Você está na página 1de 1

Search  Upload Login Signup

Home Explore

Slideshare uses cookies to improve functionality and performance, and to provide you with relevant advertising. If you continue browsing the site, you agree to the use of 
cookies on this website. See our Privacy Policy and User Agreement for details.

Scribd will begin operating the SlideShare business on September 24, 2020
As of this date, Scribd will manage your SlideShare account and any content you may have on SlideShare, and Scribd's General
Terms of Use and Privacy Policy will apply. If you wish to opt out, please close your SlideShare account. Learn more.

Recommended

Formas de estado
Universidade Pedagogica

Elementos do crime
Universidade Pedagogica

Participacao adquirida por


fase
Universidade Pedagogica

Tecnologia de investigacao e
comunicacao tic's
Universidade Pedagogica

1 of 17    Sistema nacional de seguro


em mocambique
Universidade Pedagogica
1,445 views
Direito economico e estado como produtor de
bens e servicos
Share Like Download ... Relacao juridica,
emancipacao, domicilio e
ausencia da morte
Universidade Pedagogica
presumida
 Follow Universidade Pedagogica

  
Efeitos de alteracao em taxa
de cambio
Published on May 16, 2017
Universidade Pedagogica

Nome do Autor: Sérgio Alfredo Macore ...


Nickname: Helldriver Rapper

Published in: Economy & Finance

 1 Comment  0 Likes  Statistics  Notes

Share your thoughts… Post

Luísa Carvalho

Você pode obter ajuda de ⇒ www.boaaluna.club ⇐ Sucesso e cumprimentos!

