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Exemplo 1 Considere o conjunto A = {1, 3, 5, 7}. O conjunto A também pode ser definido da
seguinte forma:
A = {x ∈ N | x é ı́mpar, x < 8}.
Definimos o conjunto vazio como sendo aquele que não possui nenhum elemento.É normal-
mente denotado por ∅ ou { }. Um conjunto é dito unitário quando possui um único elemento.
x ∈ A ⇐⇒ x ∈ B.
Relação de Inclusão: Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que A está contido em B ou que A
é subconjunto de B, e dentamos por A ⊆ B, se todo elemento de A é também elemento de B.
Observe que isso equivale a dizer que a seguinte implicação é válida:
x ∈ A =⇒ x ∈ B.
1
Proposição 3 Se A é um conjunto qualquer, então ∅ ⊆ A.
Definição 4 Dado A um conjunto qualquer, definimos o conjunto das partes (ou conjunto dos
subconjunto) de A, denotado por P(A), como sendo o conjunto cujos elementos são exatamente
os subconjuntos de A, isto é,
P(A) = {X | X ⊆ A}.
Observe que, seja qual for o conjunto A, o conjunto P(A) não é vazio, pois ∅, A ∈ P(A).
P(A) = {∅, {1}, {2}, {3}, {1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, A}.
Exemplo 7 Sendo A um conjunto, temos que P(A) é finito se, e somente se, A é finito.
Vamos agora definir as principais operações entre conjuntos. Sejam A e B conjuntos quais-
quer.
A ∪ B = {x | x ∈ A ou x ∈ B}.
A ∩ B = {x | x ∈ A e x ∈ B}.
A − B = {x ∈ A | x ∈
/ B} = {x | x ∈ A e x ∈
/ B}.
A △ B = (A − B) ∪ (B − A).
2
Propriedades 8 Sendo A, B e C conjuntos quaisquer, valem:
a) Se A ⊆ B e B ⊆ C, então A ⊆ C.
b) A ⊆ B, então A ∩ C ⊆ B ∩ C e A ∪ C ⊆ B ∪ C.
c) Se A ⊆ C e B ⊆ C, então A ∪ B ⊆ C.
d) A ⊆ A ∪ B e B ⊆ A ∪ B.
e) A ∩ B ⊆ A e A ∩ B ⊆ B.
f ) A ∩ A = A ∪ A = A ∪ ∅ = A.
g) A ∩ ∅ = ∅ e A − A = ∅.
h) A ∪ B = B ∪ A e A ∩ B = B ∩ A.
i) (A ∪ B) ∪ C = A ∪ (B ∪ C) e (A ∩ B) ∩ C = A ∩ (B ∩ C).
j) A ∪ B = B ⇐⇒ A ⊆ B.
k) A ∩ B = B ⇐⇒ B ⊆ A.
l) A ∪ (A ∩ B) = A.
m) A ∩ (A ∪ B) = A.
n) Se A, B ⊆ D, então A − B = A ∩ CD (B) e CD (CD (A)) = A.
Dados os pares ordenados (a, b), (c, d) ∈ A × B, dizemos que (a, b) é igual a (c, d) (notação:
(a, b) = (c, d)) se a = c e b = d.
Sendo A um conjunto, costumamos denotar o produto cartesiano A × A por A2 .
A × B = {(a, 1), (a, 2), (a, 3), (b, 1), (b, 2), (b, 3)} e
B × A = {(1, a), (1, b), (2, a), (2, b), (3, a), (3, b)}.
3
Sejam A1 , A2 , . . . , An conjuntos. Definimos o produto cartesiano A1 × A2 × . . . × An como
sendo o conjunto de todas as n-uplas ordenadas (a1 , a2 , . . . , an ), com a1 ∈ A1 , a2 ∈ A2 , . . . ,
an ∈ An . Assim,
A1 × A2 × . . . × An = {(a1 , a2 , . . . , an ) | ai ∈ Ai , 1 ≤ i ≤ n}.
n f atores
Observação 14 O produto cartesiano de n conjuntos é vazio se, e somente se, algum dos n
conjuntos é vazio.
A × B × C = {(a, 1, x), (a, 1, y), (a, 2, x), (a, 2, y), (a, 3, x), (a, 3, y),
(b, 1, x), (b, 1, y), (b, 2, x), (b, 2, y), (b, 3, x), (b, 3, y)}.
Fica como exercı́cio para o leitor determinar B × A × C, A × C × C e (A × B) × C.
Sendo A um conjunto finito, vamos denotar por |A| a quantidade de elementos de A. Sendo
A infinito, dizemos que a quantidade de elementos de A é infinita e denotamos |A| = ∞.
Demonstração. Como A é finito, temos que A − B e B são finitos, pois são subconjuntos de A.
