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Câmara Municipal de Paulínia - SP

Analista em Gestão Pública

Matemática

Estruturas lógicas, lógica da argumentação, Diagramas lógicos.................................... 1


Conjunto de Números Reais e Conjunto de Números Racionais; Números Primos;
Números relativos inteiros e fracionários, operações e suas propriedades (adição, sub-
tração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação); Frações ordinárias e deci-
mais, números decimais, propriedades e operações;..................................................... 6

Matemática
Múltiplos e divisores, máximo divisor comum e mínimo múltiplo comum....................... 21
Expressões numéricas.................................................................................................... 23
Equações do 1° e 2° graus.............................................................................................. 25
Sistemas de equações do 1° e 2° graus......................................................................... 31
Funções do 1º e 2º grau.................................................................................................. 35
Estudo do triângulo retângulo; relações métricas no triângulo retângulo; semelhança
de triângulos; relações trigonométricas (seno, cosseno e tangente) ............................. 43
Teorema de Pitágoras..................................................................................................... 47
Geometria – Área, Volume e Perímetro; Ângulos;.......................................................... 48
Sistema de medidas de tempo, sistema métrico decimal............................................... 56
Números e grandezas proporcionais, razões e proporções............................................ 59
Regra de três simples e composta.................................................................................. 63
Porcentagem................................................................................................................... 64
Juros simples - juros, capital, tempo, taxas e montante................................................. 66
Média Aritmética simples e ponderada .......................................................................... 68
Problemas envolvendo os itens do programa proposto.................................................. 69
Exercícios........................................................................................................................ 72
Gabarito........................................................................................................................... 80

1815245 E-book gerado especialmente para CARLA MARIA PINTO GONCALVES DOS SANTOS
Estruturas lógicas, lógica da argumentação, Diagramas lógicos

ESTRUTURAS LÓGICAS
Raciocínio lógico é o modo de pensamento que elenca hipóteses, a partir delas, é possível relacionar
resultados, obter conclusões e, por fim, chegar a um resultado final.
Mas nem todo caminho é certeiro, sendo assim, certas estruturas foram organizadas de modo a analisar a
estrutura da lógica, para poder justamente determinar um modo, para que o caminho traçado não seja o errado.
Veremos que há diversas estruturas para isso, que se organizam de maneira matemática.
A estrutura mais importante são as proposições.
Proposição: declaração ou sentença, que pode ser verdadeira ou falsa.
Ex.: Carlos é professor.
As proposições podem assumir dois aspectos, verdadeiro ou falso. No exemplo acima, caso Carlos seja
professor, a proposição é verdadeira. Se fosse ao contrário, ela seria falsa.
Importante notar que a proposição deve afirmar algo, acompanhado de um verbo (é, fez, não notou e etc).
Caso a nossa frase seja “Brasil e Argentina”, nada está sendo afirmado, logo, a frase não é uma proposição.
Há também o caso de certas frases que podem ser ou não proposições, dependendo do contexto. A frase
“N>3” só pode ser classificada como verdadeira ou falsa caso tenhamos algumas informações sobre N, caso
contrário, nada pode ser afirmado. Nestes casos, chamamos estas frases de sentenças abertas, devido ao seu
caráter imperativo.
O processo matemático em volta do raciocínio lógico nos permite deduzir diversas relações entre declarações,
assim, iremos utilizar alguns símbolos e letras de forma a exprimir estes encadeamentos.
As proposições podem ser substituídas por letras minúsculas (p.ex.: a, b, p, q, …)
Seja a proposição p: Carlos é professor
Uma outra proposição q: A moeda do Brasil é o Real
É importante lembrar que nosso intuito aqui é ver se a proposição se classifica como verdadeira ou falsa.
Podemos obter novas proposições relacionando-as entre si. Por exemplo, podemos juntar as proposições p
e q acima obtendo uma única proposição “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o Real”.
Nos próximos exemplos, veremos como relacionar uma ou mais proposições através de conectivos.
Existem cinco conectivos fundamentais, são eles:
^: e (aditivo) conjunção
Posso escrever “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o Real”, posso escrever p ^ q.
v: ou (um ou outro) ou disjunção
p v q: Carlos é professor ou a moeda do Brasil é o Real

: “ou” exclusivo (este ou aquele, mas não ambos) ou disjunção exclusiva (repare o ponto acima do conec-
tivo).
p v q: Ou Carlos é professor ou a moeda do Brasil é o Real (mas nunca ambos)
¬ ou ~: negação
~p: Carlos não é professor
->: implicação ou condicional (se… então…)
p -> q: Se Carlos é professor, então a moeda do Brasil é o Real

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⇔: Se, e somente se (ou bi implicação) (bicondicional)
p ⇔ q: Carlos é professor se, e somente se, a moeda do Brasil é o Real
Vemos que, mesmo tratando de letras e símbolos, estas estruturas se baseiam totalmente na nossa lingua-
gem, o que torna mais natural decifrar esta simbologia.
Por fim, a lógica tradicional segue três princípios. Podem parecer princípios tolos, por serem óbvios, mas
pensemos aqui, que estamos estabelecendo as regras do nosso jogo, então é primordial que tudo esteja extre-
mamente estabelecido.
1 – Princípio da Identidade
p=p
Literalmente, estamos afirmando que uma proposição é igual (ou equivalente) a ela mesma.
2 – Princípio da Não contradição
p=qvp≠q
Estamos estabelecendo que apenas uma coisa pode acontecer às nossas proposições. Ou elas são iguais
ou são diferentes, ou seja, não podemos ter que uma proposição igual e diferente a outra ao mesmo tempo.
3 – Princípio do Terceiro excluído
pv¬p
Por fim, estabelecemos que uma proposição ou é verdadeira ou é falsa, não havendo mais nenhuma opção,
ou seja, excluindo uma nova (como são duas, uma terceira) opção).
DICA: Vimos então as principais estruturas lógicas, como lidamos com elas e quais as regras para jogarmos
este jogo. Então, escreva várias frases, julgue se são proposições ou não e depois tente traduzi-las para a lin-
guagem simbólica que aprendemos.
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Quando falamos sobre lógica de argumentação, estamos nos referindo ao processo de argumentar, ou seja,
através de argumentos é possível convencer sobre a veracidade de certo assunto.
No entanto, a construção desta argumentação não é necessariamente correta. Veremos alguns casos de
argumentação, e como eles podem nos levar a algumas respostas corretas e outras falsas.
Analogias: Argumentação pela semelhança (analogamente)
Todo ser humano é mortal
Sócrates é um ser humano
Logo Sócrates é mortal
Inferências: Argumentar através da dedução
Se Carlos for professor, haverá aula
Se houve aula, então significa que Carlos é professor, caso contrário, então Carlos não é professor
Deduções: Argumentar partindo do todo e indo a uma parte específica
Roraima fica no Brasil
A moeda do Brasil é o Real
Logo, a moeda de Roraima é o Real
Indução: É a argumentação oposta a dedução, indo de uma parte específica e chegando ao todo
Todo professor usa jaleco
Todo médico usa jaleco
Então todo professor é médico

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Vemos que nem todas as formas de argumentação são verdades universais, contudo, estão estruturadas de
forma a parecerem minimamente convincentes. Para isso, devemos diferenciar uma argumentação verdadeira
de uma falsa. Quando a argumentação resultar num resultado falso, chamaremos tal argumentação de sofismo1.
No sofismo temos um encadeamento lógico, no entanto, esse encadeamento se baseia em algumas sutilezas
que nos conduzem a resultados falsos. Por exemplo:
A água do mar é feita de água e sal
A bolacha de água e sal é feita de água e sal
Logo, a bolacha de água e sal é feita de mar (ou o mar é feito de bolacha)
Esta argumentação obviamente é falsa, mas está estruturada de forma a parecer verdadeira, principalmente
se vista com pressa.
Convidamos você, caro leitor, para refletir sobre outro exemplo de sofismo:
Queijo suíço tem buraco
Quanto mais queijo, mais buraco
Quanto mais buraco, menos queijo
Então quanto mais queijo, menos queijo?
DIAGRAMAS LÓGICOS
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários problemas. É uma ferramenta para resolvermos
problemas que envolvam argumentos dedutivos, as quais as premissas deste argumento podem ser formadas
por proposições categóricas.
ATENÇÃO: É bom ter um conhecimento sobre conjuntos para conseguir resolver questões que en-
volvam os diagramas lógicos.
Vejamos a tabela abaixo as proposições categóricas:

TIPO PREPOSIÇÃO DIAGRAMAS

TODO
A
AéB
Se um elemento pertence ao
conjunto A, então pertence tam-
bém a B.

NENHUM
E
AéB

Existe pelo menos um elemento que perten-


ce a A, então não pertence a B, e vice-versa.

1 O termo sofismo vem dos Sofistas, pensadores não alinhados aos movimentos platônico e aristotélico na
Grécia dos séculos V e IV AEC, sendo considerados muitas vezes falaciosos por essas linhas de pensamento.
Desta forma, o termo sofismo se refere a quando a estrutura foge da lógica tradicional e se obtém uma conclu-
são falsa.

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Existe pelo menos um elemen-
to comum aos conjuntos A e B.
Podemos ainda representar
das seguintes formas:
ALGUM
I
AéB

ALGUM
O
A NÃO é B

Perceba-se que, nesta senten-


ça, a atenção está sobre o(s)
elemento (s) de A que não são
B (enquanto que, no “Algum A
é B”, a atenção estava sobre os
que eram B, ou seja, na inter-
cessão).
Temos também no segundo
caso, a diferença entre conjun-
tos, que forma o conjunto A - B

Exemplo:
(GDF–ANALISTA DE ATIVIDADES CULTURAIS ADMINISTRAÇÃO – IADES) Considere as proposições:
“todo cinema é uma casa de cultura”, “existem teatros que não são cinemas” e “algum teatro é casa de cultura”.
Logo, é correto afirmar que
(A) existem cinemas que não são teatros.
(B) existe teatro que não é casa de cultura.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro.

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(D) existe casa de cultura que não é cinema.
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema.
Resolução:
Vamos chamar de:
Cinema = C
Casa de Cultura = CC
Teatro = T
Analisando as proposições temos:
- Todo cinema é uma casa de cultura

- Existem teatros que não são cinemas

- Algum teatro é casa de cultura

Visto que na primeira chegamos à conclusão que C = CC


Segundo as afirmativas temos:
(A) existem cinemas que não são teatros- Observando o último diagrama vimos que não é uma verdade, pois
temos que existe pelo menos um dos cinemas é considerado teatro.

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(B) existe teatro que não é casa de cultura. – Errado, pelo mesmo princípio acima.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro. – Errado, a primeira proposição já nos afirma o con-
trário. O diagrama nos afirma isso

(D) existe casa de cultura que não é cinema. – Errado, a justificativa é observada no diagrama da alternativa
anterior.
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema. – Correta, que podemos observar no diagrama
abaixo, uma vez que todo cinema é casa de cultura. Se o teatro não é casa de cultura também não é cinema.

Resposta: E

Conjunto de Números Reais e Conjunto de Números Racionais; Números Primos; Nú-


meros relativos inteiros e fracionários, operações e suas propriedades (adição, subtra-
ção, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação); Frações ordinárias e decimais,
números decimais, propriedades e operações

NÚMEROS INTEIROS
Definimos o conjunto dos números inteiros como a reunião do conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3,
4,..., n,...}, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este conjunto é denotado pela letra Z (Zahlen
= número em alemão).

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O conjunto dos números inteiros possui alguns subconjuntos notáveis:
Atenção: A nomenclatura utilizada abaixo pode interferir diretamente no contexto de uma questão, tome
muito cuidado ao interpreta-los, pois são todos diferentes (Z+ , Z_ , Z*).
- O conjunto dos números inteiros não nulos:
Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...}
Z* = Z – {0}
- O conjunto dos números inteiros não negativos:
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N
- O conjunto dos números inteiros positivos:
Z*+ = {1, 2, 3, 4,...}
- O conjunto dos números inteiros não positivos:
Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
- O conjunto dos números inteiros negativos:
Z*- = {..., -5, -4, -3, -2, -1}
Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a distância ou afastamento desse número até o zero, na
reta numérica inteira. Representa-se o módulo por | |.
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de zero, é sempre positivo.
Números Opostos: Dois números inteiros são ditos opostos um do outro quando apresentam soma zero;
assim, os pontos que os representam distam igualmente da origem.
Exemplo: O oposto do número 3 é -3, e o oposto de -3 é 3, pois 3 + (-3) = (-3) + 3 = 0
No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a é – a, e vice-versa; particularmente o oposto de zero é
o próprio zero.

