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Associação Diacônica Luterana - A D L

UTILIDADE PÚBLICA MUNICIPAL: LEI Nº 853 DE 16/06/1980


UTILIDADE PÚBLICA ESTADUAL: LEI Nº 10.976, DE 14 DE JANEIRO DE 2019
CNPJ: 27.002.542/0001-50

POLÍTICA DE PROTEÇÃO À​ ​CRIANÇA E AO ADOLESCENTE

(Em processo de validação)

Av. Valdemiro Nitz, 285 - 29.603-000 - Serra Pelada, Afonso Cláudio-ES


Telefone: (27) 3735 7060 - (27) 998217060, e-mail: secretaria@adl.org.br
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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO 3

2 MEDIDAS DE PREVENÇÃO 4
2.1 Código de conduta para colaboradores(as) da ADL 4
2.2 Código de conduta para pessoas: visitantes, voluntárias, prestadoras de serviços
(profissionais contratadas), prestadoras de serviços comunitários (PSC/Judiciário),
doadoras, estagiárias, consultoras, imprensa/mídia, comunidade externa em geral e
integrantes do Conselho Fiscal, membros da Assembleia e Diretoria da ADL. 5
2.3 Orientações para o atendimento técnico especializado 6
2.4 Situações de Saúde e Emergência 6
2.5 Normas para atividades fora da entidade 7
2.6 Normas aplicáveis à política de recursos humanos 7
2.7 Normas de Comunicação Social 8
3 SISTEMA DE MANEJO NOS CASOS DE VIOLÊNCIA E GESTÃO DE
OCORRÊNCIAS 8
4 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DA POLÍTICA DE PROTEÇÃO À
CRIANÇA E ADOLESCENTE DA ADL 9

5 TERMO DE COMPROMISSO COLETIVO DA ADL 9

6. ANEXOS 10

Anexo 01: Das Vedações 10

Anexo 2: Código de Conduta para pessoas Colaboradoras e Voluntárias 12

Anexo 3: Código de Conduta para Visitantes e Participantes de Eventos/Formações 13

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14

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1.INTRODUÇÃO

A ADL, Associação Diacônica Luterana, entidade sem fins lucrativos e com vínculo
confessional com a IECLB - Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, atua desde
1956 na defesa, garantia e promoção dos direitos humanos.

As atividades que a ADL desenvolve com crianças e adolescentes têm como princípios
fundamentais a Declaração Universal dos Direitos da Criança aprovada pela Assembleia
Geral das Nações Unidas de 20 de novembro de 1959, a Convenção sobre os Direitos da
Criança de 1990, a Constituição Federal de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente de
1990 e demais normas aplicáveis.
Os princípios e valores presentes no Estatuto Social da ADL regem as condições de
atendimento de crianças e adolescentes beneficiárias nas ações desenvolvidas em
diversos programas e projetos apoiados pela mantenedora.
Considerando que o Estatuto da Criança e do Adolescente trata a criança e a (o) adolescente
como pessoas em condição peculiar de desenvolvimento e hipossuficientes frente a sua defesa
das mazelas sociais, bem como os desafios históricos do país na construção e efetiva
implementação de políticas públicas na área infanto-juvenil e, ainda, diante da necessidade de
formalização da “práxis" das diversas entidades que prestam algum tipo de atendimento na
área, a ADL vem apresentar o presente documento com o objetivo de formalizar mecanismos
de controle e monitoramento de práticas não violentas, prevendo também ações voltadas à
prevenção de situações de violência junto aos seus espaços, eventos e projetos. Trata-se de
uma política interna, de caráter continuado e sistêmico, que passa a ser denominada ​“Política
de Proteção à Criança e ao Adolescente da ADL".
Essa política, que também representa um plano e uma estratégia de atuação, é resultado de
uma capacitação interna e um debate circular entre os diversos segmentos da ADL realizados
no segundo semestre de 2019 e primeiro semestre de 2020, e passa a ser aplicada a todas as
pessoas colaboradoras ligadas direta ou indiretamente ao atendimento de crianças e
adolescentes junto a instituição, eventos, serviços e projetos internos, englobando membros da
diretoria, coordenação, funcionárias(os), pessoas voluntárias, doadoras, patrocinadoras,
prestadoras de serviço, parceiras, visitantes e oficineiros, em consonância com a Doutrina da
Proteção Integral insculpida no art. 227 da Constituição Federal e art. 4° da Lei 8069/1990
(Estatuto da Criança e do Adolescente)1.
A seguir, o capítulo 02 do documento tratará de medidas voltadas à prevenção de violências,
prevendo as

1
Conforme a CF de 1988. art. 227: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além
de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão​.

