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observação
de aves no
algarve
índice geral prefácio
003 Introdução
005 Sobre este guia
006 Como usar o guia
008 O Algarve O Turismo Ornitológico tem vindo a registar o contínuo acréscimo no índice de procura por
012 Observação de aves no Algarve parte de especialistas e observadores de aves vindos de todo o mundo, em especial dos
013 As aves do Algarve países da Europa do Norte.
017 A migração outonal em Sagres Este nicho de mercado, inserido no Turismo de Natureza, regista adesão muito significativa,
018 Que aves observar no Algarve em parte devido ao facto do Algarve ter importantes “hot spots” para a observação de
026 Aves exóticas aves, de entre os quais se destacam o Sapal de Castro Marim, a Ria Formosa e a Lagoa dos
026 Algumas raridades regulares no Algarve Salgados.
028 Dicas e recomendações O Guia de Observação de Aves que o Turismo do Algarve agora edita, contém informação
técnica e informação genérica não só sobre os locais onde se podem observar aves, quer
032 Mapa-índice de roteiros na ótica do investigador, quer na perspetiva das centenas de milhar de ornitólogos e
observadores de aves, cuja variedade de espécies no Algarve suscita o interesse geral. 1
035 Baixo Guadiana Este guia inclui mais de 12 roteiros, que vão desde o Baixo Guadiana até à Península de
047 Sapal de Castro Marim Sagres, todos eles com informação e descrição da zona, indicação de como chegar até aos
061 Ria Formosa locais, sugestão de itinerário, época do ano aconselhada para a visita ou até mesmo sugestão
085 Lagoas Costeiras de duração da mesma, junto com detalhes particulares a cada uma das aves que residem,
099 Lagoa dos Salgados migram ou apenas nidificam no Algarve.
107 Estuário do Arade e Ria de Alvor Trata-se pois de um guia técnico, ainda que prático, que elucida sobre mais um dos muitos
117 Península de Sagres segredos mais bem guardados da Europa, i.e., o Algarve também como um santuário da
125 Serra de Monchique vida animal, neste caso particular dirigido às aves, algumas delas espécies raras que poderão
133 Serra do Caldeirão ser observadas no seu habitat natural e até mesmo retidas na objetiva de uma câmara
147 Costa Algarvia fotográfica, para posterior memória ou eventual catalogação.
O Guia de Observação de Aves é pois mais um instrumento e veículo para a promoção dos
155 Lista sistemática das espécies de aves que ocorrem no Algarve valores e do património natural do Algarve. Estou certo que a sua utilização proporcionará
experiências dignas de memória.
165 Glossário
António Ventura Pina
166 Contactos Presidente do Turismo do Algarve
prefácio
Introdução
Se o Algarve já é bem conhecido de todos como um destino turístico de excelência, talvez A observação de aves ou birdwatching é
não o seja como merece pelo valor das suas aves e da biodiversidade que aí existe. O mérito hoje uma atividade em franco crescimento
deste livro é, desde logo, dar a conhecer 10 áreas importantes para observação de aves e 24 um pouco por todo o mundo, em particular
percursos que o vão ajudar a conhecer um Algarve diferente, porventura mais rico. na Europa. Deixou de ser uma prática quase
Na sua diversidade de costas de areia, de falésias, de serras, de zonas húmidas e paisagens restrita aos países do norte, como o Reino
mediterrânicas, ocorrem nesta região muitas espécies de aves, residentes, invernantes Unido - onde se estimam que sejam mais
ou migradoras que viajam para norte ou para sul. Muitas delas com ameaças que podem de 2,4 milhões os seus praticantes -, para
comprometer a sua existência e equilíbrio num futuro próximo. integrar-se lentamente na vida recreativa,
Casquilho (Oceanites oceanicus)
A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves - SPEA - identificou nesta região vários social e turística das sociedades mais
locais, designados Áreas Importantes para as Aves, com critérios científicos que comprovam mediterrânicas, como Espanha, Itália e até
como são cruciais para a conservação de espécies como o camão, o flamingo, o colhereiro, Portugal. Portuguesa para o Estudo das Aves) e no
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a águia-perdigueira ou o pernilongo, só para citar alguns exemplos mais conhecidos. Alguns Vários motivos são apontados como Algarve, a Almargem.
sítios, como a Ria Formosa, os sapais de Castro Marim ou Sagres, são bem conhecidos pelas responsáveis por esse aumento, a A observação de aves apresenta, por outro
grandes concentrações de aves durante um dos períodos em que são mais vulneráveis. começar pelo maior interesse que as lado, diversas facilidades, comparativamente
Para conseguirmos preservar estes valores é importante conhecê-los, de forma consciente questões ambientais e, em particular, as da a outras atividades recreativas de natureza,
e equilibrada. Por isso esperamos que este livro possa contribuir para que os seus leitores e biodiversidade, captam junto do público que ajudam a explicar a procura cada vez
utilizadores possam explorar e conhecer os sítios e os percursos que aqui são descritos, e que em geral. Nunca no passado se falou tanto maior: é muito fácil de praticar, ao invés,
possam assim desfrutar da natureza que o Algarve tem para oferecer. É também uma forma em conservação da natureza, de fauna por exemplo, da observação de mamíferos
importante de proteger as aves e a natureza, conhecendo, respeitando, agindo e mostrando e flora, espécies ameaçadas, fotografia ou peixes; pode realizar-se em todo o lado,
que são verdadeiros valores a proteger e a conservar. da natureza ou de áreas protegidas, e inclusivamente em cidades; é acessível a
nunca houve à disposição das pessoas um todos os públicos (crianças, jovens, seniores,
Luís Costa tão diversificado e abundante leque de pessoas com mobilidade reduzida); não
Diretor da SPEA atividades de contacto com o meio natural. requer grandes investimentos – dependendo
Neste capítulo, um destaque deve ser dado do interesse e da motivação do praticante;
ao papel de diversas ONGA’s (organizações pode praticar-se todo ano; estimula o espírito
não-governamentais de ambiente), que colecionista, dada a grande diversidade de
através de inúmeras ações potenciaram – e espécies existente e, de uma forma simples,
continuam a potenciar – uma aproximação proporciona um contacto fácil e próximo
da comunidade à natureza e à avifauna com a natureza e seus diferentes elementos.
silvestre. Em Portugal destacam-se, em O birdwatching reflete-se, ainda, numa
particular, a LPN (Liga para a Proteção da diversificada teia de motivações e
Natureza), a Quercus, a SPEA (Sociedade complementaridades, que ajudam, também,
Sobre este guia
a explicar o cada vez maior número de cordilheiras montanhosas; O Guia de Observação de Aves no Algarve, pretende ser um bom acompanhante de
entusiastas: o simples prazer de observar - As suas plumagens apresentam todas preparado pelo Turismo do Algarve, viagem ao Algarve e uma boa ajuda para
aves nos seus habitats naturais, os seus as colorações possíveis, com as cores pretende ser um simples e eficiente proporcionar momentos inesquecíveis
comportamentos, as suas cores e formas, a conhecidas; instrumento de campo para todos os que de observação de aves e encontro com a
fotografia de natureza em geral e das aves - Possuem formas muito distintas, tanto ao gostam de observar aves no seu meio natureza.
em particular (ex. digiscoping); a pintura nível da morfologia geral, como de certas natural. Está organizado de forma a facilitar o
e a ilustração; a investigação científica; o partes do corpo (bicos, patas ou asas); encontro com as espécies mais interessantes
colecionismo e a constante procura por - Apresentam comportamentos únicos no da região e/ou o maior número delas,
novas espécies; a procura de raridades reino animal o que lhes atribui especial expondo um conjunto de informações úteis
(twiching), entre outras. interesse: realizam migrações notáveis, sobre como aceder aos locais, as melhores
4 Por fim, e não menos importante, não se apresentam diferentes e curiosos hábitos épocas do ano, dicas específicas para cada 5
pode negligenciar a necessidade cada alimentares, constroem ninhos com sítio, etc. Neste livro são propostos cerca
vez maior das sociedade modernas - e diferentes técnicas e artes, emitem cantos de 25 itinerários, inseridos em 9 principais
sobretudo as urbanas - encontrarem melodiosos, umas espécies são muito zonas a visitar, organizados de Este para
refúgios e escapes ao seu quotidiano, fáceis de observar, outras, porém, são Oeste. Acrescenta-se ainda um décimo
surgindo o contacto e a observação da bastante difíceis, entre outros aspetos. roteiro, dedicado à observação de aves
natureza entre as soluções adotadas por um Por fim, como nota final de apresentação, marinhas em alto mar, sem itinerários
crescente número de pessoas. uma simples definição do que se entende específicos, apenas com indicação dos
Mas o que está de facto por trás da como birdwatching, observação de aves ou sítios onde se iniciam as viagens de barco
observação de aves? Eis alguns factos e ainda turismo ornitológico: especializadas para esse propósito.
números: Cada local é acompanhado de um mapa
- São cerca de 9.865 as espécies de aves que “Viagem que tem como motivação a e uma descrição de como lá chegar,
existem em todo mundo, de acordo com o realização de atividades de lazer relacionadas as espécies mais interessantes que ali
IUCN (International Union for Conservation com a Ornitologia, nomeadamente, a ocorrem e várias dicas específicas sobre a
of Nature), muitas delas endémicas de deteção, identificação ou observação da melhor forma de o visitar. No final, existe
determinadas regiões do globo; avifauna; com o objetivo de se estar em ainda um conjunto de contactos úteis ao
- Estão organizadas em cerca de 70 Ordens contacto com a natureza para satisfazer visitante, incluindo números telefónicos de
Taxonómicas (TAXA), incluindo aves necessidades de aprendizagem e/ou alcançar emergência médica e de segurança civil,
marinhas, rapinas, passeriformes, patos, etc. satisfação pessoal”. bem como de páginas na internet com
- Estão presentes em todos os ecossistemas indicações de alojamentos, restaurantes e
do globo, desde o Pólo Norte ao Pólo São estas experiências que se pretende empresas especializadas em birdwatching.
Sul, passando por desertos, oceanos ou estimular com o presente guia. Não sendo um guia de campo convencional,
Serra de Monchique
05
As zonas húmidas, em especial as zonas nio, para além dos Sítios Classificados da
estuarinas e rias (ria Formosa, ria de Alvor, Rocha da Pena e da Fonte Benémola. Com
estuário do rio Arade, estuário do Guadiana), a integração dos 14 sítios da Rede Natura
desempenham um papel determinante 2000, cerca de 38 por cento da área total do
para a fauna por sustentarem uma relevante Algarve terá um estatuto de conservação, o
comunidade piscícola que, juntamente com que consagra a sua importância biológica e
onde ocorrem diversas singularidades Especial de Proteção para Aves, como Sítio outras zonas húmidas como lagos, caniçais, paisagística em termos europeus. Estas áreas
naturais, nomeadamente endemismos de Interesse para a Conservação. rios e ribeiras, concentra importantes espé- protegidas e os corredores ecológicos cons-
botânicos e uma diversificada fauna Esta rede integra espaços com diferentes cies de aves a nível nacional e mesmo in- tituem a Estrutura Regional de Protecção e
silvestre. características biofísicas, que se distribuem ternacional, seja como locais de criação, de Valorização Ambiental, proposta pelo Plano
Ao nível do valor de biodiversidade, cerca por toda a região, acumulando muitos invernada ou durante as migrações. Grande Regional de Ordenamento do Território
de 40% do território algarvio está integrado deles, outros estatutos de proteção, parte dos principais rios e ribeiras são tam- do Algarve, que tem como função definir
na Rede Natura 2000, tanto como Zona nomeadamente: bém corredores ecológicos fundamentais orientações de planeamento e de gestão
para a sobrevivência de peixes, mamíferos, que permitam compatibilizar a conservação
Área Protegida Nome Concelho répteis e anfíbios, já que interligam os espa- da natureza com as actividades humanas, ou
Parque Natural Ria Formosa Loulé, Faro, Olhão e Tavira ços naturais da região. seja, que propiciem o desenvolvimento do
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Parque Natural Costa Vicentina Vila do Bispo e Aljezur No Algarve, estão consagradas como áreas turismo de natureza. 11
Reserva Natural Castro Marim e Vila Real St. António protegidas o Parque Natural da Ria Formosa, Os percursos seleccionados, em função da
Castro Marim Barril - Ria Formosa
o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e sua localização e das suas características,
Área de paisagem protegida local Fonte da Benémola Loulé
Costa Vicentina (parcialmente implantado permitem observar a maioria dos valores
Área de paisagem protegida local Rocha da Pena Loulé -na
Rioregião),
Guadiana - Lagoa
a Reserva Natural do Sapal dos
de Salgados
naturais referidos.
-Castro
CastroMarim
Marime Vila Real de Santo
- Serra de Monchique
Antó-
A importância destes espaços está expressa - Ria Formosa - Costa Sudoeste
na existência de conjunto de elementos de - Serra do Caldeirão - Leixão da Gaivota
fauna e flora muito particulares, incluindo - Caniçal de Vilamoura - Ponta da Piedade
diversos endemismos.
