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Material Teórico
Fotografia Moderna (1901 a 1945) e a Fotografia de Moda
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Fotografia Moderna (1901 a 1945)
e a Fotografia de Moda
• Introdução;
• Instantâneo Fotográfico e Novas
Formas de Enquadramento;
• Primeiros Passos da Fotografia em Cores;
• A Fotografia nas Duas Grandes
Guerras Mundiais;
• A Fotografia de Moda através do Tempo.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Identificar a fotografia documental como uma das primeiras etapas
da fotografia moderna no início do século XX;
· Conhecer a grande evolução das câmeras fotográficas ocorrida nas
primeiras décadas do século XX;
· Contextualizar e analisar os diferentes períodos da fotografia de
moda, desde os seus primórdios até a contemporaneidade e seus
principais fotógrafos.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Fotografia Moderna (1901 a 1945) e a Fotografia de Moda
Contextualização
Fotógrafo e cinegrafista, Ponting acompanhou a expedição britânica à Antártica
(1910-1913) e ensinou fotografia aos integrantes da missão cujo objetivo era o de
ser os primeiros a chegarem ao inexplorado Polo Sul. Entretanto, o capitão Robert
Falcon Scott, comandante da jornada, descobrira que o norueguês Roald Amundsen
havia estado na região um mês antes de sua chegada e colocado a bandeira da No-
ruega. Negativos não revelados foram encontrados na tenda em que o capitão Scott
e dois companheiros morreram durante a viagem de volta da Antártida.
O fotógrafo é um manipulador da luz; a fotografia é uma manipulação da
luz. Laszló Moholy-Nagy. (LOWE, 2017, p. 96)
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Introdução
O início do século XX foi palco de importantes e fundamentais momentos para o
desenvolvimento da fotografia. Os avanços tecnológicos, que começavam a aparecer,
principalmente na indústria, na ciência, nos transportes, entre outras áreas, também
chegou à fotografia que, de forma ampla, passou a registrar intensamente as grandes
mudanças do mundo. A exploração dos últimos grandes territórios desconhecidos
(Figura 1), por exemplo, pode ser registrada justamente a partir dessa época.
Para que tudo isso fosse viável, a ciência se mostrou fundamental. Foi possível
a utilização de fotografias em jornais e revistas; a criação, pelo engenheiro alemão
Oscar Barnack, da icônica câmera Leica, precursora das câmeras de 35 mm e da
Rolleiflex; a fotografia em cores com qualidade; o diapositivo (slide); a fundação
da Nikon, em Tóquio; só para citarmos alguns desses momentos. O mundo pas-
sava a ser moderno.
Stieglitz tirou uma das primeiras fotografias modernistas, em 1907, feita du-
rante uma viagem de navio à Europa. A terceira classe (Figura 2) mostra uma
grande aglomeração de pessoas em um pequeno espaço na grande embarcação,
parecendo um campo de refugiados. As condições contrastavam com a confor-
tável cabine onde o fotógrafo estava com sua família.
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Foi nessa mesma época que a fotografia se tornaria presente e efetiva nos
jornais diários, ainda que ela já fosse utilizada há algum tempo em revistas e
jornais semanais em decorrência do maior tempo que os editores tinham para
montar suas publicações. Em 1904, o jornal inglês The Daily Mirror (veja abai-
xo), começou a ilustrar suas páginas totalmente com fotografias, e não mais com
ilustrações. A partir desse momento, a fotografia passou a ser utilizada como um
elemento informativo. Consolida-se então o fotojornalismo – atividade desempe-
nhada por profissional responsável pelo registro fotográfico de qualquer fato ou
assunto de interesse jornalístico.
Capa do Daily Mirror (2 de setembro de 1904), o primeiro jornal diário do mundo totalmente
Explor
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observa Fels (2008). Esse estilo de fotografar foi denominado pela revista inglesa
The Graphic como candid photography – quando o fotografado não percebe ou
desconhece a presença do fotógrafo ou da câmera.
