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O Lavoisier que não está presente nos livros didáticos

Article · January 2007

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Paulo Henrique Oliveira Vidal Paulo Porto

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Paulo Henrique Oliveira Vidal, Flavia Oliveira Cheloni e Paulo Alves Porto

O artigo apresenta algumas contribuições de Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794) para a construção da Química
Moderna que podem ser utilizadas didaticamente. As informações encontradas em uma fonte primária (Tratado
Elementar de Química, de Lavoisier) são confrontadas com os relatos encontrados em livros didáticos de Química e
algumas discrepâncias são apontadas. Observa-se que alguns conceitos desenvolvidos por Lavoisier são relevantes
para o Ensino de Química atual, e sua discussão pode despertar reflexões úteis para os discentes e docentes do
Ensino Médio.


Lavoisier, livros didáticos, conservação da massa

Recebido em 18/12/06; aceito em 26/6/07

29

N
os últimos anos, têm sido re- Ciência mais rica e mais autêntica em põe a investigar é a presença de La-
novados os esforços para se sala de aula. voisier nos livros didáticos de Quími-
aproximar a cultura científica Entretanto, ainda há muito a ser ca. Tal aspecto se justifica pela larga
de um número maior de cidadãos e feito em relação ao ensino de Ciên- utilização dos livros didáticos como
cidadãs. Segundo Cachapuz (2005), cias no Brasil para que essas pers- fontes de consulta por parte dos
a educação científica converteu-se pectivas se concre- professores do Ensi-
em uma exigência urgente, fator tizem. Avaliação feita A educação científica no Médio, conforme
essencial para o desenvolvimento por Costa e colabo- converteu-se em uma apontam, por exem-
dos povos, mesmo em curto prazo. radores (2006), em exigência urgente, fator plo, Mortimer (1988),
Dentre os aspectos que uma educa- trabalho apresen- essencial para o Lopes (1992) e Fra-
ção básica em Ciência deveria conter, tado no XIII Encontro desenvolvimento dos calanza e Megid Neto
entre os vários propostos por Reid e Nacional de Ensino povos, mesmo em curto (2006). A metodolo-
Hodson (1993), destaca-se a História de Química, eviden- prazo gia adotada consistiu
da Ciência. Matthews (1994) também ciou que os estudan- em confrontar algu-
se alinha entre os autores que acre- tes dos períodos iniciais do curso de mas idéias sobre Lavoisier comumen-
ditam no potencial didático da História Química da UFMG têm poucos co- te encontradas nos livros didáticos
da Ciência. Entre os benefícios desse nhecimentos sobre Lavoisier e suas com as suas próprias palavras. A
tipo de abordagem no ensino de contribuições para a Química. Levan- fonte primária escolhida foi o Traité
Ciências, Matthews aponta que a tamento feito por Cheloni e colabora- Élémentaire de Chimie, de 1789 (na
história desta pode humanizar as dores (2006), entre alunos de Licen- tradução inglesa, Elements of Chem-
ciências e relacioná-las mais aos ciatura em Química do IQ - USP, reve- istry, de 1790), a qual sumariza déca-
interesses éticos, culturais e políticos; lou situação semelhante. Pode-se das de trabalho de Lavoisier e seus
pode deixar as aulas mais estimulan- então indagar - embora Lavoisier seja colaboradores na construção de uma
tes e reflexivas, desenvolvendo o pen- conhecido por muitos estudantes e nova abordagem teórica e metodo-
samento crítico dos alunos; pode professores de Química, e mesmo lógica para a Química. Foram desta-
contribuir para uma compreensão pelo público leigo, como um químico cados, em fragmentos escolhidos
maior dos conteúdos científicos; e po- importante - as razões pelas quais nessa obra, três aspectos do seu
de melhorar a formação dos profes- suas realizações sejam tão pouco trabalho que, apropriadamente discu-
sores, contribuindo para o desenvol- conhecidas. tidos, podem ser úteis ainda hoje no
vimento de uma epistemologia da O aspecto que este artigo se pro- contexto do Ensino da Química em

