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CAPÍTULO 1
PRELIMINARES
Neste capítulo inicial apresentaremos os antecedentes necessários para o estudo da análise real.
A Seção 1.1 consiste em um breve levantamento das operações e funções de conjuntos, duas
ferramentas vitais para toda a matemática. Nele estabelecemos a notação e declaramos as
definições e propriedades básicas que serão utilizadas ao longo do livro. Consideraremos a
palavra “conjunto” como sinônimo das palavras “classe”, “coleção” e “família” e não definiremos
esses termos nem forneceremos uma lista de axiomas para a teoria dos conjuntos. . Esta
abordagem, muitas vezes referida como teoria dos conjuntos “ingênua”, é bastante adequada
para trabalhar com conjuntos no contexto da análise real.
A Seção 1.2 trata de um método especial de prova chamado Indução Matemática. Está
relacionado com as propriedades fundamentais do sistema de números naturais e, embora se
restrinja à prova de determinados tipos de afirmações, é importante e utilizado com frequência.
Uma discussão informal dos diferentes tipos de provas usadas em matemática, como
contrapositivas e provas por contradição, pode ser encontrada no Apêndice A.
Na Seção 1.3 aplicamos algumas das ferramentas apresentadas nas duas primeiras seções deste
capítulo para uma discussão sobre o que significa um conjunto ser finito ou infinito. Definições
cuidadosas são fornecidas e algumas consequências básicas dessas definições são derivadas. O
importante resultado de que o conjunto dos números racionais é contávelmente infinito é estabelecido.
Além de apresentar conceitos básicos e estabelecer terminologia e notação, este capítulo
também fornece ao leitor alguma experiência inicial no trabalho com definições precisas e na
redação de provas. O estudo cuidadoso da análise real implica inevitavelmente a leitura e redação
de provas e, como qualquer habilidade, é necessário praticar. Este capítulo é um ponto de partida.
Ao leitor: Nesta seção fazemos uma breve revisão da terminologia e notação que serão utilizadas
neste texto. Sugerimos que você o leia rapidamente e volte mais tarde quando precisar lembrar o
significado de um termo ou símbolo.
Se um elemento x está em um conjunto A, escrevemos
x2A
x 2= UMA:
Se todo elemento de um conjunto A também pertence a um conjunto B, dizemos que A é um subconjunto de B e escrevemos
AB ou BA:
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2 CAPÍTULO 1 PRELIMINARES
Dizemos que um conjunto A é um subconjunto próprio de um conjunto B se AB, mas existe pelo menos um elemento de
B que não está em A. Neste caso às vezes escrevemos
AB:
Assim, para provar que os conjuntos A e B são iguais, devemos mostrar que
AB e BA:
fx 2 S : P xð Þ g
para o conjunto de todos os elementos x em S para os quais a propriedade P é verdadeira. Se o conjunto S for entendido
do contexto, então é frequentemente omitido nesta notação.
Vários conjuntos especiais são usados ao longo deste livro e são indicados por padrões
símbolos. (Usaremos o símbolo :¼ para significar que o símbolo à esquerda está sendo definido
pelo símbolo à direita.)
x 2 N : x2 3x + 2 ¼ 0
consiste naqueles números naturais que satisfazem a equação declarada. Como as únicas soluções de
esta equação quadrática é x = 1 e x = 2, podemos denotar este conjunto mais simplesmente por {1, 2}.
(b) Um número natural n é par se tiver a forma n = 2k para algum k 2 N. O conjunto de números pares
números naturais podem ser escritos
f 2k : k 2 N g ;
fg 2k 1 : k 2 N : &
Definir operações
Definimos agora os métodos de obtenção de novos conjuntos a partir de determinados. Observe que estes conjuntos
as operações são baseadas no significado das palavras ''ou'' ''e'' e ''não''. Para o sindicato,
é importante estar ciente do fato de que a palavra ''ou'' é usada no sentido inclusivo,
permitindo a possibilidade de que x possa pertencer a ambos os conjuntos. Na terminologia jurídica, esta inclusão
o sentido às vezes é indicado por '' e/ou ''.