Além destes locais, o Algarve dispõe ainda
Rio Guadian
de um conjunto de zonas reconhecidas
internacionalmente pela sua importância
a
para aves, designadas IBAs (Important Bird Serra do Caldeirão
Serra do Caldeirão
Observação de Aves As Aves do Algarve
no Algarve
O Algarve é um destino procurado por - É uma região pequena, com facilidade O Algarve é a região do país com a maior importantes do país – a Ria Formosa e
um crescente número de entusiastas na visitação de vários dos espaços diversidade de espécies contabilizada. No o Sapal de Castro Marim – sendo esta
desta atividade que aqui se deslocam importantes para aves, permitindo num só total já aqui foram observadas 386 espécies última a primeira reserva natural criada em
propositadamente para observar e dia visitar zonas montanhosas e estuarinas; – número que todos os anos aumenta – Portugal (ano de 1975);
fotografar um grande número de espécies. - Está bastante próxima do Alentejo, acerca representadas em mais de 15 diferentes - Possuir o principal corredor migratório de
Mas o que faz do Algarve um local tão de 1 hora, o que facilita a realização de ordens taxonómicas (ex. mergulhões, aves de rapina em Portugal – a Península
atrativo para o birdwatching? E porquê roteiros ornitológicos complementares patos, rapinas, limícolas, passeriformes, de Sagres – onde anualmente passam
escolher o Algarve ao invés de outro para aí observar aves especiais, como a etc.). A grande variedade de paisagens que vários milhares de indivíduos de mais de
destino ornitológico? Eis alguns aspetos Abetarda, o Cortiçol-de-barriga-preta ou a caracteriza a região em complementaridade 20 espécies diferentes, incluindo águias,
importantes: Águia-imperial; com a sua situação geográfica, falcões e abutres;
12 - O Algarve possui a maior riqueza - Possui um clima bastante ameno e nomeadamente a sua proximidade com o - Albergar espaços reconhecidos 13
avifaunística em Portugal com presença agradável, permitindo realizar saídas de norte de África, são alguns dos fatores que internacionalmente, como a Ria de
regular de mais de 250 espécies de aves ao campo todo o ano, mesmo no inverno; justificam esta grande riqueza ornitológica, Alvor - base de trabalho da Associação
longo do ano; - Possui várias empresas especializadas nesta bem como algumas das suas singularidades. Internacional A Rocha -, ou a Lagoa dos
- É a região continental do país onde atividade, com guias que dominam várias Anualmente podem ser aqui observadas Salgados que é, desde há vários anos, um
anualmente se regista a maior quantidade línguas e que conhecem bastante bem a mais de 250 espécies, repartidas local prioritário de intervenção por parte
de ocorrências de aves raras oriundas de região e os locais onde ocorrem as aves. fenologicamente entre residentes, da SPEA e da BirdLife International.
África, Norte da América e Norte da Europa; nidificantes, invernantes ou migradoras
- É caracterizado por uma grande Além destes, o Algarve possui ainda: de passagem. Registam-se, ainda que
diversidade paisagística, onde se incluem - Uma rica e diversificada gastronomia, onde esporadicamente, a ocorrência de raridades
estuários, lagoas costeiras, caniçais, densas se destaca a influência mediterrânica em - aves que surgem em números muitos
florestas de sobreiro, montanhas, praias, numerosos pratos tradicionais; escassos por ano, em sequência de desvios
mar aberto, escarpas costeiras, zonas - Uma elevada oferta de alojamentos das suas rotas normais de migração -
agrícolas, matagais mediterrânicos, entre diferenciada por toda a região, incluindo normalmente da América do Norte, Norte
outras; hotéis, pousadas, casas de campo, resorts, de África e Norte da Europa. O Algarve
- Cerca de 40% do seu território está etc; destaca-se a nível nacional, como sendo
protegido, no qual se integram 2 Parques - Apresenta uma diversificada oferta de voos a região onde ocorre anualmente o maior
Naturais, 1 Reserva Natural, 2 Sítios diretos para Faro, a partir de várias cidades número de observações de aves raras.
Classificados e numerosos sítios da Rede europeias. No que concerne aos locais em si, esta
Natura 2000; região destaca-se como destino interessante
- Possui 10 Zonas Importantes para Aves para o Birdwatching por:
(IBAS – SPEA / Birdlife International); - Possuir duas das zonas húmidas mais Colhereiro (Platalea leucoradia)
Perna-vermelha. Os campos agrícolas, Ria Formosa ou Castro Marim que recebem
sobretudo os pousios cerealíferos e as milhares de limícolas, tanto na primavera
pastagens, como os que existem em como no outono. Nota, ainda, para a Lagoa
torno do Caniçal de Vilamoura, da Lagoa dos Salgados que entre março e abril, se
dos Salgados e na Península de Sagres, torna num dos melhores locais em Portugal
acolhem também avultados bandos de aves para observar o Marreco que ali passa em
invernantes, nomeadamente de Abibe, de quantidades elevadas. Entre finais de agosto
Ludo - Ria Formosa
Tarambola-dourada ou de Laverca. Nota e setembro esta é, também, o melhor sítio
ainda para várias aves pouco comuns que no Algarve para observar o Maçarico-
A nidificação nidificação de muitas aves, com particular invernam no Algarve, como a Águia- -bastardo.
14 destaque para a Gaivota de Audouin e -pesqueira, o Peneireiro-cinzento, a Petinha 15
A comunidade nidificante de aves no a Pêrra, cujas populações reprodutoras de Richard, o Melro-de-peito-branco ou a As aves residentes
Algarve engloba mais de 130 espécies, em Portugal são exclusivas desta região. Ferreirinha-alpina.
entre passeriformes, rapinas, garças, patos, Destacam-se também a Garça-vermelha, o Entre as aves que estão presentes no
entre outras. Parte importante destas Garçote, a Perdiz-do-mar, o Alfaiate, o Perna- As migrações Algarve o ano todo, várias são exclusivas da
aves são migradoras, deslocando-se de -longa ou a Chilreta. bacia do mediterrâneo e/ou da Península
África com esse propósito específico, e Estes períodos do ano são particularmente Ibérica. A Pega-azul é um desses casos que,
para aí regressando depois, para passar O inverno interessantes no Algarve. Entre setembro e embora muito comum no Algarve, a sua
o inverno. Incluem-se aqui numerosos novembro, a Península de Sagres converte- distribuição mundial está restrita a Portugal,
exemplos, alguns bem comuns, como as No inverno destaca-se a ocorrência de -se no principal corredor migratório de aves Espanha e oriente asiático. Destacam-se
Andorinhas, os Andorinhões, a Rola-brava, grandes quantidades de aves, especialmente de rapina em Portugal continental, onde se outros casos, como o da Águia de Bonelli,
o Cuco, o Abelharuco, o Picanço-barreteiro, aquáticas, que se concentram nas zonas regista anualmente a presença de todas as do Caimão, da Calhandrinha-das-marismas,
entre muitas outras. Os densos bosques húmidas costeiras, como Castro Marim ou espécies que ocorrem no território nacional, da Cotovia-escura, da Andorinha-das-rochas
de sobreiral nas serras do Caldeirão e a Ria Formosa. Esta última, em particular, além de outras, mais raras, provenientes do ou do Melro-azul, igualmente localizadas no
de Monchique são particularmente acolhe mais de 20.000 aves ao longo desta leste europeu ou do norte de África. Esta Sul da Europa e junto do mediterraneo. A
interessantes nesta época, pois acolhem estação, situando-a entre as três principais região é, ainda, um local privilegiado para a região alberga, ainda, um conjunto diverso
uma vasta comunidade de aves florestais, zonas húmidas do país. Essas quantidades observação de aves marinhas em passagem de passeriformes, como a Felosa-do-mato, a
algumas pouco comuns, como a Felosa- devem-se especialmente à elevada para os locais de invernada. Mais detalhes Toutinegra-de-cabeça-preta, o Chapim-de-
-real ou a Felosa-ibérica, aves muito vistosas, ocorrência de patos, como a Piadeira, o são descritos sobre esta zona mais adiante -crista, o Bico-de-lacre, a Fuinha-dos-juncos
como o Papa-figos, e várias rapinas como a Trombeteiro e a Marrequinha, e de limícolas neste guia. As zonas húmidas, são, também, que, não sendo raros no Algarve, são pouco
Águia-cobreira. As zonas húmidas costeiras como o Pilrito-comum, o Borrelho-grande- zonas de excecional presença de aves comuns no norte e estão mesmo ausentes
são também locais de excelência para -de-coleira, a Tarambola-cinzenta ou a migratórias. Destaque para zonas como a em vários países europeus.
A Migração Outonal
em Sagres
Devido à sua posição geográfica, Sagres Como acontece na maioria dos locais onde
é um local muito interessante durante a ocorrem concentrações de aves migratórias,
migração pós-nupcial, sobretudo entre surgem, frequentemente, aves raras cuja
meados de agosto e novembro. Além das área normal de distribuição não incluem
aves de rapina que ali passam, o local recebe esse sítios. Sagres não é exceção e todos
quantidades avultadas de passeriformes e, os anos há registos de aves acidentais e/ou
ao largo da costa, de marinhas. raras, nomeadamente de Águia-da-
-pomeranea, que nos últimos anos tem
As aves de rapina sido observada regularmente nesta zona,
de Grifo-pedrês também presente com
16 Anualmente, mais de 4 000 aves de rapina, de frequência nos anos mais recentes e sempre 17
mais de 20 espécies, sobrevoam a região de integrados em bandos de grifo, ou de
Sagres, durante as suas viagens migratórias Falcão-de-pés-vermelhos mais raro.
para sul. Estas incluem águias, falcões, Uma nota final para salientar ainda, a
abutres, milhafres, gaviões e tartaranhões. presença de rapinas noturnas durante a
Entre as mais abundantes, contam-se o Grifo, migração nesta zona. Todas as espécies que
a Águia-calçada, a Águia-de-asa-redonda, o ocorrem em Portugal já ali foram registadas,
Gavião e a Águia-cobreira que passam em destacando-se, pela quantidade, o Bufo-
quantidades na ordem das várias centenas -pequeno.
que, no caso do Grifo, chega à dos milhares.
Além destas, passam em menor número - em Aves marinhas
totais acima das várias dezenas - o Milhafre-
-preto, o Falcão-abelheiro, o Abutre-do- A situação geográfica é, novamente, o
-egito ou o Tartaranhão-caçador. Nota, para elemento estratégico que faz da Península
a passagem também de Cegonha-preta, de Sagres um local privilegiado para a
em quantidades desta ordem. Por fim, uma observação de aves marinhas. Além da
referência a um conjunto de outras aves que, sua extensa linha costeira, limitada a oeste
em menores quantidades, surgem todos pelo Atlântico, o facto de estar na zona de
os anos nesta península: a Águia-imperial, a passagem para o continente africano e na
Águia-real, o Abutre-preto, o Milhafre-real, “entrada” para o mediterrâneo, possibilita
a Águia-pesqueira, o Peneireiro-cinzento, a o fácil encontro com milhares de aves em
Ógea e o Falcão-da-rainha. migração, com particular destaque para o
Ganso-patola, que passa nesta região em destaque. As aves a seguir indicadas são, por Pardela do Mediterrâneo uma espécie que se refugia no interior de
18 elevadas quantidades, acima dos vários ventura, aquelas que obedecem um pouco Embora seja uma das aves marinhas mais densos caniçais, sendo na maioria das vezes 19
milhares. Além desta, nota para outras aves a estes aspetos, sendo suscetíveis de captar ameaçadas do globo, a sua observação ao difícil de a detetar e observar.
como a Pardela do Mediterrâneo, a Pardela- o maior interesse junto dos entusiastas pelo largo do Algarve é relativamente fácil. A partir
-preta, o Moleiro-grande, o Painho- birdwatcching e de motivar uma ou várias de julho, a passagem de aves em dispersão Flamingo
-casquilho, a Pardela-de-bico-amarelo, a visitas ao Algarve. pode ser registada de vários locais do Algarve. Esta bela ave é um dos símbolos naturais das
Gaivina-do-ártico, entre outras. No total, Contudo, é entre setembro e novembro zonas húmidas costeiras do Algarve, uma
mais de 20 espécies podem aqui observar- Pardela-de-bico-amarelo que as maiores quantidades são observadas, vez que ocorre praticamente em todas elas,
-se durante este período migratório. Esta bela ave marinha frequenta a sendo a época ideal para a sua observação, de desde Castro Marim à Ria de Alvor. A sua
costa algarvia boa parte do ano. Após a preferência em saídas de barco. presença dá-se sobretudo no outono e no
nidificação - que ocorre noutras zonas do inverno, podendo no entanto ser observada
país (ex. Berlengas, Açores e Madeira) – esta Garçote todo ano, uma vez que muitas aves não
Que aves observar no espécie alarga a sua zona de ocorrência, Embora esta pequena garça seja considerada reprodutoras permanecem na região. Na
Algarve? sendo possível observá-la ao largo de estival nos guias de campo, ou seja, uma Lagoa dos Salgados e em Castro Marim houve
toda a costa algarvia. A partir de julho, em nidificante migradora, a verdade é que no recentemente tentativas de nidificação, nunca
Esta questão não tem uma resposta fácil, particular entre setembro e outubro, é Algarve pode ser vista praticamente todo com sucesso. É sobretudo observada em zona
pois o interesse de cada ave varia de acordo quando se registam as maiores quantidades, o ano. O melhor local para a observar é na de salinas, onde se alimenta de invertebrados
com o observador e o motivo subjacente devido à passagem de aves em migração. Lagoa de S. Lourenço, na Ria Formosa, a partir aquáticos, como a artemia, mas também em
que o leva a observar. Há, contudo, um A sua observação pode ser feita em terra, do observatório aí existente. Na primavera e lagoas pouco profundas, como acontece nos
lote diversificado de espécies que pela sua em praias ou no Cabo de S. Vicente, em no verão ocorre ainda noutras zonas húmidas Salgados. A sua identificação é inconfundível,
raridade, a restrita distribuição geográfica, Sagres, mas as viagens de barco são mais costeiras, como na Foz da Almargem, em sendo os adultos mais rosados que os jovens
a dificuldade na sua observação ou o seu vantajosas, pois permitem observações de Vilamoura e na Lagoa dos Salgados. A sua que, nos primeiros anos são bastante brancos
grau de ameaça, merecem um particular muito perto. observação exige paciência, pois trata-se de e castanhos até.