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Operações entre Números Inteiros
Adição de Números Inteiros
Para melhor entendimento desta operação, associaremos aos números inteiros positivos a ideia de ganhar
e aos números inteiros negativos a ideia de perder.
Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+ 5) + (+ 3) = (+8)
Perder 3 + perder 4 = perder 7 (- 3) + (- 4) = (- 7)
Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+ 8) + (- 5) = (+ 3)
Perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (- 8) + (+ 5) = (- 3)
O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, mas o sinal (–) antes do número negativo nunca
pode ser dispensado.
Subtração de Números Inteiros
A subtração é empregada quando:
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto uma delas tem a mais que a outra;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto falta a uma delas para atingir a outra.
A subtração é a operação inversa da adição.
Observe que em uma subtração o sinal do resultado é sempre do maior número!!!
4+5=9
4 – 5 = -1
Considere as seguintes situações:

1 - Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação
da temperatura?
Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) – (+3) = +3

2 - Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, durante o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura bai-
xou de 3 graus. Qual a temperatura registrada na noite de terça-feira?
Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) + (–3) = +3
Se compararmos as duas igualdades, verificamos que (+6) – (+3) é o mesmo que (+6) + (–3).
Temos:
(+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
(–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3
Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do
segundo.
Fique Atento: todos parênteses, colchetes, chaves, números, ..., entre outros, precedidos de sinal negativo,
tem o seu sinal invertido, ou seja, é dado o seu oposto.
Ex.:

10 – (10+5) =

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10 – (+15) =
10 – 15 =
-5
Multiplicação de Números Inteiros
A multiplicação funciona como uma forma simplificada de uma adição quando os números são repetidos.
Poderíamos analisar tal situação como o fato de estarmos ganhando repetidamente alguma quantidade, como
por exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes consecutivas, significa ganhar 30 objetos e esta repetição pode ser
indicada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 + 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: (–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum
sinal entre as letras.
Divisão de Números Inteiros

- Divisão exata de números inteiros.


Veja o cálculo:
(– 20) : (+ 5) = q →(+ 5) . q = (– 20) → q = (– 4)
Logo (– 20) : (+ 5) = - 4
Considerando os exemplos dados, concluímos que, para efetuar a divisão exata de um número inteiro por
outro número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo pelo módulo do divisor.
Exemplo: (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que não podem ser realizadas em Z, pois o resultado não
é um número inteiro.
- No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa e não tem a propriedade da existência do
elemento neutro.
- Não existe divisão por zero.
- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de zero, é zero, pois o produto de qualquer número
inteiro por zero é igual a zero.
Exemplo: 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1) = 0
Regra de Sinais da Multiplicação e Divisão
→ Sinais iguais (+) (+); (-) (-) = resultado sempre positivo.
→ Sinais diferentes (+) (-); (-) (+) = resultado sempre negativo.
Potenciação de Números Inteiros
A potência xn do número inteiro a, é definida como um produto de n fatores iguais. O número x é denominado
a base e o número n é o expoente. xn = x . x . x . x ... x, x é multiplicado por x, n vezes.

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Exemplos:

33 = (3) x (3) x (3) = 27


(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125
(-7)² = (-7) x (-7) = 49
(+9)² = (+9) x (+9) = 81
- Toda potência de base positiva é um número inteiro positivo.
Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9
- Toda potência de base negativa e expoente par é um número inteiro positivo.
Exemplo: (–8)2 = (–8) . (–8) = +64
- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é um número inteiro negativo.
Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125
- Propriedades da Potenciação:
1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e somam-se os expoentes.
(–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6 = (–7)9
2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e subtraem-se os expoentes.
(-13)8 : (-13)6 = (-13)8 – 6 = (-13)2
3) Potência de Potência: Conserva-se a base e multiplicam-se os expoentes.
[(-8)5]2 = (-8)5 . 2 = (-8)10
4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base.
(-8)1 = -8 e (+70)1 = +70
5) Potência de expoente zero e base diferente de zero: É igual a 1.
(+3)0 = 1 e (–53)0 = 1
Radiciação de Números Inteiros
A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro x é a operação que resulta em outro número inteiro não
negativo b que elevado à potência n fornece o número x. O número n é o índice da raiz enquanto que o número
x é o radicando (que fica sob o sinal do radical).
n
√x = b
bn = x
A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro x é a operação que resulta em outro número inteiro não
negativo que elevado ao quadrado coincide com o número x.

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Atenção: Não existe a raiz quadrada de um número inteiro negativo no conjunto dos números inteiros.
Erro comum: Frequentemente lemos em materiais didáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas apare-
cimento de:

9 = ± 3, mas isto está errado. O certo é: 9 = +3


Observamos que não existe um número inteiro não negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em um
número negativo.
A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro x é a operação que resulta em outro número inteiro que
elevado ao cubo seja igual ao número x. Aqui não restringimos os nossos cálculos somente aos números não
negativos.
Exemplos:

(a)
3
8 = 2, pois 2³ = 8

(b)
3
−8 = –2, pois (–2)³ = -8

(c)
3
27 = 3, pois 3³ = 27

(d)
3
− 27 = –3, pois (–3)³ = -27

Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o produto de números inteiros, concluímos que:
(1) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número inteiro negativo.
(2) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz de qualquer número inteiro.
Propriedades da Adição e da Multiplicação dos números Inteiros
Para todo a, b e c

1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)

2) Comutativa da adição: a + b = b + a

3) Elemento neutro da adição: a + 0 = a

4) Elemento oposto da adição: a + (-a) = 0

5) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a.(b.c)

6) Comutativa da multiplicação: a.b = b.a

7) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a

8) Distributiva da multiplicação relativamente à adição: a.(b + c) = ab + ac

9) Distributiva da multiplicação relativamente à subtração: a.(b – c) = ab – ac

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Atenção: tanto a adição como a multiplicação de um número natural por outro número natural, continua
como resultado um número natural.
NÚMEROS RACIONAIS
Um número racional é o que pode ser escrito na forma , onde m e n são números inteiros, sendo que n deve
ser diferente de zero. Frequentemente usamos m/n para significar a divisão de m por n.
Como podemos observar, números racionais podem ser obtidos através da razão entre dois números intei-
ros, razão pela qual, o conjunto de todos os números racionais é reconhecido pela letra Q. Assim, é comum
encontrarmos na literatura a notação:

m
Q = { n : m e n em Z, n ≠0}

N ᑕ Z ᑕ Q – O conjunto dos números Naturais e Inteiros estão contidos no Conjunto do Números Racionais.
Subconjuntos notáveis:
No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos:
- Q* = conjunto dos racionais não nulos;
- Q+ = conjunto dos racionais não negativos;
- Q*+ = conjunto dos racionais positivos;
- Q _ = conjunto dos racionais não positivos;
- Q*_ = conjunto dos racionais negativos.
Representação Decimal das Frações

Tomemos um número racional , tal que m não seja múltiplo de n. Para escrevê-lo na forma decimal, basta
efetuar a divisão do numerador pelo denominador.
Nessa divisão podem ocorrer dois casos:
1º) O número decimal obtido possui, após a vírgula, um número finito de algarismos (decimais exatos):

2º) O número decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se
periodicamente (Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas):

Existem frações muito simples que são representadas por formas decimais infinitas, com uma característica
especial (existência de um período):

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Uma forma decimal infinita com período de UM dígito pode ser
associada a uma soma com infinitos termos desse tipo:

Aproveitando, vejamos um exemplo:

Representação Fracionária dos Números Decimais


Estando o número racional escrito na forma decimal, e transformando-o na forma de fração, vejamos os dois
casos:
1º) Transformamos o número em uma fração cujo numerador é o número decimal sem a vírgula e o denomi-
nador é composto pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quanto forem as casas decimais após a virgula do
número dado:

2º) Devemos achar a fração geratriz (aquela que dá origem a dízima periódica) da dízima dada; para tanto,
vamos apresentar o procedimento através de alguns exemplos:
a) Seja a dízima 0, 444...
Veja que o período que se repete é apenas 1(formado pelo 4), então vamos colocar um 9 no denominador e
repetir no numerador o período.

Assim, a geratriz de 0,444... é a fração .

b) Seja a dízima 3, 1919...


O período que se repete é o 19, logo dois noves no denominador (99). Observe também que o 3 é a parte
inteira, logo ele vem na frente, formando uma fração mista:

Assim, a geratriz de 3,1919... é a fração

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Neste caso para transformarmos uma dízima periódica simples em fração, basta utilizarmos o dígito
9 no denominador para cada dígito que tiver o período da dízima.
c) Seja a dízima 0,2777...
Agora, para cada algarismo do anteperíodo se coloca um algarismo zero, no denominador, e para cada al-
garismo do período se mantém o algarismo 9 no denominador.
No caso do numerador, faz-se a seguinte conta:
(Parte inteira com anteperíodo e período) - (parte inteira
com anteperíodo)

d) Seja a dízima 1, 23434...


O número 234 é a junção do anteperíodo com o período. Neste caso temos uma dízima periódica composta,
pois existe uma parte que não se repete e outra que se repete. Neste caso temos um anteperíodo (2) e o perío-
do (34). Ao subtrairmos deste número o anteperíodo (234-2), obtemos como numerador o 232. O denominador
é formado pelo dígito 9 – que corresponde ao período, neste caso 99(dois noves) – e pelo dígito 0 – que cor-
responde a tantos dígitos que tiverem o anteperíodo, neste caso 0(um zero).

Simplificando por 2, obtemos , a fração geratriz da dízima 1, 23434...

Módulo ou valor absoluto: é a distância do ponto que representa esse número ao ponto de abscissa zero.

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Logo, o módulo de:

Números Opostos: dizemos que são números racionais opostos ou simétricos e cada um deles

é o oposto do outro. As distâncias dos pontos ao ponto zero da reta são iguais.
Inverso de um Número Racional

Representação geométrica dos Números Racionais

Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem infinitos números racionais.
Operações com Números Racionais
Soma (Adição) de Números Racionais: como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na
forma de uma fração, definimos a adição entre os números racionais a/b e, c/d, da mesma forma que a soma
de frações, através de:

Subtração de Números Racionais: a subtração de dois números racionais p e q é a própria operação de


adição do número p com o oposto de q, isto é: p – q = p + (–q), onde p = a/b e q = c/d.

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Multiplicação (Produto) de Números Racionais: como todo número racional é uma fração ou pode ser
escrito na forma de uma fração, definimos o produto de dois números racionais a/b e, c/d, da mesma forma que
o produto de frações, através de:

O produto dos números racionais a/b e c/d também pode ser indicado por a/b × c/d ou a/b . c/d. Para rea-
lizar a multiplicação de números racionais, devemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em toda a
Matemática.
Divisão (Quociente) de Números Racionais: a divisão de dois números racionais p e q é a própria ope-
ração de multiplicação do número p pelo inverso de q, isto é: p ÷ q = p × q-1 onde p = a/b, q = c/d e q-1= d/c;

Potenciação de Números Racionais: a potência bn do número racional b é um produto de n fatores iguais.


O número b é denominado a base e o número n é o expoente.
bn = b × b × b × b × ... × b,    (b aparece n vezes)
Exemplos:

Propriedades da Potenciação
1) Toda potência com expoente 0 é igual a 1.

2) Toda potência com expoente 1 é igual à própria base.

3) Toda potência com expoente negativo de um número racional, diferente de zero é igual a outra potência
que tem a base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual ao oposto do expoente anterior.

4) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal da base.

16
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5) Toda potência com expoente par é um número positivo.

6) Produto de potências de mesma base: reduzir a uma só potência de mesma base, conservamos as bases
e somamos os expoentes.

7) Divisão de potências de mesma base: reduzir a uma só potência de mesma base, conservamos a base e
subtraímos os expoentes.

8) Potência de Potência: reduzir a uma potência (de mesma base) de um só expoente, conservamos a base
e multiplicamos os expoentes.

Radiciação de Números Racionais: se um número representa um produto de dois ou mais fatores iguais,
então cada fator é chamado raiz do número.
Exemplos:

1) representa o produto ou
Logo, 1/5 é a raiz quadrada de 1/25.

2) 0,216 representa o produto 0,6. 0,6 . 0,6 ou (0,6)3. Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se:

.
Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o número zero ou um número racional positivo.

Fique Atento!!!
Os números racionais negativos não têm raiz quadrada
em Q.

NÚMEROS REAIS
O conjunto dos números reais2 R é uma expansão do conjunto dos números racionais que engloba não só
os inteiros e os fracionários, positivos e negativos, mas também todos os números irracionais.
Assim temos:
R = Q U I , sendo Q ∩ I = Ø ( Se um número real é racional, não será irracional, e vice-versa).

2 IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único


IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática Elementar – Vol. 01 – Conjuntos e Funções

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Lembrando que N Ϲ Z Ϲ Q , podemos construir o diagrama abaixo:

O conjunto dos números reais apresenta outros subconjuntos importantes:


- Conjunto dos números reais não nulos: R* = {x ϵ R| x ≠ 0}
- Conjunto dos números reais não negativos: R+ = {x ϵ R| x ≥ 0}
- Conjunto dos números reais positivos: R*+ = {x ϵ R| x > 0}
- Conjunto dos números reais não positivos: R- = {x ϵ R| x ≤ 0}
- Conjunto dos números reais negativos: R*- = {x ϵ R| x < 0}
Representação Geométrica dos números reais

Ordenação dos números reais


A representação dos números reais permite definir uma relação de ordem entre eles. Os números reais po-
sitivos, são maiores que zero e os negativos, menores que zero. Expressamos a relação de ordem da seguinte
maneira:
Dados dois números Reais a e b,
a≤b↔b–a≥0
Exemplo: -15 ≤ 5 ↔ 5 - ( - 15) ≥ 0
5 + 15 ≥ 0
Intervalos reais
O conjunto dos números reais possui também subconjuntos, denominados intervalos, que são determinados
por meio de desiguladades. Sejam os números a e b , com a < b.
Em termos gerais temos:
- A bolinha aberta = a intervalo aberto (estamos excluindo aquele número), utilizamos os símbolos:
> ;< ou ] ; [
- A bolinha fechada = a intervalo fechado (estamos incluindo aquele número), utilizamos os símbolos:

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≥ ; ≤ ou [ ; ]
Podemos utilizar ( ) no lugar dos [ ] , para indicar as extremidades abertas dos intervalos.

