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Pré-Cálculo
Conjunto
Um conjunto é um agrupamento bem definido de objetos de qualquer natureza.
Elemento
Os objetos que formam um conjunto são denominados elementos deste conjunto.
Diagrama de Venn
São figuras utilizadas para representação de conjuntos, seus elementos e operações entre con-
juntos.
Exemplo 1.1
A = {1, 2, a, b, α}
5 1 α
2 c
3 a b
Relação de Pertinência
Se um objeto x pertence a um conjunto A escreve-se x ∈ A.
Exemplo 1.2
No Exemplo 1.1, 1 ∈ A, α ∈ A, 3 ∈
/ A, c ∈
/ A.
2
Inclusão
Diz-se que B é subconjunto de A ou que B está contido em A quando todo elemento de B é
também elemento de A.
B ⊂ A ⇐⇒ x ∈ B =⇒ x ∈ A.
B⊂A
Propriedades
A (1) A ⊂ A
B (2) A ⊂ B e B ⊂ C =⇒ A ⊂ C
Se existe pelo menos um elemento de B que não pertence ao conjunto A, então B não está
A 6⊃ B.
B 6⊂ A
A
B x ∈ B mas x ∈
/A
x
3
Conjunto Vazio
É o conjunto que não possui elementos. É denotado por ∅ ou {}.
Propriedade
Conjunto Unitário
É o conjunto que possui um único elemento.
Conjunto Universo
É o conjunto, geralmente indicado pela letra U, que contém todos os demais conjuntos envol-
vidos no contexto.
U B
Propriedade
A
A ⊂ U qualquer que seja o conjunto A
Exemplo 1.3
Se A é o conjunto dos paı́ses da América do Sul cujos nomes se iniciam com a letra b, então o
4
Determinação de um Conjunto
Um conjunto está bem definido quando, dado um objeto qualquer, é possı́vel determinar se o
Exemplo 1.4
B={meses do ano cujos nomes se iniciam com a letra J} = {janeiro, junho julho}.
Igualdade de Conjuntos
Dois conjuntos são iguais quando possuem os mesmos elementos.
Em sı́mbolos
A=B ⇐⇒ A ⊂ B e B ⊂ A
5
Operações entre Conjuntos
Interseção
simultaneamente a A e B.
A ∩ B = {x ∈ U | x ∈ A e x ∈ B}
A B
União
ou a B.
A ∪ B = {x ∈ U | x ∈ A ou x ∈ B}
A B
6
Complementar
a A.
Ā = Ac = U − A = {x ∈ U | x ∈
/ A}
A B
Diferença
Dados os conjuntos A,B ⊂ U, a diferença A menos B é o conjunto dos elementos de A que não
pertencem a B.
A − B = A\B = {x ∈ U | x ∈ A e x ∈
/ B}
A B
Exemplo 1.6
Então
A ∩ B = {1, a, b, β}
A ∪ B = {1, 2, 3, 5, a, b, c, d, α, β, θ, ♦}
A − B = {2, 3, α, ♦}
7
Propriedades
(1) A ∩ B ⊂ A , A ∩ B ⊂ B , A ⊂ A ∪ B , B ⊂ A ∪ B
(2) A ∩ ∅ = ∅ , A ∪ ∅ = A
(3) A ∩ U = A , A ∪ U = U
(4) A ∩ A = A , A ∪ A = A
(5) A ∩ B = B ∩ A , A ∪ B = B ∪ A
(6) (A ∩ B) ∩ C = A ∩ (B ∩ C) , (A ∪ B) ∪ C = A ∪ (B ∪ C)
(7) A ∩ (A ∪ B)=A , A ∪ (A ∩ B) = A
(8) A ∩ (B ∪ C) = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C) , A ∪ (B ∩ C) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ C)
(9) ∅c = U , Uc = ∅
(10) (Ac )c = A
(11) A ⊂ B =⇒ Bc ⊂ Ac
(12) A ∪ Ac = U , A ∩ Ac = ∅
(14) A − B = A − (A ∩ B).
Diagramas de Venn podem ser empregados para ilustrar essas propriedades hachurando-se os
conjuntos envolvidos.
8
Exemplo 1.7
B∪C A ∩ (B ∪ C)
A B A B
C C
A∩B A∩C (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)
A B A B A B
C C C
9
Exemplo 1.8
Uma pesquisa aplicada a 1400 famı́lias sobre programas de tv mostrou que 800 famı́lias assis-
tem ao programa A, 250 famı́lias assistem ao programa B, 420 assistem ao programa C, 120
Determine
y x + y + u + w = 800
x z y + z + v + w = 250
w
u + w + v + r = 420
u v
s y + w = 120
r v + w = 40
u + w = 18
C
w=8
10
Portanto
a) s = 100
b) 1400 − s = 1300
c) x + z + r = 1138
d) y + u + v + w = 162
e) y + u + v = 154.
Exemplo 1.9
Em um banco de sangue há 80 pessoas, das quais 60 tem sangue com Rh positivo, 36 tem
sangue tipo O e 28 tem sangue O com Rh positivo. Quantas pessoas não tem sangue O mas
tem Rh negativo ?
Rh+ Rh−
x + y + z + t = 80
O x + y = 60
y + z = 36
x y z t y = 28
Portanto
t = 12
11
Conjunto das Partes de um Conjunto
Dado um conjunto A, o conjunto P(A), chamado conjunto das partes de A, é formado por todos
os subconjuntos X ⊂ A.
P(A) = {X | X ⊂ A}
Exemplo 1.5
Se A={a, b, c} então, P(A)={∅, {a}, {b}, {c}, {a, b}, {a, c}, {b, c}, A}
Produto Cartesiano
Dados dois conjuntos A e B, o produto cartesiano A × B de A por B é o conjunto dos pares
A × B = {(a,b) | a ∈ A e b ∈ B}
Exemplo 1.10
A × B = {(a, ), (a, ♦), (b, ), (b, ♦), (c, ), (c, ♦)}
12
Exercı́cios
1] Assinale V ou F :
a) 2 ∈ {0, 1, 2, 3} b) 5 ∈ {−1, 0, 1} c) 0 ∈ ∅
2] Assinale V ou F :
a) x ∈ A e x ∈ B =⇒ x ∈ A ∪ B
b) x ∈ A e x ∈ B =⇒ x ∈ A ∩ B
c) x ∈ A e A ⊂ B =⇒ x ∈
/B
d) x ∈ A e x ∈ B ⇐⇒ x ∈ A ∪ B
e) x ∈ A e x ∈ B ⇐⇒ x ∈ A ∩ B
f) A ∩ B ⊂ A ∪ B
g) A ∩ B ⊂ A
h) x ∈ A ou x ∈ B =⇒ x ∈ A ∩ B
i) x ∈ A e x ∈
/B =⇒ x ∈ B − A
j) A ∩ B = ∅ =⇒ A = B
k) x ∈ (A ∩ B)c =⇒ x ∈ Ac e x ∈ B c
l) (A − B) ∩ (B − A) = ∅
m) A ∩ (A − B) = B − A
n) A − (A ∩ B) = A − B
o) A ∪ (A − B) = A
p) A ∩ B c = A − B
13
q) A ⊂ B =⇒ B − A = A
r) A ⊂ B e B ⊂ C =⇒ A ∪ B ⊂ C
s) A ⊂ B e B ⊂ C =⇒ A ∪ B ∪ C = C
t) A ⊂ B e B ⊂ C =⇒ A ∩ B ∩ C = A
u) A − (A − B) = A ∩ B
v) A ∩ B = ∅ =⇒ A ⊂ A ∪ B
w) A ⊂ B =⇒ A − B = ∅
x) Ac = B c =⇒ A = B
y) Ac = B =⇒ A ∩ B = ∅
z) Ac = B =⇒ A ∪ B = U
A ∪ B , A ∩ B , Ac ∩ B c , (A ∪ B)c , Ac ∪ B c , (A ∩ B)c , A ∩ B c e A − B.
4] Em uma escola com 250 alunos, 60 estudam Matemática, 70 estudam Fı́sica, 80 estudam
temática e Quı́mica e 10 estudam as 3 disciplinas. Quantos alunos não estudam pelo menos
5] Após n dias de férias, um estudante observou que choveu 7 vezes, de manhã ou à tarde;
quando chove de manhã, não chove à tarde; houve 5 tardes sem chuva e 6 manhãs sem chuva.
Quanto vale n ?
14
6] Seja X = {∅, 1, 2, {1}}. Assinale V ou F :
Respostas
1] V : a, d, f, g, h, i, j, l
2] V : a, b, e, f, g, l, n, o, p, r, s, t, u, v, w, x, y, z
A − B = {1, 5}.
4] 100 5] n = 9
6] V : a, c, e, g, h
P (X) = {∅, {∅}, {1}, {2}, {{1}}, {∅, 1}, {∅, 2}, {∅, {1}}, {1, 2}, {1, {1}}, {2, {1}},
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7] A × A = {(a, a), (a, b), (b, a), (b, b)}
A × B = {(a, x), (a, y), (a, z), (b, x), (b, y), (b, z)}
B × A = {(x, a), (x, b), (y, a), (y, b), (z, a), (z, b)}
B × B = {(x, x), (x, y), (x, z), (y, x), (y, y), (y, z), (z, x), (z, y), (z, z)}
16
2. Conjuntos Numéricos
É o conjunto N = {1, 2, 3, 4, ..., n, ...} que surge pela necessidade de contagem, isto é, pela
1 2 3 4 5
Se o número natural m representar uma quantidade maior de objetos do que o número natural
n escrevemos m > n e dizemos que m é maior que n. Podemos também dizer que n é menor
Propriedade
17
Adição
Imagine que você tinha 3 bolas e ganhou outras 2. A quantidade de bolas que você tem agora
é representada pelo número 5. Essa situação é descrita por uma operação entre os números
a quantidade resultante.
+ =
Matematicamente : 3 + 2 = 5.
Multiplicação
A operação de multiplicação nada mais é do que uma forma compacta de escrever uma soma
com muitos fatores iguais. Por exemplo, consideremos a soma S = 2+2+2+2+2+2+2+2. Po-
m×n=n
|
+n+
{z
... + n}
m fatores
18
Propriedades da Adição e Multiplicação
Dados m, n, p ∈ N, valem
• Comutatividade
– m+n=n+m
– m×n=n×m
• Associatividade
– (m + n) + p = m + (n + p)
– (m × n) × p = m × (n × p)
• Distributividade
– m × (n + p) = m × n + m × p
– 1×n=n×1=n
Exemplo 2.1
+ =
+ =
Matematicamente : 3 + 2 = 2 + 3 = 5.
19
Por que a multiplicação precede a adição ?
Dois bons motivos são :
20 = 3 + 2 × 4 = 3 + 4 × 2 = 14 ???
(3 + 2) × 4 = 5 × 4 = 20
Subtração
Imagine agora que você tenha 5 bolas. Se você der 2 bolas para seu amigo, quantas bolas te
Antes
Depois
Escrevemos 5 − 2 = 3.
20
2.2 Números Inteiros
seus clientes em uma caderneta. Suponhamos que um determinado cliente tenha feito compras
1 10 1 −10
2 20 2 −20
3 30 3 −30
4 20 4 −20
Saldo ? / 20 / 30 Saldo 0 / 20 / − 30
No final do mês, o cliente vai ao mercado pagar suas compras. Vamos supor que três si-
tuações ocorram :
(2) o cliente entrega uma cédula de R$ 100,00. O comerciante, por falta de troco, lhe dá um
crédito de R$ 20,00.
(3) o cliente só tem R$ 50,00 e pede para acertar a diferença no pagamento do próximo mês.
21
No primeiro caso, não há número natural para representar a situação. Nos segundo e terceiro
casos, os números 20 e 30 resolvem. Porém, como o comerciante saberá no mês seguinte qual
com o sinal − na frente representam débitos, o problema desaparece. Além disso, introduzindo-
se o número 0, a primeira situação também se resolve. A tabela à esquerda agora pode ser
refeita de modo a refletir todas as situações possı́veis, como mostra a tabela à direita. Com a
introdução dos números com sinal − na frente, chamados negativos, fica criado o conjunto dos
números inteiros
Z+ = N = {1, 2, 3, 4, 5, ...}
de modo que, o conjunto dos números inteiros é formado pela união do 0 com os inteiros posi-
Z = Z+ ∪ Z− ∪ {0}
Em particular
Z∗ = Z+ ∪ Z− = Z − {0}
22
As propriedades comutativa, associativa, distributiva e elemento neutro da multiplicação, ob-
servadas para os naturais, também são válidas para os inteiros. Além disso, com a introdução
tem a propriedade
Inverso Aditivo
Todo número inteiro n possui um único inverso aditivo, representado por −n tal que
n + (−n) = (−n) + n = 0
m − n = m + (−n)
23
Os Pares e os Ímpares
Dois subconjuntos de Z muito importantes são o conjunto dos pares ou múltiplos de 2
e os ı́mpares
Note que P ∪ I = Z e P ∩ I = ∅.
Exemplo 2.2
Números Primos
Um inteiro maior que 1 é chamado primo se for divisı́vel somente por ele próprio e por 1.
Todo inteiro maior que 1 pode ser escrito de maneira única como um produto de números
primos.
Por exemplo : 60 = 22 × 3 × 5
24
2.3 Números Racionais
Os números racionais ou fracionários são aqueles que podem ser escritos como a razão entre
dois inteiros, isto é, sob a forma de fração. Fração é algo que é parte do todo. Suponha que
você tenha uma pizza e deseja dividi-la igualmente com 2 amigos. Cortando a pizza em três
partes iguais, você ficará com uma parte da pizza e caberá aos seus amigos duas partes da
1
pizza. Essa situação pode ser representada numericamente dizendo que você terá da pizza e
3
2
seus amigos juntos ficarão com dela.
3
a
Mais precisamente, os números racionais são aqueles que podem ser escritos sob a forma
b
a
onde a e b são números inteiros com b 6= 0. O número a é chamado numerador da fração e o
b
número b é o denominador.
Através de sua propriedade caracterı́stica, o conjunto dos racionais é descrito como segue
a
Q= | a, b ∈ Z , b 6= 0
b
1 2 3 4 5 n 1 2 3 4 5 n
Q1 = , , , , ,··· , ,··· e Q−1 = − , − , − , − , − , · · · , − , · · ·
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 2 3 4 5 n 1 2 3 4 5 n
Q2 = , , , , ,··· , ,··· e Q−2 = − , − , − , − , − , · · · , − , · · ·
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
1 2 3 4 5 n 1 2 3 4 5 n
Q3 = , , , , ,··· , ,··· e Q−3 = − ,− ,− ,− ,− ,··· ,− ,···
3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
..
.
25
1 2 3 4 5 n 1 2 3 4 5 n
Qn = , , , , ,··· , ,··· e Q−n = − , − , − , − , − , · · · , − , · · ·
n n n n n n n n n n n n
Adição de Racionais
3
É fácil ver que a adição de racionais é comutativa. Com efeito, comer de uma pizza e depois
8
1 1 3 4 1
mais dela é o mesmo que comer primeiro e depois . Ao final, a pessoa terá comido = ,
8 8 8 8 2
ou seja, metade da pizza.
3
3 8 1
8 2
1 1
8 8
+ = + =
26
Podemos intuir como somar racionais cujos denominadores são iguais. Se n ∈ Z∗ , então
a b a+b
+ =
n n n
1
r× =1
r
1 1 1 1 1 + 1 + ··· + 1
z }| {
a
a × = + + ··· + = =
b |b b {z b} b b
a vezes
Em particular
1 r
r× = =1
r r
27
Representação Decimal
a
A representação decimal de um número racional é obtida aplicando-se o algoritmo da divisão.
b
1 19 349
Por exemplo, = 0, 25 , = 1, 1875 , = 31, 72 = 31, 727272...
4 16 11
Em certos casos, o processo de divisão é finito, produzindo uma quantidade finita de casas
decimais, como nos dois primeiros exemplos acima. Em outros casos, o processo de divisão
é infinito, produzindo infinitas casas decimais que, todavia, seguem um padrão periódico de
repetição, como observado no último exemplo. Nestes casos obtém-se o que chamamos de
dı́zima periódica.
a
Todo racional produz dı́zima finita ou periódica. Reciprocamente, toda dı́zima, seja ela finita
b
a
ou periódica, pode ser escrita como uma fração .
b
Dada uma dı́zima periódica, para encontramos a fração que a originou, devemos multiplicá-la
por 10n , onde n é o número de algarismos que se repetem na parte decimal. Depois, subtraı́mos
deste resultado a dı́zima original obtendo por conseguinte um número inteiro. Por exemplo, se
então
Note que, na parte decimal de x, o grupo 72 que se repete é constituı́do de 2 algarismos. Por
3141 349
100x − x = 3172, 72 − 31, 72 =⇒ 99x = 3141 =⇒ x = =
99 11
28
2.4 Números Reais
Consideremos um triângulo retângulo de catetos iguais a 1. Pelo Teorema de Pitágoras, a
h2 = 12 + 12 = 2
√
O número h que multiplicado por si próprio resulta em 2 e que será denotado por 2 não é
a
racional, isto é, não pode ser escrito na forma .
b
Exemplo 2.3
√ a
Suponha que 2 = com a, b ∈ Z, b 6= 0. Então a2 = 2b2
b
Pelo Teorema Fundamental da Aritmética, existem primos p1 , p2 , ..., pk e n ∈ {0, 1, 2, 3, ...} tais
que
Os números que não são racionais são chamados irracionais. Existem infinitos irracionais como
√ √
por exemplo 3, 5, π, o número de Euler e. A reunião dos racionais com os irracionais forma
N⊂Z⊂Q⊂R
29
É interessante que as operações de adição e multiplicação dos racionais e suas propriedades
sejam estendidas para os irracionais. Desta forma, será possı́vel estabelecermos as regras que
ou x.y ou simplesmente xy, são também números reais. As operações de adição e multiplicação
• Comutatividade
• Associatividade
• Distributividade
• Elementos Neutros
• Inversos
30
Consequências das Propriedades da Adição e Multiplicação
Daı́
p p
= m ⇐⇒ × n = m × n ⇐⇒ p = m × n
n n
6
Como exemplo, sabemos que = 3 porque 6 = 3 × 2.
2
0
Agora, suponhamos que exista α ∈ R tal que = α. Isto implicaria em 0 = α × 0. Mas, não
0
é possı́vel determinar α pois, por (C1), a última igualdade é sempre verdadeira independente-
0
mente de α. Dizemos então que é indeterminado.
0
5
Por outro lado, suponhamos que exista β tal que, digamos, = β. Daı́, 5 = β × 0, o que é
0
impossı́vel pois, novamente por (C1), β × 0 = 0, independentemente de β.
31
(C4) Produto resultando em Zero
Se x.y = 0 então x = 0 ou y = 0.
1 1
Vejamos a explicação. Suponhamos x 6= 0. Então, existe ∈ R tal que .x = 1.
x x
1
Multiplicando a igualdade x.y = 0 por obtemos
x
1 1
.x.y = .0 =⇒ 1.y = 0 =⇒ y = 0
x x
Este resultado pode ser generalizado para um produto de n fatores resultando em 0. Pelo menos
? Cuidado
Não é verdade que, por exemplo, se x.y = 2 então x = 2 ou y = 2. Pode ser que, por exemplo,
1 1
x = 4 e y = ou x = 10 e y = .
2 5
Temos que
a
a 1 c 1
b = × e × c = 1
c c
b d
d d d
1
Multiplicando a última igualdade por vem
c
1 c 1 1 1 1 1 1 1 1 d 1 d
× × c = × 1 =⇒ × c = =⇒ d × × c = d × = =⇒ c =
c d c d c d c c c
d d d d
Portanto
a
a d
b = × .
c b c
d
32
(C6) Regra dos Sinais
(1) Seja a ∈ R. O inverso aditivo de a é −a. Queremos determinar o inverso aditivo de −a,
−(−a) + (−a) = 0
Daı́, somando a
Daı́
Analogamente
x.(−y) = −(x.y) (? ? ?)
33
Desigualdades
R possui um subconjunto R∗+ = {x ∈ R | x > 0} chamado conjunto dos números reais positi-
vos e um subconjunto R∗− = {x ∈ R | x > 0} chamado conjunto dos reais negativos tais que
y > x. Pode-se também escrever x < y ou x − y < 0. Neste caso, x − y ∈ R∗− e x é dito menor
que y.
(D4) se x < y e a > 0 então ax < ay. Se a < 0 então ax > ay.
1 1
(D5) se x > 0 então > 0 e se x < 0 então < 0.
x x
1 1
(D6) se 0 < x < y então > .
x y
(D7) se x 6= 0 então x.x = x > 0.
2
x
(D8) se x.y > 0 ou > 0 então x > 0 e y > 0 ou x < 0 e y < 0.
y
x
(D9) se x.y < 0 ou < 0 então um desses números é negativo e o outro positivo.
y
ou quociente.
34
Exponenciação
A multiplicação pode ser vista como uma maneira compacta de se escrever somas com muitos
√ √ √ √ √ √
fatores iguais. Por exemplo, 3 × 3 × 3 × 3 × 3 pode ser escrita como ( 3)5 , indicando
√
que o número 3 deve ser multiplicado por ele mesmo 5 vezes. Esta representação define uma
Expoentes Naturais
an = |a × a × a{z× ... × a}
n vezes
Propriedades Imediatas
Sejam a, b ∈ R e m, n ∈ N.
(E1) am × an = am+n
De fato
am = a
|
× a × a{z× ... × a} e an = a
|
× a × a{z× ... × a}
m n
Logo
am × an = (a
|
× a × a{z× ... × a}) × (a
|
× a × a{z× ... × a}) = |a × a × a{z× ... × a} = am+n
m n m+n
35
(E2) (am )n = amn
Com efeito
(am )n = |am × am {z
× ... × am} = am+m+...+m = amn
n
(E3) (ab)n = an bn
As propriedades (E1), (E2) e (E3) são facilmente verificadas quando os expoentes são naturais.
Se admitirmos que elas são também válidas para expoentes reais, poderemos definir potências
1
do tipo 20 , π 2 ou 4−3 . Além disso,
Escrevendo x = x + (x − x) temos
significando que se existe algum x para o qual ax = 0 então ax = 0 para todo x ∈ R. Absurdo.
x
ax = [a 2 ]2 > 0
36
Expoente 0
Sejam a, r ∈ R com a 6= 0.
Usando (E1)
ar = ar+0 = ar × a0 (?)
1
Por (E4), ar 6= 0. Multiplicando (?) por vem
ar
1 1
r
× ar = r × ar × a0 =⇒ a0 = 1
a a
Expoentes Negativos
a × a−1 = a1−1 = a0 = 1
1
Multiplicando por
a
1 1 1
× a × a−1 = × 1 =⇒ a−1 =
a a a
1 1
n
(E5) = (a−1 )n = a−n = (an )−1 =
a an
1 an
n
a
(E6) = (a × b−1 )n = an × b−n = an × = .
b bn bn
37
Usando (E1) e (E5) obtemos
am
(E7) n
= am × a−n = am−n
a
é a solução negativa.
1
Agora, sejam a > 0 e x = a 2 . Então
1 1 1 1
x2 = x × x = a 2 × a 2 = a 2 + 2 = a1 = a.
√ √
x= a > 0 ou x = − a < 0
1
Por (E4), x = a 2 > 0.
Portanto
1 √
a2 = a
38
De maneira geral, sendo m, n ∈ N
1 √ m 1 √
an = n
a e a n = (am ) n = n
am
? cuidado
√
Se n for par então
n
a só estará definida se a ≥ 0.
√
De fato, suponhamos a < 0 e que n a possa ser calculada. Sendo n = 2p, p ∈ N, segue que
n √
a = a n = [( n a)p ]2 ≥ 0
Contradição.
√
Se n for ı́mpar, n
a pode ser calculada para qualquer a.
propriedades :
√ √ √
(R1) n ab = n a n b
√
a n
a
r
(R2) n = √ n
qb√ b
√
(R3) m n
a = mn a
√
(R4) ( n a)n = a
√ √
(R5) n am = ( n a)m
a se a ≥ 0 e n for par
√
(R6) n
an = −a se a < 0 e n for par
a se n for ı́mpar
39
Expoentes Irracionais
Tendo sido estabelecidas as regras operacionais para expoentes racionais, nos casos em que
aparecem expoentes irracionais, caso seja necessário que as contas sejam efetuadas, pode-se
Logo s
22.361
31.415 31.415
√ 22.361
10.000
=
5 10.000
π ≈
10.000 10.000
• O caso 00
0n 0
Escrevendo 00 = 0n−n = = concluı́mos que 00 é indeterminado.
0n 0
ac a c a
= × =
bc b c b
a c ad bc ad + bc
+ = + =
b d bd bd bd
40
Exemplo 2.3
36 12.3 12
1) = =
15 5.3 5
Exemplo 2.4
Vamos mostrar que a soma e o produto de números racionais são também números racionais.
Então
a c ad + bc
+ = ∈ Q pois ad ∈ Z , bc ∈ Z , ad + bc ∈ Z e bd ∈ Z∗
b d bd
e
a c ac
× = ∈ Q pois ac ∈ Z e bd ∈ Z∗
b d bd
Exemplo 2.5
De fato, sejam r ∈ Q e i ∈ R − Q.
y + (−r) = r + i + (−r) = i ∈ Q
Contradição.
41
Exemplo 2.6
cada ponto da reta corresponde a um número real. Um ponto arbitrário chamado origem é
escolhido para ser o número 0 e o número a será escrito à esquerda do número b se a < b.
√ 1
− 2 2 e π
−3 −2 −1 0 1 2 3 4 R
Não é necessário localizar a posição precisa dos números reais na reta. Por exemplo, é impossı́vel
posicionar exatamente o número π = 3, 14159... devido à sua natureza mas sabemos que π está
os números representados.
Devido a essa possibilidade de representação dos números reais, frequentemente o conjunto dos
números reais é denominado de reta. A representação gráfica dos números reais é útil quando
é preciso operar com certos subconjuntos da reta como os intervalos, por exemplo.
42
2.5 Intervalos
Intervalos são subconjuntos de R definidos com uma notação própria e cuja representação
[a, b] = {x ∈ R | a ≤ x ≤ b}
a b R
[a, b) = {x ∈ R | a ≤ x < b}
a b R
(a, b] = {x ∈ R | a < x ≤ b}
a b R
[a, ∞) = {x ∈ R | x≥a }
a R
(a, ∞) = {x ∈ R | x>a }
a R
(−∞, b] = {x ∈ R | x ≤ b }
b R
(−∞, b) = {x ∈ R | x < b }
b R
(−∞, ∞) = R
R
43
Operações com Intervalos
As operações definidas no capı́tulo 1 podem ser aplicadas aos intervalos. Devido à particulari-
dade desses conjuntos, uma boa forma de operacionalizar com eles é graficamente. Primeiro,
operação.
Exemplo 2.7
1 2 3 4 5
A R
B R
C R
A∪B R
A∩C R
B−C
R
44
Exemplo 2.8
2 A 5 x
Exemplo 2.9
10 Q : {(x, y) ∈ R2 | x, y ≥ 0}
R
20 Q (x, y) 10 Q 20 Q : {(x, y) ∈ R2 | x ≤ 0 , y ≥ 0}
y
30 Q : {(x, y) ∈ R2 | x, y ≤ 0}
(4, 1)
1 40 Q : {(x, y) ∈ R2 | x ≥ 0 , y ≤ 0}
x 4 R
30 Q 40 Q
45
O R2 , também denominado plano cartesiano, é um sistema de coordenadas retangulares ou
cartesianas extremamente útil para a representação gráfica de conjuntos que descrevem regiões
no plano. Cada ponto da região, representado por um par ordenado, é plotado no sistema e a
−x.
Por exemplo
O módulo de x é o próprio x se x for positivo. Caso x seja negativo, |x| é x sem o sinal
x , x≥0
|x| =
−x , x < 0
46
O módulo de x representa a distância entre a posição que o número x ocupa na reta real e a
origem.
−5 0 4 R
Propriedades
(M1) |x| ≥ 0 , ∀x ∈ R
(M6) |x| = a ⇐⇒ x = −a ou x = a
y −a u x a z R
0
47
Generalizando o Módulo
Seja E(x) uma expressão que depende de x como, por exemplo, E(x) = 3x + 5 ou E(x) =
E(x) se E(x) ≥ 0
|E(x)| =
−E(x) se E(x) < 0
Exemplo 2.10
3x + 5 se 3x + 5 ≥ 0
1) |3x + 5| =
−(3x + 5) = −3x − 5 se 3x + 5 < 0
tgx se tgx ≥ 0
2) |tgx| =
−tgx se tgx < 0
x2 − 5x + 6 se x2 − 5x + 6 ≥ 0
3) |x2 − 5x + 6| =
−x2 + 5x − 6 se x2 − 5x + 6 < 0
Estas são desigualdades chamadas inequações, que serão estudadas em capı́tulos próximos.
48
Exemplo 2.11
A2 A1 A1 = {(x, y) ∈ R2 | x ≥ 1 e y ≥ 2}
2 A2 = {(x, y) ∈ R2 | x ≤ −1 e y ≥ 2}
A3 = {(x, y) ∈ R2 | x ≤ −1 e y ≤ −2}
A4 = {(x, y) ∈ R2 | x ≥ 1 e y ≤ −2}
−1 1 x
A = A1 ∪ A2 ∪ A3 ∪ A4
−2
A3 A4
Exemplo 2.12
Com a definição de módulo, a propriedade (R6) dos radicais pode ser reescrita como
√ |a| , n par
n
an =
a , n ı́mpar
49
Exercı́cios
vidade.
2] Calcule
4
1 7−2 1− 2
(35 .43 )2 (32 .4−6 )−1
a) x = b) x = 3 c) x =
3 1 64 .(16−2 )−2
2+ 1 1+
4+ 4
5 s 2
√
r q
5
31 + 10 − 83 − 4
6
10 + 10 + 10 + · · · + 10
10 20 30 100
d) x = e) x =
1
q√
1020 + 1030 + 1040 + · · · + 10110
4
27
3 6
× q √ 4
27
6 3
√ √ 2 √ √ 2 1
q q
f) x = 2+ 3+ 2− 3 g) x = 2+ 3 + √
5+2 6
2 5 2 −3 √
rq
4
h) x = − i) x = 10012 3] Encontre
3
× −
3 3
a fração que originou as dı́zimas periódicas
a) 0, 12 b) 7, 36 c) 2, 345.
√ √ √ √ √
4] Simplifique a−2 × a × 3 a × 5 a × 6 a × a4 .