Ademais, como A − B e B são disjuntos A = B ∪ (A − B), segue da proposição anterior que
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Demonstração. Temos A ∪ B = B ∪ (A − B). Como A − B e B são finitos e disjuntos, segue
da proposição anterior que A ∪ B é finito e |A ∪ B| = |B| + |A − B|. Obervando agora que
A−B = A−(A∩B) e que A∩B ⊆ A, concluı́mos do corolário anterior que |A−B| = |A|−|A∩B|,
o que conclui a demonstração.
O próximo resultado fornece o número de elementos de um produto cartesiano.
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FUNÇÕES
Definição 22 Sejam A e B dois conjuntos não vazios. Uma função (ou aplicação) f de A em
B é uma lei que a CADA elemento de A associa um ÚNICO elemento de B.
f : A −→ B
Notações: f : A −→ B, .
x 7−→ f (x)
Observe então que a imagem de f é o conjunto dos elementos de B que são imagem de
algum elemento de A por f . Logo, Im f ⊆ B.
Sendo A e B conjuntos não vazios, denotaremos por F(A; B) o conjunto de todas as funções
de A em B. No caso particular A = B, podemos denotar F(A; B) por F(A).
g : Z −→ Z
.
n 7−→ g(n) = 2n
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Exemplo 28 Considerando a função
h : IR −→ IR
.
x 7−→ h(x) = x + 1
Exemplo 30 Sejam A e B conjuntos não vazios quaisquer. Dizemos que uma função
f : A −→ B é constante se existe b0 ∈ B tal que f (x) = b0 para todo x ∈ A. Neste caso,
dizemos que f é a função constante igual a b0 , e denotamos por f ≡ b0 . Observe que D(f ) = A,
CD(f ) = B e Im f = {b0 }. Observe também que um função é constante se, e somente se, sua
imagem é um conjunto unitário.
P = {n ∈ N | n é par} e I = {n ∈ N | n é ı́mpar}
7
Exemplo 34 Se A é um conjunto não vazio qualquer e IdA é a função identidade de A (veja
o Exemplo 29), então Gr(IdA ) = {(a, a) | a ∈ A}.
h : IR −→ IR
,
x 7−→ h(x) = x + 1
f (x) = f (y) =⇒ x = y.
Exemplo 40 A função
g : Z −→ Z
n 7−→ g(n) = 2n
é injetora, mas não é sobrejetora.
Exemplo 41 A função
π : IR × IR −→ IR
(x, y) 7−→ π(x, y) = x
é sobrejetora, mas não é injetora.
Exemplo 42 A função
h : IR −→ IR
x 7−→ h(x) = x + 1
é injetora e sobrejetora, sendo portanto bijetora.
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Exemplo 43 A função f : N −→ Z, definida por
n−1
, se n é ı́mpar
2
f (n) =
−
n
, se n é par
2
é bijetora.
f −1 (Y ) = {x ∈ A | f (x) ∈ Y }.
f −1 (Y ) ̸= ∅ ⇐⇒ Y ∩ Im f ̸= ∅.
Convenciona-se que f (∅) = ∅.
f : IR −→ IR
.
x 7−→ f (x) = x2 + 1
Dados X1 = {1, 0, −1, 3}, X2 = [−4, 1], Y1 = {0, 2, 5} e Y2 = [−3, 1/2]. Temos f (X1 ) =
{f (1), f (0), f (−1), f (3)} = {2, 1, 10}, f (X2 ) = [1, 17], f −1 (Y1 ) = {1, −1, 2, −1} e f −1 (Y2 ) = ∅.
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Propriedades 49 Sejam A e B conjuntos não vazios e f : A −→ B uma função. Para X,
Y ⊆ A e Z, W ⊆ B, tem-se:
a) f (X ∪ Y ) = f (X) ∪ f (Y ).
b) f (X ∩ Y ) ⊆ f (X) ∩ f (Y ).
c) Se X ⊆ Y , então f (X) ⊆ f (Y ).
d) f (X) − f (Y ) ⊆ f (X − Y ).
e) f −1 (W ∪ Z) = f −1 (W ) ∪ f −1 (Z).
f ) f −1 (W ∩ Z) = f −1 (W ) ∩ f −1 (Z).
g) Se W ⊆ Z, então f −1 (W ) ⊆ f −1 (Z).
h) f −1 (W − Z) = f −1 (W ) − f −1 (Z).
i) X ⊆ f −1 (f (X)).
j) f (f −1 (W )) ⊆ W .