Figura 3 – Erich Solomon. O cônsul alemão Schwarz (à direita) visita Max Schmeling
(à direita) no campo de treinamento, Kingston, Nova York, 1932
Fonte: icp.org
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Figura 5 – Heinrich Kühn. Miss Mary e Edeltrude deitadas na relva, c.1910. Autocromo
Fonte: Hacking, 2012
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Leica e Rolleiflex, Xodós dos Fotojornalistas
As origens da câmera fotográfica Leica remontam ao ano de 1911, quando
o engenheiro alemão Oskar Barnack começou a trabalhar na fábrica de lentes e
microscópios Ernst Leitz Optische Werke, na cidade alemã de Weztlar. Com certe-
za, ele não esperava criar uma das câmeras fotográficas mais icônicas do mundo.
Apaixonado por fotografia, e em virtude de sua saúde fraca, tendo dificuldade de
carregar as pesadas câmeras de placa de vidro, que ficavam fixas sobre tripés,
Barnack decidiu estudar e pesquisar alternativas nas suas horas livres.
Em 1913, ele desenvolveu um protótipo com uma caixa de metal e uma lente
semelhante às utilizadas nos microscópios da época. Além disso, ele colocou um
mecanismo para utilizar o filme para cinema, só que ampliou o tamanho do foto-
grama para 24 x 36 mm, o dobro do utilizado na época. Estava criado o protótipo
de uma câmara 35mm de pequeno formato, que recebeu o nome de Ur-Leica.
• O nome Leica é resultado da união das três letras iniciais do nome da família Leitz (Lei)
Explor
Figura 6
Fonte: https://goo.gl/RU22Gf
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No início da década de 1930, a Leica surgiu com mais uma novidade: um mode-
lo com objetivas intercambiáveis (para concorrer com à recém-lançada Rolleiflex).
Logo, foram lançados os modelos Leica Luxur e Leica Compur. No total, foram
produzidas mais de 60 mil unidades desses modelos.
Mas, o maior trunfo da marca era, sem dúvida, sua lente, resultado do trabalho
de Ernst Leitz, como fabricante de microscópios e telescópios e da união com
Barnack, que trabalhou na empresa alemã Carl Zeiss, fabricante de uma das me-
lhores lentes do mundo. O resultado dessa sociedade foi uma câmera com uma
qualidade óptica extraordinária que, aos poucos, foi ganhando mercado, sendo
usada largamente no fotojornalismo. Em 1930, a Leica era tão popular que o
formato 35 mm começou a ser progressivamente preferido para o uso amador,
especialmente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Atualmente, a Leica, além da fábrica na Alemanha, possui uma grande unidade
em Portugal, responsável por 90% da produção de máquinas fotográficas da marca
no mundo. A produção geral anual em Portugal é de 40 mil binóculos, 15 mil obje-
tivas, 4 mil miras telescópicas e 20 mil máquinas fotográficas. Símbolo de qualidade,
os produtos da marca, hoje, estão entre os mais caros do mundo. Exemplo: a Leica
24 SL Type 601, Mirrorless Camera, Black (Figura 8), profissional, custa (preço em
2018), cerca de 6 mil dólares em sites internacionais de compra – somente o corpo.
Caso você queira uma lente Leica Vario-Elmarit-SL 24-90 mm f/2,8-4, terá de de-
sembolsar mais cerca de 5 mil dólares. Total: 11 mil dólares.
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A Revolucionária Rolleiflex
Outra câmera revolucionária foi a também alemã Rolleiflex – precursora de
inúmeras reflex de duas objetivas e filme de rolo –, desenvolvida, em 1929, pela
Frank & Heidecke. Foi uma das primeiras câmeras a trazer uma grande inovação:
a possibilidade da troca de lentes para alteração das distâncias focais. O grande
atrativo da marca sempre foi a alta qualidade de seus produtos.