1 month ago

 Direito economico e estado como produtor de bens e


servicos
1. 2 ÍNDICE INTRODUÇÃO
..........................................................................................................................4
1.Objectivos................................................................................................................................5
1.1.Objectivo geral ..................................................................................................................5
1.2.Objectivos específicos .......................................................................................................5
2.Metodologia da pesquisa.......................................................................................................5
3.Justificativa..............................................................................................................................6
4.REVISAO DE LITERATURA.................................................................................................7
5.Direito económico....................................................................................................................7
5.1.Conceito ............................................................................................................................7
5.2.Objectivos .........................................................................................................................7
5.3.Autonomia.........................................................................................................................7
5.4.Características....................................................................................................................8
5.5.Princípios gerais ................................................................................................................9
5.5.1.Princípio da economicidade.........................................................................................9
5.5.2.Princípio da eficiência ...............................................................................................10
5.5.3.Princípio da generalidade ..........................................................................................10
5.6.Direito e economia...........................................................................................................10
5.7.A intervenção do Estado na economia..............................................................................10
5.7.1.A intervenção directa.................................................................................................10
5.7.2.A intervenção indirecta,.............................................................................................11
5.7.3.Intervenção mista ......................................................................................................12
5.8.Conceito de Economia .....................................................................................................12
5.8.1.Bens Económicos......................................................................................................13
5.9.Classificação dos Bens Económicos.................................................................................13
5.9.1.Quanto à materialidade..............................................................................................13
5.9.2.Quanto à finalidade ...................................................................................................13
5.9.3.De acordo com as relações.........................................................................................14
5.9.4.Conforme o âmbito de necessidade............................................................................14
2. 3 5.10.Aspectos do direito económico
......................................................................................14 5.10.1.Política
Económica..................................................................................................14 5.10.2.Relação
entre Direito e Economia............................................................................15 5.10.3.Princípios
Constitucionais Económicos ...................................................................15 Conclusão
.................................................................................................................................17
Bibliografia...............................................................................................................................18
3. 4 INTRODUÇÃO O presente trabalho de pesquisa tem como o tema „’Direito Económico’’.
Como se pode ver pelo tema, A necessidade de uma disciplina legal tem origem na própria
sociedade, como é o caso dos direitos fundamentais, que delimitam bem a questão. Com efeito,
muitos autores ressaltam três momentos pertinentes à origem da tutela de direitos, quais sejam:
(1) o homem procura liberar-se da opressão do meio natural, mediante descobertas e
invenções; (2) desenvolveu-se o sistema de apropriação privada, surgindo, daí a necessidade
do homem de livrar-se não mais da opressão natural, mas, agora, da opressão social e política