Camão observar e a fotografar. No observatório escarpas. Não existindo um local certo que
No final dos anos 80 do século passado, existente na Lagoa de S. Lourenço é garanta a sua observação, existe muito boas
esta ave esteve à beira da extinção em possível, na primavera, obter excelentes possibilidades de a mesma se confirmar em
Portugal. Nessa altura, o Algarve - e o Ludo observações desta ave. locais como Barranco do Velho, Parizes e
(Ria Formosa) em particular, foi o único Rocha da Pena, na Serra do Caldeirão, e na
reduto do país onde a espécie manteve Pêrra zona da Picota em Monchique.
uma pequena população. Esse motivo Este é um dos patos mais raros em
levou à escolha desta ave como símbolo Portugal. A maioria dos registos dá-se no Peneireiro-cinzento
do Parque Natural da Ria Formosa. Hoje, o Algarve, sendo a Lagoa dos Salgados e o Esta ave de rapina é sobretudo invernante
Camão está presente em vários locais do Caniçal de Vilamoura os melhores locais no Algarve, podendo ser observada em
20 país, continuando o Algarve a ser a principal para a observar. É uma espécie sobretudo várias zonas húmidas costeiras da região. 21
zona de ocorrência. Os melhores sítios onde invernante, embora se tenha verificado, em Contudo, em anos recentes, uns poucos
Peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus)
pode ser observada são o Ludo e a Lagoa mais de um ano, a sua nidificação nos lagos casais instalaram-se na região, nidificando
de S. Lourenço na Ria Formosa, o Caniçal de existentes nas imediações dos Salgados. A esporadicamente. A melhor altura para
Vilamoura e a Lagoa dos Salgados. O Camão sua identificação carece de algum cuidado, a observar é entre outubro e início da Sisão
é residente no Algarve e prefere as lagoas devido, sobretudo, aos casos de hibridismo, primavera, em sítios como Caniçal de Embora o Algarve não seja a principal
costeiras, de água doce, ricas em vegetação bastante frequentes nesta espécie. Vários Vilamoura, Ludo ou Castro Marim. Na zona de ocorrência desta ave estepária em
aquática, designadamente tabúa e caniço. É casos têm sido registados no Algarve, migração outonal também pode ser vista Portugal, existem dois núcleos onde a mesma
de fácil observação nos sítios indicados e é sobretudo entre esta espécie e o Zarro- em Sagres, em quantidades muito escassas. se pode observar com relativa facilidade:
inconfundível. -comum. Castro Marim e Península de Sagres. Em
Águia-calçada ambos locais, a espécie nidifica e refugia-
Pato-de-bico-vermelho Águia de Bonelli A Águia-calçada ocorre no Algarve -se nas planícies agrícolas de cereais e nos
Esta bela ave é um nidificante regular no O Algarve alberga uma das populações sobretudo durante a migração de outono, pousios, podendo, normalmente ser vista
Algarve, cuja ocorrência nesse período mais importantes em Portugal desta entre setembro e outubro. A Península em grupos com mais de dez indivíduos. Na
está centrada em dois a três sítios: Castro ave de rapina, ainda hoje ameaçada. Os de Sagres é, neste período, o local mais primavera o canto inconfundível dos machos
Marim, Ludo e Lagoa de S. Lourenço. No principais locais de ocorrência são a Serra de fácil de a observar, devido às centenas em parada nupcial é um aliciante para quem
inverno pode ser observada noutros locais, Monchique e a Serra do Caldeirão, podendo de aves que aí passam. Contudo, uma pretende observar esta ave. Note-se, por fim,
como a Foz da Almargem, mas em números em ambos locais ser observada com relativa pequena população inverna na região, a necessidade de ter especial cuidado na sua
reduzidos. Não sendo uma espécie rara, é no facilidade. Trata-se de uma grande águia, designadamente no Ludo, Ria Formosa, procura, pois trata-se de uma espécie com
entanto pouco comum em Portugal, com bastante discreta, que no Algarve revela podendo aí ser facilmente encontrada. estatuto de conservação pouco favorável.
uma distribuição bastante localizada, sendo uma particularidade: o de nidificar em
o Algarve um dos melhores locais para a árvores. No resto do país, a espécie opta por
Perdiz do mar Gaivota de Audouin constituem os locais onde a sua presença é Abelharuco
Esta limícola, de aspeto peculiar para Esta gaivota, bastante rara em Portugal até mais abundante, sobretudo entre a primavera O Abelharuco é bastante comum no
este grupo de aves aquáticas, ocorre no final da década de 90 do século passado, e o outono. Também pode ser observada em Algarve, podendo ser observado um pouco
Algarve durante a primavera. Está presente é hoje uma espécie relativamente fácil de alto mar, junto com outras gaivotas. por toda a região. As principais colónias, no
em várias zonas húmidas da região, encontrar, especialmente no Algarve. A entanto, situam-se nos espaços agrícolas e
em particular na de Castro Marim e Ria região alberga a única população nidificante Noitibó-de-nuca-castanha florestais do interior e litoral, onde encontra
Formosa. Procura locais planos, com pouca em todo território nacional e acolhe muitos Este noitibó, também conhecido o seu alimento preferido: as abelhas.
vegetação, próximos de superfícies de água, indivíduos migradores, provenientes de popularmente por “cavaca”, é comum Chega à região em março/abril e regressa a
nomeadamente salinas ou lagos. Em Castro Espanha e outras partes do mediterrâneo. Os no Algarve durante a primavera e verão, Africa em outubro. A zona do Ludo, na Ria
Marim, um dos locais mais fáceis para a complexos de salinas são particularmente podendo ser observado em vários locais. Formosa, a Foz da Almargem e Castro Marim
22 observar é a salina do Cerro do Bufo, onde utilizados por esta ave para descansar, em As matas costeiras de pinhal são bastante são locais onde se podem observar de perto 23
nidifica com regularidade nos vários muros especial as de Tavira, na Ria Formosa, e a importantes para esta espécie, que aí esta bela e colorida ave.
interiores que a compõem. do Cerro do Bufo, em Castro Marim. Estes nidifica. Destaque para a zona do Ludo,
onde pode ser facilmente observada ao Cotovia-escura
crepúsculo. Outros locais incluem Lagoa dos A Cotovia-escura é residente no Algarve,
Salgados, Península de Sagres, Castro Marim, ocorrendo sobretudo nas zonas do
entre outros. interior e na Costa Vicentina. A Península
de Sagres, juntamente com a região do
Andorinhão-cafre Baixo Guadiana, são talvez os melhores
Este pequeno andorinhão foi até há bem locais para a observar. Contudo, a sua
pouco tempo, uma ave bastante rara em identificação requer bastante atenção, pois
Portugal, de ocorrência bastante esporádica. é muito semelhante à Cotovia-de-poupa,
Contudo, a sua nidificação tem sido regular confundindo-se facilmente com esta.
nos últimos anos, especialmente na
zona do Baixo Guadiana. No Algarve essa Calhandrinha-das-marismas
presença tem sido registada no concelho de A única população desta espécie conhecida
Alcoutim. A sua observação requer um bom em Portugal está situada em Castro Marim.
conhecimento do local em especial dos Trata-se de uma ave plenamente adaptada
sítios onde a espécie pode estar a nidificar. a zonas salinas, nidificando em sapais
Nota para a particularidade desta ave secos, fora da influência das marés. A sua
ocupar ninhos de Andorinha-daurica. observação é relativamente certa, pois
está em permanência no mesmo local.
1
1
1 1
8 8
8
9 1
9
9 2
6
6
32
3 3 33
5 4 3
10
7 4
7 4
3 3 3 10
7 7
7
10 3
índice de
Caniçal de Vilamoura Caldas de Monchique
2 Sapal de Castro Marim
Salina do Cerro do Bufo 5 Lagoa dos Salgados 9 Serra do Caldeirão
Sítio da Barquinha (Esteiro da Carrasqueira) Fonte da Benémola
roteiros
Sapal de Venta-Moinhos 6 Estuário do Arade Rocha da Pena
Barranco do Velho a Parizes
3 Ria Formosa e Ria de Alvor
Estuário do Arade
Forte do Rato e Arraial Ferreira Neto
Ria de Alvor
10 Costa Algarvia - Roteiros
Sítio das 4 Águas
Santa Luzia
Marítimos
Quinta de Marim
7 Península de Sagres Fuseta
Cabo de S. Vicente Portimão
Ludo e Lagoa de S. Lourenço
Vale Santo Sagres
Ilha de Faro
Monte da Cabranosa
Parque Ribeirinho de Faro
Porto da Baleeira
Lagoa do Martinhal
1. Baixo Guadiana
1.
Baixo Guadiana
Estatuto de proteção
Sítio de Interesse para a Conservação, ao abrigo da Rede Natura 2000.
Chasco-castanho (cercotrichas galactotes)
Roteiro
Descrição A Avifauna
Alcoutim
A B C D E O Baixo Guadiana desenvolve-se entre a foz Apesar da sua aridez natural, esta região
da Ribeira do Vascão e a do Rio Guadiana, acolhe um conjunto interessante e
Roteiro passando pelos concelhos de Alcoutim, diversificado de espécies de aves, incluindo
A
Castro Marim e Vila Real de St. António. algumas bastante raras no Algarve e
Sapal da Moita O roteiro aqui descrito respeita apenas à até em Portugal. A proximidade com
F secção centro e norte desta região, com o Alentejo possibilita o encontro com
C
especial enfoque nas zonas envolventes algumas aves estepárias típicas daquela
B à vila de Alcoutim, às ribeiras de Odeleite, zona, nomeadamente o Sisão, o Francelho e
36 Foupana e Beliche. A região é marcada, muito pontualmente, o Cortiçol-de- 37
fundamentalmente, pela existência do belo -barriga-preta. A região do Baixo Guadiana
vale fluvial do Guadiana, em cujas encostas está entre as mais importantes do país para
E D abundam bosques de azinheira e densos o Bufo-real e é regularmente visitada por
matagais mediterrânicos. Nas margens mais grandes rapinas diurnas como a Águia-
planas deste rio desenvolvem-se várias -real. As ribeiras do Vascão, da Foupana
zonas agrícolas, com pomares mistos de e de Odeleite acolhem numerosas aves
sequeiro, frutícolas e hortas tradicionais migradoras nidificantes, como o Borrelho-
de regadio. Na confluência com os seus -pequeno-de-coleira, o Rouxinol-do-mato,
afluentes, nomeadamente na Ribeira de a Felosa-poliglota, a Andorinha-dáurica
F Beliche, formam-se pequenas zonas húmidas ou o Abelharuco. Especial destaque para
com sapal e zonas alagadiças sujeitas à a ocorrência do Andorilhão-cafre, espécie
influência das marés. Mais a interior, nas bastante rara na Europa, cuja nidificação
zonas afastadas do rio, o clima é mais árido constitui o único caso conhecido no Algarve
e apenas determinadas espécies de flora e dos poucos em Portugal. A região alberga
resistem às altas temperaturas do verão, tais ainda pequenas bolsas de ocorrência de
como a esteva, o tojo, as azinheiras e várias Felosa-tomilheira, Cotovia-montesina e
manchas de pinhal-manso. As ribeiras mais Pardal-francês.
ricas em água, como a Foupana e Odeleite,
apresentam densas galerias ripícolas,
dominadas pela cana e loendros, incluindo
ainda freixos e salgueiros.
Roteiro
Alcoutim
Código: AC 1
Coordenadas: 7º28’16,19’’O 37º28’19,4’’N
Concelho: Alcoutim
Descrição: região agrícola e florestal
bastante árida, pouco acidentada, com
extensos campos de sequeiro preenchidos
por estevas, pastagens, amendoeiras e
pinheiro-manso. Várias linhas de água, ricas
em vegetação ribeirinha, em particular Andorilhão-cafre (Apus caffer)
loendros. Vales agrícolas férteis, em torno
da vila de Alcoutim e nas margens do agrícolas e o vale do Rio Guadiana. Visita
Guadiana. ao charco do Pereiro, pequena barragem
Como chegar: Via do Infante (A 22) no artificial situada à entrada dessa aldeia.
sentido de Espanha. Saída para Alcoutim e Descida ao longo do Guadiana, passando
Castro Marim. Seguir em direção a Alcoutim por Álamo, Guerreiros do Rio e Foz de
38 39
pela EN 122. Odeleite. Percurso ribeirinho entre a Foz de
Itinerário: vários pontos de interesse em Odeleite e Odeleite.
torno da vila de Alcoutim, incluindo: a Praia Quando visitar: primavera.
Fluvial, a Ribeira do Cadaval, os campos Duração da visita: 3 a 4 horas.
Rouxinol-do-mato (Cercotrichas galactotes)
Espécies mais interessantes Época do ano Sinalização e apoios: existe sinalização Outros locais de interesse nas
de itinerários a pé e de carro. Não existem imediações: Ribeira da Foupana, no Sítio da
Borrelho-pequeno-de-coleira (Charadrius dubius) primavera e verão
estruturas de observação de aves. Tenência e Soudes.
Andorilhão-cafre (Apus caffer) primavera e verão Particularidades: melhor local no Algarve Notas: aconselha-se a visitação ao charco
Cotovia-montesina (Galerida theklae) todo o ano e, provavelmente em Portugal, para observar do Pereiro logo pela manhã cedo e depois
Andorinha-das-pontes (Hirundo daurica) primavera e verão o Andorilhão-cafre, que se mantém nesta os restantes locais. Existe a possibilidade de
zona até final do verão. Rica diversificada fazer o percurso de barco ao longo do Rio
Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris) primavera e verão
de aves ribeirinhas, especialmente de Guadiana.
Calhandrinha (Calandrella brachydactyla) primavera e verão migradores estivais. Um dos locais com
Rouxinol-do-mato (Cercotrichas galactotes) primavera e verão maior probabilidade de observar a Felosa-
Chasco-castanho (Oenanthe hispanica) primavera e verão -pálida. Zona bastante extensa, apenas
visitável de carro. O roteiro implica a
Papa-figos (Oriolus oriolus) primavera e verão
realização de vários itinerários e paragens
Pardal-montês (Passer montanus) todo o ano em vários sítios.
Pardal-francês (Petronia petronia) inverno
A Vila de Alcoutim
B Rio Guadiana
Roteiro
C Pereiro - Charco artificial A
Alcoutim Percurso recomendado
40 41
Charco
artificial
Roteiro D Foz de Odeleite
E Odeleite
Alcoutim Percurso recomendado
42 43
Ribeira de Odeleite
Roteiro
Código: CM 1
Coordenadas: 7º26’52,38’’O; 37º15’50,6’’N
Concelho: Castro Marim
Descrição: pequena zona húmida, situada
na foz da Ribeira do Beliche, com extensa
zona de sapal, canais e uma vala de água
principal ligada ao rio Guadiana. A área
envolvente é preenchida por azinhal e
matagais.
Como chegar: seguir pela EN 122 e logo
após a passagem por Junqueira, virar à
direita em caminho de terra-batida, que
acompanha uma linha de água e acede
ao vale onde está instalada esta zona.