Às vezes, aparecem situações em que é necessário registrar numericamente variações de valores em


sentidos opostos, ou seja, maiores ou acima de zero (positivos), como as medidas de temperatura ou reais em
débito, em haver e etc. Esses números, que se estendem indefinidamente, tanto para o lado direito (positivos)
como para o lado esquerdo (negativos), são chamados números relativos.
Valor absoluto de um número relativo é o valor do número que faz parte de sua representação, sem o sinal.
Valor simétrico de um número é o mesmo numeral, diferindo apenas o sinal.
Operações com números relativos
1) Adição e subtração de números relativos
a) Se os numerais possuem o mesmo sinal, basta adicionar os valores absolutos e conservar o sinal.
b) Se os numerais possuem sinais diferentes, subtrai-se o numeral de menor valor e dá-se o sinal do maior
numeral.
Exemplos:

3+5=8

4-8=-4
- 6 - 4 = - 10
-2+7=5
2) Multiplicação e divisão de números relativos
a) O produto e o quociente de dois números relativos de mesmo sinal são sempre positivos.
b) O produto e o quociente de dois números relativos de sinais diferentes são sempre negativos.
Exemplos:
- 3 x 8 = - 24

- 20 (-4) = + 5
- 6 x (-7) = + 42

28 2 = 14

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NÚMEROS PRIMOS
Os números primos são aqueles que apresentam apenas dois divisores: um e o próprio número3. Eles fazem
parte do conjunto dos números naturais.
Por exemplo, 2 é um número primo, pois só é divisível por um e ele mesmo.
Quando um número apresenta mais de dois divisores eles são chamados de números compostos e podem
ser escritos como um produto de números primos.
Por exemplo, 6 não é um número primo, é um número composto, já que tem mais de dois divisores (1, 2 e
3) e é escrito como produto de dois números primos 2 x 3 = 6.
Algumas considerações sobre os números primos:
– O número 1 não é um número primo, pois só é divisível por ele mesmo;
– O número 2 é o menor número primo e, também, o único que é par;
– O número 5 é o único número primo terminado em 5;
– Os demais números primos são ímpares e terminam com os algarismos 1, 3, 7 e 9.
Uma maneira de reconhecer um número primo é realizando divisões com o número investigado. Para facili-
tar o processo, veja alguns critérios de divisibilidade:
– Divisibilidade por 2: todo número cujo algarismo da unidade é par é divisível por 2;
– Divisibilidade por 3: um número é divisível por 3 se a soma dos seus algarismos é um número divisível por
3;
– Divisibilidade por 5: um número será divisível por 5 quando o algarismo da unidade for igual a 0 ou 5.
Se o número não for divisível por 2, 3 e 5 continuamos as divisões com os próximos números primos meno-
res que o número até que:
– Se for uma divisão exata (resto igual a zero) então o número não é primo.
– Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o quociente for menor que o divisor, então o nú-
mero é primo.
– Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o quociente for igual ao divisor, então o número é
primo.
Exemplo: verificar se o número 113 é primo.
Sobre o número 113, temos:
– Não apresenta o último algarismo par e, por isso, não é divisível por 2;
– A soma dos seus algarismos (1+1+3 = 5) não é um número divisível por 3;
– Não termina em 0 ou 5, portanto não é divisível por 5.
Como vimos, 113 não é divisível por 2, 3 e 5. Agora, resta saber se é divisível pelos números primos menores
que ele utilizando a operação de divisão.
Divisão pelo número primo 7:

Divisão pelo número primo 11:

3 https://www.todamateria.com.br/o-que-sao-numeros-primos/

20
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Observe que chegamos a uma divisão não exata cujo quociente é menor que o divisor. Isso comprova que
o número 113 é primo.

Múltiplos e divisores, máximo divisor comum e mínimo múltiplo comum

MÚLTIPLOS
Um número é múltiplo de outro quando ao dividirmos o primeiro pelo segundo, o resto é zero.
Exemplo

O conjunto de múltiplos de um número natural não-nulo é infinito e podemos consegui-lo multiplicando-se o


número dado por todos os números naturais.
M(3)={0,3,6,9,12,...}
DIVISORES
Os números 12 e 15 são múltiplos de 3, portanto 3 é divisor de 12 e 15.
D(12)={1,2,3,4,6,12}
D(15)={1,3,5,15}
Observações:
– Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
– Todo número natural é múltiplo de 1.
– Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múltiplos.
- O zero é múltiplo de qualquer número natural.
MÁXIMO DIVISOR COMUM
O máximo divisor comum de dois ou mais números naturais não-nulos é o maior dos divisores comuns des-
ses números.
Para calcular o m.d.c de dois ou mais números, devemos seguir as etapas:
• Decompor o número em fatores primos
• Tomar o fatores comuns com o menor expoente
• Multiplicar os fatores entre si.
Exemplo:

15 3 24 2
5 5 12 2
1 6 2
3 3

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1
15 = 3.5 24 = 23.3
O fator comum é o 3 e o 1 é o menor expoente.
m.d.c
(15,24) = 3
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM
O mínimo múltiplo comum (m.m.c) de dois ou mais números é o menor número, diferente de zero.
Para calcular devemos seguir as etapas:
• Decompor os números em fatores primos
• Multiplicar os fatores entre si
Exemplo:

15,24 2
15,12 2
15,6 2
15,3 3
5,1 5
1
Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos.
Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a divisão com algum dos números, não é necessário que
os dois sejam divisíveis ao mesmo tempo.
Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido, continua aparecendo.
Assim, o mmc (15,24) = 23.3.5 = 120
Exemplo
O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16 m, será revestido com ladrilhos quadrados, de mesma
dimensão, inteiros, de forma que não fique espaço vazio entre ladrilhos vizinhos. Os ladrilhos serão escolhidos
de modo que tenham a maior dimensão possível.
Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá medir
(A) mais de 30 cm.
(B) menos de 15 cm.
(C) mais de 15 cm e menos de 20 cm.
(D) mais de 20 cm e menos de 25 cm.
(E) mais de 25 cm e menos de 30 cm.
Resposta: A.
352 2 416 2
176 2 208 2
88 2 104 2
44 2 52 2
22 2 26 2
11 11 13 13
1 1

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Devemos achar o mdc para achar a maior medida possível
E são os fatores que temos iguais:25=32
Exemplo
(MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016) No aeroporto de uma pequena cidade chegam aviões
de três companhias aéreas. Os aviões da companhia A chegam a cada 20 minutos, da companhia B a cada 30
minutos e da companhia C a cada 44 minutos. Em um domingo, às 7 horas, chegaram aviões das três compa-
nhias ao mesmo tempo, situação que voltará a se repetir, nesse mesmo dia, às:
(A) 16h 30min.
(B) 17h 30min.
(C) 18h 30min.
(D) 17 horas.
(E) 18 horas.
Resposta: E.
20,30,44 2
10,15,22 2
5,15,11 3
5,5,11 5
1,1,11 11
1,1,1
Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660

1h---60minutos
x-----660
x=660/60=11
Então será depois de 11horas que se encontrarão

7+11=18h

Expressões numéricas

Expressões numéricas são todas as sentenças matemáticas formadas por números, suas operações (adi-
ções, subtrações, multiplicações, divisões, potenciações e radiciações) e também por símbolos chamados de
sinais de associação, que podem aparecer em uma única expressão.
Procedimentos
1) Operações:
- Resolvermos primeiros as potenciações e/ou radiciações na ordem que aparecem;
- Depois as multiplicações e/ou divisões;
- Por último as adições e/ou subtrações na ordem que aparecem.
2) Símbolos:
- Primeiro, resolvemos os parênteses ( ), até acabarem os cálculos dentro dos parênteses,
-Depois os colchetes [ ];

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- E por último as chaves { }.
ATENÇÃO:
– Quando o sinal de adição (+) anteceder um parêntese, colchetes ou chaves, deveremos eliminar o pa-
rêntese, o colchete ou chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os números internos com os seus sinais
originais.
– Quando o sinal de subtração (-) anteceder um parêntese, colchetes ou chaves, deveremos eliminar o pa-
rêntese, o colchete ou chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os números internos com os seus sinais
invertidos.
Exemplo:
(MANAUSPREV – ANALISTA PREVIDENCIÁRIO – ADMINISTRATIVA – FCC) Considere as expressões
numéricas, abaixo.
A = 1/2 + 1/4+ 1/8 + 1/16 + 1/32 e
B = 1/3 + 1/9 + 1/27 + 1/81 + 1/243
O valor, aproximado, da soma entre A e B é
(A) 2
(B) 3
(C) 1
(D) 2,5
(E) 1,5
Resolução:
Vamos resolver cada expressão separadamente:

Resposta: E

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Equações do 1° e 2° graus

EQUAÇÃO DO 1° GRAU
Na Matemática, a equação é uma igualdade que envolve uma ou mais incógnitas4. Quem determina o “grau”
dessa equação é o expoente dessa incógnita, ou seja, se o expoente for 1, temos a equação do 1º grau. Se o
expoente for 2, a equação será do 2º grau; se o expoente for 3, a equação será de 3º grau. Exemplos:

4x + 2 = 16 (equação do 1º grau)
x² + 2x + 4 = 0 (equação do 2º grau)
x³ + 2x² + 5x – 2 = 0 (equação do 3º grau)
A equação do 1º grau é apresentada da seguinte forma:

É importante dizer que a e b representam qualquer número real e a é diferente de zero (a 0). A incógnita x
pode ser representada por qualquer letra, contudo, usualmente, utilizamos x ou y como valor a ser encontrado
para o resultado da equação. O primeiro membro da equação são os números do lado esquerdo da igualdade,
e o segundo membro, o que estão do lado direito da igualdade.
Como resolver uma equação do primeiro grau
Para resolvermos uma equação do primeiro grau, devemos achar o valor da incógnita (que vamos chamar
de x) e, para que isso seja possível, é só isolar o valor do x na igualdade, ou seja, o x deve ficar sozinho em
um dos membros da equação.
O próximo passo é analisar qual operação está sendo feita no mesmo membro em que se encontra x e
“jogar” para o outro lado da igualdade fazendo a operação oposta e isolando x.

1° exemplo:

Nesse caso, o número que aparece do mesmo lado de x é o 4 e ele está somando. Para isolar a incógnita,
ele vai para o outro lado da igualdade fazendo a operação inversa (subtração):

2° exemplo:

O número que está do mesmo lado de x é o 12 e ele está subtraindo. Nesse exemplo, ele vai para o outro
lado da igualdade com a operação inversa, que é a soma:

4 https://escolakids.uol.com.br/matematica/equacao-primeiro-grau.htm#:~:text=Na%20Matem%C3%A-
1tica%2C%20a%20equa%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9,equa%C3%A7%C3%A3o%20ser%C3%A1%20
de%203%C2%BA%20grau.

25
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3° exemplo:

Vamos analisar os números que estão no mesmo lado da incógnita, o 4 e o 2. O número 2 está somando
e vai para o outro lado da igualdade subtraindo e o número 4, que está multiplicando, passa para o outro lado
dividindo.

4° exemplo:
Esse exemplo envolve números negativos e, antes de passar o número para o outro lado, devemos sempre
deixar o lado da incógnita positivo, por isso vamos multiplicar toda a equação por -1.