5
1 √ 1 √ √ √
5] Sejam a, b, c, d, p, q ∈ R tais que (abc)− 3 = 0, 25 , (abcd) 2 = 2 10 , 3 p = 32 e q = 243.
d
Calcule x = 1
(pq) 5
a a a
6] Mostre com um exemplo que 6= + .
b+c b c
50
7] Seja β = 1 + x. Escreva, em função de β
2x + 8
x
1 b x+2
a) (1 + x) x b) (1 + ax) x c) (x − 5) x−6 d)
2x + 5
Sugestão :
8] Assinale V ou F
c) {x ∈ Z | − 1 ≤ x ≤ 1} = [−1, 1]
e) {x ∈ R | x ≥ 5} = [5, ∞)
9] Encontre A ∪ B , A ∩ B , A − B , B − A , Ac , B c se
a) A = [1, 5] e B = [0, 3]
b) A = [0, 5] e B = [2, ∞]
c) A = (0, 3) e B = [−1, 2]
a) A = [1, 2] e B = [3, 4]
a) A = [1, 2] e B = (−2, 2)
a) A = (1, ∞) e B = [0, 1)
51
12] Assinale V ou F
√ q √ √
a) 4 = ±2 b) (−2)2 = −2 c) −22 = 2 d) x2 − 4 = x − 2
q
e) (x − 2)2 = x − 2
g) |x| = |y| ⇐⇒ x2 = y 2
√
x 1
h) =√
x x
x y z xyz
E= + + +
|x| |y| |z| |xyz|
15] Imite o Exemplo 2.2 e mostre que a soma de ı́mpares é par e o produto é ı́mpar.
16] Mostre que se n for par então n2 é par e se n for ı́mpar então n2 é ı́mpar.
17] O que se pode afirmar sobre a soma de um número par com um número ı́mpar ? E
sobre o produto ?
19] Imite o Exemplo 2.5 e mostre que o produto de um irracional com um racional não nulo é
irracional.
52
20] O que se pode afirmar sobre a soma de dois irracionais ? E sobre o produto ?
21] Sejam x, y ∈ R tais que 0 < x < y < 1. Então pode-se afirmar que
22] Sejam x, y, r, s ∈ R tais que 0 < x < y e 0 < r < s. Mostre que
a x b
23] Sejam 0 < a ≤ x ≤ b e 0 < c ≤ y ≤ d. Mostre que ≤ ≤ . 24] Um estudante
d y c
desatento, copiando o raciocı́nio feito na demonstração da propriedade (E4), concluiu
x
(−2)x = [(−2) 2 ]2 ≥ 0
26] Assinale V ou F
√ √
a) −x < 0 , ∀x ∈ R b) x3 > x2 , ∀x ∈ R∗ c) 3
x < x , ∀x ∈ R∗+
53
Respostas
1) Por exemplo
2×3=3+3=6=2+2+2=3×2
2 × (3 + 4) = (3 + 4) + (3 + 4) = 7 + 7 = 14 = 6 + 8 = 2 × 3 + 2 × 4.
2a) 21/57 2b) 20/3 2c) 1296 2d) 10−10 2e) 4 2f) 6 2g) 10
4) 1
5) 5/72
6 6 6 6
6) 1, 2 = = 6= + = 3 + 2 = 5
5 2+3 2 3
1 ab β+7 4−β
7a) β β−1 7b) β β−1 7c) β β−1 7d) β 2β−2
8) V : b , e
54
9c) A ∪ B = [−1, 3) , A ∩ B = (0, 2) , A − B = (2, 3) , B − A = [−1, 0]
A×B
y 2 y
A×B
4
3 x A×B
1 2
1
-2
x
1 2 1 x
13) V : b , d , f , g , h
xyz x y z a
14) = e = ±1.
|xyz| |x| |y| |z| |a|
x y z xyz
Assim, por exemplo, se = = = 1 então =1eE=4
|x| |y| |z| |xyz|
55
15) m = 2k1 + 1 , n = 2k2 + 1
1
19) Sejam i ∈ R − Q e r ∈ Q∗ . Temos que ∈ Q.
r
1
i × r ∈ Q =⇒ (i × r) × = i ∈ Q. Absurdo.
r
20) Não se pode afirmar nada sobre a soma nem sobre o produto de irracionais.
√ √
Por exemplo, 2 e − 2 são irracionais e sua soma 0 é racional.
0 < x2 < xy < x < 1 (?) e 0 < xy < y 2 < y < 1 (??)
56
22b) 0 < x < y e r > 0 =⇒ 0 < xr < yr
1 1 x x a x
23) y ≤ d =⇒ ≥ =⇒ ≥ e a ≤ x =⇒ ≤
y d y d d d
x a
Portanto, ≥
y d
1 1 x x x b
c ≤ y =⇒ ≥ =⇒ ≥ e x ≤ b =⇒ ≤
c y c y c c
b x
Portanto, ≥
c y
x
q
24) (−2) 2 = (−2)x . A raiz quadrada de (−2)x não está definida se x for ı́mpar.
√
25) Em (R4), n
a é calculada primeiro. Em seguida, eleva-se o resultado a n.
Portanto, se n for par, o número a não pode ser negativo para que (R4) seja válida.
√ √ √
Exemplos : ( 4)2 = 4 , ( 3 −8)3 = (−2)3 = −8 , ( −3)2 = ?
√ √ q √ q √
32 = 9 = 3 , (−3)2 = 9 = 3 = −(−3) , 3 (−2)3 = 3 −8 = −2
57
1 1 1 1
3 2
26b) = < = . F
8 2 2 4
s s
1 1 1 1
26c) = 3
> = . F
4 64 64 8
1 1 1 1
2
26f) =− − > − = . V
2 2 2 4
58
3. Produtos Notáveis. Fatoração. Racionalização
Produtos Notáveis
obtemos
59
Generalizando
n
(a + b) = a +
n n
Cn1 an−1 b + Cn2 an−2 b2 + Cn3 an−3 b3 + ... + Cnn−1 abn−1 +b =
n
Cnj an−j bj
X
j=0
onde
n!
Cnj = , k! = k × (k − 1) × (k − 2) × · · · × 3 × 2 × 1 e 0! = 1
j!(n − j)!
Triângulo de Pascal
Os coeficientes Cnj que aparecem no desenvolvimento de (a + b)n podem ser obtidos através da
60
Exemplo 3.1
1 6 15 20 15 6 1
Daı́
Exemplo 3.2
Fatoração
Fatoração é o processo que permite escrever expressões algébricas como um produto de fato-
res irredutı́veis através do emprego dos produtos notáveis e das propriedades dos números reais.
Exemplo 3.3
a) x2 − 5x + 6 = (x − 2)(x − 3).
c) x4 y +x3 y 2 −x2 y −xy 2 = xy(x3 +x2 y −x−y) = xy[x2 (x+y)−(x+y)] = xy[(x2 −1)(x+y)] =
61
Exemplo 3.4
Igualando os coeficientes
ac = 3
ad + bc = −7
bd = 2
d = −2, a primeira e terceira equações são satisfeitas mas ad + bc = 1 × (−2) + (−1) × 3 6= −7.
Portanto
Fatorando xn − an
Efetuando as multiplicações, obtemos
(x − a)(x2 + ax + a2 ) = x3 − a3
(x − a)(x3 + ax2 + a2 x + a3 ) = x4 − a4
(x − a)(x4 + ax3 + a2 x2 + a3 x + a4 ) = x5 − a5
De modo geral
62
√ √
Reescrevendo n
x− n
a
√ √
Pondo xn = t, x = n
t, an = b e a = n
b em (?) obtemos
√ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √
t−b= tn−1 + b tn−2 + b2 tn−3 + · · · + bn−3 t2 + bn−2 t + bn−1 .
n n n n n n n n n n n n
t− b
Usando x e a no lugar de t e b
√ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √
x−a = xn−1 + n a xn−2 + a2 xn−3 + · · · + an−3 x2 + an−2 n x + an−1
n n n n n n n n
n
x− n
a
ou
√ √ x−a
n
x− na= √ √ √ √ √ √ √ √ √ √
+ a x + a x + · · · + an−3 x2 + an−2 n x + an−1
n n n n n n n n
xn−1 n n−2 2 n−3
Exemplo 3.5
a) x3 − 8 = x3 − 23 = (x − 2)(x2 + 2x + 4).
√ √ √
b) ( 3 x − 1)( x2 + 3 x + 1) = x − 1
3
√ √ √ √
c) ( 4 x − 1)( x3 + x2 + 4 x + 1) = x − 1.
4 4
Exemplo 3.6
√
4
x−1
Reescreva √ como um quociente de duas somas.
3
x−1
Dos itens b e c do Exemplo 3.5, podemos escrever
√ x−1 √ x−1
3
x−1= √ √ e 4
x−1= √ √ √
x2 + 3 x + 1 x3 + x2 + 4 x + 1
3 4 4
Portanto
√ √ √
x−1 x2 + 3 x + 1
4 3
√ = √ √ √
3
x−1 4
x3 + x2 + 4 x + 1
4
63
3.3 Racionalização
É o processo que busca eliminar radicais que aparecem nos denominadores de expressões fra-
cionárias.
Exemplo 3.7
√ √
1 1 2 2
a) √ =√ ×√ =
2 2 2 2
√ √
1 1 3−2 3−2 √
b) √ =√ ×√ = =2− 3
3+2 3+2 3−2 3−4
√ √
1 1 x x
c) √ =√ ×√ =
x x x x
√ √
1 1
3 3
x2 x2
d) √ = √ × √
3
=
3
x 3
x x2 x
√ √ √ √ √ √
1 1 x3 + x2 + 4 x + 1 x3 + x2 + 4 x + 1
4 4 4 4
e) √ = √ ×√ √ √ =
4
x−1 4
x−1 4
x3 + x2 + 4 x + 1
4
x−1
√ √ √ √ √ √
1 1 1 x2 + 3 8 3 x + 82 x2 + 2 3 x + 4
3 3 3
f) √ = √ √ = √ √ ×√ √ √ √ =
3
x−2 3
x− 38 3
x− 38 3
x2 + 3 8 3 x + 82
3
x−8
64
Exemplo 3.8
Calcule
1 1 1 1 1
S= √ + √ √ + √ √ + √ √ + ··· + √ √ .
2+ 2 3 2+2 3 4 3+3 4 5 4+4 5 100 99 + 99 100
100
1
S=
X
√ √
n=2 n n − 1 + (n − 1) n
√ √ √ √
1 1 n n − 1 − (n − 1) n n n − 1 − (n − 1) n
√ √ = √ √ × √ √ = 2 =
n n − 1 + (n − 1) n n n − 1 + (n − 1) n n n − 1 − (n − 1) n n (n − 1) − n(n − 1)2
√ √ √ √
n n − 1 − (n − 1) n n−1 n
= = −
n(n − 1) n−1 n
Daı́
√ √ ! √ √ √ √ √ √ √ √ √
100
n−1 n 2 2 3 3 4 4 5 99 100
S= = 1− + + + +···+
X
− − − − −
n=2 n−1 n 2 2 3 3 4 4 5 99 100
Portanto
√
100 1 9
S=1− =1− =
100 10 10
65
Exemplo 3.9
√ √
Sabendo que x + 1 + x2 y + 1 + y 2 = 1 calcule (x + y)2 .
√
Seja u = x + 1 + x2 . Então
√ √
1 1 1 x − 1 + x2 x − 1 + x2 √
= √ = √ × √ = √ = −x + 1 + x2
u x + 1 + x2 x + 1 + x2 x − 1 + x2 x2 − ( 1 + x2 )2
o que implica
q 1
1 + y2 = −y
u
ou
1 1 2y
2
1 + y2 = −y = 2
− + y2
u u u
Daı́
1 2y 1 1 1h √ √
i
1= 2 − =⇒ y = −u =⇒ y = −x + 1 + x2 − (x + 1 + x2 )
u u 2 u 2
Portanto
y = −x
(x + y)2 = 0.
66
Exercı́cios
210 − 36
1] Calcule x = .
25 + 33
√
0, 12 × 4, 125 1 2
2] Calcule xy sendo x = 11 e y= √ + − 4.
7, 36 × 2+ 2 2
324
m! − (m − 1)!
3] Simplifique
(m − 1)! + (m − 2)!
4] Fatore as expressões
f) x3 − 4x2 + 5x − 20
g) w6 − 3w4 + w2 − 3
h) 3s3 + s2 − 6s − 2
5] Desenvolva
a) (x + a)(x − a)
b) (x + a)(x2 − ax + a2 )
c) (x + a)(x3 − ax2 + a2 x − a3 )
d) (x + a)(x4 − ax3 + a2 x2 − a3 x + a4 )
6] Calcule
√ √ √ √ √ √
a) x− 32 x2 + 3 2 3 x + 22
3 3 3
√ √ √ √ √ √ √ √ √ √
b) x− 53 x4 + 5 3 x3 + 32 x2 + 33 5 x + 34
5 5 5 5 5 5 5
67
√ √ √
5
x− 52 3 15 256
7] Seja E(x) = √ √ para x 6= 2 e E(2) = . Como foi definido E(2) ?
3
x− 32 5
8] Fatore x4 y 2 + x3 y 2 + x4 y + x3 y − x2 y 4 − xy 4 − x2 y 3 − xy 3 .
x3 − x2 y + xy 2 − y 3
9] Simplifique
x4 − y 4
√
13] Calcule 682 − 322
s 2
b a
r
14] Simplifique a +b
a b
5x+2 + 5x+1
15] Calcule
5x−1
68
Respostas
(m − 1)2
1) 5 2) −6 3)
m
4a) 5x2 (x − 4)
4b) (y + 7)(y − 7)
4e) (r + 4)2
4f) (x − 4)(x2 + 5)
√ √
4g) (w − 3)(w + 3)(w4 + 1)
√ √
4h) (3s − 1)(s − 2)(s + 2)
6a) x − 2 6b) x − 3
1
9)
x+y
√ √ √
2 3 334 2+5
10a) 10b) 10c)
3 2 23
69
4. Logaritmos
Neste capı́tulo apresentaremos um tipo especial de número real, chamado logaritmo.
y = loga x ⇐⇒ x = ay
Exemplo 4.1
b) log2 16 = 4 pois 24 = 16
ax = bc , ay = b e az = c =⇒ ax = ay .az = ay+z =⇒ x = y + z
70
(L3) loga bc = c. loga b
ax = bc e ay = b =⇒ ax = (ay )c = acy =⇒ x = cy
!
b
(L4) loga = loga b − loga c
c
!
b
loga = loga (bc−1 ) = loga b + loga c−1 = loga b + (−1) loga c
c
(L5) aloga b = b
Se λ = loga b então aλ = b
logc b
(L6) Mudança de Base : loga b =
logc a
ax = b , c y = b e c z = a
Daı́
y
ax = cy =⇒ (ax )z = (cy )z = (cz )y = ay =⇒ xz = y ou x =
z
71
Exercı́cios
1] Calcule
1
a) log3 9 b) log5 125 c) log3 81 d) log 1
3 9
1 √ √
e) log 1 3 f) log2 g) log7 7 h) log 3 9 3
√
3 2
√
i) log2√2 32 5 4
1
2] Use a fórmula de mudança de base para concluir que loga b = .
logb a
3] Calcule
1 1 1
4] Calcule S = + +
2 log2 2016 5 log3 2016 10 log7 2016
y
6] Sendo log5 x = 2 e log y = 4, calcule log20
x
x
7] Sendo 10x = 20y e log 2 = A, calcule
y
72
9] Assinale V ou F
b
13] Sabendo que loga bc = 5 e loga = 3 e loga bc = 12 calcule a + b + c.
c
73
Respostas
1i) 18/5
1 √
4) 5) 3
9 6) 2 7) A + 1
10
8) x = 1
9) Todas falsas.
256
10) x = 9 11) 3,5 12) 13) 87
3
74
5. Números Complexos
Consideremos a equação
x2 + 1 = 0
Essa equação não possui solução pois não existe número real x tal que x2 = −1.
√
Entretanto, se definirmos −1 = i obtemos
√
x2 = ± −1 = ±i
√
C = {z = x + yi | x, y ∈ R e i = −1}
onde o número real x é chamado parte real de z e o número real y é chamado parte imaginária
de z.
O Plano Complexo
da forma (x, 0) = x + 0i = x coincidem com os números reais e o eixo-x será chamado eixo
real. Os números da forma (0, y) = 0 + yi = yi são chamados imaginários puros e o eixo-y será
o eixo imaginário.
75
C Im
y z = (x, y) = x + yi
x R
Figura 5.1
(1) Igualdade
x + yi = a + bi ⇐⇒ x = a e y = b.
(2) Adição
(3) Multiplicação
76
(4) Módulo
O módulo |x| de um número real x é a distância de sua posição na reta real à origem. O
módulo |z| de um número complexo z = x + yi é a distância do ponto (x, y) à origem dos eixos
q
|z| = x2 + y 2
(5) Conjugado
Propriedades do conjugado
• z1 + z2 = z1 + z2 e z1 − z2 = z1 − z2
z1 z1
• z1 .z2 = z1 .z2 , z.z = |z|
2
e = , z2 6= 0
z2 z2
• z ∈ R se e somente se z = z
• z=z
• (z)n = z n , n∈N
(6) Divisão
77
Exercı́cios
1] Calcule
a) i2 b) i3 c) i4 d) i5 e) i6 f) i7 g) i8 h) i9
3] Calcule
4] Calcule
a) (1 + i)2 b) (1 + i)12
5] Dados z1 = 1 + 2i e z2 = 4 − 3i calcule
z1
a) z1 + z2 b) z2 − z1 c) z1 .z2 d) z2 e) f) |z1 | + |z2 |
z2
6] Dados z1 = 1 + i e z2 = 1 + 2i calcule
a) z1 .z2 b) z1 .z2
78
8] Calcule
a) 1 + i + i2 + i3
b) 1 + i + i2 + i3 + i4 + i5 + i6 + i7
c) 1 + i + i2 + i3 + i4 + i5 + i6 + i7 + i8
d) 1 + i + i2 + i3 + i4 + i5 + i6 + i7 + i8 + · · · + i2137
a) um número real
b) um imaginário puro
79
Respostas
1a) −1 b) −i c) 1 d) i e) −1 f) −i g) 1 h) i
2) i4n+r = ir , n∈N
3a) i b) 1 c) −i
2 11
5a) 5 − i 5b) 3 − 5i 5c) 10 + 5i 5d) 4 + 3i 5e) − + i f) 30
25 25
6a) −1 − 3i 6b) −1 − 3i
√ √
7a) 5 13 7b) 5 13
9a) −6 9b) 3a = 2b
80
6. A Reta e a Equação do Primeiro Grau
A Reta
Sejam a, b ∈ R. O subconjunto
r = {(x, y) ∈ R2 | y = ax + b} ⊂ R2
y y
r
b a<0
a>0
b
− ab
x x
− ab
Sabemos da Geometria Plana que por dois pontos do plano passa uma única reta. Assim,
!
b
os pontos (0, b) onde a reta intercepta o eixo-y e, se a 6= 0, − , 0 onde a reta intercepta o
a
eixo-x determinam de forma unı́voca a reta r.
81
Casos Particulares
y
y
r
r
b
x c x
Exercı́cio 1
Exercı́cio 2
a) y = 3x + 5
b) 4x + 2y − 12 = 0
c) y = 15
82
Equação do Primeiro Grau
Sejam a, b ∈ R com a 6= 0. Uma equação do primeiro grau pode ser escrita sob a forma
ax + b = 0.
comumente conhecida como ”passar para o outro lado com sinal trocado”)
ax + b + (−b) = 0 + (−b) =⇒ ax = −b
Agora, multiplicando ambos os membros da última igualdade por a−1 (operação conhecida
b
a−1 ax = a−1 (−b) ou x = −a−1 b = −
a
( )
b
S= − .
a
b
A solução − é também chamada raiz da equação.
a
83
Exercı́cios complementares
a) r : y = 3x − 2 b) r : y = 4 − 2x c) r : x = −3 d) r : y = 4
4] Resolva
a) 6x − 12 = 0 b) 4 + 5x = 0 c) 3(2x − 3) + 2(3x − 2) = 9x − 4
5x − 2 x
d) =2+
8 4
5] Duas retas r e s são ditas concorrentes quando elas se interceptam em um único ponto.
a) y = 3x + 2 e y = −5x + 10
b) y = 7x − 4 e x = 5
c) y = 6x + 1 e y = 13
d) y = 8 e x = 3
6] Duas retas r e s são paralelas quando elas não se interceptam e são coincidentes quando
a) paralelas
b) coincidentes
84
8] Uma reta r : y = ax + b divide o plano cartesiano em três regiões :
y r
Esboce as regiões do plano tais que
R
a) 2 − x ≤ y ≤ x + 1
R
b) x + 2 < y < 5
limitada por y ≤ x , y ≥ 2 e x ≤ 4.
85
Respostas
1) A ∈ r , B∈r , C∈
/ r.
3)
y y
a) b)
4
2 x 2 x
3
−2
c) y d) y
−3 x x
86
4a) S = {2} 4b) S = {− 45 } 4c) S = {3} 4d) S = {6}
6b) a = c e d = b.
8b)
8a)
y
y
2
2
1
−1 2 x −2 x
87
9) Re = {(x, y) ∈ R2 | x < a} : constituı́da dos pontos à esquerda de r
y=x
4 x
7
10a) α = −1 10b) α = −2 10c) α = −
4
11) se x2 > x1 e a > 0 então ax2 > ax1 . Daı́, ax2 + b > ax1 + b.
88
7. A Parábola e a Equação do Segundo Grau
A Parábola
Sejam a, b, c ∈ R , a 6= 0. O subconjunto
P = {(x, y) ∈ R2 | y = ax2 + bx + c} ⊂ R2
Elementos da Parábola
∆
!
b
• vértice : é o ponto V = − , − .
2a 4a
b
• eixo de simetria : é a reta vertical de equação x = − que passa pelo vértice.
2a
x1 + x2
Se ∆ ≥ 0, a equação do eixo de simetria fica determinada por x =
2
sendo x1 e x2 as raı́zes.
89
Representação Geométrica de P
a>0
y y y P
∆>0 ∆=0 ∆<0
P
e e e
P
V
x1 x2 x V x x
a<0
∆>0
y y ∆=0 y ∆<0
V
x1 x2 x x V x
e P
P
e e P
Exercı́cio 1
a) y = x2 − 6x + 9 , x1 = x2 = 3 b) y = 2x2 + 4x , x1 = −2 , x2 = 0
90
Equação do Segundo Grau e a Fórmula de Bháskara
Sejam a, b, c ∈ R com a 6= 0. Uma equação do segundo grau pode ser colocada sob a forma
ax2 + bx + c = 0
Fórmula de Bháskara
!
b
ax + bx + c = a x + x + c = 0
2 2
(1)
a
Temos que
!2
b b b2
x+ = x2 + x + 2 (2)
2a a 4a
b2
Somando e subtraindo dentro do parêntesis em (1) obtemos
4a2
!
b b2 b2
a x + x+ 2 − 2
2
+c=0 (3)
a 4a 4a
!
b b2 b2
a x + x+ 2
2
− +c=0
a 4a 4a
Usando (2)
!2
b b2 b2 − 4ac
a x+ = −c=
2a 4a 4a
91
Dividindo por a
!2
b b2 − 4ac
x+ =
2a 4a2
Daı́
√
b b2 − 4ac
x+ =± .
2a 2a
√ √ √
b b2 − 4ac −b ± b2 − 4ac −b ± ∆
x=− ± = = .
2a 2a 2a 2a
(1) ∆ > 0 : a equação terá duas soluções reais e distintas, x1 e x2 , dadas por
√ √
−b − ∆ −b + ∆
x1 = e x2 =
2a 2a
b
x1 = x2 = −
2a
92
Casos Particulares
A equação se reduz a
v v
u |c| u |c|
u u
ax2 + c = 0 =⇒ x1 = t e x2 = −t
|a| |a|
(2) b 6= 0 e c = 0.
A equação fica
b
ax2 + bx = x(ax + b) = 0 =⇒ x1 = 0 e x2 = −
a
(3) b = c = 0.
A equação fica
ax2 = 0 =⇒ x1 = x2 = 0
Exercı́cio 2
a) x2 − 5x + 6 = 0
b) −2x2 + 1 = 0
c) x2 − 25 = 0
d) 3x2 + 2 = 0
e) x2 + 9x + 20 = 0
f) x2 + 3x + 7 = 0
93
Decomposição em Fatores Lineares
√ √
−b − ∆ −b + ∆
x1 = e x2 =
2a 2a
suas raı́zes.
Então, y pode ser escrito como produto de binômios lineares da seguinte forma
y = a(x − x1 )(x − x2 ).
De fato
√ !# " √ !# √ √ !
−b + ∆ −b − ∆ ∆ + ∆ b2 − ∆
" " #
−b − −b
a x− x− =a x −
2
+ x+ =
2a 2a 2a 2a 4a2
b2 − b2 + 4ac
" # " #
b b c
= a x2 + x + = a x2 + x + = ax2 + bx + c
a 4a 2 a a
Exercı́cio 3
a) y = 3x2 − 3 b) y = x2 + x − 6
c) y = x2 − 4x d) y = 2x2 − 8x + 7
94
Relação entre Coeficientes e Raı́zes
A fórmula de Bháskara deixa claro que as raı́zes de um trinômio ficam completamente deter-
y = a(x − x1 )(x − x2 ) = a x2 − (x1 + x2 )x + x1 x2 (1)
!
b c
y = ax + bx + c = a x + x +
2 2
(2)
a a
b
x1 + x2 = − soma das raı́zes
a
c
x1 x2 = produto das raı́zes
a
As relações entre os coeficientes de um trinômio e suas raı́zes às vezes permitem o cálculo
das raı́zes por inspeção. Por exemplo, dado y = x2 − 5x + 6, vemos que a soma das raı́zes é 5
e seu produto é 6. Portanto, com um pouquinho de esforço, concluı́mos que suas raı́zes são 2 e 3.
Exercı́cio 4
Para cada trinômio, identifique a soma e o produto das raı́zes e tente encontrá-las sem fazer
95
Completando Quadrados
Quadrados perfeitos são expressões que podem ser escritas como
As expressões quadráticas
y1 = 4x2 + 12x + 9 e y2 = x2 − 4x + 4
! !2 !2 !2
b c b b b c b b c b2
y = a x2 ± x + = a x2 ± x + − + = a x2 ± x + + − 2
a a a 2a 2a a a 2a a 4a
b
esses termos são iguais à metade do coeficiente de x
a
!2 ! !2 !
b b c b2 b b2
y = a x2 ± x + +a − 2 =a x± + c−
a 2a a 4a 2a 4a
b2
se c = ou b2 = 4ac então y é quadrado perfeito
4a
96
!2
b c b
Na prática, dado y = x ± x + , basta somar e subtrair
2
, correspondente à metade do
a a 2a
coeficiente de x no trinômio para aparecer um quadrado perfeito.
Exemplo 7.1
9 3 3 9 3
2 2 ! 2 !
y = 4x +12x+9 = 4 x + 3x +
2
= 4 x2 + 3x +
2
− + = 4 x + 3x +
2
=
4 2 2 4 2
3 3
2 2
=4 x+ = 2 x+ = (2x + 3)2
2 2
Exemplo 7.2
Exemplo 7.3 √ !2 √ !2
√ √ 3 √ 6 6
y = −2x2 + 2 6x − 3 = −2 x2 − 6x + = −2 x2 − 6x + = −2 x −
2 2 2
Exemplo 7.4
5 5 5 3
2 2 2
y = x + 5x + 7 = x + 5x +
2 2
− +7= x+ + .
2 2 2 4
Exemplo 7.5
5 1 1 5 1 6
2 !
y = 4x + 4x − 5 = 4 x + x −
2
= 4 x2 + x +
2
− − = 4 x2 + x + − =
4 2 4 4 4 4
1 6 1 1
" 2 # 2 2
=4 x+ − =4 x+ −6= 2 x+ − 6 = (2x + 1)2 − 6 .
2 4 2 2
97
Exemplo 7.6
8x 2 8x 4 16 2 8x 16 10
" 2 #
y = 3x −8x+2 = 3 x −
2
+ = 3 x2 −
2
+ − + = 3 x2 − + − =
3 3 3 3 9 3 3 9 9
4 10 4 10
" 2 # 2
=3 x− − =3 x− −
3 9 3 3
Exercı́cio 5
a) y = x2 − 6x + 9
b) y = 2x2 + 4x
c) y = −x2 − 6x − 11
d) y = −x2 + 5x − 4
98
Exercı́cios Complementares
pode-se afirmar
d) X, Y ⊂ R e) X, Y ⊂ R2
a) y = x2 − 5x + 6 e y = 6 − x b) y = 1 − x2 e y = x2 − 1
c) y = 2x2 + 3x + 5 e y = x2 + x + 8
a) y = x2 , y = x2 + 1 e y = x2 + 3
b) y = x2 , y = (x + 2)2 e y = (x − 2)2
x2
c) y = x2 , y = e y = 5x2 .
5
99
Respostas
y y
1a) 1b)
x x
3 −2 0
y
1c) y
1d)
x
x
1 4
V = ( 52 , 49 )
V = (−3, −2)
e : x = −3 e: x= 5
2
100
√
2 2
2a) 2 e 3 2b) ± 2c) ±2 2d) − e 0 2e) −5 e −4
2 3
2f) não possui raı́zes reais
4a) S = 6 , P = 5 , x1 = 1 , x2 = 5
4c) S = 1 , P = −2 , x1 = −1 , x2 = 2
6) c
101
8a)
8b)
y
y
4
−1 1
x
4 x
8c)
y
(−3, 14)
(1,10)
102
9a) y 9b) y
x2 + 3
x2 + 1
(x + 2)2 x2 (x − 2)2
3 x2
0 x −2 0 2 x
9c) y
5x2
x2
x2
5
−2 0 2 x
103
8. As Inequações do Primeiro e Segundo Graus
Resolver uma inequação significa encontrar todos os valores de x ∈ R que tornam a expressão
q(x) = ax + b com a 6= 0.
A resolução de qualquer uma das quatro inequações segue os passos usados na resolução da
ax + b ≤ 0.
ax ≤ −b
104
O conjunto solução é
( ) #
b b
S= x∈R | x≤− = −∞, −
a a
Se a < 0, o sentido da desigualdade deve ser invertido ao se dividir por a. Neste caso
( ) " !
b b
S= x∈R | x≥− = − ,∞
a a
a>0
a<0
q
+
+
x
− ab x − ab
−
−
q
x < − ab x = − ab x > − ab
105
Inequação do Segundo Grau
Agora
Sejam x1 e x2 as raı́zes da equação q(x) = 0. Como já visto no capı́tulo 8, podemos reescrever
Obviamente
q(x1 ) = q(x2 ) = 0.