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segue, por hipóteses, que a = x. Logo, a ∈ X e assim temos f −1 (f (X)) ⊆ X.
ii) =⇒ iii) Suponhamos (ii). Se X1 , X2 ⊆ A satisfazem f (X1 ) = f (X2 ), devemos ter
f −1 (f (X1 )) = f −1 (f (X2 )). Assim, por hipótese, temos X1 = X2 .
iii) =⇒ iv) Mostremos a contrapositiva desta implicação. Suponhamos então que (iv) não vale
e tomemos b ∈ B tal que f −1 ({b}) não é vazio nem unitário. Assim, devem existir x1 e x2
elementos distintos de f −1 ({b}). Logo, f (x1 ) = b = f (x2 ), ou seja, f ({x1 }) = {b} = f ({x2 }),
com {x1 } ̸= {x2 }. Temos então a negativa de (iii).
iv) =⇒ i) Suponhamos (iv) e tomemos x1 , x2 ∈ A tais que f (x1 ) = f (x2 ). Façamos f (x1 ) = b.
Assim, b ∈ B e f −1 ({b}), não sendo vazio, deve ser unitário, por hipótese. Mas, {x1 , x2 } ⊆
f −1 ({b}). Logo, devemos ter x1 = x2 , donde concluı́mos que f é injetora.
g ◦ f : A −→ C
.
x 7−→ (g ◦ f )(x) = g(f (x))
F IR2 −→ IR G : IR −→ IR2
e .
(x, y) 7−→ F (x, y) = x + y x 7−→ G(x) = (x, x2 )
11
Temos F ◦ G : IR −→ IR e G ◦ F : IR2 −→ IR2 são dadas por
Se x < 0, então {
2x2 − 1 , se x2 ≤ 3
(g ◦ f )(x) = g(x2 ) = .
x2 − 3 , se x2 > 3
Assim,
x−2 , se x>2
2x + 1 , se 0≤x≤2
(g ◦ f )(x) = √ .
2x2 − 1 , se − 3≤x<0
2 √
x −3 , se x<− 3
É deixado como exercı́cio para o leitor o cálculo de (f ◦ g)(x), (f ◦ f )(x) e (g ◦ g)(x).
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e) Se f e g são injetoras, então g ◦ f também é.
f ) Se f e g são sobrejetoras, então g ◦ f também é.
g) Se f e g são bijetoras, então g ◦ f também é.
h) Se g ◦ f é injetora, então f é injetora.
i) Se g ◦ f é sobrejetora, então g é sobrejetora.
Mostremos primeiramente que se tal função G : B −→ A existe, então ela é única. De fato,
suponhamos g1 : B −→ A satisfazendo f ◦ g1 = IdB e g1 ◦ f = IdA . Temos então f ◦ g1 = f ◦ g
e daı́ g1 ◦ (f ◦ g1 ) = g1 ◦ (f ◦ g). Portanto, (g1 ◦ f ) ◦ g1 = (g1 ◦ f ) ◦ g e, como g1 ◦ f = IdA , temos
IdA ◦ g1 = IdA ◦ g, ou seja, g1 = g.
Sendo f : A −→ B inversı́vel, a única função g : B −→ A que satisfaz f ◦ g = IdB e
g ◦ f = IdA é chamada de função inversa de f e é denotada por f −1 . Assim,
f ◦ f −1 = IdB e f −1 ◦ f = IdA .
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Sendo f : A −→ B uma função inversı́vel, temos f −1 : B −→ A. Se x ∈ A, y ∈ B e
y = f (x), temos
x = IdA (x) = (f −1 ◦ f )(x) = f −1 (f (x)) = f −1 (y).
Por outro lado, se x = f −1 (y), então
Resumindo, temos
y = f (x) ⇐⇒ x = f −1 (y).
Teorema 63 Seja f : A −→ B uma função. Então, f é inversı́vel se, e somente se, f bijetora.
Exemplo 64 Sendo A um conjunto não vazio qualquer, vemos facilmente que IdA é bijetora
e Id−1
A = IdA .
Exemplo 66 A função
h IR −→ IR
x 7−→ h(x) = x + 2
é bijetora. Temos h−1 : IR −→ IR e, para cada x ∈ IR, x = (h ◦ h−1 )(x) = h(h−1 (x)) =
h−1 (x) + 2, donde h−1 (x) = x − 2.
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Exemplo 67 Considere os conjuntos A = {a, b}, B = {a, x, y} e I = {1, 2, 3, 4, 5, 6}. A função
g : A × B −→ I, definida por g(a, a) = 1, g(a, x) = 4, g(a, y) = 5, g(b, a) = 3, g(b, x) = 2 e
g(b, y) = 6, é bijetora. Sua inversa g −1 : I −→ A×B é dada por g −1 (1) = (a, a), g −1 (2) = (b, x),
g −1 (3) = (b, a), g −1 (4) = (a, x), g −1 (5) = (a, y) e g −1 (6) = (b, y).
