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Modalidades de erro:
d) Tem que provar que o declaratário sabia, ou que pelo menos tinha
obrigação de saber que aquele elemento sobre o qual recaiu o erro era um
elemento essencial para o declarante.
Mas agora vamos ver casos, em que logo á partida a vontade forma-se mal,
ou seja, uma pessoa vai querer algo, mas aquilo que vai querer só o quer
devido a um erro, pois se tivesse conhecimento da realidade não quereria
aquele negócio.
Mas aqui é diferente, pois para anular, não basta o errante provar que o outro
sabia que aquele elemento era essencial, é preciso que o errante prove que
tinha havido um acordo prévio das partes no sentido de fazer depender (o
negócio) no sentido de não se vir a apurar um erro, ou seja, as partes poderiam
ter combinado que, se por acaso, se vier a descobrir que eu estou bem de
saúde, então o negócio fica sem efeito e neste caso, aplicando o artigo 252 nº 1,
para se poderem anular as doações seria necessário que tivesse ficado
combinado que, se eu por acaso viesse a descobrir que estava de boa saúde e
só então é que o negócio seria anulado e era preciso que o outro tivesse
concordado com isso.
DOLO
O dolo em certas circunstâncias facilita a anulação por erro, visto que o artigo
254 nº 1, permite que se anule o negócio em que há erro se houver dolo,
porque já não é preciso provar certos requisitos mais exigentes dos artigos
anteriores. Mas também é preciso não esquecer que o dolo é visto pela lei
como uma conduta ilícita, aliás, basta confrontar o artigo 253 nº 1 com o artigo
253 nº 2, pois no artigo 253 nº 2 fala-se no dolo que não é ilícito, o que quer
dizer que o que vem no artigo 253 nº 1 é um dolo ilícito.