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Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra

INTRODUÇÃO AO DIREITO II – 2.ª TURMA TEÓRICA


GRELHA DE CORREÇÃO DO EXAME FINAL DA ÉPOCA DE RECURSO
30 de junho de 2018

Observações preliminares:

Em cumprimento do artigo 23.º do Regulamento do Curso de Licenciatura em Direito da Faculdade de


Direito da Universidade de Coimbra, disponibilizam-se os critérios de correção do exame final de Introdução ao Direito
II (época de recurso), remetendo-se os Senhores Estudantes para as páginas dos Sumários Desenvolvidos nas quais se
encontram os núcleos temáticos a explorar em cada uma das questões do exame.

A bibliografia não deve servir à tentativa de repetição mecânica, mas sim ao estudo
criticamente autónomo e consciente; devendo ser mobilizada, portanto, como o ponto de partida
essencial para a compreensão dos quadros dogmáticos necessários ao complementar
desenvolvimento de um discurso próprio e fundamentado acerca dos temas abordados.

Nas respostas apresentadas, os Senhores Estudantes devem partir das perguntas propostas,
concentrando-se em resolver os problemas que as mesmas especificamente introduzem - mobilizando,
para este fim (e não simplesmente em abstrato), os conhecimentos adquiridos. O eixo
argumentativo, portanto, deve ser o do tratamento dos problemas concretos. O ponto de partida
do jurista é o caso.

1. Páginas 99-101, 105 (1.5.).


Identificação e especificação dogmático-contextual, nos quadros do direito privado, dos
princípios em causa; classificação fundamentada destes relativamente à posição que ocupam
no sistema jurídico – o princípio da liberdade contratual (transpositivo), o princípio da
tipicidade dos direitos reais ou do “numerus clausus” (positivo). Reflexão acerca da possível
contraposição intencional entre ambos.

2. Páginas 94-97, 131-134 (a) e d)), 140-144, 178.


Comentário desenvolvido sobre o trecho proposto, a fim de distinguir, no contexto do
pensamento jurídico, tanto no plano intencional e formativo, quanto no plano metodológico,
as duas compreensões dos princípios então expostas: os princípios como ratio (na sua relação
com o normativismo jurídico, e, bem assim, com o problema das lacunas e a técnica da
analogia juris) e os princípios como intentio (na sua relação com os problemas das
insuficiências intencional e objetiva da legislação). Caracterização pormenorizada dos tipos
de raciocínio envolvidos na técnica da analogia juris. Distinção dos problemas subjacentes às
referidas insuficiências.

II

1. (a) – páginas 147-156, 162-163 (no contexto dos cânones objetivados no artigo 9º
do Código Civil, refletir, sempre de forma fundamentada, sobre o tratamento específico da
letra da lei – a relevância, as funções e o valor que lhe são atribuídos); (b) – páginas 168-175 (o
confronto entre o tratamento referido na alínea anterior e aquele que corresponde ao

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apresentado pela Jurisprudência dos Interesses. Comentário detido acerca dos pressupostos
da interpretação corretiva).

2. Páginas 157-159, 162-165.


A análise fundamentada do juízo em abstrato formulado pelo intérprete suposto no
enunciado: a especificação do objetivo da interpretação (em linha com o objetivismo histórico),
dos elementos-fatores mobilizados (o elemento gramatical e o elemento histórico) e do tipo de
resultado atingido, assim como do argumento lógico que o sustenta (uma interpretação
enunciativa apoiada no argumento a minori ad maius).

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