Exemplo 68 A função
F IR2 −→ IR2
(x, y) 7−→ F (x, y) = (2y, x − y)
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Definição 72 Seja f : A −→ B uma função. Dizemos que uma função g : B −→ A é:
a) Uma inversa à direita de f se f ◦ g = IdB .
b) Uma inversa à esquerda de f se g ◦ f = IdA .
Exemplo 74 A função
f : N −→ Z
n 7−→ f (n) = 2n
possui inversa à esquerda. De fato, observe que g : Z −→ N, definida por
x
2 , se x é par
f (x) =
3 , se x é ı́mpar
satisfaz g ◦ f = IdN .
possui inversa à direita. Observe que a função h1 : C −→ IR definida por h(−1) = −5, h(0) = 0
e h(1) = 2, satisfaz h ◦ h1 = IdC .
Observação 76 Nos dois últimos exemplos, observe que f possui outras inversas à esquerda
e que h possui outras inversas à direita.
Demonstração. a) Suponhamos que f possui inversa à direita, isto é, h : B −→ A tal que
f ◦ h = IdB . Dado y ∈ b, temos que y = (f ◦ h)(y) = f (h(y)). Como h(y) ∈ A e f (h(y)) = y,
concluı́mos que f é sobrejetora.
Suponhamos agora que f é sobrejetora. Então, dado b ∈ B, temos que f −1 ({b}) é não
vazio. Assim, definamos h : B −→ A de modo que h(b) ∈ f −1 ({b}). Temos então (f ◦ h)(b) =
f (h(b)) = b para todo b ∈ B, donde f ◦ h = IdB .
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b) Suponhamos que f possui inversa à esquerda, isto é, g : B −→ A tal que g ◦ f = IdA .
Dados x1 , x2 ∈ A tais que f (x1 ) = f (x2 ), devemos ter g(f (x1 )) = g(f (x2 )), donde segue que
x1 = (g ◦ f )(x1 ) = (g ◦ f )(x2 ) = x2 .Logo, f é injetora.
Suponhamos agora f injetora. Fixado a0 ∈ A, consideremos a função g : B −→ A definida
da seguinte forma:
- Sendo b ∈ Im f , g(b) é igual ao único elemento pertencente a f −1 ({b});
- Sendo b ∈ B − (Im f ), g(b) = a0 . Nestas condições, para todo a ∈ A temos (g ◦ f )(a) =
g(f (a)) = a e assim g ◦ f = IdA .
c) Como g ◦ f = IdA , temos (g ◦ f ) ◦ h = IdA ◦ h = h. Mas, (g ◦ f ) ◦ h = g ◦ (f ◦ h) e f ◦ h = IdB .
Logo,
h = (g ◦ f ) ◦ h = g ◦ (f ◦ h) = g ◦ IdB = g.
Daı́, g ◦ f = IdA e f ◦ g = f ◦ h = IdB , e portanto concluı́mos que f é inversı́vel e g = f −1 .
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OPERAÇÕES BINÁRIAS
Definição 78 Seja A um conjunto não vazio. Uma operação (binária) em A é uma aplicação
∗ : A × A −→ A
.
(a, b) 7−→ a ∗ b
Exemplo 81 Sendo A um conjunto não vazio, considere o conjunto F(A) de todas as funções
de A em A. Neste conjunto, temos a operação de composição de funções:
∗ : Z+ × Z+ −→ Z+
(x, y) 7−→ x ∗ y = |x − y|
∗ : A × A −→ A
(x, y) 7−→ x ∗ y = c
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Exemplo 84 No conjunto A = {a} há apenas uma operação possı́vel: ∗ : A × A −→ A,
definida por a ∗ a = a.
Considerando agora o conjunto B = {x, y}, temos que em B podemos definir exatamente
16 operações distintas (fica como exercı́cio para o leitor encontrar todas essas operações).
Exemplo 85 Sendo X um conjunto, considere o conjunto P(X) das partes de X (isto é, o
conjunto de todos os subconjuntos de X). Temos que a união e a interseção de conjuntos:
∨ : P × P −→ P ∧ : P × P −→ P
e .
(x, y) 7−→ x ∨ y = max{x, y} (x, y) 7−→ x ∧ y = min{x, y}
⊕ : Zn × Zn −→ Zn ⊙ : Zn × Zn −→ Zn
e .
(a, b) 7−→ a ⊕ b = rn (a + b) (a, b) 7−→ a ⊙ b = rn (ab)
É importante observar que quando denotamos a operação por “+” (notação aditiva), usamos
a notação na ao invés de an .
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∗ a1 ... aj ... an
a1 a1 ∗ a1 ... a1 ∗ aj ... a1 ∗ an
.. .. .. ..