Resta determinarmos quais valores de x fazem com que q(x) < 0 e os valores de x que tornam
q(x) > 0.
(1) x1 < x2
• se a > 0 então
106
• se a < 0 então
(3) x1 , x2 ∈ C
Neste caso
b2 − 4ac
b2 − 4ac < 0 =⇒ <0
4a2
!2 !2
b2 − 4ac
" #
b c b c b2 b
q(x) = a x2 + x + = a x + + − 2 = a x + −
a a 2a a 4a 2a 4a2
107
As próximas figuras resumem a discussão :
• a>0
+ + + + +
+ +
x1 − x2 x
x x x
• a<0
x x
x
+ − − −
x1 x2 − −
x
∆=0
− − ∆<0
∆>0
108
∆<0 ∆=0 ∆>0
Exercı́cios
1] Resolva as inequações
5x 9
a) 3x − 2 > 0 b) 4x + 8 ≤ 0 c) −6x + 7 ≥ 1 d) − > −7x + 1
2 4
3] Uma fábrica de canetas tem custo fixo de R$ 9.600,00 mensais. Cada caneta produzida
custa R$ 15,00 e pode ser vendida por R$ 23,00. Qual o número mı́nimo de canetas a serem
4] Minha idade hoje é o dobro do que meu irmão terá daqui a 5 anos mas é menor que 3
c) sou mais velho que meu irmão d) sou mais novo que meu irmão
109
5] Certa loja permite que o cliente leve o segundo item por metade do preço do primeiro.
Se um cliente dispõe de R$ 240,00, qual deve ser o preço máximo do primeiro item para que o
ram duas chapas. Os votos de sócios proprietários valem 60% e de sócios contribuintes, 40%.
A chapa 1 recebeu 550 votos de sócios proprietários e 900 votos de sócios contribuintes. A
chapa 2 recebeu 850 votos de sócios proprietários e 750 de sócios contribuintes. Qual o total
de votos de cada chapa ? Supondo que os sócios proprietários não mudam de voto, quantos
sócios contribuintes precisariam ter trocado seu voto para que o resultado da eleição fosse outro ?
7] Resolva
9] Supondo a > 0, qual a relação entre a, b e c para que a parábola y = ax2 + bx + c es-
a) Para que valores de L a área do quadrado será maior que seu perı́metro ?
110
Respostas
2 2
1a) S = x ∈ R | x > = ,∞ 1b) S = {x ∈ R | x ≤ −2} = (−∞, −2)
3 3
13 13
1c) S = {x ∈ R | x ≤ 1} = (−∞, 1) 1d) S = x ∈ R | x ≥ = ,∞
38 38
2)
y = 2x + 1
y = −x + 6
5 5
S = x ∈ R| ≤ x ≤ 5 = ,5
3 3
y =x−4
5 5 x
3
5
No intervalo , 5 , a reta y = −x + 6 está abaixo da reta y = 2x + 1 e acima da reta y = x − 4.
3
3
8) m > 9) 4ac > (a + b)2
2
111
9. Inequações que envolvem produto/quociente de Binômios
Lineares e/ou Trinômios Quadráticos
A resolução de inequações que envolvem produtos ou quocientes cujos fatores são lineares e/ou
quadráticos se baseia na resolução das inequações de primeiro e segundo graus e faz uso das
propriedades (D8) e (D9) das desigualdades entre números reais vistas no capı́tulo 2.
Inequação Produto
Seja p(x) = p1 (x)p2 (x)
B p(x) > 0 ⇐⇒ p1 (x) > 0 e p2 (x) > 0 ou p1 (x) < 0 e p2 (x) < 0.
Inequação Quociente
q1 (x)
Seja q(x) =
q2 (x)
B q(x) > 0 ⇐⇒ q1 (x) > 0 e q2 (x) > 0 ou q1 (x) < 0 e q2 (x) < 0.
Casos mais gerais em que p(x) ou q1 (x) ou q2 (x) são produtos de vários fatores reduzem-se
aos casos anteriores. Na prática, construı́mos uma tabela que contém todos os fatores que
112
Exemplo 9.1
Exemplo 9.2
113
Exemplo 9.3
(2x − 1)(x − 2)
q(x) =
(x + 1)(x − 14 )
x < −1 −1 −1 < x < 1/4 1/4 1/4 < x < 1/2 1/2 1/2 < x < 2 2 x>2
2x − 1 − − − 0 + +
x−2 − − − − 0 +
q1 (x) + + + 0 − 0 +
x+1 − 0 + + + +
x − 1/4 − − 0 + + +
q2 (x) + 0 − 0 + + +
q(x) + @ − @ + 0 − 0 +
i
q(x) ≥ 0 em (−∞, −1) ∪ 1 1
,
4 2
∪ [2, ∞)
h i
q(x) < 0 em −1, 41 ∪ 1
2
,2 .
Exemplo 9.4
p(x) ≥ 0 em [−3, 2]
114
Exemplo 9.5
Resolva a inequação
(−x2 + 2x − 8)(x2 − 2x + 1)
q(x) = >0
x2 − 1
Observando que :
(ii) −x2 + 2x − 8 não possui raı́zes reais e tem concavidade voltada para baixo
Exercı́cios
1] Resolva as inequações
a) 3x − 15 ≥ 0 b) 2x − 9 > x + 5
2] Resolva as inequações
a) x2 − 8x − 12 ≤ 0 b) 7 − x2 ≥ 0 c) −5x2 + 3x − 4 < 0
(x2 − 3x + 2)(−x2 + 5x − 6)
4] Resolva a inequação ≤0
(2x2 − 14x + 24)(x2 − 11x + 30)
115
Respostas
√ √
2a) [−2, 6] 2b) (−∞, − 7) ∪ [ 7, ∞) 2c) R
116
10. Polinômios. Equações / Inequações Polinomiais.
Polinômio
Um polinômio de grau n ∈ N é uma expressão da forma
Raiz
Exemplo 10.1
Além disso, 1 é raiz de p(x) pois p(1) = 0 e −2 é raiz de q(x) pois q(−2) = 0.
Por outro lado, p3 (x) não possui raı́zes reais. Suas raı́zes são ±i ∈ C.
2 √
Outro exemplo de polinômio é p4 (x) = x534 + 99x48 + π.
5
67
Algumas expressões que não constituem polinômios são, por exemplo :
2 √ √
f (x) = x4 + 2 + x + 3 , g(x) = 5x3 + x 2 + 7 e h(x) = x2 + x.
x
117
Operações com Polinômios
• Igualdade
• Soma
A soma de dois ou mais polinômios é obtida somando-se os coeficientes dos termos de mesmo
grau.
Exemplo 10.2
• Produto
números reais.
Exemplo 10.3
b) (x3 + x2 + x − 1)(x2 − x + 1) = x5 − x4 + x3 + x4 − x3 + x2 + x3 − x2 + x − x2 + x − 1 =
= x5 + +x3 − x2 + 2x − 1.
118
• Divisão
Sejam p(x) e d(x) polinômios tais gr(d) < gr(p). Dividir p(x) por d(x) significa encontrar q(x)
onde
O polinômio p(x) é chamado dividendo, d(x) é o divisor, q(x) é o quociente e r(x) é o resto.
Se o resto r(x) for identicamente nulo, isto é, se r(x) = 0 , ∀x ∈ R , então p(x) é divisı́vel por
d(x).
O processo de divisão de p(x) por d(x) consiste em reduzir o grau do dividendo até que este
tenha grau menor que gr(d). O dividendo cujo grau for menor que gr(d) será o resto r(x) da
divisão.
•• Método da Chave
Vamos dividir
por
onde m ≤ n.
119
termo de mais alto grau de rk−1 (x)
qk (x) = e rk (x) = rk−1 (x) − qk (x)d(x)
b m xm
Agora, escrevendo
.. ..
. .
ou
h i
p(x) = q1 (x) + q2 (x) + · · · + qk (x) d(x) + r(x) = q(x)d(x) + r(x)
Portanto
120
Exemplo 10.4
Temos
4x3
q1 (x) = = 2x e r1 (x) = p(x) − q1 (x)d(x) = 4x3 + 6x2 + x − 1 − 2x(2x2 + 1) = 6x2 − x − 1.
2x2
6x2
q2 (x) = = 3 e r2 (x) = 6x2 − x − 1 − 3(2x2 + 1) = −x − 4.
2x2
O Método da Chave pode ser sistematizado através de um dispositivo similar ao usado para
−x − 4 r2 (x) = r(x)
121
Exemplo 10.5
−x6 − 2x5 + x4 x4 + x2 − x + 3
x4 + x3 + 0x2 − x + 3
−x4 − 2x3 + x2
−x3 + x2 − x + 3
x3 + 2x2 − x
3x2 − 2x + 3
−3x2 − 6x + 3
−8x + 6
Portanto
Neste caso
B p(x) = q(x)(x − a) + r
B gr(q) = gr(p) − 1
B r = p(a)
122
Para mostrarmos como o dispositivo funciona, consideremos p(x) = a3 x3 + a2 x2 + a1 x + a0 ,
Então
a3 x3 + a2 x2 + a1 x + a0 = (b2 x2 + b1 x + b0 )(x − a) + r
ou
mais rápida.
a3 a2 a1 a0
É fácil ver que os coeficientes de q(x) e o resto são encontrados na segunda linha do dispositivo.
No caso geral,
bn−1 = an , bn−2 = an−1 + abn−1 , bn−3 = an−2 + bn−2 , ... , b0 = a1 + ab1 e r = a0 + ab0
123
Exemplo 10.6
Temos
B a6 = 1 , a5 = 2 , a4 = 0 , a3 = 1 , a2 = 0 , a1 = −1 e a0 = 3.
B gr(p) = 6 e gr(q) = 5.
1 2 0 1 0 −1 3
1 1 3 3 4 4 3 6
b5 = 1 , b 4 = 3 , b 3 = 3 , b 2 = 4 , b 1 = 4 e b0 = 3
Portanto
r=6
Daı́
124
Decomposição de um Polinômio
Vamos considerar polinômios cujos coeficientes são números reais. O processo de decomposição
de um polinômio p(x) consiste em escrever p(x) como um produto de binômios lineares e/ou
Pode ser que a seja também raiz de q(x). Neste caso, a é uma raiz dupla de p(x) e
Se
125
Proposição 10.1
Proposição 10.2
De fato
onde
z + z = a + bi + a − bi = 2a ∈ R
zz = (a + bi)(a − bi) = a2 + b2 ∈ R
Proposição 10.3
126
B se a1 + b1 i , a1 − b1 i , a2 + b2 i , a2 − b2 i , ... , ap + bp i e ap − bp i são as raı́zes complexas de
p(x) = an (x−r1 )(x−r2 )...(x−rq )(x2 −2a1 x+(a21 +b21 ))(x2 −2a2 x+(a22 +b22 ))...(x2 −2ap x+(a2p +b2p ))
Proposição 10.4
Se o polinômio p(x) possui coeficientes inteiros, a Proposição 10.4 aponta os números raci-
Podemos usar o dispositivo de Briot-Ruffini para testar os candidatos um a um. A cada raiz
para verificarmos se é o caso de raiz dupla, tripla, etc ou novo candidato. Se um candidato não
127
Exemplo 10.7
Encontre as raı́zes e decomponha o polinômio p(x) = 3x4 − 11x3 + 42x2 − 54x + 20.
3 − 11 42 − 54 20
1 3 −8 34 − 20 0 raiz
1/3 3 −7 95
3
− 85
9
2 3 −2 30 40
2/3 3 −6 30 0 raiz
2
q2 (x) = 3x − 6x + 30 e q1 (x) = q2 (x) x −
2
3
Portanto
2 2 2
p(x) = q2 (x)(x−1) x − = (x−1) x − (3x2 −6x+30) = 3(x−1) x − (x2 −2x+10).
3 3 3
128
Exemplo 10.8
Divisores de a4 : ±1.
1 −6 12 −6 −9 12 −4
−1 1 −7 19 − 25 16 −4 0 raiz
1 1 −6 13 − 12 4 0 raiz
1 1 −5 8 −4 0 raiz
1 1 −4 4 0 raiz
Equação Polinomial
Seja p(x) um polinômio de grau n. Resolver a equação p(x) = 0 equivale a encontrar as n raı́zes
129
Exemplo 10.9
2
3x − 11x + 42x − 54x + 20 = 3(x − 1) x −
4 3 2
(x2 − 2x + 10).
3
2
Como x2 − 2x + 10 não possui raı́zes, segue que o conjunto solução da equação é S = ,1 .
3
Inequação Polinomial
Aplicando a Proposição 10.3, pode-se reduzir uma inequação polinomial a uma inequação pro-
quadráticos.
Exemplo 10.10
2
3x − 11x + 42x − 54x + 20 = 3(x − 1) x −
4 3 2
(x2 − 2x + 10)
3
Portanto
2
p(x) < 0 para x ∈ ,1
3
130
Exercı́cios
c) p(x) = x2 + 5x + 3 a=0
5] Dados p1 (x) = x+3 , p2 (x) = 2x−4 , p3 (x) = 2x3 −3x2 +x−1 e p4 (x) = −2x3 +x2 +2x encon-
tre os polinômios S1 (x) = p1 (x)+p2 (x)+p3 (x) , S2 (x) = p3 (x)+p4 (x) e P (x) = p1 (x)p2 (x)p3 (x).
6] Sejam p(x) e q(x) polinômios tais que gr(p) = m e gr(q) = n. Verdadeiro ou falso :
b) gr(pq) = m + n.
131
7] Usando o Método da Chave, divida p(x) por d(x) onde
c) p(x) = x4 − 16 e d(x) = x − 2.
d) p(x) = x5 − a5 e d(x) = x − a.
d) p(x) = x5 − a5 e d(x) = x − a.
10] Compare os exercı́cios 7c com 9c e 7d com 9d. Qual a relação entre o Método da Chave e
o dispositivo de Briot-Ruffini ?
a) x3 + x2 − x − 1 > 0
b) x4 − 2x3 + x2 + 12x − 12 ≤ 0
132
13] A Proposição 10.4 aponta as possı́veis raı́zes racionais de um polinômio de coeficientes
an n an−1 n−1 a2 a1 a0
p(x) = x + x + · · · + x2 + x + , ai , bi ∈ Z , bi 6= 0
bn bn−1 b2 b1 b0
reescrevendo-se p(x) de forma a aparecer um polinômio de coeficientes inteiros. Isto pode ser
feito definindo-se
1
α=
bn bn−1 ...b2 b1 b0
e pondo-se α em evidência.
cálculo de raı́zes de polinômios pelo fato desses apresentarem uma propriedade muito impor-
tante que é a continuidade. Essa propriedade garante que se p(a).p(b) < 0, isto é, se p(a) e p(b)
tem sinais contrários, então o polinômio tem uma raiz no intervalo [a, b]. O Método inicia com
um intervalo [a1 , b1 ] tal que p(a1 ).p(b1 ) < 0. Na etapa k, tendo o intervalo [ak , bk ] que satisfaz
ak + b k
p(ak ).p(bk ) < 0, o ponto médio mk = é calculado. Se p(ak )p(mk ) < 0 então ak+1 = ak e
2
bk+1 = mk . Caso, contrário, se p(mk )p(bk ) < 0, então ak+1 = mk e bk+1 = bk . O Método realiza
133
√ √
Como exemplo, vamos determinar a raiz de p(x) = 3x − 3 que, obviamente, é 3 ≈ 1, 7321.
√
Após 12 etapas encontramos m12 = 1, 7320 que é uma aproximação razoável para 3.
Em geral, o Método da Bisseção requer muitas etapas para encontrar uma boa aproximação
para a raiz. Existem outros métodos mais eficientes como o Método de Newton, por exemplo.
134
a) Sejam p3 (x) = a3 x3 + a2 x2 + a1 x + a0 , a3 6= 0, e a, b e c as raı́zes de p3 (x). Então
dos produtos das raı́zes duas a duas e S3 = abc o produto das raı́zes, efetue as multiplicações
a2 a1 a0
na última expressão para p3 (x) e conclua que S1 = − , S2 = e S3 = − .
a3 a3 a3
b) Repita o item a para p4 (x).
Respostas
3) p(1) = an + an−1 + · · · + a2 + a1 + a0 .
135
7b) p(x) = (2x2 − 32 x + 3)d(x) + x2 − 72 x + 8.
10) Compare os números que aparecem na segunda linha do dispositivo de Briot-Ruffini com
11) 2x − 3
1 2 5
12a) (1, ∞) 12b) [−2, 1] 12c) , ∪ ,∞ .
3 5 2
1 h
13a) p(x) = an (bn−1 bn−2 ...b2 b1 b0 )xn + an−1 (bn bn−2 ...b2 b1 b0 )xn−1 + · · ·
bn bn−1 ...b2 b1 b0
i
· · · + a2 (bn bn−1 ...b1 b0 )x2 + a1 (bn bn−1 ...b2 b0 )x + a0 (bn bn−1 ...b2 b1 )
1h i 1h i
13b1) p(x) = (x − 1)(3x + 13) . 13b2) p(x) = (x − 2)(6x2 − 3x + 4)
6 30
136
√ √
14) p(x) = (x − 2)(x + 2)(x2 − x + 2).
S3 = abc + abd + acd + bcd a soma dos produtos das raı́zes três a três.
15c) Sejam
137
Então
an−1 an−2 an−3
S1 = − , S2 = , S3 = − , ···
an an an
an−k a0
Sk = (−1)k , ··· , Sn = (−1)n .
an an
138
11. Trigonometria
LAL - dois lados são iguais bem como os ângulos formados por eles.
B E
AB=DE
AC=DF
α α
A C D F
B E
AB=DE
AC=DF
BC=EF
A C D F
ALA - dois ângulos são iguais bem como o lado comum a eles.
B E
β AB=DE β
α α
A C D F
139
Semelhança de Triângulos
Dois triângulos são semelhantes quando seus ângulos são iguais e seus lados são proporcionais.
B β
α γ α γ
A C D F
B AB AC BC
= =
DE DF EF
A C D F
140
LAL - dois lados forem proporcionais e os ângulos formados por esses lados forem iguais.
B AB AC
=
DE DF
α α
A C D F
Triângulo Retângulo
.
A C
O ângulo BAC
[ = 900 .
141
Teorema de Pitágoras
Em todo triângulo retângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos
catetos.
ARS, RDQ, QCP e PBS são iguais e o quadrilátero PQRS é, por construção, um quadrado
B c P b C
α + θ + β = 1800
β
c α + β = 900
a
b Q Portanto
a
θ = 900
α
a b
θ
S
a
β
α
A b c D
R
(2) Pela soma das áreas dos 4 triângulos com a área do quadrado PQRS
bc
SABCD = 4 × + a2 = 2bc + a2
2
b2 + 2bc + c2 = 2bc + a2 =⇒ a2 = b2 + c2
142
Exercı́cio 1
S B R
T P
α α
α α
C A
α α
α α
U Q
V D W
B C
α
P T
α
O R A
143
Razões Trigonométricas e Relações Fundamentais no Triângulo Retângulo
O Teorema de Pitágoras fornece uma relação entre os lados de um triângulo retângulo.
As relações entre os lados e os ângulos de um triângulo retângulo são definidas pelas razões
trigonométricas.
a
c
α .
C A
b
hipotenusa a hipotenusa a
secα = = cscα = =
cateto adjacente b cateto oposto c
c c/a senα 1 1 1
tgα = = = , cotgα = , secα = , cscα =
b b/a cosα tgα cosα senα
144
Outras três relações fundamentais são obtidas do Teorema de Pitágoras que, como já visto, diz
que
a2 = b 2 + c 2 (?)
!2 2
b c
1= + =⇒ sen2 α + cos2 α = 1
a a
2 2
a c
=1+ =⇒ sec2 α = 1 + tg2 α
b b
2 !2
a b
= + 1 =⇒ csc2 α = 1 + cotg2 α
c c
Exercı́cio 2
5
Sendo a um dos ângulos de um triângulo retângulo e sabendo que sen a = , encontre cos a,
13
tg a, cotg a, sec a e csca.
Exercı́cio 3
Simplifique
145
Medida de Arcos e Ângulos / Graus e Radianos
As unidades mais usadas para medição de ângulos e arcos são o Grau (0 ) e o Radiano (rd).
Se dividirmos uma circunferência em 360 partes iguais, o ângulo definido por uma dessas partes
valerá 10 . A circunferência completa encerra 3600 , metade dela 1800 e um quarto 900 .
C de tal forma que o ponto Q venha a coincidir com o ponto P. Diremos que o comprimento
da circunferência é C.
C C
Seja D = 2R o diâmetro da circunferência. A razão = é sempre constante, inde-
D 2R
pendentemente da circunferência. Esta razão será denotada por π, é um número irracional e
3
2
R R
1
1rd
10
0
R
146
R R
C = PQ = 2πR
P Q
radianos. Desta forma, o ângulo de 3600 corresponde ao arco de 2π rd. Esta correspondência
Exercı́cio 4
Encontre, em rd, os arcos correspondentes aos ângulos de 150 , 180 , 300 , 450 e 600 .
Exercı́cio 5
π 5π π 2π 3π 5π
Encontre, em graus, os ângulos correspondentes a rd, rd, rd, rd, rd, rd e
5 12 2 3 4 6
3π
rd.
2
147
Cı́rculo Trigonométrico
Se α, β e θ são os ângulo internos de um triângulo, então α + β + θ = 1800 . Se o triângulo for
retângulo, digamos, se θ = 900 , então α + β = 900 . Sendo α, β > 0 segue que α, β < 900 . Por-
tanto, triângulos retângulos só permitem a definição das razões trigonométricas para ângulos
O cı́rculo trigonométrico permite a ampliação das razões trigonométrica, isto é, as definições
de seno, cosseno, tangente, cotangente, secante e cossecante, para ângulos maiores que 900 ou
sen tg
C cotg
B
P T
S
α
O R A cos
148
O cı́rculo trigonométrico é composto de um cı́rculo e 4 eixos, sendo 2 horizontais e 2 verticais.
No eixo horizontal que passa pelo centro do cı́rculo mede-se o cosseno, no vertical que passa
pelo centro mede-se o seno. O eixo vertical que tangencia o cı́rculo no ponto A é o eixo
das tangentes e o eixo horizontal, tangente ao cı́rculo no ponto B, é o eixo das cotangentes.
Os ângulos (ou arcos) podem ser marcados em dois sentidos : o sentido trigonométrico ou
negativos. Quanto ao raio, é desejavel que senα seja determinado diretamente pelo comprimento
PR OS OR
senα = = e cosα =
OP OP OP
senα = PR = OS e cosα = OR
Para definirmos as demais funções trigonométricas, observamos que ponto T é definido pela
A próxima figura foi extraı́da do cı́rculo trigonométrico. Identificamos nela três triângulos
149
B C
α
Triângulo OTA :
P T
AT = AT = AT
tgα = OA 1
α
O R A
OP OT 1 OT
= =⇒ = ∴ secα = OT
OR OA cosα 1
BC OR BC cosα
= =⇒ = ∴ cotgα = BC
OB PR 1 senα
OC OB OC 1
= =⇒ = ∴ cscα = OC
OP PR 1 senα
um ângulo α qualquer, suas razões trigonométricas podem ser lidas diretamente no cı́rculo tri-
sen
20 10
cos
30 40
150
As próximas figuras mostram a utilização do cı́rculo trigonométrico para arcos nos 4 quadrantes.
sen tg
B C cotg
P T
S senα = OS
cosα = OR
α
tgα = AT
O R A cos
cotgα = BC
secα = OT
cscα = OC
sen tg
C B cotg
P
S senα = OS
α
cosα = − OR
tgα = − AT
R O A cos
cotgα = − BC
secα = − OT
T
cscα = OC
151
sen tg
B C cotg
T
senα = − OS
α
cosα = − OR
R
tgα = AT
O A cos
cotgα = BC
S secα = − OT
P cscα = − OC
sen tg
C B cotg
senα = − OS
cosα = OR
O R
tgα = − AT
A cos
α cotgα = − BC
S secα = OT
P T
cscα = − OC
152
Exercı́cio 6
As figuras resumem os sinais das razões trigonométricas para arcos nos 4 quadrantes. Alguns
+ −
Exercı́cio 7
Exercı́cio 8
cotg 3150 . sec 1320
Determine o sinal de y = .
tg 980 . csc 2540
Exercı́cio 9
153
Exercı́cio 10
de sen x está resumido na primeira linha da tabela abaixo onde % significa crescimento e &
trigonométricas.
10 Q 20 Q 30 Q 40 Q
sen x % & & %
cos x
tg x
cotg x
sec x
csc x
Exercı́cio 11
da tg x quando
π π π π
a) 0 < x < e x se aproxima de b) < x < π e x se aproxima de
2 2 2 2
Exercı́cio 12
Lembrando que o raio do cı́rculo trigonométrico vale 1, encontre os intervalos aos quais pode
154
Arcos Côngruos
Dois arcos α e β são ditos côngruos quando diferem de um número inteiro de voltas, isto é, se
β − α = 2kπ ou β − α = 3600 k , k ∈ Z.
Exemplo 1
π 37π 37π π
a) e são côngruos pois − = 6π = 3 × 2π
6 6 6 6
π 5π 5π π
c) e− são côngruos pois − − = −2π = (−1) × 2π
3 3 3 3
As razões trigonométricas de mesmo nome de arcos côngruos são iguais pois esses arcos di-
Exercı́cio 13
π
Escreva uma expressão geral para todos os arcos côngruos de .
4
155
Relação entre as Funções Circulares de certos Arcos
π
Dado um ângulo 0 < α < queremos determinar as relações entre o seno e o cosseno de α e o
2
π 3π
seno e o cosseno dos arcos −α, ± α, π ± α e ± α.
2 2
As demais funções circulares são obtidas com o emprego das relações fundamentais.
Na figura seguinte, o cı́rculo tem centro no ponto O e os oito triângulo retângulos são iguais.
sen
π/2
S R
B
T P
α α
π C α α A 0 ≡ 2π
α α cos
α α
U Q
D
V W
3π/2
156
A igualdade dos 8 triângulos implica em
AP=AQ=BR=BS=CT=CU=DV=DW e OA=OB=OC=OD
(1) 0 + α
4 OAP
sen(0 + α) = senα = AP
cos(0 + α) = cosα = OA
(2) 0 − α
4 OAQ
π
(3) −α
2
4 OBR
π
sen − α = OB = OA = cosα
2
π
cos − α = BR = AP = senα
2
π
(4) +α
2
4 OBS
π
sen + α = OB = OA = cosα
2
π
cos + α = −BS = −AP = −senα
2
157
(5) π − α
4 OCT
sen(π − α) = CT = AP = senα
(6) π + α
4 OCU
3π
(7) −α
2
4 ODV
3π
sen − α = −OD = −OA = −cosα
2
3π
cos − α = −DV = −AP = −senα
2
3π
(8) +α
2
4 ODW
3π
sen + α = −OD = −OA = −cosα
2
3π
cos + α = DW = AP = senα
2
A tabela abaixo resume o seno, o cosseno e a tangente dos oito ângulos estudados em função
158
ângulo seno cosseno tangente
π
−α cosα senα cotgα
2
π
+α cosα −senα −cotgα
2
3π
−α −cosα −senα cotgα
2
3π
+α −cosα senα −cotgα
2
A tabela não precisa ser memorizada. Dado um ângulo α no primeiro quadrante, para en-
contramos as razões trigonométricas dos outros sete, basta observamos o quadrante ao qual o
159
Exemplo 2
Supondo sen 300 = a e cos 300 = b encontre o seno e o cosseno de 1200 e 2100 .
O ângulo de 1200 = 900 + 300 pertence ao segundo quadrante e 2100 = 1800 + 300 pertence ao
sen
Os triângulos retângulos OAP , OBS e OCU são iguais.
Então
π/2
S AP=BS=UC=a
B OA=OB=OC=b
300 P Portanto
1200 sen 1200 = OB = b
π C 210
0
30
0
A 0 ≡ 2π
cos 1200 = −BS = −a
30
0 O cos
sen 2100 = −UC = −a
U cos 2100 = −OC = −b
3π/2
Exercı́cio 14
Exercı́cio 15
Supondo sen 2550 = a e cos 2550 = b encontre o seno e o cosseno de 150 , 750 e 1650 .
160
Ângulos Notáveis
Vamos ampliar a tabela do exercı́cio 9 determinando o seno e o cosseno de 300 , 450 e 600 .
B 300 e 600
Teorema de Pitágoras
√
a 3
2
a
a2 = h2 + =⇒ h =
300 2 2
a h a Daı́
√ √
h a 3/2 3
sen 600 = = = = cos 300
a a 2
600 a/2 1
. cos 600 = = = sen 300
a 2
a/2 a/2
B 450
Vimos que
Substituindo na relação
obtemos
√
1 2
2 sen2 450 = 1 =⇒ sen2 450 = =⇒ sen450 = = cos450
2 2
161
ângulo/arco seno cosseno tangente
0 0 1 0
√ √
π 1 3 3
300
/
6 2 2 3
√ √
45
π 2 2
0
/ 1
4 2 2
√
π 3 1 √
60 0
/ 3
3 2 2
π
900 / 1 0 @
2
1800 / π 0 −1 0
3π
2700 / −1 0 @
2
3600 / 2π 0 1 0
162
Soma e Diferença de Arcos Quaisquer
Sabemos calcular as razões trigonométricas da soma ou diferença de dois arcos quando um deles
sen
1
E
a
C
.
H
D
b
a
A F G B 1 cos
Os ângulos BAC
[ e FED
[ são iguais pois os lados que os formam são perpendiculares.
4 ABC
sen a = BC
cos a = AB
4 ADE
sen b = DE
cos b = AD
163
4 AEF
sen (a + b) = EF = EH + HF = EH + DG (1)
cos (a + b) = AF = AG - GF = AG - DH (2)
DG AG AD
= = = AD
BC AB AC
Portanto
EH DH DE
= = = DE
AB BC AC
Portanto
164
A tangente da soma é facilmente obtida através da relação
tg a + tg b
tg(a + b) =
1 − tg a.tg b
que expressa a tangente da soma de dois arcos em função das tangentes dos arcos.
Utilizando a relação
cotg a.cotg b − 1
cotg(a + b) =
cotg a + cotg b
165
Exemplo 3
√ √ √ √
2 3 1 2 2 √
sen 750 = sen(450 + 300 ) = sen 450 .cos 300 + sen 300 .cos 450 = . + . = ( 3 + 1)
2 2 2 2 4
√ √ √ √
2 3 2 1 2 √
cos 75 = cos(45 + 30 ) = cos 45 .cos 30 − sen 45 .sen 30 =
0 0 0 0 0 0 0
. − . = ( 3 − 1)
2 2 2 2 4
Exercı́cio 16
Exercı́cio 17
Exercı́cio 18
Exercı́cio 19
Exercı́cio 20
sec2 x
Mostre que = sec 2x.