Em uma câmera reflex, o fotógrafo enxerga o objeto refletido por um conjunto de espelhos
Explor
(visor óptico). A Rolleiflex possuía duas objetivas: a superior era usada para a formação
da imagem no visor enquanto a objetiva inferior, de mesma distância focal, formava uma
imagem sobre o filme. Uma limitação dessas câmeras é o erro de paralaxe, isto é, quando
uma cena fotografada é muito próxima, fotógrafos inexperientes podem “cortar” partes do
assunto. (FELS, 2008)
O modelo de 1929 (Figura 9) tinha o princípio das lentes gêmeas: a luz que passa
pela lente superior é refletida em um espelho e pode ser vista no visor acima da câ-
mara, e aí se dá a focalização. O filme é exposto através da luz que atravessa a lente
inferior. Muitas câmeras antigas ainda são utilizadas até hoje. A Rolleiflex passou a
ser a preferida dos profissionais.
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Por incrível que pareça, foi um conflito, a Primeira Guerra Mundial (1914-
1918), que contribuiu para isso, criando um grande fluxo de produção fo-
tográfica nos dois lados: Aliados (Reino Unido, França e Rússia) e Tríplice
Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria e Itália). “Esta guerra foi ‘facilmente’ fo-
tografada, uma vez que, ocorreu nas trincheiras, diferente da Segunda Guer-
ra. Outro uso da fotografia foi como um método auxiliar de reconhecimento
aéreo”. (TOREZANI, 2014, p. 4)
Conforme Torezani (2014, p. 4), “a fotografia deste conflito serviu como ele-
mento de manipulação através de peças de propaganda para controlar a popula-
ção e estimular ódio e afeto”. Os serviços fotográficos dos exércitos registravam
as batalhas, controlavam a difusão das imagens e retocavam as cenas para evitar
a “foto-choque”. No final da década de 1930, exposições fotográficas pelo mun-
do mostraram a “verdadeira” guerra, pelos dois lados.
Outro conflito ocorrido entre 1936 e 1939, a Guerra Civil Espanhola, reve-
lou um jovem fotógrafo que, aos 25 anos, foi considerado pela revista britânica
Picture Post (1938) como o “maior fotógrafo de guerra do mundo”: o húngaro
Robert Capa (1913-1954). No front das piores guerras, ele combinava três de
suas mais importantes características: coragem, senso apurado de composição
e olhar humano.
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Os Fotógrafos-Correspondentes
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) consolidou o poder da fotografia de
guerra em decorrência do grande número de jornais e revistas ilustrados em todo
o mundo. Além disso, os fotógrafos não precisavam utilizar volumosas câmeras,
pesados tripés e chapas de vidro como na primeira grande guerra. E, por isso, po-
diam se movimentar com mais agilidade na linha de frente das batalhas.
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Muitas imagens importantes e fortes da Segunda Guerra Mundial foram pro-
duzidas para a revista norte-americana Life pelos fotógrafos-correspondentes
George Rodger (1908-1995) e Robert Capa. Rodger, em 1941, entrou em um
campo de concentração na Baixa Saxônia (Alemanha) e encontrou mais de qua-
tro mil corpos; e Capa realizou a famosa série de 106 fotografias, em 6 de junho
de 1944, quando soldados norte-americanos desembarcaram na Praia Omaha,
na Normandia (França). A data ficou conhecida como “Dia D”. As imagens de
Capa ficaram ligeiramente fora de foco porque suas mãos tremiam enquanto
fotografava sob fogo cerrado (Figura 13).
