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S725m Sousa, José Rubens Rodrigues de.

Matemática para computação [recurso eletrônico] : fundamentos da teoria de con-


juntos, relações e funções / José Rubens Rodrigues de Sousa. -- Fortaleza : Universidade de
Fortaleza, [2021].

36 p. -- ( Percurso de Aprendizagem ; 1)

1. Matemática. 2. Ciências da computação. I. Título. II. Série.

CDU 519.6

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Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
FUNDAMENTOS DA TEORIA DOS
CONJUNTOS, RELAÇÕES E FUNÇÕES

Sumário

1. Noções de conjuntos

2. Operações com conjuntos

3. Relações

4. Funções

Sumário clicável
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Neste Percurso de Aprendizagem, você vai
estudar as noções de conjuntos, relações
e funções. É muito importante entender
cada conceito, pois a definição de relação
depende do conceito de conjuntos e a
definição de função depende do conceito de
conjuntos e do conceito de relação. Você vai
usar esses recursos para resolver problemas
computacionais, interpretar os resultados
encontrados dentro do contexto de cada
problema e então propor intervenção na
realidade com tais conhecimentos. Todos
esses conceitos serão abordados dentro do Olá
contexto da matemática discreta, ou seja, a
matemática dos sistemas finitos, já que o
computador é uma máquina finita.
Em caso de dúvidas, entre em contato com o
tutor da disciplina.
Bons estudos!

1. Noções de conjuntos

Em Matemática, alguns conceitos são aceitos sem definição, ou seja, são noções intui-
tivas. Na teoria dos conjuntos, consideramos como noções intuitivas os conjuntos, os
elementos e a pertinência.

Conjunto e elemento

Um conjunto é um agrupamento de objetos bem definidos, que indicamos por uma letra
maiúscula (A, B, C), em que os objetos são chamados de elementos do conjunto. Os ele-
mentos dos conjuntos são os objetos que formam o conjunto, que indicamos por uma
letra minúscula (x, y, z). Não se encaixam nesse conceito o conjunto vazio e o unitário,
que serão definidos mais adiante.

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Exemplo 1:

a) A: Conjunto dos números pares positivos.

Podemos citar alguns dos elementos desse conjunto:

2, 4, 6, 8, ...

b) B: Conjunto dos meses do ano.

Podemos citar alguns dos elementos desse conjunto:

Janeiro, fevereiro,..., dezembro.

Nos exemplos anteriores, dizemos, por exemplo, que 2 ∈ A (lê-se: 2 pertence ao conjunto
A), e que 5 ∉ A (lê-se: 5 não pertence ao conjunto A).

1.1 Formas de descrever um conjunto

Considerando que você já aprendeu as noções intuitivas de conjuntos, aprenderá agora


as formas de descrevê-los. Podemos descrever os elementos de um conjunto citando
todos os seus elementos ou através de uma propriedade.

Descrição pela citação dos elementos

Para realizar a descrição por meio de citação dos seus elementos, basta listar os elemen-
tos entre chaves.

Exemplo 2:

Seja A o conjunto das vogais, então podemos representar o conjunto da seguinte forma:

A = {a, e, i, o, u}

E caso o conjunto possua muitos elementos, como representar?

Simples. Basta escrever alguns elementos iniciais seguidos por reticências e depois es-
crever o último elemento.

Exemplo 3:

Seja B o conjunto dos números naturais menores ou iguais a 100, logo:

B = {0, 1, 2, 3,..., 100}

E se o conjunto for infinito? Também é possível usar essa representação para conjuntos
infinitos, bastando escrever alguns elementos e, em seguida, colocar reticências.

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Exemplo 4:

Seja C o conjunto dos números pares, então podemos representar o conjunto da seguinte
forma: C = {...,-2, 0, 2, 4, 6...}

Descrição por uma propriedade:


Essa é a representação mais usual no meio matemático. Podemos representar um
conjunto A que possui uma propriedade P dos seus elementos x da seguinte forma:
A = {x / x tem a propriedade P}

Lê-se: A é o conjunto dos elementos x, tal que x tem a propriedade P.

Exemplo 5:

Seja A o conjunto das vogais, então podemos representar o conjunto da seguinte forma:

A = {x / x é uma vogal}

Exemplo 6:

Seja B o conjunto dos números naturais menores ou iguais a 100, logo:

{x ∈ IN / x ≤ 100}
B=

Representação por diagramas de Venn


Uma maneira visual de representar um conjunto é através dos diagramas de Venn, que
são curvas fechadas que não se cruzam. Tais diagramas servem de base para resolver
diversos exercícios.

Exemplos 7:

Seja A o conjunto das vogais A = {a, e, i, o, u}, então podemos representar o conjunto A por
meio de diagramas de Venn, como mostra a Figura 1.

Figura 1: diagrama de Venn do conjunto A.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

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Exemplos 8:

Seja B o conjunto B = {1, 3, 7, 10}, então podemos representar o conjunto B por meio de
diagramas de Venn, como mostra a Figura 2:

Figura 2: diagrama de Venn do conjunto B.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

Você vai estudar agora alguns tipos de conjuntos que desempenham papel importante
na teoria de conjuntos.