Itinerário: no final do caminho de acesso
44 Sapal da Moita 45
ao Sapal da Moita, existe uma ruína. A partir
daí sugere-se um itinerário pedestre até
junto do Rio Guadiana. Acessível de carro e/ Quando visitar: primavera e outono.
ou bicicleta. Duração da visita: 2 a 3 horas.
F
Espécies mais interessantes Época do ano
Águia-caçadeira (Circus pygargus) primavera e verão
Peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus) inverno
Felosa-tomilheira (Sylvia conspicillata) primavera
Pardal-espanhol (Passer hispaniolensis) inverno
Espécies mais interessantes Época do ano Sinalização e apoios: em preparação. imediações: Aroucas (zona húmida
Particularidades: local onde ocorrem pantanosa adjacente ao Cerro do Bufo),
Flamingo-rosado (Phoenicopterus roseus) outono, inverno e primavera
elevadas concentrações de aves, em para patos e gansos no inverno; Esteiro da
Alfaiate (Recurvirostra avosetta) todo ano particular de garças, limícolas e gaivotas, Carrasqueira; Salinas de Castro Marim.
Pernalonga (Himantopus himantopus) todo ano de diversas espécies. Ocorrência regular Notas: a circulação no interior da salina
Perdiz-do-mar (Glareola pratincola) primavera de aves menos comuns no Algarve, é proibida, sendo apenas autorizada ao
incluindo mesmo algumas raridades. Um proprietário e seus trabalhadores, bem
Alcaravão (Burhinus oedicnemus) todo ano
dos melhores locais para a observação de como aos vigilantes da Reserva Natural. A
Chilreta (Sterna albifrons) primavera e verão Gaivota-de-bico-fino no Algarve, Alcaravão melhor hora para visitar este local é na parte
Gaivota de Audouin (Larus audouinii) todo o ano e Pediz-do-mar. da tarde, devido à orientação do sol e às
Gaivota-de-bico-fino (Larus genei) outono e inverno Outros locais de interesse nas condições de luz.
Sítio da Barquinha
(Esteiro da Carrasqueira)
Código: VA 1 Como chegar: sair da A 22 para Castro
Coordenadas: 7º25’41,55’’W; 37º11’56,51’’N Marim e seguir pela EN 122 liga esta vila à
Concelho: Castro Marim e Vila Real cidade de Vila Real de St. António. A própria
de St. António estrada cruza este sítio.
Descrição: extenso canal de água sujeito Itinerário: na EN 122 e logo após a travessia
a marés, ligado ao Rio Guadiana, rodeado da ponte sobre o Esteiro da Carrasqueira,
por sapais, salinas, pomares de sequeiro surge um caminho à direita – de terra batida
e pequenas hortas. Confina a Sul com a – e outro à esquerda. Ambos acedem a
cidade de Vila Real de St. António e a Oeste locais de paragem e observação. É possível
com a salina Serro do Bufo. Na maré-baixa desde daí fazer pequenos trajetos linerares a
apresenta grandes áreas de lodaçal onde pé, ao longo da margem do canal.
vivem muitos invertebrados que servem Quando visitar: outono e inverno.
de alimento a numerosas aves aquáticas, Duração da visita: 1 a 2 horas.
52 53
especialmente limícolas.
C B
A Salina
Roteiros B Trilho da Salina
Salina do Cerro do Bufo C Aroucas D
D Sítio da Barquinha
e Sítio da Barquinha Percurso recomendado
Roteiro
Sapal de Venta-Moinhos
Código: CM 3 a EN 122, virar à esquerda em direção a Espécies mais interessantes Época do ano
Coordenadas: 7º25’32,92’’W; 37º13’51,62’’N Alcoutim, Mértola ou Beja. Passados 500 m,
Colhereiro (Platalea leucorodia) todo o ano
Concelho: Castro Marim virar à direita, para estrada de terra-batida,
Descrição: o acesso à sede administrativa da que conduz às instalações da reserva natural. Pato-branco (Tadorna tadorna) primavera e verão
Reserva Natural desenvolve-se num tranquilo Daí em diante é percorrer sempre o caminho Pato-de-bico-vermelho (Netta rufina) primavera
caminho de terra-batida, ladeado por zonas principal até encontrar o edifício sede desta Águia-pesqueira (Pandion haliaetus) inverno
de sapal, pequenas salinas tradicionais – zona protegida.
Sisão (Tetrax tetrax) todo o ano
algumas abandonadas - e vários campos Itinerário: o caminho que conduz à sede
agrícolas. As instalações estão situadas junto da reserva natural é interessante, pois passa Perdiz-comum (Alectoris rufa) todo o ano
do sapal de Venta Moinhos, que confina com junto de salinas, sapais, zonas alagadas e Perna-vermelha-bastarda (Tringa erythropus) outono
o Rio Guadiana. No ponto mais elevado desta campos agrícolas. Várias paragens podem Combatente (Philomachus pugnax) outono
planície está uma antiga casa da Guarda Fiscal ser feitas no seu decurso. Este pode ser
Gaivina-de-bico-vermelho (Sterna caspia) outono e inverno
que funciona como excelente miradouro de percorrido a pé ou de carro. A partir do
toda a região. Junto da sede existem ainda parque de estacionamento existente junto Mocho-galego (Athene noctua) todo o ano
duas lagoas de água doce, uma das quais das instalações, os trilhos são pedestres. Cuco-rabilongo (Clamator glandarius) primavera
56 57
equipada com um observatório de aves. A visitar: casa da Guarda Fiscal de Venta Calhandrinha-das-marismas (Calandrella rufescens) todo o ano
Como chegar: percorrer a A 22 até à saída Moinhos, miradouro e observatório de aves.
Picanço-real (Lanius meridionallis) todo o ano
para Castro Marim. No cruzamento com Quando visitar: todo o ano.
58
E 59
Ria Formosa
Estatuto de proteção Descrição
Parque Natural, sítio incluído na Rede Natura 2000 (Zona de Proteção Especial para Aves e Sítio de
Interesse para a Conservação), sítio inscrito na Convenção de Ramsar e Zona Importante para Aves (IBA –
Important Bird Area, Birdlife International). A Ria Formosa é uma das mais belas e
importantes zonas húmidas de Portugal, cuja
existência está associada à presença de um
Roteiro extenso cordão arenoso, formado por ilhas
Forte do Rato e barreira paralelas à linha de costa, que prote-
Arraial Ferreira Neto gem o interior da influência marítima e criam
A condições ambientais semelhantes a um
estuário. Este sistema desenvolve-se ao longo Barra da Fuseta
Roteiro de quase 60 km, entre a praia do Ancão e
Sítio das 4 Águas Cacela Velha e alberga uma biodiversidade
B muito especial, na qual a avifauna adquire
particular relevância. Esse facto resulta da
Roteiro presença de numerosos habitats, dos quais A Avifauna
62 63
Santa Luzia se destacam as restingas e bancos de areia,
os sapais e as salinas, vários cursos de água e Todos os anos, mais de 30.000 aves utilizam
C
lagoas de água doce e salobra, manchas de a Ria Formosa durante as migrações e
caniçal, zonas florestais e espaços agrícolas. o inverno, colocando esta zona húmida
Roteiro
Mais de 300 espécies já aqui foram recen- entre as três mais importantes de Portugal.
Quinta de Marim seadas, algumas delas bastante raras e outras Algumas espécies atribuem-lhe mesmo
D ameaçadas a nível internacional, como o um estatuto de importância europeia,
Camão, símbolo do parque natural, ou a nomeadamente a Andorinha-do-mar-anã, o
Roteiro A Gaivota de Audouin. Além das aves, outras alfaiate ou a Gaivota de Audouin, devido às
Ludo e Lagoa B espécies fazem da Ria Formosa um sítio suas importantes populações nidificantes.
de S. Lourenço C emblemático, nomeadamente o Camaleão A grande diversidade de habitats que
E F G H (Chamaleon chamaleo), a Lontra (Lutra lutra), aqui existe, possibilita a ocorrência de um
o Cavalo-marinho (Hippocampus guttulatus) e elevado número de espécies, um dos mais
D
Roteiro F entre as plantas, o Alcar-do-algarve (Tuberaria elevado do país, sobretudo de aquáticas,
Ilha de Faro E H major), cuja ocorrência mundial está pratica- onde se destacam as limícolas e os patos e,
I I mente restrita a este sítio. A pesca e a maris- em menor quantidade, as garças. Destaque
G cultura são algumas das atividades humanas para a invernada de Piadeira e a nidificação
J K L mais tradicionais e com forte implantação na de Pato-de-bico-vermelho, as maiores do
Roteiro
Parque Ribeirinho Ria Formosa, refletindo-se numa excelente país. Nos espaços terrestres ocorrem ainda
de Faro gastronomia local, muito apreciada por todos
os que vivem e visitam esta região.
diversas espécies de passeriformes florestais,
bem como várias rapinas.
J K L
Roteiro
Espécies mais interessantes Época do ano Particularidades: percurso de fácil acesso, Duração da visita: 1 a 2 horas.
possível de percorrer a pé, carro ou bicicleta. Outros locais de interesse nas
Flamingo-rosado (Phoenicopterus roseus) outono e inverno
Bastante próximo da cidade de Tavira. imediações: salinas de Santa Luzia e sítio
Colhereiro (Platalea leucorodia) outono e inverno Possibilidade para observar de perto grupos das 4 Águas.
Borrelho-de-coleira-interrompida (Charadrius alexandrinus) todo o ano de aves limícolas em alimentação nas Notas: local a visitar na parte da tarde,
Pilrito-pequeno (Calidris minuta) outono e inverno salinas, Flamingos e Colhereiros. Local com aproveitando a orientação favorável da luz.
interesse para a fotografia de aves. Um dos A maior abundância de aves nas salinas
Fuselo (Limosa lapponica) outono e inverno
poucos locais onde ocorre a Pega-rabuda no ocorre com a alta-mar. Por outro lado, no
Chilreta (Sterna albifrons) primavera e verão Algarve. canal de Tavira, a melhor altura ocorre com
Gaivota-de-bico-fino (Larus genei) outono e inverno Sinalização e apoio: não existe sinalização. a baixa-mar. Percorrer o caminho de carro,
Pisco-de-peito-azul (Luscinia svecica) inverno No hotel existe informação sobre a área permite maior aproximação das aves nas
envolvente. salinas e boas oportunidades de fotografia.
Roteiro
Espécies mais interessantes Época do ano Sinalização e apoios: não existem Notas: deste local é possível aceder de
Particularidades: trata-se de uma zona barco à Ilha de Tavira. Embora não seja um
Colhereiro (Platalea leucorodia) outono e inverno
com boa acessibilidade, de fácil e rápida local com a mesma importância para a
Alfaiate (Recurvirostra avosetta) todo o ano visitação. Está localizada entre outros locais observação de aves como os outros aqui
Pernalonga (Himantopus himantopus) todo o ano com interesse para a observação de aves, indicados, na migração primaveril, porém,
Gaivina-de-bico-vermelho (Sterna caspia) outono e inverno sendo fácil a sua inclusão num roteiro por poderá revelar-se bastante interessante.
esta região. Próxima do centro urbano de Entre março e abril podem aqui observar-se
Gaivota de Audouin (Larus audouinii) todo o ano
Tavira, sendo acessível a pé, de bicicleta ou passeriformes migradores, como o Papa-
Gaivota do Mediterrâneo (Larus melanocephalus) outono e inverno de carro. Boas observações de aves limícolas -moscas-preto, o Papa-moscas-cinzento,
Pisco-de-peito-azul (Luscinia svecica) outono e inverno em alimentação no canal da ria formosa, a Felosa-real ou o Cartaxo-nortenho que,
durante as marés-baixas. Zona de dormitório depois da longa travessia do oceano,
de Gaivotas, podendo ser aí observadas permanecem aqui uns dias antes de
várias espécies. prosseguir a sua viagem para norte.
Outros locais de interesse nas
imediações: Forte do Rato e Arraial Ferreira
Neto, Santa Luzia, Ilha de Tavira.
Roteiro
Santa Luzia
Código: TV3 Sinalização e apoios: não existem pousada nos muros interiores dos tanques
Coordenadas: 7º38’48,6’’O 37º6’13,99’’N Particularidades: a salina de Santa Luzia da salina. O único local no Algarve onde é
Concelho: Tavira é propriedade privada e o acesso ao regular a presença da Garça-dos-recifes.
Descrição: complexo industrial de salinas, interior da mesma é interdita. Apenas com Outros locais de interesse nas
formado por numerosos tanques, canais autorização do proprietário é possível imediações: frente ribeirinha de Santa
e valas de drenagem. A norte é rodeado visitar algumas partes do interior deste Luzia, praia do Barril, Pedras Del Rei e as
por campos agrícolas de sequeiro e complexo. Está também bastante próxima Salinas da Fuseta.
pequenas hortas, enquanto a oeste e de Tavira e é acessível de carro e bicicleta. Notas: sugere-se a visitação deste local ao
este é, sobretudo, limitado por zonas de Existe um caminho que liga a zona poente final da tarde, de forma a obter as melhores
sapal. Trata-se da maior salina de Tavira da salina – mais próxima de Santa Luzia – à condições de luminosidade durante a
e um dos locais onde ocorrem grandes parte a nascente, mas no inverno não é maré-alta. A observação de Garça-dos-
concentrações de aves aquáticas. aconselhável percorre-lo de carro. É um dos -recifes deve ser feita na maré-baixa,
Como chegar: o melhor acesso é tomar a melhores locais para observar a Gaivota quando os canais estão sem água e ela ali
estrada que liga Tavira a Santa Luzia e da de Audouin que estão frequentemente se alimenta.
mesma pode aceder-se à salina em vários Colhereiro (Platalea leucorodia)
68 69
pontos, nomeadamente junto ao Centro
de Saúde de Tavira e mais adiante, antes de paragens neste trajeto. Visitar a zona
chegar à povoação de Santa Luzia. adjacente ao Centro de Saúde.
Itinerário: seguir a estrada de terra batida Quando visitar: todo o ano, exceto junho,
que acede à entrada principal da salina julho e agosto.
e percorre-lo até esse local. Fazer várias Duração da visita: 1 hora.
