Você está na página 1de 22

PROBABILIDADE

E ESTATÍSTICA

BINOMIO DE NEWTON

Prof. Mateus Brandão

1
INTRODUÇÃO

O Teorema do binômio atribuído ao físico e matemático


inglês Isaac Newton ( 1623 – 1727 ), mas a sua forma
empírica já era do conhecimento dos chineses e árabes nos
séculos XII e XIII.
O nome de Newton permaneceu associado ao binômio
porque foi ele quem generalizou seu estudo para expoente
racionais.

2
DEFINIÇÃO
Dados dois números n e p naturais, com p≤n,
denominamos números binomiais aos números de combinações
simples de n elementos, tomados p a p.
Assim:
n n! n
   Cn, p  , onde   (lê  se binomial de n, classe p)
 p p!(n  p)!  p

7 7! 7.6.5.4!
Exemplo 1 :    C7,3    35
 3 3!(7  3)! (3.2.1)4!

10  10! 10.9.8!


Exemplo 2 :    C10, 2    45
2 2!(10  2)! (2.1)8!
3
CASOS PARTICULARES
Da definição de binomial, temos três consequencias:

n
I ) p  0     1, (n   ).
0
n! n!
Cn , 0   1
0!(n  0)! n!
n
II ) p  1     n, ( n  1 e n   ).
1
n! n(n  1)!
Cn ,1   n
1!(n  1)! (n  1)!

4
CASOS PARTICULARES
Da definição de binomial, temos três consequencias:

n
III ) p  n     1, (n   ).
n
n! n!
Cn , n   1
n!(n  n)! n!0!

5
EXEMPLO DOS CASOS
PARTICULARES

 4 6  7
Calcular X , sendo X         
 4 0  1
Re solução :
X  11 7
X 9

6
NÚMEROS BINOMIAIS - COMPLEMENTARES

10  10 
Dois binômios,   e  , são considerad os complement ares
7 3
quando m  n e p  q  n, ou q  n - p.
n  n 
Desta forma, vale escrever :   e  .
 p n - p
Exemplos :
 6  6
1)   e   são complement ares, pois : p  q  1  5  6  n
1 5
 5  5 
2)  e   são complement ares, pois : p  q  3  2  5  n
 3  2 

7
PROPRIEDADE DOS NÚMEROS BINOMIAIS
COMPLEMENTARES
Pela definição de números binomiais, temos :
n n!
(a)   
 p  p!(n  p)!
 n  n! n! n!
(b)    
 n - p  (n  p)![n  (n  p)]! (n  p)![n  n  p]! (n  p)![p]!

De onde concluímos que : (a)  (b).


Portanto, podemos afirmar que números binomiais
complementares sao iguais.

8
EXEMPLOS:
8 8
1) Calcule   e  
 3  5 
Observemos que os dois binomiais sao comlementa res,
pois : n  8 e n  p  3  5  8  n

8 8! 8! 8.7.6.5!
Resolução :       56
 3  3!(8  3)! 3!5! (6)5!
8 8! 8! 8.7.6.5!
      56
 5  5!(8  5)! 5!3! 5!(6)

9
EXEMPLOS:
 7  7
2) Resolver a equação :   e  
 x  5
Esta igualdade compreende duas soluções :
a) se os binômios forem complementares, podemos escrever :
x 5  7  x  2

b) se os binômios forem iguais, podemos escrever : x  5


n
Os dois valores satisfazem a existência de  , (n, p, Ν, e p  n), pois :
p
7 7 7 7
     e     .
 2  5  5  5
10
EXEMPLOS:
5  5 
3) Resolver a equação :   e  . Resolução :
 2x   x  2 
a ) p  q
2 x  x  2 

