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GAY, Peter. “Álibis”. In: Idem. A experiência burguesa da rainha Vitória a Freud, vol.

3:
O cultivo do ódio. São Paulo: Cia das Letras, 1995, p. 43-97.
P.43  A construção dos álibis ou justificativas para a agressão na Europa do
século XIX: explica que toda cultura/classe/século concebe suas justificativas para
sua violência, cada um tendo sua própria história, em que a maioria delas não passa
de cópias de fundamentos consagrados pelo tempo, uma modificação muito sutil
dessas cópias, enquanto que existem poucas que são originais. Usa os vitorianos
como exemplo, onde esses pegaram elementos emprestados em sua busca de
justificativas plausíveis para sua violência, física ou verbal, e logo foram pouco
originais, mas o autor coloca o acréscimo feito pelos burgueses do século XIX aos
motivos convencionais já existentes para as atividades de guerra como culturalmente
reconhecíveis. Neste sentido, formou-se um clima de familiaridade e novidade que
passa pelas justificativas da violência em que os vitorianos confiavam.

 As principais justificativas e seus efeitos: são muitas, mas o autor destaca


apenas um trio entre elas: I) a concorrência advinda da biologia, que passou pela vida
economica, politica, literaria e particular da Europa; II) a criação de uma figura do
Outro oportuna, que era uma esquema de descoberta de falsas ciências recentes e
preconceitos agradáveis e convencionais; III) o culto da masculinidade, que era uma
adaptação no século XIX do ideal nobre de bravura. E todas criaram identidades
coletivas e exclusões, e ao formarem uma coletividade interior, elas mostravam e
inventam os estranhos que estariam do lado de fora das “paliçadas” (pessoas, classes,
raças e outros países) aos quais era adequado contradizer, ter um sentimento de
superioridade, ridicularizar, explorar e exterminar. Com isso, todas essas tres
desculpas tinham o efeito igual de cultivar o sentimento do ódio, tanto na sua posse e
estimulo como na sua passagem outorgada pelos lugares de aprovação
cuidadosamente delineados.
P.44  Relativizando os álibis europeus: a comunidade que seria gerada e
consolidada pelas desculpas para a violência varia de acordo com alguns elementos,
como o tempo, o lugar e as pressões vindas dos interesses privado, assim como tais
desculpas seguiam o mesmo destino, e quando os caos sociais ou exteriores
aumentavam, uma desculpa poderia desmentir seus rivais ou não conseguir vivem
com eles. Assim, o conjunto de álibis para justificarem a agressão tinha suas
discórdias e poderia estar aberta a questionamentos.
 Os usos amplos desses álibis: Não estavam escritos ou gravados em algum
lugar especifico ou particular, tinham flexibilidade, mobilidade que levaria ao
assombro e implícito controle das necessidades e ansiedades humanas particulares,
sendo que todas essas desculpas eram licenças para que sentimentos de agressão
surgissem, mas começavam nas reservas escondidas espalhadas e eram expressas de
maneira diferente no âmbito publico. Algumas dessas desculpas começavam como
propaganda pelos donos do poder, ideários para que justificassem a cobiça, o sadismo
ou a intolerância racial, enquanto que outros álibis se ancoravam na informação
considerada mais cientifica, assim como outros álibis eram crenças adaptadas. Então,
mesmo sendo egoístas as permissões que os homens vitorianos usavam para entrarem
no mundo belicoso, algumas aprovações eram respostas lógicas ao caos social, ao
localismo religioso e a corrupção, ou seja, motivos concretos e materiais. Neste
sentido, tais autorizações, em âmbito cultural ou judicial, resistiram a mais cética
investigação, e sendo ou verdadeiras ou parciais, estavam longe de ser um pretexto
para fazer algo maléfico ou egocêntrico, e que fosse vantajoso.