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posturas e condutas aplicáveis às pessoas colaboradoras e orientações gerais aos serviços.


O item "das vedações" refere-se às situações de violência identificadas e as formas de manejo
pelas(os) profissionais.
Já os Anexos tratam dos modelos de termos de compromisso e responsabilidade a serem
assinados pelas pessoas colaboradoras quanto ao cumprimento das diretrizes da política de
proteção.

2 MEDIDAS DE PREVENÇÃO

2.1 Código de conduta para colaboradores(as) da ADL

Entende-se por colaboradores(as) aquelas pessoas que atuam cotidianamente dentro da ADL,
prestando atendimento direto ou indireto às crianças e adolescentes. Cabe a essas pessoas
colaboradoras:
Conhecer e respeitar a legislação v​i​gente que trata da defesa da criança e adolescente bem
como documentos nacionais e internacionais que regulam e orientam as políticas públicas de
atendimento à infância e juventude (ver ANEXO).

Conhecer e seguir os princípios e valores previstos no Estatuto Social da ADL.


Contribuir para um ambiente que favoreça as condições de desenvolvimento saudável das
crianças e adolescentes atendidas(os), propiciando o desenvolvimento de habilidades e
potencialidades pessoais, respeitando seus direitos humanos básicos, independente de sexo,
deficiência, etnia, religião e outros aspectos da identidade.
Compreender que a ADL realiza atendimento exclusivo com adolescentes, mas crianças
podem frequentar e participar de atividades em projetos e ou eventos formativos, buscando
promover uma atmosfera segura durante sua permanência nos diversos espaços de
participação da entidade.

Utilizar práticas não violentas no atendimento e manejo de situações de conflito; utilizar tom
de voz moderado nos momentos de adversidades; promover falas otimistas, incentivar o
fortalecimento de vínculos e a consequente diminuição de situações conflituosas, fortalecendo
a autoestima e contribuindo para reflexos positivos das crianças e adolescentes na entidade.
Fomentar, efetivar e respeitar a prática de debates coletivos e democráticos em reuniões
internas sistemáticas, quanto às práticas cotidianas das ações, suas reavaliações e alterações,
fazendo prevalecer o bom senso coletivo balizado nos princípios e valores da ADL, assim
como a constante evolução do aprendizado.
Garantir a participação direta das crianças, adolescentes e famílias nas ações, diálogos e
construção de soluções, inclusive no monitoramento e aperfeiçoamento desta política de

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proteção.

Para as pessoas colaboradoras que desempenham atividades no atendimento direto de crianças


e adolescentes, a ADL orienta que utilizem práticas não violentas em suas rotinas, bem como
mecanismos de intervenção em momentos de conflitos que não estimulem a atos violentos,
priorizando sempre a integridade física e emocional do público atendido.
Será estimulado o debate constante de suas práticas educativas e o seu repensar cotidiano,
utilizando do diálogo como principal mecanismo de estímulo e reflexão da criança e
adolescente. Propõe-se a não se utilizar de sua posição hierárquica como mecanismo opressor,
contribuindo para um ambiente harmonioso. Também deve-se evitar o máximo possível
qualquer tipo de contenção física de crianças e adolescentes, sendo exceção apenas e quando
necessário para evitar riscos a si mesmos e às demais pessoas presentes. Nestes casos deve-se
solicitar apoio de outra pessoa adulta e sempre ter pelo menos duas pessoas colaboradoras da
ADL nestes momentos de conflito físico.
Assim como no caso de atendimentos técnicos especializados, devem-se evitar momentos de
conversas em salas fechadas, sendo desaconselhável ficar sozinho com criança ou adolescente
nestas condições devendo, caso seja necessário um momento de escuta particular, utilizar
salas que facilitem a saída de crianças e adolescentes em caso de abusos, e que informe a
criança e adolescente sempre que necessário que existe outra pessoa colaboradora por perto.
Informar imediatamente, no caso de suspeita ou confirmação de maus tratos, a(o) profissional
de referência da entidade para os encaminhamentos cabíveis.
Consentir e assinar Termo de Compromisso e responsabilidades quanto às orientações e
vedações previstas na Política de Proteção à Infância da ADL.