2 x  x  2 

  
5 5  x  2
      
 2x   x  2  b) p  q  n  S  {1,2}
2 x  ( x  2)  5 

3 x  3 
x  1

11
NÚMEROS BINOMIAIS CONSECUTIVOS

Dois números binomiais dizem - se consecutivos quando eles têm


o mesmo valor para n e suas classes respectivas são inteiros consecutivos.
12  12 
Ex. :      são números binomiais consecutivos.
 9  10 
n n
Sendo :   e   dois numeros binomiais, se eles são consecutivos,
p q
então p  q  1.
n  n 
Assim, pela definição, podemos escrever :   e  .
 p   p - 1

12
PROPRIEDADES DOS NÚMEROS
BINOMIAIS CONSECUTIVOS
Somando dois números binomiais consecutivos, temos :
 n  1  n  1  n 
       , que denominamo s RELAÇÃO DE STIFFEL
 p  1  p   p 
 5  5 
1º Exemplo : Calcular      :
 3  4 
Como são números binomiais consecutivos, então pela
RELAÇÃO DE STIFFEL, temos :
 5  5   6 
n - 1  5  n  6 e p  4. Portanto,        
 3  4   4 

13
PROPRIEDADES DOS NÚMEROS
BINOMIAIS CONSECUTIVOS

2º Exemplo :
8 8  9 
Resolver a equação :        
 6   7   x  3
Temos que :
x 3 7 
x4
S  {4}

14
TRIÂNGULO DE TARTÁGLIA-PASCAL

O triângulo de Pascal tem o objetivo de dispor


os coeficientes binomiais, de modo que os coeficientes
de mesmo numerador agrupem-se em uma mesma linha, e
coeficientes de mesmo denominador agrupem-se na mesma coluna. O
coeficiente binomial de dois números naturais é expresso

por: .

O número n é o numerador e o p, o denominador.


Observe a distribuição no triângulo:
15
Calculando os valores dos coeficientes,
obtemos outra forma de expressar o
triângulo de Pascal ou Tartaglia:

16
17
18
RETOMANDO AS PROPRIEDADES DO
TRIANGULO DE PASCAL
• Em toda linha o primeiro e o ultimo elemento são iguais a 1, pois tem a forma :
n n
  e  , respectivamente.
0 n
• Numa linha qualquer, dois binomiais equidistantes dos extremos sao iguais,
pois sao numeros binomiais complementares.
• Qualquer elemento nao extremo, a partir do segundo termo da 3ª linha,
pode ser obtido aplicando a Relação de Stiffel.
• A soma dos números binomiais de uma mesma linha é dada pela potência
de base 2, onde o expoente é a ordem da linha dada pelo numerador.
n n n n
Assim, temos :          ...     2 n
 0 1  2 n
19
BINÔMIO DE NEWTON
O triangulo de Pascal é extremamen te útil no desenvolvimento
de binômios do tipo (x  a) n , n  Ν.
Observamos a relação entre o triangulo de Pascal e os binômios :
Coeficient e dos termos
0
n  0  (x  a)  1............................................................ 
0

0
 1 1
n  1  (x  a)  x  a..................................................  
1

 0 1
 2  2  2 
n  2  (x  a)  x  2ax  a ..............................   
2 2 2

 0  1  2 
 3  3  3  3 
n  3  (x  a)  x  3ax  3a x  a ............    
3 3 2 2 3

 0  1  2  3 

20
BINÔMIO DE NEWTON

Exemplos :
 2 2 0  2 1 1  2 2
 (x  2)    x .2    x .2   .2
2

0 1  2
1x 2  4 x1  4

 3  3  3 2  3  1  3 3
 (x  1)    x    x    x   1
3

0 1  2  3
x  3x  3x  1
3 2 1

21
BINÔMIO DE NEWTON

Exemplos :
 4 4 0  4 3 1  4 2 2  4 1 3  4 0 4
 (x  2)    x .2    x 2    x .2    x .2    x .2
4

0 1  2  3  4
x 4  8 x 3  24 x 2  32 x1  16

 5 5 0  5 4 1  5  3 2  5 2 3  5  1 4  5 0 5
 (a  2)   a .2   a .2   a 2   a .2   a .2   a .2
5

 0 1  2  3  4  5
a 5  10a 4  40a 3  80a 2  32

22

Você também pode gostar