1.2 Tipos especiais de conjuntos

Definição 1 (Conjunto vazio)

Conjunto vazio é aquele que não possui elementos.

Podemos usar uma das duas notações para conjuntos vazios:

{ }: chaves sem elementos

∅ : círculo cortado

Exemplo 9:

A = {x/x é o mês do ano que começa com a letra k}.

Logo A = { } ou A = ∅

Definição 2 (Conjunto unitário)

É o Conjunto formado por um só elemento.

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Exemplo 10:

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A = {2}

Definição 3 (Conjunto finito)

É o conjunto com número limitado de elementos.

Exemplo 11: N = {x / x² = 9}

Definição 4 (Conjunto infinito)

É o conjunto com número ilimitado de elementos.

Exemplo 11: R = {x / x é um número par positivo}

Definição 5 (Conjunto universo – U)

É Conjunto mais amplo ao qual pertencem todos os elementos em determinado assunto.

Exemplo 12:

Se procurarmos as soluções reais de uma equação, o conjunto universo é IR (conjunto


dos números reais).

Agora veremos três conceitos que serão fundamentais para realizar as operações com
conjuntos.

Fique atento(a)!

1.3 Igualdade de conjuntos

Definição 6

Dois conjuntos são iguais se, e somente se, possuem os mesmos elementos. Em
símbolos, escrevemos:

A = B ⇔ ( ∀x )( x ∈ A ⇔ x ∈ B )

Lê-se: A é igual a B se, e somente se, para todo x, x pertence a A se, e somente se, x per-
tence a B.

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Exemplo 13:

Os conjuntos são iguais.

{a, b, c, d} = {b, c, d, a} = {a, a, b, b, b, c, c, c, c, d}

1.4 Subconjuntos

Definição 7

Dizemos que o conjunto A é subconjunto de um conjunto B ( A ⊂ B ), se cada ele-


mento do conjunto A é também elemento do conjunto B. Em símbolos, temos:

A ⊂ B ⇔ (∀x)( x ∈ A ⇒ x ∈ B)

Lê-se: A é subconjunto de B se, e somente se, para todo x, se x pertence a A, então x


pertence a B.

No diagrama de Venn, Figura 3, podemos observar que o conjunto B envolve o conjunto A.

Figura 3: A está contido em B ou B contém A.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

Simbolicamente, temos:

1. A ⊂ B (lê-se: A está contido em B ou que A é subconjunto de B)


2. B ⊃ A (lê-se: B contem A).

Caso exista algum elemento de A que não pertença a B, escrevemos A ⊄ B (lê-se: A


não está contido em B ou A não é subconjunto de B). Dizemos que A é um subconjunto
próprio de B quando cada elemento de A está em B, mas pelo menos um elemento de B
não está em A.

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Na Figura 4, temos as possíveis representações em diagramas para A⊄ B:

Figura 4: A não está contido B.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

Exemplo 14:

Podemos então dizer que o conjunto A = {1, 2} é subconjunto do conjunto B = {1, 2, 3, 4,


5}. Em símbolos, temos A ⊂ B.

Observações:

1. O conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto.

2. Qualquer conjunto é subconjunto de si mesmo.

1.5 Conjunto das partes

Definição 8

Seja A um conjunto. Chama-se de conjunto das partes do conjunto A (notação P(A)),


o conjunto formado por todos os subconjuntos do conjunto A. Em símbolos:

P( A) { X / X ⊂ A}
=

Lê-se: P(A) é o conjunto dos subconjuntos X, tal que X está contido em A.

Exemplo 15:

Se A = {1, 2}, então P(A) = { ∅ , {1}, {2}, {1, 2}}

Se desejarmos calcular o número de elementos do conjunto das partes de A, usamos a


fórmula:

n( P( A)) = 2n ( A)

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Em que:

n(A): é o número de elementos do conjunto A

n(P(A)): é o número de elementos do conjunto das partes de A

Vejamos a aplicação da fórmula no conjunto A = {1, 2}:

n(A) = 2, logo
2
n( P( A))
= 2= 4

Ou seja, o conjunto A possui 4 subconjuntos.

11
2.

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Operações com conjuntos

Após estudar os conceitos básicos de conjuntos, você deve estar preparado para fazer as
operações com conjuntos: união, interseção, diferença e complemento.

Vamos lá?

2.1 União de conjuntos

Definição 9

A união de dois conjuntos A e B, representada por A ∪ B (lê-se: A união B), é formada


pelos elementos que pertencem a A ou a B. Em símbolos:

= {x / x ∈ A ou x ∈ B}
A∪ B

Lê-se: A união B é igual ao conjunto dos elementos x, tal que x pertence a A ou x pertence
a B.

As possíveis representações da união de dois conjuntos A e B, através de diagramas de


Venn, estão representadas pela cor azul escuro na Figura 5:

Figura 5: A união B.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

Exemplo 16:

{1, 2} ∪ {3, 4, 5, 6} = {1, 2, 3, 4, 5, 6}

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2.2 Interseção de conjuntos

Definição 10

A interseção de dois conjuntos A e B, representada por A ∩ B (lê-se: A interseção B),


é formada pelos elementos que pertencem a A e a B. Em símbolos:

= {x / x ∈ A e x ∈ B}
A∩ B

Lê-se: A interseção B é o conjunto dos elementos x, tal que x pertence a A e x pertence a


B.