Passando o número 3, que está multiplicando x, para o outro lado, teremos:

— Propriedade Fundamental das Equações


A propriedade fundamental das equações é também chamada de regra da balança. Não é muito utilizada
no Brasil, mas tem a vantagem de ser uma única regra. A ideia é que tudo que for feito no primeiro membro
da equação deve também ser feito no segundo membro com o objetivo de isolar a incógnita para se obter o
resultado. Veja a demonstração nesse exemplo:

Começaremos com a eliminação do número 12. Como ele está somando, vamos subtrair o número 12 nos
dois membros da equação:

Para finalizar, o número 3 que está multiplicando a incógnita será dividido por 3 nos dois membros da
equação:

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EQUAÇÃO DO 2° GRAU
Toda equação que puder ser escrita na forma ax2 + bx + c = 0 será chamada equação do segundo grau5. O
único detalhe é que a, b e c devem ser números reais, e a não pode ser igual a zero em hipótese alguma.
Uma equação é uma expressão que relaciona números conhecidos (chamados coeficientes) a números
desconhecidos (chamados incógnitas), por meio de uma igualdade. Resolver uma equação é usar as
propriedades dessa igualdade para descobrir o valor numérico desses números desconhecidos. Como eles
são representados pela letra x, podemos dizer que resolver uma equação é encontrar os valores que x pode
assumir, fazendo com que a igualdade seja verdadeira.
— Como resolver equações do 2º grau?
Conhecemos como soluções ou raízes da equação ax² + bx + c = 0 os valores de x que fazem com que essa
equação seja verdadeira6. Uma equação do 2º grau pode ter no máximo dois números reais que sejam raízes
dela. Para resolver equações do 2º grau completas, existem dois métodos mais comuns:
- Fórmula de Bhaskara;
- Soma e produto.
O primeiro método é bastante mecânico, o que faz com que muitos o prefiram. Já para utilizar o segundo, é
necessário o conhecimento de múltiplos e divisores. Além disso, quando as soluções da equação são números
quebrados, soma e produto não é uma alternativa boa.
— Fórmula de Bhaskara
1) Determinar os coeficientes da equação
Os coeficientes de uma equação são todos os números que não são a incógnita dessa equação, sejam
eles conhecidos ou não. Para isso, é mais fácil comparar a equação dada com a forma geral das equações do
segundo grau, que é: ax2 + bx + c = 0. Observe que o coeficiente “a” multiplica x2, o coeficiente “b” multiplica
x, e o coeficiente “c” é constante.
Por exemplo, na seguinte equação:
x² + 3x + 9 = 0
O coeficiente a = 1, o coeficiente b = 3 e o coeficiente c = 9.
Na equação:
– x² + x = 0
O coeficiente a = – 1, o coeficiente b = 1 e o coeficiente c = 0.
2) Encontrar o discriminante
O discriminante de uma equação do segundo grau é representado pela letra grega Δ e pode ser encontrado
pela seguinte fórmula:
Δ = b² – 4·a·c
Nessa fórmula, a, b e c são os coeficientes da equação do segundo grau. Na equação: 4x² – 4x – 24 = 0, por
exemplo, os coeficientes são: a = 4, b = – 4 e c = – 24. Substituindo esses números na fórmula do discriminante,
teremos:
Δ = b² – 4 · a · c
Δ= (– 4)² – 4 · 4 · (– 24)
Δ = 16 – 16 · (– 24)
Δ = 16 + 384
5 https://escolakids.uol.com.br/matematica/equacoes-segundo-grau.htm#:~:text=Toda%20equa%C3%A7%-
C3%A3o%20que%20puder%20ser,a%20zero%20em%20hip%C3%B3tese%20alguma.
6 https://www.preparaenem.com/matematica/equacao-do-2-grau.htm

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Δ = 400
— Quantidade de soluções de uma equação
As equações do segundo grau podem ter até duas soluções reais7. Por meio do discriminante, é possível
descobrir quantas soluções a equação terá. Muitas vezes, o exercício solicita isso em vez de perguntar quais
as soluções de uma equação. Então, nesse caso, não é necessário resolvê-la, mas apenas fazer o seguinte:
Se Δ < 0, a equação não possui soluções reais.
Se Δ = 0, a equação possui apenas uma solução real.
Se Δ > 0, a equação possui duas soluções reais.
Isso acontece porque, na fórmula de Bhaskara, calcularemos a raiz de Δ. Se o discriminante é negativo, é
impossível calcular essas raízes.
3) Encontrar as soluções da equação
Para encontrar as soluções de uma equação do segundo grau usando fórmula de Bhaskara, basta substituir
coeficientes e discriminante na seguinte expressão:

Observe a presença de um sinal ± na fórmula de Bhaskara. Esse sinal indica que deveremos fazer um
cálculo para √Δ positivo e outro para √Δ negativo. Ainda no exemplo 4x2 – 4x – 24 = 0, substituiremos seus
coeficientes e seu discriminante na fórmula de Bhaskara:

Então, as soluções dessa equação são 3 e – 2, e seu conjunto de solução é: S = {3, – 2}.
— Soma e Produto
Nesse método é importante conhecer os divisores de um número. Ele se torna interessante quando as
raízes da equação são números inteiros, porém, quando são um número decimal, esse método fica bastante
complicado.
A soma e o produto é uma relação entre as raízes x1 e x2 da equação do segundo grau, logo devemos buscar
quais são os possíveis valores para as raízes que satisfazem a seguinte relação:

7 https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/discriminante-uma-equacao-segundo-grau.htm

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Exemplo: Encontre as soluções para a equação x² – 5x + 6 = 0.

1º passo: encontrar a, b e c.
a=1
b = -5
c=6

2º passo: substituir os valores de a, b e c na fórmula.

3º passo: encontrar o valor de x1 e x2 analisando a equação.


Nesse caso, estamos procurando dois números cujo produto seja igual a 6 e a soma seja igual a 5.
Os números cuja multiplicação é igual a 6 são:
I. 6 x 1 = 6
II. 3 x 2 =6
III. (-6) x (-1) = 6
IV. (-3) x (-2) = 6
Dos possíveis resultados, vamos buscar aquele em que a soma seja igual a 5. Note que somente a II possui
soma igual a 5, logo as raízes da equação são x1 = 3 e x2 = 2.
— Equação do 2º Grau Incompleta
Equação do 2º grau é incompleta quando ela possui b e/ou c iguais a zero4. Existem três tipos dessas
equações, cada um com um método mais adequado para sua resolução.
Uma equação do 2º grau é conhecida como incompleta quando um dos seus coeficientes, b ou c, é igual a
zero. Existem três casos possíveis de equações incompletas, que são:
- Equações que possuem b = 0, ou seja, ax² + c = 0;
- Equações que possuem c = 0, ou seja, ax² + bx = 0;
- Equações em que b = 0 e c = 0, então a equação será ax² = 0.
Em cada caso, é possível utilizar métodos diferentes para encontrar o conjunto de soluções da equação. Por
mais que seja possível resolvê-la utilizando a fórmula de Bhaskara, os métodos específicos de cada equação
incompleta acabam sendo menos trabalhosos. A diferença entre a equação completa e a equação incompleta
é que naquela todos os coeficientes são diferentes de 0, já nesta pelo menos um dos seus coeficientes é zero.
Como Resolver Equações do 2º Grau Incompletas
Para encontrar as soluções de uma equação do 2º grau, é bastante comum a utilização da fórmula de
Bhaskara, porém existem métodos específicos para cada um dos casos de equações incompletas, a seguir
veremos cada um deles.

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Quando c = 0
Quando o c = 0, a equação do 2º grau é incompleta e é uma equação do tipo ax² + bx = 0. Para encontrar seu
conjunto de soluções, colocamos a variável x em evidência, reescrevendo essa equação como uma equação
produto. Vejamos um exemplo a seguir.
Exemplo: Encontre as soluções da equação 2x² + 5x = 0.

1º passo: colocar x em evidência.


Reescrevendo a equação colocando x em evidência, temos que:

2x² + 5x = 0
x · (2x + 5) = 0

2º passo: separar a equação produto em dois casos.


Para que a multiplicação entre dois números seja igual a zero, um deles tem que ser igual a zero, no caso,
temos que:
x · (2x + 5) = 0
x = 0 ou 2x + 5 = 0

3º passo: encontrar as soluções.


Já encontramos a primeira solução, x = 0, agora falta encontrar o valor de x que faz com que 2x + 5 seja
igual a zero, então, temos que:

2x + 5 = 0

2x = -5
x = -5/2
Então encontramos as duas soluções da equação, x = 0 ou x = -5/2.
Quando b = 0
Quando b = 0, encontramos uma equação incompleta do tipo ax² + c = 0. Nesse caso, vamos isolar a variável
x até encontrar as possíveis soluções da equação. Vejamos um exemplo:
Exemplo: Encontre as soluções da equação 3x² – 12 = 0.
Para encontrar as soluções, vamos isolar a variável.

3x² – 12 = 0

3x² = 12
x² = 12 : 3
x² = 4
Ao extrair a raiz no segundo membro, é importante lembrar que existem sempre dois números e que, ao
elevarmos ao quadrado, encontramos como solução o número 4 e, por isso, colocamos o símbolo de ±.
x = ±√4
x = ±2

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Então as soluções possíveis são x = 2 e x = -2.
Quando b = 0 e c = 0
Quando tanto o coeficiente b quanto o coeficiente c são iguais a zero, a equação será do tipo ax² = 0 e terá
sempre como única solução x = 0. Vejamos um exemplo a seguir.
Exemplo:

3x² = 0
x² = 0 : 3
x² = 0
x = ±√0
x = ±0
x=0

Sistemas de equações do 1° e 2° graus

SISTEMA DO 1º GRAU
Um sistema de equação de 1º grau com duas incógnitas é formado por: duas equações de 1º grau com duas
incógnitas diferentes em cada equação. Veja um exemplo:

• Resolução de sistemas
Existem dois métodos de resolução dos sistemas. Vejamos:
• Método da substituição
Consiste em escolher uma das duas equações, isolar uma das incógnitas e substituir na outra equação, veja
como:

Dado o sis- , enumeramos as


tema equações.

Escolhemos a equação 1 (pelo valor da incógnita de x ser 1) e isolamos x. Teremos: x = 20 – y e substituímos


na equação 2.

3 (20 – y) + 4y = 72, com isso teremos apenas 1 incógnita. Resolvendo:

60 – 3y + 4y = 72 → -3y + 4y = 72 -60 → y = 12
Para descobrir o valor de x basta substituir 12 na equação x = 20 – y. Logo:
x = 20 – y → x = 20 – 12 →x = 8
Portanto, a solução do sistema é S = (8, 12)
Método da adição
Esse método consiste em adicionar as duas equações de tal forma que a soma de uma das incógnitas seja
zero. Para que isso aconteça será preciso que multipliquemos algumas vezes as duas equações ou apenas
uma equação por números inteiros para que a soma de uma das incógnitas seja zero.

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Dado o siste-
ma
Para adicionarmos as duas equações e a soma de uma das incógnitas de zero, teremos que multiplicar a
primeira equação por – 3.

Teremos:

Adicionando as duas equações:

Para descobrirmos o valor de x basta escolher uma das duas equações e substituir o valor de y encontrado:
x + y = 20 → x + 12 = 20 → x = 20 – 12 → x = 8
Portanto, a solução desse sistema é: S = (8, 12).
Exemplos:
(SABESP – APRENDIZ – FCC) Em uma gincana entre as três equipes de uma escola (amarela, vermelha
e branca), foram arrecadados 1 040 quilogramas de alimentos. A equipe amarela arrecadou 50 quilogramas a
mais que a equipe vermelha e esta arrecadou 30 quilogramas a menos que a equipe branca. A quantidade de
alimentos arrecadada pela equipe vencedora foi, em quilogramas, igual a
(A) 310
(B) 320
(C) 330
(D) 350
(E) 370
Resolução:
Amarela: x
Vermelha: y
Branca: z
x = y + 50
y = z - 30
z = y + 30

Substituindo a II e a III equação na I:

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Substituindo na equação II
x = 320 + 50 = 370
z=320+30=350
A equipe que mais arrecadou foi a amarela com 370kg
Resposta: E
(SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDADE – FCC) Em um campeonato de futebol, as equi-
pes recebem, em cada jogo, três pontos por vitória, um ponto em caso de empate e nenhum ponto se forem
derrotadas. Após disputar 30 partidas, uma das equipes desse campeonato havia perdido apenas dois jogos e
acumulado 58 pontos. O número de vitórias que essa equipe conquistou, nessas 30 partidas, é igual a
(A) 12
(B) 14
(C) 16
(D) 13
(E) 15
Resolução:
Vitórias: x
Empate: y
Derrotas: 2
Pelo método da adição temos:

Resposta: E
SISTEMA DO 2º GRAU
Utilizamos o mesmo princípio da resolução dos sistemas de 1º grau, por adição, substituições, etc. A diferen-
ça é que teremos como solução um sistema de pares ordenados.
Sequência prática
– Estabelecer o sistema de equações que traduzam o problema para a linguagem matemática;
– Resolver o sistema de equações;
– Interpretar as raízes encontradas, verificando se são compatíveis com os dados do problema.
Exemplos:
(CPTM - MÉDICO DO TRABALHO – MAKIYAMA) Sabe-se que o produto da idade de Miguel pela idade de
Lucas é 500. Miguel é 5 anos mais velho que Lucas. Qual a soma das idades de Miguel e Lucas?
(A) 40.
(B) 55.

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(C) 65.
(D) 50.
(E) 45.
Resolução:
Sendo Miguel M e Lucas L:
M.L = 500 (I)
M = L + 5 (II)
substituindo II em I, temos:
(L + 5).L = 500
L2 + 5L – 500 = 0, a = 1, b = 5 e c = - 500
∆ = b² - 4.a.c
∆ = 5² - 4.1.(-500)
∆ = 25 + 2000
∆ = 2025
x = (-b ± √∆)/2a
x’ = (-5 + 45) / 2.1 → x’ = 40/2 → x’ = 20
x’’ = (-5 - 45) / 2.1 → x’’ = -50/2 → x’’ = -25 (não serve)
Então L = 20
M.20 = 500
m = 500 : 20 = 25
M + L = 25 + 20 = 45
Resposta: E
(TJ- FAURGS) Se a soma de dois números é igual a 10 e o seu produto é igual a 20, a soma de seus qua-
drados é igual a:
(A) 30
(B) 40
(C) 50
(D) 60
(E) 80
Resolução:

Eu quero saber a soma de seus quadrados x2 + y2


Vamos elevar o x + y ao quadrado:
(x + y)2 = (10)2
x2 + 2xy + y2 = 100 , como x . y=20 substituímos o valor :
x2 + 2.20 + y2 = 100
x2 + 40 + y2 = 100
x2 + y2 = 100 – 40

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x2 + y2 = 60
Resposta: D

Funções do 1º e 2º grau

Na Matemática, função corresponde a uma associação dos elementos de dois conjuntos, ou seja, a função
indica como os elementos estão relacionados8.
Por exemplo, uma função de A em B significa associar cada elemento pertencente ao conjunto A a um único
elemento que compõe o conjunto B, sendo assim, um valor de A não pode estar ligado a dois valores de B.

