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Probabilidades

 Conjuntos Se B é subconjunto próprio de A, escreve-se:


B  A (B implica A).
Notações de conjuntos para representar
Reunião e interseção de conjuntos
relações entre acontecimentos

Relação entre Notação de S


conjuntos conjuntos A B
Acontecimento certo Ω, S, E
Acontecimento A U B
impossível Ø
O acontecimento A
não ocorre A
Ocorre o A  B  {x : x  A  x  B}
acontecimento A e
ocorre o A B
acontecimento B Nota: # ( A  B )  # A # B  # ( A  B )
Ocorre o
acontecimento A ou
ocorre o AB S
acontecimento B ou A B
ocorrem ambos
Se C ocorre, então D A∩B
também ocorre (C
implica a realização CD
de D)
Os acontecimentos E e
F são incompatíveis EF 
A  B  {x : x  A  x  B}

Cardinal de um conjunto
Conjuntos disjuntos (incompatíveis)
Ao número de elementos de um conjunto
chama-se cardinal do conjunto e representa-se A e B são conjuntos disjuntos se A∩B=Ø.
pelo símbolo # (“cardinal”).
S
A={1, 2, 7}; #A=3 A B

Igualdade entre os conjuntos

( A  B)  ( x  A  x  B)

Subconjunto de um conjunto

( A  B)  ( x  A  x  B)

B A
Diagrama de Venn
Propriedades das operações com Leis de De Morgan
conjuntos
Seja A e B dois subconjuntos quaisquer:
Propriedade A B  A  B e A B  A  B
comutativa A B  B  A A B  B  A
Propriedade
associativa ( A  B)  C  A  (B  C ) ( A  B)  C  A  ( B  C )
Elemento  Termos e conceitos probabilísticos
neutro A  A AS  A
Elemento
absorvente AS  S A   Experiência determinista
Idempotência
A A  A A A  A As experiências deterministas ou causais caracterizam-
Propriedade
A  ( B  C )  ( A  B)  ( A  C ) A  (B  C )  ( A  B)  ( A  C ) se por produzirem o mesmo resultado, desde que
distributiva
sejam repetidas sob as mesmas condições (i.e.:lançar
uma pedra ao mar e verificar que vai ao fundo; furar
Complementar de um conjunto
um balão cheio de ar e verificar que rebenta).
O complementar de um conjunto A representa-
se A . Experiência aleatória

S As experiências aleatórias ou casuais caracterizam-se


pela impossibilidade de prever o resultado que se
A A
obterá, ainda que as experiências sejam realizadas sob
as mesmas condições (i.e.: lança um dado e observar a
face que fica voltada para cima; tirar um carta de um
baralho e verificar se sai vermelha).

1.º - A  x : x  A Conjunto de resultados


2.º - A  A  S Ao conjunto formado por todos os resultados possíveis
3.º - A  A   de uma experiência aleatória chama-se conjunto de
4.º - A  A resultados ou espaço amostral e representa-se por S,
U ou Ω (i.e.: no lançamento de um dado, S={1, 2, 3, 4,
Complementar de um conjunto 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12}).
relativamente a outro
Acontecimento
Seja A e B dois conjuntos.
O complementar de B relativamente a A A qualquer subconjunto de S chamamos
representa-se por A\B e tem-se: acontecimento.
A \ B  {x : x  A  x  B} Acontecimento de uma experiência aleatória é cada
um dos subconjuntos do conjunto de resultados.
S
Acontecimento elementar – Se o resultado de uma
A B
experiência consta de um só elemento do conjunto de
resultados (i.e.: A={8}).