A interseção dos conjuntos A e B, em diagramas de Venn, é representada pela região azul


claro na Figura 6.

Figura 6: A interseção B.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

Exemplo 17:

{1, 2, 3, 4} ∩ {3, 4, 5, 6} = {3, 4}

Exemplo 18:

{1, 2} ∩ {3, 4, 5, 6} = ∅

Obs.: Os conjuntos do exemplo 18 são chamados disjuntos, pois não possuem elementos
em comum.

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2.3 Diferença de conjuntos

Definição 11

A diferença entre dois conjuntos A e B, representada por A − B (lê-se: A menos B),


é formada pelos elementos que pertencem a A e não pertencem a B. Em símbolos:

= {x / x ∈ A e x ∉ B}
A− B

Lê-se: A menos B é o conjunto dos elementos x, tal que x pertence a A e x não pertence
a B.

A diferença entre os conjuntos A e B, em diagramas de Venn, está representada pela


região em amarelo na Figura 7.

Figura 7: A menos B.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

Exemplo 19:

{1, 2, 3, 4} - {3, 4, 5, 6} = {1, 2}

2.4 Complementar de A em B

Definição 12

O complementar de um conjunto A em relação a um conjunto B, tal que A ⊂ B ,


é dado pela diferença B − A , formada pelos elementos que pertencem a B e não
pertencem a A. Em símbolos:

C=
A
B
B− A

14
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Lê-se: o complementar de A em relação B é igual a B menos A.

O complementar de A em relação a B, em diagramas de Venn, está representado pela


região azul escuro na Figura 8.

Figura 8: complementar de A em B.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

Exemplo 20:

Se A = {1, 2, 3} e B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}, então o complementar de A em relação a B é:

C
A
= B − A = {4,5, 6, 7}
B .

Para finalizar esta seção, faremos um exemplo mais geral com as operações de conjuntos
e auxílio do Diagrama de Venn.

Exemplo 21:

Em pesquisa realizada em uma escola, verificou-se que 100 alunos possuem


computadores em suas residências. Alguns utilizam o computador apenas para lazer,
60 usam computador para estudar, 40 usam computador para trabalhar e 20 usam
computador para trabalhar e estudar. Quantos desses alunos utilizam o computador
apenas para lazer?

Solução:

A questão nos fornece o total de alunos pesquisados (100). Os alunos que usam o
computador para estudar – E – (60), os alunos que usam computador para trabalhar – T
– (40) e os alunos que usam o computador para trabalhar e estudar (20).

Para representar essa situação por meio de diagrama de Venn, vamos usar dois círculos,
um para representar os alunos que usam o computador para estudar e outro para os
alunos que usam o computador para trabalhar, ambos envolvidos por um retângulo que
representará o total de alunos pesquisados, conforme Figura 9. A região comum dos dois

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círculos representará os alunos que usam computador para trabalhar e estudar.

1º Começamos preenchendo a interseção dos dois conjuntos: 20

2º Preenchemos a região exclusiva de E: 60 – 20 = 40

3º Preenchemos a região exclusiva de T: 40 – 20 = 20

4º Os alunos que usam computador para lazer: 100 – (40 + 20 + 20) = 20

Assim, 20 alunos usam o computador apenas para lazer.

Figura 9: representação esquemática para solução do exemplo 21.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

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3.

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Relações

Nesta seção estudaremos as relações matemáticas, que de certo modo têm o mesmo
significado cotidiano, como, por exemplo, a relação pessoa e CPF, em que cada pessoa
está relacionada a um número de CPF, e, nesse caso, a um único número de CPF. A Figura
10 apresenta o diagrama de Venn, onde cada pessoa está associada a um CPF, que pode
ser descrita pelo conjunto de pares {(P1, CPF1), (P2, CPF2)...., (Pn, CPFn)}. Em computação
podemos citar os conceitos de bancos de dados relacionais e redes de Petri, que são
construídos com base em relações matemáticas.

Figura 10: relação pessoa/CPF.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

Em matemática, a relação pessoa/CPF é chamada de par. Uma relação é definida com


base em pares ordenados, que consistem em um conjunto de dois elementos, digamos x e
y, em que x é o primeiro elemento e y é o segundo elemento, representado simbolicamente
por (x, y), com (x, y) diferente de (y, x), desde que x seja diferente de y.

Dados dois conjuntos A e B, podemos construir várias relações a partir do produto


cartesiano de A por B. Antes, vamos definir produto cartesiano.

3.1 Produto cartesiano

Definição 13

O produto cartesiano de A por B é o conjunto de todos os pares ordenados (x, y),

onde x ∈ A e y ∈ B . Simbolicamente, temos:

A × B {( x, y ) / x ∈ A e y ∈ B}
=

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Vejamos um exemplo.