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A [ B :¼ fgx : x 2 A ou x 2 B :
A \ B :¼ fgx : x 2 A e x 2 B :
AnB :¼ fgx : x 2 A e x 2= B :
O conjunto que não possui elementos é chamado de conjunto vazio e é denotado pelo símbolo ;.
Dois conjuntos A e B são disjuntos se não tiverem elementos em comum; isso pode ser
expresso escrevendo A \ B ¼;.
Para ilustrar o método de provar igualdades de conjuntos, estabeleceremos a seguir uma das
Leis de De Morgan para três conjuntos. A prova da outra fica como exercício.
Prova. Para provar (a), mostraremos que todo elemento em Anð Þ B [ C está contido em ambos
(AnB) e (AnC) e inversamente.
Se x está em Anð Þ B , então x está em A, mas x não está em B [C. Portanto, x está em A, mas x não está em nenhum dos dois
[ C em B nem em C. Portanto, x está em A, mas não em B, e x está em A, mas não em C. Assim, x 2 AnB e
x 2 AnC, o que mostra que x 2 ð Þ\ AnB ð Þ AnC .
Por outro lado, se x 2 ð Þ\ AnB ð Þ AnC , então x 2 ð Þ AnB e x 2 ð Þ AnC . Portanto x 2 A e
ambos x 2= B e x 2= C. Portanto, x 2 A e x 2= ð Þ B [ C de modo que x ,2 Anð Þ B [ C .
Como os conjuntos ð Þ\ AnB ð Þ AnC e Anð Þ B [ C contêm os mesmos elementos, eles são
igual pela Definição 1.1.1. QED
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Da mesma forma, sua interseção é o conjunto de elementos que pertencem a todos esses conjuntos An. Nisso
caso escrevemos
Funções
AB :¼ f ð g Þ a; b: a2A; b2B:
Assim, se A = {1, 2, 3} e B = {1, 5}, então o conjunto AB é o conjunto cujos elementos são
os pares ordenados
ðÞ 1; 1 ; ðÞ 1; 5 ; ð Þ 2; 1 ; ð Þ 2; 5 ; ð 3; 1 ; ð 3; 5:
Podemos visualizar o conjunto AB como o conjunto de seis pontos no plano com as coordenadas que
acabamos de listar.
Freqüentemente desenhamos um diagrama (como a Figura 1.1.2) para indicar o produto cartesiano de
dois conjuntos A e B. No entanto, deve-se perceber que este diagrama pode ser uma simplificação.
Por exemplo, se A :¼ fgx 2 R
0 y: 1 xou2 2e yB3:¼
então,
fgy 2em
R : vez de um retângulo,
o da Figura 1.1.3. ter um desenho como ,
deveríamos
Mas por mais sugestiva que esta definição revista possa ser, existe a dificuldade de interpretar a expressão
“regra de correspondência”. Para esclarecer isto, expressaremos a definição inteiramente em termos de
conjuntos; com efeito, definiremos uma função como seu gráfico.
Embora isto tenha a desvantagem de ser algo artificial, tem a vantagem de ser inequívoco e mais claro.
1.1.6 Definição Sejam A e B conjuntos. Então uma função de A para B é um conjunto f de pares ordenados
em AB tais que para cada a 2 A existe um único b 2 B com (a, b) 2 f. (Em outras palavras, se (a, b) 2 f e (a,
b0 ) 2 f, então b ¼ b0 .)
às vezes é chamado de teste da linha vertical. Em termos geométricos, diz que toda linha vertical x ¼ a
com a 2 A intercepta o gráfico de f exatamente uma vez.
A notação
f: A! B
é frequentemente usado para indicar que f é uma função de A em B. Diremos também que f é um
mapeamento de A em B, ou que f mapeia A em B. Se (a, b) é um elemento em f, ele é costume escrever
b ¼ f að Þ ou às vezes um 7! b:
Transformações e Máquinas
Além de usar gráficos, podemos visualizar uma função como uma transformação do conjunto D( f ) ¼
A no conjunto RðfÞ B. Nesta fraseologia, quando (a, b) 2 f, pensamos em f como tomando o
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Existe outra maneira de visualizar uma função: a saber, como uma máquina que aceita
elementos de D(f)¼ A como entradas e produz elementos correspondentes de RðfÞ B como saídas.