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nível médio: (1) conservação da Esses fragmentos são represen- se cria, tudo se transforma”. Segundo
massa; (2) definição operacional de tativos da visão oferecida pelos livros Vanin (1994), esse seria um resumo
elemento químico; e (3) nova nomen- didáticos a respeito de Lavoisier e da do Livro I do poema De rerum natura,
clatura química. própria natureza da Ciência. Nos dois do filósofo latino Tito Lucrécio Caro
trechos, a única contribuição atribuída (96-55 a.C.), que por sua vez seguia
Investigação de alguns livros a ele é a lei da conservação da mas- as idéias do filósofo atomista grego
didáticos de Química sa, e não há menção à definição de Epicuro (341-270 a.C.). Também é
Os livros didáticos de Química são elemento químico ou à nova nomen- importante salientar que Lavoisier não
unânimes em associar o nome de La- clatura. Tampouco são citados outros foi o primeiro a trabalhar com a idéia
voisier à conservação da massa nas cientistas que colaboraram com ele. de que a massa se conserva, pois
transformações quími- Os livros também outros filósofos naturais já haviam
cas. Entretanto, pou- Se, pelo termo elementos sugerem que a lei admitido isso implicitamente. Entre-
cos avançam além dis- quisermos expressar aqueles da conservação da tanto, Lavoisier foi o primeiro a expres-
so ou de escassos átomos simples e indivisíveis massa teria sido sar a conservação das massas expli-
dados biográficos. Se- dos quais a matéria é induzida a partir de citamente como um princípio e a
lecionamos, como composta, é extremamente uma série de obser- tomar essa idéia como fundamental
exemplos, trechos de provável que nada saibamos vações experimen- para o estabelecimento dos estudos
dois livros que fazem sobre eles tais. A leitura da em Química.
parte do Programa Na- (Lavoisier, 1790, p. xxiv) obra de Lavoisier, Observa-se também a importân-
cional do Livro Didático entretanto, nos cia do conceito de elemento que apa-
para o Ensino Médio (PNLEM 2007), mostra um panorama bem diferente. rece no fragmento citado acima: a
que servirão como ponto de partida A conservação da massa não foi indu- conservação da massa é entendida
para nossa discussão. zida, mas postulada: também como conservação dos ele-
mentos químicos. A idéia de elemento
Entre esses cientistas, um Podemos afirmar, como um
era discutida desde a Antigüidade,
dos mais importantes foi o axioma incontestável, que, em
30 porém, Lavoisier desenvolveu uma
francês Antoine Laurent Lavoi- todas as operações da arte e
nova definição para o termo, que iria
sier. Seus trabalhos, realizados da natureza, nada é criado;
influenciar de maneira importante o
no século XVIII, foram tão im- uma quantidade igual de maté-
desenvolvimento posterior da Quími-
portantes que alguns o consi- ria existe antes e depois do ex-
ca.
deram o “pai da química”. En- perimento; a qualidade e a
tre suas contribuições, a mais quantidade dos elementos per- A definição operacional de
conhecida e relevante é a Lei manecem precisamente as elemento químico
da Conservação da Massa, mesmas; e nada ocorre além
Assim Lavoisier apresenta sua
enunciada por ele após realizar de mudanças e modificações
concepção de elemento:
inúmeras reações químicas na combinação desses ele-
dentro de recipientes fecha- mentos. Desse princípio de- Se, pelo termo elementos
dos. (Peruzzo e Canto, 2003) pende toda a arte de realizar quisermos expressar aqueles
experimentos químicos. Deve- átomos simples e indivisíveis
No final do século XVIII, o mos sempre supor uma exata dos quais a matéria é compos-
cientista Antoine Lavoisier igualdade entre os elementos ta, é extremamente provável
realizou uma série de experiên- do corpo examinado e aqueles que nada saibamos sobre eles.
cias em recipientes fechados dos produtos de sua análise. Entretanto, se aplicarmos o ter-
(para que não entrasse nem (Lavoisier, 1790, p. 130-131; mo elementos [...] para expres-
escapasse nada do sistema grifos nossos) sar nossa idéia do último ponto
em estudo) e efetuando pesa- que a análise é capaz de alcan-
Pode-se observar que Lavoisier
gens com balanças mais preci- çar, devemos admitir, como
claramente apresenta a conservação
sas do que as dos cientistas elementos, todas as substân-
da massa, afirmando-a como um
anteriores concluiu: no interior cias nas quais somos capazes,
princípio fundamental, o qual deve
de um recipiente fechado, a por quaisquer meios, de reduzir
orientar todos os trabalhos em Quí-
massa total não varia, quais- os corpos por decomposição
mica. Esse princípio foi postulado a
quer que sejam as transforma- [...]. E nunca devemos supô-
priori - contrariando a visão simplista
ções que venham a ocorrer las como compostas, até que
baseada na existência de um método
nesse espaço. Tal afirmativa o experimento e a observação
científico indutivo e único.
ficou conhecida como lei de provem que são. (Lavoisier,
Como curiosidade, vale notar que
Lavoisier (ou lei da conservação 1790, p. xxiv)
não é de autoria de Lavoisier o enun-
da massa ou lei da conservação ciado tantas vezes repetido de que Segundo Bensaude-Vincent e
da matéria). (Feltre, 2000) “Na natureza, nada se perde, nada Stengers (1992), a novidade dessa