Notação para função: f: A → B (lê-se: f de A em B).


— Representação das Funções
Em uma função f: A → B o conjunto A é chamado de domínio (D) e o conjunto B recebe o nome de
contradomínio (CD).
Um elemento de B relacionado a um elemento de A recebe o nome de imagem pela função. Agrupando todas
as imagens de B temos um conjunto imagem, que é um subconjunto do contradomínio.
Exemplo: observe os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}, com a função que determina a
relação entre os elementos f: A → B é x → 2x. Sendo assim, f(x) = 2x e cada x do conjunto A é transformado
em 2x no conjunto B.

Note que o conjunto de A {1, 2, 3, 4} são as entradas, “multiplicar por 2” é a função e os valores de B {2, 4,
6, 8}, que se ligam aos elementos de A, são os valores de saída.
Portanto, para essa função:
- O domínio é {1, 2, 3, 4};
- O contradomínio é {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8};
- O conjunto imagem é {2, 4, 6, 8}.

8 https://www.todamateria.com.br/funcao/

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Tipos de Funções
As funções recebem classificações de acordo com suas propriedades. Confira a seguir os principais tipos.

Função Sobrejetora
Na função sobrejetora o contradomínio é igual ao conjunto imagem. Portanto, todo elemento de B é imagem
de pelo menos um elemento de A.
Notação: f: A → B, ocorre a Im(f) = B
Exemplo:

Para a função acima:


- O domínio é {-4, -2, 2, 3};
- O contradomínio é {12, 4, 6};
- O conjunto imagem é {12, 4, 6}.
Função Injetora
Na função injetora todos os elementos de A possuem correspondentes distintos em B e nenhum dos
elementos de A compartilham de uma mesma imagem em B. Entretanto, podem existir elementos em B que
não estejam relacionados a nenhum elemento de A.
Exemplo:

Para a função acima:


- O domínio é {0, 3, 5};
- O contradomínio é {1, 2, 5, 8};
- O conjunto imagem é {1, 5, 8}.
Função Bijetora
Na função bijetora os conjuntos apresentam o mesmo número de elementos relacionados. Essa função
recebe esse nome por ser ao mesmo tempo injetora e sobrejetora.

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Exemplo:

Para a função acima:


- O domínio é {-1, 1, 2, 4};
- O contradomínio é {2, 3, 5, 7};
- O conjunto imagem é {2, 3, 5, 7}.
FUNÇÃO AFIM
A função afim, também chamada de função do 1º grau, é uma função f: ℝ→ℝ, definida como f(x) = ax + b,
sendo a e b números reais9. As funções f(x) = x + 5, g(x) = 3√3x - 8 e h(x) = 1/2 x são exemplos de funções afim.
Neste tipo de função, o número a é chamado de coeficiente de x e representa a taxa de crescimento ou taxa
de variação da função. Já o número b é chamado de termo constante.
Gráfico de uma Função do 1º grau
O gráfico de uma função polinomial do 1º grau é uma reta oblíqua aos eixos Ox e Oy. Desta forma, para
construirmos seu gráfico basta encontrarmos pontos que satisfaçam a função.
Exemplo: Construa o gráfico da função f (x) = 2x + 3.
Para construir o gráfico desta função, vamos atribuir valores arbitrários para x, substituir na equação e
calcular o valor correspondente para a f (x).
Sendo assim, iremos calcular a função para os valores de x iguais a: - 2, - 1, 0, 1 e 2. Substituindo esses
valores na função, temos:
f (- 2) = 2. (- 2) + 3 = - 4 + 3 = - 1
f (- 1) = 2 . (- 1) + 3 = - 2 + 3 = 1
f (0) = 2 . 0 + 3 = 3
f (1) = 2 . 1 + 3 = 5
f (2) = 2 . 2 + 3 = 7
Os pontos escolhidos e o gráfico da f (x) são apresentados na imagem abaixo:

9 https://www.todamateria.com.br/funcao-afim/

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No exemplo, utilizamos vários pontos para construir o gráfico, entretanto, para definir uma reta bastam dois
pontos.
Para facilitar os cálculos podemos, por exemplo, escolher os pontos (0,y) e (x,0). Nestes pontos, a reta da
função corta o eixo Ox e Oy respectivamente.
Coeficiente Linear e Angular
Como o gráfico de uma função afim é uma reta, o coeficiente a de x é também chamado de coeficiente
angular. Esse valor representa a inclinação da reta em relação ao eixo Ox.
O termo constante b é chamado de coeficiente linear e representa o ponto onde a reta corta o eixo Oy. Pois
sendo x = 0, temos:
y = a.0 + b ⇒ y = b
Quando uma função afim apresentar o coeficiente angular igual a zero (a = 0) a função será chamada de
constante. Neste caso, o seu gráfico será uma reta paralela ao eixo Ox.
Abaixo representamos o gráfico da função constante f (x) = 4:

Ao passo que, quando b = 0 e a = 1 a função é chamada de função identidade. O gráfico da função f (x) = x
(função identidade) é uma reta que passa pela origem (0,0).
Além disso, essa reta é bissetriz do 1º e 3º quadrantes, ou seja, divide os quadrantes em dois ângulos iguais,
conforme indicado na imagem abaixo:

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Temos ainda que, quando o coeficiente linear é igual a zero (b = 0), a função afim é chamada de função
linear. Por exemplo as funções f (x) = 2x e g (x) = - 3x são funções lineares.
O gráfico das funções lineares são retas inclinadas que passam pela origem (0,0).
Representamos abaixo o gráfico da função linear f (x) = - 3x:

Função Crescente e Decrescente


Uma função é crescente quando ao atribuirmos valores cada vez maiores para x, o resultado da f (x) será
também cada vez maior.
Já a função decrescente é aquela que ao atribuirmos valores cada vez maiores para x, o resultado da f (x)
será cada vez menor.
Para identificar se uma função afim é crescente ou decrescente, basta verificar o valor do seu coeficiente
angular.
Se o coeficiente angular for positivo, ou seja, a é maior que zero, a função será crescente. Ao contrário, se a
for negativo, a função será decrescente.
Por exemplo, a função 2x - 4 é crescente, pois a = 2 (valor positivo). Entretanto, a função - 2x + - 4 é
decrescente visto que a = - 2 (negativo). Essas funções estão representadas nos gráficos abaixo:

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FUNÇÃO QUADRÁTICA
A função quadrática, também chamada de função polinomial de 2º grau, é uma função representada pela
seguinte expressão10:
f(x) = ax² + bx + c
Onde a, b e c são números reais e a ≠ 0.
Exemplo:
f(x) = 2x² + 3x + 5,
sendo,
a=2
b=3
c=5
Nesse caso, o polinômio da função quadrática é de grau 2, pois é o maior expoente da variável.
— Como resolver uma função quadrática
Confira abaixo o passo-a-passo por meio um exemplo de resolução da função quadrática:
Exemplo: Determine a, b e c na função quadrática dada por: f(x) = ax² + bx + c, sendo:
f (-1) = 8
f (0) = 4
f (2) = 2
Primeiramente, vamos substituir o x pelos valores de cada função e assim teremos:
f (-1) = 8
a (-1)² + b (–1) + c = 8
a - b + c = 8 (equação I)
f (0) = 4
a . 0² + b . 0 + c = 4
c = 4 (equação II)
f (2) = 2

10 https://www.todamateria.com.br/funcao-quadratica/

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a . 2² + b . 2 + c = 2

4a + 2b + c = 2 (equação III)
Pela segunda função f (0) = 4, já temos o valor de c = 4.
Assim, vamos substituir o valor obtido para c nas equações I e III para determinar as outras incógnitas (a e
b):
(Equação I)
a-b+4=8
a-b=4
a=b+4
Já que temos a equação de a pela Equação I, vamos substituir na III para determinar o valor de b:
(Equação III)

4a + 2b + 4 = 2

4a + 2b = - 2

4 (b + 4) + 2b = - 2

4b + 16 + 2b = - 2

6b = - 18
b=-3
Por fim, para encontrar o valor de a substituímos os valores de b e c que já foram encontrados. Logo:
(Equação I)
a-b+c=8
a - (- 3) + 4 = 8
a=-3+4
a=1
Sendo assim, os coeficientes da função quadrática dada são:
a=1
b=-3
c=4
— Raízes da Função
As raízes ou zeros da função do segundo grau representam aos valores de x tais que f(x) = 0. As raízes da
função são determinadas pela resolução da equação de segundo grau:
f(x) = ax² +bx + c = 0
Para resolver a equação do 2º grau podemos utilizar vários métodos, sendo um dos mais utilizados é
aplicando a Fórmula de Bhaskara, ou seja:

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Exemplo: Encontre os zeros da função f(x) = x² – 5x + 6.
Sendo:
a=1
b=–5
c=6
Substituindo esses valores na fórmula de Bhaskara, temos:

Portanto, as raízes são 2 e 3.


Observe que a quantidade de raízes de uma função quadrática vai depender do valor obtido pela expressão:
Δ = b² – 4. ac, o qual é chamado de discriminante.
Assim,
- Se Δ > 0, a função terá duas raízes reais e distintas (x1 ≠ x2);
- Se Δ < 0, a função não terá uma raiz real;
- Se Δ = 0, a função terá duas raízes reais e iguais (x1 = x2).
— Gráfico da Função Quadrática
O gráfico das funções do 2º grau são curvas que recebem o nome de parábolas. Diferente das funções do
1º grau, onde conhecendo dois pontos é possível traçar o gráfico, nas funções quadráticas são necessários
conhecer vários pontos.
A curva de uma função quadrática corta o eixo x nas raízes ou zeros da função, em no máximo dois pontos
dependendo do valor do discriminante (Δ). Assim, temos:
- Se Δ > 0, o gráfico cortará o eixo x em dois pontos;
- Se Δ < 0, o gráfico não cortará o eixo x;
- Se Δ = 0, a parábola tocará o eixo x em apenas um ponto.
Existe ainda um outro ponto, chamado de vértice da parábola, que é o valor máximo ou mínimo da função.
Este ponto é encontrado usando-se a seguinte fórmula:

O vértice irá representar o ponto de valor máximo da função quando a parábola estiver voltada para baixo e
o valor mínimo quando estiver para cima.
É possível identificar a posição da concavidade da curva analisando apenas o sinal do coeficiente a. Se o
coeficiente for positivo, a concavidade ficará voltada para cima e se for negativo ficará para baixo, ou seja:

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Assim, para fazer o esboço do gráfico de uma função do 2º grau, podemos analisar o valor do a, calcular os
zeros da função, seu vértice e o ponto em que a curva corta o eixo y, ou seja, quando x = 0.
A partir dos pares ordenados dados (x, y), podemos construir a parábola num plano cartesiano, por meio da
ligação entre os pontos encontrados.

Estudo do triângulo retângulo; relações métricas no triângulo retângulo; semelhança


de triângulos; relações trigonométricas (seno, cosseno e tangente)

CLASSIFICAÇÃO DOS TRIÂNGULOS


Triângulo acutângulo: tem os três ângulos agudos

Triângulo retângulo: tem um ângulo reto

Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso

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SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os seus ângulos internos tiverem, respectivamente, as
mesmas medidas, e os lados correspondentes forem proporcionais.
Casos de Semelhança

1º Caso: AA(ângulo - ângulo)


Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de vértices correspondentes, então esses triângulos são
congruentes.

2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles
congruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.

3º Caso: LLL (lado - lado - lado)


Se dois triângulos têm os três lado correspondentes proporcionais, então esses dois triângulos são seme-
lhantes.

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RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
Considerando o triângulo retângulo ABC.

Temos:

Fórmulas Trigonométricas
Relação Fundamental
Existe uma outra importante relação entre seno e cosseno de um ângulo. Considere o triângulo retângulo
ABC.

Neste triângulo, temos que: c²=a²+b²


Dividindo os membros por c²

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Como

Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado triangulo retângulo.


O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são:

a: hipotenusa
b e c: catetos
h: altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa
RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
Chamamos relações métricas as relações existentes entre os diversos segmentos desse triângulo. Assim:

1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da hipotenusa pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa.

2. O produto dos catetos é igual ao produto da hipotenusa pela altura relativa à hipotenusa.

3. O quadrado da altura é igual ao produto das projeções dos catetos sobre a hipotenusa.

4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos (Teorema de Pitágoras).

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Teorema de Pitágoras

Em todo triângulo retângulo, o maior lado é chamado de hipotenusa e os outros dois lados são os catetos.
Deste triângulo tiramos a seguinte relação:

“Em todo triângulo retângulo o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos”.
a2 = b2 + c2
Exemplo:
Um barco partiu de um ponto A e navegou 10 milhas para o oeste chegando a um ponto B, depois 5 milhas
para o sul chegando a um ponto C, depois 13 milhas para o leste chagando a um ponto D e finalmente 9 milhas
para o norte chegando a um ponto E. Onde o barco parou relativamente ao ponto de partida?
(A) 3 milhas a sudoeste.
(B) 3 milhas a sudeste.
(C) 4 milhas ao sul.
(D) 5 milhas ao norte.
(E) 5 milhas a nordeste.
Resolução:

x2 = 32 + 42
x2 = 9 + 16
x2 = 25
Resposta: E

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Geometria – Área, Volume e Perímetro; Ângulos

ÂNGULOS
Denominamos ângulo a região do plano limitada por duas semirretas de mesma origem. As semirretas rece-
bem o nome de lados do ângulo e a origem delas, de vértice do ângulo.