. . . .
ai ai ∗ a1 ... ai ∗ aj ... ai ∗ an
.. .. .. ..
. . . .
an an ∗ a1 ... an ∗ aj ... an ∗ an
Exemplo 89 Sendo A = {a, b}, temos P(A) = {∅, {a}, {b}, A}. Tábua da operação de in-
terseção em P(A):
∩ ∅ {a} {b} A
∅ ∅ ∅ ∅ ∅
{a} ∅ {a} ∅ {a}
{b} ∅ ∅ {b} {b}
A ∅ {a} {b} A
⊕ 0 1 2 3 4
0 0 1 2 3 4
1 1 2 3 4 0
2 2 3 4 0 1
3 3 4 0 1 2
4 4 0 1 2 3
Associatividade e Comutatividade
Exemplo 93 Seja M2 (IR) o conjunto de todas as matrizes 2 × 2 com entradas reais. Temos
que a multiplicação usual de matrizes
( em
) M2 (IR) (
é associativa.
) Observe que esta operação não
1 0 1 0
é comutativa, pois sendo A = e B= , temos AB ̸= BA.
0 0 1 1
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Exemplo 94 Considere no conjunto Z+ = {n ∈ Z | n ≥ 0} a operação
∗ : Z+ × Z+ −→ Z+
.
(x, y) 7−→ x ∗ y = |x − y|
Observando que
(2 ∗ 3) ∗ 4 = 1 ∗ 4 = 3 ̸= 1 = 2 ∗ 1 = 2 ∗ (3 ∗ 4)
concluı́mos que “ ∗ ” não é associativa. Quanto à comutatividade, sendo a, b ∈ Z+ , temos que
|a − b| = |b − a|, ou seja, a ∗ b = b ∗ a, e portanto “ ∗ ” é comutativa.
/ : Q∗ × Q∗ −→ Q∗
.
(a, b) 7−→ a/b
Esta operação não é associativa nem comutativa. De fato, não é comutativa, pois 1/2 ̸= 2/1; e
não é associativa, pois (2/3)/6 = 1/9 ̸= 4 = 2/(3/6).
a ⊕ b = rn (a + b) = rn (b + a) = b ⊕ a e a ⊙ b = rn (ab) = rn (ba) = b ⊙ a.
(a ⊕ b) ⊕ c ≡ (a ⊕ b) + c ≡ (a + b) + c (mod n).
Temos que esta operação é associativa. De fato, dados (a, b), (c, d), (e, f ) ∈ IR2 , temos
((a, b) ∗ (c, d)) ∗ (e, f ) = (ac, ad) ∗ (e, f ) = (ace, acf ) = (a, b) ∗ (ce, cf ) = (a, b) ∗ ((c, d) ∗ (e, f )).
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Observemos agora que “ ∗ ” não é comutativa. De fato, para (a, b), (c, d) ∈ IR2 , temos
a1 ∗ . . . ∗ an = (a1 ∗ . . . ∗ ar ) ∗ (ar+1 ∗ . . . ∗ an )
| ∗ .{z
an+m = a . . ∗ a} = a
| ∗ .{z
. . ∗ a} ∗ a
| ∗ .{z
. . ∗ a} = an ∗ am .
n+m n m
Elemento Neutro
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Exemplo 100 O número 0 é elemento neutro para a adição usual nos conjuntos numéricos Z,
Q, IR e C. O número 1 é elemento neutro para a multiplicação usual nos conjuntos numéricos
Z, Q, IR e C.
Exemplo 101 O produto usual de matrizes, definido em Mn (IR), possui elemento neutro, o
qual é a matriz identidade n × n.
Exemplo 102 Sejam A um conjunto não vazio e F(A) o conjunto de todas as funções de A em
A. A operação de composição de funções possui elemento neutro em F(A), o qual é a função
identidade.
∗ : A × A −→ A △: A × A −→ A
e .
(x, y) 7−→ x ∗ y = y (x, y) 7−→ x △ y = x
Observe que todo elemento do conjunto A é elemento neutro à esquerda para a operação
“ ∗ ”. Também se observa que todo elemento do conjunto A é elemento neutro à direita para
a operação “ △ ”. Por outro lado, a menos que A seja unitário, nem “ ∗ ” tem elemento neutro
à direita, nem “ △ ” tem elemento neutro à esquerda.
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Proposição 107 Sejam A um conjunto e “ ∗ ” uma operação em A. Valem:
a) Se “ ∗ ” possui algum elemento neutro à direita e algum elemento neutro à esquerda, estes
devem ser iguais.
b) Se “ ∗ ” possui elemento neutro, este deve ser único.
c) Se “∗” é comutativa, então um elemento neutro à esquerda deve ser também elemento neutro
à direita, e vice-versa.