2.2 Código de conduta para pessoas: visitantes, voluntárias, prestadoras de serviços


(profissionais contratadas), prestadoras de serviços comunitários (PSC/Judiciário),
​ ídia, comunidade externa em geral e
doadoras, estagiárias, consultoras, imprensa​/m
integrantes do Conselho Fiscal, membros da Assembleia e Diretoria da ADL.

É dever das pessoas colaboradoras dar conhecimento e exigir o cumprimento da Política de


Proteção (com assinatura de Termo de Compromisso, se a situação assim exigir) às seguintes
pessoas: visitantes, voluntárias, prestadoras de serviços, doadoras, estagiárias, consultoras,
comunidade externa em geral e demais.
Em relação à visitação e acesso a informações, será observado o seguinte:
Nenhuma criança ou adolescente vinculada à ADL poderá se ausentar da entidade sem o
conhecimento de uma pessoa colaboradora responsável, e com prévia comunicação e

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autorização da coordenação, plantão ou gestão, e, quando for o caso, de autorização dos


genitores ou da autoridade judicial.
Para visitantes estrangeiras, a Política de Proteção será enviada antes da viagem, para ciência
das condições e exigências de visitação, devendo assinar Termo de Compromisso para
Visitantes, sob pena de não autorização da visita.
As pessoas voluntárias, estagiárias e consultoras, dado o acesso a informações sigilosas no
contato com crianças e adolescentes, se aplicam as mesmas vedações das pessoas
colaboradoras da ADL quanto às regras e ao termo de compromisso e responsabilidade.

2.3 Orientações para o atendimento técnico especializado

O atendimento técnico especializado é aquele executado por pessoas profissionais das áreas
da psicologia, serviço social, pedagogia, psicopedagogia, entre outros, devendo ser realizado
em condições de salubridade e capazes de garantir o direito, a confiabilidade e sigilo de dados
específicos das crianças e adolescentes.
Os espaços de atendimento devem ser de fácil acesso e capazes de oferecer às crianças e
adolescentes a possibilidade de se retirarem em caso de violação de direitos e​/o​ u ameaça.
Os atendimentos serão conduzidos por pessoas adultas e, dentro do possível, no número de
dois adultos.

2.4 Situações de Saúde e Emergência

Em situações de saúde e emergência envolvendo crianças e adolescentes atendidos na ADL,


será observado o seguinte:
Tomada de cuidados rigorosos em casos de identificação de sintomas caracterizadores de
alterações no quadro de saúde das pessoas atendidas, devendo a criança ou adolescente ser
imediatamente conduzida ao posto de saúde mais próximo para avaliação médica. Fazem
parte destas intervenções, entre outras hipóteses, a suspeita de mal súbito, desmaios, falta de
ar, febre ou outro dado que configure risco à integridade física.
Em casos de acidentes, com ou sem lesão aparente, deve-se aplicar os métodos de
primeiros-socorros em curso fornecido por pessoa técnica especializada e a consequente
remoção imediata ao pronto atendimento médico mais próximo.
Em casos de episódios emocionais/psicológicos​/s​ urtos, as intervenções podem variar de
acordo com a intensidade ou característica do quadro, mas sempre deve-se atender tais
demandas com o auxílio de outra pessoa adulta colaboradora, e, quando possível e viável,

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solicitar presença imediata da(o) psicóloga(o) da entidade.

A ADL orienta às pessoas colaboradoras que a contenção nestes casos deve primar pelo
convencimento, e apenas utilizar-se da contenção física caso a criança ou adolescente esteja
colocando em risco a sua integridade física e das demais pessoas presentes, e deve-se solicitar
serviço médico de urgência, público (SAMU), para atendimento e encaminhamento adequado
ao quadro clínico junto à casa de saúde mais próxima.

