH e CMV
5
9
3. Determinação da imunidade à Rubéola e Hepatite B
e, eventuais, vacinações

4. Vacina Tétano-difteria (Td), se necessária

5. “Rastreio” do CCU, se o anterior (normal) tiver sido


há 3 anos (mulher≥ 25 anos).
Planeamento Familiar
Consulta pré-concecional - exames analíticos

 Ao progenitor masculino:
1. VDRL/TPHA

1. Ag HBs 6
0

1. Ac VIH 1 e 2.
Planeamento Familiar
Infeções Sexualmente Transmissíveis - bactérias
 Chlamydia trachomatis:*
 Linfogranuloma venéreo
 Transmissível por via vaginal, anal e, raramente,
oral
 Terapêutica: 6
 Azitromicina 1 g, oral, dose única 1

 ou Doxiciclina 100 mg, 12/12 horas, oral, sete dias.

 Grávida:
 Eritromicina 500 mg, 6/6 horas, oral, sete a dez
dias
 ou Amoxicilina 500 mg, 8/8 horas, oral, sete
dias.
Planeamento Familiar
Infeções Sexualmente Transmissíveis - bactérias
 Neisseria gonorrhoeae:
 Gonorreia
 Transmissível por via vaginal, anal e oral

 Terapêutica:
 Ceftriaxone 250 mg, IM, dose única 6
 Cefotaxima 0,5 a 1 g, IM, dose única
2

 Ciprofloxacina 500 mg, oral, dose única (mts


resistências...).

 Grávida:
 Ceftriaxone 250 mg, IM, dose única
 Espectinomicina 2g, IM, dose única.
Planeamento Familiar
Infeções Sexualmente Transmissíveis - bactérias
 Treponema pallidum:
 Sífilis
 Transmissível por via vaginal, anal e oral
(contacto com a úlcera)

 Terapêutica (Sífilis 1ª): 6


3
 Penicilina G benzatínica 2 400 000 U, IM, dose
única
 Doxiciclina 100 mg, 12/12 horas, oral, catorze
dias (exceto nas grávidas)
 Ceftriaxone 1 g, IM, oito a dez dias
 Azitromicina 2 g, oral, dose única.
Planeamento Familiar
Infeções Sexualmente Transmissíveis - bactérias

 Haemophilus ducreyi:

 Úlcera mole venérea ou cancroide


 Transmissível por via vaginal, anal e oral 6
4

 Terapêutica:
 Azitromicina 1 g, oral, dose única

 Eritromicina 500 mg, 3x/dia, 7 dias (Doentes c/


VIH).
Planeamento Familiar
Infeções Sexualmente Transmissíveis - protozoário
 Trichomonas vaginalis:
 Tricomoníase
 Transmissível por via vaginal, anal e oral

 Terapêutica:
 Metronidazol 500 mg, 12/12 Horas, oral, sete 6
5
dias ou 2 g, oral, toma única
 Tratar o parceiro.

 Grávida:
 Tratamento oral só a partir das doze semanas
 Antes, tratamento tópico para alívio sintomático,
com Clotrimazol, 100mg/dia, via vaginal, sete
dias.
Planeamento Familiar
Infeções Sexualmente Transmissíveis - vírus
 Vírus Herpes simplex:
 Herpes genital
 Transmissível por via vaginal, anal e oral
(contacto com úlcera)
 Terapêutica: 6
6
 Valaciclovir 1000 mg 12/12 Horas, oral, 7 a 10
dias
 Aciclovir 400 mg, 3x/dia ou 400 mg, 3x/dia, oral,
7 a 10 dias.
 Grávida:
 Aciclovir 200 mg, 5x/dia, oral, até à cura das
lesões, mas só depois do primeiro trimestre.
Planeamento Familiar
Infeções Sexualmente Transmissíveis - vírus
 Vírus da Hepatite B:
 Transmissível por via vaginal, anal e oral
 Não tendo tratamento, tem profilaxia:
 Vacina e, eventualmente, 6
7
 Imunoglobulina específica administrada aos
filhos de grávidas infetadas, antes das doze
horas de vida.
Planeamento Familiar
Infeções Sexualmente Transmissíveis - vírus