Elementos Simetrizáveis
Definição 108 Sejam A um conjunto e “ ∗ ” uma operação com elemento neutro em A (deno-
temos por “e” o elemento neutro). Dizemos que um elemento x ∈ A é:
a) simetrizável à direita em relação a “∗” se existe y ∈ A tal que x∗y = e. Neste caso, dizemos
que y é um simétrico à direita de x em relação a “ ∗ ”.
b) simetrizável à esquerda em relação a “ ∗ ” se existe z ∈ A tal que z ∗ x = e. Neste caso,
dizemos que z é um simétrico à esquerda de x em relação a “ ∗ ”.
c) simetrizável em relação a “ ∗ ” se existe x′ ∈ A tal que x ∗ x′ = x′ ∗ x = e. Neste caso,
dizemos que x′ é um simétrico de x em relação a “ ∗ ”.
Sendo “ ∗ ” uma operação com elemento neutro num conjunto A, denotaremos por U (A, ∗)
o conjunto dos elementos simetrizáveis de A em relação a “ ∗ ”. Observe que sendo e o elemento
neutro desta operação, tem-se que e ∈ U (A, ∗).
Exemplo 109 Sejam A um conjunto e “ ∗ ” uma operação com elemento neutro em A. Temos
que se x ∈ U (A, ∗) e x′ ∈ A é um simétrico de x em relação a “ ∗ ”, então x′ ∈ U (A, ∗) e x é
um simétrico de x′ em relação a “ ∗ ”.
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observemos que g ◦ f = h ◦ f = IdZ , ou seja, g e h são simétricos à esquerda de f em relação a
“ ◦ ” (lembrando que a aplicação identidade, IdA , é o elemento neutro de “ ◦ ”). Como f não é
sobrejetora, temos que f não possui simétrico à direita em relação a “ ◦ ”.
∗ e a b c d
e e a b c d
a a d e e d
b b e b d d
c c e b b d
d d a d b c
Observe que e é o elemento neutro de “ ∗ ”. Temos que b e c são simétricos de a em relação a
“ ∗ ”.
Proposição 113 Seja “ ∗ ” uma operação associativa com elemento neutro num conjunto A
(denotemos por “e” o elemento neutro). Então:
a) Se a ∈ A é simetrizável em relação a “ ∗ ”, então a possui um único simétrico em relação a
“ ∗ ”.
b) Sendo a ∈ A, temos que a é simetrizável em relação a “ ∗ ” se, e somente se, a é simetrizável
à direita e à esquerda em relação a “ ∗ ”.
c) Se a, b ∈ U (A, ∗), então a ∗ b ∈ U (A, ∗).
a ∗ a′ = a′ ∗ a = e e a ∗ a1 = a1 ∗ a = e.
Logo, temos a ∗ a′ = a ∗ a1 e
a ∗ a′ = a ∗ a1 =⇒ a′ ∗ (a ∗ a′ ) = a′ ∗ (a ∗ a1 ) =⇒
(a′ ∗ a) ∗ a′ = (a′ ∗ a) ∗ a1 =⇒ e ∗ a′ = e ∗ a1 =⇒ a′ = a1 .
b) Supondo que a é simetrizável à direita e à esquerda em relação a “ ∗ ”, temos a1 , a2 ∈ A tais
que a ∗ a1 = e e a2 ∗ a = e. Então,
a2 = a2 ∗ e = a2 ∗ (a ∗ a1 ) = (a2 ∗ a) ∗ a1 = e ∗ a1 = a1 .
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A recı́proca é imediata (e observe que não depende da hipótese de associatividade).
c) Sendo a, b ∈ U (A, ∗), denotemos por a−1 e b−1 os simétricos de a e b, respectivamente, em
relação à operação “ ∗ ”. Tomando c = b−1 ∗ a−1 , temos
e também
Elementos Regulares
x ∗ a = y ∗ a =⇒ x = y.
a ∗ x = a ∗ y =⇒ x = y.
Denotamos por R(A, ∗) o conjunto de todos os elementos de A que são regulares em relação
à operação “ ∗ ”.
Exemplo 115 Todo número inteiro é regular em relação à adição usual. Em relação à multi-
plicação usual de números inteiros, apenas o número 0 não é regular.
∗ : Z+ × Z+ −→ Z+
.
(x, y) 7−→ x ∗ y = |x − y|
Em relação a esta operação, apenas o elemento 0 é regular.
Exemplo 117 Seja “ ∗ ” uma operação num conjunto A. Se “ ∗ ” possui elemento neutro à
esquerda (resp. à direita), então este elemento è regular à esquerda (resp. à direira) em relação
a “ ∗ ”.
