Você está na página 1de 12

Desenhando

Móveis sem
complicação

Pacard
5
Apresentação
(Ou uma desculpa esfarrapada)

Eu era um jovem aprendiz de escultor. Odiava isso. Era o caçula do setor numa fábrica de móveis, tapetes de lã, e
principalmente arte, uma escola, pode-se assim dizer. Minha mãe, minha avó e meu tio trabalhavam neste lugar,
então, com 15 anos e poucas possibilidades numa cidadezinha pequena, só me restava aceitar a bensse de ser
aceito como aprendiz de escultor mesmo. Mas eu odiava isso. Já falei. Eu queria mesmo era ser marceneiro. Ah,
como eu queria ser marceneiro, construir armários, sofás, cadeiras, ligar aquelas máquinas barulhentas e usar um
aventar surrado e impregnado de cola com pó se madeira. Um dia até fugi da seção de escultura,e por quase dois
meses, permaneci como assistente na marcenaria. Lixava pé de cadeira, limpava a fábrica ao final do dia e
alegremente compartilhava com os marceneiros mais velhos o prazer de construir móveis. Mas durou pouco. Um
dia fui descoberto pelo patrão, levado ao “urinório” e me deram um banho de sermões: minha mãe e o chefão. Aí
num daqueles laméjos de “bondade”, o chefe, nervoso, como se estivesse diante de um marginal irrecuperável, me
perguntou:
- Mas afinal, o que é que tu quer ser na vida?
Olhei pra ele e minha alma se encheu de luz. O coração disparou e eu respondi de um só fôlego:
“PROJETISTA DE MÓVEIS”.
Infelizmente, foi só a minha alma que se iluminou. Tanto o patrão quanto minha mãe me deram aí um ultimato:
- “ OU APRENDE A ESCULTURAR EM SEIS MESES, OU TÁ NA RUA. DESENHAR MÓVEIS NÃO TEM
FUTURO PRA TI”
“Rua” significava, segundo ameaças da minha mãe, internato. Não, Tudo mesmo internato. Até mesmo aprender a
esculturar, mas internato não. Aprendi. Mas que droga! Eu gostei disso. E então, me tornando um profissional em
escultura, tomei minha decisão na vida: SEREI PROJETISTA DE MÓVEIS. E SOU! Claro, que lá pelo fim dos anos
80, fui conhecer Milão, voltei cheio de catálogos e idéias, e troquei para DESIGNER. Mas antes de ser um
designer, sou e sempre serei um projetista. Deus seja louvado por isso.
Ainda no início da década de 80, por solicitação dos meus amigos marceneiros, que a esta altura já eram quase
todos donos das suas próprias marcenarias, me contratavam para que eu os auxiliasse a interpretar os projetos
mirabolantemente tecnocráticos que recebiam de alguns arquitetos, cujo excesso de informações mais parecia
estar tratando de um grandioso complexo de usinas nucleares secretas, numa linguagem que para os pobres
iletrados marceneiros, pareciam tratados interplanetários. Quando eu chegava a eles com alguns desenhos simples
em perspectiva, sem aquela parafernália de linhas, pontilhados, códigos, cotas, etc, descobriam que se tratavam
muitas vezes de simples caixotes de lenha. E foi desta forma que comecei a ensinar desenho. Reuni estes
marceneiros numa sala emprestada pela Associação Comercial, e ensinei-lhes que desenhar é mais fácil do que
escrever. De lá pra cá, posso afirmar com segurança de que a maioria das pessoas que desenham móveis na
Região das Hortênsias do Rio Grande do Sul, tem uma letra parecida com a minha, isto é, um traço que passou
de alguma forma pelo meu atelier. Fora os amigos que guardo no coração até hoje desta escola sem nome.
Hoje, estendi esse ensinamento a muitas cidades do Brasil,e ministro cursos de capacitação em desenho do
mobiliário a outros marceneiros, uns jovens, outros nem tanto, cujo espírito se iguala aos primeiros: alegria por
decobrir, não o quanto sou capaz de ensinar, mas o quanto ELES podem aprender, desde que seja de um jeito que
possam entender a linguagem do desenho.
Este livro propõe isso. Ensinar que aprender é a arte de caminhar em frente, seja onde quer que queiramos ir.
Boa leitura.

Paulo Cardoso
Florianópolis SC, Março de 2008.

5
LIÇÃO UM

Desenhar é mais fácil do que escrever


Desenho é muito simples. Não tem muitas regras. Na verdade, voce pode anotar todas elas numa
mesma folha de caderno sem muito esforço. A questão não são as regras em si, mas o momento
certo de aplicá-las, e o que é melhor no objetivo deste livro: conhecer os atalhes que facilitem o
desenho para que você possa, em poucas linhas, demonstrar um turbilhão de idéias que povoam
sua criativa mente. Então, o primeiro passo é que você entenda como vamos trabalhar.
Já parou para imaginar como se sobe uma escada? Parece simples, e na verdade é mesmo. Seu
cérebro tem “apenas” que calcular a altura do primeiro degrau, baseado no movimento do primeiro
passo, e no esforço necessário para elevar seu corpo. A seguir, o segundo passo acontece, e como
o cérebro já tinha registrado o anterior, apenas confere se houve alguma alteração, e como não
deve ter havido (se a escada foi bem construida), é efetivado o registro de que os demais seguirão
na mesma ordem. Basta acelerar e cuidar com o último degrau, que muito acontece de que esteja
fora de ordem. Mas essa é outra história.
Para desenhar, o caminho é o mesmo. Primeiro, vamos conhecer os elementos do desenho, que são
apenas dois. Isso mesmo:DOIS!
Linha RETA e Linha CURVA. A repetição destas duas linhas, o entrelaçamento que fazem entre si e
a graciosidade entre uma e outra, é que formam as imagens que nos encantam e que expressam o
que desejamos comunicar.
Retas simples
Figuras simples a
partir das retas

Figuras simples a Curvas simples


partir das curvas

6
Combinação
Vamos combinar então que foi muito fácil, francamente. Mas como viu, trabalhamos com retas e
curvas puras. Agora, podemos então combinar as duas, sabe, do tipo, farinha, açúcar, manteiga e
fermento, mas que com a mão certa e a temperatura certa, tenhamos um delicioso bolo (nham, me
deu fome).
Veja só! Sem as mãos!!!

Isso afinal, serve


pra que, heim?
Quer uma mordida?

Olha que legal! Fui eu que fiz!

Até que ficou bem legalzinha


esta página. Se for tudo facil
assim, desenhar é comigo
mesmo!
Falando um pouco dos instrumentos de desenho
Lápis e lapiseira

Usam grafite de várias espessuras e graus de


dureza. Cada um tem sua finalidade
Na classificação por números, temos:
Nº 1 – Macio – Linha cheia, esboço
Nº 2 – Médio – Linha média
Nº 3 – Duro – Linha fina (pouco usado)

Na classificação por letras, temos:


B – Macio – Linha cheia, esboço (equivalente ao nº 1)
HB – Médio – Linha média (equivalente ao nº 2)
H – Duro – Linha fina (pouco usado) (equivalente ao nº 3)

Na classificação por números e letras temos:


2B, 3B...até 6B – Muito macios
2H, 3H...até 9H – Muito duros (Usados em modelagem de calçados e outros)

As lapiseiras apresentam graduação quanto à espessura do grafite, sendo as mais


fáceis de encontrar, as de número 0,3 – 0,5 – 0,7 e 1,0.

Olha a RÉGUA aí,


geeeente!!!!

As réguas mais usadas são fabricadas em acrílico, PVC alumínio, aço (para
mecânica), e em geral são graduadas em centímetros (cm) e milímetros (mm).

Construindo uma Régua de Perspectiva


Primeiro, compre uma Régua “T”. Depois desmonte-a e dê a cabeça do T para as
crianças brincarem. Dá um volante de nave intergaláctica bem bacaninha,

E não pare por aí: Vá à uma marcenaria e peça que o marceneiro corte sua régua
restante ao meio no sentido do comprimento. Você vai ficar no lucro, pois vai ter então
DUAS réguas bem novinhas de perspectiva.
Para montar um kit de sobrevivência do projetista
01 Escalímetro nº 01
01fita crepe
Lapiseira 0.5
01 lápis HB
01 lápis 3b ou mais macio
01 borracha de silicone (não é pra aplicar nos air bags. É pra apagar os borrões mesmo)
01 par de esquadros médio (28cm é um bom tamanho)
01 transferidor (vai usar pouco, mas fica com cara de profissional. Sempre impressiona ter um desses pendurado)
01 caixa de lápis de cor (12 cores dá e sobra)
01 estilete com lãmina nova (tome cuidado com os dedinhos)
01 calculadora (o ideal seria que você mesmo conhecesse as quatro operações. Mas se não der,use a maquininha
sem dó nem piedade. Falando em piedade, voce ainda lembra do PI? ( 3,1416...?)).
01 pasta A-3 (Seus desenhos lindos não podem ficar rolando por aí. São preciosos)
01 gabarito de circunferências ou Circulógrafo (popular bolômetro)
01 gabarito de peças hidro-sanitárias em escalas: 1/20 – 1/25 – 1/50
01 gabarito de elipses
01 jogo de curvas francesas (além de bonitinhas, são bastante usadas)
01 compasso de boa qualidade
Papel sulfite 75-90g
Papel sulfite 240g (Vá a uma tipografia ou gráfica e peça folhas inteiras. Daí, peça com jeitinho, faça olhinho de
cachorro pidão, para que cortem ao meio tres vezes. Você terá então tamanho A-3, ideal para guardar na sua
pastinha). Não precisa ser margeado. Você mesmo pode fazer isso e sai mais barato do que comprar em papelaria.
01 trena metálica (compre uma de 5 m que vai ajudar muito).
Papel Vegetal 90-95g tamanho A-3
01 kit de canetinhas recarregáveis com tinta nankin: 0.2 – 0.3 – 0.5 – 0.8 – 1.0 (você vai gastar um poucquinho
mais na compra destas canetas, mas elas duram muuuito mais do que as descartáveis, que custam quase a mesma
coisa.
01 tubo de tinta Nankin para recarga (tome cuidado no manuseio para não deixar cair na roupa. NUNCA mais sai
essa encrenca. Eu que o diga. Perdi a conta de todos os ternos Armani que perdi por causa de nankin derramado
neles).
Mesa de Desenho – Forre a mesa com plástico verde (preferível ao branco). Deixe bem esticado, fixando-o embaixo
da prancha com grampos ou percevejos bem firmes. (Veja detalhes adiante)
Fita Crepe (parac fixar o papel e os percevejos à mesa)
Percevejos (NÃO espete na mesa. Vire-os de cabeça pra baixo e fixe com fita crepe à mesa. Serão seus pontos de
fuga na perspectiva).
Papel “croquis”
Canetinhas hidrocor (O Ministério do bom senso se diverte: Não gaste com canetas caras enquanto não estiver bem
afiado no desenho. Guarde a vontade para quando já estiver bem tarimbado pra coisa).
Um radinho de camelô pra ficar antenado no mundo. Projetista alienado o lambisome pega.
Lâmpada sobre a mesa. Se você for destro, cuide para que a luz incida sobre seu ombro esquedro diretamente no
grafite. Se for canhoto, faça o contrário.
Flanela e Benzina para limpeza da mesa e dos instrumentos. A benzina limpa a gordura e o grafite, mas não tira o
nankin. Como a mão tem gordura, que associada ao grafite do trabalho deixa a folha com má impressão, de tempos
em tempos limpe a mesa, o desenho e os instrumentos com Benzina. Não use álcool, pois este danifica o acrílico dos
instrumentos. JAMAIS passe limpa-vidros ou silicone na mesa. Isso impede a fixação do papel.
* Só não vá pegar gosto e sair por aí cheirando benzina, e depois se te pegam fazendo doideira, dizendo que o
Pacard foi quem ensinou, que Pacard isso e o Pacard aquilo. Tsc tsc. Não não!
A mesa de Desenho
A Mesa de Desenho é um território sagrado. Deve permanecer imaculada. Ninguém, mas absolutamente ninguém
que não pertença à confraria, deve sequer imaginar em chegar perto, pois conseqüências inimagináveis são
esperadas para quem ultrapassa o sacrossanto tavolárium do desenhista. Fontes seguras descrevem que alguns
corajosos aventureiros chegaram perto demais e hoje são vistos perambulando entre corredores de lugares
tenebrosos, como Agências de publicidade, estúdios de design e até mesmo, pasmem: dando aulas de desenho do
mobiliário.

Existem muitos tipos de mesas. Hoje


menos comum, pela proliferação de
computadores (argh), porém muito
necessárias quando se tratar de desenho
à mão, seja com auxilio de régua paralela,
ou à mão livre. A mesa é um espaço
democrático, onde o desenhista é senhor
do seu “chão”. Pode ter gavetas para
materiais de uso contínuo, prateleiras
para papéis e um anteparo para evitar
que caiam canetas.

* Existem boas mesas reguláveis no


mercado, e se você não tem acesso a
Aqui uma boa marcenaria que possa fazer
guarda uma mesa bem confortável, é
suas folhas preferível adquirir uma destas.
de papel
Lembre que a altura ideal para o
conforto de trabalho é aquela em que
não force seus braços para cima.
Esta altura está associada à altura da
cadeira ou banqueta (preferível)

O ideal é deixar sua mesa sempre bem asseada ao sair do


trabalho. Pega muito mal grudar chiclete, meleca do nariz ou
alguma substância pegajosa embaixo da prancha.
Mas e ISSO
daqui, pra que
mesmo é que
serve, heim?
O Esquadro
Você vai precisar de dois esquadros de tamanho médio (28 cm
é um tamanho médio para um esquadro de desenho. Se fosse
um tomate, seria caso de chamarr o Guiness Book).
Um esquadro terá um ângulo de 30º. O outro será de 45º. Com
estes dois esquadro combinados, você pode, por exemplo, dividir
um círculo em 12 partes iguais. Desenhar um relógio é uma das
aplicações. Também outras figuras geométricas.
* Compre esquadros profissionais sem numeração.
O Escalímetro
Essa interessante régua de tres faces tem a
capacidade de reduzir a dimensões que
possam caber numa folha de papel pequena,
objetos ou edificações, mapas, de forma que
possa ser demonstrada de maneira eficiente.
Por exemplo: Quando se lê escala 1:10 – 1:20
– 1:50 e assim por diante, estamos dizendo
que Cada centímetro no papel está
demonstrando a quantidade de vezes
identificada. Então, 1:50 (Lê-se um POR
cinqüenta) equivale a 50 vezes o tamanho do
desenho em escala real (1:1).
Escalas mais usadas: 1:50/ 1:100/ 1:200 para
arquitetura
1:10 para móveis / 1:5 para detalhes
ampliados – 1: 20 para detalhamento de
interiores em decoração.
Não devem ser usados os escalímetros para
riscar. Só medir. Quanto mais fino o grafite
da lapiseira, mais precisão terá.
As escalas são divididas em traço, chamados
de Fração de Escala. Cada escala tem
fração diferente:
Escala 1/100- 1/125: 10 em 10cm
Escala de 1/50 – 1/75: 5 em 5 cm
Escala de 1/20 – 1/25: 2 em 2 cm
Eu só preciso tentar
descobrir pra que Gabaritos para utensílios
serve isso. padronizados.
(Você não precisa desenhar tudo à
mão. Existem muitos tipos de
gabaritos no mercado. Consulte
sua loja preferida)

ISSO EU SEI pra que serve: São as


CURVAS FRANCESAS. Xique, né?
A perspectiva

Agora sim vem aquela parte que todo mundo corre: Perspectiva!
Quando anuncio uma edição de meus cursos, ouço inevitavelmente as perguntas:
- Voce ensina perspectiva?
- Com quantos pontos?
- Voce ensina o ponto?
Naturalmente sei que estão falando do “ponto” de fuga, isto é, DOS PONTOS de fuga. Aí é que entendo a
preocupação das pessoas: Fogem das aulas quando não descobrem o tal “ponto”. De fato, há controvérsias entre
os cientistas sobre a existência ou não do ponto. Mas outro ponto. Os de fuga estão comprovadamente
encontrados e é isso que voce vai aprender agora.
O que é a perspectiva?
Perspectiva é a forma com que o olho distingue a profundidade dos espaços e objetos. Se não existisse, talvez
ficaríamos trombando nas coisas o tempo todo. Literalmente iria ser muito chato. Ela acontece graças à curvatura
do olho, que “recolhe” toda luminosidade e seus efeitos, e concentra, graças à esta lente poderosamente
desenhada que Deus nos deu para que não nos passem a perna. Essa concentração de luz e sombras é lançada
sobre o nervo ótico e enviada ao cérebro sob forma de impulsos elétricos, para ser reprocessada no cérebro.
Com isso é necessário que um panorama de 180 graus horizontais e o mesmo verticalmente, sejam reduzidos a
uma escala infinitésima, para que caiba tudo num pontinho do tamanho da ponta de um alfinete. Está inventada a
escala e a perspectiva. Ao mesmo tempo. Só que os povos antigos não sabiam disso. Os egipcios, com todo seu
conhecimento de astronomia, matem[atica, cervejaria, idolatria e patifarias faraônicas, desenhavam as figuras
ridiculamente desproporcionais, de lado e sem nenhuma perspectiva.

Tsc, tsc...francamente! Que pouca


vergonha!

Usamos a técnica de exposição em perspectiva com as seguintes finalidades:


1 – Demonstrar em um único plano as tres dimensões da figura (X,Y,Z, ou Largura, Altura e Profundidade).
2 – A perspectiva é que nos permite distingüir a PROFUNDIDADE dos espaços, ou a distância em profundidade. Se
não existisse a perspectica, que é alcançada pela curvatura do olho, com certeza estaríamos “trombando” nas coisas
ao nosso caminho. É a perspectiva que nos indica a distâncias das coisas à nossa frente, não por exztidão métrica,
mas por comparação.
Sempre que falarmos de perspectiva artística, estaremos falando de comparativos relativos à um ponto de referência:
mais alto, mais baixo, acima, abaixo, mais escuro, mais claro, perto disso ou daquilo, enfim, precisamos sempre de
pontos de referência para traçarmos as informações necessárias ao desenho.
Perspectiva é a transformação do REAL no VIRTUAL. Real, somos nós diante do espelho. Virtual é nossa imagem
refletida “dentro” do espelho. Não pode ser medida, pesada, tocada. Mas pode ser comparada. Não podemos dizer
que ela não existe, pois até na fotografia ela aparece. Mas podemos dizer que é projeção da realidade num campo
virtual.
Bem. Chega de falar e vamos ver como funciona a coisa.
Conforme anunciado, a coisa:

Eu também concordo, que mostrado desse jeito fica muito


confuso. Aqui apenas mostramos que um mesmo objeto
pode ser mostrado de várias posições. As linhas que
sobram são as linhas de construção, necessárias para o
enquadramento do objeto.
Da mesma forma que precisamos alinhar as paredes
quando construímos uma casa com fios de linha, também
precisamos alinhar o objeto com linhas chamadas de
auxiliares. Depois disso elas desaparecem.
Vamos ver passo a passo então o desenho da perspectiva.
Construindo a Perspectiva

Ponto de Ponto de
Fuga Fuga
Esquerdo Linha do Direito
Horizonte

Guarde isto:
As linhas aqui
destacadas em azul Guarde isto:
e vermelho, serão as A Linha do
linhas auxiliares que
nascem sempre C horizonte é um
junto à uma das eixo imaginário
arestas e fogem sempre à altura
para os pontos de Aresta principal D B dos olhos do
fuga. (porque é que está Base do observador.
mais próxima do objeto
observador

Ponto de A Linha da Terra (ou


Origem Geometral)
C B
,

D A
Guarde isto:
As linhas verticais
Guarde isto: em perspectiva
Na figura ortogonal (real, serão SEMPRE
mensurável),vamos escolher um As linhas
horizontais em PARALELAS
ponto de partida para colocar o VERDADEIRAS,
observador ( o sujeito que vai perspectiva serão
SEMPRE isto é: Nunca irão
observar a figura, é lógico). Nesse se encontrar.
caso, escolhemos vértice A, no VIRTUAIS, isto é:
nascem nas *Estamos falando
sentido A,B à direita, e A,D , à de desenho de
esquerda. arestas e fogem
para os pontos de objetos pequenos
fuga. e de interiores. A
Mamãe sentiria regra não vale
orgulho. Fiz isso para grandes
sozinho.. alturas ou
profundidades,
pois neste caso
sim, haverão
pontos de fuga
acima e abaixo da
linha do horizonte.
Analisando a Perspectiva em desenhos e construções da antiguidade

Temos a sensação de que as coisas


diminuem à distância.

Tá certo. Não vou mentir. Esta daqui


NÃO fui eu quem desenhei. Apenas
ajudei o rapaz aqui e ali pra
melhorar o traço um bocadinho. (Vai
sonhando,vai...)
Tão tá. Olha só isso daqui!!!

Teatro
Epidaurus,
no
Peloponeso
(Grécia),
cidade do
legendário
rei
Agamenon.

Você também pode gostar