 Vírus da Imunodeficiência Humana –


SIDA:
 Transmissível por via vaginal, anal e, muito
raramente, oral
6
8
 Não tendo tratamento curativo, tem tratamento
profilático:
 Na grávida diminui significativamente,
segundo alguns autores para valores
inferiores a 1%, a possibilidade de
transmissão vertical ao filho.
Planeamento Familiar
Infeções Sexualmente Transmissíveis - vírus
 Vírus do Papiloma Humano:
 Cancro do colo do útero ou condilomatose
 Transmissível através do contacto pele com pele,
genital, anal e oral
6
 Não tendo tratamento, tem profilaxia: 9

 vacina, dirigida a algumas das estirpes (16,18)

 Grávida com condilomatose usar só métodos


cirúrgicos (criocirurgia, cirurgia por laser...).
Planeamento Familiar
“Rastreio” CCU - COLPO (resultados/atuação)

 Insatisfatória: repetir dentro de 2 a 4 meses.

 Satisfatória mas com ausência de células


endocervicais: repetir dentro de 12 meses, ou 6
meses se houver alterações do colo, à observação 7
0
ou exame anterior com displasia e/ou pesquisa
positiva de HPV.

 Satisfatória para avaliação, mas parcialmente


obscurecida por sangue ou muco: repetir dentro
de 12 meses.
Planeamento Familiar
“Rastreio” CCU - COLPO (resultados possíveis)
 Negativa para lesão intra-epitelial ou
malignidade (NILM):
 Achados não neoplásicos
 Neste resultado estão incluídas:
1. Possíveis infeções por Trichomonas vaginalis
ou fungos 7
1
2. Vaginose bacteriana (Gardnerella)
3. Alterações celulares sugestivas de infeção
por vírus Herpes Simplex
4. Outros achados não neoplásicos como
alterações celulares reativas associadas a
inflamação, radiação, DIU
5. Células glandulares pós-histerectomia e
atrofia.
Planeamento Familiar
“Rastreio” CCU - COLPO (resultados/atuação)
 Infeção por Trichomonas: tratar.
 Infeção por fungos: se sintomática, tratar.
 Inflamação moderada ou grave:
 Fazer colheita de exsudado vaginal para pesquisa
de Chlamydia e N. Gonorrhoeae
7
 Se resultado positivo: tratar e repetir a citologia 2

após 6 a 12 meses
 Se resultado negativo: repetir a citologia após 6
meses.
 Atrofia: tratar com estrogénios locais e repetir a
citologia 2 meses depois.
Planeamento Familiar
IV - “Rastreio” CCU - COLPO (resultados/orientação)
Sistema classificativo Procedimento

Clássico(CIN) OMS Bethesda


CSPrimários
I Normal NILM - dentro dos limites normais
NILM - alterações celulares CSP
II Inflamação
benignas
ASC-US: CSP
Mulher ≥21 Anos – repetir 12
meses 7
(COLPO normal-volta ao 3
IIa rastreio)
Menopáusica:
VPH + (Colposcopia) CSSecundários
VPH neg - repetir COLPO +
VPH aos 12 meses
Displasia Leve LSIL (L. intra-epitelial baixo grau)
III Displasia Moderada HSIL (alto grau) CSS
Displasia Severa HSIL
IV Carcinoma in situ HSIL CSS

V Carcinoma invasor Carcinoma invasor CSS


Planeamento Familiar
“Rastreio” C Mama - BI-RADS
 BI-RADS=Breast Imaging-Reporting and Data
System: sistema padronizado, utilizado para
uniformizar os relatos de radiologia/mamografia
(EUA).
 Categorias BI-RADS:
7
 0 – incompleto 4

 1 – negativo

 2 – achados benignos

 3 – achados provavel/ benignos

 4 – suspeita de malignidade

 5 – altamente sugestivo de malignidade

 6 – malignidade comprovada através de biópsia.