2.5 Normas para atividades fora da entidade

Nas hipóteses de atividades externas com as crianças e adolescentes atendidas(os), ou seja,


fora dos limites da ADL, como por exemplo: caminhadas, passeios dirigidos, excursões,
jogos, brincadeiras, piscina, banho de rio, lago ou mar, caberá às pessoas colaboradoras que
empreendem esforços para evitar todo e qualquer risco à integridade física e emocional das
pessoas atendidas, garantindo que as atividades sejam corretamente orientadas e
supervisionadas, e que nenhuma criança ou adolescente permaneça sozinha com pessoas
estranhas.
Conforme disposição legal, deverá ser providenciado autorização por escrito das pessoas
responsáveis pela criança e adolescente.
Os requerimentos precisam respeitar as autorizações emitidas pelos responsáveis legais do
estudante. Dessa forma, se a autorização não permite passeios em piscinas, cachoeiras, pedras
ou outro local que possa acarretar acidente o estudante deverá permanecer na ADL, sob o
acompanhamento de outro plantão.

2.6 Normas aplicáveis à política de recursos humanos

Na contratação de pessoas colaboradoras, voluntárias, prestadoras de serviços, etc. A ADL


poderá adotar medidas que visam identificar pessoas que possam ocasionar riscos ou abusos a
crianças e adolescentes. Nesse caso, qualquer pessoa, passará primeiramente pela verificação
de documentos com a devida solicitação de antecedentes criminais, em especial se existe
alguma notícia de maus tratos ou histórico em experiências profissionais anteriores de
situações de violência infanto-juvenil. Após esta fase eliminatória, a pessoa interessada deve
passar por entrevista pessoal com o grupo gestor, com o objetivo de identificar
potencialidades para o desenvolvimento da atividade em processo de seleção, assim como
conhecer motivações pessoais para o exercício da vaga disponível.
As pessoas previamente selecionadas devem passar por um período de experiência, sendo
observadas e monitoradas pelas pessoas responsáveis da entidade. Ao ser identificada prática

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ou comportamento inadequado no atendimento de crianças e adolescentes, o contrato de


trabalho deve ser rescindido.
Os candidatos aprovados devem estar cientes da natureza vinculativa e fundamental
desta política, procedimentos e códigos de ética e conduta e do fato de que estes se
aplicam à vida pessoal e profissional.

2.7 Normas de Comunicação Social

A utilização de fotos ou entrevistas de adolescentes e crianças atendidas dependerá de prévia


autorização das pessoas responsáveis, com o registro de termo de autorização para o uso
desses dados. Tais medidas atendem aos valores e diretrizes éticas da ADL.
A equipe de comunicação social também deve abster-se da utilização de imagens das
crianças e adolescentes de maneira apelativa ou que menospreze esses sujeitos​. Em
atenção à proposta pedagógica da ADL, a estratégia de comunicação social deverá enfocar o
desenvolvimento sadio das crianças e adolescentes atendidas (os) e, se possível, mostrar as
competências e habilidades desenvolvidas na instituição.

3 SISTEMA DE MANEJO NOS CASOS DE VIOLÊNCIA E GESTÃO DE


OCORRÊNCIAS

Qualquer situação de violência (ameaça ou violação de direitos) contra criança ou adolescente


atendida deverá ser comunicada às autoridades ou a ouvidoria pela(s) pessoa(s)
colaboradora(s) que tomar(em) conhecimento, sob pena de incorrer em omissão e sujeitar-se a
penalidades administrativas e criminais.
É designada uma "OUVIDORIA” formada por profissionais integrantes das equipes técnicas,
ou seja, as pessoas de referência para atuarem como responsáveis no caso, o que implicará no
acolhimento e escuta da vítima e demais pessoas envolvidas, se for o caso; se confirmada a
violência, a ouvidoria comunicará o fato à direção da ADL, ou, ainda, caso necessário, à
diretoria, conforme regras pré-estabelecidas. Caberá a essas instâncias as medidas
administrativas correspondentes, assim como a denúncia aos órgãos competentes (Conselho
Tutelar, Ministério Público, Polícia Civil, entre outros).
É vedado aos colaboradores e às colaboradoras que relatem ou façam crianças e
adolescentes relatarem os fatos envolvendo violência para diversas pessoas,
especialmente que não integrem a Política de Proteção interna, a fim de evitar mais
sofrimento à vítima.

