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Ninguém poderá te ouvir quando você

gritar por socorro.

A
FORTALEZA
DE GELO

Yuri Aguiar Tesluk


A FORTALEZA DE GELO

A FORTALEZA DE GELO
Ninguém poderá te ouvir quando você gritar por socorro.

Yuri Aguiar Tesluk

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A FORTALEZA DE GELO

ÍNDICE
Agradecimentos 03
Prólogo 04
Capítulo 1 09
Capítulo 2 11
Capítulo 3 14
Capítulo 4 18
Capítulo 5 24

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A FORTALEZA DE GELO

AGRADECIMENTOS

PRÓLOGO
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A FORTALEZA DE GELO

O oficial Costa sobrevoava a enorme Estação Manson,


na Antártica. O complexo englobava uma variedade de
instalações, desde laboratórios de pesquisa e exploração de
solo, até instalações médicas e de pesquisas biológicas.
Construída em 1957 pelo governo australiano, a estação era
conhecida pelos equipamentos avançados e grandes
descobertas astronômicas, geológicas e até meteorológicas.

Há aproximadamente três horas, a base australiana de


resgate na antártica havia recebido um pedido de socorro
via rádio vinda do local. A mensagem deixava clara uma
grande urgência, e o Comandante Liam Smith e o oficial
Costa haviam sido designados para ir até a estação e trazer
os sobreviventes.

Porém, quando já estavam a caminho, a base recebeu


uma nova chamada da Estação Manson, com um tom
ligeiramente perturbador. A mensagem foi imediatamente
repassada para o helicóptero de resgate. Eram apenas 14
segundos, mas havia algo neles que mexia com a cabeça de
Costa.

- Cancelar pedido de resgate! – A pessoa no rádio


respirava pesadamente, evidentemente nervosa. Sua voz
era nada mais que um sussurro, como se não quisesse ser
ouvida por alguém próximo dela. – Repito: cancelar pedido
de resgate! Ninguém pode vir aqui, pelo menos pelos
próximos sete dias... E depois... Destruam tudo!

Nos últimos vinte minutos, Costa viu o Comandante


Smith tentando entrar em contato com a estação várias
vezes, sem sucesso. “O que está acontecendo lá dentro?”

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A FORTALEZA DE GELO

pensava o oficial consigo mesmo. Agora, já aterrissando em


frente ao complexo, em breve iriam saber.

O único som que podia ser ouvido quando a porta do


helicóptero foi aberta, era o ar gélido em movimento e o
barulho do rotor ainda girando, num silêncio quase
absoluto. O vento logo passou a ser acompanhado do som
das botas imprimindo pegadas na neve densa, até chegar à
entrada da estação.

O tom da primeira mensagem recebida fez com que


eles decidissem levar armas para a missão, as quais eles
estavam portando ao entrar, preparados para usá-las se
fosse necessário.

O interior da Estação Manson estava completamente


escuro. O Comandante Smith apertou um interruptor na
parede, acendendo a luz do local. O salão de mais de cem
metros quadrados estava completamente vazio, sem um
som ou sinal de vida.

- Olá? – Chamou Costa após alguns segundos. Sem


resposta. Mais alguns segundos se passaram, até que o
fraco som de algo sendo derrubado pode ser ouvido ao
longe. Os dois oficiais trocaram olhares, e Smith correu até
o corredor de onde veio o som, fazendo sinal para que
Costa o seguisse.

Em meio à escuridão do corredor, iluminada pela luz


do salão atrás deles, o Comandante Smith foi desacelerando
ao perceber que havia duas portas de onde o som poderia
ter vindo. Uma à frente e outra à esquerda.

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A FORTALEZA DE GELO

- Oficial Costa, você segue o caminho da esquerda! –


Sinalizou o comandante. – Eu sigo em frente. Se encontrar
um sobrevivente, ajude. Mas se houver qualquer ameaça...
Não hesite em atirar!