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definição é que Lavoisier a apresenta exemplos que ilustram como a Quími- composição das substâncias. Para
como uma alternativa à tradicional, ca emergiu, ao final do século XVIII, isso, os autores se voltaram aos con-
considerada metafísica, dos elemen- com uma face bem diferente daquela ceitos de classes e de espécies,
tos ou princípios como constituintes de meados dos setecentos (Alfonso- comumente usados na nomenclatura
últimos da matéria: sua nova defini- Goldfarb e Ferraz, 1993). botânica desde a metade do século
ção é estritamente operacional, e tor- Como vimos, a definição opera- XVIII. A esse respeito, Lavoisier escre-
na o elemento uma entidade relativa cional de elemento químico consti- veu:
e provisória. tuiu-se em um dos fundamentos de
Na ordem natural das idéias,
O caminho percorrido por Lavoi- seu sistema químico e se manifesta,
o nome da classe ou genus é
sier para a construção de uma “nova de maneira evidente, na nova nomen-
o que expressa uma qualidade
Química” foi longo e complexo e clatura proposta pelo grupo de Lavoi-
comum a um grande número
abrange muitos outros aspectos in- sier.
de indivíduos. O nome da
ter-relacionados que não seria possí-
A nova nomenclatura espécie, ao contrário, expressa
vel aprofundar aqui. Assim, no contex-
uma qualidade peculiar a cer-
to de suas considerações teóricas e Antes da adoção generalizada da
tos indivíduos somente. (La-
de suas observações experimentais, nova nomenclatura, cada substância
voisier, 1790, p. xxvi)
água e ar deixam de ser considerados descoberta recebia um nome que
elementos - conforme dizia uma tra- poderia se relacionar com seu pro- A partir dessas idéias, são defini-
dição secular - e uma nova explica- cesso de obtenção, propriedade ca- das as classes de substâncias, ba-
ção para a combustão também emer- racterística, sua origem ou o nome de seadas em suas composições ele-
giu. Ao longo do século XVIII, havia pessoas. Diversos nomes eram mentares. Vejamos, por exemplo,
se desenvolvido a teoria do flogístico, oriundos de antigas tradições, como como Lavoisier descreve o método
segundo a qual a combustão consis- da alquimia. Desse modo, não havia pelo qual ele e os demais autores da
tiria no desprendimento do “princípio uma nomenclatura sistemática e pa- nova nomenclatura atribuíram nomes
da inflamabilidade” (chamado de dronizada, o que dificultava o apren- aos óxidos:
flogístico) pelos corpos inflamáveis. dizado da Química pelos iniciantes.
Substâncias metálicas, que 31
Dentro desse panorama conceitual, Alguns exemplos de nomes antigos
foram expostas à ação conjun-
desenvolveram-se, por exemplo, os são citados na Tabela 1.
ta do ar e do fogo, perdem seu
trabalhos de importantes químicos Diante dessas dificuldades, um
brilho metálico, aumentam seu
pneumaticistas como Joseph Pries- grupo de químicos franceses se dedi-
peso, e assumem uma aparên-
tley, Henry Cavendish e muitos outros. cou a desenvolver uma metodologia
cia terrosa. Nesse estado [...],
A partir de suas novas idéias e de de nomenclatura, constituída por
são compostos de um princípio
experimentos próprios, Lavoisier regras que facilitassem sua compre-
que é comum a todos eles, e
reinterpretou, por exemplo, alguns ensão. Assim, em 1787, Louis Ber-
por um que é peculiar a cada
experimentos de Priestley - e identifi- nard Guyton de Morveau (1737-1810),
um. Do mesmo modo, portan-
cou o “ar desflogisticado”, descrito Antoine François de Fourcroy (1755-
to, julgamos apropriado classi-
por este, com o componente do ar 1809), Claude Louis Berthollet (1748-
ficá-los sob um nome genérico,
que se combina com os corpos infla- 1822) e Lavoisier publicaram o Métho-
derivado de um princípio co-
máveis por ocasião da combustão. de de Nomenclature Chimique, cujo
mum; para esse propósito ado-
Surgia, assim, o que poderíamos objetivo era sistematizar a nomencla-
tamos o termo óxido; e nós os
chamar de “teoria do oxigênio” para tura química, tomando por base a
a combustão. Além disso, Lavoisier
pôde dar novo significado à combi-
nação de “ar inflamável” com “ar Tabela 1. Origem dos nomes antigos de algumas substâncias.
desflogisticado”, na qual Cavendish Nome antigo Origem do nome Nome atual
observara a formação de água: para
Cáustico lunar Propriedade (cáustico - que queima); nitrato de prata
o químico francês, tratava-se da com-
origem e composição
binação entre dois elementos quími- (analogia entre a prata e a Lua)
cos: o gás hidrogênio e o gás oxigê-
Açúcar de Saturno Propriedade (sabor adocicado); acetato de chumbo (II)
nio. Lavoisier, além de dar novo signifi-
origem e composição (analogia entre
cado a esse experimento de síntese o chumbo e o planeta Saturno)
da água, também realizou sua de-
composição: fazendo passar vapor Ar fixo Propriedade (constituinte de corpos fixos, gás carbônico
isto é, não voláteis)
de água pelo interior de um tubo de
ferro aquecido ao rubro, ele logrou a Régulo de antimônio Idéia de metal como um composto antimônio elementar
obtenção de gás hidrogênio, ficando Sal de Glauber Pessoa e método de obtenção sulfato de sódio
o oxigênio combinado na forma de (preparado pelo químico germânico
óxido de ferro. Esses são alguns dos Johann R. Glauber)