2 − sec2 x
166
Transformação de Soma / Diferença em Produto
Há situações em que pode ser interessante escrever uma soma ou diferença de senos ou cossenos
a+b a−b
a= +
2 2
e
a+b a−b
b= −
2 2
Somando (1)+(2)
a+b
! !
a−b
sena + senb = 2 sen cos
2 2
Subtraindo (1)−(2)
a+b
! !
a−b
sena − senb = 2 sen cos
2 2
167
Soma / Diferença de Cossenos
Somando (3)+(4)
a+b
! !
a−b
cosa + cosb = 2 cos cos
2 2
Subtraindo (3)−(4)
a+b
! !
a−b
cosa − cosb = −2 sen sen
2 2
Exercı́cio 21
Exercı́cio 22
Transforme tg a ± tg b em produto.
168
Redução ao Primeiro Quadrante
O processo de redução ao primeiro quadrante consiste em, dado um arco qualquer β ∈
/ [0, π/2],
encontrar um arco α ∈ [0, π/2] cujas razões trigonométrica sejam, em valor absoluto, iguais às
π
(1) <β<π
2
sen
4 OBQ = 4 OAP
senβ = BQ = AP = senα
169
3π
(2) π < β <
2
sen
4 OBQ = 4 OAP
Exemplo 4
2π 2π π
a) β = pertence ao 20 quadrante. Portanto, α = π − = . Consequentemente
3 3 3
2π π 2π π
sen = sen e cos = −cos
3 3 3 3
170
3π
(3) < β < 2π.
2
sen
4 OBQ = 4 OAP
cosβ = OA = cosα
P
β Portanto
α A
O α cos α = 2π − β
Exemplo 5
171
(4) β > 2π.
arco γ côngruo de β. Se γ ∈ [0, π/2] então α = γ. Senão, isto é, se γ ∈ (π/2, 2π), recai-se em
Exemplo 6
sen 20160 = sen 2160 = −sen 360 e cos 20160 = cos 2160 = −cos 360
(5) β < 0.
Exemplo 7
a) β = −7500
sen(−7500 ) = −sen 7500 = −sen 300 e cos(−7500 ) = cos 7500 = cos 300
53π
b) β = −
4
53π 48π 5π 5π 5π π
Temos −β = = + = 12π + . Daı́, α = − π = . Portanto
4 4 4 4 4 4
53π 53π 5π h π i π
sen − = −sen = −sen = − − sen = sen
4 4 4 4 4
53π 53π 5π π
cos − = cos = cos = −cos
4 4 4 4
172
Exercı́cio 23
Exercı́cios Complementares
24
24] Sendo cotg a = , encontre as demais razões trigonométricas de a.
7
26] Simplifique
28] Determine k para que as raı́zes da equação 4x2 − 2(k − 2)x + k 2 = 0 sejam a tangente
2
31] Seja 450 < a < 900 tal que sen a cos a = . Calcule tg a.
5
173
π
32] Mostre que se 0 < x < então sen x + cos x > 1.
2
33] Mostre que se α e β são côngruos e β e γ são também côngruos então α e γ são côngruos.
Conclua que 1 é uma boa escolha para o valor do raio do cı́rculo trigonométrico.
36] Dado um arco α, o cálculo das razões trigonométricas de α é chamado problema direto. Cha-
maremos de problema inverso a determinação de um arco tal que alguma razão trigonométrica
deste arco é dada. Por exemplo, a determinação do arco x cujo seno vale 1. Abreviadamente,
escrevemos x = arcsen 1. O problema direto tem resposta única enquanto que o problema
inverso pode possuir mais de uma resposta, até mesmo infinitas, dependendo do intervalo onde
π π
procuramos. Por exemplo, em − , existe somente um arco cujo cosseno vale 1. Este é o
2 2
0. Entretanto, em [0, 4π], existem três respostas. O 0, o 2π e o 4π.
Encontre
√
1 π 3
a) x = arcsen em 0, b) y = arcsen em [0, 2π]
2 2 2
√
2 π π
c) z = arccos em − , d) α = arctg 1 em [0, 4π]
2 2 2
e) β = arcsen 1 em R.
174
37] Mostre que
π
a) se < β < π então π − β pertence ao 10 quadrante.
2
3π
b) se π < β < então β − π pertence ao 10 quadrante.
2
3π
c) < β < 2π então 2π − β pertence ao 10 quadrante.
2
38] Considerando somente a primeira volta, encontre a relação entre os arcos x e y para que
175
Respostas
1a) Seja O o ponto de interseção dos segmentos CA e BD. Os triângulos OAP e OAQ são
iguais pois possuem três ângulos iguais e o lado OA é comum. Os demais triângulos podem ser
obtidos pela rotação de 900 , 1800 e 2700 da figura que contém os triângulos OAP e OAQ.
12 5 12 13 13
2) cos a = , tg a = , cotg a = , sec a = e csc a = .
13 12 5 12 5
π π π π π
4) , , , ,
12 10 6 4 3
6)
+ + − + − +
− − − + + −
176
7a) 10 7b) 20 7c) 30 7d) 40 7e) 10 7f) 20 7g) 20 ou 40
8) positivo
9)
10)
10 Q 20 Q 30 Q 40 Q
sen x % & & %
cos x & & % %
tg x % % % %
cotg x & & & &
sec x % % & &
csc x & % % &
12) [−1, 1] , [−1, 1] , (−∞, ∞) , (−∞, ∞) , (−∞, −1] ∪ [1, ∞) , (−∞, −1] ∪ [1, ∞).
π
13) 2kπ + , k ∈ Z.
4
177
14) sen 3300 = −b , cos 3300 = a.
17) −2 18) 1
tg a − tg b cotg a cotg b + 1
19) tg(a − b) = cotg(a − b) =
1 + tg a tg b cotg b − cotg a
a+b π
! !
π a−b π
21) sen a + cos b = sen a + sen − b = 2 sen + cos −
2 2 4! 2 4!
π a+b π a−b π
sen a − cos b = sen a − sen − b = 2 sen − cos +
2 2 4 2 4
178
7 24 7 25 25
24) sen a = ± , cos a = ± , tg a = , sec a = ± e csc a = ± .
25 25 24 24 7
27) 1 28) k = −2
3 4
30) sen a = , cos a =
5 5
√
4 9 3 5
31) (sen a + cos a) = 1 + =
2
=⇒ sen a + cos a = .
5 5 √ 5 √ √
3 5 2 2 5 5
Portanto, sen a e cos a são raı́zes da equação x −
2
x + = 0, que são e .
√ √ 5 5 5 5
2 5 5
Daı́, sen a = e cos a = =⇒ tg a = 2
5 5
32) (sen x + cos x)2 = sen2 x + 2 sen x cos x + cos2 x = 1 + 2 sen x cos x > 1 pois sen x > 0
1h i
34) cos a sen b = sen(a + b) − sen(a − b)
2
1h i
cos a cos b = cos(a + b) + cos(a − b)
2
1h i
sen a sen b = cos(a − b) − cos(a + b)
2
179
35) sen2 x + cos2 x = 1 =⇒ cos2 x = 1 − sen2 x ≥ 0 =⇒ −1 ≤ sen x ≤ 1.
Suponha que R seja o raio do cı́rculo trigonométrico. Então, do cı́rculo trigonométrico, terı́amos
−R ≤ sen x ≤ R. Logo, R = 1.
π π 2π π π
36a) 36b) e 36c) e−
6 3 3 4 4
π 5π 9π 13π π
36d) , , e 36e) 2kπ + , k ∈ Z.
4 4 4 4 2
3π 3π π
37b) π < β < =⇒ 0 < β − π < −π =
2 2 2
38a) y = x ou y = π − x
38b) y = x ou y = −x
38c) y = x ou y = π + x.
180
12. Funções
volvidas pelos seres humanos. Por exemplo, a queda livre de um objeto, o crescimento de
uma colônia de bactérias, o montante gerado por um capital aplicado a uma determinada taxa
bactérias ou o montante acumulado após certo tempo. Outro exemplo são os gastos mensais
de uma famı́lia que obviamente dependem (são função) da renda da famı́lia. Uma função é
um objeto matemático que permite escrever uma grandeza chamada variável dependente em
Exemplo 12.1
Uma loja de computadores paga o salário de seus vendedores em duas parcelas. Uma fixa no
valor de R$ 1.100,00 e a outra, que depende da venda total de cada funcionário, é dada por
10% do valor vendido. Supondo que n seja o número total de computadores vendidos por um
funcionário e que o preço do computador seja R$ 2.000,00, a fórmula que fornece o salário deste
funcionário é
181
Exemplo 12.2
t segundos. Suponhamos que o fenômeno tenha sido observado por 20 segundos. Escolhendo
t ∈ [0, 20], encontramos a posição do objeto substituindo-se t na expressão pelo valor escolhido.
Assim
Observe que, embora seja possı́vel calcular, digamos, f (−3), não há interesse neste valor pois
foi atribuı́do t = 0 para o inı́cio da observação. Analogamente, pode-se calcular f (30), mas, no-
vamente, não há interesse aqui pois o movimento foi observado por apenas 20 segundos somente.
Exemplo 12.3
Uma função não fica definida apenas por uma expressão ou regra que permite calcular uma
variável em função de outra. Vimos no exemplo 12.2 que precisamos de algo além dessa regra
exemplo 12.2, não há interesse em escolher a variável independente t fora do intervalo [0,20].
O conjunto de onde a variável independente vem é chamado domı́nio da função. Além disso,
escolhida a variável independente no domı́nio, a expressão não pode produzir mais de uma
182
resposta para a variável dependente. Imagine que ao solicitar transporte por um aplicativo, lhe
seja informado 2 valores distintos. Isto não faz sentido. Portanto, o aplicativo ao calcular o
valor do transporte solicitado em função da distância entre a origem e o destino, deve fornecer
um único valor. Há ainda um terceiro elemento que é importante na definição de uma função
12.1 Função
Uma função f : A −→ B é definida através de três elementos :
• uma regra (lei) que, a cada elemento x ∈ A, associa um único elemento y = f (x) ∈ B,
chamado imagem de x.
Uma função pode ser interpretada como uma máquina que, segundo a regra (lei), transforma
•z A
x
•
f : A −→ B
x 7−→ y = f (x)
f
A máquina f transforma x em um único y
O elemento z 6∈ A
z não pode entrar na máquina
•y B
183
Exercı́cio 1
Exercı́cio 2
Sejam T o conjunto dos triângulos do plano e R∗+ = {x ∈ R | x > 0}. É possı́vel definir uma
função f : R∗+ −→ T que associa a cada número real x > 0 um triângulo em T cuja área é x ?
Domı́nio / Contradomı́nio
O domı́nio de uma função é o conjunto dos objetos que são permitidos entrar na máquina, como
o elemento x que pertence ao domı́nio A de f . O objeto z não poderá entrar na máquina pois
Não se deve confundir f com f (x) pois f é a função e f (x) é o elemento do contradomı́nio de
Exemplo 12.4
O domı́nio da função do exemplo 12.2 é o intervalo [0,20] e da função do exemplo 12.3 é [0, ∞).
Supondo que N seja o número de computadores disponı́veis para venda, a função do exemplo
184
Exemplo 12.5
Seja f a função que associa a um dado número natural n o polı́gono regular de n lados. Então
polı́gonos do plano.
Desta forma, f : {3, 4, 5, ...} −→ P é tal que f (3) é o triângulo equilátero, f (4) é o quadrado,
f (5) é o pentágono regular, f (325) é o polı́gono regular de 325 lados e assim por diante.
Há situações em que o domı́nio não é especificado. Nestes casos, o domı́nio é considerado o
maior conjunto para cujos elementos é possı́vel efetuar as operações que definem a lei da função.
Exemplo 12.6
√
Dada f : A −→ R definida por f (x) = x − 3 , encontre A.
Como só é possı́vel calcular raı́zes quadradas de números não negativos, devemos ter
x − 3 ≥ 0 ou x ≥ 3
Logo, A = [3, ∞)
Exercı́cio 3
Dada f : A −→ R, encontre A se
√ √ 1
a) f (x) = x2 − 1 b) f (x) = 3 x2 − 1 c) f (x) =
x
1
d) f (x) = √ 2 e) f (x) = 7x f) f (x) = log(2x − 5)
x −1
185
Conjunto Imagem
Imagem Direta
f (X) = {f (x) ∈ B | x ∈ X}
Exemplo 12.7
186
Exercı́cio 4
h({8, 27}).
Imagem Inversa
f −1 (Y ) = {x ∈ A | f (x) ∈ Y }
Exemplo 12.8
9 9
• f −1 = x ∈ Z | f (x) = x2 = =∅
16 16
• f −1 (R+ ) = {x ∈ Z | f (x) ∈ R+ } = {x ∈ Z | x2 ≥ 0} = Z
187
Exercı́cio 5
9
a) Dada f : R −→ R , definida por f (x) = x , determine f
2 −1
, f −1 ({36, 100}) e f −1 (R+ ).
16
b) Dada g : R −→ R , definida por g(x) = x , determine g (3), g −1 (−10) e g −1 (Q).
−1
c) Dada h : R+ −→ R , definida por h(x) = 2x + 1 , determine h−1 (5), h−1 (1) e h−1 (0).
Gráfico
• •
b = f (a)
I(f ) f
a = f −1 (b)
(a, b)
b • •
• • •
A a x
• •
188
Exemplo 12.9
9 •
Imagem
7 •
I(f ) = {3, 5, 7, 9}
5 •
3 •
1 2 3 4 x
infinito e, portanto, não pode ser descrito pela listagem de seus elementos. Neste caso, a re-
presentação gráfica de G(f ) pode ser feita de forma aproximada através da plotagem de alguns
elementos de G(f ). Quanto maior o número de pontos plotados, melhor será a representação
gráfica de G(f ).
Exemplo 12.10
O gráfico de f é o conjunto
189
Abaixo, a representação gráfica de G(f ) com 5, 9 e 100 pontos
• •
• • • •
• •••
x x x
Exercı́cio 6
b) g : [−2, 2] −→ R , g(x) = x3 .
usadas para modelar diversos fenômenos que surgem nas mais variadas aplicações. Os domı́nios
serão considerados os mais amplos possı́vel e os contradomı́nios serão sempre o conjunto R dos
números reais.
190
Função Constante
f : R −→ R , f (x) = c , c ∈ R
y y
c>0 c<0
c f
x
x c f
f : R −→ R , f (x) = ax + b , a, b ∈ R , a 6= 0.
y
a>0 y a<0
f
x x
b b
− −
a a
b
f
!
b
O gráfico da função afim é a reta que passa pelos pontos − , 0 e (0, b).
a
191
Função do Segundo Grau ou Função Quadrática
f : R −→ R , f (x) = ax2 + bx + c , a, b, c ∈ R , a 6= 0.
y y
f
y f
f ∆<0
∆>0 ∆=0
a>0
a>0 a>0
x x x
x1 x2 x1 = x2
y y y
x1 x2 x1 = x2
x x x
∆>0 ∆=0
∆<0
f
a<0 a<0
a<0
f
f
B ∆ = b2 − 4ac
√ √
−b − ∆ −b + ∆
B x1 = , x2 =
2a 2a
192
Exercı́cio 7
a) f : R −→ R , f (x) = π.
b) g : R −→ R , g(x) = −3x + 6.
c) h : R −→ R , h(x) = x2 − 5x + 6.
Exercı́cio 8
Função Modular
f : R −→ R, f (x) = |x|.
y
f
I(f ) = [0, ∞)
193
Função Potência
f : R −→ R, f (x) = xn , n ∈ N.
n ı́mpar
y
x5
x3
n par
x
y x6 x4 x2
−1 0 1 x
Exemplo 12.11
Em seguida, substitui-se as abscissas em qualquer uma das funções para a determinação das
194
De maneira geral, dadas as funções f e g, para encontrar as abcissas dos pontos de interseção
x4 x2
y
x3
x5
Exercı́cio 9
195
Exemplo 12.12
p < q =⇒ xp > xq .
p < q =⇒ xp < xq .
De fato
Exercı́cio 10
Analise os gráficos e descreva o comportamento das funções potência nos intervalos (−∞, −1)
e (−1, 0).
196
Função Raı́z
√ √
f : R+ −→ R, f (x) = n
x, n ∈ N, n par f : R −→ R, f (x) = n
x, n ∈ N, n ı́mpar
y y
√
3
x
√ √
x 5
x
−1
√
4
x
1 x
1 x
Exercı́cio 11
Assinale V ou F
197
Função Polinomial de Grau n
Exemplo 12.13
y
p
0 1 2 x
Exercı́cio 12
198
Função Racional
Dados os polinômios
A função racional é
p(x)
f : R − {x ∈ R | q(x) = 0} −→ R dfinida por f (x) =
q(x)
Exemplo 12.14
x2 + 2x
f : R − {−1, 1} −→ R , f (x) =
x2 − 1
−1
−2 0 1 x
Exercı́cio 13
199
Função Exponencial
y y
ax ax
a>1 0<a<1
1
1
0 x 0 x
• a é chamada base
• x é o expoente
• ax > 0 , ∀x ∈ R
• I(f ) = (0, ∞)
Exercı́cio 14
Usando uma calculadora, avalie o comportamento das funções exponenciais dadas por 2x e
1
x
quando x assume valores cada vez maiores (x → ∞) e cada vez menores (x → −∞).
2
aplicadas. Elas modelam diversas situações que aparecem nas mais variadas aplicações.
200
Exemplo 12.15
A função exponencial aparece em Matemática Financeira nos cálculos que envolvem juros com-
postos. Neste regime, os juros são sempre aplicados ao saldo existente no inı́cio de cada perı́odo
da operação. Assim, suponhamos que um capital C0 seja investido no inı́cio de um certo mês
a uma taxa mensal i de juros compostos. Ao fim deste primeiro mês, o montante C1 será
C1 = C0 + i × C0 = C0 (1 + i).
C2 = C1 + i × C1 = C0 (1 + i) + i × C0 (1 + i) = C0 (1 + i)[1 + i] = C0 (1 + i)2 .
Cn = C0 (1 + i)n .
Exercı́cio 15
Quais das seguintes expressões pode representar a lei de uma função exponencial ?
201
Funções Trigonométricas
Os gráficos das funções trigonométricas podem ser construı́dos percorrendo-se o cı́rculo trigo-
sen y
π
2
− π2
π
0 − 3π
4
− π4 5π 3π 7π
4 2 4
4 x
π − π4 2π cos −π π
4
π 3π
2 4 π 2π
3π
2
Para se construir o gráfico da função seno, por exemplo, para cada arco de x radianos do
cı́rculo, plota-se o ponto (x, senx) no sistema de eixos coordenados. Ângulos positivos serão
percorrendo o cı́rculo no sentido trigonométrico, os valores do senx vão aumentando até atingir
π
o valor máximo 1 em . No segundo quadrante, senx, ainda positivo, decresce até 0 em π. O
2
3π
senx continua decrescendo no terceiro quadrante até atingir o valor mı́nimo −1 em . No
2
quarto quadrante, ainda negativo, senx volta a crescer atingido 0 em 2π. Continuando no sen-
tido trigonométrico, este comportamento se repete a cada número inteiro de voltas. A análise
202
Função Seno
f : R −→ R , f (x) = senx
senx
− π2 3π
−2π 2
− 3π −π 0 π π 2π 5π 3π x
2 2 2
−1
Imagem : [−1, 1]
Função Cosseno
f : R −→ R , f (x) = cosx
cosx
−π − π2 π 3π
π
−2π − 3π
2 0 2
3π
2 2π 5π
2 x
−1
Imagem : [−1, 1]
203
Função Tangente
tgx
−2π −π
5π
− 3π − π2 0 π π 3π 2π 5π x
2 2 2 2 2
Imagem : (−∞, ∞)
Exercı́cio 17
204
Função Secante
secx
1
−π π
5π −2π − 3π − π2 0 π 3π 2π 5π x
2 2 2 2 2
−1
205
Função Cotangente
cotgx
−2π −π
− 3π − π2 0 π π 3π 2π x
2 2 2
Imagem : (−∞, ∞)
206
Função Cossecante
cscx
1
− 5π − π2 3π
2 −π 2
−2π − 3π 0 π π 2π 5π x
2 2 2
−1
207
Funções Hiperbólicas
Consideremos um cabo flexı́vel preso em suas extremidades e sujeito à ação de seu próprio
x x
e a + e− a
y =a×
2
As funções hiperbólicas recebem este nome por estarem relacionadas com a hipérbole, assim
208
Seno Hiperbólico
sh : R −→ R
ex − e−x
x shx =
e 2
2
I(sh) = R
x
e−x
−
2
Cosseno Hiperbólico
ch : R −→ R
1
ex + e−x
x chx =
e e−x 2
−
2 2
I(ch) = [1, ∞)
x
209
Tangente Hiperbólica
y th : R −→ R
shx ex − e−x
thx = = x
chx e + e−x
I(th) = (−1, 1)
−1
Cotangente Hiperbólica
cotgh : R∗ −→ R
chx ex + e−x
cotghx = = x
shx e − e−x
210
Secante Hiperbólica
y sech : R −→ R
1 2
sechx = = x
chx e + e−x
I(sech) = [0, 1)
Cossecante Hiperbólica
cossech : R∗ −→ R
1 2
cossechx = = x
shx e − e−x
x
I(cossech) = R∗
211
12.3 Algumas Propriedades Especiais das Funções
Funções Periódicas
Exemplo 12.16
Exercı́cio 18
a) 2p também é perı́odo de f .
c) f (x) = f (x − p) , ∀x ∈ R.
Exercı́cio 19
212
Funções Crescentes / Decrescentes
Seja f : X ⊂ R −→ R.
y y
f
f
f (x1 )
f (x2 )
f (x1 )
f (x2 )
x1 x2 x x1 x2 x
f é crescente f é decrescente
Exemplo 12.17
Com efeito
(1) Sendo a > 0 e x2 > x1 então ax2 > ax1 =⇒ ax2 + b > ax1 + b ou f (x2 ) > f (x1 ).
(2) Sendo a < 0 e x2 > x1 então ax2 < ax1 =⇒ ax2 + b < ax1 + b ou f (x2 ) < f (x1 ).
213
Exemplo 12.18
π 3π π 3π
A função seno é crescente em 0, ∪ , 2π e decrescente em , .
2 2 2 2
Sendo periódica, este comportamento se repete a cada número inteiro de voltas.
Exemplo 12.19
Exemplo 12.20
Exemplo 12.21
Exemplo 12.22
(1) Se x1 , x2 > 0 então x1 < x2 =⇒ f (x1 ) = x21 < x1 x2 < x22 = f (x2 ).
(2) Se x1 , x2 < 0 então x1 < x2 =⇒ f (x1 ) = x21 > x1 x2 > x22 = f (x2 ).
214
Funções Pares / Impares
y
f
Par
f (−x) = f (x)
f (x)
−x x x
y
f
Impar
f (−x) = −f (x)
f (x)
−x
x x
f (−x)
215
Exemplo 12.23
Exemplo 12.24
Exercı́cio 20
Assinale V ou F
216
Funções Injetoras / Sobrejetoras / Bijetoras
• Injetora, se
x1 , x2 ∈ A , x1 6= x2 =⇒ f (x1 ) 6= f (x2 )
ou, equivalentemente, se
x1 , x2 ∈ A , f (x1 ) = f (x2 ) =⇒ x1 = x2
y
f
y f
x1
x2 x
x1 x2 x
• Sobrejetora se I(f ) = B.
217
Exemplo 12.25
Exemplo 12.26
Exemplo 12.27
Igualdade
f (x) = g(x), ∀x ∈ A.
Exemplo 12.28
diferentes pois possuem domı́nios diferentes. Note que I(f ) = R e I(g) = {2, 3, 4, 5, ...}.
218
Soma
Diferença
Produto
Quociente
f (x)
! !
f f
: A − {x | g(x) = 0} −→ R , (x) =
g g g(x)
Exemplo 12.29
• polinômios são formados pela soma (ou diferença) e produto de funções potência e funções
constantes.
219
Translação Horizontal
Sejam f : X ⊂ R −→ R e a ∈ R.
y
f g
y = f (x) = g(x + a)
x x+a x
220
y
h f
y = f (x) = h(x − a)
x−a x x
Exemplo 12.30
Suponhamos que as curvas seguintes relacionem a quantidade vendida de um bem A com seu
preço
h f g
q0 − a q0 q0 + a quantidade
221
Se A for um bem denominado normal, isto é, um bem cuja demanda aumenta com o aumento
da renda do consumidor (filé mignon, carro de luxo) então a curva original f se deslocará para
Por outro lado, se A for um bem dito inferior, isto é, aquele cuja demanda diminui com o
aumento da renda do consumidor (pé de frango, roupa usada) então a curva f se deslocará
para esquerda implicando em decréscimo no consumo do bem caso a renda do consumidor caia.
Exercı́cio 21
Você poderia dar um exemplo de um bem para o qual a curva de demanda não se movimentaria,
Exercı́cio 22
Exercı́cio 23
Tente imaginar como seriam as chamadas curvas de oferta que relacionam a quantidade ofertada
222
Translação Vertical
Sejam f : X ⊂ R −→ R e k ∈ R.
baixo se k < 0.
y
g1 (x) = f (x) + k1
g1
g1 (x)
g2 (x) = f (x) − k2
k1
f
f (x)
x x
g2
g2 (x)
k2
Exemplo 12.31
y y y (x − 3)2 + 1
x2 (x − 3)2
x 3 x x
223
Reflexão em torno dos eixos
Seja f : X ⊂ R −→ R e Y = −X = {y ∈ R | y = −x, x ∈ X}
y f y
f (x) h f
h(x) f (−x)
x x x −x x
g(x)
Exemplo 12.32
√ √
−x y x
√
f : [0, ∞) −→ R , f (x) = x
√
g : [0, ∞) −→ R , g(x) = − x
x √
h : (−∞, 0] −→ R , h(x) = −x
√
√ √ r : (−∞, 0] −→ R , r(x) = − −x
− −x − x
224
Expansão e Compressão
Sejam f : X ⊂ R −→ R e k > 1.
Exemplo 12.33
√
Sejam f : [0, 2] −→ R dada por f (x) = 2x − x2 e k = 2.
√
• fev : [0, 2] −→ R é dada por fev = 2f (x) = 2 2x − x2
f (x) 1√
• fcv : [0, 2] −→ R é dada por fcv = = 2x − x2
2 2
s s
x2
2
x x
• feh : [0, 4] −→ R é dada por feh (x) = f (x/2) = 2 − = x−
2 2 4
q √
• fch : [0, 1] −→ R é dada por fch (x) = f (2x) = 2(2x) − (2x)2 = 4x − 4x2
y
2 y
fev
1 f 1
1
2
fch f feh
fcv
0 1 2 x 0 1
2 1 2 4 x
225
Exemplo 12.34
f (x) 1
• fcv : [0, 2π] −→ R é dada por fcv = = senx
2 2
x x
• feh : [0, 4π] −→ R é dada por feh (x) = f = sen
2 2
2
fev
f
1
1
2
fcv π 3π
2
π
0 2 2π x
− 12
−1
−2
226
y
π 3π
2 4π
π π
0 4 2
x
2π
fch f feh
−1
• As expansão e compressão horizontais podem ser interpretadas como a rapidez com que
227
Composição de Funções
Sejam f : A −→ B e g : C −→ D.
Seja E o subconjunto de A formado pelos elementos x ∈ A tais que a imagem f (x) de x pela
E = {x ∈ A | f (x) ∈ C}
Podemos então calcular g(f (x)) pois o elemento f (x) está no domı́nio C da função g.
Fica então definida a função composta g ◦ f : E −→ D dada por (g ◦ f )(x) = g(f (x)).
f (E)
• f (x)
A
f C
E
•
x
D
g◦f
• g(f (x))
228
A regra (g ◦ f )(x) = g(f (x)) diz que, primeiro calcula-se f (x) para x ∈ E e depois calcula-se
Exemplo 12.35
√
Sejam f : N −→ R dada por f (x) = x + 1 e g : R+ −→ R dada por g(x) = x.
√
(g ◦ f ) : N −→ R , (g ◦ f )(x) = g(f (x)) = g(x + 1) = x+1
√
f ◦ g : {1, 4, 9, 16, 25, 36, ...} −→ R , (f ◦ g)(x) = f (g(x)) = g(x) + 1 = x+1
Exemplo 12.36
Assim
q √
g ◦ f : [−1, ∞) −→ R , (g ◦ f )(x) = g(f (x)) = f (x) = x+1
229
Exemplo 12.37
√
Sejam f : R −→ [1, ∞) dada por f (x) = x2 + 1 e g : R+ −→ R dada por g(x) = x.
Temos que f (x) > 0 , ∀x ∈ R e g(x) ≥ 0 , ∀x ∈ R+ . Portanto, I(f ) ⊂ D(g) e I(g) ⊂ D(f ). Daı́
√
(f ◦ g) : R+ −→ [1, ∞), (f ◦ g)(x) = f (g(x)) = (g(x))2 + 1 = ( x)2 + 1 = x + 1
q √
(g ◦ f ) : R −→ R, (g ◦ f )(x) = g(f (x)) = f (x) = x2 + 1.
Exemplo 12.38
1
Seja f : A −→ R definida por f (x) = . Vamos determinar A para que f ◦ f possa ser
1−x
definida.
É claro que 1 6∈ A. Além disso, para definirmos f ◦ f precisamos que f (A) ⊂ A. Logo, 1 não
Mas
1
= 1 ⇐⇒ x = 0.
1−x
Finalmente
1 1 x−1
(f ◦ f )(x) = f [f (x)] = = 1 = .
1 − f (x) 1− x
1−x
Portanto, a composta f ◦ f é
x−1
f ◦ f : R − {0, 1} −→ R , (f ◦ f )(x) =
x
230
Inversão
• f (A) = B
Agora, dado um elemento y ∈ B, queremos definir uma função, chamada inversa de f , que
x = f −1 (y) ⇐⇒ f (x) = y
Vamos explicar agora a razão da exigência de f ser bijetora para que f −1 exista.
• Se f não for sobrejetora, a imagem f (A) será um subconjunto próprio de B, isto é, existirá
pelo menos um elemento y ∈ B que não está associado a elemento algum em A, não sendo
231
Exemplo 12.33
A função f : {1, 2, 3} −→ {?, 4, ◦} tal que f (1) = ?, f (2) = 4 e f (3) = ◦ é bijetora. Sua
Exemplo 12.34
y−1
x = f −1 (y) ⇐⇒ f (x) = 2x + 1 = y =⇒ x = .