Exemplo 22:

Dados os conjuntos A = {a, b, c} e B = {1, 2}, vamos fazer A x B.

A x B = {(a, 1), (a, 2), (b, 1), (b, 2), (c, 1), (c, 2)}.

Para conjuntos finitos, o número de elementos de A x B é igual ao número de elementos


de A multiplicado pelo número de elementos de B, isto é:

n( A × B)= n( A) ⋅ n( B)

n(A x B): número de elementos do produto cartesiano A x B;

n(A): número de elementos do conjunto A;

n(B): número de elementos do conjunto B.

No exemplo 21, temos:

n(A) = 3

n(B) = 2

n(A x B) = 3 . 2 = 6

Como tarefa, faça B x A, A x A e B x B.

Com essas definições iniciais em mente, podemos agora definir uma relação binária (que
relaciona dois elementos de cada vez).

Definição 14 (Relação)

Considere os conjuntos A e B. Uma relação R de A em B, representada por R : A → B


(lê-se: R de A em B), é um subconjunto do produto cartesiano A x B, ou seja, um
conjunto de pares ordenados do tipo (x, y), onde x ∈ A e y ∈ B .

Em símbolos, temos:

R é relação binária de A em B ⇔ R ⊂ A × B .

Todos os primeiros elementos x∈ A que estão relacionados com algum segundo

elemento y∈B são chamados de conjunto domínio (D) da relação R, tal que D ⊆ A

com ( x, y ) ∈ R , onde B é o contradomínio (CD) da relação R. Todos os segundos

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elementos y que estão relacionados com algum primeiro elemento x são chamados de
conjunto imagem (Im) da relação R. Se ( x, y ) ∈ R , dizemos que x está relacionado com y
pela relação R, mas se ( x, y ) ∉ R , dizemos de x não está relacionado com y pela relação
R.

Exemplo 23:

Considere os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4}.

Observe que:

A x B = {(1, 2), (1, 3), (1, 4), (2, 2), (2, 3), (2, 4), (3, 2), (3, 3), (3, 4)}.

Seja R = {(1, 2), (2, 2), (2, 3)}, então R é uma relação de A em B, pois R ⊂ A × B . Observe
que:

(1, 2) ∈ R
(2, 2) ∈ R
(2,3) ∈ R ,

mas

(1,3) ∉ R
(2, 4) ∉ R
(3,3) ∉ R , por exemplo.

Dessa forma, o domínio de R é D = {1, 2}, o contradomínio é CD = {2, 3, 4} e o conjunto


imagem é Im = {2, 3}.

No exemplo anterior, indicamos a relação R por citação de seus elementos. Outra maneira
de escrever uma relação é através de uma propriedade. Vamos escrever uma nova relação
S a partir do produto A x B do exemplo anterior usando uma propriedade.

Exemplo 24:

Considere os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4} e a relação S: AB dada por

S = {(1, 2), (1, 3), (1, 4), (2, 2), (2, 4), (3, 3)}.

S é o conjunto dos pares (x, y) com x ∈ A e y ∈ B , tal que y é divisível por x, então S pode
ser representada pela seguinte propriedade:=
S {( x, y ) ∈ A × B / y é divisível por x} .

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Para refletir:

Qual seria o domínio e a imagem da relação S?

3.2 Representação de uma relação

Aqui veremos duas maneiras básicas de representar uma relação. Uma delas é através
do plano cartesiano e a outra, através de diagramas de Venn.

Exemplo 25:

Vamos representar a relação R = {(1, 2), (2, 2), (2, 3)} de A em B, onde A = {1, 2, 3} e B = {2,
3, 4}.

Na Figura 11, representamos os pares ordenados de R pelos pontos P, Q e R no plano


cartesiano:

Figura 11: representação da relação R no plano cartesiano.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

A representação por diagramas de Venn já é conhecida, e fazemos a representação de R


na Figura 12 destacando o domínio (D), o contradomínio (CD) e a imagem (Im).

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Figura 12: representação da relação R por diagrama de Venn.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

Dois conceitos são fundamentais nas relações: relação inversa e relação composta, as
quais definiremos na sequência.

3.3 Relação inversa

Definição 15

−1
Considere a relação R : A → B . A relação inversa de R, denotada por R : B → A , é
definida como:

=R −1 {( y, x) / ( x, y ) ∈ R} .

Exemplo 26:

Considere, por exemplo, A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4} e a relação R : AB, dada por R = {(1, 2),
(2, 3), (3, 4)}, então sua inversa será:

R −1 = {(2,1), (3, 2), (4,3)} .

Observe que o domínio de R é igual à imagem de R-1 e a imagem de R é igual ao domínio


de R −1 .

21
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3.4 Composição de relações

Definição 16

Sejam A, B e C conjuntos e as relações R : AB e S : BC. A relação composta de


R com S, denotada por RoS: AC, é definida como

RoS {( x, z ) / (∃y ∈ B), ( x, y ) ∈ R e ( y, z ) ∈ S}


=

Lê-se: R composta com S é o conjunto dos pares (x, z), tal que existe y pertencente a B,
onde o par (x, y) pertence a R e o par (y, z) pertence a S.