Salinas de Tavira
Roteiro
Quinta de Marim
Código: OH1 Como chegar: na EN 125, no sentido Olhão
Coordenadas: 7º49’19,16’’O 37º1’58,59’’N – Tavira, 2 km após a cidade de Olhão, virar
Concelho: Olhão à direita na indicação de Parque Natural. O
Descrição: propriedade com cerca de 40 caminho atravessa uma linha de caminho
ha, gerida pelo Parque Natural, que reúne de ferro e no final, à esquerda, está a entrada
um diversificado leque de habitats, desde deste espaço. Entrada paga.
floresta de pinhal, a zonas de sapal, passando Itinerário: percorrer o trilho sinalizado da
por densos matagais mediterrânicos, Quinta de Marim.
A lagoas de água doce, salinas, dunas, praias Quando visitar: todo o ano.
e extensos bancos de vasa. Neste local Duração da visita: 2 a 3 horas.
está instalada a sede institucional da área
protegida da Ria Formosa onde existe
informação sobre a fauna e flora local e de
onde partem os itinerários sinalizados.
70 71
Roteiros
Forte do Rato, A Arraial Ferreira Neto
Sítio das 4 Águas B Quatro Águas
C Santa Luzia
e Santa Luzia Percurso recomendado
Sinalização e apoios: existem painéis Particularidades: zona de fácil acesso, Sede do Parque Natural
informativos sobre a biodiversidade desta podendo ser percorrida a pé ou bicicleta.
zona, incluindo as aves a observar. O trilho As viaturas não podem aceder ao interior
está sinalizado. Junto de uma das lagoas da propriedade, devendo parquear nas
existe um observatório de aves. imediações. Espaço bastante agradável para
famílias, com zonas de sombra e parques de
merendas. Este local dispõe ainda, de um
centro de acolhimento para quem ali quiser
pernoitar. Local interessante para observar
aves aquáticas e florestais. Na maré-alta,
alguns tanques desativados de salinas ali
existentes, acolhem diversas limícolas.
Outros locais de interesse nas
imediações: Fuseta (salinas). Roteiro
D Quinta de Marim
Notas: local a visitar pela manhã cedo, Quinta de Marim Percurso recomendado
quando existe maior atividade da parte
da avifauna. Nas instalações do parque, é
possível adquirir um mapa do itinerário,
bem como outros materiais informativos
Fuinha-dos-juncos (Cisticola juncidis) sobre a avifauna da região.
Roteiro
G
H
F E
76 77
Ilha de Faro
Código: FA1 chegada ao mesmo, seguir a indicação de
Coordenadas: 7º58’49,57’’O 36º59’55,44’’N Praia de Faro. Logo após o cruzamento da
Concelho: Faro ponte de acesso à ilha, virar à esquerda e
Descrição: extenso cordão arenoso, percorrer a estrada pavimentada até ao fim.
com vários quilómetros, ocupado com Itinerário: após o final da estrada
numerosas edificações, zonas balneares, etc. pavimentada, está instalado um passadiço
Separa o seu sistema estuarino do oceano, de madeira, que se desenvolve para Este
sendo limitada na sua margem norte por e paralelamente à zona estuarina. Este
largo canal de água e sapal e, a sul, por corresponde ao roteiro proposto.
praias e mar aberto. Quando visitar: todo o ano, exceto nos
Como chegar: a partir de Faro, seguir as meses de junho, julho e agosto.
indicações para o aeroporto. Antes da Duração da visita: 2 a 3 horas.
82 83
J
Borrelho-de-coleira-interrompida (Charadrius alexandrinus)
Sinalização e apoio: o percurso está sendo por isso fácil a sua observação. O L
sinalizado com postes de direção e painéis percurso é de muito fácil acesso, possível
informativos sobre a avifauna local. de percorrer a pé e de bicicleta. Passa junto
Particularidades: trata-se do único de vários locais com interesse cultural,
itinerário preparado para promover a nomeadamente do teatro municipal e do
observação de aves em meio urbano no núcleo histórico de Faro.
Algarve. Interessante para observar aves Outros locais de interesse nas
limícolas durante a maré-baixa. As salinas, imediações: salinas de Montenegro
por outro lado, são interessantes nas marés- Notas: zona a visitar tanto nos períodos de
-altas, ao acolherem aves como o Flamingo, baixa-mar como nos de preia-mar. Sugere-
Perna-longa, entre outras. A cidade de Faro -se o final da tarde, quando a luz é mais K
acolhe, no inverno, um Falcão-peregrino favorável para a observação.
que caça com regularidade nestas zonas,
4. Lagoas Costeiras
4.
Lagoas Costeiras
Estatuto de proteção
Nenhum; Caniçal de Vilamoura considerada Zona Importante para Aves (IBA – Birdlife International).
Roteiro
Espécies mais interessantes Época do ano Sinalização e apoios: apenas existe uma Outros locais de interesse nas
pequena torre sobre-elevada de observação. imediações: Lagoa de S. Lourenço, na
Garçote (Ixobrychus minutus) primavera
Particularidades: lagoa de pequenas Quinta do Lago e Foz do Almargem.
Papa-ratos (Ardeola ralloides) outono dimensões, bastante acessível de carro e Notas: evitar a época balnear, devido à
Colhereiro (Platalea leucorodia) outono muito fácil de visitar. Interessante local para elevada presença de pessoas e viaturas em
Cotovia-de-poupa (Galerida cristata) todo o ano fotografia, especialmente ao final da tarde. circulação.
Presença regular de diversas espécies de
Pega-azul (Cyanopica cooki) todo o ano
aves aquáticas, incluindo patos, galeirões,
garças, etc.
Roteiro
Foz do Almargem
Código: LL3
Coordenadas: 8º4’55,16’’O 37º3’42,74’’N
Concelho: Loulé
Descrição: lagoa costeira, envolvida por
bosque de pinhal em ambas as margens e
rodeada por densa vegetação aquática - em
especial caniço, juncos e tamargueiras. A
sul é limitada por dunas e pela praia, que a
separam do mar. No inverno é frequente a
sua abertura ao mar, através do rompimento
da barreira arenosa.
Como chegar: a partir de Quarteira, seguir Bico-de-lacre (Estrilda astrild)
Sinalização e apoios: não existe qualquer existe uma zona húmida, de pequena dimen-
estrutura de sinalização e apoio ao visitante. são, designada por Trafal. Trata-se de um vale
Particularidades: local interessante para inundável, com extensos juncais e algumas
observar de perto passeriformes como manchas de caniçal. No inverno podem ali
Chapim-de-máscara, Bico-de-lacre ou ser observadas várias aves aquáticas.
Fuinha-dos-juncos. No inverno, esta lagoa Notas: sugere-se a visita de manhã bem
acolhe várias espécies de Patos, incluindo a cedo, uma vez que este local é bastante visi-
Negrinha, sendo este um dos melhores locais tado por pessoas. Local interessante a visitar
para a sua observação. após temporais ou tempestades, devido à
Outros locais de interesse nas imediações: possível entrada de aves marinhas na lagoa,
a cerca de 200 m a Este da Foz do Almargem, como o Pato-preto.
Roteiros
Lagoa das Dunas Douradas A Lagoa dasDunas Douradas
B Foz do Almargem
e Foz do Almargem Percurso recomendado
A
Roteiro
Caniçal de Vilamoura
Código: LL4
Coordenadas: 8º8’39,62’’O 37º5’34,69’’N
Concelho: Loulé
Descrição: extensa zona húmida coberta
de caniçal e com várias lagoas artificiais
abertas, limitada a Sul por campos agrícolas
cerealíferos e pomares de sequeiro, e a Este
por duas lagoas artificiais de uma estação
de tratamento de águas residuais. A Norte é
envolvida por campos de golfe.
Como chegar: a partir de Vilamoura, tomar
a Avenida Vilamoura XXI em direção a
Albufeira. Virar à esquerda em direção à ETAR
de Vilamoura.
Itinerário: existe um percurso integrado no
94 95
Parque Ambiental de Vilamoura que acede a
dois observatórios de aves. Está sinalizado.
Quando visitar: todo o ano, exceto julho e
agosto.
Duração da visita: 2 a 3 horas.
Garça-vermelha (Ardea purpurea)
96 97
C
Caniçal de Vilamoura
104 105
Estuário do Arade
e Ria de Alvor
Cegonha-branca (Ciconia ciconia)
Estatuto de proteção
Sítio de Interesse para a Conservação do Arade / Odelouca e Sítio de Interesse para a Conservação Ria de
Alvor (Rede Natura 2000).
Ria de Alvor
Código: PT1 Itinerário: a partir de praia de Alvor, o
Coordenadas: itinerário segue por um passadiço de
Concelho: Portimão e Lagos madeira sobre-elevado que percorre todo
Descrição: pequeno estuário, limitado a o cordão dunar para oeste, quase até à
sul por cordões dunares, apresentando na barra. Ao longo do mesmo é possível
maré-baixa contínuos bancos de lamas e observar toda a ria em si. O itinerário norte
sapais e, na preia-mar, pequenas ilhas de do estuário, inicia-se no estacionamento
areia. Esta ria apresenta ainda salinas, sapais existente no final do caminho e segue sobre
e a norte, pomares de sequeiro e densos o cômoro que limita o tanque de antiga
matos mediterrânicos na envolvência. salina, rodeando-o por completo.
Como chegar: pela Via do Infante (A 22) até Quando visitar: todo o ano exceto no
Alvor, atravessando a localidade até à sua verão.
praia. Aí inicia-se um percurso. Outra opção Duração da visita: 2 a 3 horas.
é, após saída da A 22 em Alvor, percorrer a
EN 125 em direção a Lagos. Imediatamente
112 113
após o acesso à estação de comboios de
Mexilhoeira Grande, virar na primeira estrada
à esquerda. Esta acede à margem oeste do
estuário e a zonas mais interiores desta zona
húmida. Acede, ainda, ao centro de estudos
de avifauna da Associação A Rocha, no sítio
da Cruzinha.
Estuário do Arade
B
114 115
Península de Sagres
Estatuto de proteção A Avifauna
Sítio de Interesse para a Conservação do Arade e da Ria de Alvor (Rede Natura 2000), Parque Natural do
Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, Zona Especial de Proteção de Aves, Reserva Biogenética.
A diversidade de micro-paisagens que o
ecossistema da região de Sagres alberga -
incluindo zonas marinhas, florestas, matos,
Roteiro
campos agrícolas, zonas húmidas - garante a
Cabo de S. Vicente Milhafre-preto (Milvus migrans) presença de uma rica comunidade de aves,
A com mais de 300 espécies já registadas.
Entre estas, um especial destaque para as
Roteiro aves de rapina. Todos os anos, durante a
migração pós-nupcional (entre agosto e
Vale Santo Descrição novembro), passam nesta zona cerca de
B 5.000 indivíduos, de mais de 30 espécies,
A zona situada mais a Sudoeste da Europa fazendo desta península o principal corredor
Roteiro
caracteriza-se por um planalto costeiro, migratório existente em Portugal. As mais
118 Monte da Cabranosa de elevadas arribas rochosas e pequenas abundantes são o Grifo, a Águia-calçada, 119
Península de Sagres
Código: VB1 Como chegar: pela Via do Infante (A 22) até Espécies mais interessantes Época do ano
Coordenadas: 8º58’0,35’’O 37º2’56,16’’N Lagos e daqui, pela EN 125, até Vila do Bispo
Corvo-marinho-de-crista (Phalacrocorax aristotelis) todo o ano
Concelho: Vila do Bispo e Sagres. Desde este local, e em pequenas
Descrição: planalto costeiro, caracterizado incursões de carro, pela EN 268, até ao Cabo Cegonha-preta (Ciconia nigra) outono
por escarpas rochosas no litoral, entre- de S. Vicente e outros locais nas imediações. Grifo (Gyps fulvus) outono
cortadas por pequenas praias arenosas, e Itinerário: na vila de Sagres visitar o Porto Abutre do Egito (Neophron percnopterus) outono
envolvida por extensos campos agrícolas da Beleeira, a praia adjacente e o molhe e
Águia-calçada (Aquila pennata) outono
cerealíferos, manchas de pinhal-bravo e a Ponta da Atalaia. Seguir para o Cabo de
densos matagais. A região alberga ainda S. Vicente. Visitar o Vale Santo e o Monte da Águia-cobreira (Circaetus gallicus) outono
algumas zonas húmidas costeiras, como a Cabranosa, a Lagoa do Martinhal e o Paúl de Águia-imperial (Aquila adalberti) outono
Lagoa do Martinhal e a Lagoa de Budens ou Budens. Milhafre-real (Milvus milvus) outono
Boca do Rio. Quando visitar: primavera, outono e
Milhafre-preto (Milvus migrans) todo o ano
inverno.
Duração da visita: 1 dia. Buteo-vespeiro (Pernis apivorus) todo o ano
Falcão-da-rainha (Falco eleonorae) outono
120 121
Falcão-peregrino (Falco peregrinus) todo o ano
Sisão (Tetrax tetrax) todo o ano
Tarambola-carambola (Charadrius morinellus) outono
Andorinhão-real (Apus melba) verão e outono
Ferreirinha-alpina (Prunella collaris) inverno
Petinha-dos-campos (Anthus campestris) primavera, verão e outono
Petinha de Richard (Anthus richardii) inverno
Felosa-tomilheira (Sylvia conspicillata) primavera, verão e outono
Felosa-do-mato (Sylvia undata) todo o ano
Melro-de-peito-branco (Turdus torquatus) outono e inverno
Melro-azul (Monticola solitarius) todo o ano
Gralha-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax) todo o ano
Serra de Monchique
Estatuto de proteção
Sítio de Interesse para a Conservação da Serra de Monchique, Zona de Proteção Especial de Aves ao
abrigo da Rede Natura 2000.