Planeamento Familiar
“Rastreio” C Mama - BI-RADS
 Categoria 0 – são necessárias imagens adicionais
ou comparação com exames anteriores.
 Categoria 1 – mamas simétricas, sem massas,
distorções ou calcificações suspeitas.
 Categoria 2 – mamografia negativa com achados 7
5
benignos:
 Fibroadenomas calcificados

 Calcificações múltiplas de origem secretória

 Quistos oleosos

 Lipomas

 Hamartomas de densidade mista.


Planeamento Familiar
“Rastreio” C Mama - BI-RADS
 Categoria 3 – provavel/ benigna:
 Lesões com o máximo de 2% de risco de
malignidade
 Massas circunscritas e não palpáveis
 Assimetrias focais que diminuem ou desaparecem
7
à compressão 6

 Agrupamentos de calcificações puntiformes.

 A mulher deve repetir o exame dentro de 6


meses:
 Se se mantiver o BI-RADS 3 (pode ser unilateral),
repetir dentro de 6 meses
 Se continuar BI-RADS 3 repetir 12 meses depois.
Saúde Materna
Consultas pré-natais - objetivos

 Proporcionar programa de vigilância, clínica


e laboratorial

 Providenciar aconselhamento, informação e


apoio ao “casal grávido”
7
7

 Ajudar a grávida a adaptar-se às alterações


fisiológicas próprias da gravidez e a superar
a sintomatologia por ela provocada.
Saúde Materna
DPP e Consultas a programar
 1ª consulta antes das 12 semanas - (Cálculo da
DPP - Regra de Näegele: somar 7 dias ao 1º dia
da UM e subtrair 3 meses ao mês da UM)
• Seguintes:
• A cada 4 a 6 sem, até às 30 semanas 7
• A cada 2 a 3 sem, das 30 às 36 semanas 8

• A cada 1 a 2 sem, a partir das 36 semanas.


• Referência aos CSS de forma que a consulta
das 36 semanas, seja no Hospital onde deve
acontecer o parto.
• Revisão do puerpério – 4 a 6 sem, após o
parto.
Saúde Materna
Todas as consultas - avaliação do Grau de Risco
 Índice de Goodwin modificado
 História Reprodutiva:
 Idade
 Paridade
 História obstétrica anterior
7
 Patologia Associada: 9

 Doença renal, cardíaca...

 Gravidez Atual (todas as consultas).

 Baixo risco – 0 a 2 – CSPrimários


 Médio risco – 3 a 6
 Alto risco – 7 a 10.
Saúde Materna
1ª consulta pré-natal - anamnese
 Fatores demográficos e sociais

 Problemas de saúde

 Antecedentes ginecológicos e obstétricos


8
0

 Antecedentes familiares

 História obstétrica atual

 Avaliação do grau de risco

 Avaliação do estado vacinal.


1ª consulta pré-natal
Exame objetivo
 Geral:
 (pulso, TA, peso, alt., ausc. card. e
pulm., ex. membros inferiores)
 Ginecológico:
 (Colpocitologia, se última há mais de 3/5
anos) 8
1

 Obstétrico:
 (avaliação do colo e corpo do útero)

 Análise sumária de urina:


 (prot., glic., cet., nit. e pH).
Consultas seguintes
Avaliações nas consultas seguintes

 Avaliação do estado geral


 Revisão da dieta e prescrições
 Pressão arterial
 Peso
8
 Altura do útero (2º Trim.) 2

 Auscultação fetal (2º Trim.)