2
x−1
É usual trocar y por x para escrever f −1 como função de x. Daı́, f −1 (x) = .
2
Exemplo 12.35
A função f : R −→ [0, ∞), f (x) = x2 , não é injetora. De fato, f (−2) = f (2) = 4. Portanto
Exemplo 12.36
Exemplo 12.37
A função f : [0, ∞) −→ [0, ∞), f (x) = x2 , é bijetora. Sua inversa f −1 : [0, ∞) −→ [0, ∞) é
√
dada por f −1 (x) = x.
232
Relação entre os Gráficos
y f
y=x
P
f −1
y Q
y=x
P = (x, y)
y
x
x Q = (y, x)
x y x
Os pontos (x, y) e (y, x) são extremos de uma das diagonais do quadrado e, portanto, são
Agora, se P = (x, y) com y = f (x) é um ponto do gráfico de uma função bijetora f e Q = (y, x)
com x = f −1 (y) pertence ao gráfico de f −1 , então a regra que define a função inversa
233
Função Logaritmica
Dado a ∈ R, a > 0 e a 6= 1, o logaritmo de x na base a é definido como o expoente y ao qual
y = loga x ⇐⇒ x = ay
Sendo ay > 0 , ∀y ∈ R , segue que logaritmos só podem ser calculados para os reais positivos.
y ax y
ax
a>1
1 loga x
1
0 1 x 0 1 x
loga x
0<a<1
234
Observação
Se a base for 10, escreve-se simplesmente logx e se for o número e de Euler, escreve-se ln x.
Exercı́cio 24
x→0 . +
Dado um número real x, uma função trigonométrica retorna o valor da respectiva função cir-
π π
cular do arco x. Por exemplo, se x = , a função tangente retorna 1 pois tg = 1.
4 4
O processo inverso consiste em, dado y, determinar x tal que, por exemplo, tgx = y. Usando o
exemplo anterior, tomando y = 1, desejamos descobrir qual é o x tal que tgx = 1. O problema
Este processo inverso requer a definição das funções trigonométricas inversas. Porém, as funções
pode-se torná-las sobrejetoras fazendo seus contradomı́nios coincidirem com suas imagens e
235
Função Arco Seno
senx senx
1
1
− π2 3π − π2
2 2π
−2π − 3π 0 π π x π
x
2 2 2
−1
−1
senx
−1
x 1 x
− π2
arcsenx
Exemplo 12.38
1
Determinar y = arcsen .
2
1 1
Temos que y = arcsen ⇐⇒ seny =
2 2
π π 1 π
Devemos procurar y ∈ − , tal que seny = =⇒ y = .
2 2 2 6
236
Função Arco Cosseno
cosx cosx
1 1
−π π π
−2π − π2 0
π
2
3π
2 2π x 0
π
2 x
−1
−1
arccosx
arccosx arccosx × cosx
π
π
2
x −1 1 x
cosx
Exemplo 12.39
1 1 1
Determinar y = arccos − . Temos que y = arccos − ⇐⇒ cosy = − .
2 2 2
1 2π
Vamos procurar y ∈ [0, π] tal que cosy = − =⇒ y = .
2 3
237
Função Arco Tangente
tgx
π
2
arctgx
− π2 0 π
2
x − π2 0 π
2
x
− π2
arctgx
π
2
− π2
238
Exemplo 12.15
y = arctg1 ⇐⇒ tgy = 1
π π π
y∈ − , com tgy = 1 =⇒ y =
2 2 4
A função f : [0, π2 ) ∪ ( π2 , π] −→ (−∞, −1] ∪ [1, ∞) definida por f (x) = secx é bijetora.
y = arcsecx ⇐⇒ secy = x
arcsecx × secx
secx
π
π
2
1 arcsecx
−1 1 x
−1
239
Função Arco Cossecante
A função f : [− π2 , 0) ∪ (0, π2 ] −→ (−∞, −1] ∪ [1, ∞) definida por f (x) = cscx é bijetora.
y = arccscx ⇐⇒ cscy = x
arccscx × cscx
cscx
π
2
arccscx
− π2
240
Função Arco Cotangente
y = arccotgx ⇐⇒ cotgy = x
arccotgx × cotgx
arccotgx
π
2
π
π x
2
cotgx
Exemplo 12.40
1 1
y = arcsecx ⇐⇒ secy = x ⇐⇒ cosy = ⇐⇒ y = arccos
x x
Ou seja
1
arcsecx = arccos
x
241
Analogamente
1 1
arccscx = arcsen e arccotgx = arctg
x x
Exemplo 12.41
√ !
2 3
Encontre y = arcsec .
3 √ !
π π 3
Vamos procurar y em 0, ∪ , π tal que y = arccos .
2 2 2
π
Portanto, y = .
6
Exercı́cio 25
√ !
√ 3
Encontre arccsc 2 e arccotg − .
3
Exemplo 12.42
π
Vamos mostrar que arctgx + arccotgx = .
2
π
α+β =
2
β b
a tgα = =x ∴ α = arctgx
c
b
b
cotgβ = = x ∴ β = arccotgx
c
α π
∴ arctgx + arccotgx =
2
c
Observação
• A escolha dos intervalos tomados para domı́nio das funções trigonométricas de forma a torná-
las injetoras foi totalmente arbitrária. Outros intervalos podem ser escolhidos para restringir os
242
Funções Hiperbólicas Inversas
A função seno hiperbólico é bijetora e, portanto, possui inversa. Assim como foi feito para as
os domı́nios e adotando-se o conjunto imagem como contradomı́nio. Além disso, uma vez que
as funções hiperbólicas são definidas através de funções exponenciais, é possı́vel obter fórmulas
y = sh−1 x ⇐⇒ x = shy
ey − e−y
x= ou ey − 2x − e−y = 0
2
Multiplicando por ey
√
2x ± 4x2 + 4 √
e =
y
= x ± x2 + 1
2
√ √
Sendo ey > 0 e x < x2 + 1 , segue que ey = x + x2 + 1
243
Aplicando logaritmos naturais encontramos
√
y = sh−1 x = ln(x + x2 + 1)
y
shx
sh−1 x
sh−1 : R −→ R
√
sh−1 x = ln(x + x2 + 1)
244
Função Inversa do Cosseno Hiperbólico
y = ch−1 x ⇐⇒ x = chy
y
chx
ch−1 x
ch−1 : [1, ∞) −→ [0, ∞)
√
ch−1 x = ln(x + x2 − 1)
1
1 x
245
Demais Funções Hiperbólicas Inversas
tgh−1 : (−1, 1) −→ R
1 1+x
tgh−1 x = ln
2 1−x
−1 1 x
1 x+1
cotgh−1 x = ln
2 x−1
−1 1 x
246
y
√
1+ 1 − x2
!
sech x = ln
−1
x
1 x
cossech−1 : R∗ −→ R∗
√
1+ 1 + x2
!
ln , x>0
x
cossech−1 x =
√
1− 1 + x2
!
ln , x<0
x x
247
Função com Várias Propriedades
São as funções que se caracterizam por terem seus domı́nios divididos em subdomı́nios e
f1 (x) , x ∈ A1
f2 (x) , x ∈ A2
f (x) =
..
.
fn (x) , x ∈ An
Exemplo 12.43
−1 , −10 ≤ x ≤ −5
x
f : [−10, 10] −→ R , f (x) = , −5 ≤ x ≤ 5
5
1 , 5 ≤ x ≤ 10
−10 −5
5 10 x
−1
248
Exemplo 12.44
3x + 10 , x ≤ −2
f : R −→ R , f (x) = x2 , −2 ≤ x ≤ 2
−3 , x>2
−2 2 x
−3
Exercı́cio 26
Sugestão
2−x , x<2 −x , x < 0 −x − 2 , x < −2
|x − 2| = , |x| = , |x + 2| =
x−2 , x≥2 x , x≥0 x + 2 , x ≥ −2
Portanto
−3x , x < −2
−x + 4 , −2 ≤ x < 0
f (x) =
x+4 , 0≤x<2
3x , x≥2
249
12.5 Funções Contı́nuas
dão previsibilidade aos modelos usados para descrever fenômenos. A grosso modo, se uma
f (x) estará próximo de f (a). Em outras palavras, uma pequena variação ∆x a partir de a,
Imaginemos que o custo mensal de produção de uma determinada fábrica seja dado por uma
função f que depende da quantidade produzida x. A intuição nos diz que é razoável supor que
variará muito pouco. Uma função contı́nua tem esta caracterı́stica. Pequenas variações em x
Exemplo 12.45
Suponhamos que a mesada de um estudante seja calculada em função de sua nota n em ma-
temática, que pode variar de 0 a 10. Seja tal função f : [0, 10] −→ R dada por
1000
0 , 0≤n<7
f (n) =
100n , 7 ≤ n ≤ 10
700
x
7 10
250
A mesada será zero para qualquer nota n < 7. Se n = 7, a mesada será R$ 700,00. A
função f não é contı́nua em 7 pois, por exemplo, f (6, 99) = 0 e f (7) = 700. Embora 6,99 seja
muito próximo de 7, a diferença entre suas imagens é grande. Por outro lado, f é contı́nua
em, digamos, 8. A diferença entre f (7, 99) = 799, f (8) = 800 e f (8, 01) = 801 é razoavelmente
pequena.
Exemplo 12.46
1
, x 6= 0
f : [−1, 1] −→ R dada por f (x) = x
0 , x=0
y
f é descontı́nua em x = 0
f (0) = 0
f (0.000001) = 1.000.000
f (−0.000001) = −1.000.000
x
0
ponto de vista intuitivo mas é muito impreciso pois pequenas variações pode ser muito relativo
251
Exemplo 12.47
x + 0.00001 , x > 0
Seja f : R −→ R dada por f (x) = 0 , x=0
x − 0.00001 , x < 0
f (0) = 0
f (0.00001) = 0.00002
Neste exemplo observa-se que, em torno de x = 0, a variação de f (x) é bem pequena. Entre-
tanto, afirma-se que f é descontı́nua em 0. Concluı́mos então que precisamos de uma definição
Exemplo 12.48
Suponhamos que a função P : [500, ∞) −→ R definida por P (q) = 20 + 0.04q forneça o peso P
Se uma pessoa deseja manter um peso próximo de 80 kg, digamos no intervalo (79, 81) como
252
P
P (1500 − δ) = 80 − 0.04δ = 80 − ε
P (1500 + δ) = 80 + 0.04δ = 80 + ε
80 + ε
ε
80 ∴ δ=
0.04
80 − ε
40
q
q
5 1500 + δ
1500
1500 − δ
tal que
Assim, a pessoa deverá ingerir entre 1475 e 1525 calorias por dia de modo a manter seu peso
entre 79 e 81 kg.
253
O exemplo 12.48 mostra que se a pessoa variar pouco a quantidade de calorias ingerida seu
peso variará pouco também. Mas, a essência do conceito de continuidade reside no fato de que
a pessoa pode fazer com que seu peso fique tão próximo de 80 kg quanto ela queira escolhendo
ε cada vez menor e consequentemente ingerindo a quantidade de calorias definida por δ sufici-
entemente próxima de 1500. Assim, admitindo uma variação de 1 kg em seu peso (ε = 1), a
pessoa deve ingerir 25 calorias (δ = 25) a mais ou a menos, conforme o caso. Para cada ε > 0
escolhido haverá um δ > 0 que indicará o intervalo que determinará o quão próximo de 80 kg
será o peso da pessoa. Quanto menor for ε, mais próximo de 80 kg a pessoa pesará.
Por outro lado, analisando o exemplo 12.47, vemos que não é possı́vel fazer com que f (x)
fique tão próximo de f (0) = 0 quanto se queira mesmo que x seja escolhido cada vez mais
próximo de 0. De fato, se x > 0 então f (x) = x + 0.00001 > 0.00001 e se x < 0 então
f (x) = x − 0.00001 < −0.00001. Logo, se x 6= 0 então f (x) ∈ (−∞, −0.00001) ∪ (0.00001, ∞)
254
Exemplo 12.49
Exemplo 12.50
Exemplo 12.51
Seja a ∈ R. Devemos mostrar que para todo ε > 0 dado existe δ > 0 tal que
Temos que
ε
|mx + n − (ma + n)| = |mx − ma| = |m(x − a)| = |m||x − a| < ε =⇒ |x − a| <
|m|
ε
Tomando δ = segue que
|m|
ε
|x−a| < δ =⇒ |x−a| < =⇒ |m||x−a| = |mx−ma+n−n| = |mx+n−(ma+n)| < ε.
|m|
ε
Portanto, dado ε, basta tomar δ = .
|m|
255
Exemplo 12.52
Seja f contı́nua no ponto a de seu domı́nio. Se f (a) > 0 então, para x suficientemente próximo
de a, f (x) > 0.
f (a)
Escolhendo ε = encontramos δ > 0 tal que
2
f (a)
Portanto , f (x) > >0
2
Observações
• Uma função contı́nua em todos os pontos de seu domı́nio é, de forma simples, dita
contı́nua.
ε-δ. Entretanto, a definição formal permite a dedução de propriedades que são usadas no
Propriedades
f
f ±g , f ×g , desde que g(a) 6= 0
g
contı́nua em a.
256
Teorema do Valor Intermediário (TVI)
Sejam f : [a, b] −→ R contı́nua e d ∈ R tais que f (a) < d < f (b). Existe c ∈ (a, b) tal que
f (c) = d.
f (b) f (c) = d
a
c b x
f (a)
f (a)
a b x
257
12.6 Máximos e Mı́nimos
Definição
Seja f : X ⊂ R −→ R. Um ponto a ∈ X é
y
a1 é máximo local
a2 é mı́nimo local
a3 é máximo global
f
a4 é mı́nimo global
x
a1 a2 a3 a4
258
Exemplo 12.53
Exemplo 12.54
As funções seno e cosseno tem infinitos mı́nimos e infinitos máximos globais. Entretanto, o
Exemplo 12.55
A função polinomial p : R −→ R dada por p(x) = 3x4 − 16x3 + 18x2 possui um máximo local
em (1, 5), um mı́nimo local em (0,0) e um mı́nimo global em (3, −27). A função não possui
máximos globais.
3
x
0 1
259
Teorema de Weierstrass
O Teorema de Weierstrass garante que uma função contı́nua definida em um intervalo fechado
possui pelo menos um mı́nimo global e pelo menos um máximo global. Aqui, vemos mais uma
fechado que represente o lucro de uma empresa. Uma pergunta importante é qual o ponto que
produz o lucro máximo ? Se f for contı́nua, temos a garantia de existência de resposta para a
pergunta.
Exemplo 12.56
A função f do exemplo 12.44 é definida em um intervalo fechado mas não é contı́nua. A função
Exemplo 12.57
1 1
Sejam f : (0, 1) −→ R , f (x) = x , xn = e yn = 1 − . Temos que xn , yn ∈ (0, 1) , ∀n ∈ N ,
n n
f (xn+1 ) < f (xn ) e f (yn+1 ) > f (yn ). A função f é contı́nua em (0,1) que não é fechado.
Exemplo 12.58
A função f : (0, 2) −→ R dada por f (x) = 1 se 0 < x < 1 e f (x) = −1 se 1 < x < 2 não é
260
Exercı́cio 27
Encontre os extremos globais da função do exemplo 12.58. Há alguma contradição com o Teo-
rema de Weierstrass ?
Exercı́cio 28
Assinale V ou F
máximo local.
mı́nimo local.
i) Seja f contı́nua em (a, b). Se f é crescente no intervalo (a, c) e decrescente no intervalo (c, b)
j) Seja f contı́nua em (a, b). Se f é decrescente no intervalo (a, c) e crescente no intervalo (c, b)
261
12.7 Funções Limitadas
Definição
Exemplo 12.59
Se f : [a, b] −→ R é contı́nua então, pelo teorema de Weierstrass, existem α, β ∈ [a, b] tais que
Exemplo 12.60
superiormente se a < 0.
Exemplo 12.61
x2
A função f : R −→ R dada por f (x) = é limitada. De fato
1 + x2
x2
(1) ≥0
1 + x2
x2
(2) x2 ≤ 1 + x2 =⇒ ≤ 1.
1 + x2
262
Exercı́cio 29
Assinale V ou F
Exercı́cios Complementares
30] Seja f uma função tal que f (3x) = 3f (x) , ∀x ∈ R. Se f (3) = 15, calcule f (1).
b) f : [0, 3] −→ R , f (x) = x2 − 5x + 6.
34] Dada f : N −→ Z definida por f (x) = 0 se x for ı́mpar e f (x) = 1 se x for par, en-
1
contre f ({1, 2, 3}) , f −1 (0) e f −1 .
2
263
√
35] Quanto à função f : (−∞, 0] −→ R definida por f (x) = − −x pode-se afirmar :
a) A função f não está bem definida pois não existe raiz quadrada de número negativo.
de f . Esboce os gráficos de f e g.
b) f : R −→ R , f (x) = x2 e g : R −→ R , g(x) = x2 − 2x + 1.
2x − 1
37] Sejam f e g funções tais que I(f ) ⊂ D(g) , f (x) = 2x − 3 e g(f (x)) = .
2x + 1
Encontre g(x).
2x − 1
38] Sejam f e g funções tais que I(f ) ⊂ D(g) , g(x) = 2x − 3 e g(f (x)) = .
2x + 1
Encontre f (x).
π π
39] Sejam f : [−1, 1] −→ − , , f (x) = arcsenx e g : [0, π] −→ [−1, 1] , g(x) = cosx.
2 2
Encontre f ◦ g.
264
40] Seja f uma função tal que f (0) = 3 e f (3) = 0. Calcule x tal que f (f (x + 2)) = 3.
Calcule g(2).
√
42] Sejam f : A −→ R dada por f (x) = x + 1 e g : [5, ∞) −→ R dada por g(x) = x − 5.
√ √
43] Dadas f : R+ −→ R , f (x) = x e g : (−∞, 2] −→ R , g(x) = 2 − x encontre f ◦ g , g ◦ f
, f ◦ f e g ◦ g.
x+1
44] Dada f : R − {1} −→ R definida por f (x) =
x−1
a) mostre que 1 ∈
/ I(f ).
x+1
45] Mostre que f : R − {1} −→ R − {1} definida por f (x) = é bijetora e encontre
x−1
sua inversa.
x+1
46] Encontre f ◦ f sendo f : R − {1} −→ R − {1} definida por f (x) = .
x−1
Encontre f ◦ f −1 e f −1 ◦ f .
265
48] Esboce o gráfico das funções
a) f : R −→ R , f (x) = |3x − 6|
b) f : R −→ R , f (x) = |x2 − 1|
49] Seja f uma função contı́nua em um intervalo I ⊂ R. Sejam a, b ∈ I tais que a < b,
f (a) < 0 e f (b) > 0. Use o Teorema do Valor Intermediário para justificar a afirmação : f tem
π
51] Mostre que arcsenx + arccosx = .
2
!
x
53] Mostre que arctg √ = arcsenx.
1 − x2
54] Sejam f e g funções injetoras tais que f ◦ g possa ser definida. Mostre que f ◦ g é também
injetora.
mos globais de f se
266
Respostas
2) Não, pois dado um número positivo x qualquer, existe mais de um triângulo cuja área é
3a) A = (−∞, −1] ∪ [1, ∞) 3b) A = R 3c) A = R∗ 3d) A = (−∞, −1) ∪ (1, ∞)
5
3e) A = R 3f) A = ,∞
2
3
5a) {±6, ±10} R
4
5b) {3} {−10} Q
267
6a) 6b)
y y
8 •
−2 −1 1 •
• x x
• −1 1 2
• −8
y
y
7a) y 7c)
7b)
6
5
π x 2
x
2 2 3
x − 14
1
268
n
8a) f (0) = n 8b) f − =0 8c) m
m
x+2
13) Sim. Por exemplo f : R −→ R , f (x) =
x2 + 1
15) b , c , f , h
269
19) Sim. Qualquer número real p > 0 pode ser perı́odo.
23) Em geral, são curvas crescentes pois o aumento da procura pelo bem força o aumento dos
preços.
π 5π
25) e
4 6
270
y
26)
y =x+4 y = −x + 4
y = 3x y = −3x
27) Qualquer ponto no intervalo (0,1) é um ponto de máximo e qualquer ponto no intervalo
(1,2) é um ponto de mı́nimo. Não há contradição. O Teorema afirma que sendo f contı́nua
definida em um intervalo fechado, então f tem pontos extremos. Caso contrário, o Teorema
não afirma coisa alguma, isto é, se f não for contı́nua ou o intervalo não for fechado então tudo
pode acontecer.
28) a) V b) F c) V d) V e) F f) F g) F h) F i) V j) V
271
29c) |(f + g)(x)| = |f (x) + g(x)| ≤ |f (x)| + |g(x)|.
1
29d) f (x) = 0 é limitada, g(x) = é ilimitada mas a função produto f × g é limitada.
x
29e) Pelo Teorema de Weierstrass, existem α, β ∈ [a, b] tais que f (α) ≤ f (x) ≤ f (β),
1
33) a) [−7, 15] b) , 6
4
35) b.
272
36)
g
a) y b) y c) y
f f g f
g
x x x
y y
d) e)
g f f
x x
para baixo.
273
x+2 4x + 1
37) g(x) = 38) f (x) =
x+4 2x + 1
π π π
39) f ◦ g : [0, π] −→ − , , (f ◦ g)(x) = − x.
2 2 2
40) 1 41) 1
42) A = [4, ∞)
√
43) f ◦ g : (−∞, 2] −→ R , (f ◦ g)(x) = 4
2−x
q √
g ◦ f : [0, 4] −→ R , (g ◦ f )(x) = 2 − x
√
f ◦ f : R+ −→ R , (f ◦ f )(x) = 4 x
q √
g ◦ g : [−2, 2] −→ R , (g ◦ g)(x) = 2 − 2 − x
x+1
44a) Se 1 ∈ I(f ) então existiria x ∈ D(f ) tal que f (x) = = 1 resultando em 1 = −1.
x−1
Absurdo.
y+1
44b) Seja y ∈ I(f ). Tomando x = ∈ D(f ) segue que f (x) = y.
y−1
x+1 y+1
45) f é injetora pois f (x) = f (y) =⇒ = =⇒ x = y.
x−1 y−1
Pelo exercı́cio 43, f é sobrejetora.
x+1
A inversa de f é f −1 : R − {1} −→ R − {1} definida por f −1 (x) = .
x−1
47) f ◦ f −1 : Y −→ Y , (f ◦ f −1 )(y) = y
f −1 ◦ f : X −→ X , (f −1 ◦ f )(x) = x.
274
48)
y
y
a) b)
x
x
c) d)
y y
x x
e)
y
275
49) Como f (a) < 0 < f (b), pelo TVI, existe α ∈ [a, b] tal que f (α) = 0.
b
51) Do triângulo do exemplo 12.42, temos senα = cosβ = = x.
a
Daı́, α = arcsenx e β = arccosx.
π π √ x
53) Seja α = arcsenx. Então − ≤ α ≤ , senα = x , cosα = 1 − x2 e tgα = √ e
! 2 2 1 − x2
x
α = arctg √ .
1 − x2
276
13. Equações / Inequações Exponenciais e Logarı́tmicas
ax = ay ⇐⇒ x = y
Equações exponenciais em que aparecem potências de bases distintas, devem ser primeiramente
transformadas em equações com potências de mesma base para que se possa aplicar a proprie-
dade injetiva.
Exemplo 13.1
2x = 8 =⇒ 2x = 23 =⇒ x = 3.
Exemplo 13.2
23x − 64 = 0 =⇒ 23x = 64 = 26 =⇒ 3x = 6 =⇒ x = 2.
Exemplo 13.3
√ √ √
4 x
= 256 =⇒ 4 x
= 44 =⇒ x = 4 =⇒ x = 16.
Exemplo 13.4
277
Exemplo 13.5
Daı́
Exemplo 13.6
√ 22x+1/2 2 + 2x
Resolver 8 × 2x − = √ .
2
√ 2
Multiplicando a equação por 2 2 vem
√ √ √
2 2 × 8 × 2x − 2 × 22x+1/2 = 2(2 + 2x ) =⇒ 8 × 2x − 2 × 22x = 4 + 2 × 2x .
Dividindo por 2
4 × 2x − 22x = 2 + 2x =⇒ 22x − 3 × 2x + 2 = 0.
Pondo y = 2x obtemos y 2 − 3y + 2 = 0 =⇒ y = 1 ou y = 2 =⇒ x = 0 ou x = 1.
Exemplo 13.7
63x+1 = 4 × 36x
23x+1 36x
(2 × 3)3x+1 = 22 × 36x =⇒ 23x+1 × 33x+1 = 22 × 36x =⇒ = =⇒ 23x−1 = 33x−1
2 2 33x+1
Daı́
2 1
3x−1
= 1 =⇒ 3x − 1 = 0 =⇒ x = .
3 3
278
13.2 Inequações Exponenciais
São inequações em que a incógnita aparece como expoente.
a>1 y y 0<a<1
ay ay
ax ax
x y x y x x
Exemplo 13.8
Exemplo 13.9
1 1
x+3 8
≤ =⇒ x + 3 ≥ 8 =⇒ x ≥ 5.
8 8
Exemplo 13.10
279
13.3 Equações Logarı́tmicas
São equações nas quais a incógnita aparece no logaritmando e/ou na base de um logaritmo.
loga x = y ⇐⇒ ay = x
a propriedade injetiva
loga y = loga x ⇐⇒ y = x
É importante lembrar que a condição de existência dos logaritmos deve ser respeitada ao resol-
Exemplo 13.11
Resolver log6 (x + 5) = 2.
Logo, x = 31.
280
Exemplo 13.12
7
• 2x + 7 > 0 =⇒ x > −
2
• x−6>0 =⇒ x > 6
Exemplo 13.13
Logo, x > 2.
ou
√ √
x2 − 2x − 1 = 0 =⇒ x = 1 + 2 > 2 ou x = 1 − 2 < 2.
√
Portanto, x = 1 + 2.
281
Exemplo 13.14
• base : x > 0 e x 6= 1
6
• logaritmando : 5x − 6 > 0 =⇒ x >
5
6
Portanto, x > .
5
(2) logx (5x − 6) = 2 =⇒ x2 = 5x − 6 =⇒ x2 − 5x + 6 = 0 =⇒ x=2 ou x = 3.
Exemplo 13.15
obtemos
282
13.4 Inequações Logarı́tmicas
São inequações nas quais a incógnita aparece no logaritmando e/ou na base de um logaritmo.
Podem ser resolvidas com o emprego das propriedades e o caráter crescente ou decrescente dos
Exemplo 13.16
1
A última desigualdade se verifica ∀x ∈ R. Portanto, x > .
2
Exemplo 13.17
Portanto
283
Exemplo 13.18
2x + 5
log 1 < log 1 2
2 3x − 1 2
1
Sendo a base a = < 1 segue que
2
2x + 5 7
> 2 =⇒ x <
3x − 1 4
Portanto
1 7
<x<
3 4
Exemplo 13.19
284
Exercı́cios
1] Resolva as equações
1
x
a) 3 = 81
x
b) 25 = 625
x
c) = 729
27
d) (0, 01)x = 1000
2] Resolva
3] Resolva as inequações
1 1
x
a) 3 > 9
x
b) >
2 8
1
5] Encontre o ponto de interseção dos gráficos de f : R −→ R dada por f (x) = e
2x−1
g : R −→ R dada por g(x) = 4x−1 .
6] Resolva as equações
7] Resolva as inequações
285
Respostas
3
1a) x = 4 1b) x = 2 1c) x = −2 1d) x = −
2
2a) x = 0 ou x = 1 2b) x = 3
4) 1 < x < 2
5) (1, 1)
√ 1 √
6a) x = 1 6b) x = 1 + 2 6c) x = 2 6d) x = ou x = 10
10
√
17 2+2
7a) x ≥ 81 7b) x > 7c) 1 ≤ x ≤ 9 7d) 1 < x <
16 2
286
14. Equações / Inequações Trigonométricas
• senx = m , −1 ≤ m ≤ 1
sen
Os arcos α que tem extremidade em A são
α = 2kπ + a
B m A
Os arcos β que tem extremidade em B são
π−a
a β = (2k + 1)π − a
cos
x = kπ + (−1)k a
287
• cosx = m , −1 ≤ m ≤ 1
sen
Os arcos α que tem extremidade em A são
α = 2kπ + a
A
Os arcos β que tem extremidade em B são
a m β = 2kπ − a
−a cos
288
• tgx = m , m ∈ R
sen(x − a) = 0 =⇒ x − a = kπ =⇒ x = kπ + a , k ∈ Z.
sen tg
Os arcos α que tem extremidade em A são
α = 2kπ + a
A m
Os arcos β que tem extremidade em B são
π+a
a β = (2k + 1)π + a
cos
289
Exemplo 14.1
√
3
Resolver a equação senx = .
√ 2
π 3
Sabemos que sen = .
3 2
Portanto
π
x = kπ + (−1)k , k∈Z
3
Exemplo 14.2
Exemplo 14.3
√
2 3
Resolver a equação cotgx = .
3 √
3
A equação é equivalente a tgx = .
√ 2
π 3
Sabemos que tg = .
6 2
Portanto
π
x = kπ + , k∈Z
6
290
14.2 Equações Trigonométricas mais Gerais
A estratégia para a resolução de equações trigonométricas mais gerais consiste em reduzi-las
Exemplo 14.4
2tgx + 1 2tgx − 1 10
+ =
2tgx − 1 2tgx + 1 3
2tgx + 1
Pondo y = obtemos a equação
2tgx − 1
1 10
y+ = ou 3y 2 − 10y + 3 = 0 cujas raı́zes são 3 e 1/3.
y 3
2tgx + 1 π
(1) = 3 =⇒ tgx = 1 =⇒ x = kπ + , k ∈ Z.
2tgx − 1 4
2tgx + 1 1 π
(2) = =⇒ tgx = −1 =⇒ x = kπ − , k ∈ Z.
2tgx − 1 3 4
π
x = kπ ± , k∈Z
4
291
Exemplo 14.5
Exemplo 14.6
Exemplo 14.7
√ √
3senx + cosx = 1 ou cosx = 1 − 3senx.
Daı́
√ √ √
sen2 x + (1 − 3senx)2 = 1 =⇒ 4sen2 x − 2 3senx = 0 =⇒ senx(4senx − 2 3) = 0.
292
Exemplo 14.8
Consideraremos soluções em [−2π, 2π]. As soluções gerais são obtidas incorporando-se os arcos
côngruos.