Roteiro
A
A Serra de Monchique constitui o ponto A importância ornitológica da Serra de
mais elevado do Algarve, atingindo Monchique destaca-se, sobretudo, pela
Roteiro os 905 m de altitude. A especificidade ocorrência recente de grandes águias, como
climática deste local em associação com a Águia-real - que aqui nidificou até meados
Picota a sua geologia particular, fazem desta dos anos 90 e que ainda é vista com alguma
B A
cordilheira um sítio bastante especial, regularidade no outono -, e de Águia de
B tendo sido mesmo incluída na rede Bonelli, cuja população está hoje entre
Picota
4
126 europeia de hot-spots forests. O sobreiral as mais importantes em Portugal. Além 5
127
Roteiro
e o eucaliptal cobrem grande parte da destas, Monchique acolhe também uma
Caldas de C região, entrecortados com pequenas hortas importante população de Águia-cobreira,
Monchique se subsistência junto de várias aldeias. O bem como de Bufo-real. Os densos bosques
relevo é bastante sinuoso, apresentando e afloramentos rochosos atraem muitas
C
numerosos vales e barrancos profundos, outras aves, em particular passeriformes, tais
ricos em linhas de água cobertas de galerias como a Escrevedeira-de-garganta-preta, Cia,
ripícolas, com freixos, salgueiros e amieiros. Melro-azul, Felosa-ibérica, Felosa-do-mato,
A presença de água nesta região serrana Torcicolo, entre outras. Nas fragas rochosas,
é notável, traduzindo-se em bosques mais situadas no topo da Fóia e da Picota,
diversos, verdejantes e densos, onde ainda ocorrem com regularidade no inverno a
é possível encontrar carvalhos, castanheiros, Ferreirinha-alpina e nas migrações o Melro-
medronheiros de grande porte, o raro -das-rochas, este bem mais raro.
azevinho, rododrendos, etc. A partir dos 800
m, sensivelmente, a vegetação é sobretudo
arbustiva, com numerosos afloramentos
rochosos. A riqueza natural desta serra
denota-se, sobretudo, pela flora e geologia,
mas também pela fauna associada, com
destaque para as grandes águias, como a
Águia de Bonelli.
Roteiro
Serra de Monchique
Código: MC1
Coordenadas: 8º35’32,73’’O 37º18’56,61’’N
Concelho: Monchique
Descrição: zona montanhosa, rica
em declives, cumes e barrancos, com
numerosas linhas de água e densos
bosques ribeirinhos. Sobreiral e eucaliptal
marcam a paisagem. Afloramentos rochosos
nos principais picos, na Fóia e na Picota,
de sienito nifelínico, o granito típico de
Monchique.
Como chegar: pela Via do Infante até perto
de Portimão e sair na indicação “Portimão e
Monchique”. Tomar o sentido de Monchique
e seguir o caminho principal até esta vila.
128 129
Itinerário: Monchique, Fóia, Picota, Caldas
de Monchique.
Quando visitar: primavera e outono.
Duração da visita: 3 a 4 horas.
Cia (Emberiza cia) Felosa-do-mato (Sylvia undata)
Espécies mais interessantes Época do ano Sinalização e apoios: não existe. Outros locais de interesse nas
Particularidades: zona de fácil acesso, imediações: Foz da Ribeira da Amoreira, em
Águia de Bonelli (Aquila fasciata) todo o ano
embora distante e por estradas sinuosas. Aljezur, para a observação de aves limícolas
Águia-cobreira (Circaetus gallicus) primavera e outono Tanto na Fóia como na Picota, conseguem- e garças.
Grifo (Gyps fulvus) outono -se obter excelentes panorâmicas da serra Notas: clima por vezes instável e adverso,
Felosa-do-mato (Sylvia undata) todo o ano envolvente. Em torno de Monchique com nebulosidade e chuva, devido
desenvolvem-se densos bosques de à altitude. Estar preparado para estas
Felosa-ibérica (Phylloscopus ibericus) primavera
sobreiral bastante ricos em aves florestais. circunstancias. Sugere-se a visita pela manhã
Estrelinha-de-poupa (Regulus ignicapillus) inverno Nos maciços rochosos da Fóia surgem, cedo.
Melro-de-peito-branco (Turdus torquatus) inverno regularmente no outono e inverno, algumas
Escrevedeira-de-garganta-preta (Emberiza cirlus) todo o ano aves menos comuns, como a Ferreirinha-
-alpina e até o Melro-das-rochas.
Cia (Emberiza cia) todo o ano
A
130 131
A Fóia
B Picota
Roteiro
C Caldas de Monchique
Serra de Monchique Percurso recomendado
C
9. Serra do
Caldeirão
9.
Serra do Caldeirão
Estatuto de proteção Descrição A Avifauna
Sítio de Interesse para a Conservação da Serra de Caldeirão e Zona de Proteção Especial de Aves inserido
na Rede Natura 2000.
O maciço montanhoso do Caldeirão O Caldeirão apresenta uma rica comunidade
estende-se desde o Algarve ao Baixo de aves florestais, caracterizada pela
Alentejo, cobrindo uma vasta área. O seu presença de mais de 150 espécies, de onde
Roteiro
relevo caracteriza-se por numerosos cumes se destacam várias rapinas, como a Águia de
Fonte da Benémola e vales, de formas suaves, onde se formam Bonelli, a Águia-cobreira, o Açor e o Bufo-
A algumas das principais ribeiras da região, -real, bem como numerosos passeriformes.
como o Vascão, Odeleite ou Algibre. O Entre estes, destaque para a Felosa-real, a
coberto vegetal é predominantemente Felosa-de-bigodes, a Felosa-do-mato, o
Roteiro de esteval e sobreiral que, nas encostas Torcicolo, o Rabirruivo-de-testa-branca,
Rocha da Pena orientadas a norte – as umbrias – se o Chasco-castanho, o Papa-figos ou o
apresenta mais denso e rico, devido à Abelharuco, que nidificam em vários
B
maior presença de vegetação arbustiva de locais desta serra. Na migração e inverno
medronheiros, urzes, rosmaninhos, etc. A é frequente a observação de grifos nesta
134 B 135
Roteiro presença humana está patente em diversas região, normalmente em bandos - que por
aldeias espalhadas pela serra, em torno das vezes juntam centenas de indivíduos -, bem
Barranco do Velho C D quais ainda se encontram ativas pequenas como de diversos invernantes, como o Dom
a Parizes A hortas, bem como a pastorícia e a apicultura. Fafe, a Ferreirinha-comum ou o Melro-de-
C D Mas é o sobreiral, em particular, que -peito-branco.
atribui especial valor a esta zona. Além da
importante atividade económica associada
ao mesmo – a produção de cortiça - os
bosques de sobreiro, outrora misturado
com carvalhos, formam uma paisagem
muito bela, onde habitam largas dezenas
de espécies de fauna silvestre, incluindo
mamíferos raros como o Lince-ibérico ou o
Gato-bravo, e muitas aves.
Barranco do Velho
Roteiro
Fonte da Benémola
Código: LL5
Coordenadas: 8º0’15,85’’O 37º11’55,65’’N
Concelho: Loulé
Descrição: vale ribeirinho, situado em
zona de transição entre o Barrocal e a Serra.
Presença permanente de água, graças à
existência de várias nascentes e açudes.
Densa vegetação ripícola, com frondosos
freixos, salgueiros, manchas de canavial e
numerosas hortas tradicionais nas margens.
Como chegar: a partir de Loulé, tomar a EN
Chapim-de-crista (Parus cristatus)
2 em direção a Ameixial. Virar em direção a
Querença, passar por esta aldeia e depois
seguir as indicações de Sítio Classificado da pedestre circular aí existente e sinalizado.
Fonte da Benémola. Fazer paragens ao longo do mesmo.
136 137
Itinerário: na entrada desta área protegida, Quando visitar: primavera.
estacionar a viatura. Percorrer o itinerário Duração da visita: 2 a 3 horas.
Abelharuco (Merops apiaster)
Espécies mais interessantes Época do ano Sinalização e apoios: o percurso pedestre Notas: aconselhável a visita pela manhã
está sinalizado e possui painéis informativos cedo, quando a atividade das aves é maior. A
Pica-pau-malhado-pequeno (Dendrocopos minor) todo o ano
da fauna e flora local. visita a este local requer alguma experiência
Torcicolo (Jynx torquilla) primavera e verão Particularidades: um local bastante na observação e identificação de aves e, em
Bufo-real (Bubo bubo) todo o ano atrativo, acessível e fácil de percorrer a pé particular, dos seus cantos, pois muitas vezes
Mocho-galego (Athene noctua) todo o ano ou de bicicleta. Elevada presença de aves não estão visíveis.
associadas ao meio ribeirinho e florestal.
Abelharuco (Merops apiaster) primavera e verão
Possibilidade de observar todas as espécies
Andorinha-daurica (Hirundo daurica) primavera e verão de pica-paus existentes em Portugal. Local Andorinha-daurica (Hirundo daurica)
Rocha da Pena
Código: LL6
Coordenadas: 8º6’5,95’’O 37º15’1,25’’N
Concelho: Loulé
Descrição: planalto rochoso, situado entre o
Barrocal e a Serra do Caldeirão. Caracterizado
pelas suas faces rochosas, com grandes
escarpas expostas e densos matagais
mediterranicos no topo. A sul, salienta-se a
presença de pomares de sequeiro, sobretudo
com alfarrobeira, e a norte, presença de
sobreiral, campos agrícolas e pastagens. Melro-azul (Monticola solitarius)
Como chegar: a partir de Loulé, tomar a EN
525 em direção a Salir. Daí seguir em direção pedestre circular. Este atravessa todo o
a Alte e ao fim de 4 km, virar à direita em planalto e permite uma boa observação
direção à Rocha da Pena. deste local e da paisagem circundante.
138 139
Itinerário: na base deste maciço rochoso Quando visitar: outono e inverno.
existe um café, onde se inicia um percurso Duração da visita: 2 horas.
B
B B
140 141
Rocha da Pena
Roteiro
144 145
10. Costa Algarvia
Roteiros Marítimos
10.
Costa Algarvia
Roteiros Marítimos
Roteiro
Fuseta
A
Roteiro
Portimão
B
148 149
Roteiro
Sagres
C
A
C
Roteiros marítimos
que ocorrem no
Podiceps auritus Mergulhão-de-pescoço-castanho Horned-grebe - Acid 3
Calonectris diomedea Cagarra Cory’s Shearwater Mig Com 10
Puffinus gravis Pardela-de-barette Great Shearwater Mig 10
Algarve
Puffinus griseus Pardela-preta Sooty Shearwater Mig 10
Puffinus puffinus Fura-bucho-do-Atlântico Manx Shearwater Mig 10
Puffinus mauretanicus Pardela Balear Balearic Shearwater Mig 10
Oceanites oceanicus Casquilho Wilson’s Storm Petrel Mig 10
Hydrobates pelagicus Alma-de-mestre European Storm Petrel Mig 10
Morus bassana Alcatraz Northern Gannet Mig / Inv Com 10
Fenologia (Fen): Local:
Phalacrocorax carbo Corvo-marinho Great Cormorant Inv Com+ 2,3,4,5,6
Mig – Migrador 1. Baixo Guadiana
Phalacrocorax aristotelis Galheta European Shag Res Com- 7
Res – Residente 2. Castro Marim
Inv – Invernante 3. Ria Formosa Ixobrychus minutus Garçote Little Bittern Est Com- 3,4,5
Est – Estival (nidificante e migrador) 4. Lagoas Costeiras Botaurus stellaris Abetouro Bittern - Acid 3,4
5. Lagoa dos Salgados Nycticorax nycticorax Goraz Black-capped Night-Heron Mig Com- 3,4,5
Abundância (Abund.) 6. Arade e Alvor Ardeola ralloides Papa-ratos Eurasian Squacco Heron Mig Com- 3,4,5
Acid – acidental (< 5 registos nos últimos 7. Sagres Bubulcus ibis Carraceiro Cattle Egret Res Com+ todos
5 anos) 8. Serra de Monchique
156 Egretta garzetta Garça-branca Little Egret Res Com 2,3,4,5,6 157
R – Raro (< 5 registos por ano) 9. Serra do Calderião
Egretta alba Garça-branca-grande Great Egret Inv R 3
Com(-) – pouco comum 10. Zona Marinha Algarvia
Com – Comum Ardea cinerea Garça-cinzenta Grey Heron Res Com 2,3,4,5,6
Com(+) – Muito comum Ardea purpurea Garça-vermelha Purple Heron Est Com 3,4,5
Ciconia ciconia Cegonha-branca White Stork Res Com+ todos
Ciconia nigra Cegonha-preta Black Stork Mig R 7
Plegadis falcinellus Maçarico-preto Glossy Ibis Inv Com 3,5
Geronticus eremita (R) Íbis-pelado Bald Ibis - Acid
Treskiornis aethiopicus (R) Íbis-sagrado Sacred Ibis - Acid 3,5