 Análise de urina
 Avaliação da apresentação e situação do
feto (3º Trim).
Saúde Materna
1ª consulta pré-natal - determinações analíticas
1. Hemograma c/ plaquetas

2. Glicémia:≥92 mg/dL e <126 mg/dL – D. Gestacional;


≥ 126 mg/dL ou >200 mg/dL – Diabetes prévia
3. Serologia Rubéola (Mulher não imune repetir às 20
sem)
8
4. VDRL 3

3. Ac Anti-VIH 1 e 2

4. Ag HBs

5. Pesquisa de Aglutininas Irregulares (T. Coombs ind.)

6. Urocultura...
Saúde Materna
1ª consulta pré-natal - determinações analíticas

 E, eventualmente:

1. Grupo sanguíneo e Rh

8
2. Serologia Toxoplasmose 4

3. Ac VHC (História de Tx ou transfusão antes de


a. 1992)

4. “Rastreio” CCU.
Saúde Materna
“Rastreio” Pré-natal - 1º Trimestre (90%)
 Idade materna
 Ecografia entre as 11s - 13s+6d – Translucência
da nuca:
 Anomalias cromossómicas

 Defeito cardiovascular
8
 Defeito no sistema linfático 5

 Síndromas genéticas…

 “Rastreio” bioquímico – 11 a 13 semanas:

 PAPP-A (Pregnancy-Associated Plasma Protein A - ↓ T21)

 ß-hCG (↑ T21)…
Saúde Materna
“Rastreio” Pré-natal - 2º Trimestre (70%)

 “Rastreio” bioquímico - entre as 15 e as


20 semanas:
 ß hCG (↑ T21)
8
 α-fetoproteína (↓ T21). 6

 Ecografia “morfológica” (20-22 sem).


Saúde Materna
Análises 2º Trimestre (24-28 sem)
1. Hemograma c/ plaquetas
2. PTGO c/ 75 g de glucose oral – D.
Gestacional:
 ≥ 92 mg/dL – jejum, ou
 ≥ 180 mg/dL – 1 H, ou 8
7
 ≥ 153 mg/dL – 2 H

3. Ser. Toxoplasmose (Grávidas não-imunes)


4. Pesquisa de Aglutininas Irregulares (T.
Coombs ind.)
Saúde Materna
Análises 3º Trimestre (32-34 sem)
1. Hemograma c/ plaquetas
1. VDRL
1. Ac Anti-VIH 1 e 2
2. Ag HBs (rastreio neg. 1º Trim. e não vacinadas) 8
8
3. Ser. Toxoplasmose (Grávidas não imunes)
4. 35-37 sem - Exs. 1/3 ext. da vagina e ano-retal -
pesq. de Strept. β-hemol. grupo B. Se “doença”em
gravidez anterior ou ITU(+) nesta gravidez –
profilaxia intra-parto.
Saúde Materna
Ecografias (1/2)
Objetivo 1º Trimestre
(11 a 13 sem e 6 d)

Determinação da idade gestacional 

Diagnóstico de gestação multifetal 


8
(corionicidade) 9

Localização do saco gestacional/Avaliação da 


viabilidade embrionária ou fetal
Deteção de cromossomopatias/ 
malformações - medição da TN
(N<3mm)

Patologia ginecológica associada 


Saúde Materna
Ecografias (2/2)
Objetivo 2º Trimestre 3º Trimestre
(20 a 22 sem) (30 a 32 sem)
Avaliação da biometria fetal  
Deteção de malformações  
Localização da placenta  
9
Volume do líquido amniótico   0

Dinâmica fetal  
Patologia funicular  
Sexo fetal 
Patologia placentar 
Perfil biofísico fetal (MR+LA...) 
Saúde Materna
Informação à grávida
 Nutrição (Ác. Fólico, Fe, Ca, Vit. D e B12...)

 Aumento de peso (17 a 20% do peso anterior)

 Vestuário

 Higiene corporal 9
1

 Atividade física

 Atividade sexual (restrição/suspensão)

 Hábitos (tabaco, álcool, “outras drogas”, café...)

 Medicamentos (menor dose/menor tempo possível...).