Exemplo 14.9
√
sen 2
senx >
2
√
π 2
sen =
4 2
√
3π 2
2 Arcos com extremidade na região verde
4 π √
4 2
tem seno maior que
cos 2
π 3π
∴ <x<
4 4
293
Exemplo 14.10
√
2
senx <
2
sen √
π 2
sen =
4 2
cos
π 3π
∴ 0<x< ou < x < 2π
4 4
5π π
ou − <x<
4 4
Exemplo 14.11
sen 1
cosx >
2
π 1
cos =
3 2
π π
∴ − <x<
3 3
294
Exemplo 14.12
√
sen tg 3
tgx >
2
√
π 3
√ tg =
3 6 2
2
π π 7π 3π
∴ <x< ou <x<
6 2 6 2
Exemplo 14.13
Portanto
π 5π
<x< ou π < x < 2π
6 6
295
Exercı́cios
296
6] Resolva as equações
1 1 4
a) cosx − senx = 0 b) − = c) senx + cosx = secx
1 − cosx 1 + cosx 3
d) secx + cscx = tgx − cotgx
297
Respostas
1a) x = kπ , k ∈ Z
π
1b) x = 2kπ + , k ∈ Z
2
π
1c) x = kπ + (−1)k+1 , k ∈ Z
6
2) d
π
3a) x = kπ + ,k∈Z
2
3b) x = 2kπ , k ∈ Z
4a) x = kπ , k ∈ Z
π
4b) x = kπ + , k ∈ Z
4
π
4c) x = kπ − , k ∈ Z
4
π
5a) x = 2kπ ± ,k∈Z
4
π
5b) x = kπ + (−1)k , k ∈ Z
6
π
5c) x = kπ − , k ∈ Z
3
π
6a) x = kπ + ,k∈Z
4
π
6b) x = 2kπ ± , k ∈ Z
3
π
6c) x = kπ ou x = kπ + , k ∈ Z
4
π π
6d) x = kπ − ou x = 2kπ + ou x = (2k + 1)π , k ∈ Z
4 2
298
5π 5π
7a) − <x<
6 6
π π 5π 3π
7b) 0 ≤ x < ou <x< ou < x ≤ 2π
4 2 4 2
π π 5π 7π
8) − <x< ou <x<
6 6 6 6
299
15. Equações / Inequações Modulares
A melhor maneira de resolvermos uma equação ou inequação que contem módulo é elimi-
E(x) se E(x) ≥ 0
|E(x)| =
−E(x) se E(x) < 0
O problema original será substituı́do por vários subproblemas que dependerão da quantidade
Exemplo 15.1
|x − 1| + |2x − 4| + |x − 5| = 12
x − 1 se x − 1 ≥ 0 ou x ≥ 1
|x − 1| =
1 − x se x − 1 < 0 ou x < 1
2x − 4 se 2x − 4 ≥ 0 ou x ≥ 2
|2x − 4| =
4 − 2x se 2x − 4 < 0 ou x < 2
x − 5 se x − 5 ≥ 0 ou x ≥ 5
|x − 5| =
5 − x se x − 5 < 0 ou x < 5
300
A tabela abaixo indica a expressão que substituirá o módulo, de acordo com os intervalos
A equação original dará origem a quatro equações que não contém módulos e estas serão resol-
• x<1
1
1 − x + 4 − 2x + 5 − x = 12 =⇒ −4x = 2 =⇒ x = − < 1
2
1
S1 = −
2
• 1≤x<2
4
x − 1 + 4 − 2x + 5 − x = 12 =⇒ −3x = 4 =⇒ x = − ∈/ [1, 2)
3
S2 = ∅
• 2≤x<5
x − 1 + 2x − 4 + 5 − x = 12 =⇒ 2x = 12 =⇒ x = 6 ∈
/ [2, 5)
S3 = ∅
• x≥5
22
x − 1 + 2x − 4 + x − 5 = 12 =⇒ 4x = 22 =⇒ x = >5
4
22
S4 =
4
1 22
S = S1 ∪ S2 ∪ S3 ∪ S4 = − ,
2 4
301
Exemplo 15.2
|x + 4| ≤ |2x − 6|
2x − 6 se 2x − 6 ≥ 0 ou x ≥ 3
|2x − 6| =
6 − 2x se 2x − 6 < 0 ou x < 3
x + 4 se x + 4 ≥ 0 ou x ≥ −4
|x + 4| =
−x − 4 se x + 4 < 0 ou x < −4
x < −4 −4 ≤ x < 3 x ≥ 3
|x + 4| −x − 4 x+4 x+4
|2x − 6| 6 − 2x 6 − 2x 2x − 6
• x < −4
−x − 4 ≤ 6 − 2x =⇒ x ≤ 10
S1 = (−∞, −4)
• −4 ≤ x < 3
2
x + 4 ≤ 6 − 2x =⇒ x ≤
3
2
S2 = −4,
3
• x≥3
x + 4 ≤ 2x − 6 =⇒ x ≥ 10
S3 = [10, ∞)
2
S = S1 ∪ S2 ∪ S3 = −∞, ∪ [10, ∞)
3
302
Exemplo 15.3
• 0≤x≤π
π 5π
senx − cosx = 0 ou tgx = 1 =⇒ x = ou x =
4 4
π
Logo, S1 =
4
• π < x < 2π
3π 7π
−senx − cosx = 0 ou tgx = −1 =⇒ x = ou x =
4 4
3π 7π
Como não satisfaz a equação original, segue que S2 = .
4 4
Portanto
π 7π
S= ,
4 4
303
Exemplo 15.4
| ln(x − 1)| = | ln x|
ln(x − 1) se x − 1 ≥ 1 ou x ≥ 2
| ln(x − 1)| =
− ln(x − 1) se 0 < x − 1 < 1 ou 1 < x < 2
ln x se x ≥ 1
| ln x| =
− ln x se 0 < x < 1
intervalos :
• 1<x<2
• x≥2
(x − 1) x−1
ln(x − 1) = ln x =⇒ ln = 0 =⇒ =1
x x
A última equação não possui solução.
Portanto
√ )
1+ 5
(
S=
2
304
Exercı́cios
1] Resolver
10 − |x| 1
a) |x − 1| = |x + 1| b) =
10 + |x| 10
c) |x + 1| + |x + 2| + |x + 3| = 8
x−2
d) =5 e) x2 − 5|x| + 6 = 0
x−3
3] Resolva as inequações
a) |x + 1| < |3 − x| b) |x2 − 5x + 6| ≥ |x − 1|
c) | log2 x| ≥ 3
305
Respostas
90 2 17 13
1a) {0} 1b) ± 1c) 1d) ,
11 3 6 4
1e) {±2, ±3}
π 3π π 3π 5π 7π
2a) , 2b) , , ,
2 2 4 4 4 4
√ √ 1
3a) x < 1 3b) x ≤ 3 − 2 ou x ≥ 3 + 2 3c) 0 < x ≤ ou x ≥ 8
8
π 3π 5π 7π
4) ≤x≤ ou ≤x≤
4 4 4 4
306
16. Vetores no R2
Existem situações em que números fornecem de forma precisa a informação que necessita-
mos. Por exemplo, uma pessoa que registra uma temperatura de 400 C certamente está com
febre. Uma casa de 1.000 m2 é bastante grande. Uma garrafa de refrigerante de 2 litros deve
ser suficiente para acompanhar o jantar de 2 pessoas. As grandezas temperatura, área, volume
Existem outras grandezas chamadas grandezas vetoriais que requerem mais informações. Não
basta conhecermos a magnitude de uma grandeza vetorial. Precisamos também conhecer a sua
1 2 3
Uma força de mesma magnitude quando aplicada no bloco pode ocasionar movimentos diferen-
tes conforme sua direção e sentido. O bloco 1 se moverá horizontalmente para direita, o bloco 2
horizontalmente para esquerda e o bloco 3 se moverá verticalmente para cima quando sujeitos
O objeto matemático utilizado para designar grandezas vetoriais é chamado vetor que, geo-
metricamente, é representado por uma seta que define sua direção e seu sentido.
307
−
→ − → − →
As forças exercidas nos blocos 1,2 e 3 podem ser representadas pelos vetores F1 , F2 e F3 da
seguinte forma :
−
→
F3
−
→ −
→
F1 F2
1 2 3
−→
No plano cartesiano, um vetor →
−
v = AB é representado geometricamente por um segmento
y
B
→
− −→
v = AB
α
A
A magnitude ou módulo de →
−
v é o comprimento do segmento AB. Se A = (a1 , a2 ) e B = (b1 , b2 )
||→
−
q
v || = (b1 − a1 )2 + (b2 − a2 )2
A direção de →
−
v é definida pelo ângulo α que o segmento AB faz com o sentido positivo do
eixo-x e o sentido de →
−
v é de A para B.
308
Vetores com mesmo módulo, direção e sentido representam a mesma grandeza, independen-
y
→
−
u =→
−
v
B
→
−
v
P
→
−
u
A
O x
No plano cartesiano, há uma identificação entre vetores e pontos. Podemos deslocar um vetor
→
−
v fazendo seu ponto inicial coincidir com a origem dos eixos e seu ponto final coincidir com o
309
16.1 Soma de Vetores
Dados u = (u1 , u2 ) e v = (v1 , v2 ), a soma de u e v é o vetor
u + v = (u1 + v1 , u2 + v2 )
Geometricamente, fazemos o ponto inicial de v coincidir com o ponto final de u de modo que
o ponto inicial de u + v coincide com o ponto inicial de u e o ponto final de u + v coincide com
o ponto final de v.
u
v
+
u
Propriedades da Soma
Sejam u, v, w ∈ R2 . Valem
(SV1) u + v = v + u
(SV2) (u + v) + w = u + (v + w)
310
16.2 Multiplicação por Escalar
A multiplicação de um vetor u = (u1 , u2 ) por um escalar α ∈ R é o vetor
αu = (αu1 , αu2 )
αv v αw
0<α<1 −1 < α < 0
αr
αu α < −1
α>1
Sejam u, v ∈ R2 e α, β ∈ R. Valem
(ME2) α(u + v) = αu + βv
(ME3) (α + β)u = αu + βu
(ME4) −1.u = −u , ∀u ∈ R2
311
16.3 Subtração de Vetores
Dados u = (u1 , u2 ) e v = (v1 , v2 ), a diferença u − v é
−→
Dados, então, dois pontos A = (a1 , a2 ) e B = (b1 , b2 ) em R2 , o vetor AB tem suas coordenadas
De fato
−→ −→ −−→ −→ −−→ −→
OA + AB = OB =⇒ AB = OB − OA = (b1 , b2 ) − (a1 , a2 ) = (b1 − a1 , b2 − a2 )
Escreve-se
−→
AB = B − A
B
A
B−A
O x
312
16.4 Produto Escalar
Um conceito fı́sico que carrega uma noção bastante intuitiva é o trabalho realizado por uma
Intuitivamente, quanto mais pesado o objeto, maior será a força necessária para deslocá-lo e,
portanto, maior o trabalho. Por outro lado, quanto maior a distância entre A e B, maior será
o trabalho.
Portanto, é natural que fiquemos tentados a definir o trabalho TAB de uma força F no deslo-
−→
camento AB por TAB = ||F || × ||AB||.
Entretanto, nem sempre esta definição funciona pois se a força F for perpendicular ao segmento
−→
AB não haverá deslocamento na direção de AB e o trabalho TAB será nulo.
−→
F não produz deslocamento da direção de AB
A B
−→
Vemos que há uma relação entre a direção da força e a direção do vetor AB que define o des-
locamento. Seja α o ângulo que a força F faz com o segmento horizontal AB.
313
F
F senα
F cosα
A B
A força F é dada pela soma da componente horizontal F cosα com a componente vertical F senα,
isto é
F = F cosα + F senα
O trabalho da força F no deslocamento AB será exercido por sua componente horizontal e será
dado por
−→ −→
TAB = (||F ||cosα) × ||AB|| = ||F || × ||AB|| × cosα
−→ −→
A expressão ||F || × ||AB|| × cosα é chamada produto escalar de F por AB.
314
O inconveniente da fórmula é que se faz necessário encontrar o ângulo formado pelos veto-
res u e v. É possı́vel calcular o produto escalar de dois vetores em função das coordenadas
desses vetores.
v v−u v v−u
α α
u u
||v − u||2 = ||u||2 + ||v||2 − 2||u|| × ||v|| × cosα = ||u||2 + ||v||2 − 2(u · v)
Daı́
1 1n 2 o
u·v = ||u||2 + ||v||2 − ||v − u||2 = u1 + u22 + v12 + v22 − [(v1 − u1 )2 + (v2 − u2 )2 ]
2 2
Portanto
u · v = u1 v1 + u2 v2
vetor-coluna
v1
vT =
v2
315
O produto escalar u · v de u = (u1 , u2 ) e v = (v1 , v2 ) pode ser denotado por
v1
uv T = (u1 u2 ) = u1 v1 + u2 v2 .
v2
Sejam u, v, w ∈ R2 e α ∈ R. Valem
(PE1) u · v = v · u
(PE2) u · (v + w) = u · v + u · w
(PE4) u · u = ||u||2 ≥ 0
(PE5) u · u = 0 ⇐⇒ u = (0, 0)
• Os vetores não nulos u e v são ditos paralelos quando tem a mesma direção, isto é, quando
o ângulo formado por eles vale 0. Isto significa que existe α 6= 0 tal que u = αv.
π
• Os vetores não nulos u e v são ditos ortogonais quando o ângulo entre eles vale .
2
Isto significa que u · v = 0.
316
16.6 Projeção Ortogonal
Dados u, v ∈ R2 , a projeção ortogonal de u sobre v é o vetor denotado por projv u, tal que
u − projv u é ortogonal a v.
projv u = αv
u − projv u
u
(u − projv u) · v = (u − αv) · v = 0
u · v − α(v · v) = 0
u·v
α=
v v·v
projv u
Portanto
u·v
projv u = v
v·v
317
Exemplo 16.1
médio.
y
−−→ −→ −−→
OM = OA + AM
O x
−−→ −−→ −→
2 × OM = OB + OA
Substituindo as coordenadas
Portanto
xA + x B y A + y B
(xM , yM ) = ,
2 2
318
Exercı́cios
−→ −→
2] Dados A = (1, 0) e B = (4, 5) encontre o ponto C tal que AC = 2AB.
6] Assinale V ou F
a) αu = αv =⇒ u = v.
b) αu = βu =⇒ α = β.
8] Dado um triângulo ABC, sejam M e N os pontos médios dos lados AC e BC, respecti-
vamente. Mostre que o segmento M N é paralelo ao lado AB e seu comprimento vale metade
do comprimento de AB.
319
9] Sejam u e v vetores não nulos de R2 . Dizemos que o vetor u é multiplo do vetor v se existe
10] Sejam u e v não nulos tais que u é multiplo de v. Mostre que v é multiplo de u.
11] Sejam e1 = (1, 0) e e2 = (0, 1). Mostre que todo vetor (x, y) ∈ R2 pode ser obtido de
13] Suponha que a soma de vetores em R2 seja redefinida de tal forma que
320
14] Encontre a projeção do vetor u sobre o vetor v sendo
b) u = (3, 4) e v = e1 = (1, 0)
b) u = (3, 4) e v = e2 = (0, 1)
16] Um vetor não nulo u é paralelo ao eixo-x quando o ângulo entre u e e1 = (1, 0) é igual a
zero. Qual a condição que um vetor u = (x, y) deve satisfazer para ser paralelo ao eixo-x ?
17] Um vetor não nulo u é paralelo ao eixo-y quando o ângulo entre u e e2 = (0, 1) é igual
a zero. Qual a condição que um vetor u = (x, y) deve satisfazer para ser paralelo ao eixo-y ?
321
Respostas
1) 5
2) C = (7, −10)
3) x = −1
4) y = 10
√ !
11 5
5) α = arccos
125
6a) F 6b) F
1 1
7) Sendo α 6= 0 existe . Agora, multiplique a igualdade αu = αv por .
α α
8)
C −−→ −−→ −−→
M N = M C + CN
−−→ 1 −→
M N M C = × AC
2
−−→ 1 −−→
CN = × CB
2
A B −−→ 1 −→ −−→ 1 −→
M N = × (AC + CB) = × AB
2 2
322
1
9a) u = −2v 9b) u = 80v 9c) u = v 9d) não existe α tal que u = αv
10
1
10) Existe α 6= 0 tal que u = αv. Logo, v = u.
α
13a) (1, 1)
1 1
!
13b) −u = , , se (x, y) 6= (0, 0)
x y
13c) (0, 0) não possui inverso aditivo.
36 54
14a) , 14b) (3, 0) 14c) (0, 4)
13 13
15) u
16) x 6= 0 e y = 0
17) x = 0 e y 6= 0
323
17. A Reta e as Diferentes Formas de sua Equação
Sejam A = (a1 , a2 ), B = (b1 , b2 ) e C = (c1 , c2 ) pontos distintos de uma reta não vertical
r = {(x, y) ∈ R2 | y = ax + b}
Então
Daı́
b 2 − a2 a(b1 − a1 ) c 2 − b2 a(c1 − b1 )
= =a e = =a
b 1 − a1 b1 − c 1 c 1 − b1 c 1 − b1
y
r
C
c 2 − b2
B α
A α S b 2 − a2
R
α
a1 b 1 c1 x
Seja 0 ≤ α ≤ π o ângulo que a reta r faz com o sentido positivo do eixo-x. Dos triângulos ARB
e BSC, obtemos
b 2 − a2 c 2 − b2
tgα = = =a
b 1 − a1 c 1 − b1
324
O ângulo α e, consequentemente, o coeficiente angular a definem a inclinação da reta r.
Uma reta em R2 pode então ser definida como o conjunto dos pontos do plano cuja razão entre
a diferença das ordenadas e a diferença das abcissas de quaisquer dois desses pontos é constante.
Sejam P = (x, y) o ponto genérico de uma reta e P1 = (x1 , y1 ) um ponto qualquer dessa reta.
Então
y − y1
a= =⇒ y − y1 = a(x − x1 )
x − x1
ou
y = y1 + a(x − x1 )
y = ax + (y1 − ax1 )
y = ax + b
325
Equação Vetorial
v
y r
tv
P
−−→
P1 P = tv
P1
P = P1 + tv , t ∈ R
326
Equações Paramétricas
x = x1 + tv1
y = y1 + tv2 , t ∈ R
Forma Simétrica
x − x1 y − y1 x − x1 y − y1
=t e = t =⇒ =
v1 v2 v1 v2
v2
(x − x1 ) = y − y1
v1
v2
Pondo = a obtemos
v1
a(x − x1 ) = y − y1
ou
y = y1 + a(x − x1 )
327
Exemplo 17.1
Vamos encontrar as diferentes formas da equação da reta que passa pelos pontos A = (1, 5) e
B = (3, 11).
y−5 y − 11 11 − 5
a= = = =3
x−1 x−3 3−1
y = 5 + 3(x − 1) e y = 3x + 2
−→
v = AB = B − A = (3 − 1, 11 − 5) = (2, 6)
328
ou
x = 3 + 2t
y = 11 + 6t , t ∈ R
Isolando t, obtemos
x−3 y − 11 x−3 y − 11
=t e = t =⇒ =
2 6 2 6
Exemplo 17.2
y
r : y = ax + b
s
s : y = mx + n
C
B
329
Sejam A = (a1 , aa1 + b) e B = (b1 , ab1 + b) pontos de r e C = (c1 , mc1 + n) e D = (d1 , md1 + n)
pontos de s.
Então
−→ −−→
AB = B − A = (b1 − a1 , a(b1 − a1 )) e CD = D − C = (d1 − c1 , m(d1 − c1 ))
Consequentemente
b1 − a1 = α(d1 − c1 ) (1)
De (1)
b 1 − a1
α=
d 1 − c1
a=m
330
Exemplo 17.3
D r : y = ax + b
s : y = mx + n
C
r
s
B
Sejam A = (a1 , aa1 + b) e B = (b1 , ab1 + b) pontos de r e C = (c1 , mc1 + n) e D = (d1 , md1 + n)
pontos de s.
Então
−→ −−→
AB = B − A = (b1 − a1 , a(b1 − a1 )) e CD = D − C = (d1 − c1 , m(d1 − c1 ))
331
−→ −−→
Sendo r e s perpendiculares segue que AB · CD = 0. Daı́
ou
(1 + am)(b1 − a1 )(d1 − c1 ) = 0 =⇒ 1 + am = 0
ou
am = −1
Exemplo 17.4
P
Seja P um ponto fora de r
Sejam A e B pontos de r
d
−→ −→ −→ −→
projr AP = proj−→ AP
AB d2 = ||AP ||2 − ||projr AP ||2
332
Exercı́cios
1] Encontre a equação cartesiana da reta que passa pelos pontos (0, 2) e (2, 8).
2] Encontre as equações vetorial, paramétrica e simétrica da reta que passa pelo ponto (3, 4) e
3] Encontre a equação cartesiana da reta cuja equação vetorial é (x, y) = (2, 3) + t(2, 5) , t ∈ R.
a) y = 2x − 8 b) y = 6 c) x = −3 d) y = x + 3.
333
9] Sejam r e s duas retas do plano. Assinale V ou F.
e) r ∩ s é um conjunto finito.
Respostas
1) y = 3x + 2
x = 3 + 5t x−3 y−4
2) P = (3, 4) + t(5, 6) , t ∈ R =
5 6
y = 4 + 6t , t ∈ R
5
3) y = 3 + (x − 2)
2
y−3
4) (x, y) = (5, 3) + t(2, 4) , t ∈ R y = 2x − 2 x−5=
2
1
5) y = − x + 7
4
√
2
6a) 0 b) 4 c) 13 d)
2
√ √ !
3 2 3 13
7) 8) arccos
2 13
9a) V b) F c) F d) F e) F
334
18. Circunferência
Uma circunferência C é o conjunto dos pontos do plano cuja distância a um ponto fixo C
C
r = raio
P
d(P, C) = r
r
C C = {P ∈ R2 | d(P, C) = r}
Equação Cartesiana
P = (x, y)
C
b
a x
335
Pelo Teorema de Pitágoras
q
d(P, C) = (x − a)2 + (y − b)2 = r
(a, b) e raio r
Exemplo 18.1
(x + 1)2 + (y − 1)2 = 32 = 9
Exemplo 18.2
336
Exemplo 18.3
3
Encontre o centro e o raio da circunferência C : x2 + y 2 + x − 3y =
2
Podemos reescrever a equação de C como
1 9 3 1 9
x2 + x + + y 2 − 3y + = + + = 4
4 4 2 4 4
Daı́, obtemos
1 3
2 2
x+ + y− =4
2 2
1 3
Portanto, C = − , e r = 2.
2 2
Exemplo 18.4
y =x+1 (2)
(0, 1) e (−1, 0)
x
337
Exemplo 18.5
C1 C2
r1 r2 Secantes
d(C1 , C2 ) < r1 + r2
C1 C2
C1
C2
Tangentes Externas
r1 r2
d(C1 , C2 ) = r1 + r2
C1 C2
C1
C2
Tangentes Internas
C2 r2
d(C1 , C2 ) = r1 − r2
C1
r1
338
C1 C2
Externas
r1 r2
d(C1 , C2 ) > r1 + r2
C1 C2
C1
C2
Internas
r2
d(C1 , C2 ) < r1 − r2
C1 C2
r1
C1
C2 Concêntricas
r2 r1
d(C1 , C2 ) = 0
C1 ≡ C2
339
Exercı́cios
2] Determine a equação da circunferência de centro C = (2, −5) que passa pelo ponto (5, −2).
a) x2 + y 2 + 2x − 6y + 7 = 0 b) x2 + y 2 − 4x + 10y + 13 = 0 c) x2 + y 2 + 6y + 2 = 0
a) x2 + y 2 − 4 = 0 e x2 + y 2 + 2x + 12 = 0
b) x2 + y 2 − 6x + 8 = 0 e x2 + y 2 − 6x − 4y + 4 = 0.
340
Respostas
3) (x − 2)2 + (y − 2)2 = 4
√
4a) C = (−1, 3) , r = 3 4b) C = (2, −5) , r = 4
√ 1 1
4c) C = (−3, 0) , r = 7 4d) C = − , 0 , r=
2 2
√ √
1 19 1 1 10
4e) C = − , −1 , r= 4f) C = ,− , r=
4 4 4 4 4
√
a2 + b2 − 4ac
!
a b
6) a + b > 4ac
2 2
C = − ,− r=
2 2 2
341
19. Elipse. Hipérbole. Parábola
19.1 Elipse
Uma elipse E é o conjunto dos pontos P do plano cuja soma das distâncias de P a dois pontos
d(P, F1 ) + d(P, F2 ) = k
B2
P A1 , A2 , B1 , B2 : vértices
E
1
O = F1 F2 : centro
2
A1 A2 A1 A2 : eixo maior
F1 O F2
B1 B2 : eixo menor
A1 A2 ⊥ B1 B2
B1
A constante k
A1 , A2 ∈ E. Logo
Daı́
342
Por outro lado
d(A1 , F1 ) = d(A2 , F2 )
2d(A1 , F1 ) + d(F1 , F2 ) = k
Portanto
k = d(A1 , A2 )
343
Relação entre vértices e focos
O semi-eixo maior ao quadrado é igual à soma do quadrado do semi-eixo menor com o quadrado
Tomemos o vértice B2
B2
P
E
A1 A2
F1 O F2
B1
d(B2 , F1 ) = d(B2 , F2 )
Como B2 ∈ E temos
Daı́
d(A1 , A2 )
d(B2 , F2 ) = = d(O, A2 )
2
Do triângulo OB2 F2
Portanto
344
Equação cartesiana da elipse com centro na origem e focos sobre os eixos coorde-
nados
B2
P = (x, y) ≡ ponto genérico
Ex
A1 F1 O F2 A2 x
B1
Então
a2 = b2 + c2
q q
d(P, F1 ) = (x + c)2 + y 2 e d(P, F2 ) = (x − c)2 + y 2
345
Daı́
q q
(x + c)2 + y2 + (x − c)2 + y 2 = 2a
Levando a segunda raiz para o segundo membro da igualdade e elevando ao quadrado, obtemos
q
x2 + 2cx + c2 + y 2 = 4a2 − 4a (x − c)2 + y 2 + x2 − 2cx + c2 + y 2
q
a (x − c)2 + y 2 = a2 − cx
Simplificando e rearranjando
x2 y 2
+ 2 =1
a2 b
Aqui
B a>b
346
• Elipse Ey de focos sobre o eixo-y.
B2
Ey F1
P = (x, y) ≡ ponto genérico
A1 A2 : eixo menor
A1 O A2 x
B1 B2 : eixo maior
F2 A1 A2 ⊥ B1 B2
B1
Agora
B a < b e, portanto, b2 = a2 + c2 .
347
Exemplo 19.1
Escreva a equação da elipse com dois vértices em (±5, 0) e focos em (±3, 0).
Temos a = 5 e c = 3 =⇒ b = 4.
Daı́
x2 y 2
+ =1
25 16
Exemplo 19.2
Escreva a equação da elipse com dois vértices em (±4, 0) e focos em (0, ±3).
Temos a = 4 e c = 3 =⇒ b = 5.
Daı́
x2 y 2
+ =1
16 25
Exemplo 19.3
4x2 y 2 x2 y2
+ =1 ou + =1
9 9 4
9
9
Daı́
√
3 3 3
a= , b=3 e c=
2 2
√ ! √ !
3 3 3 3
F1 = 0, e F1 = 0, −
2 2
348
19.2 Hipérbole
Uma hipérbole H é o conjunto dos pontos P do plano tais que o valor absoluto da diferença
P |d(P, F1 ) − d(P, F2 )| = k
V1 , V2 : vértices
1 1
e O = V1 V2 = F1 F2 : centro
F1 V1 O V2 F2 2 2
e : eixo
O valor absoluto aparece na definição da hipérbole para que sua equação seja única, indepen-
Cálculo de k
V1 , V2 ∈ H. Daı́
Mas
349
Substituindo as relações em (6) nas relações em (5) e somando vem
d(V1 , F1 ) = d(V2 , F2 )
Substituindo
Portanto
k = d(V1 , V2 )
Equação cartesiana da hipérbole com centro na origem e focos sobre os eixos coor-
denados
y
Hx
x
F1 V1 V2 F2
350
Seja P = (x, y) o ponto genérico de Hx .
Então
q q
(x + c)2 + y 2 − (x − c)2 + y 2 = 2a
q q 2
(x + c)2 + y2 − (x − c)2 + y2 = 4a2
ou
q q
(x + c)2 + y 2 + (x − c)2 + y 2 − 4a2 = 2 (x + c)2 + y 2 (x − c)2 + y 2
x2 (c2 − a2 ) − y 2 a2 = a2 (c2 − a2 )
Pondo b2 = c2 − a2 obtemos
x 2 b 2 − y 2 a2 = a2 b 2
Dividindo por a2 b2
x2 y 2
− 2 =1
a2 b
Note que
351
• Hipérbole Hy de focos F1 = (0, −c) e F2 = (0, c)
Hy
F2
|d(P, F1 ) − d(P, F2 )| = d(V1 , V2 )
P
V2
x
V1
F1
A equação de Hy fica
y 2 x2
− 2 =1
b2 a
onde a2 + b2 = c2 .
Agora
352
Assı́ntotas
As assı́ntotas de uma hipérbole são retas tais que os ramos da hipérbole ficam cada vez mais
Isolando y na equação
x2 y 2
− 2 =1
a2 b
de Hx obtemos
v v
b√ 2
! !
bu a2 a2
u
b u
u
y=± x − a2 = ± tx2 1 − 2 = ± |x|t 1 − 2
a a x a x
Analisando a fração
a2
x2
que aparece dentro da última raiz, vemos que seu numerador a2 é fixo.
a2
x2 → ∞ =⇒ →0
x2
Consequentemente v !
a2
u
1− 2 →1
u
t
x
b
y=± x
a
353
y
b y b
y=− x y= x
a a
b b
y=− x y= x
a a
x
x
y 2 x2
− 2 =1
b2 a
b
y=± x
a
354
Exemplo 19.4
Exemplo 19.5
Encontre a equação, os focos e as assı́ntotas da hipérbole de vértices (0, ±3) que passa pelo
ponto (2,5).
Temos
y 2 x2
− 2 =1
9 a
25 4 3
Como (2,5) pertence à hipérbole, segue que − 2 = 1 =⇒ a =
√ 4 a 2
45
Daı́, c =
2
Portanto,
√ !
45
Focos : 0, ±
2
3
Assı́ntotas : y = ± x = ±2x.
3/2
355
19.3 Parábola
Dado um ponto F chamado foco e uma reta d chamada diretriz, a parábola é o conjunto P dos
P
F
V
d
Q
356
Equação cartesiana da parábola com diretriz paralela ao eixo-x
P1
p + (−p)
!