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É dever das pessoas colaboradoras manter sigilo da situação de violência para resguardar a
vítima de situações vexatórias e evitar situação de continuidade de risco à sua integridade
física e emocional.
Toda a criança e adolescente vítima de violência deve ser encaminhada para os serviços de
apoio com profissionais adequadas(os) para o caso em questão (psicóloga(o), psiquiatra,
assistente social, médica(o), etc.) ofertado pela entidade ou rede pública. A direção da ADL
irá designar pessoa de referência para acompanhar os trâmites da denúncia, bem como a
evolução psicossocial da criança ou adolescente envolvido.

4 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DA POLÍTICA DE PROTEÇÃO À


CRIANÇA E ADOLESCENTE DA ADL
A ouvidoria terá a responsabilidade de MANTER O REGISTRO de todas as ocorrências de
notícias de violações de direitos dentro da ADL, que constarão em RELATÓRIO ANUAL a
ser enviado à diretoria, incluídos os encaminhamentos e resultados verificados.
A ouvidoria e gestão da instituição deverá promover a formação ao menos a cada dois anos
sobre o Estatuto da Criança e Adolescente-Ecriad e demais políticas ou diretrizes de
acolhimento/abrigamento.
Caberá à ouvidoria momentos de reflexão em encontros e reuniões periódicas, como forma de
prevenção de situações de violência, possibilitando também a participação, sempre que
possível, das crianças, adolescentes e suas famílias.
A Política de Proteção à Criança e Adolescente da ADL será avaliada a cada dois (02) anos
em encontro coletivo das pessoas colaboradoras, quando poderá sofrer ajustes para seu
aperfeiçoamento.

5 TERMO DE COMPROMISSO COLETIVO DA ADL


O presente documento é produto de construção coletiva em capacitação e reuniões ocorridas
no mês de janeiro de 2020, com a participação de direção, coordenação e profissionais de
equipes técnicas da ADL, tendo sido submetido à aprovação da diretoria.
Estando cientes e de acordo com o seu teor, assinam este Termo de Compromisso para o
cumprimento, implementação, monitoramento e avaliação da POLÍTICA DE PROTEÇÃO À
CRIANÇA E ADOLESCENTE.
Afonso Cláudio, julho de 2020.

Lourival Ernesto Felhberg


Presidente da ADL

Emerson Lauvrs
Superintendente da ADL

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6. ANEXOS

Anexo 01: Das Vedações

É vedado a todas as pessoas colaboradoras da ADL, assim como às pessoas visitantes,


voluntárias, prestadoras de serviços (profissionais contratadas), doadoras, estagiárias,
consultoras, e comunidade externa em geral, a prática dos seguintes atos, entre outros:
1- O uso de cigarros e assemelhados, bebidas alcoólicas, substâncias psicoativas e
ilícitas, dentro do prédio da entidade ou espaços de uso pelos adolescentes, ou quando estiver
representando a ADL durante o contato com os adolescentes (estudantes);
2- Levar o adolescente (estudante) em visita domiciliar sem a devida necessidade e
permanecer sozinho(a) com o mesmo;
3- Entrar em contato físico abusivo com o adolescente (estudante), com carinhos
sugestivos ou brincadeiras violentas, exceto manifestação de afeto de conhecimento público
das demais pessoas colaboradoras da entidade e sem distinção entre os demais adolescentes;
4- Utilizar uma linguagem violenta, humilhante, sexista, preconceituosa, ameaçadora ou
palavras que insultam ao falar com o adolescente (estudante);
5- Promover atos de preconceito, discriminação e/ou exclusão, proporcionando
diferenciamento de um adolescente (estudante);
6- Constranger e assediar sexualmente por meio de linguagem verbal e não-verbal
(assobios, encarar, olhar insistente para determinadas partes corporais) os adolescentes
(estudantes) matriculados na ADL;
7- Estimular e incentivar o adolescente (estudante) a relações afetivas que NÃO sejam
meramente de amizade;
8- Demonstrar afeição, dedicação excessiva e/ou preferência por um adolescente
(estudante);
9- Obrigar o adolescente (estudante) a falar sobre assuntos que a(o) incomodam ou a(o)
deixem em situação vexatória;