Costa assentiu. Aquele tipo de procedimento não era


comum. Eles costumavam apenas a resgatar pessoas em
meio a tempestades, no máximo localizar alguém perdido
em uma rota. Mas aquilo parecia algo completamente irreal.

Tentando abrir a porta, o oficial percebeu que estava


obstruída. Ele se Afastou alguns passos e tentou arrombar,
sem sucesso. “É uma porta resistente”. Tentou novamente
com mais força, mas não obteve resultados.

Começou a acertar no batente da porta com o seu


corpo, usando todo o seu peso a seu favor e, após várias
batidas, percebeu que estava conseguindo o que queria. O
batente cedeu e finalmente Costa conseguiu arrombar a
porta.

Ele olhou para os lados, sem conseguir tirar da cabeça


que estava sendo observado em meio àquele breu. Do outro
lado da porta, havia uma escada descendo para algum
lugar que não era possível enxergar daquela posição.

Respirando fundo, ele entrou, descendo


cuidadosamente degrau por degrau, enquanto tateava as
paredes em busca por um interruptor. Assim que o
encontrou, acendeu uma luz que iluminou o ambiente piso
abaixo. Costa ficou boquiaberto.

No pé da escada, havia uma pessoa se arrastando para


longe, deixando uma trilha de sangue para trás. “Meu

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A FORTALEZA DE GELO

Deus...”. Costa correu para ajudá-la, porém, ao ver o oficial


ela pareceu ficar ainda mais desesperada.

- Não... – Ela sussurrou com uma voz fraca. – Eu disse


pra vocês não virem... Vocês vieram.

- Calma, estou aqui para te ajudar! – Costa desceu os


últimos degraus, aproximando-se para tentar ajudar, mas
aquela pessoa não parecia querer ser ajudada, tentando
afastar o oficial com um fraco movimento do braço,
aparentemente sem mais forças. “Está a ponto de morrer!
Precisa de ajuda!” Costa olhava inconformado.

- Você não entende... Não pode me salvar... Tem que


me deixar. Tem que ir embora!

Costa balançava a cabeça, sem conseguir compreender


aquilo. Naquele momento os olhos do ferido se
arregalaram, olhando para algo atrás de Costa. Ele sentiu
um frio subindo a sua espinha, enquanto virava lentamente
a cabeça para trás.

Conseguiu se virar bem a tempo de ver o corpo de seu


comandante sendo atirado escada-abaixo. Costa congelou,
tateando na hora pela sua arma, que havia deixado no chão
para ajudar o ferido. Ergueu a FAL com suas mãos
trêmulas, o dedo no gatilho.

Procurava quem estaria lá em cima, no topo da escada,


mas não havia ninguém lá. Costa apontou para o vazio, na
eminência de alguém aparecer. E apareceu. Naquele
instante, Costa teve certeza de que não deveria ter vindo.

CAPÍTULO 1
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A FORTALEZA DE GELO

Dentro de seu apartamento em Barcelona, Alessandro


Bruzzone vestia seu casaco negro, parado em frente à porta.
Ele sorria entusiasmado, mal podendo acreditar para onde
logo estaria indo.

- Dai amore! – Chamou Alessandro (Venha amor!).

- Sto arrivando! – Disse sua esposa (Estou indo!),


correndo até a porta enquanto segurava duas malas.

Alessandro pegou uma das malas da mão dela,


enquanto continuava sorrindo feito bobo. Martha revirou os
olhos, rindo do comportamento exagerado do marido. “Ela
não entende!” pensou ele consigo mesmo. “Estamos indo para
a Estação Manson!”.

O renomado Médico Geneticista italiano, Doutor


Alessandro Bruzzone, era conhecido por ter descoberto
uma eficiente forma de interpretação de códigos genéticos.
O Método Bruzzone consistia em analisar a proteína que o
trecho específico do DNA ou RNA iria implicar em
produzir, e prever seus efeitos a nível macro e micro
celular.