V = 0, = (0, 0)
2
F P
y
x
V
p
d
−p
q
d(P, F ) = x2 + (y − p)2 = y + p = d(P, d)
1 2
x2 + y 2 − 2py + p2 = y 2 + 2py + p2 =⇒ 4py = x2 ou y = x
4p
Pondo
1
a=
4p
a equação de P1 fica
y = ax2 (7)
357
Exemplo 19.6
1 1
a= = 1 =⇒ p =
4p 4
Portanto
1
Foco : F = 0,
4
Vértice : V = (0, 0)
1
Diretriz : y = −
4
Exemplo 19.7
1 1
Encontre a equação da parábola de foco F = 0, − e diretriz y = .
4 4
Temos que
1
p=− =⇒ a = −1
4
y = −x2
358
• P2 : parábola com foco em F = (m, p) e diretriz y = −p.
y
P2
P
p + (−p)
!
F V = m, = (m, 0)
p 2
x
m
d
−p
q
d(P, F ) = (x − m)2 + (y − p)2 = y + p = d(P, d)
Elevando ao quadrado
1
(x − m)2 + y 2 − 2py + p2 = y 2 + 2py + p2 =⇒ 4py = (x − m)2 ou y = (x − m)2
4p
1
Pondo a = , a equação se escreve
4p
P2 pode ser obtida de P1 por uma translação horizontal de m unidades para direita se m > 0
359
Exemplo 19.8
Temos
1 1
m=2 e a= = 2 =⇒ p =
4p 8
Portanto
1 1
F = 2, , V = (2, 0) e y = − é a diretriz
8 8
y
P3
F
p+k
p + k + (−p + k)
!
V = m, = (m, k)
2
V
−p + k
d
x
m
360
Seja P = (x, y) o ponto genérico de P3 . Então
q
d(P, F ) = (x − m)2 + (y − (p + k))2 = y − (−p + k) = d(P, d)
Elevando ao quadrado
ou
ou ainda
Daı́
1
(x − m)2 = 4py − 4pk = 4p(y − k) =⇒ y − k = (x − m)2
4p
ou
1
y= (x − m)2 + k
4p
1
Mais uma vez, pondo a =
4p
P3 pode ser obtida de P2 por uma translação vertical de k unidades para cima se k > 0 ou para
baixo se k < 0.
361
Exemplo 19.9
a) y = x2 − 5x + 6.
Temos
25 25 5 1
2
y = x − 5x + 6 = x − 5x +
2 2
− +6= x− −
4 4 2 4
5 1 1
m= , k=− , p=
2 4 4
Portanto
5 5 1 1
F = ,0 , V = ,− , y=− −→ diretriz
2 2 4 2
y
y
9
8
F d
x
− 14 F
V
d x
− 12
b) y = −2x2 + 12x − 17
362
Comparando com (9)
1
m=3 , k=1 , p=−
8
Portanto
7 9
F = 3, , V = (3, 1) , y = −→ diretriz
8 8
Exemplo 19.10
! !
b b b2 b2
y = ax + bx + c = a x + x + c = a x2 + x + 2 − 2
2 2
+c=
a a 4a 4a
!
b b2 b2
=a x + x+ 2
2
− +c=
a 4a 4a
!2
b2 − 4ac
!
b
=a x+ −
2a 4a
!2
b ∆
y =a x+ −
2a 4a
b ∆ 1 1
m=− , k=− , = a =⇒ p =
2a 4a 4p 4a
Portanto
b 1 ∆ ∆ 1 ∆
! !
b
Foco : F = − , − Vértice : V = − , − Diretriz : y = − −
2a 4a 4a 2a 4a 4a 4a
363
Exercı́cios
a) 4x2 + 9y 2 = 36 b) 4x2 + y 2 = 1
a) x2 − y 2 = 1 b) 4y 2 − 2x2 = 4
364
6] Escreva a equação da parábola que satisfaz
Respostas
√
1a) vértices : (±3, 0) e (0, ±2) focos : (± 5, 0)
√ !
1 3
1b) vértices : ± , 0 e (0, ±1) focos : 0, ±
2 2
x2 y 2 x2 y 2 x2 y 2 x2 y 2
2a) + =1 2b) + =1 2c) + =1 2d) + =1
4 9 49 25 25 21 16 25
√
3a) focos : (± 2, 0) vértices : (±1, 0) assı́ntotas : y = ±x
√
√ 2
3b) focos : (0, ± 3) vértices : (0, ±1) assı́ntotas : y = ± x
2
y 2 x2 x2 y 2 x2 y2 x2 y 2
4a) − =1 4b) − =1 4c) − =1 4d) − =1
16 3 9 16 16 4/3 9 36
365
y 1
5a) F = 0,
16
V = (0, 0)
1
x diretriz : y = −
16
y 3
5b) F = 2, −
2
V = (2, 0)
2 3
x diretriz : y =
2
2
3 1
y = − (x − 2)2
6
y V 127
5c) F = 3,
64
V = (3, 2)
129
x diretriz : y =
64
y = 2 − 16(x − 3)2
x2 x2 (x + 5)2
6a) y = 6b) y = − 6c) y = (x−2) 2
6d) y = − +6
12 16 12
366
20 Sistemas Lineares. Matrizes. Determinantes.
ax + by = c
a11 x + a12 y = b1
• Método da Substituição
Consiste em escolher uma equação, isolar uma incógnita nesta equação, substituir a expressão
obtida na outra equação, resolvê-la para a outra incógnita e, por fim, calcular a incógnita
isolada.
367
Exemplo 20.1
Resolver o sistema
2x + 3y = 9 (1)
x + 2y = 5 (2)
x = 5 − 2y (3)
10 − 4y + 3y = 9 =⇒ y = 1
• Método da Eliminação
Consiste em multiplicar as equações do sistema por escalares apropriados de modo que uma das
incógnitas tenha coeficientes com sinais opostos. Depois, soma-se as equações eliminando-se tal
incógnita.
Exemplo 20.2
Resolver o sistema
2x + 3y = 1 (1)
3x − 5y = 11 (2)
368
6x + 9y = 3 (3)
19y = −19 =⇒ y = −1
a1 x1 + a2 x2 + · · · + an xn = b (?)
Um vetor (u1 , u2 , ..., un ) é solução da equação (?) se, ao substituirmos xi por ui , a equação se
verifica, isto é
a1 u1 + a2 u2 + · · · + an un = b.
a11 x1 + a12 x2 + · · · + a1n xn = b1
a21 x1 + a22 x2 + · · · + a2n xn = b2
(SL)
..
.
am1 x1 + am2 x2 + · · · + amn xn = bm
Um vetor (u1 , u2 , ..., un ) é solução do sistema (SL) quando todas as equações do sistema são
369
Combinação Linear das Equações de um Sistema
Suponhamos que a i-ésima equação de (SL) seja multiplicada por um escalar ci e, em seguida,
que as equações do novo sistema sejam somadas. A equação resultante, chamada combinação
(c1 a11 + c2 a21 + · · · + cm am1 )x1 + (c1 a12 + c2 a22 + cm am2 )x2 + · · ·
Proposição 20.1
Toda solução do sistema (SL) é também solução de qualquer combinação linear de suas equações.
Exemplo 20.3
2x + y + z = 7
x + 2y + z = 8
x + y + 2z = 9
Multiplicando a primeira equação do sistema por 3, a segunda por −1, a terceira por 2 e
7x + 3y + 6z = 31
Evidentemente
370
Propriedades 20.2
• uma equação for substituı́da por uma combinação linear qualquer das equações do sistema.
As duas primeiras propriedades são óbvias e a terceira fica assegurada pela Proposição 20.1.
Um sistema linear é
Exemplo 20.4
Exemplo 20.5
O sistema
x+y =1
2x + 2y = 2
é possı́vel e indeterminado
A segunda equação é igual a primeira multiplicada por 2 e, portanto, não acrescenta informação
371
extra, podendo ser eliminada do sistema que se reduz à equação
x+y =1
Exemplo 20.6
O sistema
x+y+z =1
x+y+z =2
Diremos que um sistema linear está na forma escalonada quando o primeiro coeficiente não
nulo em cada equação aparecer à direita do primeiro coeficiente não nulo da equação anterior.
Exemplo 20.7
Os sistemas
x + 2y + 3z = 7
x1 + x3 + x4 = 1
4y + 5z = 8
+ x4 = 0
x2
6z = 9
372
Os sistemas
y + z = 10 x + y + 2z = 9
x − 3z = −10 2x + 2y − z = 3
x + 2y = 15 3x + 3y + z = 12
• Escalonamento
Um sistema linear pode ser reescrito na forma escalonada através de três operações aplicadas
em suas equações :
(3) substituição de uma equação por uma combinação linear das equações do sistema.
sistema original.
(1) LN
i = Lj e Lj = Li para indicar que as equações i e j foram trocadas.
A N A
(2) LN
i = cLi para indicar que a i-ésima equação foi multiplicada por c.
A
(3) LN
i = c1 L1 + c2 L2 + · · · + cm Lm para indicar que a i-ésima equação do novo sistema foi
e e e
substituı́da por uma combinação linear das equações do antigo sistema se e = A ou do novo
sistema se e = N .
373
Exemplo 20.8
y + z = 10
1) x − 3z = −10
x + 2y = 15
LN
1 = L3
A
x + 2y = 15
LN
2 = L1
A
y + z = 10
x − 3z = −10
LN
3 = L2
A
x + 2y = 15
LN
3 = L3 − L1
A A
y + z = 10
−2y − 3z = −25
x + 2y = 15
LN
3 = −1 × L3
A
y + z = 10
2y + 3z = 25
x + 2y = 15
3 = L3 − 2 × L2
LN A A
y + z = 10
z=5
374
para calcular y. Em seguida, substitui-se os valores de y e z na primeira equação para calcular x.
x + y + 2z = 9
2) 2x + 2y − z = 3
3x + 3y + z = 12
LN
1 = L1
A
x + y + 2z = 9
LN
2 = L2 − 2 × L1
A A
−5z = −15
−5z = −15
LN
3 = L3 − 3 × L1
A A
1 x + y + 2z = 9
2 = − × L2
LN
A
5
z=3
LN
3 = L3 − L2
A A
0=0
0x + 0y + 0z = 0
que, obviamente, não acrescenta informação alguma podendo, portanto, ser eliminada do sis-
x=3−y , z =3 , y ∈R
375
Exemplo 20.9
Resolver
2x + 5y − z = 8
x+y+z =3
4x + 7y + z = 5
LN
1 = L2
A
x+y+z =3
LN
2 = L1 − 2 × L1
A N
3y − 3z = 2
3y − 3z = −7
LN
3 = L3 − 4 × L1
A N
x+y+z =3
LN
3 = L3 − L2
A A
3y − 3z = 2
0 = −9
0x + 0y + 0z = −9
376
20.2 Matrizes
Sistemas lineares podem ser escritos de maneira bem mais conveniente. Na prática, quando
resolvemos um sistema, precisamos operar apenas com seus coeficientes aij e os termos inde-
pendentes bi .
a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 = b1
a21 x1 + a22 x2 + a23 x3 = b2
a31 x1 + a32 x2 + a33 x3 = b3
Pondo
x1 b1
ai = (ai1 ai2 ai3 ) x= b=
,
x2
, b
2
x3 b3
x1
ai x = (ai1 ai2 ai3 ) = ai1 x1 + ai2 x2 + ai3 x3 = bi , i = 1, 2, 3
x2
x3
a11 a12 a13 x1 b1
=
a21 a22 a23 x2 b2
a31 a32 a33 x3 b3
377
A tabela com 3 linhas e 3 colunas contendo os 9 coeficientes do sistema é chamada matriz dos
coeficientes do sistema.
Ax = b
onde
a11 a12 · · · a1n
a21 a22 · · · a2n
A= é a matriz dos coeficientes,
.. .. ..
. . .
am1 am2 · · · amn
x1 b1
x2 b
2
x= é o vetor de incógnitas e b = é o vetor de termos independentes.
.. .
.
.
.
xn bm
Matriz
378
Matriz ampliada do sistema
É a matriz obtida da matriz dos coeficientes acrescentando-se a esta mais uma coluna cons-
a11 a12 · · · a1n b1
a21 a22 · · · a2n b2
.. .. .. ..
. . . .
am1 am2 · · · amn bm
Exemplo 20.10
2x + 3y − z = 1 2 3 −1 1
x + 4y + 2z = 2 é 1 4 2 2
−x − y + 7z = 6 −1 −1 7 6
Note que a matriz ampliada de um sistema reflete o sistema sem a necessidade de explici-
tar as incógnitas. Pode-se então resolver um sistema escalonando-se sua matriz ampliada.
Diremos que uma matriz está na forma escalonada quando o primeiro elemento não nulo de
cada linha aparece à direita do primeiro elemento não nulo da linha anterior.
379
Exemplo 20.11
1 2 3 7
1 0 1 1 1
0 4 5 8 e
0 1 0 1 0
0 0 6 9
Exemplo 20.12
Vamos resolver o sistema do Exemplo 20.10 escalonando sua matriz ampliada. Fazendo
LN
1 = L2 , L2 = L3 + L1 , L3 = L1 − 2 × L1
A N A N N A N
obtemos
1 4 2 2
0 3 9 8
0 −5 −5 −3
5
Agora, LN
3 = L3 +
A
× LA produz
3 2
1 4 2 2
0 3 9 8
0 0 10 31
3
380
31
Substituindo z por na equação descrita pela segunda linha obtemos
30
31 13
3y + 9 × = 8 =⇒ y = −
30 30
13 31 5
x−4× +2× = 2 =⇒ x =
30 30 3
20.3 Determinantes
{ax = b
Supondo a 6= 0, a solução
b
x=
a
a11 x + a12 y = b1
a21 x + a22 y = b2
381
Novamente, observa-se que os números que aparecem nos denominadores das soluções, além de
a11 a12
a21 a22
a11 a22 a33 − a11 a23 a32 − a12 a21 a33 + a12 a23 a31 + a13 a21 a32 − a13 a22 a31
Esses números associados à matriz dos coeficientes de um sistema linear com n equações e
n incógnitas e que aparecem nos denominadores das soluções do sistema são denominados de-
função det : Mn −→ R que a cada matriz quadrada A associa o número real detA chamado
determinante de A.
382
Cálculo prático de determinantes
• A ∈ M1
Neste caso, A é uma matriz quadrada de ordem 1, ou seja, A = (a11 ) e detA = a11 .
• A ∈ M2
a11 a12
A= e detA = a11 a22 − a12 a21 .
a21 a22
• A ∈ Mn
O cálculo de determinantes de matrizes quadradas de ordem n pode ser feito pelo desenvolvi-
mento de Laplace, que consiste na escolha de uma linha ou coluna qualquer da matriz original
matrizes de ordem n − 1.
Sejam
383
Exemplo 20.13
Dada
1 −2 3
A= 2 1 −1
−2 −1 2
Temos
detA = a11 ∆11 + a12 ∆12 + a13 ∆13 = 1 × ∆11 + (−2) × ∆12 + 3 × ∆13
onde
Portanto
384
b) segundo a coluna 2.
detA = a12 ∆12 + a22 ∆22 + a32 ∆32 = (−2) × ∆12 + 1 × ∆22 + (−1) × ∆32 .
2 −1
∆12 = (−1)1+2 det = −2
2
−2
1 3
∆22 = (−1)2+2 det =8
−2 2
1 3
∆32 = (−1)3+2 det =7
2 −2
Portanto
pode-se reduzir bastante o trabalho, escolhendo-se a linha ou coluna que contem o maior número
de elementos nulos. Entretanto, como visto no Exemplo 20.13, pode ocorrer da matriz não
possuir elementos nulos. Neste caso, conforme a propriedade que veremos a seguir, podemos
Propriedade 20.3
O determinante de uma matriz não se altera se a uma linha for somada outra linha multiplicada
385
Exemplo 20.14
1 −2 3
LN
2 = L2 − 2 × L1
A A
=⇒ A0 = 0 5 −7
LN
3 = L3 + 2 × L1
A A
0 −5 8
1 −2 3
LN = LA +1× LA =⇒ A00 = 0 5 −7
3 3 2
0 0 1
onde
5 −7 −2 3 −2 3
A11 = , A21 = , A31 =
0 1 0 1 5 −7
Portanto, detA = 5.
Este é um fato geral que simplifica o cálculo do determinante de uma matriz escalonada,
386
Exemplo 20.15
a22 a23 a24
det A = (−1) a11 det
1+1
=
0 a33 a34
0 0 a44
a33 a34
= a11 (−1)2+2 a22 det =
0 a44
387
Exercı́cios
1] Escalone as matrizes
1 2 −3 5 2 1 3 8 1 2 −3 5
a) 2 1 1 8 b) 2 1 1 2 c) 2 1 1 8
1 4 −2 12 2 1 2 5 3 3 −2 6
1 2 8
1 2 8
5 −2 4 1 −4 12 9 42
d) 5 −2 4 e) f)
3 1 9 2 −7 26 21 95
10 −4 3
4 −5 −7
1 2 3 1 8
g) 2 1 1 2 10
5 4 5 5 15
2] Resolva os sistemas
x + 2y − 3z = 5 2x + y + 3z = 8 x + 2y − 3z = 5
a) 2x + y + z = 8 b) 2x + y + z = 2 c) 2x + y + z = 8
x + 4y − 2z = 12 2x + y + 2z = 5 3x + 3y − 2z = 6
x + 2y = 8
x + 2y = 8
5x − 2y = 4
d) e)
5x − 2y = 4
3x + y = 9
10x − 4y = 3
4x − 5y = −7
388
x1 + 2x2 + 3x3 + x4 = 8
x1 − 4x2 + 12x3 + 9x4 = 42
f) g) 2x1 + x2 + x3 + 2x4 = 10
2x1 − 7x2 + 26x3 + 21x4 = 95
5x1 + 4x2 + 5x3 + 5x4 = 15
x − 2y + 5z = 5
2x + ay + z = 1
5x − 10y + 7z = b
seja
−1 2 3 −4
4 2 0 0
A=
−1 2 −3 0
2 5 3 1
389
Respostas
1 0 0 2 1 1
2
0 − 21 1 0 5
3
11
3
1a) 0 1 0 3 b) 0 0 1 3 c) 0 1 − 73
2
3
0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 7
1 0 2
1 2 8
0 1 3 1 0 20 4 46
d)
0 1 3 e) f)
0 0 0 0 1 2 3 11
0 0 −5
0 0 0
1 0 − 31 1 4
g) 0 1 0 2
5
3
0 0 0 0 11
3a) a 6= −4 , qualquer b.
3b) a = −4 , b = 7.
3c) a = −4 , b 6= 7.
4] det A = 372.
390
21 Limites
assume valores cada vez mais próximos porém diferentes de um número real a. A análise prévia
pode ser feita sem muito formalismo construindo-se tabelas que descrevem o comportamento
Exemplo 21.1
de 2.
f (x) 4 5.5 6.25 6.4 6.7 6.85 6.99 6.999 6.9999 6.99999
f (x) 10 8.5 7.75 7.3 7.15 7.075 7.03 7.003 7.0003 7.00003
A tabela sugere que f (x) se aproxima de 7 por valores menores que 7 (f (x) → 7− ).
A tabela sugere que f (x) se aproxima de 7 por valores maiores que 7 (f (x) → 7+ ).
391
f (x)
x
2
A construção de tabelas fornece uma primeira ideia sobre comportamento de uma função mas
lim f (x) = L
x→a
para significar que podemos fazer com que f (x) fique tão próximo do número L ∈ R quanto
lim (3x + 1) = 7
x→2
para dizer que f (x) fica cada vez mais próximo de 7 à medida que tomamos x cada vez mais
próximo de 2.
392
É importante destacar que a sentença matemática
lim f (x) = L
x→a
é apenas uma forma resumida de dizer que as imagens f (x) da função f ficam cada vez mais
próximas do número L à medida que x fica cada vez mais próximo de a ou, melhor ainda,
pode-se fazer f (x) tão próximo de L quanto se desejar, bastando para isso escolher x sufi-
o que é um limite. Em linhas gerais, um limite apenas resume o comportamento de uma função.
tende para a pela direita e o limite será denominado limite lateral à direita. Caso x se aproxime
de a por valores menores que a, escreveremos x → a− , diremos que x tende para a pela esquerda
No exemplo 21.1, primeiramente tomamos x cada vez mais próximo de 2 porém menor que
guida, tomamos x cada vez mais próximo de 2 porém maior que 2. Dizemos que x se aproximou
393
Exemplo 21.2
√
g : [0, ∞) −→ R , g(x) = x , x → 0+ .
Neste caso x só pode se aproximar de 0 por valores maiores que 0 pois valores menores que 0
Resumidamente
√
lim+ x=0
x→0
Exemplo 21.3
h : [0, 1) −→ R , h(x) = x + 2 , x → 1− .
h(x) 2 2.125 2.25 2.5 2.75 2.9 2.99 2.999 2.9999 2.99999
Agora x só pode se aproximar de 1 por valores menores que 1 pois valores maiores que 1
Escrevemos
lim (x + 2) = 3
x→1−
394
Exemplo 21.4
x−1 , x≤2
f : R −→ R , f (x) =
x+1 , x>2
y
f
se x → 2− então f (x) → 1
se x → 2+ então f (x) → 3
3
1
x
2
Neste exemplo, x pode se aproximar de 2 tanto pela esquerda quanto pela direita, produzindo
O próximo teorema diz que o limite de f existe se e somente se os limites laterais existem e
Teorema 21.1
lim f (x) = L ⇐⇒
x→a
lim f (x) = lim− f (x) = L
x→a+ x→a
395
21.3 A Definição Formal de Limite
Diremos que x→a
lim f (x) = L quando para todo número ε > 0 dado, for possı́vel determinar um
x ∈ (a − δ, a + δ) − {a} =⇒ f (x) ∈ (L − ε, L + ε)
teremos f (x) ∈ J.
L+ε
f (x)
L
L−ε
x
a−δ a x a+δ
Do ponto de vista prático, a definição formal de limite não é útil para o cálculo do limite L
pois, para usar a definição, L precisa ser previamente conhecido. Entretanto, a definição for-
mal permite a demonstração de vários teoremas que serão muito importantes para o cálculo de
limites.
396
21.4 Limite e Continuidade
Sob certas condições, a definição de função contı́nua dada no capı́tulo 12 pode ser reformulada
a quando
y y
f f
L = f (a) L
x x
a a
y y
f (a) f
L f (a)
f
x x
a a
397
21.5 Cálculo de Limites
Nesta seção, vamos focar no cálculo de limites sem a utilização de tabelas. Vamos estabelecer
resultados importantes que possibilitarão o cálculo de limites que podem ser determinados di-
maior interesse.
Teorema 21.2
Se f (x) = c ∈ R , ∀x ∈ R , então
Teorema 21.3
Teorema 21.4
Sejam x→a
lim f (x) = L , x→a
lim g(x) = M e c ∈ R. Então
f (x) L
(3) lim = , desde que M 6= 0 (4) lim c.f (x) = c. lim f (x)
x→a g(x) M x→a x→a
398
Combinando os teoremas 21.2, 21.3 e 21.4, obtemos
Corolário 21.1
p(x) p(a)
lim =
x→a q(x) q(a)
Teorema 21.5
399
Exemplo 21.5
• A existência do x→a
lim |f (x)| não implica na existência do x→a
lim f (x).
x
Seja f : R∗ −→ R dada por f (x) = .
|x|
x |x| x x
Então, lim = lim = 1 mas lim+ = 1 e lim− = −1
x→0 |x| x→0 |x| x→0 |x| x→0 |x|
Exemplo 21.6
2x3 54 27
lim 2x = 2.3 = 54
3 3
lim (x − 1) = 8
2
lim = =
x→3 x→3 x→3 x2 − 1 8 4
1 1 √
lim 2x = 2−1 = lim1 8x = 8 3 = 8=2 lim ex = eπ
3
x→−1 2 x→ 3 x→π
√
π π 2
lim senx = sen0 = 0 limπ senx = sen = 1 limπ senx = sen =
x→0 x→ 2 2 x→ 4 4 2
√
3π π 2
lim cosx = cos0 = 1 lim3π cosx = cos =0 limπ cosx = cos =
x→0 x→ 2 2 x→ 4 4 2
√
senx sen( π4 ) 2/2
limπ tgx = limπ = π =
√ =1
x→ 4 x→ 4 cosx cos( 4 ) 2/2
400
√ √ √ √ √ √
lim = lim x2 − 1 = 35 lim x2 − 12 = 3 −8 = −2
3
x→a
x a
x→6 x→−2
lim+ (x − 5) = 0+ lim− (x − 5) = 0−
x→5 x→5
lim (x + 2) = 0+ lim (x + 2) = 0−
x→−2+ x→−2−
Exemplo 21.7
x2 − a , x < −1
f (x) = b , x = −1
1 − x , x > −1
Temos que
401
Dai
Finalmente
b = lim f (x) = 2
x→−1
x2 + 1
x
−1
1−x
402
21.6 Limites no infinito
Outra questão que pode ser de grande interesse é saber como se comporta f (x) quando x cresce
Exemplo 21.8
1 1
Sejam f, g : R − {0} −→ R definidas por f (x) =
e g(x) = 2 .
x x
Tanto f quanto g tem o numerador constante. Portanto, se x aumentar, a fração diminuirá
se aproximando cada vez mais de zero. Entretanto, se x for negativo, a imagem f (x) será
negativa. Assim
1 1 1
lim = 0+ , lim = 0− , lim =0
x→∞ x x→−∞ x x→±∞ x2
Exemplo 21.9
anti-horário), tomando arcos cada vez maiores e x → −∞ significa dar voltas no sentido anti-
trigonométrico (sentido horário), tomando arcos cada vez menores. Em ambos os casos, tanto
senx quanto cosx vão assumindo valores que variam no intervalo [−1, 1] e, portanto, não se
403
Exemplo 21.10
Sejam c ∈ R e n ∈ N. Então
c
(1) lim =0
x→±∞ xn
an−1 a2 a1 a0
= lim xn an + + · · · + n−2 + n−1 + n = lim an xn
x→±∞ x x x x x→±∞
an xx + an−1 xn−1 + · · · + a2 x2 + a1 x + a0
(3) lim =
x→±∞ bp xp + bp−1 xp−1 + · · · + b2 x2 + b1 x + b0
an−1 a2 a1 a0
x an +
n
+ · · · + n−2 + n−1 + n n
= lim x x x x ! = lim an x
x→±∞ bp−1 b2 b1 b0 x→±∞ bp xp
x p bp + + · · · + p−2 + p−1 + p
x x x x
Os itens (2) e (3) dizem que quando um limite no infinito (x → ±∞) envolve um polinômio ou
uma função racional, basta analisar o(s) termo(s) de mais alto grau. No infinito, o termo de
mais alto grau dita o comportamento do polinômio, não sendo necessário considerar os demais.
404
21.7 Limites Infinitos
Em todas as situações vistas até aqui, f (x) se aproxima de um número L, isto é, f (x) → L,
quando x → a ou x → ±∞. Vamos ver agora a situação em que f (x) cresce indefinidamente
f (x) → ∞. Por outro lado, se x → −∞ então f (x) → ∞ se n for par e f (x) → −∞ se n for
ı́mpar. Escreveremos
lim f (x) = ±∞
x→±∞
conforme o caso.
lim f (x) = ±∞
x→a
conforme o caso.
Exemplo 21.11
1 1 1
lim+ =∞ lim− = −∞ lim =∞
x→0 x x→0 x x→0 x2
405
5x4 − 3x3 + x2 − 4x + 10 5x4 5x
lim = lim = lim − = −∞
x→∞ −3x + x − x + 2
3 2 x→∞ −3x 3 x→∞ 3
7x2 − 8x + 9 7x2 7
lim = lim = lim =0
x→±∞ 5x6 + 2x3 x→±∞ 5x6 x→±∞ 5x4
7x2 − 8x + 9 7x2 7 7
lim = lim = lim =
x→±∞ 5x + 2x
2 x→±∞ 5x 2 x→±∞ 5 5
−∞ , b > 1
lim+ logb x =
x→0
∞ , 0<b<1
∞ , b>1
lim logb x =
x→∞
−∞ , 0 < b < 1
∞ , a>1
lim ax =
x→∞ 0 , 0<a<1
0 , a>1
lim ax =
x→−∞
∞ , 0<a<1
lim tgx = ∞
x→( π2 )−
lim tgx = −∞
x→( π2 )+
406
Operações na Forma Simbólica
Suponhamos que f e g sejam funções que cresçam quando, digamos, x → a. Então, não é difı́cil
deduzir que a soma f + g também crescerá. Para descrever uma situação como esta, escrevemos
Do ponto de vista algébrico, a operação ∞ + ∞ = ∞ não faz sentido pois, caso contrário,
da soma de duas funções que crescem. A seguir, apresentamos algumas operações na forma
∞+∞=∞ ∞×∞=∞
∞+L=∞
∞ , L>0
−∞ + L = −∞ ∞×L=
−∞ , L < 0
−∞ − ∞ = −∞
∞ , L>1 ∞ , L>0
∞
L∞ =
=
0 , 0<L<1 L
−∞ , L < 0
L L(6= 0)
∞r = ∞ , r > 0 =0 = ±∞
±∞ 0±
(−∞)n = ∞ , n par ∞
= ±∞
0±
(−∞)n = −∞ , n ı́mpar
407
Exemplo 21.12
2x + 3 7 2x + 3 7
(1) lim+ = + =∞ lim− = − = −∞
x→2 x−2 0 x→2 x−2 0
x −∞ −∞ −∞
(2) lim = = = = −∞
x→−∞ 3 + 2 x 3 + 1/2∞ 3 + 1/∞ 3+0
3 1 3
x ∞
(3) lim + = +0 =0
x→∞ 5 x 5
−4 + (9/10)x −4 + 0
(5) lim x
= =0
x→∞ e ∞
√ √
(6) lim x3 + 3 x + 3 = 5 ∞ = ∞
5
x→∞
6 1
(8) lim 2 + 4 =2+∞=∞
x→0 x + 3 x
408
21.8 Formas Indeterminadas
São sete as formas indeterminadas
0 ±∞
, , 0 × ∞ , 1∞ , ∞0 , 00 , ∞ − ∞
0 ±∞
Essas formas são ditas indeterminados porque ao calcularmos um limite, se uma dessas ex-
pressões surgir, nada poderá ser afirmado pois o limite poderá assumir qualquer valor real,
Exemplo 21.13
f (x) cx
lim = lim = lim c = c
x→0 g(x) x→0 x x→0
409
Exemplo 21.14
1
(1) Sejam f (x) = 2 x e g(x) = x2 .
