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SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO 3
2 MEDIDAS DE PREVENÇÃO 4
2.1 Código de conduta para colaboradores(as) da ADL 4
2.2 Código de conduta para pessoas: visitantes, voluntárias, prestadoras de serviços
(profissionais contratadas), prestadoras de serviços comunitários (PSC/Judiciário),
doadoras, estagiárias, consultoras, imprensa/mídia, comunidade externa em geral e
integrantes do Conselho Fiscal, membros da Assembleia e Diretoria da ADL. 5
2.3 Orientações para o atendimento técnico especializado 6
2.4 Situações de Saúde e Emergência 6
2.5 Normas para atividades fora da entidade 7
2.6 Normas aplicáveis à política de recursos humanos 7
2.7 Normas de Comunicação Social 8
3 SISTEMA DE MANEJO NOS CASOS DE VIOLÊNCIA E GESTÃO DE
OCORRÊNCIAS 8
4 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DA POLÍTICA DE PROTEÇÃO À
CRIANÇA E ADOLESCENTE DA ADL 9
6. ANEXOS 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14
1.INTRODUÇÃO
A ADL, Associação Diacônica Luterana, entidade sem fins lucrativos e com vínculo
confessional com a IECLB - Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, atua desde
1956 na defesa, garantia e promoção dos direitos humanos.
As atividades que a ADL desenvolve com crianças e adolescentes têm como princípios
fundamentais a Declaração Universal dos Direitos da Criança aprovada pela Assembleia
Geral das Nações Unidas de 20 de novembro de 1959, a Convenção sobre os Direitos da
Criança de 1990, a Constituição Federal de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente de
1990 e demais normas aplicáveis.
Os princípios e valores presentes no Estatuto Social da ADL regem as condições de
atendimento de crianças e adolescentes beneficiárias nas ações desenvolvidas em
diversos programas e projetos apoiados pela mantenedora.
Considerando que o Estatuto da Criança e do Adolescente trata a criança e a (o) adolescente
como pessoas em condição peculiar de desenvolvimento e hipossuficientes frente a sua defesa
das mazelas sociais, bem como os desafios históricos do país na construção e efetiva
implementação de políticas públicas na área infanto-juvenil e, ainda, diante da necessidade de
formalização da “práxis" das diversas entidades que prestam algum tipo de atendimento na
área, a ADL vem apresentar o presente documento com o objetivo de formalizar mecanismos
de controle e monitoramento de práticas não violentas, prevendo também ações voltadas à
prevenção de situações de violência junto aos seus espaços, eventos e projetos. Trata-se de
uma política interna, de caráter continuado e sistêmico, que passa a ser denominada “Política
de Proteção à Criança e ao Adolescente da ADL".
Essa política, que também representa um plano e uma estratégia de atuação, é resultado de
uma capacitação interna e um debate circular entre os diversos segmentos da ADL realizados
no segundo semestre de 2019 e primeiro semestre de 2020, e passa a ser aplicada a todas as
pessoas colaboradoras ligadas direta ou indiretamente ao atendimento de crianças e
adolescentes junto a instituição, eventos, serviços e projetos internos, englobando membros da
diretoria, coordenação, funcionárias(os), pessoas voluntárias, doadoras, patrocinadoras,
prestadoras de serviço, parceiras, visitantes e oficineiros, em consonância com a Doutrina da
Proteção Integral insculpida no art. 227 da Constituição Federal e art. 4° da Lei 8069/1990
(Estatuto da Criança e do Adolescente)1.
A seguir, o capítulo 02 do documento tratará de medidas voltadas à prevenção de violências,
prevendo as
1
Conforme a CF de 1988. art. 227: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além
de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
2 MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Entende-se por colaboradores(as) aquelas pessoas que atuam cotidianamente dentro da ADL,
prestando atendimento direto ou indireto às crianças e adolescentes. Cabe a essas pessoas
colaboradoras:
Conhecer e respeitar a legislação vigente que trata da defesa da criança e adolescente bem
como documentos nacionais e internacionais que regulam e orientam as políticas públicas de
atendimento à infância e juventude (ver ANEXO).
Utilizar práticas não violentas no atendimento e manejo de situações de conflito; utilizar tom
de voz moderado nos momentos de adversidades; promover falas otimistas, incentivar o
fortalecimento de vínculos e a consequente diminuição de situações conflituosas, fortalecendo
a autoestima e contribuindo para reflexos positivos das crianças e adolescentes na entidade.
Fomentar, efetivar e respeitar a prática de debates coletivos e democráticos em reuniões
internas sistemáticas, quanto às práticas cotidianas das ações, suas reavaliações e alterações,
fazendo prevalecer o bom senso coletivo balizado nos princípios e valores da ADL, assim
como a constante evolução do aprendizado.
Garantir a participação direta das crianças, adolescentes e famílias nas ações, diálogos e
construção de soluções, inclusive no monitoramento e aperfeiçoamento desta política de
proteção.
O atendimento técnico especializado é aquele executado por pessoas profissionais das áreas
da psicologia, serviço social, pedagogia, psicopedagogia, entre outros, devendo ser realizado
em condições de salubridade e capazes de garantir o direito, a confiabilidade e sigilo de dados
específicos das crianças e adolescentes.
Os espaços de atendimento devem ser de fácil acesso e capazes de oferecer às crianças e
adolescentes a possibilidade de se retirarem em caso de violação de direitos e/o u ameaça.
Os atendimentos serão conduzidos por pessoas adultas e, dentro do possível, no número de
dois adultos.
A ADL orienta às pessoas colaboradoras que a contenção nestes casos deve primar pelo
convencimento, e apenas utilizar-se da contenção física caso a criança ou adolescente esteja
colocando em risco a sua integridade física e das demais pessoas presentes, e deve-se solicitar
serviço médico de urgência, público (SAMU), para atendimento e encaminhamento adequado
ao quadro clínico junto à casa de saúde mais próxima.
É dever das pessoas colaboradoras manter sigilo da situação de violência para resguardar a
vítima de situações vexatórias e evitar situação de continuidade de risco à sua integridade
física e emocional.
Toda a criança e adolescente vítima de violência deve ser encaminhada para os serviços de
apoio com profissionais adequadas(os) para o caso em questão (psicóloga(o), psiquiatra,
assistente social, médica(o), etc.) ofertado pela entidade ou rede pública. A direção da ADL
irá designar pessoa de referência para acompanhar os trâmites da denúncia, bem como a
evolução psicossocial da criança ou adolescente envolvido.
Emerson Lauvrs
Superintendente da ADL
6. ANEXOS
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Assinatura
….
_______________________________________
Assinatura
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Constituição (1988), artigos 226 a 230. Disponível em:<http://www. planalto.gov. br/c civil
03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm> . Acesso em: 23 mar. 2015.
ROSSATO, Luciano Alves; LÉPORE, Paulo Eduardo Lépore; CUNHA, Rogério Sanches.
Estatuto da Criança e do Adolescente comentado: Lei 8.069/1990: artigo por artigo. 49. ed.
rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2012.
SARAIVA , João Batista Costa Saraiva. Adolescente em conflito com a lei: da indiferença à
proteção integral: uma abordagem sobre a responsabilidade penal juvenil. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2003.