Vamos acompanhar um exemplo para fixarmos a definição.

Exemplo 27:

Considere os conjuntos A = {1, 2, 3, 4}, B = {a, b, c, d} e C = {x, y, z}, sendo R = {(1, a), (2, d),
(3, a), (3, b), (3, d)} e S = {(b, x), (b, z), (c, y), (d, z)}, e observe os diagramas na Figura 13
para verificar a relação composta RoS.

Figura 13: representação da composição de R com S.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

Podemos observar que

(2, d ) ∈ R e (d , z ) ∈ S , logo (2, z ) ∈ RoS


(3, b) ∈ R e (b, x) ∈ S , logo (3, x) ∈ RoS
(3, d ) ∈ R e (d , z ) ∈ S , logo (3, z ) ∈ RoS

22
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Assim, podemos dizer que RoS = {(2, z), (3, x), (3, z)}

3.5 Tipos de relações

Você vai estudar agora algumas relações que são definidas sobre um conjunto A, ou seja,
R ⊂ A × A . Tais relações são chamadas de endorrelações ou autorrelações. Definiremos
cada tipo antes e depois daremos um exemplo geral.

Definição 17 (Relações Reflexivas)

Uma relação R é reflexiva em A se para todo x ∈ A , então ( x, x) ∈ R . Caso ( x, x) ∉ R,


dizemos que R não é reflexiva, qualquer que seja x ∈ A .

Definição 18 (Relações Simétricas)

Uma relação R é simétrica em A se ( x, y ) ∈ R , então ( y, x) ∈ R . Caso ( x, y ) ∈ R , mas


( y, x) ∉ R , dizemos que R não é simétrica.

Definição 19 (Relações antissimétricas)

Uma relação R é antissimétrica em A se ( x, y ) ∈ R e ( y, x) ∈ R , então x = y. Caso


( x, y ) ∈ R e ( y, x) ∈ R , mas x ≠ y , dizemos que R não é antissimétrica.

Definição 20 (Relações transitivas)

Uma relação R é transitiva em A se ( x, y ) ∈ R e ( y, z ) ∈ R , então ( x, z ) ∈ R . Caso


( x, y ) ∈ R e ( y, z ) ∈ R , mas ( x, z ) ∉ R , dizemos que R não é transitiva.

Exemplo 28:

Considere o conjunto A = {1, 2, 3, 4}. Fazendo o produto A x A, obtemos a relação universal


que vamos chamar de R1, logo

R1 = A x A = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (2, 1), (2, 2), (2, 3), (2, 4), (3, 1), (3, 2), (3, 3), (3, 4), (4,
1), (4, 2), (4, 3), (4, 4)}.

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Vamos considerar também as seguintes relações:

R2 = {(1, 1), (1, 2), (2, 3), (1, 3), (4, 4)}

R3 = {(1, 1), (1, 2), (2, 1), (2, 2), (3, 3), (4, 4)}

R4 = {(1, 3), (2, 1)}

São reflexivas as relações R1 e R3, pois A = {1, 2, 3, 4} e os pares (1, 1), (2, 2), (3, 3) e (4, 4)
pertencem a essas relações.

Observe que R1 e R3 são simétricas, mas R2 e R4 não, pois (1, 2) ∈ R2 , mas (1, 2) ∉ R2 e
(1,3) ∈ R4 , mas (3,1) ∉ R4 .

Observe que R2 e R4 são antissimétricas, mas R1 e R3 não, pois (1, 2), (2,1) ∈ R1 e R3 , mas
1≠ 2 .

R1, R2 e R3 são transitivas. A única relação que não é transitiva é a R4, pois (2, 1), (1, 3) ∈
R3, mas (2, 3) ∉ R3.

Definição 21 (Relação de equivalência)

Uma relação que é ao mesmo tempo reflexiva, simétrica e transitiva é uma relação
de equivalência.

Assim, são relações de equivalência R1 e R3 do exemplo 27.

Definição 22 (Relação de ordem parcial)

Uma relação que é ao mesmo tempo reflexiva, antissimétrica e transitiva é uma


relação de ordem parcial.

Assim, nenhuma das relações do exemplo 27 é de ordem parcial. Poderíamos supor a


relação R5 = {(1, 1), (2, 2), (3, 3), (4, 4)} como exemplo de relação de ordem parcial.

24
4.

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Funções

Nesta seção, apresentaremos apenas os conceitos básicos de funções. Como dito no início
do Percurso de Aprendizagem, usaremos o conceito de conjuntos e de relações para definir
um conceito muito importante em matemática, que é o conceito de função. Existem muitas
aplicações que utilizam funções na engenharia e na informática. As funções são utilizadas
para descrever situações reais através de fórmulas matemáticas. Você deve ter em mente
que toda função é uma relação, mas nem toda relação é uma função.

Definição 23 (Função): Considere dois conjuntos A e B. Uma função f : A → B


(lê-se: f de A em B) é uma relação que associa a cada elemento de x ∈ A , um único
elemento y ∈ B .