Acontecimento composto - Se o resultado de uma


experiência consta de dois ou mais elementos do
conjunto de resultados (i.e.: B={1, 3, 5, 7}). Lançar
Só se realiza se e só se A se realiza sem que B dois dados, um dado e uma moeda, retirar de um saco
se realize. mais de uma bola são experiências compostas porque
envolvem mais do que uma experiência simples. As
tabelas de dupla entrada são úteis para  Definição frequencista de
identificar todas as probabilidades de saídas probabilidade
quando se trata de duas experiências simples. O
diagrama de árvore usa-se para o mesmo efeito
mas pode ser utilizado para duas ou mais Lei dos grandes números
experiências.
Ao número à volta do qual estabiliza a frequência
Acontecimento certo – Se o resultado de uma relativa de um acontecimento quando o número de
experiência consta de todos os elementos do repetições da experiência cresce consideravelmente
conjunto de resultados (i.e.: C={1, 2, 3, 4, 5, chama-se probabilidade do acontecimento.
6}=S).
Designemos por p(A) a probabilidade do
Acontecimento impossível – Se o resultado de acontecimento A.
uma experiência não tem qualquer elemento do
conjunto de resultados (i.e.: D=Ø). A relação entre frequência relativa e a probabilidade
de um acontecimento permite desde já estabelecer as
Acontecimentos incompatíveis e seguintes conclusões:
acontecimentos contrários – dois
acontecimentos, X e Y, dizem-se incompatíveis 1.º - 0 ≤ p(A) ≤ 1
se a sua verificação simultânea for o 2.º - p(acontecimento certo) = p(S) = 1
acontecimento impossível, ou seja, X Y   3.º - p(acontecimento impossível) = p(Ø) = 0
(a realização de um acontecimento não implica 4.º - Se A e B são dois acontecimentos quaisquer do
a realização do outro). mesmo espaço amostral S ,
p ( A  B )  p ( A)  p ( B )  p ( A  B )
S 5.º - Se A e B são incompatíveis,
X Y p ( A  B )  p ( A)  p ( B )
6.º - p( A )  1  p( A)

 Lei de Laplace

No caso dos acontecimentos A e B, além de Se os acontecimentos elementares são equiprováveis,


serem incompatíveis ( A  B   ), verifica-se a probabilidade de um acontecimento A é igual ao
que A  B é o acontecimento certo quociente entre o número de casos favoráveis ao
( A  B  S ). Por esta razão também se chama acontecimento e o número de casos possíveis. Ou seja:
a A e B acontecimentos contrários (a
interseção é um acontecimento impossível e a número de casos favoráveis ao acontecime nto A
p ( A) 
reunião é um acontecimento certo). número de casos favoráveis

S
 Definição axiomática de probabilidade

Axiomas são proposições, sugeridas pela nossa


intuição ou experiência, que não se demonstra e se
A B aceitam como verdadeiras.

Provar ou demonstrar uma proposição é mostrar,


usando raciocínios lógicos, que ela resulta de outras
B é o acontecimento contrário de A e consideradas verdadeiras.
representa-se por A .
Teoremas são proposições que se demonstram Teorema 5 - p( A)  p( A  B)  p( A  B )
a partir dos axiomas ou de outras proposições
já demonstradas. Teorema 6 - B  A  p ( A \ B )  p ( A)  p ( B )
Axiomas das probabilidades (Axiomática
de Kolmogorov) Teorema 7 - B  A  p ( B )  p ( A)

Axioma 1 – A probabilidade de qualquer Teorema 8 - p( A)  p ( B)  p( A  B )  1  p ( A  B )


acontecimento A do conjunto de resultados S é
um número não negativo.
 Probabilidade condicionada
p( A)  0, A  S (acontecimentos dependentes)

Axioma 2 – A probabilidade do acontecimento Representa-se por p(A|B) a probabilidade de


certo é 1. ocorrência de A, na hipótese de B se ter realizado, e
tem-se (probabilidade de A sabendo que B ocorre):
P(S) = 1, S é o acontecimento certo
p( A  B)
p( A | B)  , p( B)  0
Axioma 3 – A probabilidade da reunião de dois p( B)
acontecimentos incompatíveis (disjuntos) é
igual à soma das probabilidades desses 1.º - p ( A  B )  p ( B )  p ( A | B )
acontecimentos.
2.º - p ( A  B )  p ( A)  p ( B | A)
p ( A  B )  p ( A)  p ( B ), se ( A  B )  
 Probabilidade condicionada e
axiomática

Teorema 1 – a probabilidade de um
Sendo S o conjunto de resultados, A  S , B  S e
acontecimento impossível é zero.
p(B)>0, p(A|B) satisfaz os 3 axiomas da teoria das
probabilidades se:
p(Ø) = 0
1.º - p(A|B) ≥ 0
Teorema 2 – a probabilidade de qualquer
acontecimento A é um número do intervalo [0,
2.º - p(S|B) = 1
1].

0  p ( A)  1, A  S 3.º - Se A1 e A2 são acontecimentos incompatíveis, isto


é, se A1  A2   , então:
Teorema 3 – a probabilidade do acontecimento p[( A1  A2 ) | B]  p( A1 | B)  p( A2 | B)
contrário de A ( A ) é igual à diferença entre 1 e
a probabilidade de A.
 Acontecimentos independentes
p( A )  1  p( A), A  S
Dois acontecimentos são independentes quando a
Teorema 4 – probabilidade da reunião de dois probabilidade de realização de um deles não interfere
acontecimentos na probabilidade da realização do outro.
(Exemplos: lançamentos consecutivos de 2
p ( A  B )  p ( A)  p ( B )  p ( A  B ) dados/moedas; tirar consecutivamente bolas/cartas,
com reposição.)
Dois acontecimentos são independentes se e só Permutações
se:
Chama-se permutação de n elementos a todas as
p ( A | B )  p ( A) sequências diferentes que é possível obter com os n
elementos. O número dessas sequências representa-se
p ( A  B )  p ( A)  p ( B ) por Pn (permutação de n). Pn  n!