advindas da subordinação causada pelo titular da propriedade. O Estado, assim, nasce como
aparato necessário deste sistema de dominação; (3) são desenvolvidos os direitos
fundamentais que têm o escopo de minimizar os efeitos da opressão social e política... Desta
forma, começou a desenvolver-se a noção de direitos fundamentais, hoje consolidada na
Constituição da república Moçambicana e de todo mundo. Portando, como afirma vários
pesquisadores, se antes os direitos fundamentais só valiam no âmbito da lei, hoje as leis só
valem no âmbito dos direitos fundamentais. Dai que, o Direito Económico, da mesma forma,
vem como uma forma de disciplinar relações e proteger outras, visando a formação de um
quadro coerente com os próprios postulados consolidados pela Constituição da república. Com
relação aos direitos fundamentais, o direito económico configura-se como verdadeiro
pressuposto da existência dos direitos sociais, pois, sem uma política económica orientada para
a intervenção e participação estatal na economia, não se comporão as premissas necessárias
ao surgimento de um regime democrático de conteúdo tutelar dos fracos e mais numerosos.
4. 5 1.Objectivos De acordo HAYDT (2003:113), “Objectivo é a descrição clara do que se
pretende alcançar como resultado da nossa actividade”. Dessa ideia a pesquisa pretende
alcançar o seguinte: 1.1.Objectivo geral Apresentar os conceitos do direito económico, suas
principais vertentes, sua importância para o estudo das instituições do direito, dos impactos no
desenvolvimento económico e nas estratégias das organizações. 1.2.Objectivos específicos
Identificar, no seio de um processo de influência recíproca entre o Direito e a Economia, a
problemática de um Direito Económico no que toca à questão da sua autonomia, âmbito e
objecto; Determinar através de um historial da acção do Estado em matéria económica, os
factores de formação e desenvolvimento do Direito Económico; Conhecer e aplicar os vários
institutos de Direito Económico em vigor no ordenamento jurídico moçambicano. Analisar
algumas das principais áreas em que o Estado desempenha a sua função de regulador da
economia. 2.Metodologia da pesquisa Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão
bibliográfica. Onde foi usado o método indutivo, que é um método responsável pela
generalização, isto é, partimos de algo particular para uma questão mais ampla, mais geral.
Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um processo mental por intermédio do qual,
partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou
universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é
levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais me
baseio.
5. 6 3.Justificativa Inexplicavelmente o Moçambique, assim como outros países ficou à margem
do debate da análise económica do direito. Talvez pela imprecisão interpretativa que associa
essa área do conhecimento com o direito económico, este centrado na análise da concorrência,
em Moçambique o importante campo do conhecimento foi negligenciado pelas Ciências Sociais.
Desde os anos que se passaram, as Faculdades de Direito e as Faculdades de Economia,
Administração e Contabilidade desenvolvem actividades conjuntas de estudos e pesquisas
focalizadas na nova área, tendo gerado suficiente material para dar suporte para uma disciplina
de pós-graduação passível de ser ministrada para alunos de pós-graduação. A pesquisa
empírica na análise económica do direito tem sido fértil em muitos países, independentemente
de qual seja a sua tradição, seja de direito codificado, seja o direito consuetudinário. Dai que, o
objectivo é dar continuidade ao plano de motivar a pesquisa e o debate nesta área de modo a
fechar a lacuna existente.
6. 7 4.REVISAO DE LITERATURA 5.Direito económico O surgimento do direito económico
como ramo do direito é relativamente recente. Isto porque, durante muito tempo, após a
consolidação do modelo de Estado democrático de direito, o ideário do liberalismo económico
prevalecia, facto que mitigava e, não raro, anulava a legitimação do Poder Público para interferir
no processo de geração de riquezas da nação, LUIS (2003:P23) 5.1.Conceito Após a análise de
sua evolução histórica, podemos conceituar o direito económico como o ramo de direito público
que disciplina as formas de interferência do Estado no processo de geração de rendas e
riquezas da nação, com o fim de direccionar e conduzir a economia à realização e ao
atingimento de objectivos e metas socialmente desejáveis. LUIS (2003:P30) 5.2.Objectivos A
intervenção do Estado na ordem económica somente se legitima na realização do interesse
público. Em outras palavras, somente há que se falar em interferência do Poder Público no
processo de geração de riquezas da nação quando esta se der nos interesses do povo, a fim de
garantir a persecução do bem-estar social. No que tange à nossa actual Constituição,
perfazendo-se uma exegese sistemática dos dispositivos que disciplinam a Constituição
Económica, seja em sentido material ou em sentido formal, depreende-se que a interferência do