Então x→∞
lim f (x) = 1 , x→∞
lim g(x) = ∞ e x→∞
lim [f (x)]g(x) = 1∞
1 2
lim [f (x)]g(x) = lim [2 x ]x = lim 2x = ∞
x→∞ x→∞ x→∞
1
(2) Sejam f (x) = 2 x e g(x) = x2 .
1 2
lim [f (x)]g(x) = lim [2 x ]x = lim 2x = 0
x→−∞ x→−∞ x→−∞
1
(3) Sejam f (x) = 2 x e g(x) = x.
senx
(4) Sejam f (x) = 2 x e g(x) = x.
Então x→∞
lim f (x) = 1 , x→∞
lim g(x) = ∞ e x→∞
lim [f (x)]g(x) = 1∞
410
Exemplo 21.15
Então
p(x) p(2) 0
lim = lim =
x→2 q(x) x→2 q(2) 0
Daı́
p(x) x2 − 3x + 2 (x − 2)(x − 1) x−1 1
lim = lim 2 = lim = lim =
x→2 q(x) x→2 x + x − 6 x→2 (x − 2)(x + 3) x→2 x + 3 5
Exemplo 21.16
Temos que
x−3 0
L = lim √ √ =
x→3 x− 3 0
√ √
x+ 3
Multiplicando o limite por √ √ = 1 obtemos
x+ 3
√ √ √ √
x−3 x+ 3 (x − 3)( x + 3) √ √ √
L = lim √ √ ×√ √ = lim = lim ( x + 3) = 2 3
x→3 x− 3 x + 3 x→3 x−3 x→3
411
Exemplo 21.17
Temos que
sen2 x 0
L = lim =
x→0 1 − cosx 0
Exemplo 21.18
Temos
√
L = x→∞
lim ( x2 − 5x + 6 − x) = ∞ − ∞
ou
√
√ x2 − 5x + 6 + x x2 − 5x + 6 − x2
L = lim ( x2 − 5x + 6 − x) × √ 2 = lim √ 2 =
x→∞ x − 5x + 6 + x x→∞ x − 5x + 6 + x
6 − 5x −∞
= x→∞
lim √ =
x2 − 5x + 6 + x +∞
6 6 6
−5 −5 −5 5
L = lim √ 2 x = lim s x = lim s x =−
x→∞ x − 5x + 6 x→∞
x − 5x + 6
2 x→∞ 5 6 2
+1 + 1 1 − + + 1
x x2 x x 2
412
Exemplo 21.19
Temos
√
3
x−1 0
L = lim √ =
x→1 4 x − 1 0
√
t −1 t4 − 1 (t − 1)(t3 + t2 + t + 1) 4
3 12
É o limite
Exemplo 21.21
sen(x − 5) 0
L = lim =
x→5 x−5 0
Daı́
sent
L = lim = 1.
t→0 t
413
Exemplo 21.22
Sejam a, b ∈ R∗ . Então
Exemplo 21.23
senx
(1) lim senx = lim x =0×1=0
x→0 x→0 x
√
(2) lim cosx = lim 1 − sen2 x = 1
x→0 x→0
É o limite
1
x
1
lim 1+ = lim (1 + x) x = e
x→±∞ x x→0
414
Exemplo 21.24
3
2x
L = x→∞
lim 1+ = 1∞ .
x
3 3
Pondo = t ou x = segue que x → ∞ =⇒ t → 0 .
x t
Daı́
3 1
L = lim(1 + t)2( t ) = lim[(1 + t) t ]6 = e6
t→0 t→0
Exemplo 21.25
b
L = lim (1 + ax) x = 1∞ .
x→0
t
Pondo ax = t ou x = segue que x → 0 =⇒ t → 0 .
a
Daı́
b ab 1
L = lim(1 + t) t/a = lim[(1 + t) t ] = lim[(1 + t) t ]ab = eab
t→0 t→0 t→0
415
Exemplo 21.26
ax − 1 0
(1) L = lim =
x→0 x 0
Daı́
y 1 1 1
L = lim = lim = lim = =
y→0 loga (y + 1) y→0 log a (y + 1) y→0 loga (y + 1) 1/y
loga lim (y + 1)1/y
y→0
y
1
= = ln a.
loga e
101/x − 1 10t − 1
(2) M = x→∞
lim = lim = ln 10.
1/x t→0 t
Exemplo 21.27
x+2
L = lim (x − 5) x−6 = 1∞ .
x→6
x+2
O limite L pode ser reescrito como L = lim (x − 6 + 1) x−6 .
x→6
Daı́
t+8 t 1
L = lim(t + 1) t = lim(1 + t)1+ 8 = lim(1 + t)[(1 + t) t ]8 = e8
t→0 t→0 t→0
416
21.9 Teoremas Adicionais
Sejam f , g e h funções tais que lim f (x) = lim h(x) = L e f (x) ≤ g(x) ≤ h(x).
x→a x→a
Então
lim g(x) = L.
x→a
Exemplo 21.28
1 1
Sendo −1 ≤ sen ≤ 1 segue que x > 0 =⇒ −x ≤ x.sen ≤ x.
x x
Daı́
1
lim+ x.sen =0
x→0 x
Teorema 21.8
lim f (x).g(x) = 0
x→a
Exemplo 21.29
Logo
1
lim x.sen =0
x→0 x
417
21.10 Assı́ntotas
x → a− ou x → ±∞.
Assı́ntota Horizontal
lim f (x) = b
x→∞
ou lim f (x) = b
x→−∞
Assı́ntota Vertical
Exemplo 21.30
2x2
Seja f : R − {±1} −→ R dada por .
x2 − 1
Temos
2x2 2x2
lim f (x) = lim = lim =2
x→±∞ x→±∞ x2 − 1 x→±∞ x2
2x2 2 2x2 2
lim+ f (x) = lim+ = + = +∞ lim− f (x) = lim− = − = −∞
x→1 x→1 x −1
2 0 x→1 x→1 x −1
2 0
2x2 2 2x2 2
lim f (x) = lim + 2 = − = −∞ lim f (x) = lim − 2 = + = +∞
x→−1+ x→−1 x − 1 0 x→−1− x→−1 x − 1 0
418
Portanto, a reta y = 2 é assı́ntota horizontal do gráfico de f e as retas x = 1 e x = −1 são
x
−1 1
419
Exercı́cios
1] Calcule os limites
x2 − 9 x+1
e) lim f) lim
x→3 x + 3 x→−1 x−1
|x|
2] Seja f : R∗ −→ R dada por f (x) = . Determine lim f (x).
x x→0
3] Calcule os limites
(1000)1000 1
a) lim b) lim √
x→∞ x x→−∞ x2 + 1
s
x2 − 1 (10)10
c) lim d) lim
x2 + 1
q
x→∞ x→∞
x − (10)10
4] Calcule os limites
√
c) lim (5x3 + 2x + 1) d) lim x5 + x4 + 3x
3
x→−∞ x→−∞
420
2x + 1 4x + 3
e) lim f) lim
x→∞ 3x + 1 x→−∞ 5x − 1
5] Determine os limites
1 1
a) lim+ b) lim−
x→0 x3 x→0 x3
(−5) (−5)
c) lim− d) lim+
x→0 x x→0 x
10 10
e) lim+ f) lim−
x→1 x−1 x→1 x−1
1 1
g) lim+ h) lim−
x→2 x2 −4 x→2 x2 −4
1 1
i) lim + j) lim −
x→−2 x2 −4 x→−2 x2 −4
x x
k) lim + l) lim −
x→−2 x2 −4 x→−2 x2 −4
421
6] Calcule
2 2
a) lim 2x
x→∞
b) lim 2x c) x→∞
lim 2x d) lim 2x
x→−∞ x→−∞
2 2 3 3
x x x x
e) lim f) lim g) lim h) lim
x→∞ 3 x→−∞ 3 x→∞ 2 x→−∞ 2
√ 1
i) lim 5 j) lim− 5 x
x
x→∞ x→0
7] Calcule
√
a) lim+ log2 x b) lim+ log 1 x c) lim log 7
x d) lim ln x
x→0 x→0 2 x→∞ x→∞
1 1
e) lim log 1 f) lim
√ log 1
x→0 5 x2 x→ 5 5 x2
8] Calcule
1 1
1 1
x x 1 1
a) lim+ b) lim− c) lim+ (x2 − 4) x−2 d) lim− (x2 − 4) x−2
x→0 x2 x→0 x2 x→2 x→2
9] Calcule
s
x3 + 2x2 + 3x + 2 2x2 − x x2 − 1
a) lim b) lim
√ c) lim
x→−2 x2 + 4x + 3 x→ 2 3x x→1 x − 1
√
x+1−2 6x2 + 11x + 6 x−2
d) lim e) lim3 f) lim √
x→3 x−3 x→− 2 2x2 − 5x − 12 x→2 3
3x − 5 − 1
422
√
x−8 2x + 5 |x − 4|
g) lim √ h) lim √ 2 i) lim−
x→64 3
x−4 x→∞ 2x − 5 x→4 x−4
4x − 3 + |x − 1|
j) lim
x→−∞ x+2
(3 + h)2 − 9 x2 + 3x
k) lim l) lim+
h→0 h x→2 x2 − 4
q √ √ (5x10 + 32)3
a) lim x( x + 3 − x − 2) b) lim
x→∞ x→∞ (1 − 2x6 )5
√ q
√ q √
c) lim
x→∞
( x2 + x − x) d) lim
x→∞
x+ x− x− x
11] Calcule
x x−π
a) limπ sen − cosx + tgx b) lim
x→ 3 2 x→π tgx
sen2 x cosx − 1
c) lim d) lim
x→0 x x→0 x
cosx − 1 sen3x
e) lim f) lim
x→0 x2 x→0 sen4x
sen2x senx
g) lim h) lim
x→0 senx x→∞ x
423
12] Calcule
1 3 2
2x x 3x
a) lim 1+ b) lim 1+ c) lim 1−
x→∞ x x→−∞ x x→−∞ x
!x2
x−3 x2 + 1 23x − 1
x
d) lim e) lim f) lim
x→−∞ x+2 x→−∞ x2 − 3 x→0 x
ln(1 + 3x)
j) lim
x→0 4x
f (x) f (x2 − 1)
13] Seja f : R −→ R tal que lim = 0. Calcule L = lim
x→0 x x→1 x−1
1
x cos
2
, x 6= 0
14] Calcule k para que f : R −→ R definida por f (x) = x
k , x=0
seja contı́nua em R.
1
c) f : R − {2} −→ R , f (x) = a=2
x−2
424
16] Determine as assı́ntotas das funções definidas por
2 |x − 1|
a) f (x) = b) f (x) =
x−5 |x| − 1
x2 − 4 x+9
c) f (x) = d) f (x) =
x−3 x2 − 81
425
Respostas
1 , x>0
2) f (x) =
−1 , x < 0
Daı́, lim f (x) = 1 e lim f (x) = −1. Portanto, não existe lim f (x).
x→0+ x→0− x→0
√
2 2−1
9a) 2 9b) 9c) 2 9d) 1/4 9e) 7/11 9f) 1
3
√
9g) 3 9h) 2 9i) −1 9j) 3 9k) 6 9l) ∞
426
125 1
10a) ∞ 10b) − 10c) 10d) 1
32 2
√
11a) 3 11b) 1 11c) 0 11d) 0
1 3
11e) − 11f) 11g) 2 11h) 0
2 4
13) L = 0 14) k = 0
427
22 Introdução ao Estudo das Derivadas
é o limite
f (c + h) − f (c)
f 0 (c) = lim
h→0 h
f (x) − f (c)
f 0 (c) = x→c
lim
x−c
parte da cidade A às 13 hs e chega à cidade B, distante 180 km de A, às 16 hs. A velocidade
que é a velocidade que, se mantida constante por 3 horas, permitiria o carro completar o trajeto
entre as cidades A e B.
Agora, suponhamos que desejássemos saber a velocidade do carro exatamente às 14 hs, cha-
428
mada velocidade instantânea. A velocidade média, única informação disponı́vel até este ponto,
não fornece ideia alguma sobre a velocidade do carro exatamente às 14 hs. O carro poderia
até mesmo estar parado às 14 hs. Porém, se conhecêssemos a posição do carro em momentos
próximos das 14 hs, poderı́amos ter uma estimativa melhor da velocidade neste instante. Di-
gamos que às 14:05 o carro estivesse a 6 km da cidade A. A velocidade média neste intervalo
seria
6
vm = = 72 km/h
1/12
que ainda diz pouco sobre a velocidade às 14 hs. Suponhamos então que às 14:01 o carro
1/2
vm = = 30 km/h
1/60
que fornece uma aproximação razoável para a velocidade às 14 hs. O processo consiste então em
tomarmos intervalos de tempo cada vez menores, calcularmos a velocidade média nestes inter-
percebemos que quanto menor o intervalo de tempo considerado mais próxima da realidade
Suponhamos agora que a posição de um carro no instante t seja dada pela função s : [0, T ] −→ R
onde T é o momento em que o movimento deixa de ser observado. O espaço percorrido pelo
∆s = s(t2 ) − s(t1 )
∆s s(t2 ) − s(t1 )
vm = =
∆t t2 − t1
429
Aproximaremos então a velocidade instantânea no instante t, que denotaremos por v, pela
Quanto menor for ∆t melhor será a aproximação que obteremos para v. A velocidade exata v
é dada por
s(t + ∆t) − s(t)
v = s0 (t) = lim
∆t→0 ∆t
As perguntas (2) e (3) ficam automaticamente respondidas. Quanto à pergunta (1), a derivada
de uma função em um ponto depende do que a função representa. No caso que acabamos de
Exemplo 22.1
v0 ∆t + αt∆t + 12 α(∆t)2 1
= lim = lim (v0 + αt + α∆t) = v0 + αt
∆t→0 ∆t ∆t→0 2
430
e a aceleração a(t) é
instantânea de um objeto é, digamos, 80 km/h, isto significa que a posição do objeto variará
em 80 km a cada hora. De modo geral, se y = f (x) então, quando x varia de a até a + ∆x, a
de x é
∆y f (a + ∆x) − f (a)
=
∆x ∆x
f (a + ∆x) − f (a)
f 0 (a) = lim
∆x→0 ∆x
Exemplo 22.2
100
A corrente I, medida em amperes, num circuito elétrico é dada por I = I(R) = onde R é
R
a resistência, medida em ohms. Qual a taxa de variação de I em relação a R quando R = 20
ohms ?
100 100
I(R + h) − I(R) − 100 100
!
I (R) = lim
0
= lim R+h R
= lim − =−
h→0 h h→0 h h→0 R(R + h) R2
431
Portanto, quando R = 20, a corrente I decresce à taxa de 0.25 amperes por ohm.
y T
S0
S
Q
f (a + h) f
Q0
P α
f (a)
x
a a+h
f (a + h) − f (a)
mS = tgα =
h
f (a + h) − f (a)
mT = lim mS = lim = f 0 (a)
h→0 h→0 h
432
Portanto, a derivada f 0 (a) pode ser interpretada como o coeficiente angular da reta tangente
Se (x, y) ∈ T então
y − f (a)
mT = f 0 (a) =
x−a
A equação de T fica
y = f (a) + f 0 (a)(x − a)
Exemplo 22.3
y (1 + h)2 − 12
mT = lim = lim (2 + h) = 2
h→0 h h→0
Equação de T
y = 1 + 2(x − 1) = 2x − 1
x
vez estabelecidas, o cálculo de derivadas se resume à aplicação dessas regras sem a necessidade
433
f (x) f 0 (x) f (x) f 0 (x)
c 0 x 1
√ 1
x √ xr rxr−1
2 x
ax ax ln a ex ex
1 1
loga x ln x
x ln a x
1
senx cosx arcsenx √
1 − x2
−1
cosx −senx arccosx √
1 − x2
1
tgx sec2 x arctgx
1 + x2
Exemplo 22.4
Sejam f , g e h funções tais que f (x) = g(x) + h(x). Supondo conhecidas g 0 (x) e h0 (x), encontre
f 0 (x).
434
Exemplo 22.5
n
(a + b)n = Cni an−i bi = an + nan−1 b + Cn2 an−2 b2 + · · · + nabn−1 + bn
X
i=0
Daı́
Consequentemente
(x + h)n − xn
= nxn−1 + Cn2 xn−2 h + · · · + nxhn−2 + hn−1
h
Portanto
f (x + h) − f (x) (x + h)n − xn
f 0 (x) = lim = lim = nxn−1
h→0 h h→0 h
Derivada de um polinômio
Então
435
Exemplo 22.6
1
g(x) = ln x + 2senx + 5x =⇒ g 0 (x) = + 2cosx + 5x ln 5.
x
√ 1 1 1 1 1
h(x) = x = x2 =⇒ h0 (x) = 21 x 2 −1 = 12 x− 2 = = √ .
2x 2 x
1
2
F (x) = (2x + 3)(ex + 5x) =⇒ F 0 (x) = (2x + 3)0 (ex + 5x) + (2x + 3)(ex + 5x)0 =
Exemplo 22.7
senx
A derivada da tgx = pode ser obtida aplicando-se a Regra do Quociente.
cosx
De fato
436
22.5 Regra da Cadeia
Sejam f e g tais que a função composta h = g ◦ f esteja definida.
Então
Exemplo 22.8
Exemplo 22.9
A Regra da Cadeia deve ser sucessivamente aplicada no caso de várias funções compostas.
Seja
f (x) = [tg(5x)]3
Então
437
Exemplo 22.10
2x + 1 2x + 1 2x + 1
4 3 0
f (x) = =⇒ f (x) = 4
0
=
3x − 1 3x − 1 3x − 1
2x + 1 2(3x − 1) − 3(2x + 1)
3
=4 ×
3x − 1 (3x − 1)2 =
20(2x + 1)3
=−
(3x − 1)5
√ 2 cosx
g(x) = 3
senx =⇒ g 0 (x) = 13 (senx)− 3 × cosx = q
3 (senx)2
3
3x2 + 6x + 2
u(x) = ln(x3 + 3x2 + 2x) =⇒ u0 (x) =
x3 + 3x2 + 2x
Exemplo 22.11
Seja r ∈ R. Então
r
xr = eln x = er ln x
1
(xr )0 = (er ln x )0 = er ln x × (r ln x)0 = xr × r × = rxr−1
x
438
22.6 Derivada da Função Inversa
Seja f uma função bijetora. Então
(f ◦ f −1 )(x) = f (f −1 (x)) = x
Portanto
1
(f −1 )0 (x) = desde que f 0 (f −1 (x)) 6= 0
f 0 (f −1 (x))
Exemplo 22.12
√
Sejam f : R+ −→ R+ dada por f (x) = x2 e sua inversa f −1 : R+ −→ R+ dada por f −1 (x) = x.
Temos que
√
f 0 (x) = 2x e f 0 (f −1 (x)) = 2f −1 (x) = 2 x
Dai
1 1
(f −1 )0 (x) = = √
f 0 (f −1 (x)) 2 x
√ 1 1 1 1
f −1 (x) = x = x2 =⇒ (f −1 )0 (x) = x− 2 = √
2 2 x
439
22.7 Derivada da Função Implı́cita
A equação y = x2 + 1 define y explicitamente em função de x pois y = f (x) = x2 + 1.
Nem sempre é possı́vel isolar y para explicitar a função f tal que y = f (x). Não é evidente que
uma equação tal qual y 4 + 3y − 4x3 − 5x + 1 = 0 determine uma função implı́cita f tal que
y = f (x).
Entretanto, se uma dada equação F (x, y) = 0 determina uma função derivável f tal que
Exemplo 22.13
Supondo que a equação y 4 + 3y − 4x3 − 5x + 1 = 0 defina uma função derivável f tal que
Portanto
12x2 + 5
y 0 = f 0 (x) =
4y 3 + 3
440
Exemplo 22.14
A derivada de f (x) = arcsenx pode ser obtida por derivação implı́cita. De fato
y = arcsenx ⇐⇒ seny = x
1
(cosy).y 0 = 1 =⇒ y 0 =
cosy
e
f (c + h) − f (c) f (x) − f (c)
f−0 (c) = lim− = lim−
h→0 h x→c x−c
esquerda de f em c.
De acordo com o Teorema 21.1 de limites, a derivada de uma função em um ponto c existe se
441
Exemplo 22.15
x2 , x ≤ 1
Determine os pontos em que f : R −→ R definida por f (x) =
1 , x>1
é derivável.
f (x) − f (1) x2 − 1
f−0 (1) = lim− = lim− = lim− (x + 1) = 2
x→1 x−1 x→1 + x − 1 x→1
e
f (x) − f (1) 1−1
f+0 (1) = lim+ = lim+ =0
x→1 x−1 x→1 x − 1
Exemplo 22.16
|0 + h| − |0| |h| h
f+0 (0) = lim+ = lim+ = lim+ = 1
h→0 h h→0 h h→0 h
e
|0 + h| − |0| |h| −h
f−0 (0) = lim− = lim− = lim− = −1
h→0 h h→0 h h→0 h
442
22.9 Funções Deriváveis e Continuidade
Seja f uma função tal que f 0 (c) existe.
Então
f (x) − f (c)
f (x) − f (c) = .(x − c) =⇒ lim[f (x) − f (c)] = f 0 (c).0 = 0
x−c x→c
Daı́
Portanto, f é contı́nua em c.
Assim, se uma função é derivável em um ponto c então ela é contı́nua neste ponto.
Exemplo 22.17
(1) f (0) = 0
(2) lim+ |x| = lim+ x = 0 e lim |x| = lim− (−x) = 0 =⇒ lim |x| = 0
x→0 x→0 x→0− x→0 x→0+
Entretanto, como já visto no exemplo 12.16, a função módulo não é derivável em x = 0.
443
22.10 Derivadas de Ordem Superior
Se a derivada f 0 de uma função f também for derivável, sua derivada (f 0 )0 = f 00 é chamada
Para a derivada de quarta ordem em diante, usa-se a notação f (4) , f (5) , etc. De modo geral,
Regra de L’Hopital
f (x) 0 f (x) ±∞
lim = ou lim =
x→a g(x) 0 x→a g(x) ±∞
então
f (x) f 0 (x)
lim = lim 0
x→a g(x) x→a g (x)
0 ±∞
• A Regra de L’Hopital só pode ser aplicada nos casos ou
0 ±∞
f 0 (x) 0 ±∞
• Se também assume a forma indeterminada ou , a Regra de L’Hopital pode
g 0 (x) 0 ±∞
ser aplicada novamente e assim sucessivamente.
444
Exemplo 22.18
cosx + 2x − 1 0
L = lim =
x→0 3x 0
−senx + 2 2
L = lim = .
x→0 3 3
Exemplo 22.19
ex + e−x − 2 0
L = lim =
x→0 1 − cos2x 0
ex − e−x 0
L = lim = .
x→0 2sen2x 0
ex + e−x 1
L = lim = .
x→0 4cos2x 2
445
Exemplo 22.20
ln x ∞
L = x→∞
lim √ =
x ∞
Aplicando L’Hopital
√
1/x 2 x 2
L = lim √ = lim = lim √ = 0.
x→∞ 1/2 x x→∞ x x→∞ x
Não é possı́vel aplicarmos diretamente a Regra de L’Hopital aos demais limites indeterminados.
O caso 0.∞
f (x)
Se f (x)g(x) assume a forma indeterminada 0.∞ então, escrevendo f (x)g(x) = obtemos
1/g(x)
g(x)
0/0. Por outro lado, escrevendo, f (x)g(x) = , obtemos ∞/∞.
1/f (x)
Exemplo 22.21
L = lim+ x2 ln x = 0.(−∞)
x→0
ln x −∞
Reescrevendo o limite, temos que L = lim+ =
x→0 1/x 2 ∞
1/x x2
L = lim+ = lim = 0.
x→0 −2/x3 x→0+ −2
446
Exemplo 22.22
1
L = x→∞
lim x.sen = ∞.0
x
sen(1/x)
Escrevendo L = lim e , pondo y = 1/x , obtemos
x→∞ 1/x
seny
L = lim = lim cosy = 1.
y→0 y y→0
As Formas 1∞ , 00 e ∞0
Nestes casos, a expressão f (x)g(x) que está provocando a indeterminação deve ser escrita na
Exemplo 22.23
L = lim (1 + 3x)1/2x = 1∞
x→0
ln(1 + 3x) 0
L = lim e(1/2x) ln(1+3x) = eλ onde λ = lim =
x→0 x→0 2x 0
Aplicando L’Hopital
3 3
λ = lim = =⇒ L = e3/2
x→0 2(1 + 3x) 2
447
A Forma ∞ − ∞
Exemplo 22.24
x2 + 4
!
x2
L = lim − =∞−∞
x→∞ x−1 x+1
Entretanto
(x2 + 4)(x + 1) − x2 (x − 1) x3 + x2 + 4x + 4 − x3 + x2
L = x→∞
lim = x→∞
lim
(x − 1)(x + 1) x2 − 1
Portanto
2x2 + 4x + 4 ∞
L = lim =
x→∞ x −1
2 ∞
448
Exercı́cios
1] Encontre y 0 se
x2 + 1 1 x2 + 1
1.5) y = (x + 1)100 1.6) y = 1.7) y = 1.8) y =
3 x5 x3
√ √
x+1 2
3
√ x5
1.9) y = 1.10) y = 3
x 1.11) y = √ 1.12) y = 5
√
2 5
x3 x3
1−x
s
x √
1.13) y = 2 1.14) y = x(x3 + x2 + x + 1) 1.15) y =
x +1 1+x
√
√ √ 3
x−1
1.16) y = x+1 x−1
3
1.17) y = √
x+1
√
x3 + x2 + 1 x
1.18) y = √ 1.19) y =
x x3 + x2 + 1
√ √ √
1.20) y = e2x 1.21) y = e 1.22) y = 2 1.23) y = 3
x x 3 x
√
1.24) y = 2x × 3x 1.25) y = 5x 1.26) y = 2 × 2x 1.27) y = 3cos x
5 x 2
ln x x−1
1.32) y = log2 x2 1.33) y = 1.34) y = ln 1.35) y = ln(ln x)
x2 + 1 x+1
449
1.36) y = sen(2x) 1.37) y = 2senxcosx 1.38) y = ln(senx) 1.39) y = tg(x2 + 1)
senx − 1
3 !
x3
1.40) y = cos(ln x2 ) 1.41) y = 1.42) y = arcsen
senx + 1 2
√
3] Encontre o ponto de tangência da reta de equação 6x + 3y − 12 = 0 à curva y = x − 3.
eh − 1
4] Mostre que lim = 1 e use este resultado para mostrar que (ex )0 = ex .
h→0 h
5] Sabendo que ax = eln a = ex ln a , use a Regra da Cadeia para mostrar que (ax )0 = ax . ln a.
x
1
6] Sabendo que eln x = x, use a derivada da função inversa para deduzir (ln x)0 = .
x
ln x
7] Use a fórmula de mudança de base loga x = e o exercı́cio 1.49 para deduzir a fórmula
ln a
1
(loga x)0 = .
x. ln a
senx 1 − cosx
8] Use lim = 1 , lim = 0 e sen(a + b) = senacosb + cosasenb para
x→0 x x→0 x
450
π
9] Sabendo que cosx = sen − x , deduza (cosx)0 = −senx
2
10] Use a derivada da função implı́cita para deduzir a fórmula da derivada do arccosx.
11] Use a derivada da função implı́cita e a relação sec2 y = 1 + tg2 y para deduzir a fórmula
da derivada do arctgx.
3x − 1 , x < 2
12] Calcule as derivadas laterais em x = 2 de f : R −→ R , f (x) =
7−x , x≥2
sen2 x , x ≤ 0
13] Determine a, b e c para que f : R −→ R , f (x) = ax2 + b , 0 < x ≥ c
ln x , c < x
seja derivável em R.
x3 − 3x + 2 ln senx ex
15.1) lim 15.2) lim+ 15.3) lim
x→1 x2 − 2x − 1 x→0 ln sen2x x→∞ x3
ex 3x − 3
15.4) lim ,n>0 15.5) lim 15.6) lim e−x . ln x
x→∞ xn x→∞ 5x − 5 x→∞
1 senx 1 1
!
15.7) lim x2 e1/x − 1 15.8) lim 2 1 − 15.9) lim −√
x→∞ x→0 x x x→0+ x x
x1
1 + ex 1 x − tgx
15.10) lim+ 15.11) lim ex + x2 x
15.12) lim
x→0 2 x→∞ x→0 senx
451
Respostas
2x
1.4) y 0 = −15x2 + 6x + 1 1.5) y 0 = 100(x + 1)99 1.6) y 0 =
3
5 1 3 1
1.7) y 0 = − 1.8) y 0 = − − 4 1.9) y 0 = √
x6 x 2 x 4 x
√
1 6 16 15 x
1.10) y = √0
1.11) y = − √ 0
1.12) y =0
3 x2
3
5 x8
5
15
√ √ √
1 − x2 7 x 5 5 x3 3 x 1
1.13) y 0 = 2 1.14) y =
0
+ + + √
(x + 1)2 2 2 2 2 x
−1 5x − 1
1.15) y 0 = √ q 1.16) y 0 = √ q
1 − x (1 + x)3 6 x + 1 3 (x − 1)2
2x2 + x + 5
1.17) y 0 = q q
6 3 (x − 1)2 (x + 1)3
√ √
5 x 3 3 x 1
1.18) y 0 = + − √
2 2 2 x3
√ √ 1
−5 x 5 − 3 x3 + x − 2
1.19) y =
0
2(x3 + x2 + 1)2
√ √
e x 2 x
. ln 2
1.20) y = 2e
0 2x
1.21) y = √ 0
1.22) y =0 √
2 x 2 x
√
3 . ln 3
3x
1.23) y = 1.24) y 0 = 6x . ln x 1.25) y 0 = (5x4 ).5x . ln 5
0 5
√
3 x2
3
1
!
√
1.26) y 0 = 2 (x2 + x)
. ln 2. 2x + √
2 x
452
1.27) y 0 = −3cos x . ln 3.senx 1.28) y 0 = xx (ln x + 1)
cosx 2
1.31) y = x
0 cos x
− senx. ln x 1.32) y 0 =
x x. ln 2
x2 (1 − 2 ln x) + 1 2
1.33) y 0 = 1.34) y 0 =
x(x2 + 1)2 x2 − 1
1
1.35) y 0 = 1.36) y 0 = 2cos2x
x. ln x
6x2
1.42) y = 0
1.43) y 0 = (senx)cos x [cotgx − senx. ln(senx)]
4 + x6
1 √
13) a = , b=0 , c= e 14) 8
2e
453
√
15.6) 0 15.7) ∞ 15.8) 1/6 15.9) ∞ 15.10) e
15.11) e 15.12) 0
454