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do que 90º.

Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do que 90º.

Ângulo Raso:
- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.

Ângulo Reto:
- É o ângulo cuja medida é 90º;
- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendiculares.

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PERÍMETROS E ÁREAS
Perímetro: é a soma de todos os lados de uma figura plana.
Exemplo:

Perímetro = 10 + 10 + 9 + 9 = 38 cm
Perímetros de algumas das figuras planas:

Área: é a medida da superfície de uma figura plana.


A unidade básica de área é o m2 (metro quadrado), isto é, uma superfície correspondente a um quadrado
que tem 1 m de lado.

Fórmulas de área das principais figuras planas:


1) Retângulo
- sendo b a base e h a altura:

2. Paralelogramo
- sendo b a base e h a altura:

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3. Trapézio
- sendo B a base maior, b a base menor e h a altura:

4. Losango
- sendo D a diagonal maior e d a diagonal menor:

5. Quadrado
- sendo l o lado:

6. Triângulo: essa figura tem 6 fórmulas de área, dependendo dos dados do problema a ser resolvido.
I) sendo dados a base b e a altura h:

II) sendo dados as medidas dos três lados a, b e c:

III) sendo dados as medidas de dois lados e o ângulo formado entre eles:

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IV) triângulo equilátero (tem os três lados iguais):

V) circunferência inscrita:

VI) circunferência circunscrita:

Área do círculo e suas partes


I- Círculo:
Quem primeiro descreveu a área de um círculo foi o matemático grego Arquimedes (287/212 a.C.), de Sira-
cusa, mais ou menos por volta do século II antes de Cristo. Ele concluiu que quanto mais lados tem um polígo-
no regular mais ele se aproxima de uma circunferência e o apótema (a) deste polígono tende ao raio r. Assim,
como a fórmula da área de um polígono regular é dada por A = p.a (onde p é semiperímetro e a é o apótema),
temos para a área do círculo , então temos:

II- Coroa circular:


É uma região compreendida entre dois círculos concêntricos (tem o mesmo centro). A área da coroa circular
é igual a diferença entre as áreas do círculo maior e do círculo menor. A = R2 – r2, como temos o como fator
comum, podemos colocá-lo em evidência, então temos:

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III- Setor circular:
É uma região compreendida entre dois raios distintos de um círculo. O setor circular tem como elementos
principais o raio r, um ângulo central e o comprimento do arco l, então temos duas fórmulas:

IV- Segmento circular:


É uma região compreendida entre um círculo e uma corda (segmento que une dois pontos de uma circunfe-
rência) deste círculo. Para calcular a área de um segmento circular temos que subtrair a área de um triângulo
da área de um setor circular, então temos:

VOLUMES
Cilindros
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de centro O contido num deles, e uma reta s concorrente
com os dois.
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião de todos os segmentos paralelos a s, com extremida-
des no círculo e no outro plano.

Classificação
Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando as geratrizes são perpendiculares às bases.
Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é equilátero.
Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.

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Área
Área da base: Sb=πr²

Volume

Cones
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α, um ponto V que não pertence ao plano.
A figura geométrica formada pela reunião de todos os segmentos de reta que tem uma extremidade no ponto
V e a outra num ponto do círculo denomina-se cone circular.

Classificação
-Reto: eixo VO perpendicular à base;
Pode ser obtido pela rotação de um triângulo retângulo em torno de um de seus catetos. Por isso o cone reto
é também chamado de cone de revolução.
Quando a geratriz de um cone reto é 2R, esse cone é denominado cone equilátero.

g2 = h2 + r2
-Oblíquo: eixo não é perpendicular

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Área

Volume

Pirâmides
As pirâmides são também classificadas quanto ao número de lados da base.

Área e Volume
Área lateral: Sl = n. área de um triângulo
Onde n = quantidade de lados
Stotal = Sb + Sl

Prismas
Considere dois planos α e β paralelos, um polígono R contido em α e uma reta r concorrente aos dois.

Chamamos prisma o sólido determinado pela reunião de todos os segmentos paralelos a r, com extremida-
des no polígono R e no plano β.

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Assim, um prisma é um poliedro com duas faces congruentes e paralelas cujas outras faces são paralelogra-
mos obtidos ligando-se os vértices correspondentes das duas faces paralelas.
Classificação
Reto: Quando as arestas laterais são perpendiculares às bases
Oblíquo: quando as faces laterais são oblíquas à base.

PRISMA RETO PRISMA OBLÍQUO

Classificação pelo polígono da base


TRIANGULAR QUADRANGULAR

E assim por diante...


Paralelepípedos
Os prismas cujas bases são paralelogramos denominam-se paralelepípedos.

PARALELEPÍPEDO RETO PARALELEPÍPEDO OBLÍQUO

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Cubo é todo paralelepípedo retângulo com seis faces quadradas.

Prisma Regular
Se o prisma for reto e as bases forem polígonos regulares, o prisma é dito regular.
As faces laterais são retângulos congruentes e as bases são congruentes (triângulo equilátero, hexágono
regular,...)
Área
Área cubo: St = 6a2
Área paralelepípedo: St = 2(ab + ac + bc)
A área de um prisma: St = 2Sb + St
Onde: St = área total
Sb = área da base
Sl = área lateral, soma-se todas as áreas das faces laterais.
Volume
Paralelepípedo: V = a . b . c
Cubo: V = a³
Demais: V = Sb . h

Sistema de medidas de tempo, sistema métrico decimal

UNIDADES DE COMPRIMENTO
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para peque-
nas distâncias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:

mícron (µ) = 10-6 m angströn (Å) = 10-10 m

Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km
Exemplos de Transformação

1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km

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1km=10hm=100dam=1000m
Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda
divide por 10.
Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).
Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes
maior que a unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma
unidade até a desejada.

UNIDADES DE ÁREA
km 2
hm 2
dam 2
m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2
Exemplos de Transformação

1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²

1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²
Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda
divide por 100.
Volume
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem vo-
lume. Podemos encontrar sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras,
mas todos irão possuir volume e capacidade.

UNIDADES DE VOLUME
km 3
hm 3
dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3

Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus
múltiplos e submúltiplos, unidade de medidas de produtos líquidos.
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³

1L=1dm³

UNIDADES DE CAPACIDADE
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

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Massa

Unidades de Massa
kg hg dag g dg cg mg
Quilogra- Hectograma Decagrama Grama Decigrama Centigrama Miligrama
ma
1000g 100g 10g 1g 0,1g 0,01g 0,001
Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada

1 tonelada=1000kg
Tempo
A unidade fundamental do tempo é o segundo(s).
É usual a medição do tempo em várias unidades, por exemplo: dias, horas, minutos
Transformação de unidades
Deve-se saber:

1 dia=24horas

1hora=60minutos

1 minuto=60segundos

1hora=3600s
Adição de tempo
Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segun-
dos. Demorou 30 minutos para chegar em casa. Que horas ela chegou?

15h 35 minutos
1 minutos 25 segundos
30 minutos
--------------------------------------------------
15h 66 minutos 25 segundos
Não podemos ter 66 minutos, então temos que transferir para as horas, sempre que passamos de um para
o outro tem que ser na mesma unidade, temos que passar 1 hora=60 minutos
Então fica: 16h6 minutos 25segundos
Vamos utilizar o mesmo exemplo para fazer a operação inversa.
Subtração
Vamos dizer que sabemos que ela chegou em casa as 16h6 minutos 25 segundos e saiu de casa às 15h 35
minutos. Quanto tempo ficou fora?

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11h 60 minutos
16h 6 minutos 25 segundos

-15h 35 min
--------------------------------------------------
Não podemos tirar 6 de 35, então emprestamos, da mesma forma que conta de subtração.

1hora=60 minutos

15h 66 minutos 25 segundos


15h 35 minutos
--------------------------------------------------
0h 31 minutos 25 segundos
Multiplicação
Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas demorou o dobro disso. Quanto tempo durou o estu-
do?

2h 40 minutos
x2
----------------------------
4h 80 minutos OU
5h 20 minutos
Divisão

5h 20 minutos : 2

5h 20 minutos 2

1h 20 minutos 2h 40 minutos
80 minutos
0

1h 20 minutos, transformamos para minutos :60+20=80minutos

Números e grandezas proporcionais, razões e proporções

RAZÃO
Chama-se de razão entre dois números racionais a e b, com b ≠ 0, ao quociente entre eles. Indica-se a
razão de a para b por a/b ou a : b.
Exemplo:
Na sala do 1º ano de um colégio há 20 rapazes e 25 moças. Encontre a razão entre o número de rapazes e
o número de moças. (lembrando que razão é divisão)

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PROPORÇÃO
Proporção é a igualdade entre duas razões. A proporção entre A/B e C/D é a igualdade:

Propriedade fundamental das proporções


Numa proporção:

Os números A e D são denominados extremos enquanto os números B e C são os meios e vale a proprieda-
de: o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é:
AxD=BxC
Exemplo: A fração 3/4 está em proporção com 6/8, pois:

Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3 esteja em proporção com 4/6.
Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte forma:

Segunda propriedade das proporções


Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos dois primeiros termos está para o primeiro, ou
para o segundo termo, assim como a soma ou a diferença dos dois últimos termos está para o terceiro, ou para
o quarto termo. Então temos:

Ou

Ou

Ou

Terceira propriedade das proporções


Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos antecedentes está para a soma ou a diferença
dos consequentes, assim como cada antecedente está para o seu respectivo consequente. Temos então:

60
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Ou

Ou

Ou

GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS


Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente proporcionais quando a razão entre os valores da
1ª grandeza é igual a razão entre os valores correspondentes da 2ª, ou de uma maneira mais informal, se eu
pergunto:
Quanto mais.....mais....
Exemplo
Distância percorrida e combustível gasto

DISTÂNCIA (KM) COMBUSTÍVEL (LITROS)


13 1
26 2
39 3
52 4
Quanto MAIS eu ando, MAIS combustível?
Diretamente proporcionais
Se eu dobro a distância, dobra o combustível
GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS
Duas grandezas variáveis dependentes são inversamente proporcionais quando a razão entre os valores da
1ª grandeza é igual ao inverso da razão entre os valores correspondentes da 2ª.
Quanto mais....menos...
Exemplo
Velocidade x Tempo a tabela abaixo:

VELOCIDADE TEMPO (S)


(M/S)
5 200
8 125
10 100
16 62,5
20 50

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Quanto MAIOR a velocidade MENOS tempo??
Inversamente proporcional
Se eu dobro a velocidade, eu faço o tempo pela metade.
Diretamente Proporcionais
Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se mon-
tar um sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas X1+X2+...+Xn=M e p1+p2+...+pn= P.

A solução segue das propriedades das proporções:

Exemplo
Carlos e João resolveram realizar um bolão da loteria. Carlos entrou com R$ 10,00 e João com R$ 15,00.
Caso ganhem o prêmio de R$ 525.000,00, qual será a parte de cada um, se o combinado entre os dois foi de
dividirem o prêmio de forma diretamente proporcional?

Carlos ganhará R$210000,00 e Carlos R$315000,00.


Inversamente Proporcionais
Para decompor um número M em n partes X1, X2, ..., Xn inversamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta
decompor este número M em n partes X1, X2, ..., Xn diretamente proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn. A montagem
do sistema com n equações e n incógnitas, assume que X1+X2+...+ Xn=M e além disso

cuja solução segue das propriedades das proporções:

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Regra de três simples e composta

REGRA DE TRÊS SIMPLES


Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro valores dos
quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já conhecidos.
Passos utilizados numa regra de três simples:

1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo na mesma
linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência.

2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.

3º) Montar a proporção e resolver a equação.


Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h, faz um determinado percurso em 3 horas.
Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480km/h?
Solução: montando a tabela:

1) Velocidade (Km/h) Tempo (h)

---
400 3
--
---
480 X
--

2) Identificação do tipo de relação:

VELOCIDADE Tempo
---
400 ↓ 3↑
--
---
480 ↓ X↑
--
Obs.: como as setas estão invertidas temos que inverter os números mantendo a primeira coluna e inver-
tendo a segunda coluna ou seja o que está em cima vai para baixo e o que está em baixo na segunda coluna
vai para cima

VELOCIDADE Tempo
---
400 ↓ 3↓
--
---
480 ↓ X↓
--

480x=1200
X=25
REGRA DE TRÊS COMPOSTA
Regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta ou inversamente
proporcionais.