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distinguimos pelo nome parti- cia, que ignora seu caráter de trabalho dois aspectos dessa sistematização
cular do metal que cada um coletivo e de conhecimento que que não têm sido lembrados pelos
possui. (Lavoisier, 1790, p. xviii) emerge como consenso da comuni- autores de livros didáticos, embora
dade dos cientistas. pudessem ser úteis para a iniciação
Nesse excerto, pode-se perceber nos estudos da Química nos dias de
que a nomenclatura que atribuímos Considerações finais hoje. Um estudo de caso abordando
atualmente aos óxidos metálicos é, Estudos de casos em História da Lavoisier, se realizado de forma
essencialmente, a mesma atribuída Ciência podem ajudar o educador na historiograficamente atualizada,
por esses autores em 1787. Isso não construção de conceitos e na constru- permitiria mostrar que o trabalho
significa que a nova nomenclatura ção de uma visão da Ciência como desse químico não foi importante por
tenha sido universalmente aceita de atividade complexa. A proposição do uma suposta indução da “lei da
imediato: durante ao menos vinte princípio da conservação da massa conservação das massas”, mas sim
anos, a proposta foi objeto de viva mostra que a Ciência nem sempre se porque estruturou as bases de uma
controvérsia, especialmente pelas faz de maneira indutiva: nesse caso, nova abordagem para a Química,
mudanças teóricas e Lavoisier fundamen- abrangendo tanto aspectos teóricos
metodológicas que Estudos de casos em tou-se em uma hipó- (como a proposição de novos con-
lhe eram subjacentes história da ciência podem tese que se mostrou ceitos e novas explicações para os
(Bensaude-Vincent, ajudar o educador na muito importante pa- experimentos) como aspectos meto-
1992). construção de conceitos, e ra o desenvolvi- dológicos.
Outro aspecto na construção de uma visão mento posterior da
que chama a atenção da ciência como atividade Química. Além dis- Paulo Henrique Oliveira Vidal (phoidal@iq.usp.br),
ao se analisar os li- complexa so, o estudo de seu licenciado e bacharelado em Química pelo Centro
Universitário Fundação Santo André, é mestrando
vros didáticos é a trabalho, com um
em Ensino de Ciências, Programa Interunidades em
ausência de menção a outros quí- pouco mais de detalhe, justifica que Ensino de Ciências, IF-IQ-IB-FE na Universidade de
micos que colaboraram com Lavoi- o seu nome seja lembrado não São Paulo. Flavia Oliveira Cheloni (flaviacheloni@
sier. Um dos trechos citados acima apenas em associação com aquele gmail.com) é graduanda em Química pelo Instituto
32 de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP).
se refere a este como o “Pai da Quí- princípio, mas também por haver
Paulo Alves Porto (palporto@iq.usp.br), licenciado
mica” - como se a Ciência fosse resul- sistematizado o conhecimento quími-
e bacharelado em Química pelo IQ-USP, mestre e
tado do esforço isolado de um gênio. co de sua época sobre novas bases. doutor em Comunicação e Semiótica (área de
Segundo Solomon (1987), isso pode A definição operacional de elemento História da Ciência) pela Pontifícia Universidade
gerar uma visão deformada da Ciên- químico e a nova nomenclatura são Católica de São Paulo, é docente do IQ-USP.

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VIEIRA, F.T.; RIBEIRO, M.V.; ARAUJO, M.; MORTIMER, E.F. A evolução dos livros paris1.fr/i-corpus/lavoisier/intro_p2.php
CARVALHO, M.E.M.D.; SILVA, G.F. La- didáticos de Química destinados ao en- (consultado em junho de 2007).

Abstract: The Lavoisier Who Is Not in the Textbooks. This paper presents some of the contributions made by Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794) for the construction of Modern Chemistry, aiming
at the didactic use of such ideas. A comparison is made between information found in a primary source (Lavoisier’s Elements of Chemistry) and how they are presented in Chemistry textbooks and
some discrepancies are pointed out. Some of the concepts discussed by Lavoisier may be relevant for the Chemistry teaching in current days, and a historical approach may lead to useful reflections
both for students and teachers.
Keywords: Lavoisier, textbooks, conservation of masses

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