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10- Invadir a privacidade do adolescente (estudante), em horário de banho, exceto caso de


emergência;
11- Levar o adolescente (estudante) a lugares solitários e/ou realizar passeios fora da
entidade sem o acompanhamento ou a permissão de responsáveis. Exceto em caso de
emergência de saúde;
12- Expor a história do adolescente (estudante) como se fosse uma “vitrine” para terceiros
para realizar autopromoção da instituição, bem como expô-la a situações de vexame e
humilhação.
13- Fotografar o adolescente (estudante) e divulgar sua imagem em qualquer situação,
seja no jornal, televisão, redes sociais e locais públicos, salvo com o expresso consentimento
da pessoa responsável por escrito.

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Anexo 2: Código de Conduta para pessoas Colaboradoras e Voluntárias

Eu _________________________________________________________, inscrita(o) no CPF


sob nº______________________, RG__________________, residente na Rua
______________________________________________________________________,
declaro ciência e assumo total responsabilidade pelo cumprimento da Política de Proteção à
Criança e ao Adolescente da ADL, no desempenho do cargo de
______________________________________.
Tenho ciência que o não cumprimento deste compromisso resultará na revisão de
minha relação com a entidade, podendo levar a rescisão do meu contrato de trabalho.
Também, declaro ciência que em caso de suspeita e/ou confirmação de qualquer ato de
violência contra o adolescente praticado por mim, a entidade tem o dever legal de denunciar
às autoridades competentes. O mesmo se aplica à minha omissão em comunicar fatos de meu
conhecimento, envolvendo violência praticada por terceiro contra o adolescente atendida(o)
na ADL.

Local, ......................................, _____/____/____

_______________________________________
Assinatura

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Anexo 3: Código de Conduta para Visitantes e Participantes de Eventos/Formações

Eu _________________________________________________________, inscrita(o) no CPF


sob nº______________________, RG__________________, residente na Rua
______________________________________________________________________,
declaro ciência e assumo total responsabilidade pelo cumprimento da Política de Proteção à
Criança e ao Adolescente da ADL,

….

Após a leitura deste documento estou de acordo em aceitar os termos de


responsabilidades descritos, e a acatar as consequências judiciais e extrajudiciais em caso de
ferir os direitos da criança e do adolescente.

Local, ......................................, _____/____/____

_______________________________________
Assinatura

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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em: 20 dez. 2014.

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119, de 11 de dezembro de 2006, dispõe sobre o Sistema Nacional de Atendimento
Socioeducativo e dá outras providências. Disponível
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2015.

Lei no 12.594, de 18 de janeiro de 2012, institui o Sistema Nacional de Atendimento


Socioeducativo. Disponível em:<http​://ww​ w.planalto.gov.br​/​ccivil 03​/
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Socioeducativas de Internação e Semiliberdade do Rio Grande do Sul. - Porto Alegre: SDH;
FASE, 2014. Disponível em:<http​://www.​ fase.rs.gov.br​/wp​ ​/wp​
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RAMIDOFF, Mário Luiz. SINASE - Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo:


comentários à Lei no 12.59​4 d​ e 18 de janeiro de 2012. São Paulo: Editora Saraiva, 2012.

ROSSATO, Luciano Alves; LÉPORE, Paulo Eduardo Lépore; CUNHA, Rogério Sanches.
Estatuto da Criança e do Adolescente comentado: Lei 8.069/1990: artigo por artigo. 49. ed.
rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2012.

SARAI​VA ​ , João Batista Costa Saraiva. Adolescente em conflito com a lei: da indiferença à
proteção integral: uma abordagem sobre a responsabilidade penal juvenil. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2003.

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