Arranjos sem repetição (arranjos simples)


 Cálculo combinatório
Dados n elementos quaisquer, chama-se arranjos sem
Princípio geral da multiplicação (“A e B”) repetição de n elementos escolhidos arbitrariamente
entre os n dados. O número de todas estas sequências
Por cada alternativa, existem n alternativas designa-se por n A p  n(n  1)(n  2)  ...  (n  p  1) n,
diferentes.
p  N e n≥p
Consideremos um processo constituído por k
etapas. Se existirem n1 maneiras de realizar a n!
1.º - n A p 
primeira etapa e se, para cada uma destas, (n  p)!
existirem n 2 maneiras de realizar a segunda
etapa, e assim sucessivamente, até à k-ésima 2.º - n An  Pn
etapa, então todo o processo pode ser realizado
de n1  n2  n3  ...  nk maneiras diferentes. Arranjos com repetição (arranjos completos)

Dados n elementos diferentes, a1 , a 2 ,..., a n , chama-se


Princípio geral da adição (“A ou B”)
arranjos com repetição dos n elementos p a p a
todas as sequências de p elementos, sendo estes
As várias formas de realizar algo.
diferentes ou não, que se podem formar escolhendo os
p elementos entre os n dados. O número total de
Se para realizar um processo existirem k
alternativas que se excluem duas a duas, e se sequências representa-se por n A p '  n p
existirem n1 maneiras de realizar a primeira
alternativa, n 2 maneiras de realizar a segunda, Combinações sem repetição (tiragens simultâneas)
…, n k maneiras de realizar a k-ésima, então o
n
processo pode ser realizado de
n
C p ou   é o número de subconjuntos com p
n1  n2  n3  ...  nk maneiras diferentes.  p
elementos que se podem definir num conjunto com n
elementos.
Fatorial de um número natural n
n
Ap n!
Chama-se fatorial de um número natural n e n
Cp  n
Cp  , n, p  N 0 e n≥p
representa-se por n! ao produto: p! p!(n  p)!
n!  n( n  1)(n  2)  ...  3  2  1

NOTA: 0!=1 1.º - n C p  n C n p


2.º - n C p  n C p 1  n 1C p 1
3.º - n C 0  n C n  1
Síntese 3.º - A soma de todos os elementos da n-ésia linha é
igual a 2 n :
A
Pode haver
Entram todos
os elementos
n
C 0  n C1  ... n C n  2 n
ordem Combinatória
repetição? da
influi?
sequência?
Arranjos com  Binómio de Newton
repetição   - n
Ap '  n p
Arranjos sem n!
repetição    n
Ap 
( n  p )!
( a  b) n  n C 0 a n  n C1 a n1b  n C 2 a n  2 b 2  ... n C n 1 ab n 1  n C n b n

Permutações
   Pn  n!
Ou
Combinações n!
  - n
Cp 
p!(n  p )! n
( a  b) n   n C p a n  p b p
p 0

 Triângulo de Pascal Observações

1 1.º - O desenvolvimento de (a  b) n tem n+1 termos.


1 1
2.º - O termo de ordem p é T p , sendo:
1 2 1
1 3 3 1 T p  n C p 1 a n  p 1b p 1 ou T p 1  n C p a n p b p
6 14 1 4
1 10 10 5 15
1 6 15 20 15 6 1 O binómio de Newton é uma forma rápida de
……………………………………
simplificar expressões do tipo (a  b) n .
Corresponde aos valores de:
0
C0
1 1
C0 C1
2 2 2
C0 C1 C2
3 3 3 3
C0 C1 C2 C3
4 4 4 4 4
C0 C1 C2 C3 C4
5 5 5 5 5 5
C0 C1 C2 C3 C4 C5
6
C 0 6 C1 6 C 2 6 C 3 6 C 4 6 C 5 6 C 6
……………………………………………

Propriedades

1.º - Em cada linha são iguais os termos


equidistantes dos extremos:
n
C p  n C n p
2.º - A soma de dois números consecutivos de
uma linha é igual ao número que na linha
seguinte figura entre eles:
n
C p 1  n C p  n 1C p

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