E sua esposa, Martha Bruzzone, era uma biomédica


que trabalhava em projetos de equipamentos hospitalares,
entre eles um sofisticado computador que monitora as
condições de um paciente em uma sala, mesmo a distância,
além de permitir controlar várias condições de ambiente de
forma remota.

O casal bem sucedido havia recebido um convite da


Estação Manson de Pesquisa, na Antártica, para participar

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A FORTALEZA DE GELO

de estudos sobre uma nova descoberta em escavação de


gelo no local.

Alessandro mal pode acreditar ao ler a carta, tendo


que ler e reler várias vezes para ter certeza que não estava
delirando. A Estação Manson era um célebre local que
reunia os maiores pesquisadores de diferentes áreas e
países para trabalhar nas mais variadas descobertas.

Aquele não só poderia ser o maior convite de sua vida


e da de Martha, como também era a oportunidade de
conhecer uma base enorme e de tecnologia incrível, que
ficava no meio do Continente Antártico!

O Doutor Bruzzone havia ouvido falar de tantas


descobertas impressionantes provenientes daquela área,
sendo a mais recente um pedaço de meteorito que havia
caído na Terra há mais de um bilhão de anos.

“Será que tem algo a ver com vida alienígena?”,


perguntou-se o geneticista, rejeitando a possibilidade quase
que de imediato. “Muito improvável.”. Mesmo assim a
curiosidade não diminuía, e Alessandro Bruzzone havia
passado os últimos dias elaborando hipóteses de qual seria
o motivo de os terem chamado ele lá.

Mas a verdade é que eles só saberiam quando


chegassem à Estação Manson.

Alessandro olhou impaciente para o seu relógio de


pulso. Já eram 10h32min, e a carta havia dito que um avião
os esperaria no aeroporto da cidade às 11h45min. Martha
finalmente calçou seus sapatos de salto alto, e Alessandro a
encarou com um olhar irreverente:

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A FORTALEZA DE GELO

- Pronto? – Sua esposa assentiu com a cabeça.

Ele abriu a porta apressadamente, pegando sua esposa


pela mão e correndo com ela escada abaixo. Após descer
quatro andares e sair do prédio, o casal encontrou com o
taxi que tinham chamado parado logo na esquina.

Alessandro abriu a porta de trás para sua esposa,


entrando logo em seguida. O taxista se virou, perguntando
para onde desejavam ir.

- Per l’aeroporto, veloce! – (Para o aeroporto, rápido!).

CAPÍTULO 2

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A FORTALEZA DE GELO

Nicole Carter encarou o teto do quarto. Aquela noite


simplesmente parecia não ter fim. A garota tentou se virar
de um lado para o outro, mas nada fazia ela se sentir mais
confortável.

Ela se esticou para pegar seu celular, que estava na


cabeceira da cama. “Três da manhã”. Ela largou o aparelho e
deixou o corpo cair no colchão. Provavelmente não
dormiria naquela noite.

Ficou pensando no que o Senhor Parsons havia lhe


dito alguns dias atrás: “Você deve ir até lá, registrar tudo o
que puder e voltar”. Parecia tão simples, como todos os
trabalhos que ela teve até o momento. Mas essa missão era
diferente.

Acomodando-se com os braços atrás da cabeça,


relembrou os últimos anos na agência. O CTCE havia sido
seu local de trabalho nos últimos seis anos, onde havia
entrado em contato com várias informações sigilosas do
governo americano.

CTCE é uma agência secreta americana, cuja sigla


significa Controle de Tecnologia Científica dos Estados
Unidos da América. Eles lidavam com descobertas
científicas pelo mundo todo e as usavam em
desenvolvimento de tecnologias para benefício da nação, a
maioria tecnologia militar.

Nicole trabalhava lá supervisionando várias pesquisas


e descobertas, e relatando tudo nos mínimos detalhes. O
líder da agência, Richard Parsons, havia lhe dado várias
missões nos últimos anos, e Nicole trabalhava com coisas
cada vez mais sigilosas e impressionantes.

