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(E-Book) AMAR DE CORPO E ALMA PDF
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CORPO
E ALMA
EROS E ÁGAPE NA TOTALIDADE DO AMOR
Fernando Gomes
Índice
4 Introdução
20 Considerações Finais
22 O Autor
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Introdução
Introdução
Graça e paz!
E por que resolvi fazer isso? Porque é muito importante para você que
está estudando a Teologia do Corpo do Papa João Paulo II, também conhecer a
Teologia do Amor do Papa Bento XVI, dessa forma uni-las! E o próprio Papa
Bento XVI nos pede para fazer isso:
De seu irmão,
Fernando Gomes
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Eros e Ágape:
As Duas Faces
do Amor
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Eros e Ágape:
As Duas Faces do Amor
Uma dificuldade que enfrentamos é o entendimento do que é o amor.
Bento XVI já nos alertava que esse problema começa na linguagem. Segundo o
Papa “o termo 'amor' tornou-se hoje uma das palavras mais usadas e mesmo
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abusadas, à qual associamos significados completamente diferentes” .
Segundo o Pontífice:
6
Eros e Ágape:
As Duas Faces do Amor
em prol do outro.
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Eros e Ágape:
As Duas Faces do Amor
mundo pré-cristão. Os gregos viram no eros sobretudo o
inebriamento, a subjugação da razão por parte duma « loucura
divina » que arranca o homem das limitações da sua existência e,
neste estado de transtorno por uma força divina, faz-lhe
experimentar a mais alta beatitude (...) Nas religiões, esta posição
traduziu-se nos cultos da fertilidade, aos quais pertence a
prostituição “sagrada” que prosperava em muitos templos. O
eros foi, pois, celebrado como força divina, como comunhão com
o Divino (...) A esta forma de religião, que contrasta como uma
fortíssima tentação com a fé no único Deus, o Antigo Testamento
opôs-se com a maior firmeza, combatendo-a como perversão da
religiosidade. Ao fazê-lo, porém, não rejeitou de modo algum
o eros enquanto tal, mas declarou guerra à sua subversão
devastadora, porque a falsa divinização do eros, como aí se
verifica, priva-o da sua dignidade, desumaniza-o. De fato, no
templo, as prostitutas, que devem dar o inebriamento do Divino,
não são tratadas como seres humanos e pessoas, mas servem
apenas como instrumentos para suscitar a “loucura divina”: na
realidade, não são deusas, mas pessoas humanas de quem se
abusa. Por isso, o eros inebriante e descontrolado não é subida,
“êxtase” até ao Divino, mas queda, degradação do homem. Fica
assim claro que o eros necessita de disciplina, de purificação
para dar ao homem, não o prazer de um instante, mas uma
certa amostra do vértice da existência, daquela beatitude
para que tende todo o nosso ser.4
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Eros e Ágape:
As Duas Faces do Amor
religião. Essa visão cristã é importante para o nosso tempo em que a
sociedade está idolatrando o sexo e com isso degradando o ser humano. O
cristianismo sempre propôs a humanização do Eros, ou seja, a dimensão
erótica integrada na totalidade da pessoa. Portanto, o Eros é importante, mas
precisa de disciplina! O desejo sexual é excelente, mas precisa ser orientado,
canalizado!
Por isso, Bento XVI compara o Eros como o amor de subida e a Ágape
como amor de descida. Amor ascendente e descendente, que precisam estar
unidos.
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Eros e Ágape
no Processo
do Amor
6
Eros e Ágape
no Processo do Amor
Na verdade, só quando resgatarmos o verdadeiro sentido do Eros e do
Ágape e integrá-los, conseguiremos chegar à totalidade do amor. Pois
“quando as duas dimensões se separam completamente uma da outra, surge
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uma caricatura ou, de qualquer modo, uma forma redutiva do amor” . Por
isso, que continua ensinando o Papa:
O fato é que nascemos para amar e ser amados! É possível ver nessa
explicação do papa a descrição concreta do amor entre o homem e a mulher.