Tabela 1
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A Fotografia de Moda através do Tempo
A roupa não fala, mas nos diz muitas coisas. Inúmeros são os códigos
das roupas que, ao serem decifrados, são capazes de transmitir informa-
ções, como por exemplo, as cores. Atualmente, no mundo ocidental,
com a liberdade de expressão, as cores perderam muito das suas simbo-
logias, mas, em outras épocas, já estiveram associadas às questões cultu-
rais como um verdadeiro diferenciador de condição social. (NOGUEIRA
apud BRAGA, 2008, p. 17)
Figura 18 – Adolph de Meyer. Estudo de moda não publicado para a Vogue, 1919. Fotografia
Fonte: Hacking, 2012
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Figuras 19 e20 – Cecil Beaton. Mona von Bismarck by Cecil Beaton for Vogue, 1936
Fontes: Cecil Beaton, 1936
Entretanto, foi apenas em julho de 1932 que a Vogue publicou sua primeira
capa com uma fotografia. Produzida pelo fotógrafo Edward Steichen – um dos
mais famosos fotógrafos de moda da época –, a imagem mostra uma modelo
com maiô vermelho e branco e touca branca, segurando uma bola também ver-
melha e branca sobre um fundo azul (Figura 21).
Figura 21 – Edward Steichen. Primeira capa fotográfica da revista Vogue, 1932. Fotografia
Fonte: Torezani, 2015
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A fotografia, além de substituir gradualmente os desenhos nas revistas
de moda e estilo de vida, começou a eclipsar as artes gráficas na publi-
cidade. Em 1923, menos de 15% dos anúncios ilustrados nas grandes
revistas usavam fotografia. Decorrida uma década, este número chegava
quase a 80%. (HACKING, 2012, p. 262)
Nos anos 1930, câmeras portáteis como a Leica contribuíram para que a foto-
grafia de moda começasse a ser mais realista, tendo como base o fotojornalismo,
fora dos limites do estúdio, por exemplo. Em 1933, a Harper’s Bazaar contratou
o húngaro Martin Munkácsi (1896-1963), um dos fotógrafos esportivos mais bem
pagos do mundo. Sua capacidade de captar o movimento revolucionou a fotografia
de moda (Figura 22). Ele ensinou, em 1935, em um artigo na Harper’s Bazaar:
Nunca mande seus modelos posarem. Deixe que se movam natural-
mente. Todas as grandes fotografias hoje são instantâneos. Tire ima-
gens por trás. Tire imagens correndo [...]. Escolha ângulos inespera-
dos, mas nunca sem razão.
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No final dos anos 1950, Londres se tornou o centro criativo para jovens estilistas
e fotógrafos de moda, um verdadeiro movimento cultural. Os jornais mostravam um
número cada vez maior de fotografias de moda “à medida que roupas sofisticadas,
porém acessíveis e produzidas em série, ficavam ao alcance do público em geral”
(HACKING, 2012, p. 345). Na época, também foi lançada a influente revista de
moda masculina Town, que mostrava modelos masculinos caracterizados como he-
róis ao estilo do agente secreto do cinema James Bond.
Barry Lategan. Reportagem no The Daily Express com Twiggy, 23 de fevereiro de 1966.
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A década de 1960 seria marcada, ainda, pela ampliação da ideia de padrão de
beleza nas grandes revistas. Em março de 1966, Donyale Luna se tornou a primei-
ra modelo afro-americana a estampar a capa da Vogue britânica, fotografada por
David Bailey (1938-) (Figura 24).
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Nos anos 1980, as top models passaram a ser bem pagas (aliás, muito bem pa-
gas), consolidando-se o conceito de supermodelos. Fotógrafos como o norte-ame-
ricano Steven Meisel (1954-) foram fundamentais para a construção das carreiras
de diversas supermodelos como Cindy Crawford, Claudia Schiffer, Linda Evangelis-
ta, Naomi Campbell, entre outras. Meisel, que também era designer, coreografava
poses das modelos e as aconselhava sobre cor de cabelos, por exemplo.