Poder Público na vida económica da nação somente se justifica quando visa colimar fins
maiores de interesse colectivo, mormente o atendimento das necessidades da população.
MANUEL (1998:12) 5.3.Autonomia O direito enquanto ciência é uno e indivisível. A segregação
em ramos jurídicos se dá, tão- somente, para fins didácticos de estudos científicos. Um ramo
jurídico somente é considerado autónomo quando possui princípios próprios que orientam sua
produção normativa, legando-lhe
7. 8 um ordenamento jurídico peculiar, independente da produção legislativa de outros ramos do
direito. MANUEL (1998:22) A actual Constituição da República Moçambicano consagra
competência legislativa concorrente da União, Estados e do Distrito sobre normas de direito
económico, a teor do art. 24, I, estabelecendo, ainda, uma série de princípios explícitos,
regedores de sua ordem económica, nos nove incisos do art. 170. 5.4.Características Para
MOREIRA (1988:25), o direito económico caracteriza-se, precipuamente, pela influência do
Estado nas relações socioeconómicas, actuando com prevalência sobre a autonomia de
vontade das partes para regular a actividade económica. Podemos, portanto, destacar as
seguintes especificidades do direito económico: a) Recenticidade: é um ramo do direito novo,
recente, que teve sua génese com o intervencionismo económico (teoria moderna económica –
macroeconomia), com o fito de discipliná-lo e regrá-lo. Portanto, sendo um ramo científico do
direito ainda em formação, fica sujeito às constantes influências e mudanças que ocorrem no
dinâmico mercado económico; b) Singularidade: é um ramo jurídico próprio para o fato
económico característico de cada país, não havendo, comummente, um conjunto de regras para
norteá-lo, como ocorre com outros ramos do direito, tais como o civil e o penal; c) Mutabilidade:
suas normas são sujeitas a constantes mudanças de ordem política e económica, havendo
tendência de curta vigência no que se refere a seus diplomas legais. Daí decorre uma produção
normativa abundante e constante, sendo mister não se sujeitar seu disciplinamento apenas ao
crivo do Poder Legislativo, outorgando-se grande parcela de competência normativa ao
Executivo, ante a especificidade do tema e a celeridade de soluções que seus conflitos exigem;
d) Maleabilidade: dada a necessidade de farta produção normativa, os estatutos de direito
económico não devem ficar presos e atados unicamente às espécies normativas próprias do
Legislativo para terem vigência e eficácia. Muitas de suas normas, em que pese retirarem
fundamento de validade da lei, devem ser produzidas por mecanismos mais
8. 9 céleres, próprios do Executivo, a fim de disciplinar os factos económicos e a dinâmica de
mercado; e) Ecletismo: apesar de ser ramo do direito público, o direito económico mescla
valores e princípios do direito privado. Isto porque, dentro de um posicionamento estatal
regulador ante a ordem económica, o Poder Público assume postura mais direcionadora,
normatizadora e fiscalizadora da ordem e dos agentes económicos, procurando abster-se de
empreender dentro da actividade económica. f) Concretismo: o direito económico disciplina os
fenómenos socioeconómicos concretos, visceralmente vinculado aos fatos históricos relevantes
ao Estado e aos indivíduos. 5.5.Princípios gerais O direito é um conjunto de normas de conduta,
entendendo-se estas como os valores axiológicos juridicamente protegidos que fundamentam o
ordenamento legal. Por sua vez, as normas se dividem em duas espécies: os princípios e as
regras. Os princípios são a viga mestra do direito, sendo comandos gerais dotados de alto grau
de abstracção, com amplo campo de incidência e abrangência, que orientam a produção do
ordenamento jurídico. VASQUEZ (1996:45) Assim, podemos verificar que a distinção entre
princípios e regras encontra-se em seu grau de abstracção. Princípios e regras concretizam-se
à medida que vão sendo positivados no texto legal, ganhando, assim, compreensão cada vez
maior. Os princípios gerais do direito económico são fundados, norteados e permeados,
concomitantemente, em valores de direito público e de direito privado, dado o ecletismo que
caracteriza este ramo jurídico, outorgando aos referidos princípios traços próprios e específicos
que os distinguem de sua aplicação em outros ramos do direito. VASQUEZ (1996:47)
5.5.1.Princípio da economicidade De acordo com VAZ (2000:10), é oriundo do direito financeiro,
com previsão expressa no art. 70. Todavia, a aplicação deste princípio no direito económico
deve ser precedida de um exercício sistemático de hermenêutica constitucional, a ser norteada
e permeada pelo ecletismo de valores do direito privado que caracterizam este ramo jurídico.
9. 10 5.5.2.Princípio da eficiência É oriundo do direito administrativo, com previsão expressa no
art. 37, sendo aplicado no direito económico mediante exegese sistémica do referido dispositivo
com as previsões contidas no art. 170, mormente a livre-iniciativa e a livre concorrência.
5.5.3.Princípio da generalidade Confere às normas de direito económico alto grau de
generalidade e abstracção, ampliando seu campo de incidência ao máximo possível, a fim de