Na definição anterior, A é o conjunto domínio de f, denotado por D( f ) , e B é o


contradomínio de f, denotado por CD( f ) , x é chamada de variável independente e y de
variável dependente, desde que y = f ( x) (lê-se: y igual a f de x), ou seja, y depende de x.
Isso significa que a função f transforma os elementos x ∈ A em elementos y ∈ B , como
mostram o digrama de Venn e o esquema, em que y é chamado de valor da função no
ponto x. O conjunto de todos os valores de f, tal que y = f ( x) , é chamado de conjunto
imagem de f e denotado por Im( f ) .

Na Figura 14, temos a representação para y = f ( x) :

Figura 14: representação em diagramas da função y = f ( x) .

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

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Os elementos de entrada (domínio) serão mapeados pela função f, retornando os
elementos de saída (imagem) y = f(x), como podemos observar no esquema abaixo:

Figura 15: representação esquemática de uma função.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

Na seção 3, citamos o exemplo pessoa/CPF como exemplo de relação. Tal relação


encaixa-se também no conceito de função, pois cada pessoa está associada a um único
CPF. Essa função pode ser descrita pelo conjunto de pares {(P1, CPF1), (P2, CPF2)....,
(Pn, CPFn)}, em que as pessoas fazem parte do conjunto domínio da função e os CPFs
representam o conjunto contradomínio, conforme a Figura 16.

Figura 16: função pessoa/CPF.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

Exemplo 29:

Vamos considerar a seguinte função y = 2 x , que também pode ser escrita assim
f ( x) = 2 x . Essa função pega os valores de x e multiplica por 2. Ela está definida
para todos os números reais, por isso dizemos que o seu domínio é o conjunto dos
números reais, ou seja, D( f ) = IR , bem como seu contradomínio e sua imagem,
ou seja, Im( f ) = IR , assim podemos escrever que f é uma função de IR em IR, em
símbolos: f : IR → IR .

26
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Exemplo 30:

Para termos didáticos de exemplificação e considerando a finitude das operações


computacionais, considere o domínio de f ( x) = 2 x como sendo o conjunto A = {- 1, 0, 1,
2} e o contradomínio B = {-5, -3, -2, 0, 1, 2, 3, 4}. Dessa forma temos f : A → B . Podemos
calcular as imagens de todos os elementos de A substituindo o valor de x por cada
elemento de A, assim:

A imagem de x = -1 é f (−1) = 2 ⋅ (−1) =−2


A imagem de x = 0 é f (0) = 2 ⋅ 0 = 0
A imagem de x = 1 é f (1) = 2 ⋅ 1 = 2
A imagem de x = 2 é f (2) = 2 ⋅ 2 = 4

No diagrama de Venn da Figura 17, destacamos o conjunto domínio D( f ) = A , o conjunto


imagem Im ( f ) = {−2,0, 2, 4} e o conjunto contradomínio CD( f ) = B .

Figura 17: diagrama de Venn da função f ( x) = 2 x .

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

Podemos representar a função do exemplo anterior graficamente. Antes vamos definir o


que é o gráfico de uma função.

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4.1 Gráfico de uma função

Definição 24

O gráfico de uma função y = f (x) é o seguinte subconjunto do plano cartesiano:

Lê-se: o gráfico da função f é o conjunto de pontos (x, y) tal que x pertence ao domínio da
função f.

A representação gráfica de uma função genérica f pode ser vista na Figura 18.

Figura 18: representação gráfica de uma função genérica f.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

Na Figura 18 podemos identificar o conjunto domínio

D( f ) = {x ∈ IR / x1 ≤ x ≤ x2 }
,

e o conjunto imagem

Im ( f ) = { y ∈ IR / y1 ≤ y ≤ y2 }

28
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Exemplo 31:

Considerando ainda a função f ( x) = 2 x , vamos traçar o seu gráfico de maneira informal.


Lembramos que essa função é do primeiro grau e seu gráfico é uma reta, assim vamos
usar apenas dois pontos (pares ordenados) para traçar seu gráfico.

Vamos organizar os cálculos no Quadro 1. Na primeira coluna, atribuímos dois valores


para x que façam parte do domínio da função, que nesse caso são todos os números
reais; na segunda coluna calculamos os valores da função; e na terceira coluna temos
os pontos que serão localizados no plano cartesiano. Calculando os valores da função
quando x = 0 e quando x = 1, obtemos:

Quadro 1: organização dos valores da função f ( x) = 2 x .

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

O Quadro 1 nos forneceu os pontos (0, 0) e (1, 2). Agora localizamos os pontos no plano
cartesiano e traçamos a reta passando pelos dois pontos, obtendo assim o gráfico de
f ( x) = 2 x , conforme Figura 19.

Figura 19: gráfico da função f ( x) = 2 x representada no plano cartesiano.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

29
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Exemplo 32:

Para este exemplo, vamos considerar a função do segundo grau

f ( x) = x 2 .

Para este caso, precisamos de mais pontos, pois o gráfico da função é do segundo grau e
uma parábola, e para isso precisamos conhecer o domínio da função, ou seja, os valores
possíveis para x.

Já sabe qual o domínio?