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A FORTALEZA DE GELO

Entre elas equipamentos que podiam chegar a mais de


dez mil quilômetros por hora, tecnologia de rastreamento
de civis pelo celular, campos eletromagnéticos que
tornavam naves invisíveis a radares, e câmeras de
espionagem do tamanho de uma mosca, controladas
remotamente.

Mas nunca algo a havia deixado tão apreensiva como a


missão que recebera semana passada. Milhares de
perguntas passavam pela sua cabeça. Será que a sociedade
poderia aguentar um impacto dessa magnitude? Quais
seriam os perigos dessa descoberta? E o que o governo fará
com ela?

Nicole suspirou, virando para o outro lado. “E a culpa


será minha.”. Ela sabia que não tinha como recusar a missão.
Essa política de aceitar ou recusar o que iria fazer não
existia dentro do CTCE. “Eu não tenho escolha”.

Sabendo que não iria conseguir dormir, ela finalmente


desistiu e se levantou.

A jovem caminhou até o banheiro, acendendo a luz.


“Só preciso lavar o rosto e me sentirei melhor”. Ela jogou um
pouco da água no rosto, sentindo o líquido gelado em
contato com a pele e respirando fundo.

Nicole Carter se encarou no espelho. Seus cabelos


ruivos estavam totalmente desajeitados, olheiras apareciam
em baixo de seus olhos azuis, e sua pele mais pálida do que
nunca.

Quantas noites mal dormidas ela havia passado, sua


aparência podia dizer.

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A FORTALEZA DE GELO

Como as coisas haviam mudado de figura para Nicole


nos últimos dias... Antes, uma proeminente jovem de 27
anos, subindo cada vez mais dentro da agência, com um
bom emprego, boas condições, trabalhando com o que
amava: tecnologia, ciência e informação.

Mas agora, era uma jovem de 27 anos com um


perigoso jogo em suas mãos, que poderia afetar a nação
inteira. “E o mundo”.

Ela andou pelo quarto, abrindo a janela e colocando a


cabeça para fora. Trigésimo andar, o vento frio soprava pelo
seu rosto molhado. Dali podia ver a cidade de Washington
inteira: O Capitólio, o obelisco, o centro da cidade, o
memorial...

A cidade era tão bonita à noite, com os milhares de


luzes brilhando em meio à escuridão. Nicole respirou
fundo, tentando se acalmar. Sem sucesso. Ela sabia que logo
iria pegar um avião, sem saber quando ou se iria retornar.

Nicole balançou a cabeça em descrença. Seria melhor


se nunca tivessem escavado aquele gelo.

CAPÍTULO 3
Em um jato no aeroporto de Barcelona, Jean Neville
esperava pela partida do avião, que estava programada
para daqui a quinze minutos.

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A FORTALEZA DE GELO

O biólogo infectologista havia partido da França às


nove da manhã, crente de que logo estaria em seu destino.
Mas ainda havia uma parada na Itália, na qual embarcariam
mais dois cientistas que participariam do projeto. Talvez
não houvesse lido a carta com atenção o bastante.

Já na casa dos sessenta, Jean não conseguia aguentar


tanto tempo dentro de um avião, não importava que fosse
um jato confortável como aquele. Só queria que os outros
colegas chagassem logo e ele pudesse descer o mais rápido
possível daquela coisa.

Ele ajeitou os cabelos suados e se ajeitou na cadeira,


sabendo que o dia iria ser longo. Ainda tinham horas de
voo até chegar à Antártica. “Pelo menos eu ainda não vomitei”,
Jean olhou para o saco de vômito vazio na sua frente,
sentindo que iria precisar dele mais cedo ou mais tarde.

Com um sobressalto, o Doutor Neville viu a porta do


jato se abrir, e por ela entrarem um casal e o piloto. Era uma
mulher morena vestida de forma elegante e um homem de
cabelo preto usando óculos. Ambos por volta dos 35 anos
de idade.