Saúde Materna
Informação à grávida
 Nutrição:
 Alimentação equilibrada em composição e horário
 Calorias – ingestão superior à habitual em 300
Kcal
9
 Proteínas – 75 a 100 g/dia (12% do total de 2

calorias), preferencialmente, de origem animal


 Hidratos de carbono – usar alimentos amidados,
em vez de açucarados, em quantidades
moderadas…
Saúde Materna
Informação à grávida
 Nutrição:
 Ferro – suplemento de 30 mg/dia de um sal
ferroso, eventualmente, nos 2º e 3º trimestres.
Se Hb≤10,5 mg/dL – 60 a 100 mg/dia
 Cálcio e outros minerais – só se a grávida não 9
3
ingerir produtos lácteos
 Vitaminas e ácido fólico – suplemento só de ácido
fólico – 0,1 a 0,3 mg/dia (divisão celular e
hematopoiese - só temos cp de 5 mg,
comparticipados)
 Dietas vegetarianas – suplementação em vit. B
12 (4 mg/d), vit. D (400 UI/d) e sal iodado.
Saúde Materna
Informação à grávida
 Aumento de peso:
 Ideal entre 10 a 15Kg (17 a 20% do peso
anterior) – 2 a 4 Kg até às 20 semanas e 1,5 a 2
Kg/mês das 20 às 40 semanas

 Aumento de peso < 7,5 Kg, em gravidez de 9


4
termo – restrição de crescimento intrauterino?
 Aumento de peso > 1,5 Kg numa semana –
retenção excessiva de líquidos – pré-eclampsia?
 O peso pré-conceção pode funcionar como fator
de risco, para complicações na gravidez (Ex.
Obesidade/Diabetes, HTA…).
Saúde Materna
Informação à grávida

 Vestuário:

 Evitar roupas e sapatos apertados

9
 Saltos dos sapatos ≤ 4 cm 5

 “Soutiens” devem fornecer bom suporte

 Estimular o uso de cinta apropriada – contrariar a


acentuação da lordose lombar e ajudar a
suportar o peso do útero.
Saúde Materna
Informação à grávida

 Higiene corporal:

 Evitar duches vaginais

 Recomendar o uso de pasta dentífrica com flúor, 9


6
2 vezes/dia

 Recomendar exame estomatológico, no início e


na 2ª metade da gravidez

 Uso de “cremes” nas mamas e/ou abdómen,


pouco útil.
Saúde Materna
Informação à grávida
 Atividade física:
 Evitar esforços violentos
 Aconselhar aumento dos períodos de descanso e
de horas de sono
9
 A atividade desportiva, desde que moderada, não 7
deve ser suspensa
 A prática da natação deve ser incentivada
 As viagens de avião não têm contraindicação até
às 32 semanas.
Saúde Materna
Informação à grávida
 Atividade sexual – restrição ou
suspensão:
 Infeções cervico-vaginais
 Colo muito curto
9
 Contractilidade uterina extemporânea 8

 Antecedentes de parto pré-termo ou rotura


prematura de membranas
 1ª semana após manobras invasivas
(amniocentese).
Saúde Materna
Informação à grávida
 Hábitos:

 Tabaco:

 Interfere com crescimento fetal


9
 Aumenta a incidência de parto pré-termo, rotura 9
prematura de membranas e dificuldade
respiratória do RN
 Álcool – deve ser evitado
 Cafeína – consumo moderado (300mg/d – 2 a 3
chávenas de café)...
Saúde Materna
Informação à grávida
 Hábitos / Medicamentos:
 “Outras drogas:
 Interferem com crescimento fetal 

 Aumentam o risco de hipóxia e morte intra-


uterina 1
0
0
 Síndroma de abstinência.
 Medicamentos:
 Administração ponderada (efeito
sistémico=atravessar barreira placentar)
 A maior parte dos de uso comum, usados por
curtos períodos, não representam risco.
Saúde Materna
Aconselhamento

 Saúde mental

 Proteção social
1
 Amamentação. 0
1
Saúde Materna
Sintomas mais frequentes
 Náuseas e vómitos

 Pirose

 Obstipação

 Varizes dos membros inferiores 1


0
2

 Doença hemorroidária

 Lombalgias

 Cefaleias

 Leucorreia.
Saúde Materna
Sintomas/sinais - náuseas e vómitos

 1ª metade da gravidez
 Início da manhã.
 Aconselhamento:
1
 Pequenas e frequentes refeições 0
3

 Medicamentos(Doxilamina+Diciclomina+Pirido
xina - Nausefe®, Metoclopramida)

 Tranquilizar (desfecho mais favorável).


