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1.A Introdução
Neste capítulo, iniciamos nosso estudo sobre a demanda individual considerando um ponto
completamente abstrato. Os capítulos seguintes da Parte 1 desenvolvem uma análise em um
contexto de decisões econômicas explícitas.
Entender a relação entre essas duas diferentes abordagens para modelar o comportamento
individual é de interesse considerável. Secção 1.D investiga essa questão, examinando primeiro
as implicações da abordagem de preferência para comportamento de escolha e, então, as
condições na qual cada comportamento de escolha é compatível com a existência de
preferências subjacentes. Essa é uma questão que também aparece nos capítulos 2 e 3 para um
panorama mais restrito de demanda do consumidor.
Para um tratamento mais profundo e avançado do material desse capítulo, veja Richter
(1971).
1
O símbolo é lido como “se e somente se”. A literatura às vezes fala de x y como “x é fracamente
preferível a y” e x y como “x é estritamente preferível a y”. Nós devemos aderir a terminologia
apresentada acima.
2
Note que não há uma terminologia unificada na literatura; ordem fraca e pré-ordem completa são
alternativas comuns ao termo relação de preferência racional. Além disso, em algumas apresentações, a
suposição que é reflexivo (definido como x y para todo x ∈ X) é adicionado as suposições de
completude e transitividade. Essa propriedade é, na verdade, insinuada por completude e, portanto, é
redundante.
Definição 1.B.1: A relação de preferência é racional se possui as duas seguintes
propriedades:
A suposição que é completo diz que o indivíduo tem uma preferência bem definida
entre duas alternativas possíveis. A força da suposição de completude não deveria ser
subestimada. Introspecção revela rapidamente quão difícil é para avaliar alternativas
que estão longe do reino da experiência comum. O axioma da completude diz que essa
tarefa tomou lugar: nossos tomadores de decisão fazem só escolhas mediadas.
Outro problema potencial surge quando a forma como as alternativas são apresentadas
importam na escolha. Isso é conhecido como um problema de enquadramento3. Considere o
seguinte exemplo, parafraseado de Kahneman e Tversky (1984):
Imagine que você está para comprar um rádio de 125 dólares e uma calculadora por 15
dólares. O vendedor te diz que a calculadora está em promoção por 5 dólares a menos em
outra loja da empresa, a 20 minutos de distância. O rádio tem o mesmo preço lá. Você faria
a viagem para a outra loja?
O resultado foi que os indivíduos que disseram que fariam a viagem até outra loja atrás do
desconto de 5 dólares é muito maior que a fração que viajaria quando a questão é mudada para
que o desconto de 5 dólares seja no rádio. Isso ocorre mesmo que a economia máxima obtida
ao passar pela inconveniência de viajar seja a mesma em ambos os casos 4. De fato, nós
esperaríamos indiferença em a resposta para as seguintes questões:
3
Framing no original
4
Kahneman e Tversky atribuem essa descoberta aos indivíduos manterem “contas mentas” nas quais o
dinheiro poupado é comparado ao preço do item que eles recebem.
Graças a uma falta de estoque, você deve viajar até outra loja para adquirir os dois itens,
mas você vai receber 5 dólares de desconto em um dos dois itens como compensação. Você
se importa de qual item esse valor de 5 dólares será abatido?
Se for o caso, no entanto, o indivíduo viola a transitividade. Para ver isso, demontro
As primeiras duas escolhas dizem que x zez y, mas a última escolha revela que x
~ y. Muitos problemas de enquadramento surgem quando indivíduos se deparam com
escolhas entre alternativas que tem resultados incertos (assunto do Capítulo 6).
Kahneman e Tversky (1984) fornecem uma quantidade interessante de outros exemplos.
(i) Uma casa formada pela Mãe (M), Pai (P) e Criança (C) tomam uma decisão pelo
voto majoritário. As alternativas de entretenimentos para sexta a noite são ir a ópera
(O), a um show de rock (R) ou a um show de patinação no gelo (I). Os três membros
É comum que esse ponto de vista de mudanças-de-gosto nos dê uma forma bem estruturada
de pensar sobre decisões não racionais. Veja Elster (1979) para discussões filosóficas sobre isso
e pontos similares.