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Proposição 119 Seja “ ∗ ” uma operação associativa num conjunto A. Então:
a) Se “ ∗ ” possui elemento neutro, então U (A, ∗) ⊆ R(A, ∗).
b) Se a, b ∈ R(A, ∗), então a ∗ b ∈ R(A, ∗).
x = y Demonstração. a) Seja e o elemento neutro. Sendo a ∈ U (A, ∗), considere a−1 ∈ A como
sendo o simétrico de a me relação a “ ∗ ”. Para x, y ∈ A, temos:
x ∗ a = y ∗ a =⇒ (x ∗ a) ∗ a−1 = (y ∗ a) ∗ a−1 =⇒
x ∗ (a ∗ a−1 ) = y ∗ (a ∗ a−1 ) =⇒ x ∗ e = y ∗ e =⇒ x = y
e também
a ∗ x = a ∗ y =⇒ a−1 ∗ (a ∗ x) = a−1 ∗ (a ∗ y) =⇒
(a−1 ∗ a) ∗ x = (a−1 ∗ a) ∗ y =⇒ e ∗ x = e ∗ y =⇒ x = y.
Logo, a é um elemento regular em relação a “ ∗ ”.
b) Para x, y ∈ A, temos
x ∗ (a ∗ b) = y ∗ (a ∗ b) =⇒ (x ∗ a) ∗ b = (y ∗ a) ∗ b =⇒ x ∗ a = y ∗ a =⇒ x = y
e assim temos que a ∗ b é regular à direita em relação a “ ∗ ”. De modo análogo se mostra que
para x, y ∈ A vale a implicação: a ∗ x = a ∗ y =⇒ x = y. Logo, a ∗ b também é regular à
esquerda em relação a “ ∗ ” e assim a ∗ b ∈ R(A, ∗).
Distributividade
Exemplo 121 No conjunto IR, a multiplicação usual é distributiva em relação adição usual.
No entanto, observa-se que a adição não é distributiva em relação à multiplicação.
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Exemplo 123 Considere o conjunto F(IR) de todas as funções de IR em IR, e as operações de
adição (definida por (f + g)(x) = f (x) + g(x)) e composição de funções. Dadas f , g, h ∈ F (IR),
temos
△: A × A −→ A
.
(x, y) 7−→ x △ y = x
Exemplo 126 Considere no conjunto Z dos inteiros uma operação “∗” distributiva em relação
à adição usual. Dado x ∈ Z, temos
x ∗ 0 = x ∗ (0 + 0) = (x ∗ 0) + (x ∗ 0) e 0 ∗ x = (0 + 0) ∗ x = (0 ∗ x) + (0 ∗ x).
((−x) ∗ y) + (x ∗ y) = ((−x) + x) ∗ y = 0 ∗ y = 0
e daı́ concluı́mos que (−x) ∗ y = −(x ∗ y). Analogamente se mostra que x ∗ (−y) = −(x ∗ y).
para quaisquer i = 1, . . . , n e a, x1 , . . . , xn ∈ A.
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Demonstração. Basta usar a definição de distributividade e indução em n.
Subconjunto Fechado
Definição 128 Sejam A um conjunto e “∗” uma operação em A. Dizemos que um subconjunto
não vazio B de A é fechado em relação à operação “ ∗ ” se para quaisquer b1 , b2 ∈ B tem-se
b1 ∗ b2 ∈ B.
Exemplo 132 Se “ ∗ ” uma operação associativa num conjunto A, então R(A, ∗) é fechado em
relação a “ ∗ ”. Ademais, se “ ∗ ” possui elemento neutro, então U (A, ∗) é também fechado em
relação a “ ∗ ”.
Exemplo 133 Sejam A um conjunto não vazio e F(A) o conjunto de todas as funções de A
em A. Temos que os subconjuntos
Exemplo 134 Seja “ ∗ ” uma operação num conjunto A. Temos que o próprio conjunto A é
fechado em relação a “ ∗ ”. Fixado a ∈ A, tem-se que o subconjunto {a} de A é fechado em
relação a “ ∗ ” se, e somente se, a ∗ a = a. Particularmente, se “ ∗ ” possui elemento neutro
(denote-o por e), temos que {e} é um subconjunto de A fechado em relação a “ ∗ ”.
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Demonstração. Dados x, y ∈ B ∩ C, temos que x, y ∈ B e x, y ∈ C. Como B e C são fechados,
temos que x ∗ y ∈ B e x ∗ y ∈ C, ou seja, x ∗ y ∈ B ∩ C. Logo, temos o resultado.
∗ : S × S −→ S
.