Isso mesmo, são todos os números reais, em símbolos:

D( f ) = IR

Isso significa que podemos atribuir qualquer valor para x. Observando um pouco mais
essa função, podemos notar que

f (− x) =f ( x)

ou seja,
f ( x) = x 2 é uma função par.

Veja que

( x) 2 =x 2 .
f (− x) =−

Isso significa que se ( x, y ) ∈ G f , então (− x, y ) ∈ G f . Uma característica da função par é


que seu gráfico é simétrico em relação ao eixo y.

Uma maneira rápida de construir o gráfico de uma função par é fazer o gráfico para os
valores positivos de x e depois fazer a reflexão em relação ao eixo y. Aqui vamos fazer o
procedimento de atribuir valores simétricos de x e encontrar os respectivos valores de y,
da mesma forma do exemplo 30.

Vamos organizar os cálculos do Quadro 2. Na primeira coluna atribuimos os valores para


x; na segunda coluna calculamos os valores de y da função; e na terceira coluna temos
os pontos que serão localizados no plano cartesiano.

30
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2
Quadro 2: organização dos valores da função f ( x) = x .

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

O Quadro 2 nos forneceu os pontos (-2, 4), (-1, 1), (0, 0), (1, 1) e (2, 4), que vamos localizar
no plano cartesiano e traçar a parábola passando pelos pontos, obtendo assim o gráfico
2
de f ( x) = x em seguida, conforme Figura 20.

Figura 20: gráfico da função f ( x) = x representada no plano cartesiano.


2

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

Para refletir:

Como ficaria o gráfico da função f (x) = - x² ?

31
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Exemplo 33:

Outra função muito recorrente em matemática é a função

f ( x) = x3 .

Cujo domínio é D( f ) = IR .
Isso significa que podemos atribuir qualquer valor para x. Observando um pouco mais
essa função, podemos notar que

f (− x) =− f ( x)

ou seja, f ( x) = x3 é uma função ímpar.

Veja que

f (− x) =( − x )3 =− x3 =− f ( x) .

Isso significa que se ( x, y ) ∈ G f , então ( − x, − y ) ∈ G f . Uma característica da função


ímpar é que seu gráfico é simétrico em relação à origem.

Uma maneira rápida de construir o gráfico de uma função ímpar é fazer o gráfico para
os valores positivos de x e depois fazer a reflexão dos pontos em relação à origem. Aqui
vamos fazer o procedimento de atribuir valores simétricos x e encontrar os respectivos
valores de y.

Vamos organizar os cálculos no Quadro 3. Na primeira coluna atribuímos os valores para


x; na segunda coluna calculamos os valores de y da função; e na terceira coluna temos
os pontos que serão localizados no plano cartesiano.

Quadro 3: organização dos valores da função f ( x) = x3 .

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

32
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O Quadro 3 nos forneceu os pontos (-2, -8), (-1, 1), (0, 0), (1, 1) e (2, 8), que localizamos no

plano cartesiano e traçamos o gráfico de f ( x) = x3 em seguida.

Figura 21: gráfico da função f ( x) = x3 representada no plano cartesiano.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

Vejamos agora um exemplo mais aplicado.

Exemplo 34:

A canoagem é um esporte que pode ser praticado em mares, rios ou represas. Um terreno,
às margens de um rio, em formato retangular, está sendo cercado para a construção de
uma escola de canoagem para crianças e adolescentes. O lado que dá para o rio não será
cercado, conforme a Figura 22:

Figura 22: representação do terreno.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

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Sabendo-se que:
Perímetro da região que será cercada: 100 m
Largura do terreno: x
Comprimento do terreno: y

Pede-se:
a) A função que representa a área em função de x;
b) Os valores permitidos para x, ou seja, o domínio da função área;
c) O valor de x para que a área do terreno seja máxima;
d) A área máxima do terreno;
e) Faça um esboço do gráfico de A(x).

Solução:

a) Define-se como A a área do terreno. Como sabemos, a área de um retângulo é calculada


multiplicando-se o comprimento pela largura, logo a área será dada pela equação (1).

A= x ⋅ y (1)
Como o perímetro da parte que será cercada é de 100 m, temos a equação (2):

x+x+ y = 100
2x + y =
100
y 100 − 2 x
= (2)
Substituindo-se (2) em (1), obtemos A em função de x, conforme (3):

A( x) =
x ⋅ (100 − 2 x)
( x) 100 x − 2 x 2
A= (3)

b) Podemos obter o domínio de A(x) apenas analisando (3). Como sabemos a área não
pode ser negativa, logo x não pode ser um valor negativo nem um valor maior que 50, pois
para esses valores, encontraríamos uma área negativa.