O homem se aproximou de Neville, com um sorriso


enorme em seu rosto.

- Olá, Alessandro Bruzzone! – Disse, apertando a mão


de Neville. “Sujeito simpático”.

- Doutor Neville.

Sua mulher se aproximou por trás, também apertando


a mão de Jean.

- Martha, Martha Bruzzone.


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Jean Neville esboçou um sorriso, tentando não


demostrar todo o desconforto que sentia, enquanto o casal
se sentou no banco à sua frente. O homem sorria com seus
olhos brilhando como os de uma criança.

- O senhor consegue acreditar nisso? Que estamos


indo para a estação Manson? – Ele riu animado.

- Pois é. – Foi o que Neville pode responder,


desajeitado. O que o sujeito queria que ele respondesse? É
claro que estavam indo para lá! – O senhor é?

- Ah, claro! Sou geneticista. Trabalho com


decodificação de DNA e RNA. E o senhor?

Neville olhava distraído pela janela. Só queria que


aquele avião levantasse logo voo, mas o chão continuava
parado a poucos metros de distância. Ele encarou
Alessandro Bruzzone, com aquele sorriso exagerado e
aquela animação infantil. Seria uma longa viajem.

- Sou infectologista. – Jean olhou para a esposa dele,


que também encarava a janela, sem dizer nada. Pelo menos
ela não parecia tão inquieta quanto o marido. – E a
senhorita?

- Biomédica. Na área de desenvolvimento de


equipamento hospitalar. – Ela ergueu o olhar, apreensiva. –
Será que tem como a gente saber quando esse avião vai
decolar? E quando ele vai chegar? – Ela riu. – Desculpe, não
gosto de voar.

Jean Neville sorriu. Pelo jeito precisariam de mais


sacos. “Essa vai ser uma viajem muito, muito longa”. Ele se
levantou.

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- Tem sim, espere um instante que eu vou perguntar


ao piloto.

O biólogo se levantou de seu banco e caminhou até a


cabine. Neville bateu de leve na porta, e o comissário de
bordo a abriu.

- Licença, desculpe a interrupção. – O comissário


assentiu, olhando para o doutor. – Você sabe dizer quando
iremos partir?

- Sim, logo. Só precisamos verificar algumas coisas


aqui e já decolamos.

- E quanto tempo que é daqui até a base?

O oficial sorriu.

- Nove horas. Pode dormir tranquilamente Senhor


Neville, irá demorar. – Jean suspirou já sentindo o peso em
seus ombros aumentando. – Mais alguma coisa que eu
possa fazer pelo senhor?

- Não, obrigado.

Jean Neville olhou novamente para o banco onde


estava sentado antes, em frente agora ao banco onde
Martha e Alessandro conversavam.

Ele suspirou. Aquele cara animado mal fazia ideia do


que iriam pesquisar. “Ele não prestou atenção no fato de que
chamaram um infectologista para estudar a descoberta”. Mesmo
sem ter nada escrito na carta sobre qual poderia ser a
descoberta, Neville já tinha uma boa ideia.

“Tem muita coisa debaixo daquele gelo. Atmosfera de uma


era diferente, partículas de uma era diferente, tudo de um passado
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muito distante”. Ele olhou mais uma vez para aquele sujeito
inocente. Imaginou qual seria a reação dele se dissesse que
iriam estudar um vírus, uma bactéria ou um fungo de
milhões de anos. “Mesmo eles estando mortos congelados,
continua macabro”.

- Por favor, senhores sentem em seus assentos que


dentro de trinta segundos iremos decolar. – Soou a voz do
piloto no autofalante.

Alessandro Bruzzone olhou para trás, onde estava


parado o Doutor Neville. Jean tentou esboçar um sorriso,
fingindo não estar preocupado com o trabalho que iriam
ter, nem com o voo de nove horas que iriam ter que
suportar.

- Então, vamos para a Estação Manson, não é incrível?

CAPÍTULO 4
Dentro da enorme cúpula

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