Saúde Materna
Sintomas/sinais - pirose
 Aumento da pressão intra-abdominal
 Esvaziamento gástrico retardado
 Diminuição do tónus do cárdia.
 Aconselhamento: 1
0
4
 Ingestão fracionada dos alimentos
 Evitar posturas fletidas ou decúbito após as
refeições
 Medicamentos (Antiácidos ou
Metoclopramida).
Saúde Materna
Sintomas/sinais - obstipação

Ação da progesterona sobre o músculo liso.


 Aconselhamento:
 Beber ± 2 l água/dia
 Consumir “fibras” 1
0

Aumentar o exercício físico


5

 Emolientes das fezes (Parafinina®) ou
expansores do volume fecal
(Macrogol…).
Saúde Materna
Sintomas/sinais - hemorróidas
• Aumento da pressão venosa no plexo
hemorroidário
• Compressão pelo útero.
• Aconselhamento:
Aplicar anestésicos locais em creme e/ou
1
• 0

gelo
6

• Diminuir consistência das fezes


• Trombose hemorroidária - excisar o
trombo, sob anestesia local.
Saúde Materna
Sintomas/sinais - lombalgias
 Ligeiras:

 uso de cinta

 redução de esforços
1
0
 Intensas: 7

 Repouso

 Analgésicos

 Aplicação local de calor.


Saúde Materna
Sintomas/sinais - leucorreia

 Aumento de produção de muco


 Descamação das células da parede vaginal.

Excluir a etiologia infecciosa (prurido,


0
 8

ardor, cheiro fétido…)

 Tratamento tópico.
Saúde Materna
Sintomas e sinais de alarme
 Vómitos repetidos ou intensos (Hiperemese
gravídica)

 Tonturas e vertigens

 Alterações da visão 1
0

Aumento súbito do peso (3º Trim>1,5Kg-1sem)


9

 Diminuição da diurese ou queixas urinárias

 Dores abdominais

 Cefaleias intensas ou permanentes.


Saúde Materna
Situações que obrigam a referenciar aos CSS
 Ameaça de aborto ou aborto em evolução

 Suspeita de gravidez ectópica

 Pielonefrite

 Hemorragia no 3º trimestre 1
1
0

 Pré-eclampsia/Eclampsia

 Rotura prematura de membranas

 Ameaça de parto pré-termo

 Outras situações médicas ou cirúrgicas graves.


Saúde Materna
Instruções para o parto/recurso ao hospital

 Suspeita de rotura de membranas


 Contrações uterinas regulares, intervalos
inferiores a 10 minutos ou irregulares, se
dolorosas
1
1
 Hemorragia vaginal 1

 Diminuição súbita ou abolição dos


movimentos fetais.
Saúde Materna
Revisão do puerpério - 4 a 6 semanas pós-parto
 Anamnese global

 Exame clínico geral, salientando-se:


 Exame mamário
 Exame ginecológico com, eventual, colheita para 1
1
colpocitologia 2

 Avaliação da contraceção

 Despiste de perturbação psiquiátrica.


Saúde Materna
Contraceção no puerpério – mulher a amamentar
• DIU com cobre ou progestagénio:

• 4 semanas após o parto

• POC/Injetável/Implante SC:
1
• 4 a 6 semanas após o parto 1
3

• COC/Transdérmico/Anel vaginal:
• 6 meses após o parto ou quando o leite materno
já não for o alimento principal da criança.
Saúde Materna
Contraceção no puerpério – mulher a não amamentar
• DIU com cobre ou progestagénio:

• 4 semanas após o parto

• POC/Injetável/Implante SC:
1
1
• 21 a 28 dias após o parto 4

• COC/Transdérmico/Anel vaginal:
• 21 a 28 dias após o parto, não é necessário
método adicional.

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