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Exemplos:

1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m³ de areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão necessá-
rios para descarregar 125m³?
Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as grandezas de mesma espécie e, em cada linha,
as grandezas de espécies diferentes que se correspondem:

HORAS CAMINHÕES VOLUME


--- ---
8↑ 20 ↓ 160 ↑
-- --
--- ---
5↑ X↓ 125 ↑
-- --
A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde está o x.
Observe que:
Aumentando o número de horas de trabalho, podemos diminuir o número de caminhões. Portanto a relação
é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna).
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número de caminhões. Portanto a relação é direta-
mente proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que contém o termo x com o pro-
duto das outras razões de acordo com o sentido das setas.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

HORAS CAMINHÕES VOLUME


--- ---
8↑ 20 ↓ 160 ↓
-- --
--- ---
5↑ X↓ 125 ↓
-- --

Obs.: Assim devemos inverter a primeira coluna ficando:

HORAS CAMINHÕES VOLUME


8 --- 20 --- 160
-- --
--- ---
5 X 125
-- --

Logo, serão necessários 25 caminhões

Porcentagem

Porcentagem é uma fração cujo denominador é 100, seu símbolo é (%). Sua utilização está tão disseminada
que a encontramos nos meios de comunicação, nas estatísticas, em máquinas de calcular, etc.
Os acréscimos e os descontos é importante saber porque ajuda muito na resolução do exercício.
Acréscimo
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um determinado valor, podemos calcular o novo valor apenas
multiplicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação. Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por
1,20, e assim por diante. Veja a tabela abaixo:

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ACRÉSCIMO OU LUCRO FATOR DE MULTIPLICAÇÃO
10% 1,10
15% 1,15
20% 1,20
47% 1,47
67% 1,67
Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 temos:

10 x 1,10 = R$ 11,00
Desconto
No caso de haver um decréscimo, o fator de multiplicação será:
Fator de Multiplicação =1 - taxa de desconto (na forma decimal)
Veja a tabela abaixo:

DESCONTO FATOR DE MULTIPLICAÇÃO


10% 0,90
25% 0,75
34% 0,66
60% 0,40
90% 0,10
Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos:

10 X 0,90 = R$ 9,00
Chamamos de lucro em uma transação comercial de compra e venda a diferença entre o preço de venda e
o preço de custo.
Lucro=preço de venda -preço de custo
Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem de duas formas:

Exemplo
(DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em sala de aula com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse
total está com gripe. Se x% das meninas dessa sala estão com gripe, o menor valor possível para x é igual a
(A) 8.
(B) 15.
(C) 10.
(D) 6.
(E) 12.
Resolução

45------100%

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X-------60%
X=27
O menor número de meninas possíveis para ter gripe é se todos os meninos estiverem gripados, assim
apenas 2 meninas estão.

Resposta: C.

Juros simples - juros, capital, tempo, taxas e montante

Matemática Financeira
A Matemática Financeira possui diversas aplicações no atual sistema econômico. Algumas situações es-
tão presentes no cotidiano das pessoas, como financiamentos de casa e carros, realizações de empréstimos,
compras a crediário ou com cartão de crédito, aplicações financeiras, investimentos em bolsas de valores,
entre outras situações. Todas as movimentações financeiras são baseadas na estipulação prévia de taxas de
juros. Ao realizarmos um empréstimo a forma de pagamento é feita através de prestações mensais acrescidas
de juros, isto é, o valor de quitação do empréstimo é superior ao valor inicial do empréstimo. A essa diferença
damos o nome de juros.
Capital
O Capital é o valor aplicado através de alguma operação financeira. Também conhecido como: Principal,
Valor Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado. Em inglês usa-se Present Value (indicado pela tecla PV nas cal-
culadoras financeiras).
Taxa de juros e Tempo
A taxa de juros indica qual remuneração será paga ao dinheiro emprestado, para um determinado período.
Ela vem normalmente expressa da forma percentual, em seguida da especificação do período de tempo a que
se refere:

8 % a.a. - (a.a. significa ao ano).

10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre).


Outra forma de apresentação da taxa de juros é a unitária, que é igual a taxa percentual dividida por 100,
sem o símbolo %:

0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês).

0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre)


Montante
Também conhecido como valor acumulado é a soma do Capital Inicial com o juro produzido em determina-
do tempo.
Essa fórmula também será amplamente utilizada para resolver questões.
M=C+J

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M = montante
C = capital inicial
J = juros
M=C+C.i.n
M=C(1+i.n)
Juros Simples
Chama-se juros simples a compensação em dinheiro pelo empréstimo de um capital financeiro, a uma taxa
combinada, por um prazo determinado, produzida exclusivamente pelo capital inicial.
Em Juros Simples a remuneração pelo capital inicial aplicado é diretamente proporcional ao seu valor e ao
tempo de aplicação.
A expressão matemática utilizada para o cálculo das situações envolvendo juros simples é a seguinte:
J = C i n, onde:
J = juros
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = tempo de aplicação (mês, bimestre, trimestre, semestre, ano...)
Observação importante: a taxa de juros e o tempo de aplicação devem ser referentes a um mesmo período.
Ou seja, os dois devem estar em meses, bimestres, trimestres, semestres, anos... O que não pode ocorrer é
um estar em meses e outro em anos, ou qualquer outra combinação de períodos.
Dica: Essa fórmula J = C i n, lembra as letras das palavras “JUROS SIMPLES” e facilita a sua memorização.
Outro ponto importante é saber que essa fórmula pode ser trabalhada de várias maneiras para se obter cada
um de seus valores, ou seja, se você souber três valores, poderá conseguir o quarto, ou seja, como exemplo
se você souber o Juros (J), o Capital Inicial (C) e a Taxa (i), poderá obter o Tempo de aplicação (n). E isso vale
para qualquer combinação.
Exemplo
Maria quer comprar uma bolsa que custa R$ 85,00 à vista. Como não tinha essa quantia no momento e não
queria perder a oportunidade, aceitou a oferta da loja de pagar duas prestações de R$ 45,00, uma no ato da
compra e outra um mês depois. A taxa de juros mensal que a loja estava cobrando nessa operação era de:
(A) 5,0%
(B) 5,9%
(C) 7,5%
(D) 10,0%
(E) 12,5%
Resposta Letra “e”.
O juros incidiu somente sobre a segunda parcela, pois a primeira foi à vista. Sendo assim, o valor devido
seria R$40 (85-45) e a parcela a ser paga de R$45.
Aplicando a fórmula M = C + J:

45 = 40 + J
J=5
Aplicando a outra fórmula J = C i n:

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5 = 40 X i X 1
i = 0,125 = 12,5%

Média Aritmética simples e ponderada

Média aritmética de um conjunto de números é o valor que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo
número de elementos do conjunto.

Representemos a média aritmética por .


A média pode ser calculada apenas se a variável envolvida na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido
calcular a média aritmética para variáveis quantitativas.
Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre diferentes grupos, se for possível calcular a média,
ficará mais fácil estabelecer uma comparação entre esses grupos e perceber tendências.
Considerando uma equipe de basquete, a soma das alturas dos jogadores é:

1,85 + 1,85 + 1,95 + 1,98 + 1,98 + 1,98 + 2,01 + 2,01+2,07+2,07+2,07+2,07+2,10+2,13+2,18 = 30,0


Se dividirmos esse valor pelo número total de jogadores, obteremos a média aritmética das alturas:

A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m.


Média Ponderada
A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à adição e na qual cada elemento tem um “determi-
nado peso” é chamada média aritmética ponderada.

Mediana (Md)
Sejam os valores escritos em rol: x1 , x2 , x3 , ... xn
Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo xi tal que o número de termos da sequência que precedem xi é
igual ao número de termos que o sucedem, isto é, xi é termo médio da sequência (xn) em rol.
Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela média aritmética entre os termos xj e xj +1, tais que
o número de termos que precedem xj é igual ao número de termos que sucedem xj +1, isto é, a mediana é a
média aritmética entre os termos centrais da sequência (xn) em rol.
Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
Solução:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se: (3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio
desse rol. Logo: Md=12
Resposta: Md=12.
Exemplo 2:
Determinar a mediana do conjunto de dados:

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{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.
Solução:
Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média aritmética entre os dois termos centrais do rol.

Logo:

Resposta: Md=15
Moda (Mo)
Num conjunto de números: x1 , x2 , x3 , ... xn, chama-se moda aquele valor que ocorre com maior frequência.
Observação:
A moda pode não existir e, se existir, pode não ser única.
Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda igual a 8, isto é, Mo=8.
Exemplo 2:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.

Problemas envolvendo os itens do programa proposto

A resolução de problemas matemáticos envolve a aplicação de uma variedade de recursos, sendo que os
princípios algébricos se destacam como uma parte fundamental desse processo. Esses princípios são classifi-
cados de acordo com a complexidade e a abordagem dos conteúdos matemáticos.
A prática constante na resolução de questões desse tipo é o que proporciona o desenvolvimento de habili-
dades cada vez maiores para enfrentar problemas dessa natureza.
Exemplos:
01. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – Analista Técnico Legislativo – Designer Gráfi-
co – VUNESP) Em um condomínio, a caixa d’água do bloco A contém 10 000 litros a mais de água do que a
caixa d’água do bloco B. Foram transferidos 2 000 litros de água da caixa d’água do bloco A para a do bloco B,
ficando o bloco A com o dobro de água armazenada em relação ao bloco B. Após a transferência, a diferença
das reservas de água entre as caixas dos blocos A e B, em litros, vale
(A) 4 000.
(B) 4 500.
(C) 5 000.
(D) 5 500.
(E) 6 000.
Resolução:
A = B + 10000 (I)
Transferidos: A – 2000 = 2.B , ou seja, A = 2.B + 2000 ( II )
Substituindo a equação ( II ) na equação ( I ), temos:

2.B + 2000 = B + 10000

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2.B – B = 10000 – 2000
B = 8000 litros (no início)
Assim, A = 8000 + 10000 = 18000 litros (no início)
Portanto, após a transferência, fica:
A’ = 18000 – 2000 = 16000 litros
B’ = 8000 + 2000 = 10000 litros
Por fim, a diferença é de : 16000 – 10000 = 6000 litros
Resposta: E.
02. (IFNMG – Matemática - Gestão de Concursos) Uma linha de produção monta um equipamento em oito
etapas bem definidas, sendo que cada etapa gasta exatamente 5 minutos em sua tarefa. O supervisor percebe,
cinco horas e trinta e cinco minutos depois do início do funcionamento, que a linha parou de funcionar. Como
a linha monta apenas um equipamento em cada processo de oito etapas, podemos afirmar que o problema foi
na etapa:
(A) 2
(B) 3
(C) 5
(D) 7
Resolução:
Um equipamento leva 8.5 = 40 minutos para ser montado.

5h30 = 60.5 + 30 = 330 minutos

330min : 40min = 8 equipamentos + 20 minutos (resto)

20min : 5min = 4 etapas


Como as alternativas não apresentam a etapa 4, provavelmente, o problema ocorreu na etapa 3.
Resposta: B.
03. (EBSERH/HU-UFGD – Técnico em Informática – AOCP) Joana pretende dividir um determinado nú-
mero de bombons entre seus 3 filhos. Sabendo que o número de bombons é maior que 24 e menor que 29, e
que fazendo a divisão cada um dos seus 3 filhos receberá 9 bombons e sobrará 1 na caixa, quantos bombons
ao todo Joana possui?
(A) 24.
(B) 25.
(C) 26.
(D) 27.
(E) 28
Resolução:
Sabemos que 9 . 3 = 27 e que, para sobrar 1, devemos fazer 27 + 1 = 28.
Resposta: E.

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04. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – Analista Técnico Legislativo – Designer Grá-
fico – VUNESP) Na biblioteca de um instituto de física, para cada 2 livros de matemática, existem 3 de física.
Se o total de livros dessas duas disciplinas na biblioteca é igual a 1 095, o número de livros de física excede o
número de livros de matemática em
(A) 219.
(B) 405.
(C) 622.
(D) 812.
(E) 1 015.
Resolução:
M/F = 2/3, ou seja, 3.M = 2.F (I)
M + F = 1095 , ou seja, M = 1095 – F ( II )
Vamos substituir a equação ( II ) na equação ( I ):

3 . (1095 – F) = 2.F

3285 – 3.F = 2.F

5.F = 3285
F = 3285 / 5
F = 657 (física)
Assim: M = 1095 - 657 = 438 (matemática)
A diferença é: 657 – 438 = 219
Resposta: A.
05. (CEFET – Auxiliar em Administração – CESGRANRIO) Caio é 15 cm mais alto do que Pedro. Pedro
é 6 cm mais baixo que João. João é 7 cm mais alto do que Felipe. Qual é, em cm, a diferença entre as alturas
de Caio e de Felipe?
(A) 1
(B) 2
(C) 9
(D) 14
(E) 16
Resolução:
Caio = Pedro + 15cm
Pedro = João – 6cm
João = Felipe + 7cm , ou seja: Felipe = João – 7
Caio – Felipe = ?
Pedro + 15 – (João – 7) =
João – 6 + 15 – João + 7 = 16
Resposta: E.