Se pegarmos um elemento x 2 D(f) e colocá-lo em f, então obteremos o valor correspondente f(x).
Se colocarmos um elemento diferente y2 D(f) em f, então surgef(y), que pode ou não diferir def(x).
Se tentarmos inserir algo que não pertence a D(f) em f, descobriremos que isso não é aceito, pois f
só pode operar em elementos de D(f). (Veja a Figura 1.1.6.)
Esta última visualização deixa clara a distinção entre f e f(x): a primeira é a própria máquina, e
a segunda é a saída da máquina f quando x é a entrada. Embora provavelmente ninguém confunda
um moedor de carne com carne moída, um número suficiente de pessoas confundiu funções com
seus valores, de modo que vale a pena distingui-los notadamente.
fðEÞ :¼ fg fðxÞ : x 2 E :
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Se H é um subconjunto de B, então a imagem inversa de H sob f é o subconjunto f (H) de A dado por
1
f ðHÞ :¼ fgx 2 A : fðxÞ 2 H :
1
Observação A notação f (H) usada nesta conexão tem suas desvantagens. No entanto, nós
irá usá-lo, pois é a notação padrão.
Assim, se nos for dado um conjunto EA, então um ponto y1 2 B está na imagem direta f (E) se e
somente se existir pelo menos um ponto x1 2 E tal que y1 ¼ f (x1). Da mesma forma, dado um conjunto
1
HB, então um ponto x2 está na imagem inversa f (H) se e somente se y2 :¼ f (x2) pertence a H.
(Ver Figura 1.1.7.)
1.1.8 Exemplos (a) Seja f : R ! R ser definido por f (x) :¼ x2 . Então a imagem direta de
o conjunto E :¼ conjunto
fgx : 0 x 2f Eð
é o Þ¼ fgy : 0 y 4 Se G :¼ fgyimagem
: 0 y 4 então a .
inversa
1
de G é o conjunto
Assim, neste ,
fx 2g.caso, vemos que f 1ð Þ f Eð Þ 6¼ E. ðGÞ ¼ fx : 2
1
Por outro lado, temos ffy : ð Þ H ¼ fgy :ð0ÞyG1 ¼
6¼G.H.Mas se H :¼ f g 1 ano 1 , então nós
1
tenho ff
Um esboço do gráfico de f pode ajudar a visualizar esses conjuntos.
(b) Seja f : A ! B, e sejam G, H subconjuntos de B. Mostraremos que
1 1 1
f ðÞG\Hf ðÞ\ G f ðÞ H :
1
Pois, se x 2 f ð Þ G \ , então f xð Þ2 G \ H, de modo que f (x) 2 G e f (x) 2 H. Mas isso implica
1 1 1 1
então x 2 f HðÞGex2f ð Þ H , de onde x 2 f Assim ða Þ\
implicação
Gf H.
declarada
ðÞ está provada. [A
inclusão oposta também é verdadeira, de modo que na verdade definimos a igualdade
entre esses conjuntos; veja o Exercício 15.] &
Mais fatos sobre imagens diretas e inversas são fornecidos nos exercícios.
(a) A função f é dita injetiva (ou um-um) se sempre que x1 6¼ x2, então
f xð Þ1 6¼ f xð Þ2 . Se f é uma função injetiva, dizemos também que f é uma função injetora.
(b) Dizemos que a função f é sobrejetiva (ou mapeia A em B) se f (A) = B; isto é, se o
contradomínio R( f ) ¼ B. Se f é uma função sobrejetiva, também dizemos que f é uma sobrejeção.
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8 CAPÍTULO 1 PRELIMINARES
Para fazer isso, assumimos que f (x1) ¼ f (x2) e mostramos que x1 ¼ x2.
[Em outras palavras, o gráfico de f satisfaz o primeiro teste de linha horizontal: Cada linha horizontal
y ¼ b com b 2 B intercepta o gráfico f em no máximo um ponto.]
Para provar que uma função f é sobrejetiva, devemos mostrar que para qualquer b 2 B existe em
pelo menos um x 2 A tal que f(x) ¼ b.
[Em outras palavras, o gráfico de f satisfaz o teste da segunda linha horizontal: Cada linha horizontal
a reta y ¼ b com b 2 B cruza o gráfico f em pelo menos um ponto.]