possibilitar sua aplicação em relação à grande multiplicidade de organismos económicos, à
diversidade de regimes jurídicos de intervenção estatal, bem como às constantes e dinâmicas
mudanças que ocorrem no mercado. 5.6.Direito e economia Economia é a ciência que estuda a
forma pela qual os indivíduos e a sociedade interagem com os factores de produção,
integrando-os em um ciclo económico (produção, circulação e consumo). Trata dos fenómenos
relativos a produção, distribuição e consumo de bens. Microeconomia é a teoria clássica
económica, baseada nas unidades individuais da economia (liberdade individual nas relações
jurídico-econômicas), focando-se, tão-somente, em cada agente económico. Macroeconomia ou
economia política é a moderna teoria económica, que teve origem com o processo de
intervenção do Estado na economia, focando-se no funcionamento do fenómeno económico em
carácter colectivo, como um todo. 5.7.A intervenção do Estado na economia Intervenção
Directa Intervenção Indirecta Intervenção Mista 5.7.1.A intervenção directa É realizada
quando o Estado cria as chamadas empresas estatais (empresas públicas e sociedades de
economia mista) para actuarem no domínio económico, como agentes, concorrendo com os
particulares ou detendo o monopólio; ou, ainda, quando o Estado cria as agências reguladoras
10. 11 para regularem e fiscalizarem serviços e actividades económicas. Essa modalidade de
intervenção pode ser também denominada Direito Institucional Económico. A intervenção directa
da economia pelo Estado ocorre de duas formas: a) Sob o regime de monopólio (intervenção
monopolística), nos casos previstos na Constituição da república; b) Sob o regime da
competição, mediante a criação de empresas estatais, que actuem directamente nas áreas de
indústria, comércio ou prestação de serviços. Os monopólios são modalidades de intervenção
de aplicação imediata, eis que sua área de aplicação já se encontra definida na Constituição,
não sendo possível a criação de outras modalidades de monopólio estatal, salvo por emenda
constitucional. No que se refere às empresas estatais, estas podem ser de dois tipos:
sociedades de economia mista e empresas públicas. São pessoas jurídicas de direito privado,
cuja criação e extinção devem ser autorizadas por lei, sendo que a efectiva criação se dá
mediante os actos constitutivos no registo competente. 5.7.2.A intervenção indirecta Ocorre
quando o Estado age na vida económica por intermédio de normas jurídicas, regulando a
actividade económica mediante exercício de suas funções de fiscalização, incentivo e
planeamento. É a chamada intervenção indirecta, na qual o Estado actua como agente
normativo e regulador da economia, disciplinando a actividade económica por meio de medidas
que visam equilibrar os sistemas da livre iniciativa e da livre concorrência. “Essa intervenção
tem dois propósitos básicos: preservar o mercado dos vícios do modelo económico
(concentração económica, condutas concertadas etc.) e assegurar a realização dos fins últimos
da ordem económica, quais sejam, propiciar vida digna a todos e realizar a justiça social.” A
intervenção indirecta, ao contrário da directa, que tem natureza de actividade tipicamente
privada, é actividade própria do Estado. Essa actividade, contudo, não é ilimitada, devendo
respeitar os princípios que emergem do ordenamento constitucional. Exemplo recente de
intervenção indirecta do Estado no domínio económico foi a edição do Decreto nº 7.725, do
11. 12 conselho do ministro que altera as Notas Complementares da Tabela de Incidência do
Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI, diminuindo a alíquota do IPI incidente sobre
automóveis de passageiros e veículos de uso misto, com motor a álcool ou com motor que
utilize alternativa ou simultaneamente gasolina e álcool (flexible fuel engine). 5.7.3.Intervenção
mista Ocorre quando o Estado cria normas para regulamentar as medidas de política
económica de algum sector e, paralelamente, cria empresas estatais, que podem actuar em
regime de monopólio, ou não. Na competência exclusiva ou privativa do Poder Legislativo não
se inclui apenas o poder de regular o comércio em geral, mas também o comércio interior de
cada Estado. O comércio não é mais do que um dos modos de usar ou de dispor da
propriedade; somente ao poder competente para regular o exercício dos direitos de liberdade e
de propriedade cabe regular o comércio. O poder regulamentar da Administração só se
exercerá, seja qual for a matéria, no pressuposto de uma lei existente, sobre a base desta lei e
tão-somente para lhe dar execução. Na ausência de uma lei que o haja regulado, o Poder
Executivo não poderá regulamentar qualquer comércio. 5.8.Conceito de Economia O conceito
de economia surge de duas observações: as necessidades que se expandem indefinidamente e
a escassez de recursos para seu atendimento. A actividade económica é aquela aplicada na
escolha dos recursos para o atendimento das necessidades humanas. Economia é o estudo
científico dessa actividade, ou seja, do comportamento humano e das relações e fenómenos