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Exercícios

1. IBGE – 2022
Sabendo que o valor lógico da proposição simples p: “Carlos acompanhou o trabalho da equipe” é verdadeira
e que o valor lógico da proposição simples q: “O recenseador visitou todos os locais” é falso, então é correto
afirmar que o valor lógico da proposição composta:
(A) p disjunção q é falso
(B) p conjunção q é falso
(C) p condicional q é verdade
(D) p bicondicional q é verdade
(E) p disjunção exclusiva q é falso
2. MPU – 1996
Se Ana não é advogada, então Sandra é secretária. Se Ana é advogada, então Paula não é professora. Ora,
Paula é professora. Portanto:
(A) Ana é advogada
(B) Sandra é secretária
(C) Ana é advogada, ou Paula não é professora
(D) Ana é advogada, e Paula é professora
(E) Ana não é advogada e Sandra não é secretária
3. (SAP/SP – Oficial Administrativo – MS CONCURSOS/2018) Um menino ganhou sua mesada de
R$120,00, guardou 1/6 na poupança, do restante usou 2/5 para comprar figurinhas e gastou o que sobrou numa
excursão da escola. Quanto gastou nessa excursão?
(A) 32
(B) 40
(C) 52
(D) 60
(E) 68
4. (Câmara de Dois Córregos/SP – Oficial de Atendimento e Administração – VUNESP/2018) Uma
empresa comprou um lote de envelopes e destinou 3/ 8 deles ao setor A. Dos envelopes restantes, 4/ 5 foram
destinados ao setor B, e ainda restaram 75 envelopes. O número total de envelopes do lote era
(A) 760.
(B) 720.
(C) 700.
(D) 640.
(E) 600.
5. (MPE/GO – OFICIAL DE PROMOTORIA – MPEGO /2017) Em um determinado zoológico, a girafa
deve comer a cada 4 horas, o leão a cada 5 horas e o macaco a cada 3 horas. Considerando que todos foram
alimentados às 8 horas da manhã de domingo, é correto afirmar que o funcionário encarregado deverá servir a
alimentação a todos concomitantemente às:
(A) 8 horas de segunda-feira.
(B) 14 horas de segunda-feira.

72
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(C) 10 horas de terça-feira.
(D) 20 horas de terça-feira.
(E) 9 horas de quarta-feira.
6. (EMBASA – ASSISTENTE DE LABORATÓRIO – IBFC/2017) Um marceneiro possui duas barras de
ferro, uma com 1,40 metros de comprimento e outra com 2,45 metros de comprimento. Ele pretende cortá-las
em barras de tamanhos iguais, de modo que cada pedaço tenha a maior medida possível. Nessas circunstân-
cias, o total de pedaços que o marceneiro irá cortar, utilizando as duas de ferro, é:
(A) 9
(B) 11
(C) 12
(D) 13

7. A expressão numérica 8 × 7 − 6 + 5 − 4 × 3 − 2 , sem nenhum parêntese, tem como resultado o número


41. A expressão numérica, com parênteses, cujo resultado é 34, é
Alternativas
(A) 8 × (7 − 6) + (5 − 4) × 3 − 2
(B) 8 × 7 − 6 + 5 − (4× 3 − 2)
(C) 8 × (7 − 6 + 5) − 4 × 3 − 2
(D) 8 × 7 − (6 + 5) − 4 × 3 − 2
(E) 8 × (7 − 6 + 5 − 4) × 3 − 2

8. PREFEITURA DE VENÂNCIO AIRES/RS - PSICOPEDAGOGO - OBJETIVA/2021


Um posto de combustível está com promoção em prol de uma entidade. Em dias normais, o litro da gasolina
está R$ 4,00, mas, na promoção, abastecendo o carro e doando o valor de R$ 20,00 para uma entidade
beneficente, o litro da gasolina sai por R$ 3,75. A promoção feita pelo posto pode ser descrita por uma função.
Como é chamada essa função e como podemos escrevê-la?
(A) Função de primeiro grau, f(x) = 4x − 3,75x + 20
(B) Função de segundo grau, f(x) = 4x2 − 3,75x + 20
(C) Função de segundo grau, f(x) = 3,75x2 + 20
(D) Função de primeiro grau, f(x) = 3,75x + 20
(E) Função de segundo grau, f(x) = 4x + 3,75 + 20

9. PREFEITURA DE SÃO ROQUE DO CANAÃ/ES - TÉCNICO EM PROCESSAMENTO DE DADOS -


IDCAP/2020
Em uma função quadrática chamamos de “zeros da função” os valores de x nos quais o gráfico corta o eixo
das abscissas. Qual das alternativas abaixo indica os zeros da função F(x) = 3x² + 6x - 9?
(A) (- 3; - 2)
(B) (- 3; 1)
(C) (2; - 1)
(D) (- 2; 1)
(E) (3; - 1)

73
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10. COMUR DE NOVO HAMBURGO/RS - AGENTE DE ATENDIMENTO E VENDAS - FUNDATEC/2021
Qual o resultado da equação de primeiro grau 2x - 7 = 28 - 5x?
(A) 3.
(B) 5.
(C) 7.
(D) -4,6.
(E) Não é possível resolver essa equação.

11. PREFEITURA DE IRATI/SC - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA - GS ASSESSORIA E


CONCURSOS/2021
Analisando a equação do segundo grau x2 − 5x − 6 = 0, podemos afirmar que ela possui:
(A) nenhuma solução.
(B) um número inteiro como solução.
(C) dois números inteiros como solução.
(D) três números inteiros com solução.
(E) nenhuma das respostas anterior.

12. Considerando o sistema de equação de primeiro grau a seguir, o valor de x e y são respectivamente
iguais a:

Alternativas
(A) x = -2 e y = 1.
(B) x = 2 e y = -1.
(C) x = 1 e y = -2.
(D) x = 3 e y = 1.
(E) x = -1 e y = 4,33.

13. No triângulo abaixo estão indicadas as medidas de um ângulo e de um cateto. Utilizando a relação tan-
gente, calcule o valor de x.

74
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Alternativas
(A) 1,5
(B) 3
(C) 4,5
(D) Nenhuma das alternativas anteriores

14. A medida da altura relativa à hipotenusa de um triângulo retângulo de catetos 6 cm e 8 cm é igual a:


Alternativas
(A) 2
(B) 4
(C) 4,8
(D) 6
(E) 10

15. O Teorema de Pitágoras é utilizado em diversas aplicações cotidianas. O Teorema afirma que a soma
dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa. Por meio dele, é possível calcular a quantidade
de arame que será utilizada para dividir o terreno abaixo em dois. Veja a figura a seguir:

Note que a cerca é composta por três faixas de arame.


Com isso, a quantidade de arame utilizada é
Alternativas
(A) 50 m.
(B) 100 m.
(C) 150 m.
(D) 200 m.
16. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO ADMINISTRATIVO- FGV/2017) Lucas foi de carro para o trabalho
em um horário de trânsito intenso e gastou 1h20min. Em um dia sem trânsito intenso, Lucas foi de carro para o
trabalho a uma velocidade média 20km/h maior do que no dia de trânsito intenso e gastou 48min.
A distância, em km, da casa de Lucas até o trabalho é:
(A) 36;
(B) 40;
(C) 48;
(D) 50;

75
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(E) 60.
17. (EMDEC - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JR – IBFC/2016) Carlos almoçou em certo dia no horário
das 12:45 às 13:12. O total de segundos que representa o tempo que Carlos almoçou nesse dia é:
(A) 1840
(B) 1620
(C) 1780
(D) 2120
18. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VUNESP/2017) Para uma pesquisa, foram realizadas
entrevistas nos estados da Região Sudeste do Brasil. A amostra foi composta da seguinte maneira:
– 2500 entrevistas realizadas no estado de São Paulo;
– 1500 entrevistas realizadas nos outros três estados da Região Sudeste.
Desse modo, é correto afirmar que a razão entre o número de entrevistas realizadas em São Paulo e o nú-
mero total de entrevistas realizadas nos quatro estados é de
(A) 8 para 5.
(B) 5 para 8.
(C) 5 para 7.
(D) 3 para 5.
(E) 3 para 8.
19. (UNIRV/60 – AUXILIAR DE LABORATÓRIO – UNIRVGO/2017) Em relação à prova de matemática
de um concurso, Paula acertou 32 das 48 questões da prova. A razão entre o número de questões que ela errou
para o total de questões da prova é de
(A) 2/3
(B) 1/2
(C) 1/3
(D) 3/2
20. (IPRESB/SP - ANALISTA DE PROCESSOS PREVIDENCIÁRIOS- VUNESP/2017) Para imprimir
300 apostilas destinadas a um curso, uma máquina de fotocópias precisa trabalhar 5 horas por dia durante 4
dias. Por motivos administrativos, será necessário imprimir 360 apostilas em apenas 3 dias. O número de horas
diárias que essa máquina terá que trabalhar para realizar a tarefa é
(A) 6.
(B) 7.
(C) 8.
(D) 9.
(E) 10.
21. (SEPOG – ANALISTA EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – FGV/2017) Uma
máquina copiadora A faz 20% mais cópias do que uma outra máquina B, no mesmo tempo.
A máquina B faz 100 cópias em uma hora.
A máquina A faz 100 cópias em
(A) 44 minutos.
(B) 46 minutos.
(C) 48 minutos.
(D) 50 minutos.

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(E) 52 minutos.
22. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2017) A equipe de segurança de um Tribunal conseguia resolver
mensalmente cerca de 35% das ocorrências de dano ao patrimônio nas cercanias desse prédio, identificando
os criminosos e os encaminhando às autoridades competentes. Após uma reestruturação dos procedimentos
de segurança, a mesma equipe conseguiu aumentar o percentual de resolução mensal de ocorrências desse
tipo de crime para cerca de 63%. De acordo com esses dados, com tal reestruturação, a equipe de segurança
aumentou sua eficácia no combate ao dano ao patrimônio em
(A) 35%.
(B) 28%.
(C) 63%.
(D) 41%.
(E) 80%.
23. (CEGAS – ASSISTENTE TÉCNICO – IESES/2017)O valor dos juros simples em uma aplicação finan-
ceira de $ 3.000,00 feita por dois trimestres a taxa de 2% ao mês é igual a:
(A) $ 360,00
(B) $ 240,00
(C)$ 120,00
(D) $ 480,00
24. (IPRESB/SP - ANALISTA DE PROCESSOS PREVIDENCIÁRIOS- VUNESP/2017) Um capital foi apli-
cado a juros simples, com taxa de 9% ao ano, durante 4 meses. Após esse período, o montante (capital + juros)
resgatado foi de R$ 2.018,80. O capital aplicado era de
(A) R$ 2.010,20.
(B) R$ 2.000,00.
(C) R$ 1.980,00.
(D) R$ 1.970,40.
(E) R$ 1.960,00.
25. (CRBIO – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – VUNESP/2017) Uma empresa tem 120 funcionários no
total: 70 possuem curso superior e 50 não possuem curso superior. Sabe-se que a média salarial de toda a
empresa é de R$ 5.000,00, e que a média salarial somente dos funcionários que possuem curso superior é
de R$ 6.000,00. Desse modo, é correto afirmar que a média salarial dos funcionários dessa empresa que não
possuem curso superior é de
(A) R$ 4.000,00.
(B) R$ 3.900,00.
(C) R$ 3.800,00.
(D) R$ 3.700,00.
(E) R$ 3.600,00.
26. (TJM/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2017) Leia o enunciado a seguir para
responder a questão.
A tabela apresenta o número de acertos dos 600 candidatos que realizaram a prova da segunda fase de um
concurso, que continha 5 questões de múltipla escolha

NÚMERO DE ACERTOS NÚMERO DE CANDIDATOS


5 204
4 132

77
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3 96
2 78
1 66
0 24
A média de acertos por prova foi de
(A) 3,57.
(B) 3,43
(C) 3,32.
(D) 3,25.
(E) 3,19.

27. CS-UFG - 2023


Em um projeto de urbanização de uma região, pretende-se construir Q+2 prédios novos a cada 2 anos, em
que Q é a quantidade de prédios existentes nos 2 anos anteriores. Cada prédio leva exatamente dois anos
para ser construído, terá 28 andares e cada andar terá 8 apartamentos. No início do projeto, a região não tinha
nenhum prédio e, após 2 anos, foram construídos os 2 primeiros prédios. Quantos apartamentos essa região
terá após os 50 primeiros anos de desenvolvimento do projeto?
(A) 18.200
(B) 65.100
(C) 98.400
(D) 145.600

28. UNDATEC - 2023


Sabendo que o dobro de x somado com o quádruplo de y é igual a 5 e que o triplo de x somado ao triplo de
y é igual a 3, pode-se afirmar que o produto entre x e y é igual a:
(A) 0,75
(B) 0,50
(C) – 0,75
(D) – 1
29. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA – MSCONCURSOS/2017) Qual é o volume
de uma lata de óleo perfeitamente cilíndrica, cujo diâmetro é 8 cm e a altura é 20 cm? (use π=3)
(A)3,84 l
(B)96 ml
(C) 384 ml
(D) 960 ml

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30. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO -VUNESP/2017) Inicialmente, um reservatório com for-
mato de paralelepípedo reto retângulo deveria ter as medidas indicadas na figura.

Em uma revisão do projeto, foi necessário aumentar em 1 m a medida da largura, indicada por x na figura,
mantendo-se inalteradas as demais medidas. Desse modo, o volume inicialmente previsto para esse reserva-
tório foi aumentado em:
(A) 1 m³ .
(B) 3 m³ .
(C) 4 m³ .
(D) 5 m³ .
(E) 6 m³ .

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Gabarito

1 B
2 B
3 D
4 E
5 D
6 B
7 C
8 D
9 B
10 B
11 C
12 C
13 B
14 C
15 C
16 B
17 B
18 B
19 C
20 C
21 D
22 E
23 A
24 E
25 E
26 B
27 D
28 C
29 D
30 E

80
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