(s1 , s2 ) 7−→ s1 ∗ s2
Não é difı́cil ver que se “ ∗ ” uma operação associativa (resp. comutativa) num conjunto A
e S um subconjunto não vazio de A fechado em relação a “ ∗ ”, então a restrição da operação
“ ∗ ” ao conjunto S também é associativa (resp. comutativa).
Supondo que “ ∗ ” possui elemento neutro (denotemos por e) e supondo que e ∈ S, não é
difı́cil ver que e também é elemento neutro para a restrição da operação “ ∗ ” ao conjunto S.
Monóides
Definição 136 Sejam M um conjunto não vazio e “ ∗ ” uma operação em M . Dizemos que o
par (M, ∗) é um monóide se “ ∗ ” é associativa e possui elemento neutro.
Sendo (M, ∗) um monóide, definimos o seu elemento neutro como sendo o elemento neutro
da operação “ ∗ ”. Observe então que um monóide possui apenas um elemento neutro.
Dizemos que um monóide (M, ∗) é comutativo se a operação “ ∗ ” é comutativa.
Exemplo 137 (Z, +), (Q, +), (IR, +) e (C, +) são monóides comutativos. Temos também que
(Z, ·), (Q, ·), (IR, ·) e (C, ·) são monóides comutativos.
∗ : Z+ × Z+ −→ Z+
.
(x, y) 7−→ x ∗ y = |x − y|
Temos que (M, ∗) não é um monóide, uma vez que a operação em questão não é associativa.
Exemplo 139 Sendo A um conjunto não vazio e F(A) o conjunto de todas as funções de A em
A, temos que (F(A), ◦) é um monóide. Observe que este monóide é comutativo se, e somente
se, A é um conjunto unitário.
Exemplo 140 Seja A = {x ∈ Z | x ≥ 1}. Temos que a adição usual é bem definida em A.
Observe que (A, +) não é um monóide, pois “ + ” não possui elemento neutro no conjunto A.
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Exemplo 141 Considerando a operação “ ∗ ” no conjunto IR2 definida por (a, b) ∗ (c, d) =
(ac, ad + b), temos que (IR2 , ∗) é um monóide. De fato, a operação “ ∗ ” é associativa e possui
elemento neutro, o qual é o elemento (1, 0) (as demonstrações dessas afirmações são deixadas
como exercı́cio para o leitor).
Observando agora que (−1, 1) ∗ (0, 1) = (0, 0) e (0, 1) ∗ (−1, 1) = (0, 1), concluı́mos que o
monóide em questão não é comutativo.
Definição 142 Seja (M, ∗) um monóide se “∗” (denote por e o seu elemento neutro). Dizemos
que um subconjunto não vazio N de M é um submonóide de (M, ∗) se e ∈ N e se N é fechado
em relação à operação “ ∗ ”.
Exemplo 143 Considere os monóides (Z, +) e (Z, ·). Temos que o subconjunto N = {0, 1, −1}
de Z é um submonóide de (Z, ·), mas não é um submonóide de (Z, +). Por outro lado, P =
{n ∈ Z | n é par} é um submonóide de (Z, +), mas não de (Z, ·).
Exemplo 144 Sendo (M, ∗) um monóide, temos que U (M, ∗) e R(M, ∗) são submonóides de
(M, ∗).
Exemplo 145 Considere o monóide (F(IR), ◦), onde F(IR) é o conjunto de todas as funções
de IR em IR, e a operação é a composição de funções. Temos que B = {f ∈ F(IR) | f (0) = 0}
é um submonóide deste monóide.
Exemplo 146 Considere o monóide (M2 (IR), ·) (a operação é o produto usual de matrizes).
Temos que o subconjunto {( ) }
x 0
A= x ∈ IR
0 0
de M2 (IR) é fechado em relação a “ · ”, mas não é um submonóide de (M2 (IR), ·), uma vez que
o elemento neutro deste monóide (a matriz( identidade)
) não pertence a A.
1 0
No entanto, observe que a matriz é o elemento neutro da restrição da operação
0 0
“ · ” ao conjunto A. Daı́ temos que (A, ·) é um monóide.
Z(M, ∗) = {a ∈ M | a ∗ x = x ∗ a, ∀ x ∈ M }
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chamado de centro de (M, ∗), é um submonóide de (M, ∗). De fato, sendo e o elemento neutro
de (M, ∗), temos que e ∗ x = x ∗ e = x para todo x ∈ M , e assim e ∈ Z(M, ∗). Ademais, dados
a, b ∈ Z(M, ∗) e x ∈ M , temos a ∗ x = x ∗ a e b ∗ x = x ∗ b, e assim
(a ∗ b) ∗ x = a ∗ (b ∗ x) = a ∗ (x ∗ b) = (a ∗ x) ∗ b = (x ∗ a) ∗ b = x ∗ (a ∗ b).
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