Platalea leucorodia Colhereiro Eurasian Spoonbill Res Com 2,3,4,5,6
Phoenicopterus ruber Flamingo Greater Flamingo Inv Com+ 2,3,4,5,6
Phoenicopterus minor Flamingo-anão Lesser Flamingo - Acid 2
Cygnus olor Cisne Mute Swan - Acid
Anser anser Ganso-bravo Greyleg Goose Inv Com- 2
Branta bernicla Ganso-de-faces-pretas Brent Goose Inv R 3
Tadorna ferruginea Pato-canela Ruddy Shelduck Inv R 5,7
Tadorna tadorna Pato-branco Common Shelduck Res Com 2,3
Anas strepera Frisada Gadwall Res Com+ 2,3,4,5,6
Anas penelope Piadeira Eurasian Wigeon Inv Com 3
Anas crecca Marrequinha Eurasian Teal Inv Com 2,3,4,5,6
Anas platyrhynchos Pato-real Mallard Res Com+ 2,3,4,5,6
Anas acuta Arrabio Northern Pintail Inv Com 2,3,4,5
Anas querquedula Marreco Garganey Mig Com- 3,5
Espécie já observada
Anas clypeata Pato-trombeteiro Northern Shoveler Inv Com 2,3,4,5,6 Falco peregrinus Falcão-peregrino Peregrine Res Com 5,7
Netta rufina Pato-de-bico-vermelho Red-crested Pochard Res Com 2,3,4 Falco biarmicus Alfaneque Lanner Falcon - Acid 7
Athya ferina Zarro-comum Common Pochard Inv Com 2,3,4,5 Alectoris rufa Perdiz Red-legged Partridge Res Com+ 2,8,9
Athya nyroca Zarro-castanho Ferrugineous Duck Inv / Mig R 4,5 Coturnix coturnix Cordoniz Quail Res Com 1,2,5,7
Athya fuligula Negrinha Tufted Duck Inv Com 3,4 Crex crex Codornizão Corn Crake - Acid 7
Athya collaris Caturro Ring-necked Duck - Acid 4,5 Rallus aquaticus Frango-dágua Water Rail Res Com 2,3,4,5,6
Athya marila Zarro-bastardo Greater Scaup - Acid 4 Porzana porzana Franga-d’água Spotted Crake Mig R 3,5
Clangula hyemalis Pato-rabilongo Long-tailed Duck Acid R 2,3 Porzana parva Franga-d’água-bastarda Little Crake - Acid 3
Melanitta nigra Negrola Common Scoter Inv Com 10 Porzana pusilla Franga-d’água-pequena Baillon’s Crake - Acid 3
Melanitta perspicilatta Pato-careto Surf Scoter - Acid 10 Gallinula chloropus Galinha-d’água Common Moorhen Res Com+ 2,3,4,5,6
Mergus merganser Merganso-grande Common merganser - Acid 6 Fulica atra Galeirão Common Coot Res Com+ 2,3,4,5,6
Mergus serrator Merganso Red-breasted Merganser Inv R 3,6 Fulica cristata Galeirão-de-crista Red-knobbed Coot Inv R 2,3
Oyura leucocephala Pato-de-rabo-alçado White-headed Duck Mig / Inv R 3,5 Porphyrio porphyrio Caimão Purple Swamphen Res Com 3,4,5
Oxyura jamaicensis Pato-de-rabo-alçado-americano Ruddy Duck - Acid 3,5 Grus grus Grou Common Crane - Acid 5
Gyps fulvus Grifo Eurasian Griffon Vulture Mig Com- 7,8,9 Tetrax tetrax Sisão Little Bustard Res Com- 2,7
Gyps rueppellii Grifo-perdês Rueppell’s Griffon Vulture Mig R 7 Otis tarda Abetarda Great Bustard - Acid 7
Aegypius monachus Abutre-preto Eurasian Black Vulture Mig R 7 Haemotopus ostralegus Ostraceiro Oystercatcher Inv Com 3,6
Neophron percnopterus Britango Egyptian Vulture Mig Com- 7 Himantopus himantopus Pernilongo Black-winged Stilt Res Com+ 2,3,4,5,6
Pandion haliaetus Águia-pesqueira Osprey Inv Com 2,3,6,7 Recurvirostra avosetta Alfaiate Pied Avocet Res Com 2,3,5
Aquila adalberti Águia-imperial Spanish Imperial Eagle Mig R 7 Cursorius cursor Corredor Cream-coloured Courser - Acid 3
Aquila chrysaetos Águia-real Golden Eagle Mig R 7,9 Burhinus oedicnemus Alcaravão Eurasian Thick-Knee Res Com 2,3,7
158 Aquila pommarina Águia da Pomerânia Lesser Spotted Eagle - Acid 7 Glareola pratincola Perdiz-do-mar Collared Pratincole Est Com 2,3 159
Aquila clanga Águia-malhada Greater Spotted Eagle - Acid 7 Charadrius hiaticula Borrelho-grande-de-coleira Common Ringed Plover Inv Com+ 2,3,4,5,6
Aquila pennata Águia-calçada Booted Eagle Mig Com 3,7 Charadrius dubius Borrelho-pequeno-de-coleira Little Ringed Plover Est Com 1
Aquila fasciata Águia de Bonelli Bonelli’s Eagle Res Com- 7,8,9 Charadrius alexandrinus Borrelho-de-coleira-interrompida Kentish Plover Res Com 2,3,4,5,6
Circaetus gallicus Águia-cobreira Short-toed Eagle Est Com 7,8,9 Charadrius morinellus Borrelho-ruivo Eurasian Dotterel Mig R 7
Milvus migrans Milhafre-preto Black Kite Est Com 3,7 Pluvialis apricaria Tarambola-dourada Eurasian Golden Plover Inv Com 2,3,5,6
Milvus milvus Milhafre-real Red Kite Mig Com- 7 Pluvialis squatarola Tarambola-cinzenta Grey Plover Mig / Inv Com 2,3,4,5,6
Elanus caeruleus Peneireiro-cinzento Black-shouldered Kite Inv Com 2,3,4,6,7 Pluvialis dominica Tarambola-americana American Golden Plover - Acid 5
Circus aeruginosus Águia-sapeira Western Marsh Harrier Res Com 2,3,4,5,6 Vanellus vanellus Abibe Northern Lapwing Inv Com 2,3,4,5,6
Circus cyaneus Tartaranhão-cinzento Hen Harrier Inv Com- 2,3 Vanellus gregarius Abibe-sociável Sociable Lapwing . Acid 3,5
Circus pygargus Águia-caçadeira Montagu’s Harrier Est Com 2 Calidris canutus Seixoeira Knot Mig / Inv Com 2,3,5,6
Circus macroruus Tartaranhão-pálido Pallid Harrier - Acid 7 Calidris alba Pilrito-das-praias Sanderling Mig / Inv Com 2,3,4,5,6
Accipter nisus Gavião Sparrowhawk Res Com 7,8,9 Calidris minuta Pilrito-pequeno Little Stint Mig / Inv Com 2,3,4,5,6
Accipter gentilis Açor Northern Goshawk Res Com 7,9 Calidris temminckii Pilrito-de-temminck Temminck’s Stint Mig / Inv Com- 2,3
Buteo buteo Águia-d`asa-redonda Common Buzzard Res Com 7,8,9 Calidris melanotos Pilrito-de-colete Pectoral Sandpiper - Acid 3
Buteo rufinus Buteo-mourisco Long-legged Buzzard - Acid 7 Calidris ferruginea Pilrito-de-bico-comprido Curlew Sandpiper Mig / Inv Com 2,3,4,5,6
Pernis apivorus Bútio-vespeiro Honey Buzzard Mig Com- 7 Calidris alpina Pilrito-de-peito-preto Dunlin Mig / Inv + Com 2,3,4,5,6
Falco tinnunculus Peneireiro Common Kestrel Res Com todos Calidris maritima Pilrito-escuro Purple Sandpiper Inv R 3,7
Falco naumanni Francelho-das-torres Lesser Kestrel Mig Com- 1,7 Calidris fuscicollis Pilrito-de-urupígio-branco White-rumped Sandpiper Acid R 7
Falco vespertinus Falcão-de-patas-vermelhas Red-footed Falcon - Acid 7 Arenaria interpres Rola-do-mar Turnstone Mig / Inv Com 2,3,4,5,6
Falco columbarius Esmerilhão Merlin Mig R 3,7 Tringa glareola Maçarico-bastardo Wood Sandpiper Mig Com- 3,5
Falco subbuteo Ógea Eurasian Hobby Mig Com- 3,7 Tringa ochropus Maçarico-bique-bique Green Sandpiper Mig / Inv Com 2,3,4,5,6
Falco eleonorae Falcão-de-rainha Eleanora’s Falcon Mig R 7 Actitis hypoleucos Maçarico-das-rochas Common Sandpiper Res Com 2,3,4,5,6
Tringa totanus Perna-vermelha Common Redshank Mig / Inv Com 2,3,4,5,6 Chlidonias hybridus Gaivina-dos-pauís Whiskered Tern Mig Com- 5
Tringa erythropus Perna-vermalha-bastardo Spotted Redshank Mig / Inv Com- 2,3 Alca torda Torda-mergulheira Razorbill Inv Com 7 10
Tringa nebularia Perna-verde Common Greenshank Mig / Inv Com 2,3,4,5,6 Uria aalge Airo Common Guillemot - Acid 10
Tringa flavipes Perna-amarela-pequeno Lesser yellowlegs - Acid 3 Fratercula arctica Papagaio-do-mar Atlantic Puffin Mig R 7,1
Tringa stagnitilis Perna-verde-fino Marsh Sandpiper - Acid 2 Columba livia Pombo-das-rochas Rock Dove Res Com 7
Limosa limosa Maçarico-de-bico-direito Black-tailed Godwit Mig / Inv Com 2,3,4,5,6 Columba oenas Seixa Stock Dove Mig Com- 7
Limosa lapponica Fuselo Bar-tailed Godwit Mig / Inv Com 2,3,6 Columba palumbus Pombo-torcaz Woodpigeon Res Com 1,8,9
Numenius arquata Maçarico-real Curlew Mig / Inv Com 2,3,6 Streptopelia decaocto Rola-turca Collared Dove Res Com todos
Numenius phaeopus Maçarico-galego Whimbrel Mig / Inv Com 2,3,5,6 Streptopelia turtur Rola-brava Turtle Dove Est Com 1,7,8,9
Scolopax rusticola Galinhola Woodcock Inv Com 8,9 Cuculus canorus Cuco Cuckoo Est Com todos
Gallinago gallinago Narceja Common Snipe Mig / Inv Com 2,3,4,5,6 Clamator glandarius Cuco-rabilongo Great Spotted Cuckoo Est - Com 2
Lymnocryptus minimus Narceja-galega Jack Snipe Mig / Inv - Com 2,3,4 Tyto alba Coruja-das-torres Barn Owl Res Com 3,4,7
Phalaropus fulicarius Falaropo-de-bico-grosso Grey Phalarope - Acid 2,3,7 Strix aluco Coruja-do-mato Tawny Owl Res Com 8,9
Phaloropus lobatus Falaropo-de-bico-fino - Acid 2,3 Bubo bubo Bufo-real Eurasian Eagle Owl Res Com 8,9
Tryngites subruficollis Pilrito-canela Buff-brested Sandpiper - Acid 4,7 Otus scops Mocho-d’orelhas Scop’s Owl Res Com 7,8,9
Philomachus pugnax Combatente Ruff Mig / Inv Com 2,3,4,5,6 Athene noctua Mocho-galego Little Owl Res Com 2,3,5,6,7
Catharacta skua Alcaide Great Skua Mig / Inv Com 10 Asio otus Bufo-pequeno Long-eared Owl Mig Com- 7
Stercorarius parasiticus Moleiro-pequeno Parasitic Skua Mig Com- 10 Asio flammeus Coruja-do-nabal Short-eared Owl Mig / Inv Com- 5,7
Stercorarius longicaudus Moleiro-rabilongo Long-tailed Skua Mig R 10 Caprimulgus europaeus Noitibó-cinzento European Nightjar MIg Com- 7
Stercorarius pomarinus Moleiro do Àrctico Pomarine Skua Mig R 10 Caprimulgus ruficollis Noitibó-de-nuca-vermelha Red-necked Nightjar Est Com 3,4,5,7
Larus ridibundus Guincho Common Black-headed Gull Res Com 2,3,4,5,6 Apus apus Andorinhão-preto Common Swift Est Com todos
160 Larus genei Gaivota-de-bico-fino Slender-billed Gull Mig / Inv Com- 2,3 Apus pallidus Andorinhão-pálido Pallid Swift Est Com todos 161
Larus canus Gaivota-comum Common Gull Inv Com- 3,6 Apus melba Andorinhão-real Alpine Swift Est Com 5,6,7,9
Larus delawarensis Gaivota-de-bico-riscado Ring-billed Gull - Acid 3,5,6 Apus caffer Andorinhão-cafre White-rumped Swift Est Com- 1
Larus philadelphia Gaivota de Bonaparte Bonaparte’s Gull - Acid 3 Apus affinis Andorinhão-pequeno Little Swift - Acid 5
Larus melanocephalus Gaivota-de-cabeça-preta Mediterranean Gull Mig / Inv Com 2,3,4,5,6 Alcedo atthis Guarda-rios Eurasian Kingfisher Res Com todos
Larus minutus Gaivota-pequena Little Gull Mig / Inv Com- 2,3,5,6 Upupa epops Poupa Hoopoe Res Com todos
Larus sabini Gaivota de Sabine Sabine’s Gull Mig R 10 Merops apiaster Abelharuco European Bee-eater Est Com todos
Rissa tridactyla Gaivota-tridáctila Black-legged Kittiwake Inv R 10 Coraccias garrulus Rolieiro European Roller Mig R 7
Larus audouinii Gaivota-de-Audouin Audouin’s Gull Res Com 2,3,5 Jynx torquilla Torcicolo Wryneck Est Com 8,9
Larus argentatus Gaivota-prateada Hering Gull Inv R 3,6 Picus viridis sharpei Peto-verde Iberian Green Woodpecker Res Com 1,3,4,8,9
Larus michahellis Gaivota-de-patas-amarelas Yellow-legged Gull Res Com 2,3,4,5,6 Dendrocopus major Pica-pau-malhado Great Spotted Woodpecker Res Com 1,3,4,8,9
Larus fuscus Gaivota d`asa-escura Lesser Black-backed Gull Res Com 2,3,4,5,6 Dendrocopus minor Pica-pau-malhado-pequeno Lesser Spotted Woodpecker Res Com 8,9
Larus marinus Gaivotão-real Greater Black-backed Gull Inv R 3,6 Calandrella brachydactyla Calhandrinha Greater Short-toed Lark Est Com 5,7
Larus hyperboreus Gaivotão-branco Glaucous Gull - Acid 6,7 Calandrella rufescens Calhadrinha-das-marismas Lesser Short-toed Lark Res Com- 2
Larus glaucoides Gaivota-branca Iceland Gull - Acid 6,7 Galerida cristata Cotovia-de-poupa Common Crested Lark Res Com todos
Sterna sandvicensis Garajau Sandwich Tern Inv Com 2,3,4,5,6 Galerida theklae Cotovia-escura Thekla Lark Res Com 1,2,7,8,9
Gelichon nilotica Tagaz Gull-billed Tern Mig R 5 Lullula arborea Cotovia-dos-bosques Woodlark Res Com 1,2,7,8,9
Sterna albifrons Chilreta Little Tern Est Com 2,3,4,5,6 Aluada arvensis Laverca Eurasian Skylark Inv Com todos
