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A improvisação musical como

técnica pedagógica

Gainza (2015)
GAINZA, Violeta. A improvisação musical como técnica pedagógica. In: SILVA, Helena Lopes
da; ZILLE, José Antônio Naêta. (orgs). Música e Educação. Série Diálogos com o Som, v.2. Belo
Horizonte: EdUEMG, 2015
A intuição e naturalidade que a criança possui são as condições
que um artista busca conquistar
- A busca excessiva pela perfeição na cópia (interpretação) causa
irreparáveis frustações musicais, produzindo vários repetidores que foram
privados de desfrutar totalmente a sua infância musical
- Quando o ensino musical está centrado nos
aspectos intelectuais e privilegia a
reprodução fiel dos modelos artísticos e
musicais, a criança priva-se de viver e
desfrutar sua infância musical

- Infância musical é sinônimo de brincadeira,


liberdade, descobrimento, participação e
outras atitudes determinantes do
desenvolvimento posterior do futuro músico
profissional ou amador
- Através do jogo espontâneo e do jogo
educativo, a criança se enriquece com novas
experiências

- O jogo musical e a improvisação contribuem


para a mobilização e metabolismo das estruturas
musicais internalizadas

- Promovem a absorção de novos materiais e


estruturas através da exploração e manipulação
criativa dos objetos sonoros
Definimos, em termos gerais, três tipos de improvisação musical, a saber:
1) Improvisação recreativa: a atividade prazerosa –
expressiva, recreativa, comunicativa – do músico
amador.

2) Improvisação profissional: a atividade


especializada do músico profissional (interprete de
jazz, música popular, acompanhamentos musicais
para aulas de dança etc.)

3) Improvisação educacional: a técnica didática que


será aplicada pelo pedagogo nos distintos níveis e
aspectos do processo de ensino-aprendizagem
musical.
- A improvisação na educação musical não se encontra restrita a
nenhum estilo particular

- A alguns a improvisação servirá para integrar elementos externos


a música; a outros, para concretizar aproximações de caráter
analítico-musical; a uns, para estimular a originalidade de seus
alunos; a outros, para induzi-los a adaptar-se com flexibilidade as
normas preestabelecidas

- Observar os comportamentos musicais da primeira infância é uma


fonte de aprendizagem e inspiração, contribuindo para o trabalho
com adultos bloqueados em sua expressão musical
- As práticas criativas não se contrapõem ao êxito do profissionalismo
musical.

- As práticas criativas favorecem o estabelecimento de uma relação pessoal


e positiva com o instrumento e com a música e contribuem para trazer maior
riqueza no desenvolvimento da sensibilidade, da consciência e da fantasia
sonora
No primeiro período da revolução e mudança da “nova” pedagogia
musical os aspectos vitais e ativos do educando se instauram como
eixos do processo educativo. A isso se referem as experiências e
propostas de Jacques-Dalcroze, Willems, Martenot, Mursell, Orff e
Kodály, entre outros

O segundo período pedagógico-musical focalizou a qualidade dos


processos de criatividade, cuja amplitude e riqueza somente haviam
chegado a ser vislumbradas ao longo do primeiro período. E o
momento das contribuições de Self, Dennis, Schafer, Folke, Rabe,
entre muitos outros

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