Também fazia parte desse grupo de fotógrafos Herb Ritts (1952-2002). Seus
retratos de personalidades e editoriais de moda foram publicados em revistas de
luxo como Vogue e Vanity Fair. O norte-americano fotografou ainda para campa-
nhas publicitárias de marcas como Armani e Chanel e para varejistas como Levi’s
e Gap. (HACKING, 2012)
Figura 26 – Herb Ritts. Madonna (True Blue Profile), Hollywood, 1986. Fotografia
Fonte: Herb Ritts,1986
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Figura 27 – Herb Ritts. Stephanie, Cindy, Tatjana,
Naomi, Hollywoodi, 1989. Fotografia
Fonte: Hacking, 2012
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A Fotografia de Moda na Era Digital
Na medida em que entende a linguagem da moda fotografada, o profis-
sional que atua no campo da moda ou da comunicação de moda torna-se
mais consciente ao eleger os signos capazes de estabelecer uma relação
eficiente e ética com o público. Essa consciência, fundamental em todas
as áreas, pode fazer a diferença em um campo que busca se firmar como
parte importante da cultura. (NOGUEIRA, 2012, p. 106)
Um exemplo desse novo momento é o inglês Nick Knight (1958-), que, como
fotógrafo de moda, tem desafiado as noções convencionais de beleza, estando
entre os fotógrafos mais influentes e visionários do mundo. Como empreendedor,
ele criou e dirige o premiado site de moda SHOWstudio.com, empresa de promo-
ção dedicada a compartilhar na internet mídias ao vivo sobre moda (Figura 31).
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Figura 32 – Tim Walker. Capa da Another Figura 33 – Tim Walker. Revista i-D, 2017
Man, 2017, para a Gucci Fonte: Tim Walker, 2017
Fonte: Tim Walker, 2017
Essa característica, conforme Spineli (2011, p. 43), é muito utilizada por David
LaChapelle (1963-) em suas produções para moda, “pois ele manipula as imagens
fotográficas digitais ou digitalizadas e as compõem por meio do computador com
outro elemento”. O resultado, conforme a autora, são imagens que não encon-
tram necessariamente contraponto na realidade.
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Figura 34 – David LaChapelle. An image Figura 35 – David LaChapelle. Campanha
of some bright eternity, 2002, para publicitária Viva Glam da MAC, 2012,
a Vogue italiana. Fotografia com a rapper Nicki MinajFotografia
Fonte: David LaChapelle, 2002 Fonte: David LaChapelle, 2002
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Iphoto Channel
10 Fotógrafos de moda para seguir no Instagram.
https://goo.gl/QgdgV9
Amigo Fotografo
5 aplicativos de fotografia grátis que você deve conhecer.
https://goo.gl/iAiSrD
Livros
Correspondente de guerra – Os perigos da profissão que se tornou alvo de terroristas e exércitos
LIOHN, André; SCHELP, Diogo. Correspondente de guerra – Os perigos da
profissão que se tornou alvo de terroristas e exércitos. São Paulo: Contexto, 2016.
Filmes
A vida secreta de Walter Mitty
A vida secreta de Walter Mitty. Direção:.Ben Stiller, 2013. Sinopse: Walter Mitty
(Ben Stiller) é o responsável pelo departamento de arquivo e revelação de fotografias
da tradicional revista Life. Ele é um homem tímido, levando uma vida simples, per-
dido em seus sonhos. Ao receber um pacote com negativos do importante fotógrafo
Sean O’Connell (Sean Penn), ele percebe que está faltando uma foto. O problema é
que trata-se justamente da foto escolhida para ser a capa da última edição da revista.
É quando, Walter, com o apoio de Cheryl (Kristen Wiig) é obrigado a embarcar em
uma verdadeira aventura.
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Referências
EPRIN – Escola Profissional da Raia. A evolução da câmera fotográfica
[2018]. Disponível em: <https://www.eprin.net/gamanho/fotpb/AEvolucao-
daCamaraFotografica.pdf>. Acesso em: 30 mai. 2018.
HACKING, Juliet (ed.). Tudo sobre fotografia: técnicas criativas de 100 grandes
fotógrafos. Rio de Janeiro: Sextante, 2012.
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