2x1 ¼
2x2
;
x1 1 x2 1
,
o que implica que x1ð Þ¼ x2 1 x2ð x1 1 Þ e, portanto, x1 ¼ x2. Portanto f é injetivo.
Para determinar o contradomínio de f, resolvemos a equação y ¼ 2x=ð Þ x 1 para x em termos de y.
Obtemos x ¼ y=ðy 2Þ, o que é significativo para y 6¼ 2. Assim, o contradomínio de f é o conjunto
B :¼ fy 2 R : y 6¼ 2 g . Assim, f é uma bijeção de A em B. &
Funções Inversas
Se f é uma função de A em B, então f é um subconjunto especial de AB (ou seja, aquele que passa pelo
teste da linha vertical.) O conjunto de pares ordenados em BA obtido pela troca dos membros
de pares ordenados em f geralmente não é uma função. (Isto é, o conjunto f pode não passar por ambos os
testes de linha horizontal.) No entanto, se f for uma bijeção, então esse intercâmbio leva a um
função, chamada de ''função inversa'' de f.
g :¼ f ð Þ2 b; a BA : ð Þ2 a; namorado g
f ðyÞ :¼ para y 2 B:
y2
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Observação Introduzimos a notação f não (H) na Definição 1.1.7. Faz sentido mesmo que f
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possui uma função inversa. Porém, se a função inversa f (H) for a imagem direta existe, então
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do conjunto HB sob ff .
Composição de Funções
Muitas vezes acontece que queremos ''compor'' duas funções f, g, primeiro encontrando f (x) e depois
aplicando g para obter g (f (x)); no entanto, isso só é possível quando f(x) pertence ao domínio de
g. Para poder fazer isso para todo f (x), devemos assumir que o contradomínio de f está contido
no domínio de g. (Ver Figura 1.1.8.)
ð Þ gf ð Þ x :¼ gf x ðð Þ
Þ para todo x 2 A:
1.1.13 Exemplos (a) A ordem da composição deve ser cuidadosamente anotada. Pois, deixe f
e g sejam as funções cujos valores em x 2 R são dados por
ð Þ fg ð Þ¼ x 2 3x2 1 ¼ 6x2 2:
f xð Þ :¼ 1 x2 e g xð Þ :¼ a XP;
ð Þ gf ð Þ¼ x 1x2p _ _
10 CAPÍTULO 1 PRELIMINARES
ð Þ fg ð Þ¼ x 1 x;
Restrições de Funções
f 1ð Þ x :¼ f xð Þ para x 2 A1:
f xð Þ :¼ x2 para x2R;
então f não é injetivo, portanto não pode ter função inversa. No entanto, se restringirmos f ao conjunto
A restrição
A1 :¼ fg então ,
a restrição f jA1 é uma bijeção de A1 em A1. Portanto, este
x: x 0 tem uma função inversa, que é a função raiz quadrada positiva. (Esboce um
gráfico.)
Da mesma forma, as funções trigonométricas S(x) :¼ sin x eC(x) :¼ cos x não são injetivas em
todos de R. Contudo, fazendo restrições adequadas a estas funções, pode-se obter o inverso
funções seno e cosseno inverso que o leitor sem dúvida já encontrou.
1. Seja A :¼ fk : k 2 N; k 20 g ; B :¼ f 3k 1 : k 2 N g ; e C :¼ fg 2k þ 1 : k 2 N :
Determine os conjuntos:
(a)A\B\C,
(b) ð Þn A \ BC,
(c) ðÞn A\C B.
2. Desenhe diagramas para simplificar e identificar os seguintes conjuntos:
(a) An(BnA),
(b) An(AnB),
(c) A \ ð Þ BnA .
3. Se A e B são conjuntos, mostre que AB se e somente se A \ B ¼ A.
4. Prove a segunda Lei de De Morgan [Teorema 1.1.4(b)].
5. Prove as Leis Distributivas:
(a) A \ ð Þ¼ B [ C ð Þ[ A \ B ð Þ A \ C ,
(b) A [ ð Þ¼ B \ C ð Þ\ A [ B ð Þ A [ C .