Pois a experiência do amor humano está impregnada de desejo e de
admiração pelo outro, isso nos faz querer buscar o outro. No entanto, nesse
6 IDEM, n. 8
7 IDEM, n. 7 (grifo nosso)
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Eros e Ágape
no Processo do Amor
primeiro momento, não se busca o outro por “causa do outro”, mas se busca o
outro “por causa de mim”. Isso acontece, por exemplo, no início de uma
paquera ou um namoro, pois nessa fase do enamoramento é normal
estarmos envolvidos de uma carga emocional muito grande e pela atração
sexual! Pois estou vendo o outro como uma promessa de felicidade para mim!
Essa explicação torna-se mais clara com uma fala do Papa Bento XVI a
um grupo de casais de namorados em Ancona, quando ele disse:
8 BENTO XVI, Mensagem aos jovens casais de namorados no final do 25° Congresso Eucarís co
Italiano em Ancona, dia 11 de setembro de 2011.
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Eros e Ágape
no Processo do Amor
com nossos sentimentos, mas também com a nossa inteligência e vontade, e
termos em conta a outra pessoa em si mesma, e não pelo que ela pode me
oferecer. E certamente o sacrifício fará parte desse processo.
Portanto, nem eros sem ágape e nem ágape sem eros, mas eros e
ágape unidos na integridade do amor.
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Eros e Ágape
no Processo do Amor
antes, o próprio homem torna-se mercadoria. Na realidade,
para o homem, isto não constitui propriamente uma grande
afirmação do seu corpo. Pelo contrário, agora considera o corpo e
a sexualidade como a parte meramente material de si mesmo a
usar e explorar com proveito.
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Eros e Ágape
no Processo do Amor
Portanto, o Eros é promessa de Ágape! Pois somos chamados a amar
com todo o nosso ser: Amar de corpo e alma! Com tudo o que somos e
temos! Não devemos nos assustar com a nossa dimensão erótica, mas acolhê-
la como um dom e ao mesmo tempo assumir a tarefa canalizá-la e orientá-la.
O Eros não pode ficar apenas subindo, chega uma hora que ele precisa
começar o processo de descida e transformar-se em Ágape. Não podemos
ficar correndo somente atrás de sensações e de adrenalina. O amor
autêntico é decisão, é escolher amar para além dos meus sentimentos,
porém, sem desprezá-los.
Faz parte da evolução do amor para níveis mais altos, para as suas
íntimas purificações, que ele procure agora o caráter definitivo,
e isto num duplo sentido: no sentido da exclusividade —
“apenas esta única pessoa” — e no sentido de ser “para
sempre”. O amor compreende a totalidade da existência em toda
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Eros e Ágape
no Processo do Amor
a sua dimensão, inclusive a temporal. Nem poderia ser de outro
modo, porque a sua promessa visa o definitivo: o amor visa a
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eternidade.
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Eros e Ágape
no Processo do Amor
Em vista disso eu peço que vocês sejam revolucionários, eu peço
que vocês vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem:
que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo,
crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades,
que não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em
vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de “ir contra a
corrente”. E também tenham a coragem de ser felizes!14
Sendo assim, exortamos aos jovens que: ”Não tenham medo! Não
tenham medo de amar! Pois a Palavra de Deus diz que “no amor não há
temor, pois, o perfeito amor lança fora o temor. Pois o temor envolve
castigo, e quem teme, não é perfeito amor”.15
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Eros e Ágape
no Processo do Amor
Pois o amor é um dom, mas ao mesmo tempo uma tarefa! Uma tarefa
realizadora e que plenifica a vida! Seja um revolucionário do amor! O
casamento não está fora de moda! É possível viver um amor de verdade! Basta
você ser uma pessoa integra, ou seja, inteira! Unindo corpo e alma, eros e
ágape, amor e verdade! E assim viver um amor que seja autêntico!
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Considerações
Finais
Considerações Finais
Fernando Gomes
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O Autor
Fernando Gomes
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