Sterna hirundo Gaivina Common Tern Mig - Com 2,3,5 Riparia riparia Andorinha-das-barreiras Sand Martin Est Com 2,3,4,5,6
Sterna paradisaea Gaivina do ártico Arctic Tern Mig R 10 Ptyonoprogne rupestris Andorinha-das-rochas Crag Martin Res Com 1,5,7
Sterna caspia Garajau-grande Caspian Tern Mig / Inv Com- 2,3,5 Hirundo rustica Andorinha-das-chaminés Barn Swallow Est Com todos
Chlidonias niger Gaivina-preta Black Tern Mig Com 2,3,4,5,6 Hirundo daurica Andorinha-dáurica Red-rumped Swallow Est Com 8,9
Chlidonias leucopterus Gaivia-d’asa-branca White-winged Tern - Acid 3,5 Delichon urbica Andorinha-dos-berais House Martin Est Com todos
Anthus richardi Petinha de Richard Richard´s Pipit Inv Com- 5,7 Sylvia cantillans Toutinegra-de-bigodes Subalpine Warbler Est Com 8,9
Anthus campestris Petinha-dos-campos Tawny Pipit Est Com 1,7 Sylvia conspicillata Toutinegra-tomilheira Spectacled Warbler Est Com- 2,7
Anthus trivialis Petinha-das-árvores Tree Pipit Mig Com todos Sylvia melanocephala Toutinegra-dos-valados Sardinian Warbler Res Com todos
Anthus pratensis Petinha-dos-prados Meadow Pipit Inv Com todos Sylvia communis Papa-amoras Whitethroat Mig Com todos
Anthus spinoletta Petinha-d’água Water Pipit Inv Com 2,3 Sylvia borin Toutinegra-das-figueiras Garden Warbler MIg Com todos
Anthus petrosus Petinha-das-rochas Rock Pipit Mig / Inv R 7 Sylvia hortensis Felosa-real Western Orphean Warbler Est Com- 8
Anthus cervinus Petinha-de-garganta ruiva Red-throated Pipit - Acid 2 Sylvia atricapilla Toutinegra-de-barrete Blackcap Res Com todos
Motacilla flava Alvéola-amarela Yellow Wagtail Est Com 2,3,4,5,6 Phylloscopus collybita Felosinha Common Chiffchaff Inv Com todos
Motacilla cinerea Alvéola-cinzenta Grey Wagtail Res Com 1,8,9 Phylloscopus ibericus Felosinha-ibérica Iberian Chiffchaff Est Com 8,9
Motacilla alba Alvéola-branca White Wagtail Res Com todos Phylloscopus trochilus Felosinha-musical Willow Warbler Mig Com todos
Troglodytes troglodytes Carriça Winter Wren Res Com 1,8,9 Phylloscopus bonelli Felosa-de-papo-branco Bonelli’s Warbler Mig Com- 3,7,8,9
Prunella modularis Ferreirinha Dunnock Inv Com 8,9 Phylloscopus sibilatrix Felosa-assobiadeira Wood Warbler - Acid 7
Prunella collaris Ferreirinha-alpina Alpine Accentor Inv R 7 Phylloscopus inornatus Felosa-listada Yellow-browed Warbler - Acid 7,8
Erithacus rubecula Pisco-de-peito-ruivo Robin Res Com todos Regulus ignicapillus Estrelinha-real Firecrest Inv Com 3,8,9
Luscinia megarhynchos Rouxinol Common Nightingale Est Com 1,8,9 Regulus regulus Estrelinha-de-poupa Goldcrest Inv R 3,9
Cercotrichas galactotes Rouxiol-do-mato Rufous-tailed Scrub-Robin Est Com- 1 Muscicapa striata Taralhão-cinzento Spotted Flycatcher Mig Com todos
Luscinia svecica Pisco-de-peito-azul Bluethroat Inv Com 2,3,4,5,6 Ficedula hypoleuca Papa-moscas European Pied Flycatcher Mig Com todos
Phoenicurus ochrurus Rabirruivo Black Redstart Res Com todos Ficedula parva Papa-moscas-real Red-brested Flycatcher - Acid 6,7
Phoenicurus phoenicurus Rabirruivo-de-testa-branca Common Redstart Est Com 8,9 Parus cristatus Chapim-de-poupa Crested Tit Res Com 4,8,9
Phoenicurus moussieri Rabirruivo-mourisco Moussier’s Redstart - Acid 7 Parus caeruleus Chapim-azul Blue Tit Res Com 3,4,6,8,9
Saxicola rubetra Cartaxo-nortenho Whinchat Mig Com todos Parus major Chapim-real Great Tit Res Com todos
162 Saxicola torquata Cartaxo Common Stonechat Res Com todos Certhia brachydactyla Trepadeira Short-toed Treecreeper Res Com 3,4,6,8,9 163
Oenanthe oenanthe Chasco-cinzento Northern Wheatear Mig Com todos Lanius meridionalis Picanço-real Southern Grey Shrike Inv Com 1,2,3,7
Oenanthe hispanica Chasco-castanho Black-eared Wheatear Est Com 1,8 Lanius senator Picanço-barreteiro Woodchat Shrike Est Com Todos
Monticola solitarius Melro-azul Blue Rock-thrush Res Com 1,7,8,9 Garrulus glandarius Gaio Eurasian Jay Res Com 1,3,4,8,9
Monticola saxatillis Melro-da-rochas Rufous-tailed Rock-thrush Mig R 7,9 Cyanopica cooki Charneco Iberian Magpie Res Com 1,3,4,8,9
Turdus torquatus Melro-de-colar Ring Ouzel Mig / Inv Com- 7,8,9 Pica pica Pega-rabuda Magpie Res Com- 3
Turdus merula Melro Eurasian Blackbird Res Com todos Corvus monedula Gralha-de-nuca-cinzenta Eurasian Jackdaw Res Com 6,7
Turdus philomelos Tordo-pinto Song Thrush Inv Com todos Corvus corone Gralha-preta Carrion Crow Res Com- 7
Turdus viscivorus Tordoveia Mistle Thrush Res Com 2,3,4,7 Corvus corax Corvo Common Raven Res Com- 7,8
Turdus iliacus Tordo-de-asa-vermelha Redwing Inv Com 1,8,9 Pyrrhocorax pyrrhocorax Grahla-de-bico-vermelho Red-billed Chough Res Com- 7
Turdus pilaris Tordo-zornal Fieldfare Inv Com- 7,8,9 Sturnus vulgaris Estorninho-malhado Starling Inv Com 2,3,6,7
Cettia cetti Rouxinol-bravo Cetti´s Warbler Res Com 2,3,4,5,6 Sturnus unicolor Estorninho-preto Spotless Starling Res Com todos
Cisticola juncidis Fuinha-dos-juncos Zitting Cisticola Res Com todos Oriolus oriolus Papa-figos Golden Oriole Est Com 1,8,9
Locustella luscinioides Cigarrinha-ruiva Savi’s Warbler Est R 3 Passer domesticus Pardal-dos-telhados House Sparrow Res Com todos
Locustella naevia Cigarrinha-malhada Grasshopper Warbler Mig Com- 3,4 Passer hispaniolensis Pardal-espanhol Spanish Sparrow Inv Com- 1,2
Acrocephalus schoenobaenus Felosa-dos-juncos Sedge Warbler Mig Com 2,3,4,5 Passer montanus Pardal-montês Tree Sparrow Res Com- 1,8,9
Acrocephalus scirpaceus Rouxinol-dos-caniços Reed Warbler Est Com 3,4,5 Petronia petronia Pardal-das-rochas Rock Sparrow Inv Com- 1,2,8
Acrocephalus arundinaceus Rouxinol-grande-dos-caniços Great Reed Warbler Est Com 2,3 Montifringilla nivalis Pardal-alpino White-winged Snowfinch - Acid 7
Acrocephalus melanopogon felosa-real Moustached-warbler - Acid 3 Fringilla coelebs Tentilhão Chaffinch Res Com 3,4,8,9
Hippolais icterina Felosa-icterina Icterine Warbler - Acid 7 Fringilla montifringilla Tentilhão-montês Brambling Mig / Inv R 6,7,9
Hippolais polyglotta Felosa-poliglota Melodious Warbler Est Com 1,3,8,9 Serinus serinus Milheirinha European Serin Res Com todos
Hippolais opaca Felosa-pálida Western Olivaceous Warbler - Acid 1,7 Carduelis chloris Verdilhão European Greenfinch Res Com todos
Sylvia undata Toutinegra-do-mato Dartford Warbler Res Com 1,7,8,9 Carduelis carduelis Pintassilgo European Goldfinch Res Com todos
autarquias Lagoa
Largo do Município
Portimão
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Direcção Regional de Florestas do Algarve Delegação: Aljezur postos de informação turística Castro Marim
Braciais – Patacão – Apartado 282 Rua João Mendes Dias, 46-A Rua José Alves Moreira n.º 2 – 4
8001-904 FARO 8670-086 ALJEZUR Aeroporto Internacional de Faro 8950-138 Castro Marim
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www.dgrf.min-agricultura.pt Tel.: 289 818 582
Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de turismo.aeroporto@turismodoalgarve.pt Faro
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Rua de Santa Marta, 55 Sede: Sapal de Venta Moinhos, Apartado 7 Albufeira 8000-269 Faro
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Tel.: 21 3507900 Tel.: 281 510 680 8200-109 Albufeira turismo.faro@turismodoalgarve.pt
Fax: 21 3507984 Fax: 281 531 257 Tel.: 289 585 279
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www.icn.pt www.icn.pt Praça Gil Eanes (Antigos Paços do Concelho)
168 Alcoutim 8600 Lagos 169
Odiana - Associação para o desenvolvimento do baixo RIAS - Centro de Recuperação e Investigação de Rua 1.º de Maio Tel.: 282 763 031
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Fax: 281 531 080 Rua 25 de Abril, n.º 62 Tel.: 289 463 900
E-mail: odiana@mail.telepac.pt SPEA -Sede Nacional 8670-054 Aljezur turismo.loule@turismodoalgarve.pt
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Tel.: 282 357 728
turismo.carvoeiro@turismodoalgarve.pt
bibliografia
Ponte Internacional do Guadiana postos municipais de Araújo, M.B 2008. Atlas das Aves Nidificantes
A22 – Monte Francisco
informação turística em Portugal (1999-2005) (eds. Equipa Atlas).
8950-206 Castro Marim
Tel.: 281 531 800
Instituto da Conservação da Natureza e
turismo.guadiana@turismodoalgarve.pt Albufeira da Biodiversidade, Sociedade Portuguesa
Estrada de Santa Eulália
8200 Albufeira para o Estudo das Aves, Parque Natural da
Praia da Rocha
Avenida Tomás Cabreira Tel.: 289 515 973 Madeira e Secretaria Regional do Ambiente
posto.turismo@cm-albufeira.pt
8500-802 Praia da Rocha e do Mar. Assírio & Alvim. Lisboa.
Tel.: 282 419 132
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Rua de Vale Formoso Câmara Municipal de Loulé & Associação
8135 Almancil
Quarteira Almargem (2008). Observar Aves no
Praça do Mar Tel.: 289 392 659
Concelho de Loulé. Roteiro Ornitológico. Loulé.
170 8125 Quarteira 171
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turismo.quarteira@turismodoalgarve.pt Estrada da Ponte, n.º 17
8100 Alte
Catry, P., Costa, H., Elias, G. & Matias, R.
Sagres Tel.: 289 478 666 (2000). Aves de Portugal. Ornitologia do
Rua Comandante Matoso território continental. Assírio & Alvim, Lisboa.
8650-357 Sagres Portimão
Tel.: 282 624 873 Rua 5 de Outubro, n.º 10, 1.º
turismo.sagres@turismodoalgarve.pt 8500-581 Portimão Costa, L.T., M. Nunes, P. Geraldes & H. Costa
Tel.: 282 430 110
(2003). Zonas Importantes para as Aves em
São Brás de Alportel Fax: 282 430 115
geral@turismodeportimao.pt Portugal. Sociedade Portuguesa para o
Largo de São Sebastião, n.º 23
8150-107 São Brás de Alportel Estudo das Aves, Lisboa.
Tel.: 289 843 165 Querença
turismo.saobras@turismodoalgarve.pt Largo da Igreja
8100 - 495 Querença Farinha, J. C. & Costa, H. (1999). Aves
Silves Tel.: 289 422 495 Aquáticas de Portugal – Guia de Campo.
E. N. 124 (Parque das Merendas) Edição: Instituto da Conservação da
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notas
172 173
desenhos
174 175
Ficha Técnica
Edição e Propriedade
Turismo do Algarve
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Coordenação
Departamento de Marketing
Equipa de Comunicação e Imagem
Turismo do Algarve
marketing@turismodoalgarve.pt
Textos
Proactive Tur, Lda. (João Ministro)
Créditos fotográficos
Arquivo TA - Hélio Ramos (págs. 11, 34, 60, 63, 79, 98, 116)
Arquivo TA – Luís da Cruz (págs. 6, 18, 46, 81, 84)
176 Arquivo TA – Pedro Reis, Hugo Santos (págs. 69, 124, 141)
David Rayner (págs. 16, 25, 95)
Faísca (págs. 21, 22, 50, 51, 56, 67, 68, 72, 75, 82, 87, 88, 90, 91, 94, 103, 104, 109, 114, 128, 136, 137, 139, 154)
Gaby Dienst (pág. 13)
Georg Schreier (págs. 5, 14, 30, 43, 44, 49, 57, 96, 110, 113, 127, 135, 151)
Michael Southcott (págs. 3, 152)
Município de Loulé - Luís da Cruz (pág. 132)
Município de Portimão – Filipe Palma (pág. 106)
Pedro Marques (págs. 29, 37, 38, 39, 53, 65, 71, 74, 89, 104, 122, 129, 137, 146, 153, 156)
Peter Schwarz (págs. 76, 119, 120, 142)
Rudolf Muller (págs. 26, 150)
Sebastião Pernes (págs. 9, 10)
Capa
Felosa-tomilheira (Sylvia conspicillata) - Pedro Marques
Cartografia
Instituto Geográfico do Exército
Impressão
Litográfis, S. A.
Tiragem
2 500 exemplares
Distribuição
gratuita
Depósito Legal
340289/12
© Turismo do Algarve
PT / 2012
Colaboração:
Co-financiadores: