Você está na página 1de 91

guia de

observação
de aves no
algarve
índice geral prefácio
003 Introdução
005 Sobre este guia
006 Como usar o guia
008 O Algarve O Turismo Ornitológico tem vindo a registar o contínuo acréscimo no índice de procura por
012 Observação de aves no Algarve parte de especialistas e observadores de aves vindos de todo o mundo, em especial dos
013 As aves do Algarve países da Europa do Norte.
017 A migração outonal em Sagres Este nicho de mercado, inserido no Turismo de Natureza, regista adesão muito significativa,
018 Que aves observar no Algarve em parte devido ao facto do Algarve ter importantes “hot spots” para a observação de
026 Aves exóticas aves, de entre os quais se destacam o Sapal de Castro Marim, a Ria Formosa e a Lagoa dos
026 Algumas raridades regulares no Algarve Salgados.
028 Dicas e recomendações O Guia de Observação de Aves que o Turismo do Algarve agora edita, contém informação
técnica e informação genérica não só sobre os locais onde se podem observar aves, quer
032 Mapa-índice de roteiros na ótica do investigador, quer na perspetiva das centenas de milhar de ornitólogos e
observadores de aves, cuja variedade de espécies no Algarve suscita o interesse geral. 1
035 Baixo Guadiana Este guia inclui mais de 12 roteiros, que vão desde o Baixo Guadiana até à Península de
047 Sapal de Castro Marim Sagres, todos eles com informação e descrição da zona, indicação de como chegar até aos
061 Ria Formosa locais, sugestão de itinerário, época do ano aconselhada para a visita ou até mesmo sugestão
085 Lagoas Costeiras de duração da mesma, junto com detalhes particulares a cada uma das aves que residem,
099 Lagoa dos Salgados migram ou apenas nidificam no Algarve.
107 Estuário do Arade e Ria de Alvor Trata-se pois de um guia técnico, ainda que prático, que elucida sobre mais um dos muitos
117 Península de Sagres segredos mais bem guardados da Europa, i.e., o Algarve também como um santuário da
125 Serra de Monchique vida animal, neste caso particular dirigido às aves, algumas delas espécies raras que poderão
133 Serra do Caldeirão ser observadas no seu habitat natural e até mesmo retidas na objetiva de uma câmara
147 Costa Algarvia fotográfica, para posterior memória ou eventual catalogação.
O Guia de Observação de Aves é pois mais um instrumento e veículo para a promoção dos
155 Lista sistemática das espécies de aves que ocorrem no Algarve valores e do património natural do Algarve. Estou certo que a sua utilização proporcionará
experiências dignas de memória.
165 Glossário
António Ventura Pina
166 Contactos Presidente do Turismo do Algarve
prefácio
Introdução

Se o Algarve já é bem conhecido de todos como um destino turístico de excelência, talvez A observação de aves ou birdwatching é
não o seja como merece pelo valor das suas aves e da biodiversidade que aí existe. O mérito hoje uma atividade em franco crescimento
deste livro é, desde logo, dar a conhecer 10 áreas importantes para observação de aves e 24 um pouco por todo o mundo, em particular
percursos que o vão ajudar a conhecer um Algarve diferente, porventura mais rico. na Europa. Deixou de ser uma prática quase
Na sua diversidade de costas de areia, de falésias, de serras, de zonas húmidas e paisagens restrita aos países do norte, como o Reino
mediterrânicas, ocorrem nesta região muitas espécies de aves, residentes, invernantes Unido - onde se estimam que sejam mais
ou migradoras que viajam para norte ou para sul. Muitas delas com ameaças que podem de 2,4 milhões os seus praticantes -, para
comprometer a sua existência e equilíbrio num futuro próximo. integrar-se lentamente na vida recreativa,
Casquilho (Oceanites oceanicus)
A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves - SPEA - identificou nesta região vários social e turística das sociedades mais
locais, designados Áreas Importantes para as Aves, com critérios científicos que comprovam mediterrânicas, como Espanha, Itália e até
como são cruciais para a conservação de espécies como o camão, o flamingo, o colhereiro, Portugal. Portuguesa para o Estudo das Aves) e no
2 3
a águia-perdigueira ou o pernilongo, só para citar alguns exemplos mais conhecidos. Alguns Vários motivos são apontados como Algarve, a Almargem.
sítios, como a Ria Formosa, os sapais de Castro Marim ou Sagres, são bem conhecidos pelas responsáveis por esse aumento, a A observação de aves apresenta, por outro
grandes concentrações de aves durante um dos períodos em que são mais vulneráveis. começar pelo maior interesse que as lado, diversas facilidades, comparativamente
Para conseguirmos preservar estes valores é importante conhecê-los, de forma consciente questões ambientais e, em particular, as da a outras atividades recreativas de natureza,
e equilibrada. Por isso esperamos que este livro possa contribuir para que os seus leitores e biodiversidade, captam junto do público que ajudam a explicar a procura cada vez
utilizadores possam explorar e conhecer os sítios e os percursos que aqui são descritos, e que em geral. Nunca no passado se falou tanto maior: é muito fácil de praticar, ao invés,
possam assim desfrutar da natureza que o Algarve tem para oferecer. É também uma forma em conservação da natureza, de fauna por exemplo, da observação de mamíferos
importante de proteger as aves e a natureza, conhecendo, respeitando, agindo e mostrando e flora, espécies ameaçadas, fotografia ou peixes; pode realizar-se em todo o lado,
que são verdadeiros valores a proteger e a conservar. da natureza ou de áreas protegidas, e inclusivamente em cidades; é acessível a
nunca houve à disposição das pessoas um todos os públicos (crianças, jovens, seniores,
Luís Costa tão diversificado e abundante leque de pessoas com mobilidade reduzida); não
Diretor da SPEA atividades de contacto com o meio natural. requer grandes investimentos – dependendo
Neste capítulo, um destaque deve ser dado do interesse e da motivação do praticante;
ao papel de diversas ONGA’s (organizações pode praticar-se todo ano; estimula o espírito
não-governamentais de ambiente), que colecionista, dada a grande diversidade de
através de inúmeras ações potenciaram – e espécies existente e, de uma forma simples,
continuam a potenciar – uma aproximação proporciona um contacto fácil e próximo
da comunidade à natureza e à avifauna com a natureza e seus diferentes elementos.
silvestre. Em Portugal destacam-se, em O birdwatching reflete-se, ainda, numa
particular, a LPN (Liga para a Proteção da diversificada teia de motivações e
Natureza), a Quercus, a SPEA (Sociedade complementaridades, que ajudam, também,
Sobre este guia
a explicar o cada vez maior número de cordilheiras montanhosas; O Guia de Observação de Aves no Algarve, pretende ser um bom acompanhante de
entusiastas: o simples prazer de observar - As suas plumagens apresentam todas preparado pelo Turismo do Algarve, viagem ao Algarve e uma boa ajuda para
aves nos seus habitats naturais, os seus as colorações possíveis, com as cores pretende ser um simples e eficiente proporcionar momentos inesquecíveis
comportamentos, as suas cores e formas, a conhecidas; instrumento de campo para todos os que de observação de aves e encontro com a
fotografia de natureza em geral e das aves - Possuem formas muito distintas, tanto ao gostam de observar aves no seu meio natureza.
em particular (ex. digiscoping); a pintura nível da morfologia geral, como de certas natural. Está organizado de forma a facilitar o
e a ilustração; a investigação científica; o partes do corpo (bicos, patas ou asas); encontro com as espécies mais interessantes
colecionismo e a constante procura por - Apresentam comportamentos únicos no da região e/ou o maior número delas,
novas espécies; a procura de raridades reino animal o que lhes atribui especial expondo um conjunto de informações úteis
(twiching), entre outras. interesse: realizam migrações notáveis, sobre como aceder aos locais, as melhores
4 Por fim, e não menos importante, não se apresentam diferentes e curiosos hábitos épocas do ano, dicas específicas para cada 5
pode negligenciar a necessidade cada alimentares, constroem ninhos com sítio, etc. Neste livro são propostos cerca
vez maior das sociedade modernas - e diferentes técnicas e artes, emitem cantos de 25 itinerários, inseridos em 9 principais
sobretudo as urbanas - encontrarem melodiosos, umas espécies são muito zonas a visitar, organizados de Este para
refúgios e escapes ao seu quotidiano, fáceis de observar, outras, porém, são Oeste. Acrescenta-se ainda um décimo
surgindo o contacto e a observação da bastante difíceis, entre outros aspetos. roteiro, dedicado à observação de aves
natureza entre as soluções adotadas por um Por fim, como nota final de apresentação, marinhas em alto mar, sem itinerários
crescente número de pessoas. uma simples definição do que se entende específicos, apenas com indicação dos
Mas o que está de facto por trás da como birdwatching, observação de aves ou sítios onde se iniciam as viagens de barco
observação de aves? Eis alguns factos e ainda turismo ornitológico: especializadas para esse propósito.
números: Cada local é acompanhado de um mapa
- São cerca de 9.865 as espécies de aves que “Viagem que tem como motivação a e uma descrição de como lá chegar,
existem em todo mundo, de acordo com o realização de atividades de lazer relacionadas as espécies mais interessantes que ali
IUCN (International Union for Conservation com a Ornitologia, nomeadamente, a ocorrem e várias dicas específicas sobre a
of Nature), muitas delas endémicas de deteção, identificação ou observação da melhor forma de o visitar. No final, existe
determinadas regiões do globo; avifauna; com o objetivo de se estar em ainda um conjunto de contactos úteis ao
- Estão organizadas em cerca de 70 Ordens contacto com a natureza para satisfazer visitante, incluindo números telefónicos de
Taxonómicas (TAXA), incluindo aves necessidades de aprendizagem e/ou alcançar emergência médica e de segurança civil,
marinhas, rapinas, passeriformes, patos, etc. satisfação pessoal”. bem como de páginas na internet com
- Estão presentes em todos os ecossistemas indicações de alojamentos, restaurantes e
do globo, desde o Pólo Norte ao Pólo São estas experiências que se pretende empresas especializadas em birdwatching.
Sul, passando por desertos, oceanos ou estimular com o presente guia. Não sendo um guia de campo convencional,

Observação de aves na Ria Formosa


Quadro 1 – Principais paisagens ou habitats para aves no Algarve, os roteiros que se inserem
nas mesmas e sua localização no guia.

Paisagem (habitat) Roteiro Página


Montanha e Florestas de sobreiral Serra de Monchique 126
Barranco do Velho a Parizes 134
Matos mediterrânicos Península de Sagres 118
Fonte da Benémola 136
Rocha da Pena 139
Zonas agrícolas tradicionais e pastagens Península de Sagres 118
Lagoa dos Salgados 100
Caniçal de Vilamoura 94
Ribeiras e galerias ripícolas Alcoutim 36
Cacela - Ria Formosa Fonte da Benémola 136
6 7
Sapais, rias e estuários Castro Marim 48
Ria Formosa 62
Como usar o guia
Ria de Alvor 112
Em termos práticos, este guia pode ser unidades de paisagem existentes no Rio Arade 110
consultado de duas formas: Algarve, que motivam a ocorrência de Salinas Cerro do Bufo 50
Através do tipo de paisagem e habitat que diferentes espécies de aves, e o nome dos Arraial Ferreira Neto 64
existem no Algarve (ex. estuários, florestas, roteiros - e respetivas páginas do guia - Quatro Águas 66
etc.) ou através das espécies em si. Esta onde se descrevem. Santa Luzia 68
organização procura dar resposta rápida às Para a utilização deste livro de acordo
Quinta do Ludo 74
diferentes motivações subjacentes à visita com determinada espécie, no final do
Ria de Alvor 112
a realizar, tendo em conta, por exemplo, mesmo apresenta-se uma lista global de
se o observador procura determinada aves que ocorrem no Algarve (checklist), Lagoas costeiras e caniçais Ludo 74
espécie ou, por outro lado, se pretende com indicação do local onde podem ser Dunas Douradas 88
simplesmente visitar um local onde ocorra observadas e em que condições. A cada Foz do Almargem 90
uma grande quantidade de determinadas ave é adicionada informação sobre a sua Caniçal de Vilamoura 94
aves, por exemplo aquáticas. Em instância fenologia e abundância. Pretende-se, dessa Florestas costeiras de pinhal Foz do Almargem 90
final, pretende-se facilitar a seleção dos forma, facilitar a visitação de aqueles que vão Costa rochosa, com escarpas Península de Sagres 118
locais a visitar de forma a um melhor propositadamente à procura de determinada Zona marinha Península de Sagres 148
planeamento da viagem. espécie no Algarve e, paralelamente,
Portimão 148
Para a pesquisa segundo o habitat, estimular muitos outros pela grande
Fuseta 148
apresenta-se no Quadro 1 as principais diversidade que pode ser aqui observada.
O Algarve
A região do Algarve situa-se no extremo predomina o solo básico de geologia calcária.
Sul de Portugal, confinando com o oceano É a zona agrícola por eleição, onde existem
Atlântico a Oeste e a Sul, e Espanha a Este. extensos pomares mistos de sequeiro, com
É muito influenciada pela proximidade do amendoeiras, alfarrobeiras, figueiras, oliveiras
mediterrâneo e do Norte de África, não e numerosas hortas tradicionais. As famosas
apenas no clima que aqui se faz sentir ao laranjas do Algarve também se produzem
longo do ano, mas também na sua paisagem, nesta zona. Os afloramentos rochosos de
a agricultura praticada, a cultura e também calcário são bastante comuns nesta faixa,
pela sua biodiversidade. com particular destaque para a Rocha da
O território está geologicamente dividido Pena, em Salir (Loulé). A flora é bastante rica
8 em três grandes zonas: a Serra, o Barrocal e o nesta zona, com largas centenas de espécies 9
Litoral. A Serra cobre todo o segmento Norte identificadas, de onde se destacam as mais
do Algarve, de este a Oeste, caracterizado de 20 espécies de orquídeas, os tomilhos, os
pelos solos maioritariamente de xisto, onde narcisos, entre muitas outras.
abunda a floresta de sobreiral, os medronhais Por fim, a Sul, forma-se o Litoral, onde se
e os estevais. Trata-se da região montanhosa, concentra a grande parte dos turistas e
pouco povoada e por ventura onde a população residente no Algarve. Esta
existem valores de biodiversidade bastante sub-região engloba as praias, dunas,
interessantes. Os principais maciços serranos zonas húmidas e as principais cidades. O
do Algarve são a Serra do Caldeirão e a Serra Litoral Sul e Oeste são bastante diferentes.
de Monchique. Esta última apresenta ainda Entre Albufeira e Vila Real de St. António,
algumas particularidades, nomeadamente o chamado Sotavento Algarvio, o litoral é
o facto de ser a única zona no Algarve onde arenoso, com extensas dunas e praias. O
afloram os granitos – o Sienito Nefelínico clima é mais quente e ameno. Entre Albufeira
– e onde a precipitação é mais elevada. e Lagos, o litoral apresenta-se com muitas
Estes aspetos traduzem-se numa paisagem arribas, entrecortadas com pequenas praias
diferente, muito verdejante, com densas arenosas e alguns estuários (Alvor e Arade).
manchas florestais e uma flora especial, onde Entre Vila do Bispo e Aljezur, a costa passa a
ocorrem numerosas árvores monumentais e ser rochosa, formada por grandes escarpas
espécies únicas, como o Carvalho-de- e sujeita a forte influência do Oceano
-monchique ou a Adelfeira. Atlântico. Esta zona, conhecida por Costa
A sul da Serra, desenvolve-se o Barrocal, onde Vicentina, é no entanto, muito especial,

Serra de Monchique
05

As zonas húmidas, em especial as zonas nio, para além dos Sítios Classificados da
estuarinas e rias (ria Formosa, ria de Alvor, Rocha da Pena e da Fonte Benémola. Com
estuário do rio Arade, estuário do Guadiana), a integração dos 14 sítios da Rede Natura
desempenham um papel determinante 2000, cerca de 38 por cento da área total do
para a fauna por sustentarem uma relevante Algarve terá um estatuto de conservação, o
comunidade piscícola que, juntamente com que consagra a sua importância biológica e
onde ocorrem diversas singularidades Especial de Proteção para Aves, como Sítio outras zonas húmidas como lagos, caniçais, paisagística em termos europeus. Estas áreas
naturais, nomeadamente endemismos de Interesse para a Conservação. rios e ribeiras, concentra importantes espé- protegidas e os corredores ecológicos cons-
botânicos e uma diversificada fauna Esta rede integra espaços com diferentes cies de aves a nível nacional e mesmo in- tituem a Estrutura Regional de Protecção e
silvestre. características biofísicas, que se distribuem ternacional, seja como locais de criação, de Valorização Ambiental, proposta pelo Plano
Ao nível do valor de biodiversidade, cerca por toda a região, acumulando muitos invernada ou durante as migrações. Grande Regional de Ordenamento do Território
de 40% do território algarvio está integrado deles, outros estatutos de proteção, parte dos principais rios e ribeiras são tam- do Algarve, que tem como função definir
na Rede Natura 2000, tanto como Zona nomeadamente: bém corredores ecológicos fundamentais orientações de planeamento e de gestão
para a sobrevivência de peixes, mamíferos, que permitam compatibilizar a conservação
Área Protegida Nome Concelho répteis e anfíbios, já que interligam os espa- da natureza com as actividades humanas, ou
Parque Natural Ria Formosa Loulé, Faro, Olhão e Tavira ços naturais da região. seja, que propiciem o desenvolvimento do
10
Parque Natural Costa Vicentina Vila do Bispo e Aljezur No Algarve, estão consagradas como áreas turismo de natureza. 11

Reserva Natural Castro Marim e Vila Real St. António protegidas o Parque Natural da Ria Formosa, Os percursos seleccionados, em função da
Castro Marim Barril - Ria Formosa
o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e sua localização e das suas características,
Área de paisagem protegida local Fonte da Benémola Loulé
Costa Vicentina (parcialmente implantado permitem observar a maioria dos valores
Área de paisagem protegida local Rocha da Pena Loulé -na
Rioregião),
Guadiana - Lagoa
a Reserva Natural do Sapal dos
de Salgados
naturais referidos.
-Castro
CastroMarim
Marime Vila Real de Santo
- Serra de Monchique
Antó-
A importância destes espaços está expressa - Ria Formosa - Costa Sudoeste
na existência de conjunto de elementos de - Serra do Caldeirão - Leixão da Gaivota
fauna e flora muito particulares, incluindo - Caniçal de Vilamoura - Ponta da Piedade
diversos endemismos.
Além destes locais, o Algarve dispõe ainda

Rio Guadian
de um conjunto de zonas reconhecidas
internacionalmente pela sua importância

a
para aves, designadas IBAs (Important Bird Serra do Caldeirão

Areas), galardão atribuído pela organização Costa Sudoeste

mundial BirdLife International representada


em Portugal pela SPEA (Sociedade
Lagoa dos Salgados Caniçal
Portuguesa para o Estudo das Aves). Estas Ponta da Piedade Leixão
de Vilamoura
da Gaivota
coincidem com algumas das anteriores
zonas referidas, mas incluem ainda outras Ria Formosa N

que não estão protegidas. A lista de IBAs no O


S
E

Algarve inclui: 0 5 10km

Serra do Caldeirão
Observação de Aves As Aves do Algarve
no Algarve
O Algarve é um destino procurado por - É uma região pequena, com facilidade O Algarve é a região do país com a maior importantes do país – a Ria Formosa e
um crescente número de entusiastas na visitação de vários dos espaços diversidade de espécies contabilizada. No o Sapal de Castro Marim – sendo esta
desta atividade que aqui se deslocam importantes para aves, permitindo num só total já aqui foram observadas 386 espécies última a primeira reserva natural criada em
propositadamente para observar e dia visitar zonas montanhosas e estuarinas; – número que todos os anos aumenta – Portugal (ano de 1975);
fotografar um grande número de espécies. - Está bastante próxima do Alentejo, acerca representadas em mais de 15 diferentes - Possuir o principal corredor migratório de
Mas o que faz do Algarve um local tão de 1 hora, o que facilita a realização de ordens taxonómicas (ex. mergulhões, aves de rapina em Portugal – a Península
atrativo para o birdwatching? E porquê roteiros ornitológicos complementares patos, rapinas, limícolas, passeriformes, de Sagres – onde anualmente passam
escolher o Algarve ao invés de outro para aí observar aves especiais, como a etc.). A grande variedade de paisagens que vários milhares de indivíduos de mais de
destino ornitológico? Eis alguns aspetos Abetarda, o Cortiçol-de-barriga-preta ou a caracteriza a região em complementaridade 20 espécies diferentes, incluindo águias,
importantes: Águia-imperial; com a sua situação geográfica, falcões e abutres;
12 - O Algarve possui a maior riqueza - Possui um clima bastante ameno e nomeadamente a sua proximidade com o - Albergar espaços reconhecidos 13
avifaunística em Portugal com presença agradável, permitindo realizar saídas de norte de África, são alguns dos fatores que internacionalmente, como a Ria de
regular de mais de 250 espécies de aves ao campo todo o ano, mesmo no inverno; justificam esta grande riqueza ornitológica, Alvor - base de trabalho da Associação
longo do ano; - Possui várias empresas especializadas nesta bem como algumas das suas singularidades. Internacional A Rocha -, ou a Lagoa dos
- É a região continental do país onde atividade, com guias que dominam várias Anualmente podem ser aqui observadas Salgados que é, desde há vários anos, um
anualmente se regista a maior quantidade línguas e que conhecem bastante bem a mais de 250 espécies, repartidas local prioritário de intervenção por parte
de ocorrências de aves raras oriundas de região e os locais onde ocorrem as aves. fenologicamente entre residentes, da SPEA e da BirdLife International.
África, Norte da América e Norte da Europa; nidificantes, invernantes ou migradoras
- É caracterizado por uma grande Além destes, o Algarve possui ainda: de passagem. Registam-se, ainda que
diversidade paisagística, onde se incluem - Uma rica e diversificada gastronomia, onde esporadicamente, a ocorrência de raridades
estuários, lagoas costeiras, caniçais, densas se destaca a influência mediterrânica em - aves que surgem em números muitos
florestas de sobreiro, montanhas, praias, numerosos pratos tradicionais; escassos por ano, em sequência de desvios
mar aberto, escarpas costeiras, zonas - Uma elevada oferta de alojamentos das suas rotas normais de migração -
agrícolas, matagais mediterrânicos, entre diferenciada por toda a região, incluindo normalmente da América do Norte, Norte
outras; hotéis, pousadas, casas de campo, resorts, de África e Norte da Europa. O Algarve
- Cerca de 40% do seu território está etc; destaca-se a nível nacional, como sendo
protegido, no qual se integram 2 Parques - Apresenta uma diversificada oferta de voos a região onde ocorre anualmente o maior
Naturais, 1 Reserva Natural, 2 Sítios diretos para Faro, a partir de várias cidades número de observações de aves raras.
Classificados e numerosos sítios da Rede europeias. No que concerne aos locais em si, esta
Natura 2000; região destaca-se como destino interessante
- Possui 10 Zonas Importantes para Aves para o Birdwatching por:
(IBAS – SPEA / Birdlife International); - Possuir duas das zonas húmidas mais Colhereiro (Platalea leucoradia)
Perna-vermelha. Os campos agrícolas, Ria Formosa ou Castro Marim que recebem
sobretudo os pousios cerealíferos e as milhares de limícolas, tanto na primavera
pastagens, como os que existem em como no outono. Nota, ainda, para a Lagoa
torno do Caniçal de Vilamoura, da Lagoa dos Salgados que entre março e abril, se
dos Salgados e na Península de Sagres, torna num dos melhores locais em Portugal
acolhem também avultados bandos de aves para observar o Marreco que ali passa em
invernantes, nomeadamente de Abibe, de quantidades elevadas. Entre finais de agosto
Ludo - Ria Formosa
Tarambola-dourada ou de Laverca. Nota e setembro esta é, também, o melhor sítio
ainda para várias aves pouco comuns que no Algarve para observar o Maçarico-
A nidificação nidificação de muitas aves, com particular invernam no Algarve, como a Águia- -bastardo.
14 destaque para a Gaivota de Audouin e -pesqueira, o Peneireiro-cinzento, a Petinha 15
A comunidade nidificante de aves no a Pêrra, cujas populações reprodutoras de Richard, o Melro-de-peito-branco ou a As aves residentes
Algarve engloba mais de 130 espécies, em Portugal são exclusivas desta região. Ferreirinha-alpina.
entre passeriformes, rapinas, garças, patos, Destacam-se também a Garça-vermelha, o Entre as aves que estão presentes no
entre outras. Parte importante destas Garçote, a Perdiz-do-mar, o Alfaiate, o Perna- As migrações Algarve o ano todo, várias são exclusivas da
aves são migradoras, deslocando-se de -longa ou a Chilreta. bacia do mediterrâneo e/ou da Península
África com esse propósito específico, e Estes períodos do ano são particularmente Ibérica. A Pega-azul é um desses casos que,
para aí regressando depois, para passar O inverno interessantes no Algarve. Entre setembro e embora muito comum no Algarve, a sua
o inverno. Incluem-se aqui numerosos novembro, a Península de Sagres converte- distribuição mundial está restrita a Portugal,
exemplos, alguns bem comuns, como as No inverno destaca-se a ocorrência de -se no principal corredor migratório de aves Espanha e oriente asiático. Destacam-se
Andorinhas, os Andorinhões, a Rola-brava, grandes quantidades de aves, especialmente de rapina em Portugal continental, onde se outros casos, como o da Águia de Bonelli,
o Cuco, o Abelharuco, o Picanço-barreteiro, aquáticas, que se concentram nas zonas regista anualmente a presença de todas as do Caimão, da Calhandrinha-das-marismas,
entre muitas outras. Os densos bosques húmidas costeiras, como Castro Marim ou espécies que ocorrem no território nacional, da Cotovia-escura, da Andorinha-das-rochas
de sobreiral nas serras do Caldeirão e a Ria Formosa. Esta última, em particular, além de outras, mais raras, provenientes do ou do Melro-azul, igualmente localizadas no
de Monchique são particularmente acolhe mais de 20.000 aves ao longo desta leste europeu ou do norte de África. Esta Sul da Europa e junto do mediterraneo. A
interessantes nesta época, pois acolhem estação, situando-a entre as três principais região é, ainda, um local privilegiado para a região alberga, ainda, um conjunto diverso
uma vasta comunidade de aves florestais, zonas húmidas do país. Essas quantidades observação de aves marinhas em passagem de passeriformes, como a Felosa-do-mato, a
algumas pouco comuns, como a Felosa- devem-se especialmente à elevada para os locais de invernada. Mais detalhes Toutinegra-de-cabeça-preta, o Chapim-de-
-real ou a Felosa-ibérica, aves muito vistosas, ocorrência de patos, como a Piadeira, o são descritos sobre esta zona mais adiante -crista, o Bico-de-lacre, a Fuinha-dos-juncos
como o Papa-figos, e várias rapinas como a Trombeteiro e a Marrequinha, e de limícolas neste guia. As zonas húmidas, são, também, que, não sendo raros no Algarve, são pouco
Águia-cobreira. As zonas húmidas costeiras como o Pilrito-comum, o Borrelho-grande- zonas de excecional presença de aves comuns no norte e estão mesmo ausentes
são também locais de excelência para -de-coleira, a Tarambola-cinzenta ou a migratórias. Destaque para zonas como a em vários países europeus.
A Migração Outonal
em Sagres
Devido à sua posição geográfica, Sagres Como acontece na maioria dos locais onde
é um local muito interessante durante a ocorrem concentrações de aves migratórias,
migração pós-nupcial, sobretudo entre surgem, frequentemente, aves raras cuja
meados de agosto e novembro. Além das área normal de distribuição não incluem
aves de rapina que ali passam, o local recebe esse sítios. Sagres não é exceção e todos
quantidades avultadas de passeriformes e, os anos há registos de aves acidentais e/ou
ao largo da costa, de marinhas. raras, nomeadamente de Águia-da-
-pomeranea, que nos últimos anos tem
As aves de rapina sido observada regularmente nesta zona,
de Grifo-pedrês também presente com
16 Anualmente, mais de 4 000 aves de rapina, de frequência nos anos mais recentes e sempre 17
mais de 20 espécies, sobrevoam a região de integrados em bandos de grifo, ou de
Sagres, durante as suas viagens migratórias Falcão-de-pés-vermelhos mais raro.
para sul. Estas incluem águias, falcões, Uma nota final para salientar ainda, a
abutres, milhafres, gaviões e tartaranhões. presença de rapinas noturnas durante a
Entre as mais abundantes, contam-se o Grifo, migração nesta zona. Todas as espécies que
a Águia-calçada, a Águia-de-asa-redonda, o ocorrem em Portugal já ali foram registadas,
Gavião e a Águia-cobreira que passam em destacando-se, pela quantidade, o Bufo-
quantidades na ordem das várias centenas -pequeno.
que, no caso do Grifo, chega à dos milhares.
Além destas, passam em menor número - em Aves marinhas
totais acima das várias dezenas - o Milhafre-
-preto, o Falcão-abelheiro, o Abutre-do- A situação geográfica é, novamente, o
-egito ou o Tartaranhão-caçador. Nota, para elemento estratégico que faz da Península
a passagem também de Cegonha-preta, de Sagres um local privilegiado para a
em quantidades desta ordem. Por fim, uma observação de aves marinhas. Além da
referência a um conjunto de outras aves que, sua extensa linha costeira, limitada a oeste
em menores quantidades, surgem todos pelo Atlântico, o facto de estar na zona de
os anos nesta península: a Águia-imperial, a passagem para o continente africano e na
Águia-real, o Abutre-preto, o Milhafre-real, “entrada” para o mediterrâneo, possibilita
a Águia-pesqueira, o Peneireiro-cinzento, a o fácil encontro com milhares de aves em
Ógea e o Falcão-da-rainha. migração, com particular destaque para o

Águia-calçada (Aquila pennata)


Flamingos (Phoenicopterus ruber)

Ganso-patola, que passa nesta região em destaque. As aves a seguir indicadas são, por Pardela do Mediterrâneo uma espécie que se refugia no interior de
18 elevadas quantidades, acima dos vários ventura, aquelas que obedecem um pouco Embora seja uma das aves marinhas mais densos caniçais, sendo na maioria das vezes 19
milhares. Além desta, nota para outras aves a estes aspetos, sendo suscetíveis de captar ameaçadas do globo, a sua observação ao difícil de a detetar e observar.
como a Pardela do Mediterrâneo, a Pardela- o maior interesse junto dos entusiastas pelo largo do Algarve é relativamente fácil. A partir
-preta, o Moleiro-grande, o Painho- birdwatcching e de motivar uma ou várias de julho, a passagem de aves em dispersão Flamingo
-casquilho, a Pardela-de-bico-amarelo, a visitas ao Algarve. pode ser registada de vários locais do Algarve. Esta bela ave é um dos símbolos naturais das
Gaivina-do-ártico, entre outras. No total, Contudo, é entre setembro e novembro zonas húmidas costeiras do Algarve, uma
mais de 20 espécies podem aqui observar- Pardela-de-bico-amarelo que as maiores quantidades são observadas, vez que ocorre praticamente em todas elas,
-se durante este período migratório. Esta bela ave marinha frequenta a sendo a época ideal para a sua observação, de desde Castro Marim à Ria de Alvor. A sua
costa algarvia boa parte do ano. Após a preferência em saídas de barco. presença dá-se sobretudo no outono e no
nidificação - que ocorre noutras zonas do inverno, podendo no entanto ser observada
país (ex. Berlengas, Açores e Madeira) – esta Garçote todo ano, uma vez que muitas aves não
Que aves observar no espécie alarga a sua zona de ocorrência, Embora esta pequena garça seja considerada reprodutoras permanecem na região. Na
Algarve? sendo possível observá-la ao largo de estival nos guias de campo, ou seja, uma Lagoa dos Salgados e em Castro Marim houve
toda a costa algarvia. A partir de julho, em nidificante migradora, a verdade é que no recentemente tentativas de nidificação, nunca
Esta questão não tem uma resposta fácil, particular entre setembro e outubro, é Algarve pode ser vista praticamente todo com sucesso. É sobretudo observada em zona
pois o interesse de cada ave varia de acordo quando se registam as maiores quantidades, o ano. O melhor local para a observar é na de salinas, onde se alimenta de invertebrados
com o observador e o motivo subjacente devido à passagem de aves em migração. Lagoa de S. Lourenço, na Ria Formosa, a partir aquáticos, como a artemia, mas também em
que o leva a observar. Há, contudo, um A sua observação pode ser feita em terra, do observatório aí existente. Na primavera e lagoas pouco profundas, como acontece nos
lote diversificado de espécies que pela sua em praias ou no Cabo de S. Vicente, em no verão ocorre ainda noutras zonas húmidas Salgados. A sua identificação é inconfundível,
raridade, a restrita distribuição geográfica, Sagres, mas as viagens de barco são mais costeiras, como na Foz da Almargem, em sendo os adultos mais rosados que os jovens
a dificuldade na sua observação ou o seu vantajosas, pois permitem observações de Vilamoura e na Lagoa dos Salgados. A sua que, nos primeiros anos são bastante brancos
grau de ameaça, merecem um particular muito perto. observação exige paciência, pois trata-se de e castanhos até.
Camão observar e a fotografar. No observatório escarpas. Não existindo um local certo que
No final dos anos 80 do século passado, existente na Lagoa de S. Lourenço é garanta a sua observação, existe muito boas
esta ave esteve à beira da extinção em possível, na primavera, obter excelentes possibilidades de a mesma se confirmar em
Portugal. Nessa altura, o Algarve - e o Ludo observações desta ave. locais como Barranco do Velho, Parizes e
(Ria Formosa) em particular, foi o único Rocha da Pena, na Serra do Caldeirão, e na
reduto do país onde a espécie manteve Pêrra zona da Picota em Monchique.
uma pequena população. Esse motivo Este é um dos patos mais raros em
levou à escolha desta ave como símbolo Portugal. A maioria dos registos dá-se no Peneireiro-cinzento
do Parque Natural da Ria Formosa. Hoje, o Algarve, sendo a Lagoa dos Salgados e o Esta ave de rapina é sobretudo invernante
Camão está presente em vários locais do Caniçal de Vilamoura os melhores locais no Algarve, podendo ser observada em
20 país, continuando o Algarve a ser a principal para a observar. É uma espécie sobretudo várias zonas húmidas costeiras da região. 21
zona de ocorrência. Os melhores sítios onde invernante, embora se tenha verificado, em Contudo, em anos recentes, uns poucos
Peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus)
pode ser observada são o Ludo e a Lagoa mais de um ano, a sua nidificação nos lagos casais instalaram-se na região, nidificando
de S. Lourenço na Ria Formosa, o Caniçal de existentes nas imediações dos Salgados. A esporadicamente. A melhor altura para
Vilamoura e a Lagoa dos Salgados. O Camão sua identificação carece de algum cuidado, a observar é entre outubro e início da Sisão
é residente no Algarve e prefere as lagoas devido, sobretudo, aos casos de hibridismo, primavera, em sítios como Caniçal de Embora o Algarve não seja a principal
costeiras, de água doce, ricas em vegetação bastante frequentes nesta espécie. Vários Vilamoura, Ludo ou Castro Marim. Na zona de ocorrência desta ave estepária em
aquática, designadamente tabúa e caniço. É casos têm sido registados no Algarve, migração outonal também pode ser vista Portugal, existem dois núcleos onde a mesma
de fácil observação nos sítios indicados e é sobretudo entre esta espécie e o Zarro- em Sagres, em quantidades muito escassas. se pode observar com relativa facilidade:
inconfundível. -comum. Castro Marim e Península de Sagres. Em
Águia-calçada ambos locais, a espécie nidifica e refugia-
Pato-de-bico-vermelho Águia de Bonelli A Águia-calçada ocorre no Algarve -se nas planícies agrícolas de cereais e nos
Esta bela ave é um nidificante regular no O Algarve alberga uma das populações sobretudo durante a migração de outono, pousios, podendo, normalmente ser vista
Algarve, cuja ocorrência nesse período mais importantes em Portugal desta entre setembro e outubro. A Península em grupos com mais de dez indivíduos. Na
está centrada em dois a três sítios: Castro ave de rapina, ainda hoje ameaçada. Os de Sagres é, neste período, o local mais primavera o canto inconfundível dos machos
Marim, Ludo e Lagoa de S. Lourenço. No principais locais de ocorrência são a Serra de fácil de a observar, devido às centenas em parada nupcial é um aliciante para quem
inverno pode ser observada noutros locais, Monchique e a Serra do Caldeirão, podendo de aves que aí passam. Contudo, uma pretende observar esta ave. Note-se, por fim,
como a Foz da Almargem, mas em números em ambos locais ser observada com relativa pequena população inverna na região, a necessidade de ter especial cuidado na sua
reduzidos. Não sendo uma espécie rara, é no facilidade. Trata-se de uma grande águia, designadamente no Ludo, Ria Formosa, procura, pois trata-se de uma espécie com
entanto pouco comum em Portugal, com bastante discreta, que no Algarve revela podendo aí ser facilmente encontrada. estatuto de conservação pouco favorável.
uma distribuição bastante localizada, sendo uma particularidade: o de nidificar em
o Algarve um dos melhores locais para a árvores. No resto do país, a espécie opta por
Perdiz do mar Gaivota de Audouin constituem os locais onde a sua presença é Abelharuco
Esta limícola, de aspeto peculiar para Esta gaivota, bastante rara em Portugal até mais abundante, sobretudo entre a primavera O Abelharuco é bastante comum no
este grupo de aves aquáticas, ocorre no final da década de 90 do século passado, e o outono. Também pode ser observada em Algarve, podendo ser observado um pouco
Algarve durante a primavera. Está presente é hoje uma espécie relativamente fácil de alto mar, junto com outras gaivotas. por toda a região. As principais colónias, no
em várias zonas húmidas da região, encontrar, especialmente no Algarve. A entanto, situam-se nos espaços agrícolas e
em particular na de Castro Marim e Ria região alberga a única população nidificante Noitibó-de-nuca-castanha florestais do interior e litoral, onde encontra
Formosa. Procura locais planos, com pouca em todo território nacional e acolhe muitos Este noitibó, também conhecido o seu alimento preferido: as abelhas.
vegetação, próximos de superfícies de água, indivíduos migradores, provenientes de popularmente por “cavaca”, é comum Chega à região em março/abril e regressa a
nomeadamente salinas ou lagos. Em Castro Espanha e outras partes do mediterrâneo. Os no Algarve durante a primavera e verão, Africa em outubro. A zona do Ludo, na Ria
Marim, um dos locais mais fáceis para a complexos de salinas são particularmente podendo ser observado em vários locais. Formosa, a Foz da Almargem e Castro Marim
22 observar é a salina do Cerro do Bufo, onde utilizados por esta ave para descansar, em As matas costeiras de pinhal são bastante são locais onde se podem observar de perto 23
nidifica com regularidade nos vários muros especial as de Tavira, na Ria Formosa, e a importantes para esta espécie, que aí esta bela e colorida ave.
interiores que a compõem. do Cerro do Bufo, em Castro Marim. Estes nidifica. Destaque para a zona do Ludo,
onde pode ser facilmente observada ao Cotovia-escura
crepúsculo. Outros locais incluem Lagoa dos A Cotovia-escura é residente no Algarve,
Salgados, Península de Sagres, Castro Marim, ocorrendo sobretudo nas zonas do
entre outros. interior e na Costa Vicentina. A Península
de Sagres, juntamente com a região do
Andorinhão-cafre Baixo Guadiana, são talvez os melhores
Este pequeno andorinhão foi até há bem locais para a observar. Contudo, a sua
pouco tempo, uma ave bastante rara em identificação requer bastante atenção, pois
Portugal, de ocorrência bastante esporádica. é muito semelhante à Cotovia-de-poupa,
Contudo, a sua nidificação tem sido regular confundindo-se facilmente com esta.
nos últimos anos, especialmente na
zona do Baixo Guadiana. No Algarve essa Calhandrinha-das-marismas
presença tem sido registada no concelho de A única população desta espécie conhecida
Alcoutim. A sua observação requer um bom em Portugal está situada em Castro Marim.
conhecimento do local em especial dos Trata-se de uma ave plenamente adaptada
sítios onde a espécie pode estar a nidificar. a zonas salinas, nidificando em sapais
Nota para a particularidade desta ave secos, fora da influência das marés. A sua
ocupar ninhos de Andorinha-daurica. observação é relativamente certa, pois
está em permanência no mesmo local.

Perdiz-do-mar (Glareola pratincola)


Porém, a sua plumagem discreta, de tons outono para África. Pode ser encontrada
semelhantes à vegetação, torna por vezes apenas nas zonas da serra, ricas em bosques
difícil a sua deteção. A Reserva Natural de de sobreiral, em particular na Serra do
Castro Marim, em particular a zona perto da Caldeirão. É uma ave pouco comum,
sede desta instituição, é um dos melhores de difícil observação, por estar bastante
sítios para a observar. A sua procura deve dispersa na região. Contudo, no período
reger-se por um conjunto de cuidados a reprodutor, o canto melodioso dos machos
respeitar nesta zona, devido à escassez da permite uma deteção mais fácil. No início
espécie em Portugal. do outono é possível observá-la em outros
locais, nomeadamente Sagres, durante a sua Gralha-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax)
24 Rouxinol-do-mato migração para África. 25
Este passeriforme de cauda longa e vistosa,
chega ao Algarve em finais de abril e início de Felosa-tomilheira casais nidificam nesta região, sobretudo encontrar esta espécie. Chega em finais de
maio, nidificando em vales de ribeiras e por A Felosa ou Toutinegra-tomilheira, é uma em zonas limítrofes com o Rio Guadiana abril e fica na região até fim de agosto, ínicio
vezes em espaços agrícolas, incluindo vinhas. ave pouco comum em Portugal, estando e a norte da Serra do Caldeirão. Em Castro de setembro, altura em que retorna a Afríca
Em agosto regressa a África para passar localizada em sítios muito específicos. Trata- Marim pode ser observada em bandos para passar o inverno.
o inverno, sendo a sua observação nesta -se de uma espécie estival, podendo ser a partir de outubro, nomeadamente nas
altura já bastante difícil. No Algarve pode ser vista a partir de abril, migrando no outono imediações da salina do Cerro do Bufo. Pode Gralha-de-bico-vermelho
encontrado, sobretudo, nas zonas ribeirinhas para o Norte de África, onde passa o inverno. ainda ser observada, esporadicamente, Este corvídeo, típico de zonas montanhosas,
afluentes do rio Guadiana, nomeadamente O Algarve é, possivelmente, a região do país em zonas húmidas como o caniçal de com escarpas e falésias, apresenta em
na ribeira da Foupana, Odeleite ou Vascão, onde é mais fácil de observar esta pequena Vilamoura, onde por vezes se mistura em Portugal uma distribuição muito localizada.
no Concelho de Alcoutim. Há, contudo, uma ave. Existem dois núcleos principais: um dormitórios com o Pardal-comum. O Algarve, designadamente a zona de
pequena bolsa populacional na zona de em Castro Marim e outro em Sagres. Neste Sagres, apresenta umas das principais
Paderne, concelho de Albufeira, num vale último local, existem registos tardios desta Papa-figos populações do país e provavelmente aquela
agrícola rico em vinhas. Não sendo uma ave, no mês de dezembro, indiciando a Esta vistosa ave migradora é comum no mais fácil de observar. Os campos agrícolas
ave comum, durante a primavera é possível possibilidade de ela aqui invernar, embora Algarve durante a época de nidificação. cerealíferos, da zona de Vale Santo, são o
encontrá-lo com relativa facilidade, desde em escassos números. Pode ser observada em muitos locais melhor sítio para encontrar esta ave que ali
que se conheça os locais onde está instalado. distintos, sobretudo no interior, em zonas se junta, normalmente em bandos, para se
Pardal-espanhol agrícolas, florestais e vales ribeirinhos. A alimentar. Embora possa ser vista em grupos
Felosa-real Este pardal, embora mais comum no Serra do Caldeirão, nomeadamente na com várias dezenas de indivíduos, a verdade
Esta Felosa está presente no Algarve durante Alentejo, ocorre no Algarve em números Fonte da Benémola; a Serra de Monchique é que esta espécie apresenta um estatuto
a primavera e parte do verão, migrando no consideráveis durante o inverno. Alguns e o Baixo Guadiana são locais propícios para de ameaça em Portugal.
Algumas raridades regulares
Aves exóticas no Algarve
Tal como acontece um pouco por toda a Falcão-da-rainha Borrelho-ruivo
Europa, aves oriundas de outros continentes O Falcão-da-rainha é um visitante bastante Este Borrelho viaja do Norte da Europa,
instalaram-se no Algarve e aí residem, raro em Portugal, cuja presença é, no entanto, onde nidifica, para o Norte de África,
em resultado de fugas acidentais ou regular no Algarve, especialmente na zona de para aí passar o inverno. No Algarve é um
propositadas de cativeiro. Várias que ocorrem Sagres durante a migração Outonal. Todos os visitante de passagem regular desde há
na região, destacando-se duas que podem anos são ali observados vários indivíduos em muitos anos, essencialmente na Peninsula
ser observadas com relativa facilidade: migração, principalmente entre setembro e de Sagres. Os campos planos do Vale Santo
Gaivota-de-bico-fino (Larus genei)
outubro. Esta é, por ventura, a melhor zona são a principal área de ocorrência desta
Tecelão-de-cabeça-preta do país para a o observar. ave estepária que todos os anos, entre
O macho desta ave não passa despercebido setembro e outubro, é ali observada em Algarve, esta raridade é frequentemente
26 a qualquer observador, devido à sua Galeirão-de-crista pequenos números. registada nas planícies agrícolas entre 27
intensa cor amarela e cabeça preta que Outrora presente em várias zonas húmidas de Sagres e o Cabo de S Vicente, bem como
exibe durante o período de nidificação. Portugal, esta espécie é desde finais do séc. Gaivota-de-bico-fino nas margens da Lagoa dos Salgados.
Está presente todo o ano em várias zonas XX bastante rara em todo o país. Contudo, Muito rara no passado, esta gaivota é Embora seja sobretudo um migrador
húmidas da região, especialmente onde a sua observação no Algarve é regular, hoje relativamente fácil de observar no de passagem, há registos de invernada
existem densos caniçais, como acontece sobretudo em zonas como o Ludo, a Lagoa Algarve, sobretudo na zona de Castro nestas zonas, sendo a melhor altura para a
em Vilamoura. Pode ainda ser observada no de S. Lourenço ou a Lagoa dos Salgados. A Marim e da Ria Formosa. A sua distribuição observar entre outubro e dezembro.
Ludo e junto da Lagoa de S. Lourenço, na dificuldade da sua deteção, especialmente mediterrânica, faz destas zonas costeiras
Ria Formosa. quando misturada com o Galeirão-comum as mais importantes do país para a sua Ferreirinha-alpina
é, por certo, o maior obstáculo para que não observação, sendo a salina do Cerro do Embora seja uma ave tipicamente de
Bico-de-lacre existam registos mais frequentes. Bufo, por excelência, o local onde mais montanha, de elevadas altitudes, uma
Esta ave exótica colonizou Portugal há facilmente é encontrada. Embora possa pequena população invernante de
bastantes anos, estando hoje presente ser observada praticamente todo o ano, é Ferreirinha-alpina visita regularmente o
em praticamente todo o território. A sua entre a primavera e o outono que existe o Cabo de S. Vicente, em Sagres. Trata-se
presença está associada à existência de maior número de registos. de uma ave confiante, permitindo boas
água, podendo ocorrer tanto em zonas observações da mesma. Contudo, nesta
húmidas costeiras, como em ribeiras no Petinha de Richard zona, o vento normalmente forte, pode
interior. No Algarve pode ser facilmente Esta pequena ave, migra da longínqua não ajudar na obtenção de observações
observada todo o ano, em locais como Sibéria para vir invernar, em escassos próximas. Surge normalmente em finais de
Caniçal de Vilamoura, Ludo, Lagoa de S. números, no Sudoeste da Europa, em outubro, podendo ser vista, por vezes, até
Lourenço, Foz da Almargem, Castro Marim, particular em Portugal e Espanha. No março.
Baixo Guadiana, etc.

Borrelho-ruivo (Charadrius morinellus)


Pilrito-de-peito-preto (Calidris alpina)
Dicas e recomendações
Fotografar aves no Algarve como o Garçote, o Pato-de-bico-vermelho Passeios de barco Ria Formosa
ou o Camão. A boa orientação desta
Existem na região vários sítios e/ou roteiros estrutura e respetiva construção, garantem Não sendo um sítio específico, mas antes A extensa Ria Formosa acolhe milhares de
que oferecem condições aliciantes para boa qualidade de imagem, estabilidade e uma experiência, as saídas pelágicas ao aves todos os anos e não é de estranhar que
quem gosta de fazer fotografia de aves. proteção ao vento e à chuva. largo da costa possibilitam observações de entre estas surjam regularmente algumas
Além de possibilitarem uma grande aves marinhas muito próximas, de diversas raridades. São vários os locais onde tal se
proximidade com as mesmas, alguns dos Ludo (Ria Formosa) espécies, nalguns casos, a escassos metros tem verificado, nomeadamente salinas de
locais possuem ainda infraestruturas de da embarcação. Tavira, Ludo, Lagoa de S. Lourenço ou Ilha
boa qualidade, que garantem abrigo ao O local que permite uma maior aproximação de Faro.
vento, estabilidade e boa orientação da luz. das aves é a foz da Ribeira de S. Lourenço Onde procurar raridades?
28 Indicam-se, a seguir, os mais interessantes: que acolhe grande concentração de patos Lagoa dos Salgados 29
no inverno. Aqui juntam-se centenas de Embora não seja possível antever a
Castro Marim Piadeiras, Trombeteiros, Patos-reais, entre ocorrência de aves raras, pois a mesma Esta pequena lagoa tem sido bastante
outras. resulta de muitos fatores - nomeadamente visitada por raridades e aves acidentais.
Na reserva natural de Castro Marim, das condições climatéricas ou do esforço Está mesmo entre os hotspots das raridades
no acesso principal para a sua sede Lagoa dos Salgados de observação -, há alguns locais no a nível nacional. Todos os anos há vários
institucional, existem tanques de salinas Algarve que têm um historial bastante registos nesta zona húmida, alguns dos
desativadas, muito próximos da estrada, Nesta lagoa, junto da sua margem, existe um grande a este nível e onde todos os anos quais repetidos do passado. Destacam-se a
onde frequentemente estão aves limícolas espaço onde se juntam os observadores de surgem algumas espécies acidentais da Tarambola-americana, o Pato-de-rabo-
em alimentação, nomeadamente a aves e de onde é possível obter fotografias América do Norte, do norte da Europa ou -alçado, o Galeirão-de-crista, o Andorinhão-
Pernilonga, o Alfaiate e o Maçarico-de-bico- de várias espécies bastante próximas. É Norte de África. Indicam-se a seguir esses -pequeno, entre outras.
-direito. A partir do carro é aqui possível um dos melhores sítios para fotografar o sítios:
fazer boa fotografia. Flamingo, o Colhereiro, a Pernanloga e várias Península de Sagres
pequenas limícolas. Salina Cerro do Bufo (Castro Marim)
Lagoa de S. Lourenço (Ria Formosa) Na migração outonal esta é uma das
Sagres Local onde frequentemente ocorre a zonas mais visitadas por ornitólogos e
Este é, provavelmente, o melhor sítio Gaivota-de-bico-fino, a Gaivota de Audouin consequentemente, onde existe um maior
no Algarve e um dos melhores em O Monte da Cabranosa, perto de Vale e onde já foi registado, por mais de uma esforço de observação. Este aspeto aliado ao
Portugal, para os amantes da fotografia. Santo, é o local onde se obtém as melhores vez, espécies como o Falaropo-de-bico- facto desta zona ser um ponto estratégico
O observatório ali existente permite um observações de aves de rapina desta região, -fino, o Perna-verde-fino ou o Pato- de migração de muitas aves, não é de
contacto muito próximo com as aves que muitas vezes aqui passam em voo baixo -rabilongo; estranhar que todos os anos seja visitada por
aquáticas, algumas delas pouco comuns, na migração outonal. raridades. Os sítios com mais registos são:
Nota importante relacionados com a sua biologia, estatutos de
conservação, os locais onde ocorrem, entre
o Algarve é uma região bastante pacífica e outros, poderão fazê-lo junto dos seguintes
com uma reduzida taxa de assaltos e roubos. organismos:
Contudo, por uma questão de prevenção e
cautela, sugere-se que tenha cuidado com - Instituto da Conservação da Natureza e da
a forma como guarda o seu equipamento Biodiversidade
ótico (binóculos, telescópio ou máquinas www.icnb.pt
fotográficas) no carro, no momento das - Sociedade Portuguesa para o Estudo
visitas aos locais, devendo evitar que fique das Aves (parceiro português da Birdlife
30 Observação de aves marinhas exposto e à vista desarmada para quem International) 31
passe junto da viatura. www.spea.pt
- Associação A Rocha
Lagoa do Martinhal, Porto de Sagres, Vale visitar as áreas protegidas; Informações úteis http://www.arocha.org/pt-pt/index.html
Santo e Monte da Cabranosa. As espécies - Procure sempre utilizar os caminhos - Associação Almargem
mais recorrentes são: o Grifo-pedrês, a Águia existentes e, em particular, os indicados - Datum das Coordenadas www.almargem.org
da Pomeranea, a Petinha de Richard, o neste guia; As coordenadas indicadas junto de cada - Uma nota de destaque para o website
Borrelho-ruivo, entre outras. - Antes de iniciar uma viagem, procure roteiro, pertencem ao sistema geográfico gratuito de informação “Aves de Portugal”,
informar-se sobre as condições climatéricas WGS84; onde é colocada toda a informação mais
Outras recomendações para esse dia; - Consulta de mapas do Algarve recente acerca da ocorrência das aves no
- Minimize sempre a perturbação junto Para consulta de mapas da região do Algarve, território português.
- Para tirar o máximo proveito da riqueza dos locais de concentração das aves, aconselha-se o sítio dos Mapas Interativos www.avesdeportugal.info
ornitológica da região, aconselha-se a nomeadamente lagoas costeiras e salinas; http://geo.algarvedigital.pt/index.aspx - Por fim, nota ainda para a existência de
contactar um guia especializado que - Evite visitar locais onde decorra a - Existem ligações ferroviárias entre Vila vários fóruns na internet de discussão e
conheça bem a região e a sua avifauna; nidificação de aves, em particular onde Real de St. António e Lagos, passando por partilha de informação sobre aves em
- As visitas às zonas de salinas devem existam colónias ou espécies sensíveis; Portimão, Albufeira, Faro, Olhão, Tavira, etc. Portugal, com destaque para o “Fórum
coincidir com os períodos de maré-cheia, - As melhores alturas do dia para observar Para consulta dos horários e preços das Aves”
pois a abundância de aves nesses espaços as aves é de manhã cedo ou ao final da viagens, consultar: www.cp.pt http://aves.team-forum.net/ e o fórum
será maior; tarde. Algumas espécies, porém, preferem raridades (raridades@yahoogroups.com)
- No caso de contratar guias de calor, como as rapinas, sendo por isso Os interessados em obter mais informações
birdwatching, opte sempre por empresas indicado procurá-las nas horas mais sobre as aves que ocorrem em Portugal, - Número Nacional de Emergência: 112
devidamente legalizadas e autorizadas a quentes do dia; em particular no Algarve, incluindo aspetos
1

1
1

1 1

8 8
8
9 1
9

9 2

6
6
32
3 3 33
5 4 3
10
7 4
7 4
3 3 3 10
7 7
7
10 3

mapa- 1 Baixo Guadiana


Alcoutim
Sapal da Moita
4 Lagoas Costeiras
Lagoa das Dunas Douradas
Foz do Almargem
8 Serra de Monchique
Fóia
Picota

índice de
Caniçal de Vilamoura Caldas de Monchique
2 Sapal de Castro Marim
Salina do Cerro do Bufo 5 Lagoa dos Salgados 9 Serra do Caldeirão
Sítio da Barquinha (Esteiro da Carrasqueira) Fonte da Benémola

roteiros
Sapal de Venta-Moinhos 6 Estuário do Arade Rocha da Pena
Barranco do Velho a Parizes
3 Ria Formosa e Ria de Alvor
Estuário do Arade
Forte do Rato e Arraial Ferreira Neto
Ria de Alvor
10 Costa Algarvia - Roteiros
Sítio das 4 Águas
Santa Luzia
Marítimos
Quinta de Marim
7 Península de Sagres Fuseta
Cabo de S. Vicente Portimão
Ludo e Lagoa de S. Lourenço
Vale Santo Sagres
Ilha de Faro
Monte da Cabranosa
Parque Ribeirinho de Faro
Porto da Baleeira
Lagoa do Martinhal
1. Baixo Guadiana
1.

Baixo Guadiana
Estatuto de proteção
Sítio de Interesse para a Conservação, ao abrigo da Rede Natura 2000.
Chasco-castanho (cercotrichas galactotes)

Roteiro
Descrição A Avifauna
Alcoutim
A B C D E O Baixo Guadiana desenvolve-se entre a foz Apesar da sua aridez natural, esta região
da Ribeira do Vascão e a do Rio Guadiana, acolhe um conjunto interessante e
Roteiro passando pelos concelhos de Alcoutim, diversificado de espécies de aves, incluindo
A
Castro Marim e Vila Real de St. António. algumas bastante raras no Algarve e
Sapal da Moita O roteiro aqui descrito respeita apenas à até em Portugal. A proximidade com
F secção centro e norte desta região, com o Alentejo possibilita o encontro com
C
especial enfoque nas zonas envolventes algumas aves estepárias típicas daquela
B à vila de Alcoutim, às ribeiras de Odeleite, zona, nomeadamente o Sisão, o Francelho e
36 Foupana e Beliche. A região é marcada, muito pontualmente, o Cortiçol-de- 37
fundamentalmente, pela existência do belo -barriga-preta. A região do Baixo Guadiana
vale fluvial do Guadiana, em cujas encostas está entre as mais importantes do país para
E D abundam bosques de azinheira e densos o Bufo-real e é regularmente visitada por
matagais mediterrânicos. Nas margens mais grandes rapinas diurnas como a Águia-
planas deste rio desenvolvem-se várias -real. As ribeiras do Vascão, da Foupana
zonas agrícolas, com pomares mistos de e de Odeleite acolhem numerosas aves
sequeiro, frutícolas e hortas tradicionais migradoras nidificantes, como o Borrelho-
de regadio. Na confluência com os seus -pequeno-de-coleira, o Rouxinol-do-mato,
afluentes, nomeadamente na Ribeira de a Felosa-poliglota, a Andorinha-dáurica
F Beliche, formam-se pequenas zonas húmidas ou o Abelharuco. Especial destaque para
com sapal e zonas alagadiças sujeitas à a ocorrência do Andorilhão-cafre, espécie
influência das marés. Mais a interior, nas bastante rara na Europa, cuja nidificação
zonas afastadas do rio, o clima é mais árido constitui o único caso conhecido no Algarve
e apenas determinadas espécies de flora e dos poucos em Portugal. A região alberga
resistem às altas temperaturas do verão, tais ainda pequenas bolsas de ocorrência de
como a esteva, o tojo, as azinheiras e várias Felosa-tomilheira, Cotovia-montesina e
manchas de pinhal-manso. As ribeiras mais Pardal-francês.
ricas em água, como a Foupana e Odeleite,
apresentam densas galerias ripícolas,
dominadas pela cana e loendros, incluindo
ainda freixos e salgueiros.
Roteiro

Alcoutim
Código: AC 1
Coordenadas: 7º28’16,19’’O 37º28’19,4’’N
Concelho: Alcoutim
Descrição: região agrícola e florestal
bastante árida, pouco acidentada, com
extensos campos de sequeiro preenchidos
por estevas, pastagens, amendoeiras e
pinheiro-manso. Várias linhas de água, ricas
em vegetação ribeirinha, em particular Andorilhão-cafre (Apus caffer)
loendros. Vales agrícolas férteis, em torno
da vila de Alcoutim e nas margens do agrícolas e o vale do Rio Guadiana. Visita
Guadiana. ao charco do Pereiro, pequena barragem
Como chegar: Via do Infante (A 22) no artificial situada à entrada dessa aldeia.
sentido de Espanha. Saída para Alcoutim e Descida ao longo do Guadiana, passando
Castro Marim. Seguir em direção a Alcoutim por Álamo, Guerreiros do Rio e Foz de
38 39
pela EN 122. Odeleite. Percurso ribeirinho entre a Foz de
Itinerário: vários pontos de interesse em Odeleite e Odeleite.
torno da vila de Alcoutim, incluindo: a Praia Quando visitar: primavera.
Fluvial, a Ribeira do Cadaval, os campos Duração da visita: 3 a 4 horas.
Rouxinol-do-mato (Cercotrichas galactotes)

Espécies mais interessantes Época do ano Sinalização e apoios: existe sinalização Outros locais de interesse nas
de itinerários a pé e de carro. Não existem imediações: Ribeira da Foupana, no Sítio da
Borrelho-pequeno-de-coleira (Charadrius dubius) primavera e verão
estruturas de observação de aves. Tenência e Soudes.
Andorilhão-cafre (Apus caffer) primavera e verão Particularidades: melhor local no Algarve Notas: aconselha-se a visitação ao charco
Cotovia-montesina (Galerida theklae) todo o ano e, provavelmente em Portugal, para observar do Pereiro logo pela manhã cedo e depois
Andorinha-das-pontes (Hirundo daurica) primavera e verão o Andorilhão-cafre, que se mantém nesta os restantes locais. Existe a possibilidade de
zona até final do verão. Rica diversificada fazer o percurso de barco ao longo do Rio
Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris) primavera e verão
de aves ribeirinhas, especialmente de Guadiana.
Calhandrinha (Calandrella brachydactyla) primavera e verão migradores estivais. Um dos locais com
Rouxinol-do-mato (Cercotrichas galactotes) primavera e verão maior probabilidade de observar a Felosa-
Chasco-castanho (Oenanthe hispanica) primavera e verão -pálida. Zona bastante extensa, apenas
visitável de carro. O roteiro implica a
Papa-figos (Oriolus oriolus) primavera e verão
realização de vários itinerários e paragens
Pardal-montês (Passer montanus) todo o ano em vários sítios.
Pardal-francês (Petronia petronia) inverno
A Vila de Alcoutim
B Rio Guadiana
Roteiro
C Pereiro - Charco artificial A
Alcoutim Percurso recomendado

40 41

Charco
artificial
Roteiro D Foz de Odeleite
E Odeleite
Alcoutim Percurso recomendado

42 43

Ribeira de Odeleite
Roteiro

Sapal da Moita Roteiro


F Sapal da Moita
Sapal da Moita Percurso recomendado

Código: CM 1
Coordenadas: 7º26’52,38’’O; 37º15’50,6’’N
Concelho: Castro Marim
Descrição: pequena zona húmida, situada
na foz da Ribeira do Beliche, com extensa
zona de sapal, canais e uma vala de água
principal ligada ao rio Guadiana. A área
envolvente é preenchida por azinhal e
matagais.
Como chegar: seguir pela EN 122 e logo
após a passagem por Junqueira, virar à
direita em caminho de terra-batida, que
acompanha uma linha de água e acede
ao vale onde está instalada esta zona.
Itinerário: no final do caminho de acesso
44 Sapal da Moita 45
ao Sapal da Moita, existe uma ruína. A partir
daí sugere-se um itinerário pedestre até
junto do Rio Guadiana. Acessível de carro e/ Quando visitar: primavera e outono.
ou bicicleta. Duração da visita: 2 a 3 horas.

F
Espécies mais interessantes Época do ano
Águia-caçadeira (Circus pygargus) primavera e verão
Peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus) inverno
Felosa-tomilheira (Sylvia conspicillata) primavera
Pardal-espanhol (Passer hispaniolensis) inverno

Sinalização e apoios: não existem Notas: sugere-se a visita na parte da manhã.


Particularidades: zona com acesso Evitar a ida ao local durante períodos de
condicionado, de acordo com o estado de chuva ou após estes, devido ao mau estado
conservação de caminho. do caminho.
Outros locais de interesse nas
imediações: Rio Guadiana, salinas de Castro
Marim.
2. Sapal de
Castro Marim
2.

Sapal de Castro Marim


Sapal de Castro Marim
Estatuto de proteção
Reserva Natural, sítio incluído na Rede Natura 2000 (Zona de Proteção Especial para Aves e Sítio de
Interesse para a Conservação), sítio inscrito na Convenção de Ramsar e Zona Importante para Aves (IBA – Descrição A Avifauna
Important Bird Area, Birdlife International).
O sítio de Castro Marim está instalado no vale Castro Marim está entre as 10 zonas
Roteiro fluvial do Rio Guadiana, perto da sua foz, uma húmidas mais importantes para aves em
extensa e bela zona húmida, de caracterís- Portugal e foi a primeira Reserva Natural
Salina do Cerro ticas estuarinas, onde anualmente ocorrem a ser criada (ano de 1975), tendo em
do Bufo milhares de aves aquáticas. A paisagem deste conta precisamente esse aspeto. A sua
A B C local é fortemente marcada pela existência riqueza traduz-se na presença de mais de
de sapais bem conservados, serpenteados 200 espécies ao longo do ano, algumas
por numerosos canais ou esteiros, sujeitos delas bastante raras e ameaçadas, que
Roteiro
à influência das marés - entre os quais se aí nidificam, invernam ou simplesmente
Sítio da Barquinha destaca o da Carrasqueira, de maiores dimen- descansam e passam. Destaque para a
(Esteiro da sões. É também enriquecida pela presença
de numerosas salinas - muitas ainda hoje
comunidade nidificante que inclui várias
limícolas, como o Alfaiate, o Perna-longa
48 49
Carrasqueira) em atividade -, de dois tipos: tradicionais e ou o Alcaravão, bem como alguns casos
D industriais. Ambas funcionam como um im- especiais no Algarve, tais como o Sisão, a
portante habitat para a avifauna, chegando a Gaivota de Audouiin, a Felosa-tomilheira ou
albergar milhares de espécimes ao longo do a Calhandrinha-das-marismas, esta última
Roteiro ano. É nas salinas tradicionais, contudo, onde apenas ocorrendo aqui em todo o território
Sapal de Venta- se produz o conhecido sal-marinho de Castro nacional. Na primavera, este é ainda o único
Marim e a flor-de-sal, produtos de elevada sítio no Algarve onde é possivel encontrar o
-Moinhos qualidade e base de uma economia local que Cuco-rabilongo a nidificar e a Águia-
E F G H há gerações faz uso destes espaços de forma -caçadeira. É durante as migrações e no
harmoniosa com a natureza circundante. Nas inverno, contudo, que é possivel observar
zonas mais elevadas e afastadas da influência aqui as maiores concentrações de aves,
E F G H
das marés, existem diversos campos agrícolas, sobretudo nas salinas industriais como a
A sobretudo pastagens e culturas arvenses de do Cerro do Bufo. O Flamingo-rosado, o
B sequeiro, salpicados por pontuais matagais Colhereiro, o Maçarico-de-bico-direito, o
C D
mediterranicos. A biodiversidade desta região Mergulhão-de-pescoço-preto, a Gaivina-de-
é notoriamente evidenciada pela presença -bico-vermelho, são apenas alguns
de aves aquáticas, incluindo limícolas, garças, exemplos. Um roteiro por esta zona
patos, entre outras. Contudo, outros elemen- permite facilmente a observação de mais
tos atribuem especial importância a Castro de 60 espécies num só dia e com relativa
Marim, nomeadamente a sua ictiofauna, a facilidade, o encontro com algumas
botânica e a arqueologia. raridades como a Gaivota-de-bico-fino.
Roteiro

Salina do Cerro do Bufo


em numerosos tanques, com diferentes
profundidades e dimensões, onde se produz
o sal marinho. É limitada a Sul pelo esteiro
da Carrasqueira, zonas de sapal e diversos
campos agrícolas arvenses.
Como chegar: de Castro Marim seguir em
direção a S. Bartolemeu ou Fornalha, pela
EN 125-6. Ao fim de 2,5 km, virar à esquerda,
por um caminho de terra-batida, que
conduz à salina Cerro do Bufo.
Itinerário: o acesso ao interior da salina é
privado e por isso restrito. Existe, porém,
um caminho público que se desenvolve
no limite norte da salina e de onde é
Cotovia-de-poupa (Galerida cristata) possível observar as centenas de aves que aí
50 51
regularmente ocorrem. Pode ser percorrido
Código: CM 2 a pé ou de bicicleta. Este inicia-se junto da Alcaravão (Burhinus oedicnemus)
Coordenadas: 7º27’48,81’’W; 37º12’33,83’’N entrada principal da salina e acaba junto da
Concelho: Castro Marim EN 122.
Descrição: complexo de salinas com cerca Quando visitar: todo o ano.
de 500 ha – o maior do país – retalhado Duração da visita: 2 a 3 horas.

Espécies mais interessantes Época do ano Sinalização e apoios: em preparação. imediações: Aroucas (zona húmida
Particularidades: local onde ocorrem pantanosa adjacente ao Cerro do Bufo),
Flamingo-rosado (Phoenicopterus roseus) outono, inverno e primavera
elevadas concentrações de aves, em para patos e gansos no inverno; Esteiro da
Alfaiate (Recurvirostra avosetta) todo ano particular de garças, limícolas e gaivotas, Carrasqueira; Salinas de Castro Marim.
Pernalonga (Himantopus himantopus) todo ano de diversas espécies. Ocorrência regular Notas: a circulação no interior da salina
Perdiz-do-mar (Glareola pratincola) primavera de aves menos comuns no Algarve, é proibida, sendo apenas autorizada ao
incluindo mesmo algumas raridades. Um proprietário e seus trabalhadores, bem
Alcaravão (Burhinus oedicnemus) todo ano
dos melhores locais para a observação de como aos vigilantes da Reserva Natural. A
Chilreta (Sterna albifrons) primavera e verão Gaivota-de-bico-fino no Algarve, Alcaravão melhor hora para visitar este local é na parte
Gaivota de Audouin (Larus audouinii) todo o ano e Pediz-do-mar. da tarde, devido à orientação do sol e às
Gaivota-de-bico-fino (Larus genei) outono e inverno Outros locais de interesse nas condições de luz.

Felosa-tomilheira (Sylvia conspicillata) primavera


Pardal-espanhol (Passer hispaniolensis) inverno
Roteiro

Sítio da Barquinha
(Esteiro da Carrasqueira)
Código: VA 1 Como chegar: sair da A 22 para Castro
Coordenadas: 7º25’41,55’’W; 37º11’56,51’’N Marim e seguir pela EN 122 liga esta vila à
Concelho: Castro Marim e Vila Real cidade de Vila Real de St. António. A própria
de St. António estrada cruza este sítio.
Descrição: extenso canal de água sujeito Itinerário: na EN 122 e logo após a travessia
a marés, ligado ao Rio Guadiana, rodeado da ponte sobre o Esteiro da Carrasqueira,
por sapais, salinas, pomares de sequeiro surge um caminho à direita – de terra batida
e pequenas hortas. Confina a Sul com a – e outro à esquerda. Ambos acedem a
cidade de Vila Real de St. António e a Oeste locais de paragem e observação. É possível
com a salina Serro do Bufo. Na maré-baixa desde daí fazer pequenos trajetos linerares a
apresenta grandes áreas de lodaçal onde pé, ao longo da margem do canal.
vivem muitos invertebrados que servem Quando visitar: outono e inverno.
de alimento a numerosas aves aquáticas, Duração da visita: 1 a 2 horas.
52 53
especialmente limícolas.

Espécies mais interessantes Época do ano


Mergulhão-de-pescoço-preto (Podiceps nigricollis) inverno
Flamingo (Phoenicopterus ruber) outono, inverno e primavera
Tartaranhão-caçador (Circus pygargus) primavera
Pernalonga (Himantopus himantopus) todo o ano

Sinalização e apoio: não existem Outros locais de interesse nas imediações:


Particularidades: zona de muito fácil Rio Guadiana, Molhe na Foz do Guadiana em
acesso e próximo da cidade de Vila Real de Vila Real de St. António.
St. António. Nos períodos de maré-baixa é Notas: a visitar sobretudo nos períodos de
possível observar diversas aves limícolas, maré-baixa.
gaivotas e garças. Os extensos sapais
envolventes são o território de caça da Águia-
-sapeira e do Tartaranhão-caçador de fácil
observação. Presença regular de muitos patos,
Galeirões e por vezes de Galeirão-de-crista.

Pernalonga (Himantopus himantopus)


A
Cerro do Bufo
54 55

C B

A Salina
Roteiros B Trilho da Salina
Salina do Cerro do Bufo C Aroucas D
D Sítio da Barquinha
e Sítio da Barquinha Percurso recomendado
Roteiro

Sapal de Venta-Moinhos
Código: CM 3 a EN 122, virar à esquerda em direção a Espécies mais interessantes Época do ano
Coordenadas: 7º25’32,92’’W; 37º13’51,62’’N Alcoutim, Mértola ou Beja. Passados 500 m,
Colhereiro (Platalea leucorodia) todo o ano
Concelho: Castro Marim virar à direita, para estrada de terra-batida,
Descrição: o acesso à sede administrativa da que conduz às instalações da reserva natural. Pato-branco (Tadorna tadorna) primavera e verão
Reserva Natural desenvolve-se num tranquilo Daí em diante é percorrer sempre o caminho Pato-de-bico-vermelho (Netta rufina) primavera
caminho de terra-batida, ladeado por zonas principal até encontrar o edifício sede desta Águia-pesqueira (Pandion haliaetus) inverno
de sapal, pequenas salinas tradicionais – zona protegida.
Sisão (Tetrax tetrax) todo o ano
algumas abandonadas - e vários campos Itinerário: o caminho que conduz à sede
agrícolas. As instalações estão situadas junto da reserva natural é interessante, pois passa Perdiz-comum (Alectoris rufa) todo o ano
do sapal de Venta Moinhos, que confina com junto de salinas, sapais, zonas alagadas e Perna-vermelha-bastarda (Tringa erythropus) outono
o Rio Guadiana. No ponto mais elevado desta campos agrícolas. Várias paragens podem Combatente (Philomachus pugnax) outono
planície está uma antiga casa da Guarda Fiscal ser feitas no seu decurso. Este pode ser
Gaivina-de-bico-vermelho (Sterna caspia) outono e inverno
que funciona como excelente miradouro de percorrido a pé ou de carro. A partir do
toda a região. Junto da sede existem ainda parque de estacionamento existente junto Mocho-galego (Athene noctua) todo o ano
duas lagoas de água doce, uma das quais das instalações, os trilhos são pedestres. Cuco-rabilongo (Clamator glandarius) primavera
56 57
equipada com um observatório de aves. A visitar: casa da Guarda Fiscal de Venta Calhandrinha-das-marismas (Calandrella rufescens) todo o ano
Como chegar: percorrer a A 22 até à saída Moinhos, miradouro e observatório de aves.
Picanço-real (Lanius meridionallis) todo o ano
para Castro Marim. No cruzamento com Quando visitar: todo o ano.

Particularidades: acesso bastante fácil.


Possibilidade de observar de muito perto
diversas aves, incluindo diversas limícolas.
Itinerário interessante para fotografia.
Possibilidade de observar mais de 50
espécies. O melhor local para observar o
Cuco-rabilongo no Algarve e o único onde
nidifica a Calhandrinha-das-marismas.
Sinalização e apoio: trilhos sinalizados, Paisagem rural
existência de painéis informativos. Existe um
observatório de aves. Notas: visitar de preferência de manhã
Duração da visita: 2 a 3 horas. cedo. A utilização do observatório de aves
Outros locais de interesse nas requer o pedido de autorização na sede da
imediações: Salinas de Castro Marim, Sapal reserva natural e o pagamento de um valor
da Moita. monetário para apoio à gestão do espaço.

Cuco-rabilongo (Clamator glandarius)


E Acesso à sede da reserva natural
F Ponto de observação para lago artificial
G Miradouro
Roteiro
H Percurso até ao rio
Sapal de Venta-Moinhos Percurso recomendado

58
E 59

Sede da Reserva Natural H


G
3. Ria Formosa
3.

Ria Formosa
Estatuto de proteção Descrição
Parque Natural, sítio incluído na Rede Natura 2000 (Zona de Proteção Especial para Aves e Sítio de
Interesse para a Conservação), sítio inscrito na Convenção de Ramsar e Zona Importante para Aves (IBA –
Important Bird Area, Birdlife International). A Ria Formosa é uma das mais belas e
importantes zonas húmidas de Portugal, cuja
existência está associada à presença de um
Roteiro extenso cordão arenoso, formado por ilhas
Forte do Rato e barreira paralelas à linha de costa, que prote-
Arraial Ferreira Neto gem o interior da influência marítima e criam
A condições ambientais semelhantes a um
estuário. Este sistema desenvolve-se ao longo Barra da Fuseta
Roteiro de quase 60 km, entre a praia do Ancão e
Sítio das 4 Águas Cacela Velha e alberga uma biodiversidade
B muito especial, na qual a avifauna adquire
particular relevância. Esse facto resulta da
Roteiro presença de numerosos habitats, dos quais A Avifauna
62 63
Santa Luzia se destacam as restingas e bancos de areia,
os sapais e as salinas, vários cursos de água e Todos os anos, mais de 30.000 aves utilizam
C
lagoas de água doce e salobra, manchas de a Ria Formosa durante as migrações e
caniçal, zonas florestais e espaços agrícolas. o inverno, colocando esta zona húmida
Roteiro
Mais de 300 espécies já aqui foram recen- entre as três mais importantes de Portugal.
Quinta de Marim seadas, algumas delas bastante raras e outras Algumas espécies atribuem-lhe mesmo
D ameaçadas a nível internacional, como o um estatuto de importância europeia,
Camão, símbolo do parque natural, ou a nomeadamente a Andorinha-do-mar-anã, o
Roteiro A Gaivota de Audouin. Além das aves, outras alfaiate ou a Gaivota de Audouin, devido às
Ludo e Lagoa B espécies fazem da Ria Formosa um sítio suas importantes populações nidificantes.
de S. Lourenço C emblemático, nomeadamente o Camaleão A grande diversidade de habitats que
E F G H (Chamaleon chamaleo), a Lontra (Lutra lutra), aqui existe, possibilita a ocorrência de um
o Cavalo-marinho (Hippocampus guttulatus) e elevado número de espécies, um dos mais
D
Roteiro F entre as plantas, o Alcar-do-algarve (Tuberaria elevado do país, sobretudo de aquáticas,
Ilha de Faro E H major), cuja ocorrência mundial está pratica- onde se destacam as limícolas e os patos e,
I I mente restrita a este sítio. A pesca e a maris- em menor quantidade, as garças. Destaque
G cultura são algumas das atividades humanas para a invernada de Piadeira e a nidificação
J K L mais tradicionais e com forte implantação na de Pato-de-bico-vermelho, as maiores do
Roteiro
Parque Ribeirinho Ria Formosa, refletindo-se numa excelente país. Nos espaços terrestres ocorrem ainda
de Faro gastronomia local, muito apreciada por todos
os que vivem e visitam esta região.
diversas espécies de passeriformes florestais,
bem como várias rapinas.
J K L
Roteiro

Forte do Rato e Arraial Ferreira Neto


Código: TV1 Como chegar: seguindo pela EN 125,
Coordenadas: 7º37’15,25’’O; 37º7’19,5’’N passar por Tavira, e na segunda rotunda
Concelho: Tavira após travessia da ponte sobre o Rio Gilão,
Descrição: roteiro inserido em zona de virar à direita e seguir a indicação de Zona
produção de sal marinho, com várias salinas Comercial, Hotel Albacora ou Forte do Rato.
do tipo tradicional e industrial ainda em Chegado ao centro comercial, seguir a
funcionamento. Em torno destas, a paisagem direção do Hotel Albacora.
é caracterizada pela existência de sapais Itinerário: o acesso ao Forte do Rato e ao
e dunas, que limitam o canal de Tavira, o Arraial Ferreira Neto percorre uma zona
principal corredor náutico desta cidade. ladeada por salinas onde é possível obter
Nos períodos de baixa-mar, este braço da boas observações de aves aquáticas,
Ria Formosa revela extensos lodaçais onde especialmente de limícolas. Próximo das
centenas de limícolas se alimentam. A norte, ruínas, há um acesso à praia e ao canal de
o espaço é ocupado por campos agrícolas Tavira que merece uma visita, especialmente
de sequeiro, a maioria abandonados, nos períodos de baixa-mar.
64 65
incluindo pequenas vinhas. Nota ainda Quando visitar: todo o ano exceto nos
para a presença do antigo Forte do Rato, meses de junho, julho e agosto.
monumento arqueológico hoje em ruínas.
Limícolas - Ria Formosa

Espécies mais interessantes Época do ano Particularidades: percurso de fácil acesso, Duração da visita: 1 a 2 horas.
possível de percorrer a pé, carro ou bicicleta. Outros locais de interesse nas
Flamingo-rosado (Phoenicopterus roseus) outono e inverno
Bastante próximo da cidade de Tavira. imediações: salinas de Santa Luzia e sítio
Colhereiro (Platalea leucorodia) outono e inverno Possibilidade para observar de perto grupos das 4 Águas.
Borrelho-de-coleira-interrompida (Charadrius alexandrinus) todo o ano de aves limícolas em alimentação nas Notas: local a visitar na parte da tarde,
Pilrito-pequeno (Calidris minuta) outono e inverno salinas, Flamingos e Colhereiros. Local com aproveitando a orientação favorável da luz.
interesse para a fotografia de aves. Um dos A maior abundância de aves nas salinas
Fuselo (Limosa lapponica) outono e inverno
poucos locais onde ocorre a Pega-rabuda no ocorre com a alta-mar. Por outro lado, no
Chilreta (Sterna albifrons) primavera e verão Algarve. canal de Tavira, a melhor altura ocorre com
Gaivota-de-bico-fino (Larus genei) outono e inverno Sinalização e apoio: não existe sinalização. a baixa-mar. Percorrer o caminho de carro,
Pisco-de-peito-azul (Luscinia svecica) inverno No hotel existe informação sobre a área permite maior aproximação das aves nas
envolvente. salinas e boas oportunidades de fotografia.
Roteiro

Sítio das 4 Águas


Código: TV2 Como chegar: entrar em Tavira e seguir as
Coordenadas: 7º37’51,1’’O 37º7’3,36’’N indicações para a praia. Ao chegar junto do
Concelho: Tavira rio, seguir a estrada em direção à praia e ao
Descrição: zona confinante com a foz do cais. Em breve, irão surgir à direita as salinas.
rio Gilão, ladeada a nascente por este curso Itinerário: na margem direita da estrada, no
de água e a poente por um complexo acesso ao cais, existe um caminho de terra
de salinas tradicionais, várias ainda em batida que pode ser percorrido de carro.
funcionamento. A Sul, a zona é limitada Este passa junto de várias salinas, zonas
pelo esteiro de Tavira, o principal canal de de matagal e percorre umas centenas de
navegação desta cidade. As salinas e os metro junto à ria.
amplos canais da ria, marcam a paisagem Quando visitar: todo o ano, exceto junho,
nesta zona, onde se desenvolvem ainda julho e agosto.
sapais que nas marés-baixas revelam Duração da visita: 1 a 2 horas.
bancos de vasa. Na envolvência dos tanques
66
salinicolas, salienta-se ainda a presença de 67
cortinas e sebes de arbustos.
Pisco-de-peito-azul (Luscinia svecica)

Espécies mais interessantes Época do ano Sinalização e apoios: não existem Notas: deste local é possível aceder de
Particularidades: trata-se de uma zona barco à Ilha de Tavira. Embora não seja um
Colhereiro (Platalea leucorodia) outono e inverno
com boa acessibilidade, de fácil e rápida local com a mesma importância para a
Alfaiate (Recurvirostra avosetta) todo o ano visitação. Está localizada entre outros locais observação de aves como os outros aqui
Pernalonga (Himantopus himantopus) todo o ano com interesse para a observação de aves, indicados, na migração primaveril, porém,
Gaivina-de-bico-vermelho (Sterna caspia) outono e inverno sendo fácil a sua inclusão num roteiro por poderá revelar-se bastante interessante.
esta região. Próxima do centro urbano de Entre março e abril podem aqui observar-se
Gaivota de Audouin (Larus audouinii) todo o ano
Tavira, sendo acessível a pé, de bicicleta ou passeriformes migradores, como o Papa-
Gaivota do Mediterrâneo (Larus melanocephalus) outono e inverno de carro. Boas observações de aves limícolas -moscas-preto, o Papa-moscas-cinzento,
Pisco-de-peito-azul (Luscinia svecica) outono e inverno em alimentação no canal da ria formosa, a Felosa-real ou o Cartaxo-nortenho que,
durante as marés-baixas. Zona de dormitório depois da longa travessia do oceano,
de Gaivotas, podendo ser aí observadas permanecem aqui uns dias antes de
várias espécies. prosseguir a sua viagem para norte.
Outros locais de interesse nas
imediações: Forte do Rato e Arraial Ferreira
Neto, Santa Luzia, Ilha de Tavira.
Roteiro

Santa Luzia
Código: TV3 Sinalização e apoios: não existem pousada nos muros interiores dos tanques
Coordenadas: 7º38’48,6’’O 37º6’13,99’’N Particularidades: a salina de Santa Luzia da salina. O único local no Algarve onde é
Concelho: Tavira é propriedade privada e o acesso ao regular a presença da Garça-dos-recifes.
Descrição: complexo industrial de salinas, interior da mesma é interdita. Apenas com Outros locais de interesse nas
formado por numerosos tanques, canais autorização do proprietário é possível imediações: frente ribeirinha de Santa
e valas de drenagem. A norte é rodeado visitar algumas partes do interior deste Luzia, praia do Barril, Pedras Del Rei e as
por campos agrícolas de sequeiro e complexo. Está também bastante próxima Salinas da Fuseta.
pequenas hortas, enquanto a oeste e de Tavira e é acessível de carro e bicicleta. Notas: sugere-se a visitação deste local ao
este é, sobretudo, limitado por zonas de Existe um caminho que liga a zona poente final da tarde, de forma a obter as melhores
sapal. Trata-se da maior salina de Tavira da salina – mais próxima de Santa Luzia – à condições de luminosidade durante a
e um dos locais onde ocorrem grandes parte a nascente, mas no inverno não é maré-alta. A observação de Garça-dos-
concentrações de aves aquáticas. aconselhável percorre-lo de carro. É um dos -recifes deve ser feita na maré-baixa,
Como chegar: o melhor acesso é tomar a melhores locais para observar a Gaivota quando os canais estão sem água e ela ali
estrada que liga Tavira a Santa Luzia e da de Audouin que estão frequentemente se alimenta.
mesma pode aceder-se à salina em vários Colhereiro (Platalea leucorodia)
68 69
pontos, nomeadamente junto ao Centro
de Saúde de Tavira e mais adiante, antes de paragens neste trajeto. Visitar a zona
chegar à povoação de Santa Luzia. adjacente ao Centro de Saúde.
Itinerário: seguir a estrada de terra batida Quando visitar: todo o ano, exceto junho,
que acede à entrada principal da salina julho e agosto.
e percorre-lo até esse local. Fazer várias Duração da visita: 1 hora.

Espécies mais interessantes Época do ano


Garça-dos-recives (Egretta gularis x garzetta) inverno
Pernalonga (Himantopus himantopus) todo o ano
Alfaiate (Recurvirostra avosetta) todo o ano
Alcaravão (Burhinus oedicnemus) primavera
Perna-vermelha-bastarda (Tringa erythropus) primavera e outono
Chilreta (Stera albifrons) primavera e verão
Gaivota de Audouiin (Larus audouinii) todo o ano
Pardal-espanhol (Passer hispaniolensis) inverno

Salinas de Tavira
Roteiro

Quinta de Marim
Código: OH1 Como chegar: na EN 125, no sentido Olhão
Coordenadas: 7º49’19,16’’O 37º1’58,59’’N – Tavira, 2 km após a cidade de Olhão, virar
Concelho: Olhão à direita na indicação de Parque Natural. O
Descrição: propriedade com cerca de 40 caminho atravessa uma linha de caminho
ha, gerida pelo Parque Natural, que reúne de ferro e no final, à esquerda, está a entrada
um diversificado leque de habitats, desde deste espaço. Entrada paga.
floresta de pinhal, a zonas de sapal, passando Itinerário: percorrer o trilho sinalizado da
por densos matagais mediterrânicos, Quinta de Marim.
A lagoas de água doce, salinas, dunas, praias Quando visitar: todo o ano.
e extensos bancos de vasa. Neste local Duração da visita: 2 a 3 horas.
está instalada a sede institucional da área
protegida da Ria Formosa onde existe
informação sobre a fauna e flora local e de
onde partem os itinerários sinalizados.

70 71

Roteiros
Forte do Rato, A Arraial Ferreira Neto
Sítio das 4 Águas B Quatro Águas
C Santa Luzia
e Santa Luzia Percurso recomendado

Toutinegra-de-cabeça-preta (Sylvia melanocephala)


Espécies mais interessantes Época do ano
Garçote (Ixobrychus minutus) primavera
Camão (Porphyrio porphyrio) todo o ano
Chilreta (Sterna albifrons) todo o ano
Fuinha-dos-juncos (Cisticola juncidis) todo o ano
Toutinegra-de-cabeça-preta (Sylvia melanocephala) todo o ano D
Felosa-do-mato (Sylvia undata) todo o ano
Pega-azul (Cyanopica cooki) todo o ano
72 73

Sinalização e apoios: existem painéis Particularidades: zona de fácil acesso, Sede do Parque Natural
informativos sobre a biodiversidade desta podendo ser percorrida a pé ou bicicleta.
zona, incluindo as aves a observar. O trilho As viaturas não podem aceder ao interior
está sinalizado. Junto de uma das lagoas da propriedade, devendo parquear nas
existe um observatório de aves. imediações. Espaço bastante agradável para
famílias, com zonas de sombra e parques de
merendas. Este local dispõe ainda, de um
centro de acolhimento para quem ali quiser
pernoitar. Local interessante para observar
aves aquáticas e florestais. Na maré-alta,
alguns tanques desativados de salinas ali
existentes, acolhem diversas limícolas.
Outros locais de interesse nas
imediações: Fuseta (salinas). Roteiro
D Quinta de Marim
Notas: local a visitar pela manhã cedo, Quinta de Marim Percurso recomendado
quando existe maior atividade da parte
da avifauna. Nas instalações do parque, é
possível adquirir um mapa do itinerário,
bem como outros materiais informativos
Fuinha-dos-juncos (Cisticola juncidis) sobre a avifauna da região.
Roteiro

Ludo e Lagoa de S. Lourenço


Código: LL1 um dos elementos mais importantes de Itinerário: percorrer o caminho que se
Coordenadas: 7º59’17,82’’O 37º1’0,59’’N todo o ecossistema. Em torno desta existem inicia junto à estrada para a Ilha de Faro. No
Concelho: Faro e Loulé manchas de caniçal, tabúa, galerias de final da longa reta, há um caminho à direita,
Descrição: o Ludo é uma extensa tamargueiras e choupos. A oeste do Ludo, sinalizado, que passa junto da Lagoa de S.
propriedade rural, enriquecida pela situa-se a Lagoa de S. Lourenço, instalada Lourenço, entrando depois no Ludo. Daqui
existência de numerosos espaços lagunares, num campo de golfe. Trata-se de uma lagoa retoma-se, mais adiante, o caminho inicial
incluindo lagoas de água doce e salobra, rica em vegetação aquática, especialmente de regresso ao ponto de partida.
salinas e sapais. A norte, predominam os tabúa, juncos e caniçal. Quando visitar: todo o ano.
espaços agrícolas e florestais, especialmente Como chegar: na estrada que acede à Ilha Duração da visita: 4 ou 5 horas.
de pinhal bravo e manso, bem como hortas, de Faro, antes da ponte sobre a Ria Formosa, Maçarico-preto (Plegadis falcinellus)
pequenos povoamentos de azinheira e estacionar o carro. Há um caminho à direita
matos mediterrânicos. O sítio é atravessado que acede ao interior do Ludo e à Lagoa de
pela Ribeira de S. Lourenço que constitui S. Lourenço.
Espécies mais interessantes Época do ano
Mergulhão-de-crista (Podiceps cristatus) todo o ano
74 75
Garçote (Ixobrychus minutus) todo o ano
Flamingo (Phoenicopterus roseus) outono, inverno
Maçarico-preto (Plegadis falcinellus) inverno
Pato-branco (Tadorna tadorna) inverno
Pato-de-bico-vermelho (Netta rufina) todo o ano
Piadeira (Anas penelope) todo o ano
Peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus) inverno
Águia-calçada (Aquila pennata) todo o ano
Milhafre-preto (Milvus migrans) primavera
Águia-pesqueira (Pandion haliaetus) inverno
Camão (Porphyrio porphyrio) todo o ano
Gaivina-de-bico-vermelho (Sterna caspia) outono e inverno
Chilreta (Sterna albifrons) primavera e verão
Torcicolo (Jynx torquilla) primavera
Noitibó-de-nuca-castanha (Caprimulgus ruficollis) primavera e verão
Tecelão (Ploceus melanocephalus) todo o ano
Bico-de-lacre (Estrilda astrild) todo o ano

Noitibó-de-nuca-castanha (Caprimulgus ruficollis)


E Lagoa de S. Lourenço
Roteiro F Ponte do Ancão
Ludo e Lagoa G Foz da Ribeira de S. Lourenço
H Salinas do Ludo
de S. Lourenço Percurso recomendado

G
H
F E
76 77

Águia-pesqueira (Pandion haliaetus)

Sinalização e apoios: o itinerário junto a regular de aves de rapina, nomeadamente a


S. Lourenço está sinalizado e inclui painéis Águia-calçada que aí inverna.
informativos. Junto da lagoa ali existente, há Outros locais de interesse nas
um bom observatório de aves. No Ludo não imediações: Salinas de Montenegro e zona
existem apoios. adjacente ao aeroporto de Faro e Parque
Particularidades: local onde ocorre grande Ribeirinho de Faro.
diversidade de aves. Por ano podem aí ser Notas: a visita plena a este local requer
observadas mais de 200 espécies. Principal tempo e vontade de caminhar. Aconselha-
refúgio de patos no Algarve durante o -se a visita ao local pela manhã cedo. Os
inverno. Um dos melhores locais para a itinerários descritos estão detalhados
fotografia de aves no Algarve (Lagoa de em outros materiais de informação,
S. Lourenço), em particular o Camão, o Pato- nomeadamente no desdobrável sobre as
-de-bico-vermelho, o Maçarico-preto, entre aves do Ludo, produzido pela Sociedade
outras. Zona fácil de aceder, podendo ser Portuguesa para o Estudo das Aves e no
percorrida de bicicleta ou a pé. Parte dela, Guia de Observação de Aves do Concelho
pode ainda ser visitada de carro. Presença de Loulé.
Roteiro

Ilha de Faro
Código: FA1 chegada ao mesmo, seguir a indicação de
Coordenadas: 7º58’49,57’’O 36º59’55,44’’N Praia de Faro. Logo após o cruzamento da
Concelho: Faro ponte de acesso à ilha, virar à esquerda e
Descrição: extenso cordão arenoso, percorrer a estrada pavimentada até ao fim.
com vários quilómetros, ocupado com Itinerário: após o final da estrada
numerosas edificações, zonas balneares, etc. pavimentada, está instalado um passadiço
Separa o seu sistema estuarino do oceano, de madeira, que se desenvolve para Este
sendo limitada na sua margem norte por e paralelamente à zona estuarina. Este
largo canal de água e sapal e, a sul, por corresponde ao roteiro proposto.
praias e mar aberto. Quando visitar: todo o ano, exceto nos
Como chegar: a partir de Faro, seguir as meses de junho, julho e agosto.
indicações para o aeroporto. Antes da Duração da visita: 2 a 3 horas.

78 Espécies mais interessantes Época do ano 79


Águia-pesqueira (Pandion haliaetus) inverno
Fuselo (Limisa lapponica) outono e inverno
Ostraceiro (Haemantopus ostralegus) outono e inverno
Maçarico-real (Numenius arquata) outono e inverno
Gaivota de Audouin (Larus audouinii) inverno
Gaivota-parda (Larus canus) inverno

Sinalização e apoio: apenas existe um algumas mais raras, como o Ganso-de-faces-


passadiço de madeira. -pretas e a Gaivota-parda.
Particularidades: percurso bastante Outros locais de interesse nas
interessante para observar diversas espécies imediações: Ludo e salinas de Montenegro
de aves limícolas em alimentação na ria, Notas: visitar sobretudo durante os
durante a baixa-mar, incluindo Pilritos, períodos de baixa-mar e preferencialmente
Borrelhos, Maçaricos, Ostraceiros, etc. Local pela manhã cedo, antes da regular
de ocorrência regular de outras aves, como perturbação humana desta zona. Evitar a
a Águia-pesqueira, a Gaivota-de-Audouinn e época balnear, devido à grande presença de
a Gaivina-de-bico-vermelho, bem como de pessoas.

Faro - Ria Formosa


Roteiro

Parque Ribeirinho de Faro


Código: FA2
Coordenadas: 7º56’49,72’’O 37º1’19,95’’N
Concelho: Faro
Descrição: percurso pedonal ao longo
da frente ribeirinha da cidade, no limite
desta com a zona húmida da Ria Formosa.
Passagem junto de salinas abandonadas,
zonas de sapal, canais de água e zonas de
lamaçal ou bancos de vasa, expostos nas
marés-baixas.
Como chegar: a partir do centro de Faro,
junto da doca, ou à entrada da cidade,
vindo na EN 125 do sentido noroeste, junto
do teatro municipal.
Itinerário: o percurso desenvolve-se ao
80 81
longo da frente ribeirinha da cidade de
Faro, com início perto do teatro municipal e
fim na zona industrial. Passa nas traseiras da
estação de comboios e do Hotel Eva, junto
Ria Formosa
da doca e da Cidade Velha. Rodeia a antiga
zona de salinas de Neves Pires, a sudeste
de Faro e entra na antiga zona industrial ou
cais comercial.
Quando visitar: todo o ano, exceto nos
I meses de junho, julho e agosto.
Duração da visita: 2 a 3 horas.

Espécies mais interessantes Época do ano


Águia-pesqueira (Pandion haliaetus) inverno
Falcão-peregrino (Falco peregrinus) inverno
Roteiro Flamingo-rosado (Phoenicopterus roseus) outono e inverno
I Ilha de Faro
Ilha de Faro Percurso recomendado Fuselo (Limosa lapponica) outono e inverno
Perna-verde (Tringa nebularia) outono e inverno
Chilreta (Sterna albifrons) primavera
J Parque Ribeirinho
K Cais Comercial
Roteiro
L Atalaia
Parque Ribeirinho de Faro Percurso recomendado

82 83
J
Borrelho-de-coleira-interrompida (Charadrius alexandrinus)

Sinalização e apoio: o percurso está sendo por isso fácil a sua observação. O L
sinalizado com postes de direção e painéis percurso é de muito fácil acesso, possível
informativos sobre a avifauna local. de percorrer a pé e de bicicleta. Passa junto
Particularidades: trata-se do único de vários locais com interesse cultural,
itinerário preparado para promover a nomeadamente do teatro municipal e do
observação de aves em meio urbano no núcleo histórico de Faro.
Algarve. Interessante para observar aves Outros locais de interesse nas
limícolas durante a maré-baixa. As salinas, imediações: salinas de Montenegro
por outro lado, são interessantes nas marés- Notas: zona a visitar tanto nos períodos de
-altas, ao acolherem aves como o Flamingo, baixa-mar como nos de preia-mar. Sugere-
Perna-longa, entre outras. A cidade de Faro -se o final da tarde, quando a luz é mais K
acolhe, no inverno, um Falcão-peregrino favorável para a observação.
que caça com regularidade nestas zonas,
4. Lagoas Costeiras
4.

Lagoas Costeiras
Estatuto de proteção
Nenhum; Caniçal de Vilamoura considerada Zona Importante para Aves (IBA – Birdlife International).

Roteiro

Lagoa das Dunas Descrição

Douradas Três zonas húmidas costeiras, de reduzida


A dimensão, formadas na foz de pequenas
ribeiras e/ou nas respetivas margens
Roteiro
adjacentes. À exceção do Caniçal de
Foz do Almargem Vilamoura, os outros sítios caracterizam-se
B pela existência de uma lagoa permanente,
separada do mar pela presença de um
Roteiro cordão dunar que, no caso da Foz do
86 Camão (Porphyrio porphyrio) 87
Almargem, é regularmente rompido para
Caniçal de permitir o contacto com o mar. Todas
Vilamoura apresentam vegetação aquática abundante
C D que, em Vilamoura, adquire especial Avifauna
importância devido à extensão de caniçal.
Esta é, provavelmente, a maior mancha Apesar da reduzida dimensão, estes espaços
contínua no Algarve, que funciona como têm um papel importante para numerosas
importante espaço de refúgio e nidificação aves aquáticas, proporcionando um
de várias espécies de aves. Esta zona está, contínuo de zonas de descanso e refúgio
ainda, rodeada por campos agrícolas e durante as suas deslocações. Estas são
pastagens que enriquecem o ecossistema. A sobretudo utilizadas por patos e garças e,
Foz do Almargem e as Dunas Douradas, por no caso de Vilamoura, por outras aves mais,
outro lado, inserem-se em espaços florestais como rapinas e passeriformes. A extensa
de pinhal-bravo e manso, bastante alterados área de caniçal que ali existe constitui um
C pela existência de aldeamentos turísticos, valioso habitat de nidificação e refúgio
D estacionamentos e outras infraestruturas. para milhares de aves migratórias, como
B Rouxinóis-dos-caniços, Felosas, Alvéolas,
Andorinhas, entre outras. É, ainda, local
A de nidificação de Águia-sapeira, Garçote e
Garça-vermelha.
Roteiro

Lagoa das Dunas Douradas


Código: LL2
Coordenadas: 8º3’15,2’’O 37º2’37,81’’N
Concelho: Loulé
Descrição: pequena lagoa costeira,
permanente, rodeada por densa vegetação
aquática, em especial caniço, tabúa e
tamargueiras. Está separada do mar por
robusto cordão dunar. A área envolvente é
ocupada por pinhal-manso e pinhal-bravo,
bem como com um aldeamento turístico.
Pato-de-bico-vermelho (Netta rufina) Como chegar: a partir de Almancil, seguir
em direção à Quinta do Lago. Ao chegar
à estrada da Quinta do Lago, seguir no
sentido de Vale de Lobo e virar à esquerda
na indicação de Vale do Garrão e Dunas
88 89
Douradas até chegar a esta praia. No final,
existe um estacionamento junto da lagoa.
Itinerário: existe um trilho bem definido
que percorre a margem oeste da lagoa
e que permite aceder a uma torre de
observação.
Quando visitar: todo o ano, exceto julho e
agosto.
Duração da visita: 1 hora.
Garçote (Ixobrychus minutus)

Espécies mais interessantes Época do ano Sinalização e apoios: apenas existe uma Outros locais de interesse nas
pequena torre sobre-elevada de observação. imediações: Lagoa de S. Lourenço, na
Garçote (Ixobrychus minutus) primavera
Particularidades: lagoa de pequenas Quinta do Lago e Foz do Almargem.
Papa-ratos (Ardeola ralloides) outono dimensões, bastante acessível de carro e Notas: evitar a época balnear, devido à
Colhereiro (Platalea leucorodia) outono muito fácil de visitar. Interessante local para elevada presença de pessoas e viaturas em
Cotovia-de-poupa (Galerida cristata) todo o ano fotografia, especialmente ao final da tarde. circulação.
Presença regular de diversas espécies de
Pega-azul (Cyanopica cooki) todo o ano
aves aquáticas, incluindo patos, galeirões,
garças, etc.
Roteiro

Foz do Almargem
Código: LL3
Coordenadas: 8º4’55,16’’O 37º3’42,74’’N
Concelho: Loulé
Descrição: lagoa costeira, envolvida por
bosque de pinhal em ambas as margens e
rodeada por densa vegetação aquática - em
especial caniço, juncos e tamargueiras. A
sul é limitada por dunas e pela praia, que a
separam do mar. No inverno é frequente a
sua abertura ao mar, através do rompimento
da barreira arenosa.
Como chegar: a partir de Quarteira, seguir Bico-de-lacre (Estrilda astrild)

em direção a Vale de Lobo ou Almancil. Logo


à saída de Quarteira, no Sítio da Fonte Santa, Itinerário: percorrer as margens da lagoa
virar á direita na indicação Praia Loulé Velho e Quando visitar: outono e inverno.
90 91
segui-lo até à praia e à respetiva lagoa. Duração da visita: 1 a 2 horas.

Espécies mais interessantes Época do ano


Pato-de-bico-vermelho (Netta rufina) inverno
Negrinha (Aythya fuligula) inverno
Chapim-de-máscara (Remiz pendulinus) inverno
Escrevedeira-dos-caniços (Emberiza shoeniclus) inverno
Bico-de-lacre (Estrilda astrild) todo o ano

Sinalização e apoios: não existe qualquer existe uma zona húmida, de pequena dimen-
estrutura de sinalização e apoio ao visitante. são, designada por Trafal. Trata-se de um vale
Particularidades: local interessante para inundável, com extensos juncais e algumas
observar de perto passeriformes como manchas de caniçal. No inverno podem ali
Chapim-de-máscara, Bico-de-lacre ou ser observadas várias aves aquáticas.
Fuinha-dos-juncos. No inverno, esta lagoa Notas: sugere-se a visita de manhã bem
acolhe várias espécies de Patos, incluindo a cedo, uma vez que este local é bastante visi-
Negrinha, sendo este um dos melhores locais tado por pessoas. Local interessante a visitar
para a sua observação. após temporais ou tempestades, devido à
Outros locais de interesse nas imediações: possível entrada de aves marinhas na lagoa,
a cerca de 200 m a Este da Foz do Almargem, como o Pato-preto.

Chapim-de-máscara (Remiz pendulinus)


B
92 93

Roteiros
Lagoa das Dunas Douradas A Lagoa dasDunas Douradas
B Foz do Almargem
e Foz do Almargem Percurso recomendado

A
Roteiro

Caniçal de Vilamoura
Código: LL4
Coordenadas: 8º8’39,62’’O 37º5’34,69’’N
Concelho: Loulé
Descrição: extensa zona húmida coberta
de caniçal e com várias lagoas artificiais
abertas, limitada a Sul por campos agrícolas
cerealíferos e pomares de sequeiro, e a Este
por duas lagoas artificiais de uma estação
de tratamento de águas residuais. A Norte é
envolvida por campos de golfe.
Como chegar: a partir de Vilamoura, tomar
a Avenida Vilamoura XXI em direção a
Albufeira. Virar à esquerda em direção à ETAR
de Vilamoura.
Itinerário: existe um percurso integrado no
94 95
Parque Ambiental de Vilamoura que acede a
dois observatórios de aves. Está sinalizado.
Quando visitar: todo o ano, exceto julho e
agosto.
Duração da visita: 2 a 3 horas.
Garça-vermelha (Ardea purpurea)

Espécies mais interessantes Época do ano


Tartaranhão-azulado (Circys cyaneus) inverno
Garça-vermelha (Ardea purpurea) primavera
Papa-ratos (Ardeola ralloides) outono
Goraz (Nycticorax nycticorax) outono
Zarro-castanho (Aythya ferruginea) inverno
Peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus) outono e inverno
Camão (Porphyrio porphyrio) todo o ano
Chapim-de-máscara (Remiz pendulinus) inverno
Tecelão (Ploceus melanocephalus) todo o ano

Tecelão (Ploceus melanocephalus)


Roteiro
C, D Caniçal de Vilamoura
Caniçal de Vilamoura Percurso recomendado

96 97

C
Caniçal de Vilamoura

Sinalização e apoios: no Caniçal de Notas: a zona é acessível de carro. Dada a


Vilamoura existem dois observatórios de aves sua reduzida dimensão, um passeio a pé
e painéis informativos no percurso instalado. permite conhecê-la em pormenor. Devido
Particularidades: um dos sítios mais à orientação dos observatórios existentes, D
importantes no Algarve para a migração de sugere-se a visita na parte da tarde, de modo
passeriformes, nomeadamente Rouxinois- a obter luz favorável.
-dos-caniços, Felosas, Andorinhas, etc. que
aqui se refugiam e concentram. Dormitórios
de Alvéola-amarela, Andorinha-das-chaminés
no outono e de Trigueirão no inverno. Zona
de caça de várias rapinas diurnas e noturnas,
nomeadamente de Peneireiro-cinzento e de
Coruja-do-nabal no inverno.
5. Lagoa dos
Salgados
5.

Lagoa dos Salgados


Estatuto de proteção Descrição A Avifauna
Não tem. Incluída na lista nacional de Zonas Importantes para Aves (IBA – Birdlife International).
A Lagoa dos Salgados, também conhecida Inserida na lista nacional de Zonas
como Sapal de Pêra ou Lagoa de Vale Importantes para Aves, a Lagoa dos Salgados
Roteiro de Parra, é uma típica lagoa costeira, é um dos locais mais interessantes para a
Lagoa dos Salgados com um espelho de água rodeado por observação no Algarve. Já aí foram registadas
vegetação aquática, separado do mar mais de 200 espécies, especialmente de
A
pela presença de um extenso e contínuo aves aquáticas. É um dos poucos locais na
cordão dunar. O corpo de água principal região onde se observa com regularidade a
forma-se na foz de duas ribeiras – Espiche Pêrra – cuja nidificação já foi inclusivamente
e Vale Rabelho - sendo frequentemente aí confirmada no passado – e o único
aberto ao oceano, sobretudo no inverno, onde houve uma tentativa de nidificação
através do rompimento artificial da duna, de Flamingo-rosado, espécie que pode
aquando da subida em excesso dos níveis aqui ser vista praticamente todo o ano. A
de água. A zona alagadiça que envolve comunidade de aves nidificantes é bastante
100 101
a lagoa projeta-se para norte e oeste rica e inclui espécies como o Alfaiate, a
da mesma, estando rodeada por vários Perna-longa, a Chilreta e o Garçote. Na
campos agrícolas, na maioria abandonados, migração, destaca-se a ocorrência de
pastagens e um campo de golfe a este. A numerosas aves limícolas, entre elas o
zona abarca uma área aproximada de 50 ha Combatente e o Maçarico-bastardo, bem
e apresenta uma reduzida profundidade, como de várias garças, como o Papa-ratos
permitindo a presença de uma grande ou o Colhereiro. Ao nível dos patos, a Lagoa
variedade de aves aquáticas, incluindo dos Salgados é o melhor local para observar
patos, garças, limícolas, etc. Quase toda a o Marreco no Algarve, na primavera. No
sua extensão pode ser observada apenas inverno é aí frequente a presença de mais
um ponto de observação, situado na sua de 2.000 aves, especialmente de patos
margem oeste, local onde frequentemente e limícolas, como o Abibe, a Tarambola-
se concentram observadores de aves. A sul, dourada, entre muitas outras. Esta é ainda,
na parte adjacente à duna, existe um longo uma da zonas em Portugal onde se regista
passadiço de madeira sobre-elevado, que com maior regularidade a presença de
A percorre toda a margem Sul da área alagada, raridades - aves cuja ocorrência não é
cruzando mesmo a lagoa, no acesso à praia comum no país. Pilrito-canela, Tarambola-
dos Salgados. -americana, Petinha de Richard são apenas
alguns exemplos já aqui registados. É
também um local muito bom para quem se
dedica à fotografia de aves.
Roteiro

Lagoa dos Salgados


Código: SL1 Itinerário: o acesso à lagoa é livre, existindo
Coordenadas: 37º06’N 08º20W um caminho perpendicular à mesma - na
Concelho: Silves sua margem oeste -, possível de percorrer
Descrição: lagoa costeira separada do mar de carro, que termina num ponto de onde
por um extenso cordão dunar, rodeada por é possível observar grande parte da zona
campos agrícolas abandonados, pastagens húmida e a avifauna que aí ocorre. É o local
e um campo de golfe. Área alagadiça mais utilizado por quem vem observar aves
aberta, marginada por vegetação palustre, neste sítio. A Sul, há um passadiço que se
como caniço, juncos e tamargueiras. inicia no estacionamento da Praia Grande,
Como chegar: a partir de Pêra, seguir em e que se prolonga para este, até à praia dos
direção à Praia Grande. À chegada a esta Salgados. Este pode ser percorrido a pé e
zona, encontrará à sua esquerda a zona de bicicleta e permite boas observações
húmida. Existe um estacionamento junto sobre a restante zona alagada e da lagoa
ao acesso para a praia, bem como um dos salgados em si.
caminho que permite chegar junto da zona Quando visitar: todo o ano.
102 103
húmida. Duração da visita: 2 a 3 horas.

Espécies mais interessantes Época do ano Flamingo-rosado (Phoenicopterus roseus)

Garça-vermelha (Ardea purpurea) primavera e verão


Papa-ratos (Ardeola ralloides) outono e inverno
Flamingo-rosado (Phoenicopterus roseus) outono, inverno e primavera Sinalização e apoios: existem dois painéis Outros locais de interesse nas
Maçarico-preto (Plegadis falcinellus) outono e inverno informativos sobre a fauna e flora da zona imediações: a 500 m a Oeste desta lagoa,
Marreco (Anas querquedula) primavera húmida e um miradouro / observatório existe uma outra formada na foz da Ribeira
orientado para a mesma. de Alcantarilha. Embora com muito menos
Falcão-peregrino (Falco peregrinus) inverno
Particularidades: local de muito fácil aves, alberga por vezes garças e limícolas no
Camão (Porphyrio porphyrio) todo o ano acesso. Zona húmida de pequena sapal envolvente. No concelho de Albufeira,
Maçarico-bastardo (Tringa glareola) outono dimensão que permite de um só ponto na zona de Paderne, existe um extenso vale
Combatente (Philomachus pugnax) outono e inverno observar dezenas de espécies de aves agrícola com vinhas, oliveiras, amendoeiras,
aquáticas. Ocorrência regular de raridades, alfarrobeiras e alguns charcos artificiais,
Gaivina-de-bico-vermelho (Sterna caspia) outono e inverno
especialmente entre agosto e novembro. que acolhem diversas aves, incluindo o
Mocho-galego (Athene noctua) todo o ano Além da zona húmida em si, os campos Rouxinol-do-mato e o Peneireiro-cinzento,
Calhandrinha (Calandrella brachydactyla) primavera e verão agrícolas envolventes acolhem bastantes entre outras espécies.
Pisco-de-peito-azul (Luscinia svecica) outono e inverno aves, nomeadamente Abibes e Tarambolas-
-douradas no inverno.
Andorinhão-real (Apus melba) primavera e verão
Roteiro
A Lagoa dos Salgados
l
Notas: aconselha-se a visita a esta lagoa
Lagoa dos Salgados Percurso recomendado

na parte da tarde, de forma a ter a luz solar


favorável para a observação. O fim de tarde
neste sítio é bastante agradável. Um bom
local para fazer fotografia de aves, uma vez
que se consegue obter distâncias muito
curtas. Utilizar apenas os trilhos existentes e Maçarico-bastardo (Tringa glareola)
sinalizados.

104 105

Mocho-galego (Athene noctua)


6. Estuário do Arade
e Ria de Alvor
6.

Estuário do Arade
e Ria de Alvor
Cegonha-branca (Ciconia ciconia)
Estatuto de proteção
Sítio de Interesse para a Conservação do Arade / Odelouca e Sítio de Interesse para a Conservação Ria de
Alvor (Rede Natura 2000).

Roteiro Descrição A Avifauna


Estuário do Arade A foz do Estuário do Arade situa-se junto da A avifauna nestes dois locais destaca-se,
A
cidade de Portimão e forma-se da junção sobretudo, pela ocorrência de aves limícolas.
dos rios Arade, Monchique e Odelouca. É Na Ria de Alvor, contudo, devido à existência
Roteiro um sistema aberto ao mar, em constante de diferentes refúgios naturais, como
oscilação pelas marés, e caracteriza-se pela tanques de salinas desativadas, bancos de
108
Ria de Alvor existência de numerosos canais de água e areia e lamaçais expostos na baixa-mar, 109
B C sapais que, na preia-mar estão submersos numerosos pomares de sequeiro, hortas
e na baixa-mar estão expostos, revelando ativas, etc., a diversidade é bastante mais
extensos bancos de lodo. A Ria de Alvor, significativa, com quase 300 espécies no
localizada entre Portimão e Lagos, constitui total já registadas. Entre as aves que aí
outro sistema estuarino, de menores se podem observar, referência a diversas
dimensões, mas o mais importante do limícolas, como o Pilrito-comum, Borrelho-
Barlavento Algarvio. Possui cerca de 1700 -de-coleira-interrompida, Tarambola-
ha e uma grande diversidade de paisagens, -cinzenta, etc.
incluindo extensos cordões dunares,
sapais, salinas, campos agrícolas, pomares
de sequeiro e matagais mediterrânicos.
A sua classificação resulta sobretudo da
presença de diversas espécies de flora e
habitats prioritários, de acordo com normas
comunitárias (Diretiva Habitats), mas a sua
A riqueza inclui ainda numerosas espécies de
B C
mariposas (mais de 500), 75 de borboletas e
mais de 100 de peixes.
Roteiro

Estuário do Arade Roteiro


A Estuário do Arade
Estuário do Arade Percurso recomendado

Código: LA1 a compõe. Na maré-alta funcionam como


Coordenadas: refúgio de aves aquáticas. Seguindo sempre
Concelho: Lagoa o mesmo caminho e após a passagem
Descrição: zona estuarina, sujeita à sobre a EN 125, acede-se a uma vasta zona
influência das marés, com extensos de sapal, com bom campo de visão sobre o
espelhos de água durante a preia-mar e sapal, canais de água e zonas de lamas.
sapais e bancos de lama expostos na baixa- Quando visitar: outono e inverno.
-mar. Duração da visita: 1 a 2 horas.
Como chegar: seguir na EN 125 no sentido
Lagoa - Portimão, e antes da travessia
da ponte sobre o Rio Arade, tomar o
sentido de Mexilhoeira da Carregação ou
Ferragudo. Na 1.ª rotunda, virar à direita e
seguir pela Rua das Marinhas. Sempre por
esta rua, para norte, até chegar à salinas e
A
110 111
depois ao estuário.
Itinerário: a Rua das Marinhas acede à
salina, e passa ao longo da mesma, de onde
é possível observar os vários tanques que
Estuário do Arade

Espécies mais interessantes Época do ano


Colhereiro (Platalea leucorodia) outono e inverno
Chilreta (Sterna albifrons) primavera
Gaivotão (Larus marinus) outono e inverno
Pisco-de-peito-azul (Luscinia svecica) outono e inverno

Sinalização e apoios: não existem. Outros locais de interesse nas


Particularidades: sugere-se a visita na parte imediações: porto de recreio/pesca de
da manhã cedo e durante a maré- Ferragudo e praia adjacente constituem
-baixa. Zona de acesso difícil, não existindo dois locais interessantes para a observação
indicações nem um caminho direto. de concentrações de gaivotas, onde é
frequente a presença de Gaivotão e outras
espécies mais raras.
Roteiro

Ria de Alvor
Código: PT1 Itinerário: a partir de praia de Alvor, o
Coordenadas: itinerário segue por um passadiço de
Concelho: Portimão e Lagos madeira sobre-elevado que percorre todo
Descrição: pequeno estuário, limitado a o cordão dunar para oeste, quase até à
sul por cordões dunares, apresentando na barra. Ao longo do mesmo é possível
maré-baixa contínuos bancos de lamas e observar toda a ria em si. O itinerário norte
sapais e, na preia-mar, pequenas ilhas de do estuário, inicia-se no estacionamento
areia. Esta ria apresenta ainda salinas, sapais existente no final do caminho e segue sobre
e a norte, pomares de sequeiro e densos o cômoro que limita o tanque de antiga
matos mediterrânicos na envolvência. salina, rodeando-o por completo.
Como chegar: pela Via do Infante (A 22) até Quando visitar: todo o ano exceto no
Alvor, atravessando a localidade até à sua verão.
praia. Aí inicia-se um percurso. Outra opção Duração da visita: 2 a 3 horas.
é, após saída da A 22 em Alvor, percorrer a
EN 125 em direção a Lagos. Imediatamente
112 113
após o acesso à estação de comboios de
Mexilhoeira Grande, virar na primeira estrada
à esquerda. Esta acede à margem oeste do
estuário e a zonas mais interiores desta zona
húmida. Acede, ainda, ao centro de estudos
de avifauna da Associação A Rocha, no sítio
da Cruzinha.

Espécies mais interessantes Época do ano


Flamingo-rosado (Phoenicopterus roseus) inverno
Ostraceiro (Haemantopus ostralegus) inverno
Chilreta (Sterna albrifrons) primavera
Mocho-galego (Athene noctua) todo o ano
Alvéola-amarela (Motacilla flava) primavera e verão
Pisco-de-peito-azul (Luscinia svecica) outono e inverno

Estuário do Arade
B
114 115

Chilreta (Sterna albrifrons)

Sinalização e apoios: apenas existe um Outros locais de interesse nas


painel informativo sobre a biodiversidade imediações: no concelho de Lagos,
local na Ria de Alvor, no acesso oeste do antes da cidade, na EN 125, há um acesso
estuário. A sul, junto da praia, existe um ao sítio do Sargaçal que conduz ao Paúl C
longo passadiço sobre-elevado que permite de Lagos, uma zona húmida interior,
percorrer o cordão dunar a observar uma adjacente à Ribeira de Bensafrim e com
extensa parte sul da ria. zonas alagadiças, caniçais e pequenos
Particularidades: a Ria de Alvor é um sapais. Interessante para aves aquáticas,
espaço bastante agradável de se visitar, em especialmente na migração outonal e
particular na baixa-mar quando ocorrem inverno.
bastantes limícolas a alimentarem-se nos Notas: sugere-se a visitação pela manhã Roteiro
B, C Ria de Alvor
lodaçais expostos. Os campos agrícolas cedo. Para visitar o centro de estudos de Ria de Alvor Percurso recomendado
envolventes acolhem também bastantes aves da A Rocha, aconselha-se a marcação
aves, incluindo Fringilideos, Cotovias, etc. prévia.
Nas imediações está instalada a Associação
A Rocha e o seu centro de estudos
ornitológicos.
7. Península de
Sagres
7.

Península de Sagres
Estatuto de proteção A Avifauna
Sítio de Interesse para a Conservação do Arade e da Ria de Alvor (Rede Natura 2000), Parque Natural do
Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, Zona Especial de Proteção de Aves, Reserva Biogenética.
A diversidade de micro-paisagens que o
ecossistema da região de Sagres alberga -
incluindo zonas marinhas, florestas, matos,
Roteiro
campos agrícolas, zonas húmidas - garante a
Cabo de S. Vicente Milhafre-preto (Milvus migrans) presença de uma rica comunidade de aves,
A com mais de 300 espécies já registadas.
Entre estas, um especial destaque para as
Roteiro aves de rapina. Todos os anos, durante a
migração pós-nupcional (entre agosto e
Vale Santo Descrição novembro), passam nesta zona cerca de
B 5.000 indivíduos, de mais de 30 espécies,
A zona situada mais a Sudoeste da Europa fazendo desta península o principal corredor
Roteiro
caracteriza-se por um planalto costeiro, migratório existente em Portugal. As mais
118 Monte da Cabranosa de elevadas arribas rochosas e pequenas abundantes são o Grifo, a Águia-calçada, 119

C praias arenosas, rodeadas por campos a Águia-de-asa-redonda, o Gavião e a


agrícolas cerealíferos - muitos ainda ativos -, Águia-cobreira. Mas além destas, ocorrem
Roteiro
intercalados por manchas de pinhal-bravo muitas outras, como o Falcão-abelheiro,
Porto da Baleeira e por densos matagais mediterrânicos. o Abutre-do-egito, o Milhafre-preto e a
D O oceano Atlântico mantém uma forte Águia-caçadeira, bem como várias raridades
presença, com um clima por vezes adverso nacionais e internacionais, como a Águia-
Roteiro
e uma constante salinidade no vento, -imperial, Águia-real, Abutre-negro, Águia-
Lagoa do Martinhal frequentemente forte nesta zona. Na foz -da-pomeranea, entre outras. Além das
E da ribeira do Martinhal e na de Budens, rapinas, Sagres é muito interessante para a
formam-se duas pequenas zonas húmidas, observação de aves marinhas (ver Roteiro
com vegetação de sapal e palustre, 10) e estepárias. Neste grupo, destacam-se o
respetivamente. A paisagem plana de Sisão, a Petinha-dos-campos, a Calhandrinha
Sagres e seu entorno, bastante diferente e a Cotovia-montesina. Sagres acolhe ainda,
do restante Algarve, alberga numerosos a única colónia a Sul da Serra d’Aire, de
valores naturais e culturais, nomeadamente Candeeiros e de Gralha-de-bico. A costa
B
uma flora especial, onde se incluem vários rochosa possibilita, ainda, a observação de
C endemismos regionais, vários monumentos Petinha-marítima e Pilrito-escuro.
A E
geológicos, históricos e arqueológicos e,
D
especialmente, uma muito interessante
avifauna.
Roteiro

Península de Sagres
Código: VB1 Como chegar: pela Via do Infante (A 22) até Espécies mais interessantes Época do ano
Coordenadas: 8º58’0,35’’O 37º2’56,16’’N Lagos e daqui, pela EN 125, até Vila do Bispo
Corvo-marinho-de-crista (Phalacrocorax aristotelis) todo o ano
Concelho: Vila do Bispo e Sagres. Desde este local, e em pequenas
Descrição: planalto costeiro, caracterizado incursões de carro, pela EN 268, até ao Cabo Cegonha-preta (Ciconia nigra) outono
por escarpas rochosas no litoral, entre- de S. Vicente e outros locais nas imediações. Grifo (Gyps fulvus) outono
cortadas por pequenas praias arenosas, e Itinerário: na vila de Sagres visitar o Porto Abutre do Egito (Neophron percnopterus) outono
envolvida por extensos campos agrícolas da Beleeira, a praia adjacente e o molhe e
Águia-calçada (Aquila pennata) outono
cerealíferos, manchas de pinhal-bravo e a Ponta da Atalaia. Seguir para o Cabo de
densos matagais. A região alberga ainda S. Vicente. Visitar o Vale Santo e o Monte da Águia-cobreira (Circaetus gallicus) outono
algumas zonas húmidas costeiras, como a Cabranosa, a Lagoa do Martinhal e o Paúl de Águia-imperial (Aquila adalberti) outono
Lagoa do Martinhal e a Lagoa de Budens ou Budens. Milhafre-real (Milvus milvus) outono
Boca do Rio. Quando visitar: primavera, outono e
Milhafre-preto (Milvus migrans) todo o ano
inverno.
Duração da visita: 1 dia. Buteo-vespeiro (Pernis apivorus) todo o ano
Falcão-da-rainha (Falco eleonorae) outono
120 121
Falcão-peregrino (Falco peregrinus) todo o ano
Sisão (Tetrax tetrax) todo o ano
Tarambola-carambola (Charadrius morinellus) outono
Andorinhão-real (Apus melba) verão e outono
Ferreirinha-alpina (Prunella collaris) inverno
Petinha-dos-campos (Anthus campestris) primavera, verão e outono
Petinha de Richard (Anthus richardii) inverno
Felosa-tomilheira (Sylvia conspicillata) primavera, verão e outono
Felosa-do-mato (Sylvia undata) todo o ano
Melro-de-peito-branco (Turdus torquatus) outono e inverno
Melro-azul (Monticola solitarius) todo o ano
Gralha-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax) todo o ano

Grifo (Gyps fulvus)


A Cabo de S. Vicente
B Vale Santo
C Monte da Cabranosa
D Porto da Baleeira
Roteiro
E Lagoa do Martinhal
Península de Sagres Percurso recomendado

122 Sisão (Tetrax tetrax)


B 123

Sinalização e apoios: em breve será Outros locais de interesse nas


instalado nesta região um conjunto de imediações: a oeste de Vila do Bispo, no C
equipamentos de sinalização e de apoio à caminho para a praia do Castelejo, existe
observação de aves. uma densa floresta de pinhal – o Perímetro
Particularidades: melhor zona do Algarve Florestal de Vila do Bispo – equipado
e de Portugal continental para observar com um percurso pedestre, devidamente
aves de rapina, especialmente durante sinalizado e com painéis informativos.
a migração outonal, entre setembro e Neste local há uma pequena lagoa que atrai A E
novembro. Nesse período passam por esta diversos passeriformes florestais. A este de
região cerca de 5.000 aves. Todas as espécies Sagres, perto de Budens, forma-se junto da
de rapinas que ocorrem em Portugal são costa uma zona húmida – Boca do rio ou
observadas anualmente em Sagres, nesta Paul de Budens – com extensos caniçais,
época do ano, incluindo várias raridades. canais de água e zonas de pastagens.
No outono é possível observar mais de uma Notas: o itinerário indicado deve ser
D
centena de espécies num só dia. Zona de iniciado pela manhã cedo, especialmente
muito fácil acesso. para observar aves marinhas e aquáticas.
A intensidade do vento nesta zona é
normalmente elevada.
8. Serra de
Monchique
8.

Serra de Monchique
Estatuto de proteção
Sítio de Interesse para a Conservação da Serra de Monchique, Zona de Proteção Especial de Aves ao
abrigo da Rede Natura 2000.

Sobreiro (Quercus suber)

Roteiro

Fóia Descrição A Avifauna

A
A Serra de Monchique constitui o ponto A importância ornitológica da Serra de
mais elevado do Algarve, atingindo Monchique destaca-se, sobretudo, pela
Roteiro os 905 m de altitude. A especificidade ocorrência recente de grandes águias, como
climática deste local em associação com a Águia-real - que aqui nidificou até meados
Picota a sua geologia particular, fazem desta dos anos 90 e que ainda é vista com alguma
B A
cordilheira um sítio bastante especial, regularidade no outono -, e de Águia de
B tendo sido mesmo incluída na rede Bonelli, cuja população está hoje entre
Picota
4
126 europeia de hot-spots forests. O sobreiral as mais importantes em Portugal. Além 5
127
Roteiro
e o eucaliptal cobrem grande parte da destas, Monchique acolhe também uma
Caldas de C região, entrecortados com pequenas hortas importante população de Águia-cobreira,
Monchique se subsistência junto de várias aldeias. O bem como de Bufo-real. Os densos bosques
relevo é bastante sinuoso, apresentando e afloramentos rochosos atraem muitas
C
numerosos vales e barrancos profundos, outras aves, em particular passeriformes, tais
ricos em linhas de água cobertas de galerias como a Escrevedeira-de-garganta-preta, Cia,
ripícolas, com freixos, salgueiros e amieiros. Melro-azul, Felosa-ibérica, Felosa-do-mato,
A presença de água nesta região serrana Torcicolo, entre outras. Nas fragas rochosas,
é notável, traduzindo-se em bosques mais situadas no topo da Fóia e da Picota,
diversos, verdejantes e densos, onde ainda ocorrem com regularidade no inverno a
é possível encontrar carvalhos, castanheiros, Ferreirinha-alpina e nas migrações o Melro-
medronheiros de grande porte, o raro -das-rochas, este bem mais raro.
azevinho, rododrendos, etc. A partir dos 800
m, sensivelmente, a vegetação é sobretudo
arbustiva, com numerosos afloramentos
rochosos. A riqueza natural desta serra
denota-se, sobretudo, pela flora e geologia,
mas também pela fauna associada, com
destaque para as grandes águias, como a
Águia de Bonelli.
Roteiro

Serra de Monchique
Código: MC1
Coordenadas: 8º35’32,73’’O  37º18’56,61’’N
Concelho: Monchique
Descrição: zona montanhosa, rica
em declives, cumes e barrancos, com
numerosas linhas de água e densos
bosques ribeirinhos. Sobreiral e eucaliptal
marcam a paisagem. Afloramentos rochosos
nos principais picos, na Fóia e na Picota,
de sienito nifelínico, o granito típico de
Monchique.
Como chegar: pela Via do Infante até perto
de Portimão e sair na indicação “Portimão e
Monchique”. Tomar o sentido de Monchique
e seguir o caminho principal até esta vila.
128 129
Itinerário: Monchique, Fóia, Picota, Caldas
de Monchique.
Quando visitar: primavera e outono.
Duração da visita: 3 a 4 horas.
Cia (Emberiza cia) Felosa-do-mato (Sylvia undata)

Espécies mais interessantes Época do ano Sinalização e apoios: não existe. Outros locais de interesse nas
Particularidades: zona de fácil acesso, imediações: Foz da Ribeira da Amoreira, em
Águia de Bonelli (Aquila fasciata) todo o ano
embora distante e por estradas sinuosas. Aljezur, para a observação de aves limícolas
Águia-cobreira (Circaetus gallicus) primavera e outono Tanto na Fóia como na Picota, conseguem- e garças.
Grifo (Gyps fulvus) outono -se obter excelentes panorâmicas da serra Notas: clima por vezes instável e adverso,
Felosa-do-mato (Sylvia undata) todo o ano envolvente. Em torno de Monchique com nebulosidade e chuva, devido
desenvolvem-se densos bosques de à altitude. Estar preparado para estas
Felosa-ibérica (Phylloscopus ibericus) primavera
sobreiral bastante ricos em aves florestais. circunstancias. Sugere-se a visita pela manhã
Estrelinha-de-poupa (Regulus ignicapillus) inverno Nos maciços rochosos da Fóia surgem, cedo.
Melro-de-peito-branco (Turdus torquatus) inverno regularmente no outono e inverno, algumas
Escrevedeira-de-garganta-preta (Emberiza cirlus) todo o ano aves menos comuns, como a Ferreirinha-
-alpina e até o Melro-das-rochas.
Cia (Emberiza cia) todo o ano
A

130 131

A Fóia
B Picota
Roteiro
C Caldas de Monchique
Serra de Monchique Percurso recomendado

C
9. Serra do
Caldeirão
9.

Serra do Caldeirão
Estatuto de proteção Descrição A Avifauna
Sítio de Interesse para a Conservação da Serra de Caldeirão e Zona de Proteção Especial de Aves inserido
na Rede Natura 2000.
O maciço montanhoso do Caldeirão O Caldeirão apresenta uma rica comunidade
estende-se desde o Algarve ao Baixo de aves florestais, caracterizada pela
Alentejo, cobrindo uma vasta área. O seu presença de mais de 150 espécies, de onde
Roteiro
relevo caracteriza-se por numerosos cumes se destacam várias rapinas, como a Águia de
Fonte da Benémola e vales, de formas suaves, onde se formam Bonelli, a Águia-cobreira, o Açor e o Bufo-
A algumas das principais ribeiras da região, -real, bem como numerosos passeriformes.
como o Vascão, Odeleite ou Algibre. O Entre estes, destaque para a Felosa-real, a
coberto vegetal é predominantemente Felosa-de-bigodes, a Felosa-do-mato, o
Roteiro de esteval e sobreiral que, nas encostas Torcicolo, o Rabirruivo-de-testa-branca,
Rocha da Pena orientadas a norte – as umbrias – se o Chasco-castanho, o Papa-figos ou o
apresenta mais denso e rico, devido à Abelharuco, que nidificam em vários
B
maior presença de vegetação arbustiva de locais desta serra. Na migração e inverno
medronheiros, urzes, rosmaninhos, etc. A é frequente a observação de grifos nesta
134 B 135
Roteiro presença humana está patente em diversas região, normalmente em bandos - que por
aldeias espalhadas pela serra, em torno das vezes juntam centenas de indivíduos -, bem
Barranco do Velho C D quais ainda se encontram ativas pequenas como de diversos invernantes, como o Dom
a Parizes A hortas, bem como a pastorícia e a apicultura. Fafe, a Ferreirinha-comum ou o Melro-de-
C D Mas é o sobreiral, em particular, que -peito-branco.
atribui especial valor a esta zona. Além da
importante atividade económica associada
ao mesmo – a produção de cortiça - os
bosques de sobreiro, outrora misturado
com carvalhos, formam uma paisagem
muito bela, onde habitam largas dezenas
de espécies de fauna silvestre, incluindo
mamíferos raros como o Lince-ibérico ou o
Gato-bravo, e muitas aves.

Barranco do Velho
Roteiro

Fonte da Benémola
Código: LL5
Coordenadas: 8º0’15,85’’O 37º11’55,65’’N
Concelho: Loulé
Descrição: vale ribeirinho, situado em
zona de transição entre o Barrocal e a Serra.
Presença permanente de água, graças à
existência de várias nascentes e açudes.
Densa vegetação ripícola, com frondosos
freixos, salgueiros, manchas de canavial e
numerosas hortas tradicionais nas margens.
Como chegar: a partir de Loulé, tomar a EN
Chapim-de-crista (Parus cristatus)
2 em direção a Ameixial. Virar em direção a
Querença, passar por esta aldeia e depois
seguir as indicações de Sítio Classificado da pedestre circular aí existente e sinalizado.
Fonte da Benémola. Fazer paragens ao longo do mesmo.
136 137
Itinerário: na entrada desta área protegida, Quando visitar: primavera.
estacionar a viatura. Percorrer o itinerário Duração da visita: 2 a 3 horas.
Abelharuco (Merops apiaster)

Espécies mais interessantes Época do ano Sinalização e apoios: o percurso pedestre Notas: aconselhável a visita pela manhã
está sinalizado e possui painéis informativos cedo, quando a atividade das aves é maior. A
Pica-pau-malhado-pequeno (Dendrocopos minor) todo o ano
da fauna e flora local. visita a este local requer alguma experiência
Torcicolo (Jynx torquilla) primavera e verão Particularidades: um local bastante na observação e identificação de aves e, em
Bufo-real (Bubo bubo) todo o ano atrativo, acessível e fácil de percorrer a pé particular, dos seus cantos, pois muitas vezes
Mocho-galego (Athene noctua) todo o ano ou de bicicleta. Elevada presença de aves não estão visíveis.
associadas ao meio ribeirinho e florestal.
Abelharuco (Merops apiaster) primavera e verão
Possibilidade de observar todas as espécies
Andorinha-daurica (Hirundo daurica) primavera e verão de pica-paus existentes em Portugal. Local Andorinha-daurica (Hirundo daurica)

Felosa-ibérica (Phylloscopus ibericus) primavera com presença regular de Bufo-real, por


Felosa-poliglota (Hipolais poliglotta) primavera vezes detetável pelo canto.
Outros locais de interesse nas
Papa-figos (Orilus oriolus) primavera
imediações: Rocha da Pena.
Melro-azul (Monticola solitarius) todo o ano
Chapim-de-crista (Parus cristatus) todo o ano
Roteiro

Rocha da Pena
Código: LL6
Coordenadas: 8º6’5,95’’O 37º15’1,25’’N
Concelho: Loulé
Descrição: planalto rochoso, situado entre o
Barrocal e a Serra do Caldeirão. Caracterizado
pelas suas faces rochosas, com grandes
escarpas expostas e densos matagais
mediterranicos no topo. A sul, salienta-se a
presença de pomares de sequeiro, sobretudo
com alfarrobeira, e a norte, presença de
sobreiral, campos agrícolas e pastagens. Melro-azul (Monticola solitarius)
Como chegar: a partir de Loulé, tomar a EN
525 em direção a Salir. Daí seguir em direção pedestre circular. Este atravessa todo o
a Alte e ao fim de 4 km, virar à direita em planalto e permite uma boa observação
direção à Rocha da Pena. deste local e da paisagem circundante.
138 139
Itinerário: na base deste maciço rochoso Quando visitar: outono e inverno.
existe um café, onde se inicia um percurso Duração da visita: 2 horas.

Espécies mais interessantes Época do ano


Águia de Bonelli (Aquila fasciata) todo o ano
Águia-cobreira (Circaetus gallicus) primavera
Grifo (Gyos fulvus) outono
Bufo-real (Bubo bubo) inverno
Andorinhão-palido (Apus pallidus) primavera e verão
Melro-azul (Monticola solitarius) todo o ano
Felosa-do-mato (Sylvia undata) todo o ano

Sinalização e apoios: o percurso pedestre passagem regular de grifos e outras rapinas,


está sinalizado e possui painéis informativos como a Águia-cobreira e outras aves como o
da fauna e flora local. Andorinhão-real.
Particularidades: zona rochosa elevada, Outros locais de interesse nas
com excelente campo de visão para a Serra imediações: Serra do Caldeirão.
do Caldeirão. Local interessante a visitar Notas: aconselhável a visita pela manhã
durante a migração outonal, devido à cedo, quando a atividade das aves é maior.
Roteiro
B Rocha da Pena
Rocha da Pena Percurso recomendado

B
B B

140 141

Rocha da Pena
Roteiro

Barranco do Velho a Parizes


Código: LL6 / SB1 de Barranco do Velho e fazer paragem nessa Espécies mais interessantes Época do ano
Coordenadas: 7º56’14,96’’O 37º14’13,02’’N aldeia. Regressar, depois, à estrada nacional
Águia de Bonelli (Aquila fasciata) todo o ano
(Barranco do Velho) e 7º51’9,51’’O e seguir em direção a S. Brás de Alportel.
37º14’51,91’’N (Parizes) Logo após o cruzamento, virar à esquerda Águia-cobreira (Circaetus gallicus) primavera
Concelho: Loulé e S. Brás de Alportel em direção à aldeia de Javali e Parizes. Açor (Accipiter gentillis) outono
Descrição: zona montanhosa, com densos Itinerário: aldeia de Barranco do Velho: Pica-pau-verde (Picus viridis) todo o ano
bosques de sobreiral e vegetação arbustiva fonte férrea, área em redor da igreja e
Melro-azul (Monticola solitarius) todo o ano
de medronheiro, urze e esteva. Presença miradouro do depósito de água. Aldeia de
humana restrita a pequenas aldeias isoladas Parizes: itinerário em torno da aldeia, hortas Felosa-do-mato (Sylvia undata) todo o ano
na serra, onde ainda se pratica alguma tradicionais. Miradouros da Cabeça do Velho Felosa-de-bigodes (Sylvia cantillans) todo o ano
agricultura de subsistência. e das Ameixerinhas. Felosa-real (Sylvia hortulana) primavera
Como chegar: a partir de Loulé, tomar a EN Quando visitar: primavera e outono.
Rabirruivo-de-testa-branca (Phoenicurus phoenicurus) primavera
124 em direção ao Ameixial. Seguir a direção Duração da visita: 2 a 3 horas.
Chasco-castanho (Oenanthe hispanica) primavera
Papa-figos (Oriolus oriolus) primavera e verão
142 143
Cia (Emberiza cia) todo o ano

Sinalização e apoios: os percursos Outros locais de interesse nas


pedestres estão sinalizados e possuem imediações: Ameixial e Ribeira do Vascão.
painéis informativos da fauna e flora local. Notas: aconselhável a visita pela manhã
Particularidades: sítio bastante interessante cedo, quando a atividade das aves é maior.
para observar passeriformes migradores A visita nesta zona requer a realização de
durante a primavera, como a Felosa-de- pequenas caminhadas, de forma a aceder a
-bigodes, o Rabirruivo-de-testa-branca e o vários locais.
Chasco-castanho. Área de ocorrência de
Águia de Bonelli, sendo a sua observação
relativamente fácil nesta zona. Junto
das aldeias é bastante fácil observar a
Andorinha-daúrica e o Melro-azul, uma
vez que nidificam em edifícios antigos e
abandonados.

Águia-cobreira (Circaetus gallicus)


Roteiro C Barranco do Velho
D Parizes
Barranco do Velho a Parizes Percurso recomendado

144 145
10. Costa Algarvia
Roteiros Marítimos
10.

Costa Algarvia
Roteiros Marítimos
Roteiro

Fuseta
A

Roteiro

Portimão
B

148 149
Roteiro

Sagres
C

A
C
Roteiros marítimos

Existem vários locais ao longo da costa Descrição: nestes locais, a presença de


Algarvia onde a observação de aves canhões submarinos ou de estruturas
marinhas revela-se bastante interessante artificiais, como as armações de atum ao
e frutífera, por motivos de ordem natural largo da Ria Formosa, são motivos pelos
e logística. A existência de formações quais a presença de aves marinhas é mais
submarinas especiais ou de empresas evidente e abundante. Em Sagres, por
especializadas em viagens de barco para outro lado, o contacto com a costa Oeste, é
esta atividade, são alguns desses aspetos. motivo de uma maior presença destas aves,
Embora, de uma forma geral, a observação especialmente na migração pós-nupcial,
Pardela-de-barrete (Puffinus gravis)
destas espécies possa ocorrer um pouco aquando da sua viagem Norte – Sul, uma
por toda zona costeira, apresentam-se vez que se insere no corredor de passagem
os mais interessantes e onde a realização das mesmas.
Descrição A avifauna de incursões pelágicas para observar se Quando visitar: verão, outono e inverno.
fotografar estas aves tem maior oferta Duração da visita: entre 2 a 5 horas (varia
O litoral algarvio, juntamente com a A costa algarvia é visitada por um grande especializada. de local para local).
150 151
zona marítima adjacente, apresenta número de aves marinhas durante as suas
uma diversidade notável de formas e migrações e no inverno. Nestes períodos,
relevos que induzem à presença de uma mais de 20 espécies podem ser aqui
diversificada de fauna e flora. O fundo observadas, incluindo algumas bastante
oceânico ao largo da região, apresenta raras e ameaçadas, como a Pardela das
uma plataforma continental estreita e Baleares, Pardela-de-barrete, o Moleiro-de-
pouco profunda, exceto nos acidentes -cauda-comprida ou o Papagaio-do-mar.
morfológicos submarinos - canhões ou Entre as mais comuns, a Pardela-de-bico-
fossas -, nomeadamente em Faro, Portimão -amarelo e o Ganso-patola são as que
e S. Vicente, que atingem profundidades na passam em maiores quantidades, esta
ordem das muitas centenas de metros. Nos última atingindo os milhares de indivíduos.
taludes destas formações e, em particular, A sua observação pode ser feita a partir de
no limite da plataforma continental, as terra, com maior dificuldade, ou em viagens
correntes oceânicas deslocam sedimentos de barco especializadas que possibilitam
e matéria orgânica, atraindo inúmera um contacto muito próximo. Em zonas de
espécies animais, incluindo aves marinhas alimentação e na proximidade de barcos de
e golfinhos, que ali se concentram para pesca em alto mar, as concentrações destas
alimentar. aves chegam a ser bastante significativas,
funcionando como um excelente atrativo
para quem gosta da sua observação e de
fotografia.

Observação e fotografia de aves marinhas


Pardela do Mediterrâneo (Puffinus mauritanicus)

152 Espécies mais interessantes Época do ano 153


Pardela-de-barrete (Puffinus gravis) verão e outono
Pardela das Baleares (Puffinus mauritanicus) todo o ano
Pardela-preta (Puffinus griseus) verão e outono
Painho-casquilho (Oceanites oceanicus) verão e outono
Painho-de-cauda-quadrada (Hydrobates pelagicus) verão, outono e inverno
Painho-de-cauda-forcada (Oceanodroma leucorhoa) inverno
Moleiro-pomarino (Stercorarius pomarinus) outono
Moleiro-de-cauda-comprida (Stercorarius longicaudus) outono
Moleiro-artico (Stercorarius parasiticus) outono e inverno
Moleiro-grande (Stercorarius skua) primavera, outono e inverno
Torda-mergulheira (Alca torda) inverno
Papagaio-do-mar (Fratercula artica) inverno
Gaivota de Audouin (Larus audouinii) todo o ano
Andorinha-do-mar-comum (Sterna hirundo) outono
Andorinha-do-mar-ártico (Sterna paradisea) outono
Falaropo-de-bico-grosso (Pahlaropus fulicarius) outono

Pardela-de-bico-amarelo (Calonectris diomedea)


Particularidades: as visitas pelágicas Notas: a presença de barcos de pesca em
para observação de aves marinhas estão alto mar pode resultar numa presença
condicionadas ao bom estado de agitação significativa de aves marinhas nas suas
do mar. Contudo, podem ser muito imediações, sobretudo quando estão a
frutuosas, pois permitem observações retirar o pescado ou a prepará-lo para o
de muito perto do barco. São, por isso, acondicionamento. A visita deve ser de
atividades bastante interessante para manhã cedo. Depois de tempestades, a
fotografia. Melhor época para as saídas observação destas aves pode ser bem
de barco é no verão e outono (junho até sucedida de terra.
novembro). No inverno as condições de
154 agitação do mar não permitem saídas com
facilidade.

Lista Sistemática das


Espécies de Aves que
ocorrem no Algarve

Observação de aves marinhas Fuinha-dos-juncos (Cisticola juncidis)


Lista Sistemática
Nome Científico Nome Português Nome Inglês Fen Abund Local

Gavia stellata Mobelha-pequena Red-throated Diver - Acid 10


Gavia immer Mobelha-grande Great Northern Diver - Acid 10

das Espécies de Aves


Tachybabtus ruficollis Mergulhão-pequeno Little Grebe Res Com 2,3,4,5,6
Podiceps cristatus Mergulhão-de-crista Great Crested Grebe Res Com 2,3
Podiceps nigricollis Mergulhão-de-pescoço-preto Black-necked Grebe Inv Com- 2,3,4

que ocorrem no
Podiceps auritus Mergulhão-de-pescoço-castanho Horned-grebe - Acid 3
Calonectris diomedea Cagarra Cory’s Shearwater Mig Com 10
Puffinus gravis Pardela-de-barette Great Shearwater Mig 10

Algarve
Puffinus griseus Pardela-preta Sooty Shearwater Mig 10
Puffinus puffinus Fura-bucho-do-Atlântico Manx Shearwater Mig 10
Puffinus mauretanicus Pardela Balear Balearic Shearwater Mig 10
Oceanites oceanicus Casquilho Wilson’s Storm Petrel Mig 10
Hydrobates pelagicus Alma-de-mestre European Storm Petrel Mig 10
Morus bassana Alcatraz Northern Gannet Mig / Inv Com 10
Fenologia (Fen): Local:
Phalacrocorax carbo Corvo-marinho Great Cormorant Inv Com+ 2,3,4,5,6
Mig – Migrador 1. Baixo Guadiana
Phalacrocorax aristotelis Galheta European Shag Res Com- 7
Res – Residente 2. Castro Marim
Inv – Invernante 3. Ria Formosa Ixobrychus minutus Garçote Little Bittern Est Com- 3,4,5
Est – Estival (nidificante e migrador) 4. Lagoas Costeiras Botaurus stellaris Abetouro Bittern - Acid 3,4
5. Lagoa dos Salgados Nycticorax nycticorax Goraz Black-capped Night-Heron Mig Com- 3,4,5
Abundância (Abund.) 6. Arade e Alvor Ardeola ralloides Papa-ratos Eurasian Squacco Heron Mig Com- 3,4,5
Acid – acidental (< 5 registos nos últimos 7. Sagres Bubulcus ibis Carraceiro Cattle Egret Res Com+ todos
5 anos) 8. Serra de Monchique
156 Egretta garzetta Garça-branca Little Egret Res Com 2,3,4,5,6 157
R – Raro (< 5 registos por ano) 9. Serra do Calderião
Egretta alba Garça-branca-grande Great Egret Inv R 3
Com(-) – pouco comum 10. Zona Marinha Algarvia
Com – Comum Ardea cinerea Garça-cinzenta Grey Heron Res Com 2,3,4,5,6

Com(+) – Muito comum Ardea purpurea Garça-vermelha Purple Heron Est Com 3,4,5
Ciconia ciconia Cegonha-branca White Stork Res Com+ todos
Ciconia nigra Cegonha-preta Black Stork Mig R 7
Plegadis falcinellus Maçarico-preto Glossy Ibis Inv Com 3,5
Geronticus eremita (R) Íbis-pelado Bald Ibis - Acid
Treskiornis aethiopicus (R) Íbis-sagrado Sacred Ibis - Acid 3,5
Platalea leucorodia Colhereiro Eurasian Spoonbill Res Com 2,3,4,5,6
Phoenicopterus ruber Flamingo Greater Flamingo Inv Com+ 2,3,4,5,6
Phoenicopterus minor Flamingo-anão Lesser Flamingo - Acid 2
Cygnus olor Cisne Mute Swan - Acid
Anser anser Ganso-bravo Greyleg Goose Inv Com- 2
Branta bernicla Ganso-de-faces-pretas Brent Goose Inv R 3
Tadorna ferruginea Pato-canela Ruddy Shelduck Inv R 5,7
Tadorna tadorna Pato-branco Common Shelduck Res Com 2,3
Anas strepera Frisada Gadwall Res Com+ 2,3,4,5,6
Anas penelope Piadeira Eurasian Wigeon Inv Com 3
Anas crecca Marrequinha Eurasian Teal Inv Com 2,3,4,5,6
Anas platyrhynchos Pato-real Mallard Res Com+ 2,3,4,5,6
Anas acuta Arrabio Northern Pintail Inv Com 2,3,4,5
Anas querquedula Marreco Garganey Mig Com- 3,5

Espécie já observada

Poupa-eurasiática (Upupa epops)


Nome Científico Nome Português Nome Inglês Fen Abund Local Nome Científico Nome Português Nome Inglês Fen Abund Local

Anas clypeata Pato-trombeteiro Northern Shoveler Inv Com 2,3,4,5,6 Falco peregrinus Falcão-peregrino Peregrine Res Com 5,7
Netta rufina Pato-de-bico-vermelho Red-crested Pochard Res Com 2,3,4 Falco biarmicus Alfaneque Lanner Falcon - Acid 7
Athya ferina Zarro-comum Common Pochard Inv Com 2,3,4,5 Alectoris rufa Perdiz Red-legged Partridge Res Com+ 2,8,9
Athya nyroca Zarro-castanho Ferrugineous Duck Inv / Mig R 4,5 Coturnix coturnix Cordoniz Quail Res Com 1,2,5,7
Athya fuligula Negrinha Tufted Duck Inv Com 3,4 Crex crex Codornizão Corn Crake - Acid 7
Athya collaris Caturro Ring-necked Duck - Acid 4,5 Rallus aquaticus Frango-dágua Water Rail Res Com 2,3,4,5,6
Athya marila Zarro-bastardo Greater Scaup - Acid 4 Porzana porzana Franga-d’água Spotted Crake Mig R 3,5
Clangula hyemalis Pato-rabilongo Long-tailed Duck Acid R 2,3 Porzana parva Franga-d’água-bastarda Little Crake - Acid 3
Melanitta nigra Negrola Common Scoter Inv Com 10 Porzana pusilla Franga-d’água-pequena Baillon’s Crake - Acid 3
Melanitta perspicilatta Pato-careto Surf Scoter - Acid 10 Gallinula chloropus Galinha-d’água Common Moorhen Res Com+ 2,3,4,5,6
Mergus merganser Merganso-grande Common merganser - Acid 6 Fulica atra Galeirão Common Coot Res Com+ 2,3,4,5,6
Mergus serrator Merganso Red-breasted Merganser Inv R 3,6 Fulica cristata Galeirão-de-crista Red-knobbed Coot Inv R 2,3
Oyura leucocephala Pato-de-rabo-alçado White-headed Duck Mig / Inv R 3,5 Porphyrio porphyrio Caimão Purple Swamphen Res Com 3,4,5
Oxyura jamaicensis Pato-de-rabo-alçado-americano Ruddy Duck - Acid 3,5 Grus grus Grou Common Crane - Acid 5
Gyps fulvus Grifo Eurasian Griffon Vulture Mig Com- 7,8,9 Tetrax tetrax Sisão Little Bustard Res Com- 2,7
Gyps rueppellii Grifo-perdês Rueppell’s Griffon Vulture Mig R 7 Otis tarda Abetarda Great Bustard - Acid 7
Aegypius monachus Abutre-preto Eurasian Black Vulture Mig R 7 Haemotopus ostralegus Ostraceiro Oystercatcher Inv Com 3,6
Neophron percnopterus Britango Egyptian Vulture Mig Com- 7 Himantopus himantopus Pernilongo Black-winged Stilt Res Com+ 2,3,4,5,6
Pandion haliaetus Águia-pesqueira Osprey Inv Com 2,3,6,7 Recurvirostra avosetta Alfaiate Pied Avocet Res Com 2,3,5
Aquila adalberti Águia-imperial Spanish Imperial Eagle Mig R 7 Cursorius cursor Corredor Cream-coloured Courser - Acid 3
Aquila chrysaetos Águia-real Golden Eagle Mig R 7,9 Burhinus oedicnemus Alcaravão Eurasian Thick-Knee Res Com 2,3,7
158 Aquila pommarina Águia da Pomerânia Lesser Spotted Eagle - Acid 7 Glareola pratincola Perdiz-do-mar Collared Pratincole Est Com 2,3 159
Aquila clanga Águia-malhada Greater Spotted Eagle - Acid 7 Charadrius hiaticula Borrelho-grande-de-coleira Common Ringed Plover Inv Com+ 2,3,4,5,6
Aquila pennata Águia-calçada Booted Eagle Mig Com 3,7 Charadrius dubius Borrelho-pequeno-de-coleira Little Ringed Plover Est Com 1
Aquila fasciata Águia de Bonelli Bonelli’s Eagle Res Com- 7,8,9 Charadrius alexandrinus Borrelho-de-coleira-interrompida Kentish Plover Res Com 2,3,4,5,6
Circaetus gallicus Águia-cobreira Short-toed Eagle Est Com 7,8,9 Charadrius morinellus Borrelho-ruivo Eurasian Dotterel Mig R 7
Milvus migrans Milhafre-preto Black Kite Est Com 3,7 Pluvialis apricaria Tarambola-dourada Eurasian Golden Plover Inv Com 2,3,5,6
Milvus milvus Milhafre-real Red Kite Mig Com- 7 Pluvialis squatarola Tarambola-cinzenta Grey Plover Mig / Inv Com 2,3,4,5,6
Elanus caeruleus Peneireiro-cinzento Black-shouldered Kite Inv Com 2,3,4,6,7 Pluvialis dominica Tarambola-americana American Golden Plover - Acid 5
Circus aeruginosus Águia-sapeira Western Marsh Harrier Res Com 2,3,4,5,6 Vanellus vanellus Abibe Northern Lapwing Inv Com 2,3,4,5,6
Circus cyaneus Tartaranhão-cinzento Hen Harrier Inv Com- 2,3 Vanellus gregarius Abibe-sociável Sociable Lapwing . Acid 3,5
Circus pygargus Águia-caçadeira Montagu’s Harrier Est Com 2 Calidris canutus Seixoeira Knot Mig / Inv Com 2,3,5,6
Circus macroruus Tartaranhão-pálido Pallid Harrier - Acid 7 Calidris alba Pilrito-das-praias Sanderling Mig / Inv Com 2,3,4,5,6
Accipter nisus Gavião Sparrowhawk Res Com 7,8,9 Calidris minuta Pilrito-pequeno Little Stint Mig / Inv Com 2,3,4,5,6
Accipter gentilis Açor Northern Goshawk Res Com 7,9 Calidris temminckii Pilrito-de-temminck Temminck’s Stint Mig / Inv Com- 2,3
Buteo buteo Águia-d`asa-redonda Common Buzzard Res Com 7,8,9 Calidris melanotos Pilrito-de-colete Pectoral Sandpiper - Acid 3
Buteo rufinus Buteo-mourisco Long-legged Buzzard - Acid 7 Calidris ferruginea Pilrito-de-bico-comprido Curlew Sandpiper Mig / Inv Com 2,3,4,5,6
Pernis apivorus Bútio-vespeiro Honey Buzzard Mig Com- 7 Calidris alpina Pilrito-de-peito-preto Dunlin Mig / Inv + Com 2,3,4,5,6
Falco tinnunculus Peneireiro Common Kestrel Res Com todos Calidris maritima Pilrito-escuro Purple Sandpiper Inv R 3,7
Falco naumanni Francelho-das-torres Lesser Kestrel Mig Com- 1,7 Calidris fuscicollis Pilrito-de-urupígio-branco White-rumped Sandpiper Acid R 7
Falco vespertinus Falcão-de-patas-vermelhas Red-footed Falcon - Acid 7 Arenaria interpres Rola-do-mar Turnstone Mig / Inv Com 2,3,4,5,6
Falco columbarius Esmerilhão Merlin Mig R 3,7 Tringa glareola Maçarico-bastardo Wood Sandpiper Mig Com- 3,5
Falco subbuteo Ógea Eurasian Hobby Mig Com- 3,7 Tringa ochropus Maçarico-bique-bique Green Sandpiper Mig / Inv Com 2,3,4,5,6
Falco eleonorae Falcão-de-rainha Eleanora’s Falcon Mig R 7 Actitis hypoleucos Maçarico-das-rochas Common Sandpiper Res Com 2,3,4,5,6

Espécie já observada Espécie já observada


Nome Científico Nome Português Nome Inglês Fen Abund Local Nome Científico Nome Português Nome Inglês Fen Abund Local

Tringa totanus Perna-vermelha Common Redshank Mig / Inv Com 2,3,4,5,6 Chlidonias hybridus Gaivina-dos-pauís Whiskered Tern Mig Com- 5
Tringa erythropus Perna-vermalha-bastardo Spotted Redshank Mig / Inv Com- 2,3 Alca torda Torda-mergulheira Razorbill Inv Com 7 10
Tringa nebularia Perna-verde Common Greenshank Mig / Inv Com 2,3,4,5,6 Uria aalge Airo Common Guillemot - Acid 10
Tringa flavipes Perna-amarela-pequeno Lesser yellowlegs - Acid 3 Fratercula arctica Papagaio-do-mar Atlantic Puffin Mig R 7,1
Tringa stagnitilis Perna-verde-fino Marsh Sandpiper - Acid 2 Columba livia Pombo-das-rochas Rock Dove Res Com 7
Limosa limosa Maçarico-de-bico-direito Black-tailed Godwit Mig / Inv Com 2,3,4,5,6 Columba oenas Seixa Stock Dove Mig Com- 7
Limosa lapponica Fuselo Bar-tailed Godwit Mig / Inv Com 2,3,6 Columba palumbus Pombo-torcaz Woodpigeon Res Com 1,8,9
Numenius arquata Maçarico-real Curlew Mig / Inv Com 2,3,6 Streptopelia decaocto Rola-turca Collared Dove Res Com todos
Numenius phaeopus Maçarico-galego Whimbrel Mig / Inv Com 2,3,5,6 Streptopelia turtur Rola-brava Turtle Dove Est Com 1,7,8,9
Scolopax rusticola Galinhola Woodcock Inv Com 8,9 Cuculus canorus Cuco Cuckoo Est Com todos
Gallinago gallinago Narceja Common Snipe Mig / Inv Com 2,3,4,5,6 Clamator glandarius Cuco-rabilongo Great Spotted Cuckoo Est - Com 2
Lymnocryptus minimus Narceja-galega Jack Snipe Mig / Inv - Com 2,3,4 Tyto alba Coruja-das-torres Barn Owl Res Com 3,4,7
Phalaropus fulicarius Falaropo-de-bico-grosso Grey Phalarope - Acid 2,3,7 Strix aluco Coruja-do-mato Tawny Owl Res Com 8,9
Phaloropus lobatus Falaropo-de-bico-fino - Acid 2,3 Bubo bubo Bufo-real Eurasian Eagle Owl Res Com 8,9
Tryngites subruficollis Pilrito-canela Buff-brested Sandpiper - Acid 4,7 Otus scops Mocho-d’orelhas Scop’s Owl Res Com 7,8,9
Philomachus pugnax Combatente Ruff Mig / Inv Com 2,3,4,5,6 Athene noctua Mocho-galego Little Owl Res Com 2,3,5,6,7
Catharacta skua Alcaide Great Skua Mig / Inv Com 10 Asio otus Bufo-pequeno Long-eared Owl Mig Com- 7
Stercorarius parasiticus Moleiro-pequeno Parasitic Skua Mig Com- 10 Asio flammeus Coruja-do-nabal Short-eared Owl Mig / Inv Com- 5,7
Stercorarius longicaudus Moleiro-rabilongo Long-tailed Skua Mig R 10 Caprimulgus europaeus Noitibó-cinzento European Nightjar MIg Com- 7
Stercorarius pomarinus Moleiro do Àrctico Pomarine Skua Mig R 10 Caprimulgus ruficollis Noitibó-de-nuca-vermelha Red-necked Nightjar Est Com 3,4,5,7
Larus ridibundus Guincho Common Black-headed Gull Res Com 2,3,4,5,6 Apus apus Andorinhão-preto Common Swift Est Com todos
160 Larus genei Gaivota-de-bico-fino Slender-billed Gull Mig / Inv Com- 2,3 Apus pallidus Andorinhão-pálido Pallid Swift Est Com todos 161
Larus canus Gaivota-comum Common Gull Inv Com- 3,6 Apus melba Andorinhão-real Alpine Swift Est Com 5,6,7,9
Larus delawarensis Gaivota-de-bico-riscado Ring-billed Gull - Acid 3,5,6 Apus caffer Andorinhão-cafre White-rumped Swift Est Com- 1
Larus philadelphia Gaivota de Bonaparte Bonaparte’s Gull - Acid 3 Apus affinis Andorinhão-pequeno Little Swift - Acid 5
Larus melanocephalus Gaivota-de-cabeça-preta Mediterranean Gull Mig / Inv Com 2,3,4,5,6 Alcedo atthis Guarda-rios Eurasian Kingfisher Res Com todos
Larus minutus Gaivota-pequena Little Gull Mig / Inv Com- 2,3,5,6 Upupa epops Poupa Hoopoe Res Com todos
Larus sabini Gaivota de Sabine Sabine’s Gull Mig R 10 Merops apiaster Abelharuco European Bee-eater Est Com todos
Rissa tridactyla Gaivota-tridáctila Black-legged Kittiwake Inv R 10 Coraccias garrulus Rolieiro European Roller Mig R 7
Larus audouinii Gaivota-de-Audouin Audouin’s Gull Res Com 2,3,5 Jynx torquilla Torcicolo Wryneck Est Com 8,9
Larus argentatus Gaivota-prateada Hering Gull Inv R 3,6 Picus viridis sharpei Peto-verde Iberian Green Woodpecker Res Com 1,3,4,8,9
Larus michahellis Gaivota-de-patas-amarelas Yellow-legged Gull Res Com 2,3,4,5,6 Dendrocopus major Pica-pau-malhado Great Spotted Woodpecker Res Com 1,3,4,8,9
Larus fuscus Gaivota d`asa-escura Lesser Black-backed Gull Res Com 2,3,4,5,6 Dendrocopus minor Pica-pau-malhado-pequeno Lesser Spotted Woodpecker Res Com 8,9
Larus marinus Gaivotão-real Greater Black-backed Gull Inv R 3,6 Calandrella brachydactyla Calhandrinha Greater Short-toed Lark Est Com 5,7
Larus hyperboreus Gaivotão-branco Glaucous Gull - Acid 6,7 Calandrella rufescens Calhadrinha-das-marismas Lesser Short-toed Lark Res Com- 2
Larus glaucoides Gaivota-branca Iceland Gull - Acid 6,7 Galerida cristata Cotovia-de-poupa Common Crested Lark Res Com todos
Sterna sandvicensis Garajau Sandwich Tern Inv Com 2,3,4,5,6 Galerida theklae Cotovia-escura Thekla Lark Res Com 1,2,7,8,9
Gelichon nilotica Tagaz Gull-billed Tern Mig R 5 Lullula arborea Cotovia-dos-bosques Woodlark Res Com 1,2,7,8,9
Sterna albifrons Chilreta Little Tern Est Com 2,3,4,5,6 Aluada arvensis Laverca Eurasian Skylark Inv Com todos
Sterna hirundo Gaivina Common Tern Mig - Com 2,3,5 Riparia riparia Andorinha-das-barreiras Sand Martin Est Com 2,3,4,5,6
Sterna paradisaea Gaivina do ártico Arctic Tern Mig R 10 Ptyonoprogne rupestris Andorinha-das-rochas Crag Martin Res Com 1,5,7
Sterna caspia Garajau-grande Caspian Tern Mig / Inv Com- 2,3,5 Hirundo rustica Andorinha-das-chaminés Barn Swallow Est Com todos
Chlidonias niger Gaivina-preta Black Tern Mig Com 2,3,4,5,6 Hirundo daurica Andorinha-dáurica Red-rumped Swallow Est Com 8,9
Chlidonias leucopterus Gaivia-d’asa-branca White-winged Tern - Acid 3,5 Delichon urbica Andorinha-dos-berais House Martin Est Com todos

Espécie já observada Espécie já observada


Nome Científico Nome Português Nome Inglês Fen Abund Local Nome Científico Nome Português Nome Inglês Fen Abund Local

Anthus richardi Petinha de Richard Richard´s Pipit Inv Com- 5,7 Sylvia cantillans Toutinegra-de-bigodes Subalpine Warbler Est Com 8,9
Anthus campestris Petinha-dos-campos Tawny Pipit Est Com 1,7 Sylvia conspicillata Toutinegra-tomilheira Spectacled Warbler Est Com- 2,7
Anthus trivialis Petinha-das-árvores Tree Pipit Mig Com todos Sylvia melanocephala Toutinegra-dos-valados Sardinian Warbler Res Com todos
Anthus pratensis Petinha-dos-prados Meadow Pipit Inv Com todos Sylvia communis Papa-amoras Whitethroat Mig Com todos
Anthus spinoletta Petinha-d’água Water Pipit Inv Com 2,3 Sylvia borin Toutinegra-das-figueiras Garden Warbler MIg Com todos
Anthus petrosus Petinha-das-rochas Rock Pipit Mig / Inv R 7 Sylvia hortensis Felosa-real Western Orphean Warbler Est Com- 8
Anthus cervinus Petinha-de-garganta ruiva Red-throated Pipit - Acid 2 Sylvia atricapilla Toutinegra-de-barrete Blackcap Res Com todos
Motacilla flava Alvéola-amarela Yellow Wagtail Est Com 2,3,4,5,6 Phylloscopus collybita Felosinha Common Chiffchaff Inv Com todos
Motacilla cinerea Alvéola-cinzenta Grey Wagtail Res Com 1,8,9 Phylloscopus ibericus Felosinha-ibérica Iberian Chiffchaff Est Com 8,9
Motacilla alba Alvéola-branca White Wagtail Res Com todos Phylloscopus trochilus Felosinha-musical Willow Warbler Mig Com todos
Troglodytes troglodytes Carriça Winter Wren Res Com 1,8,9 Phylloscopus bonelli Felosa-de-papo-branco Bonelli’s Warbler Mig Com- 3,7,8,9
Prunella modularis Ferreirinha Dunnock Inv Com 8,9 Phylloscopus sibilatrix Felosa-assobiadeira Wood Warbler - Acid 7
Prunella collaris Ferreirinha-alpina Alpine Accentor Inv R 7 Phylloscopus inornatus Felosa-listada Yellow-browed Warbler - Acid 7,8
Erithacus rubecula Pisco-de-peito-ruivo Robin Res Com todos Regulus ignicapillus Estrelinha-real Firecrest Inv Com 3,8,9
Luscinia megarhynchos Rouxinol Common Nightingale Est Com 1,8,9 Regulus regulus Estrelinha-de-poupa Goldcrest Inv R 3,9
Cercotrichas galactotes Rouxiol-do-mato Rufous-tailed Scrub-Robin Est Com- 1 Muscicapa striata Taralhão-cinzento Spotted Flycatcher Mig Com todos
Luscinia svecica Pisco-de-peito-azul Bluethroat Inv Com 2,3,4,5,6 Ficedula hypoleuca Papa-moscas European Pied Flycatcher Mig Com todos
Phoenicurus ochrurus Rabirruivo Black Redstart Res Com todos Ficedula parva Papa-moscas-real Red-brested Flycatcher - Acid 6,7
Phoenicurus phoenicurus Rabirruivo-de-testa-branca Common Redstart Est Com 8,9 Parus cristatus Chapim-de-poupa Crested Tit Res Com 4,8,9
Phoenicurus moussieri Rabirruivo-mourisco Moussier’s Redstart - Acid 7 Parus caeruleus Chapim-azul Blue Tit Res Com 3,4,6,8,9
Saxicola rubetra Cartaxo-nortenho Whinchat Mig Com todos Parus major Chapim-real Great Tit Res Com todos
162 Saxicola torquata Cartaxo Common Stonechat Res Com todos Certhia brachydactyla Trepadeira Short-toed Treecreeper Res Com 3,4,6,8,9 163
Oenanthe oenanthe Chasco-cinzento Northern Wheatear Mig Com todos Lanius meridionalis Picanço-real Southern Grey Shrike Inv Com 1,2,3,7
Oenanthe hispanica Chasco-castanho Black-eared Wheatear Est Com 1,8 Lanius senator Picanço-barreteiro Woodchat Shrike Est Com Todos
Monticola solitarius Melro-azul Blue Rock-thrush Res Com 1,7,8,9 Garrulus glandarius Gaio Eurasian Jay Res Com 1,3,4,8,9
Monticola saxatillis Melro-da-rochas Rufous-tailed Rock-thrush Mig R 7,9 Cyanopica cooki Charneco Iberian Magpie Res Com 1,3,4,8,9
Turdus torquatus Melro-de-colar Ring Ouzel Mig / Inv Com- 7,8,9 Pica pica Pega-rabuda Magpie Res Com- 3
Turdus merula Melro Eurasian Blackbird Res Com todos Corvus monedula Gralha-de-nuca-cinzenta Eurasian Jackdaw Res Com 6,7
Turdus philomelos Tordo-pinto Song Thrush Inv Com todos Corvus corone Gralha-preta Carrion Crow Res Com- 7
Turdus viscivorus Tordoveia Mistle Thrush Res Com 2,3,4,7 Corvus corax Corvo Common Raven Res Com- 7,8
Turdus iliacus Tordo-de-asa-vermelha Redwing Inv Com 1,8,9 Pyrrhocorax pyrrhocorax Grahla-de-bico-vermelho Red-billed Chough Res Com- 7
Turdus pilaris Tordo-zornal Fieldfare Inv Com- 7,8,9 Sturnus vulgaris Estorninho-malhado Starling Inv Com 2,3,6,7
Cettia cetti Rouxinol-bravo Cetti´s Warbler Res Com 2,3,4,5,6 Sturnus unicolor Estorninho-preto Spotless Starling Res Com todos
Cisticola juncidis Fuinha-dos-juncos Zitting Cisticola Res Com todos Oriolus oriolus Papa-figos Golden Oriole Est Com 1,8,9
Locustella luscinioides Cigarrinha-ruiva Savi’s Warbler Est R 3 Passer domesticus Pardal-dos-telhados House Sparrow Res Com todos
Locustella naevia Cigarrinha-malhada Grasshopper Warbler Mig Com- 3,4 Passer hispaniolensis Pardal-espanhol Spanish Sparrow Inv Com- 1,2
Acrocephalus schoenobaenus Felosa-dos-juncos Sedge Warbler Mig Com 2,3,4,5 Passer montanus Pardal-montês Tree Sparrow Res Com- 1,8,9
Acrocephalus scirpaceus Rouxinol-dos-caniços Reed Warbler Est Com 3,4,5 Petronia petronia Pardal-das-rochas Rock Sparrow Inv Com- 1,2,8
Acrocephalus arundinaceus Rouxinol-grande-dos-caniços Great Reed Warbler Est Com 2,3 Montifringilla nivalis Pardal-alpino White-winged Snowfinch - Acid 7
Acrocephalus melanopogon felosa-real Moustached-warbler - Acid 3 Fringilla coelebs Tentilhão Chaffinch Res Com 3,4,8,9
Hippolais icterina Felosa-icterina Icterine Warbler - Acid 7 Fringilla montifringilla Tentilhão-montês Brambling Mig / Inv R 6,7,9
Hippolais polyglotta Felosa-poliglota Melodious Warbler Est Com 1,3,8,9 Serinus serinus Milheirinha European Serin Res Com todos
Hippolais opaca Felosa-pálida Western Olivaceous Warbler - Acid 1,7 Carduelis chloris Verdilhão European Greenfinch Res Com todos
Sylvia undata Toutinegra-do-mato Dartford Warbler Res Com 1,7,8,9 Carduelis carduelis Pintassilgo European Goldfinch Res Com todos

Espécie já observada Espécie já observada


Nome Científico Nome Português Nome Inglês Fen Abund Local

Carduelis spinus Lugre European Siskin Inv Com todos


Carduelis cannabina Pintarroxo Eurasian Linnet Res Com todos
Pyrrhula pyrrhula Dom-fafe Eurasian Bullfinch Inv Com- 8,9
Coccothraustes coccothraustes
Emberiza cia
Emberiza cirlus
Emberiza schoeniclus
Bico-grossudo
Cia
Escrevedeira-de-garganta-preta
Escrevedeira-dos-caniços
Hawfinch
Rock Bunting
Cirl Bunting
Reed Buting
Res
Res
Res
Inv
Com
Com
Com-
Com-
1,8
1,8,9
8,9
3,4,5
glossário
Emberiza hortulana Sombria Ortolan Bunting Mig Com- 7
Miliaria calandra Trigueirão Corn Bunting Res Com todos
Espécies exóticas
Estrilda astrild Bico-de-lacre Common Waxbill Res Com todos Aves ripícolas - são as espécies que Observatório – estrutura em madeira, do
Ploceus melanocephalus Tecelão Black-headed Weaver Res Com 3,4 utilizam bases rochosas para nidificar, tipo cabana, sobre-elevada, vocacionada
nomeadamente escarpas, falésias costeiras, para a observação de aves.
Espécie já observada
entre outros afloramentos rochosos.
Fonte de informação: Aves de Portugal (http://www.avesdeportugal.info/index.html) Passeriformes – grupo de aves de
Habitat – espaço físico e suas características pequeno porte, vulgarmente conhecidos
ambientais que determinada espécie, como “passarinhos”, que incluem pardais,
animal ou vegetal, necessita para viver. pintassilgos, chapins, melro, etc.

Limícolas - aves aquáticas, da ordem Rede Natura 2000 – rede europeia de


164 dos charadriformes, cujo modo de vida espaços classificados de acordo com a 165
está bastante dependente da existência Diretiva Comunitária Habitats (92/43/CEE ),
de zonas com lodaçais, nomeadamente que tem como principal objetivo assegurar
estuários, lagoas costeiras, rias ou salinas. a conservação a longo prazo das espécies
Apresentam bicos finos, de variada forma e animais e vegetais, e seus habitats. Inclui
comprimento, que lhes permitem capturar dois tipos de sítios: Zonas de Proteção
pequenos animais enterrados na lama. Especial para Aves (ZPE’s) e Zonas Especiais
Entre as limícolas contam-se os borrelhos, de Conservação (ZEC’s).
maçaricos, pilritos, entre outras.
contactos

autarquias Lagoa
Largo do Município
Portimão
Praça 1.º de Maio
Vila Real de Santo António
Praça Marquês de Pombal
8401-851 Lagoa 8500-962 Portimão 8900-231 Vila Real de Santo António
Albufeira
Tel.: 282 380 400 Tel.: 282 470 700 Tel.: 281 510 001/2
Rua do Município
Fax: 282 380 444 Fax: 282 470 792 Fax: 281 510 003
8200-863 Albufeira
expediente@cm-lagoa.pt geral@cm-portimao.pt cmvrsa@mail.telepac.pt
Tel.: 289 599 500
www.cm-lagoa.pt www.cm-portimao.pt www.cm-vrsa.pt
Fax: 289 599 511
geral@cm-albufeira.pt
www.cm-albufeira.pt
Lagos São Brás de Alportel outras entidades
Praça Gil Eanes Rua Gago Coutinho
8600-668 Lagos 8150-151 São Brás de Alportel Almargem
Alcoutim
Tel.: 282 771 700 Tel.: 289 840 000 Rua de São Domingos, nº 65, Apartado 251
Rua do Município, 12
Fax: 282 769 317 Fax: 289 842 455 8100 Loulé
89700-066 Alcoutim
cmlagos@mail.telepac.pt gidi@cm-sbras.pt Tel.: 289 412 959
Tel.: 281 540 500
166 www.cm-lagos.pt www.cm-sbras.pt Fax: 289 414 104 167
Fax: 281 546 363
E-mail: almargem@mail.telepac.pt
cmalcoutim@hotmail.com
Loulé Silves www.almargem.org
www.cm-alcoutim.pt
Praça da República Paços do Município
8100-951 Loulé 8300-117 Silves Associação IN LOCO
Aljezur
Tel.: 289 400 600 Tel.: 282 440 800 Sítio da Campina / Av. da Liberdade - Apartado 101
Rua Capitão Salgueiro Maia
Fax: 289 415 557 Fax: 282 440 854 8150-101 S. Brás de Alportel
8670-005 Aljezur
presidente@cm-loule.pt presidente@cm-silves.pt Tel.: 289 840 860
Tel.: 282 990 010
www.cm-loule.pt www.cm-silves.pt Fax: 289 840 879 /78
Fax: 282 990 011
E-mail: inloco@mail.telepac.pt
cm.aljezur@mail.telepac.pt
Monchique Tavira www.in-loco.pt
www.cm-aljezur.pt
Travessa da Portela, 2 Praça da República
8550-470 Monchique 8800-951 Tavira A ROCHA – Centro de estudos “Cruzinha”
Castro Marim
Tel.: 282 910 200 Tel.: 281 320 500 Quinta da Rocha - Apartado 41
Rua Dr. José Alves Moreira, 10
Fax: 282 910 299 Fax: 281 322 888 8501-903 Mexilhoeira Grande
8950-138 Castro Marim
geral@cm-monchique.pt câmara@cm-tavira.pt Tel.: / Fax: 282 968 380
Tel.: 281 510740
www.cm-monchique.pt www.cm-tavira.pt E-mail: portugal@arocha.org
Fax: 281 510 743
www.arocha.org
cmcmarim@mail.telepac.pt
Olhão Vila do Bispo
www.cm-castromarim.pt
Largo Sebastião Martins Mestre Largo do Município Comissão de Coordenação e Desenvolvimento
8700-349 Olhão 8650-407 Vila do Bispo Regional do Algarve
Faro
Tel.: 289 700 100 Tel.: 282 630 600 Sede: Praça da Liberdade, 2
Rua do Município, 13
Fax: 289 700 111 Fax: 282 639 208 8000-164 Faro
8000-398 Faro
cmolhao@mail.sitepac.pt cmvb.gap@clix.pt Tel.: 289 895 200
Tel.: 289 870 870
www.cm-olhao.pt www.cm-viladobispo.pt Fax. 289 807 623
Fax: 289 802 326
E-mail: geral@ccdr-alg.pt
geral@cm-faro.pt
www.ccrd-alg.pt
www.cm-faro.pt
Direcção Regional de Florestas do Algarve Delegação: Aljezur postos de informação turística Castro Marim
Braciais – Patacão – Apartado 282 Rua João Mendes Dias, 46-A Rua José Alves Moreira n.º 2 – 4
8001-904 FARO 8670-086 ALJEZUR Aeroporto Internacional de Faro 8950-138 Castro Marim
Tel.: 289 870 718 Tel.: 282 998 673 Aeroporto Internacional de Faro Tel.: 281 531 232
Fax. 289 822 284 Fax: 282 998 531 8001-701 Faro turismo.castromarim@turismodoalgarve.pt
www.dgrf.min-agricultura.pt Tel.: 289 818 582
Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de turismo.aeroporto@turismodoalgarve.pt Faro
Instituto de Conservação da Natureza (ICN) Santo António Rua da Misericórdia, n.º 8 – 11
Rua de Santa Marta, 55 Sede: Sapal de Venta Moinhos, Apartado 7 Albufeira 8000-269 Faro
1169-230 LISBOA 8950-138 CASTRO MARIM Rua 5 de Outubro Tel.: 289 803 604
Tel.: 21 3507900 Tel.: 281 510 680 8200-109 Albufeira turismo.faro@turismodoalgarve.pt
Fax: 21 3507984 Fax: 281 531 257 Tel.: 289 585 279
E-mail: icn@icn.pt E-mail: rnscm@icn.pt turismo.albufeira@turismodoalgarve.pt Lagos
www.icn.pt www.icn.pt Praça Gil Eanes (Antigos Paços do Concelho)
168 Alcoutim 8600 Lagos 169
Odiana - Associação para o desenvolvimento do baixo RIAS - Centro de Recuperação e Investigação de Rua 1.º de Maio Tel.: 282 763 031
Guadiana Animais Selvagens 8970-059 Alcoutim turismo.lagos@turismodoalgarve.pt
Rua 25 de Abril, nº 1 Centro de Educação Ambiental de Marim - Quelfes Tel.: 281 546 179
Apartado 21 8700-201 Olhão turismo.alcoutim@turismodoalgarve.pt Loulé
8950-909 Castro Marim Tel.: 927 659 313 Avenida 25 de Abril, n.º 9
Tel.: 281 531 171 E-mail: rias.aldeia@gmail.com Aljezur 8100-506 Loulé
Fax: 281 531 080 Rua 25 de Abril, n.º 62 Tel.: 289 463 900
E-mail: odiana@mail.telepac.pt SPEA -Sede Nacional 8670-054 Aljezur turismo.loule@turismodoalgarve.pt
www.odiana.pt Av. João Crisóstomo, n.º 18, 4.º Dto. Tel.: 282 998 229
1000-179 Lisboa turismo.aljezur@turismodoalgarve.pt Monchique
Parque Natural da Ria Formosa Tel.: 213 220 430 Largo S. Sebastião
Sede: Centro de Educação Ambiental de Marim – Quelfes Fax: 213 220 439 Alvor 8550 Monchique
8700-201 OLHÃO E-mail:spea@spea.pt Rua Dr. Afonso Costa, n.º 51 Tel.: 282 911 189
Tel.: 289 700 210 www.spea.pt 8500-016 Alvor turismo.monchique@turismodoalgarve.pt
Fax: 289 700 219 Tel.: 282 457 540
E-mail: pnrf@icn.pt Vicentina - Associação para o Desenvolvimento do turismo.alvor@turismodoalgarve.pt Monte Gordo
www.icn.pt Sudoeste Avenida Marginal
Rua Direita, n.º 13 Armação de Pêra 8900 Monte Gordo
Parque Natural do Sudoeste Alentejano 8600-069 Bensafrim Avenida Marginal Tel.: 281 544 495
e Costa Vicentina Tel.: 282 680 120 8365 Armação de Pêra turismo.montegordo@turismodoalgarve.pt
Sede: Rua Serpa Pinto, 32 Fax: 282 680 129 Tel.: 282 312 145
7630 -174 ODEMIRA E-mail: vicentina@vicentina.org turismo.armacaodepera@turismodoalgarve.pt Olhão
Tel.: 283 322 735 www.vicentina.org Largo Sebastião Martins Mestre, n.º 8 A
Fax: 283 322 830 Carvoeiro 8700-349 Olhão
E-mail: pnsacv@icn.pt Praia do Carvoeiro Tel.: 289 713 936
www.icn.pt 8400-517 Lagoa turismo.olhao@turismodoalgarve.pt
Tel.: 282 357 728
turismo.carvoeiro@turismodoalgarve.pt
bibliografia
Ponte Internacional do Guadiana postos municipais de Araújo, M.B 2008. Atlas das Aves Nidificantes
A22 – Monte Francisco
informação turística em Portugal (1999-2005) (eds. Equipa Atlas).
8950-206 Castro Marim
Tel.: 281 531 800
Instituto da Conservação da Natureza e
turismo.guadiana@turismodoalgarve.pt Albufeira da Biodiversidade, Sociedade Portuguesa
Estrada de Santa Eulália
8200 Albufeira para o Estudo das Aves, Parque Natural da
Praia da Rocha
Avenida Tomás Cabreira Tel.: 289 515 973 Madeira e Secretaria Regional do Ambiente
posto.turismo@cm-albufeira.pt
8500-802 Praia da Rocha e do Mar. Assírio & Alvim. Lisboa.
Tel.: 282 419 132
turismo.praiadarocha@turismodoalgarve.pt Almancil
Rua de Vale Formoso Câmara Municipal de Loulé & Associação
8135 Almancil
Quarteira Almargem (2008). Observar Aves no
Praça do Mar Tel.: 289 392 659
Concelho de Loulé. Roteiro Ornitológico. Loulé.
170 8125 Quarteira 171
Tel.: 289 389 209 Alte
turismo.quarteira@turismodoalgarve.pt Estrada da Ponte, n.º 17
8100 Alte
Catry, P., Costa, H., Elias, G. & Matias, R.
Sagres Tel.: 289 478 666 (2000). Aves de Portugal. Ornitologia do
Rua Comandante Matoso território continental. Assírio & Alvim, Lisboa.
8650-357 Sagres Portimão
Tel.: 282 624 873 Rua 5 de Outubro, n.º 10, 1.º
turismo.sagres@turismodoalgarve.pt 8500-581 Portimão Costa, L.T., M. Nunes, P. Geraldes & H. Costa
Tel.: 282 430 110
(2003). Zonas Importantes para as Aves em
São Brás de Alportel Fax: 282 430 115
geral@turismodeportimao.pt Portugal. Sociedade Portuguesa para o
Largo de São Sebastião, n.º 23
8150-107 São Brás de Alportel Estudo das Aves, Lisboa.
Tel.: 289 843 165 Querença
turismo.saobras@turismodoalgarve.pt Largo da Igreja
8100 - 495 Querença Farinha, J. C. & Costa, H. (1999). Aves
Silves Tel.: 289 422 495 Aquáticas de Portugal – Guia de Campo.
E. N. 124 (Parque das Merendas) Edição: Instituto da Conservação da
8300 Silves Salir
turismo.silves@turismodoalgarve.pt Rua José Viegas Gregório Natureza e da Biodiversidade, Lisboa. 268pp.
8100-202 Salir
Tavira Tel.: 289 489 733
Praça da República, n.º 5
8800 Tavira
Tel.: 281 322 511
turismo.tavira@turismodoalgarve.pt
notas

172 173
desenhos

174 175
Ficha Técnica

Edição e Propriedade
Turismo do Algarve
turismodoalgarve@turismodoalgarve.pt
www.turismodoalgarve.pt
www.visitalgarve.pt

Sede: Av. 5 de Outubro, 18


8000-076 Faro, Algarve, Portugal
Telefone: 289 800 400
Fax: 289 800 489

Coordenação
Departamento de Marketing
Equipa de Comunicação e Imagem
Turismo do Algarve
marketing@turismodoalgarve.pt

Conceção Gráfica e Paginação


NC&G - Design, Fotografia e Publicidade, Lda

Textos
Proactive Tur, Lda. (João Ministro)

Créditos fotográficos
Arquivo TA - Hélio Ramos (págs. 11, 34, 60, 63, 79, 98, 116)
Arquivo TA – Luís da Cruz (págs. 6, 18, 46, 81, 84)
176 Arquivo TA – Pedro Reis, Hugo Santos (págs. 69, 124, 141)
David Rayner (págs. 16, 25, 95)
Faísca (págs. 21, 22, 50, 51, 56, 67, 68, 72, 75, 82, 87, 88, 90, 91, 94, 103, 104, 109, 114, 128, 136, 137, 139, 154)
Gaby Dienst (pág. 13)
Georg Schreier (págs. 5, 14, 30, 43, 44, 49, 57, 96, 110, 113, 127, 135, 151)
Michael Southcott (págs. 3, 152)
Município de Loulé - Luís da Cruz (pág. 132)
Município de Portimão – Filipe Palma (pág. 106)
Pedro Marques (págs. 29, 37, 38, 39, 53, 65, 71, 74, 89, 104, 122, 129, 137, 146, 153, 156)
Peter Schwarz (págs. 76, 119, 120, 142)
Rudolf Muller (págs. 26, 150)
Sebastião Pernes (págs. 9, 10)

Capa
Felosa-tomilheira (Sylvia conspicillata) - Pedro Marques

Cartografia
Instituto Geográfico do Exército

Impressão
Litográfis, S. A.

Tiragem
2 500 exemplares

Distribuição
gratuita

Depósito Legal
340289/12
© Turismo do Algarve

PT / 2012

Colaboração:

Co-financiadores:

Você também pode gostar