deles decorrentes que se estabelecem em sociedade. A economia existe porque os recursos
são sempre escassos frente à multiplicidade das necessidades humanas. SANTOS (2002:33)
Economia e Direito são indissociáveis, pois as relações básicas estabelecidas pela sociedade
para o emprego dos recursos escassos são de carácter institucional, vale dizer, jurídico. Por
outro lado, as necessidades económicas influenciam a organização institucional e a elaboração
de leis. Não existe fenómeno económico não inserido em um nicho institucional.
12. 13 5.8.1.Bens Económicos São aqueles úteis e escassos ao mesmo tempo. Somente aquilo
que é útil pode ser escasso, mas existem bens úteis e não escassos, aos quais se dá o nome
de bens livres. Utilidade marginal é o acréscimo de utilidade trazido por uma unidade adicional
de um bem, e é da maior importância para se chegar ao conceito de valor econômico, pois
combina as noções de utilidade e escassez. Significa também que cada unidade sucessiva de
um bem adiciona menos satisfação que aquela proporcionada pela unidade anterior. Essa
assertiva fica mais clara quando se compara a utilidade marginal da água e do diamante. Como
a água é essencial à vida, a utilidade marginal total recebida da água é maior que a utilidade
marginal total recebida dos diamantes. SANTOS (2002:50) Por exemplo: Os diamantes, que
compramos pouco, têm utilidade marginal alta no último diamante, assim, estamos dispostos a
pagar um alto preço por esse último diamante e por todos os outros comprados.
5.9.Classificação dos Bens Económicos Para MONCADA (1988: 122), os bens económicos
podem ser classificados segundo o seguinte critério: 5.9.1.Quanto à materialidade Bens
propriamente ditos – são aqueles que possuem materialidade. Ex. Máquinas, equipamentos,
imóveis. Serviços – são imateriais. Ex. Consulta a um advogado. 5.9.2.Quanto à finalidade
Bens de consumo: tendem a suprir directamente a uma necessidade. Ex. Alimentos, artigo de
vestuário. Bens de produção: têm o fim de produzir bens de consumo. Ex. Equipamentos
industriais.
13. 14 5.9.3.De acordo com as relações Bens complementares: aqueles cujo emprego se dá
complementarmente, seja como bem de produção, ou como bem de consumo. Ex: semente +
terra. Bens sucedâneos: bens passíveis de substituírem no atendimento de uma
necessidade. 5.9.4.Conforme o âmbito de necessidade Bens exclusivos: atendem a cada
momento a necessidade de um único indivíduo. Ex. Alimentos. Bens colectivos: podem
atender as necessidades simultaneamente de um grupo mais ou menos amplo de pessoas. Ex:
ar. 5.10.Aspectos do direito económico A ordem económica adquiriu importância jurídica a partir
do momento em que as constituições passaram a discipliná-la. A Constituição Moçambicana de
1975 foi pioneira nessa matéria. Em Moçambique, a primeira Constituição a estabelecer
princípios e regras sobre a ordem económica foi a de 1975. A Constituição actual dedica o Título
VII – compreendendo os arts. 170 a 192 – à Ordem Económica e Financeira 5.10.1.Política
Económica Consiste no conjunto de medidas adoptadas pelo Estado tendo em vista um
determinado objectivo, como o progresso, o desenvolvimento, o crescimento, a estabilidade
económica, melhor distribuição de renda, busca do pleno emprego, justiça social, controle da
inflação, etc. Por meio da Política Económica é que são traçadas as directrizes a serem
adoptadas pelo Estado e pela sociedade na área económica. A Política Económica se insere no
campo da economia normativa, pois prescreve formas de comportamento e atitudes a serem
tomadas pelo Estado e pela iniciativa privada na actividade económica. Para se implementar
uma Política Económica, são necessárias adaptações no ordenamento jurídico, isso, todavia,
não significa que o ordenamento jurídico esteja submetido à Política Económica. O que ocorre é
uma reciprocidade entre o Direito e a Economia. Para conduzir a Política Económica o Estado
se utiliza de meios como incentivos fiscais, monetário e cambial,
14. 15 além de outros meios, visando alcançar seus objectivos com êxito, mas é da legislação
que determinada Política Económica ganhará coercibilidade. 5.10.2.Relação entre Direito e
Economia Direito e Economia são áreas que se interpenetram. Quando o Estado passa a
intervir na economia, é necessário que esta se cumpra na forma ditada pelo Direito, resultando
do Direito Económico, que é o conjunto de normas jurídicas que versam sobre a actividade
económica. MONCADA (1988:100) Também o Direito Económico é definido como um ramo
autónomo da Direito que se destina a normatizar as medidas adoptadas pela Política
Económica através de uma ordenação jurídica. Seu objectivo é o estudo das normas que
dispõem sobre a organização económica de um País, ou seja, as leis que regem a produção, a
distribuição, a circulação e o consumo de riquezas, tanto nacional, quanto internacionalmente.
Trata-se do estudo das leis económicas que regem os preços, a moeda, o crédito e o câmbio. É
um ramo do Direito Público. 5.10.3.Princípios Constitucionais Económicos 1. Soberania
Nacional – Aqui se trata da soberania económica, complementando o disposto no art. 1º da CR
– soberania política – e no art. 4°, I – independência nacional. Significa que a nação não sendo
soberana no campo económico dificilmente conseguirá exercer a plenitude de sua soberania no
campo político. 2. Propriedade Privada – Princípio típico das economias capitalistas – que se
caracterizam pela propriedade privada dos meios de produção, enquanto no sistema socialista
os meios de produção não são susceptíveis, em princípio, de apropriação privada, embora
apenas isso não baste para se ter o socialismo. 3. Função Social da Propriedade – Impõe ao
proprietário ou a quem detém o poder de controlo na empresa, o dever de exercê-la em
benefício de outrem e não, apenas, em prejuízo de outrem. Isso significa que a função social da
propriedade actua como fonte da imposição de comportamentos positivos – prestação de fazer,
e não, meramente, de não fazer – ao detentor do poder que deflui da sociedade.
15. 16 4. Livre Concorrência – Garante aos agentes económicos a oportunidade de competirem
de forma justa no mercado. Cabe ao Estado garantir a competição leal, isenta de práticas
anticoncorrenciais e da utilização abusiva do poder económico. 5. Defesa do Consumidor – Aqui
tem-se o objectivo de garantir a livre concorrência no mercado significa defender o bem-estar
económico do consumidor, que assim é prestigiado com produtos e serviços de maior qualidade
e preços mais vantajosos. 6. Defesa do Meio Ambiente – Implica na limitação da propriedade
privada, principalmente a industrial e a agrícola, para que assim se proteja um interesse maior
da colectividade. Esse princípio possibilita ao Poder Público interferir drasticamente, quando
necessário, para que a exploração económica preserve a ecologia. 7. Redução das
Desigualdades Regionais e Sociais – A obediência a este princípio visa a construção de uma
sociedade livre, justa e solidária, objectivando a garantia do desenvolvimento nacional, a
erradicação da pobreza, da marginalização e a redução das desigualdades sociais e regionais.
Busca, também, promover o bem comum, sem preconceitos de raça, origem, sexo, cor idade e
qualquer outra forma de discriminação. 8. Busca do Pleno Emprego – A busca do pleno
emprego como princípio da ordem económica está ligada ao desenvolvimento e aproveitamento
das potencialidades do Estado. 9. Tratamento Favorecido às Empresas de Pequeno Porte –
Esse princípio pode ser interpretado como uma forma do Estado intervir na liberdade
económica, privilegiando o empresário disposto a investir no desenvolvimento da sua região e
viabilizar o pleno emprego. Também pode ser interpretado como uma forma de o Estado
assegurar condições mínimas ao pequeno estabelecimento empresarial de competir no
mercado com concorrentes maiores e mais aptos à disputa.
16. 17 Conclusão Chegando o fim deste trabalho, ficou evidente que o Direito Económico
estuda as regras de Direito Público que têm por objecto a criação, protecção, circulação e
redistribuição de riqueza a nível nacional e internacional. Após uma breve recapitulação do
tratamento dado às fontes de Direito económico, este estudo aborda algumas questões
particulares do Direito Económico moçambicano, em especial quanto a certas características
que lhe são próprias (como alguns princípios gerais e as cláusulas gerais padronizadas) e
outras que, sendo comuns a outros ramos do Direito económico, ainda assim têm merecido
particular atenção da doutrina a respeito deste trabalho. Por último, é analisado um domínio que
não se insere formalmente nas fontes do Direito Económico mas que se reveste hoje em dia de
grande importância prática: a utilização do espaço de liberdade contratual para a criação de
regimes de auto-regulamentação quando se trata de mercadorias e mercados.
17. 18 Bibliografia LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Andrade. Como elaborar projectos de
pesquisa, 4ª Ed., Atlas, São Paulo, 2002. LUÍS Cabral Moncada, Direito Económico, 4ª ed.,
Coimbra Editora, Coimbra, 2003 CRM Lei 9/79 – Lei das Cooperativas MANUEL, Afonso Vaz,
Direito Económico – A ordem económica portuguesa, 4ª ed., Coimbra Editora, Coimbra, 1998
MARCONI, Marina de Andrade & LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologias
Cientificas, Atlas, 7ª Edição, São Paulo, 2010; MONCADA, Luis S. Cabral, V., “Direito
Económico”, Coimbra, Editora, Limitada, 1988; MOREIRA V. de, “Economia e Constituição”,
Coimbra Editora, Limitada; SANTOS A. C. dos; Gonçalves M.E.; Marques, M.M.L., “Direito
Económico”, Almedina, Coimbra; VASQUES, Sérgio, “Legislação Económica de Moçambique”,
Fim de Século, 1996; VAZ, Manuel Afonso de, “Direito Económico: A ordem económica
portuguesa”, Biblioteca juridica, Coimbra Editorta, Limitada. Nome do Autor: Sérgio Alfredo
Macore Nickname: Helldriver Rapper Licenciatura: Gestão de Empresas / Gestão Financeira E-
mail: Sergio.macore@gmail.com Contactos: +258846458829 ou +258826677547 Cidade:
Pemba – Cabo Delgado NOTA: Estou disposto para qualquer esclarecimento. Caso tenha
duvida, contacte a mim!

English Español Português Français Deutsch

About Dev & API Blog Terms Privacy Copyright Support

Você também pode gostar