Assim, os valores permitidos para x são aqueles maiores ou iguais a zero e menores ou
iguais a 50, em símbolos, temos:

D( A) = {x ∈ IR / 0 ≤ x ≤ 50}
c) Para encontrar o valor de x que dá a área máxima do terreno, basta encontrar o ponto
médio das raízes de A(x), pois é uma função do 2º grau. Para isso, fazemos A(x) = 0:

34
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x(100 − 2 x) =
0
=x 0 ou 100 −=
2x 0
100
x=
2
x = 50

Logo as raízes de A(x) são x = 0 e x = 50 e o valor médio das raízes e x = 25. Isso significa
que quando x = 25, teremos uma área máxima.
d) Para encontrar a área máxima, basta calcular A(25) na equação (3), ou seja:

A(25)
= 25(100 − 2 ⋅ 25)
A(25)
= 25 ⋅ 50
A(25) = 1250 m 2
Assim, a maior área possível será 1250 m², quando x = 25 m e y = 50 m.

e) Para fazer o esboço do gráfico, usamos os pares ordenados (0, 0), (50,0) e (25, 1250)
e o fato de que estamos trabalhando com uma função do 2º grau, cujo gráfico é uma
parábola, o valor de a = - 2, então a concavidade da parábola é voltada para baixo, além do
que a função está definida no domínio [0, 50]. Assim, obtemos o gráfico que representa
a área do terreno:

Figura 23: gráfico da área do terreno.

Fonte: Elaborada pelo autor (2022).

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Resumo:

Caros alunos, chegamos ao final da nosso primeiro Percurso de Aprendizagem. O


conteúdo abordado é bastante abrangente e demandaria muito tempo para abordá-lo
por inteiro. Dessa forma, abordamos os principais conceitos de conjuntos, relações e
funções. Vimos que esses conteúdos se relacionam e cada um depende dos conceitos
anteriores, por isso entender cada conceito é fundamental.

Apesar de alguns conteúdos serem apresentados com o conceito mais geral dentro
da matemática, tenha em mente que na computação e na informática esses conceitos
serão utilizados dentro do contexto da matemática discreta, ou seja, a matemática dos
sistemas finitos, já que o computador é uma máquina finita, como será visto na maioria
dos exercícios avaliativos.

Existem muitas aplicações que utilizam os conceitos estudados até aqui na computação
e na informática, e por isso são tão importantes para este curso. Para facilitar o seu
entendimento, cada conceito foi seguido de um exemplo prático, mas sugerimos resolver
o máximo de exercícios possível sobre o conteúdo, e caso você tenha interesse em
se aprofundar sobre o assunto, consulte a bibliografia da disciplina, principalmente se
tiverem aparecido dúvidas ao longo do texto. Só assim fixará bem os conceitos.
Bons estudos e até a próxima.

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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) AUTOR
JOSÉ RUBENS RODRIGUES DE SOUSA
Presidência
Lenise Queiroz Rocha
José Rubens Rodrigues de Sousa nasceu em Novo
Vice-Presidência Oriente, CE, Brasil, em 1981. Recebeu sua graduação
Manoela Queiroz Bacelar em Matemática pela Universidade Federal do Ceará
Reitoria em 2006, seu mestrado e doutorado em Engenharia de
Fátima Maria Fernandes Veras Teleinformática pela Universidade Federal do Ceará em
2009 e 2014, respectivamente.
Vice-Reitoria de Ensino de Graduação e Pós-Graduação
Maria Clara Cavalcante Bugarim
Atualmente é professor de matemática da rede pública
Vice-Reitoria de Pesquisa de ensino do estado do Ceará e professor de Cálculo
José Milton de Sousa Filho e Matemática para Computação da Universidade de
Fortaleza.
Vice-Reitoria de Extensão
Randal Martins Pompeu
Tem interesse em pesquisa e desenvolvimento de fibras
Vice-Reitoria de Administração ópticas e na busca constante pela melhoria do ensino da
José Maria Gondim Felismino Júnior Matemática.
Diretoria de Comunicação e Marketing
Ana Leopoldina M. Quezado V. Vale

Diretoria de Planejamento
Marcelo Nogueira Magalhães

Diretoria de Tecnologia
José Eurico de Vasconcelos Filho

Diretoria do Centro de Ciências da Comunicação e Gestão


Danielle Batista Coimbra

Diretoria do Centro de Ciências da Saúde


Lia Maria Brasil de Souza Barroso

Diretoria do Centro de Ciências Jurídicas


Katherinne de Macêdo Maciel Mihaliuc

Diretoria do Centro de Ciências Tecnológicas


Jackson Sávio de Vasconcelos Silva

RESPONSABILIDADE TÉCNICA

COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Coordenação EAD Identidade Visual / Arte


Andrea Chagas Alves de Almeida Francisco Cristiano Lopes de Sousa
Supervisão de Planejamento Educacional Editoração / Diagramação
Ana Flávia Beviláqua Melo Régis da Silva Pereira
Supervisão de Recursos EAD Produção de Áudio e Vídeo
Francisco Weslley Lima José Moreira de Sousa
Pedro Henrique de Moura Mendes
Analista Educacional
Lara Meneses Saldanha Nepomuceno Programação / Implementação
Davi Pereira Araujo De Brito Cardoso
Projeto Instrucional
Márcio Gurgel Pinto Dias
Ana Lucia Do Nascimento
Renan Alves Diniz
Revisão Gramatical Thais Rozas Teixeira
Janaína de Mesquita Bezerra
José Ferreira Silva Bastos

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