Funções de Utilidade
x y u(x) ≥ u(y)
Note que uma função de utilidade representa que a relação de preferência não é
única. Para qualquer função estritamente de crescimento ʃ: R → R, v(x) = ʃ(u(x)) é uma
nova função de utilidade representando as mesmas preferências que u(‘); veja Exercício
1.B.3. É apenas a classificação de alternativas que importa. Propriedades de funções de
utilidade que são invariáveis por qualquer transformação estritamente de crescimento
são chamadas de ordinais. Propriedades cardinais são as não preservadas sob todas as
transformações. Dessa forma, a relação de preferência associadas com a função de
utilidade são as propriedades ordinais. Por outro lado, os valores numéricos associados
com as alternativas em X, e, portanto, a magnitude de qualquer diferença nas medidas
de utilidade entre alternativas, são propriedades cardinais.
Preposição 1.B.2: Uma relação de preferência pode ser representada por uma
função de utilidade apenas se for racional.
Prova: Para provar essa proposição, mostraremos que, se há uma função de utilidade
que representa preferências , então deve ser completa e transitiva.
Completude. Por u(‘) ser uma função de valores reais5 definida em X, deve ser
assim para todo x, y ∈ X, seja u(x) ≥ (y) ou u(y) ≥ u(x). Mas por u(‘) ser uma
função de utilidade representando , isso implica em x y ou y x (lembrar
da Definição 1.B.2). Dessa forma, deve ser completa.
Transitividade. Suponha que x y e y z. Por u(‘) representar , nós
devemos ter u(x) ≥ u(y) e u(y) ≥ u(z). Portanto, u(x) ≥ u(z). Por u(‘) representar
, isso implica em x z. Dessa forma, temos que mostrar que x yey z
implicam em x z, e então a transitividade é estabelecida.
5
Real-valued function no original
escolha é representado através de estrutura de escolha. Uma estrutura de escolha (ℬ,
C(‘)) consiste em dois ingredientes:
(i) ℬ é uma família (um conjunto) de subconjuntos não vazios de X; isso é, todo
elemento de ℬ é um conjunto B ⊂ X. Por analogia com a teoria do
consumidor a ser desenvolvida nos Capítulos 2 e 3, nós chamamos os
elementos B ∈ ℬ conjuntos de gastos. O conjunto de gastos em ℬ deve ser
pensado como uma lista exaustiva de todos os experimentos de escolha que
uma situação social restrita, seja institucionalmente, fisicamente ou de outra
forma, possa apresentar para o tomador de decisões de forma possível.
Entretanto, não há necessidade de incluir todos os subconjuntos de X. Na
verdade, nos caso da demanda do consumidor estudada nos próximos
capítulos, não será preciso.
(ii) C(‘) é uma regra de escolha (tecnicamente, é uma correspondência) que
delibera um conjunto não vazio de elementos escolhidos C(B) ⊂ B para cada
conjunto de gastos B ∈ ℬ. Quando C(B) contém um único elemento, esse
elemento é a escolha do indivíduo retirada de todas as alternativas em B.
Entretanto, o conjunto C(B) pode conter mais de um elemento. Quando isso
ocorre, os elementos de C(B) são alternativas em B que o tomador de decisão
talvez escolha; isso é, eles são alternativas aceitáveis para ele em B. Nesse
caso, o conjunto C(B) pode ser pensado como contendo todas as alternativas
que iríamos de fato ver sendo escolhidas se o tomador de decisão estivesse
encarando o problema de escolher uma alternativa do conjunto B repetidas
vezes.
Outra estrutura de escolha possível é (ℬ, C2(‘)), onde a regra de escolha C2(‘) é:
C2({x, y}) = {x} e C2({x, y, z}) = {x, y}. Nesse caso, podemos ver x ser escolhido
sempre que o tomador de decisões de depara com o orçamento {x, y}, mas nós podemos
ver tanto x quanto y serem escolhidos quando ele se depara com o orçamento {x, y, z}.
Quando usando estrutura de escolhas para modelar comportamentos individuais,
talvez queiramos impor algumas restrições “razoáveis” em relação ao comportamento
de escolha individual. Uma suposição importante, o axioma fraco de preferência
revelada [primeiramente sugerido por Samuelson; veja capítulo 5 em Samuelson
(1947)], reflete a expectativa de que as escolhas observadas de um individuo vão
mostrar uma certa quantidade de consistência. Por exemplo, se um individuo escolhe a
alternativa x (e só essa) quando se depara com uma escolha entre x e y, ficaríamos
surpresos de vê-lo escolher y quando deparado com uma escolha entre x, y e uma
terceira alternativa z. A ideia é de que a escolha de x quando tendo as alternativas {x, y}
revela um desejo para escolher x ao invés de y que deveríamos esperar ver refletido no
comportamento do indivíduo quando tivesse as alternativas {x, y, z} 6
Em palavras, o axioma fraco diz que se x for escolhido alguma vez que y estiver
disponível, então não pode haver nenhum conjunto de orçamento contendo ambas
alternativas para qual y é escolhido e x não é.
Uma afirmação mais simples do axioma fraco pode ser obtida ao definir uma relação
6
Esse desejo pode refletir algumas “preferências” escondidas para x sobre y, mas pode também serem
descobertas de outras formas. Pode, por exemplo, ser resultado de algum processo evolutivo.
7
De fato, diz mais: Nós devemos ter C({x, y, z}) = {x}, = {z}, ou = {x, z}. Você é pedido para mostrar
isso no Exercício 1.C.1. Veja também 1.C.2.
x y há algum B ∈ ℬ tal que x, y, ∈ B e x ∈ C(B).
Nós lemos x y como “x é revelado pelo menos tão bom quanto y”. Note que a
relação de preferência revelada não precisa ser nem completa nem transitiva. Em
particular, para qualquer par de alternativas x e y serem comparados, é necessário que,
para algum B ∈ ℬ tenhamos x, y, ∈ B e ou x ∈ C(B) ou y ∈ C(B), ou ambos.
Com essa terminologia, nós podemos reinterar o axioma fraco como: “Se x é
revelado pelo menos tão bom quanto y, então y não pode ser revelado preferível a x”.
Agora considere a estrutura de escolha (ℬ, C2(‘)). Por C2({x, y, z}) = {x, y}, nós
temos y x (assim como x y, x zey z). Mas por C2({x, y}) = {x}, x é
preferência revelada em relação a y. Portanto, a estrutura de escolha (ℬ, C2(‘)) viola o
axioma fraco.
Como poderemos ver, as respostas para essas duas perguntas são, respectivamente,
“sim” e “talvez”.
Para responder a primeira pergunta, supomos que um indivíduo tem uma relação de
C*(B, ) será não vazio.8 De agora em diante, iremos considerar apenas preferências
e famílias de conjuntos orçamentários ℬ tal que C*(B, ) é não vazio para todo B ∈
C*(‘, )).
O resultado na Preposição 1.D.1 nos diz que qualquer estrutura de escolha gerada por
preferências racionais necessariamente satisfaz o axioma fraco.
8
Exercício 1.D.2 te pede para estabelecer o não vazio de C*(B, ) para o caso onde X é finito. Para
resultados gerais, veja Secção M.F do Apêndice Matemático e Secção 3.C para a aplicação específica.
Preposição 1.D.1: Suponha que é uma relação de preferência racional. Então a
suponha que para algum B’∈ ℬ com x, y ∈ B’, nós temos y ∈ C*(B, ). Isso implica
Preposição 1.D.1 constitui em uma resposta “sim” para nossa primeira pergunta. Isso
é, se o comportamento é gerado por preferências racionais, então ele satisfaz as
exigências consistentes incorporadas no axioma fraco.
Na outra direção (de escolhas para preferências), a relação é mais sutil. Para
responder essa segunda questão, é útil começar com uma definição.
Definição 1.D.1: Dada a estrutura de escolha (ℬ, C(‘)), dizemos que a relação de
preferência racional racionaliza C(‘) relativo a ℬ se
C(B) = C*(B, )
Preposição 1.D.1 insinua que o axioma fraco deve ser satisfeito se deve haver uma
axioma fraco para todo , só a regra de escolha que satisfaz o axioma fraco pode ser
racionalizada. Porém, ocorre que o axioma fraco não é suficiente para assegurar a
existência de uma relação de preferência racionalizada.
Exemplo 1.D.1: Suponha que X = {x, y, z}, ℬ = {{x, y}, {y, z}, {x,z}}, C({x, y}) =
{x}, C({y, z}) = {y}, e C({x, z}) = {z}. Essa estrutura de escolha satisfaz o axioma
fraco (você deveria verificar isso). No entanto, não podemos ter preferências
racionalizadas. Para ver isso, note que para racionalizar as escolhas abaixo de {x, y} e
{y, z} seria necessário para nós termos x yey z. Mas, por transitividade, nós
teríamos então x z, o que contradiz o comportamento de escolha abaixo de {x, z}.
Dessa forma, não se pode ter relação de preferências racionalizadas.
Para entender o Exemplo 1.D.1, note que quanto mais conjuntos orçamentários se
tem em ℬ, mais o axioma fraco restringe o comportamento de escolha; existem
simplesmente mais oportunidades para as escolhas do tomador de decisões se
contradizerem. No Exemplo 1.D.1, o conjunto {x, y, z} não é um elemento de ℬ.
Como acontece, isso é crucial (veja Exercício 1.D.3). Como mostramos agora na
Preposição 1.D.2, se a família de conjuntos orçamentários ℬ inclui subconjuntos de X
suficientes, e se (ℬ, C(‘)) satisfaz o axioma fraco, então existe uma relação de
preferência racional que racionaliza C(‘) relativa a ℬ [isso é mostrado pela primeira
vez por Arrow (1959)].
Então há uma relação de preferência racional que racionaliza C(‘) relativo a ℬ; isso
é C(B) = C* (ℬ, ) para todo B ∈ ℬ. Além disso, essa relação de preferência racional
é a única relação de preferência que faz isso.
preferência revelada . Para provar esse resultado, devemos primeiro mostrar duas
coisas: (i) que é uma relação de preferência racional, e (ii) que racionaliza C(‘)
em ℬ. Discutimos então, como ponto (iii), que é a única relação de preferência que
faz isso.
(i) Primeiro checamos que é racional (isso é, que ele satisfaz completude e
transitividade).
Completude: Assumindo (ii), {x, y} ∈ ℬ. Já que tanto x quanto y devem ser elementos
devem ser um elemento de C({x, y, z}). Suponha que y ∈ C({x, y, z}). Já que x y,
o axioma fraco fornece então x ∈ C({x, y, z}), como queremos. Suponha agora que z ∈
C({x, y, z}).; já que y z, o axioma fraco fornece y ∈ C({x, y, z}) e estamos no caso
anterior.
(ii) Agora mostramos que C(B) = C*(B, ) para todo B∈ ℬ; isso é, a relação de
Definição 1.D.1 define uma preferência racionalizadora para qual C(B) = C*(B, ).
Uma noção alternativa para uma preferência racionalizadora que aparece na literatura
requer apenas que C(B) ⊂ C*(B, ); isso é, é dito que racionaliza C(‘) em ℬ se
C(B) for um subconjunto das escolhas mais preferíveis geradas por , C*(B, ), para
cada orçamento B ∈ ℬ.
Existem duas razões para o uso possível dessa noção alternativa. O primeiro é, de certa
forma, filosófico. Devemos querer deixar o tomador de decisões resolver suas
indiferença de alguma forma específica, ao invés de insistir que essa indiferença
significa que qualquer coisa pode ser escolhida. A visão incorporada na Definição 1.D.1
(e implicitamente no axioma fraco também) é a de que se ele escolher de uma forma
específica então ele não é, de fato, indiferente.
Referências
Arrow, K. (1959). Rational choice functions and orderings. Econometrica 26: 121 -27
Elster, J. (1979). Ulysses and the Sirens. Cambridge, UK. Cambridge University Press
Kahneman, D. e A. Tversky. (1984). Choices, values, and frames. American
Psychologist 39: 341-50
Plott, C. R. (1973). Path independence, rationality and social choice. Econometrica 41:
1075-91
Richter, M. (1971). Rational Choice. Chap. 2 in Preferences, Utility and Demand,
editado por J. Chipman, L. Hurwiez, and H. Sonnenschein. New York: Harcourt Brace
Jovanovich
Samuelson, P. (1947). Foundations of Economic Analysis. Cambridge, Mass: Harvard
University Press.
Schelling, T. (1979). Micromotives and Microbehavior. New York: Norton
Thurstone, L. L. (1927). A law of comparative judgement. Psychological Review 34:
257-85
Exercícios
x yx y. Isso ainda é verdade se (ℬ, C(‘)) não satisfaz o axioma fraco?
b) deve ser transitivo?
c) Mostre que se ℬ inclui todos os subconjuntos de três elementos de X, então é
transitivo.
1.D.1 Dê um exemplo de uma estrutura de escolha que pode ser racionalizada por
diversas relações de preferência. Note que se a família de orçamentos ℬ incluir todos os
subconjuntos de dois elementos de X, então deve haver no máximo uma relação de
preferência racionalizante.
1.D.2 Mostre que se X é finito, então qualquer relação de preferência racional gera uma
regra de escolha não vazia; isso é, C(B) ≠ ∅ para qualquer B ⊂ X com B ≠ ∅
1.D.3 Tendo X = {x, y, z}, e considere a estrutura de escolha (ℬ, C(‘)) com
ℬ = {{x, y}, {y, z}, {x, z}, {x, y, z}}
e C({x, y}) = {x}, C({y, z}) = {y} e C({x, z}) = {z}, como no Exemplo 1.D.1. Mostre
que (ℬ, C(‘)) deve violar o axioma fraco.
1.D.4 Mostre que uma estrutura de escolha (ℬ, C(‘)) para qual a relação de preferência
racionalizadora existe, satisfaz a propriedade de caminho invariáve9l: Para cada par
B1, B2 ∈ ℬ tanto que B1∪ B2∈ ℬ e C(B1) ∪ C(B2) ∈ ℬ, nós temos C(B1∪B2) =
C(C(B1) ∪ C(B2)), isso é, o problema de decisão pode ser seguramente subdividido. Veja
Plott (1973) para mais discussões.
1.D.5 Tendo X = {x, y, z} e ℬ = {{x, y}, {y, z}, {z, x}}. Suponha que a escolha é agora
aleatória no sentido que, para cada B ∈ ℬ, C(B) é uma distribuição de frequência sobre
as alternativas em B. Por exemplo, se B = {x, y}, nós escrevemos C(B) = (Cx(B),
Cy(B)), onde Cx(B) e Cy(B) são números não negativos com Cx(B) + Cy(B) = 1.
Dizemos que a função de escolha aleatória C(‘) pode ser racionalizada por preferências
se nós podemos encontrar uma distribuição provável Pr sobre as seis possíveis (estritas)
relações de preferências em X para que para cada B ∈ ℬ, C(B) é precisamente a
frequência de escolhas induzidas por Pr. Por exemplo, se B = {x, y}, então Cx(B) = Pr({
: x y}). Esse conceito se origina de Thurstone (1927), e é de interesse
econométrico considerável (de fato, promove uma teoria para o termo de erro em
escolhas observáveis).
(a) Mostre que a função de escolha aleatória C({x, y}) = C({y, z}) = C({z, x}) = (½, ½)
pode ser racionalizada por preferências.
(b) Mostre que a função de escolha aleatória C({x, y}) = C({y, z}) = C({z, x}) = (1/4,
¾) não é racionalizável pelas preferências.
(c) Determine que 0 < x < 1 em que C({x, y}) = C({y, z}) = C({z, x}) = (x, 1 – x) troca
de racionalizável para não racionalizável
9
Path-invariance no original