 A contradição dos álibis: tais justificativas concebidas para que deixassem os


vitorianos mais confortáveis, fizerem o total oposto, ou seja, causaram desconforto
neles, em algumas ocasiões. Assim, com a necessidade da mentalidade burguesa
precisando dominar inúmeras tentações no século XIX, alguns álibis viraram fontes
de auto-laceração, ou seja, os álibis ajudavam a fazer as pessoas se machucarem, e
então, alguns burgueses tiveram suas fazeres impedidos pelo superego “censurador”
(estrutura moral do comportamento humano responsável por controlar o Id, os desejos
humanos mais primitivos do ser). Os vitorianos já tinham se dado conta dessa
situação, e na virada do século XIX, o fato da agressão a outrem parecer uma
agressão a própria pessoa virou clichê. Como exemplo, ele ressalta a nota da
socióloga Beatrice Webb acerca do fato dos homens intelectuais e de posses terem
criado uma nova consciência acerca do pecado e uma nova consciência, de classe ou
coletiva, quanto aos deveres com os mais pobres.
P.45  As metades do século XIX: a primeira da metade se via como o melhor século
que existiu, enquanto que a segunda metade descobriu que era a mais maldosa e
perversa, mesmo que a diferença não tendo sido gritante, uma vez que a recusa maior
de permitir a mostra dos impulsos agressivos acontecia desde a Renascença (séculos
XIV, XV e XVI). Também era incontestável, por volta dos anos 1800, o rigor da
obrigação de autocontrole, especialmente entre as classes médias respeitáveis, assim
como em 1858 (58 anos antes de Shaw dizer que as mudanças do século XIX foram
condenações do pecado social ou coletivo) o intelectual Walter Bagehot percebera
que o caráter insensível da primeira metade do século deveria ser reparado com uma
grande sensibilidade com as dores e sofrimentos humanos nos anos seguintes. Então o
autor ressalta que os contemporâneos desse intelectual não viam a sua sensibilidade
como exagerada, ao passo que materializavam sua fraca “auto-reprovação” numa
filantropia particular, campanhas para organizarem serviços sociais e movimento por
reformas de cunho político.

 A sensibilidade: vemos que aquele momento, segundo o autor, era bondoso


com negociantes de sangue frio, os donos de fabricas rígidos, burocratas indolentes, e
políticos corruptos, enquanto que não tinha bondade com os gestores de instituições
de caridade. Porém, os burgueses pensantes durante a epoca vitoriana vão demonstrar
uma maior preocupação com a classe operária, pessoas que viviam numa situação
injusta, e tais burgueses vão encontrar aliados paradoxais entre os reformistas sociais,
membros do mesmo compromisso, mas que queriam trazer ao palco político os
membros da classe que não tinham representação politica.

 A agressão: então, os vitorianos vão se envolver em grandes disputas quanto à


agressão, e, neste sentido, aquele contexto viu com seriedade suas querelas, e alguns
desses conflitos interessantes debatiam a agressividade aceita por uma desculpa ou se
algum outro álibi era preciso ou justificável. Assim, cita alguns livros da época,
voltados ao assunto religioso, cujo tema era a briga entre ciência e a crença, assim
como os participantes mais exaltados dos debates durante o século XIX, seja o tema
religião ou demais polemicas, se sentiram no direito de tratar seus adversários pior do
que “ovelhas livres”, então dissidentes estavam contra anglicanos, protestantes contra
católicos, judeus ortodoxos contra os reformistas, e ateus contra crédulos, todos esses
fizeram um uso inescrupuloso de suas justificativas para a violência. Igualmente,
precisavam lidar com as posições mais pacíficas, céticas, mediadoras, e tolerantes, as
quais ficavam inquietas e que suspeitavam que a maioria das desculpas para o ódio
não passava de justificações para o uso particular.
P.46  Os opositores aos álibis da violência: com isso, nenhuma das desculpas
favoritas para a violência deixou de ter seus opositores, assim como as tentativas de
evitar conflitos em cada campo geravam brigas ainda maiores e novas agressões.
Então, os partidos políticos nasciam paralelamente aos burgueses do XIX lutando
quanto aos pretextos para as punições, sejam corporais ou capitais, as estratégias
políticas permitidas num momento de democratização, do direito da mulher de se
auto-afirmar em sua casa e no mundo, dos limites permitidos dos ataques do humor, e
do meio mais eficiente em fazer do boxe algo lucrativo, assim como os pacifistas vão
ficar agressivos por causa da paz, tornando rica a mistura explosiva de uma cultura
que está lutando contra si mesma. Com isso, alguns pontos de vistas foram dominam
a cultura burguesa do XIX, mas todos foram devidamente contestados, e então, tudo,
ou quase tudo, não tinha se encerrado.

-A Apoteose do conflito-
 O papel da ciência: vemos que uma dos traços mais fortes da cultura do XIX
foi o fato das desculpas mais famosas para a violência terem se apoiado nas provas
cientificas, em que a justificativa de que a violência era demandada e querida colheu
muitos benefícios com os argumentos científicos (os defensores desses álibis diziam
que era possivel mostrar os benefícios da concorrência em âmbito economico ou
militar, assim como os partidários do racismo vão recorrer à ciência). Então, vemos
também que os vitorianos partidários do conflito vão passar a ter um “testemunho
universitário” depois de 1859 com a publicação de A origem das espécies, de Charles
Darwin, cujas premissas teóricas foram tiradas da obra e usadas nas soluções políticas
por parte de polemistas pomposos e também sem valores, visto que tais idéias vieram
do mais polemico e cultuado cientista produzido pelo século vitoriano. Neste sentido,
com o início da década de 1880, aqueles polemistas vão passar a ser chamados de
“darwinistas sociais”.
P.47  Os argumentos científicos: fazem parte de uma estratégia maior, enquanto
estão a favor das desculpas para a violência, e então vemos o exemplo das
antifeministas, cujo objetivo era fazer da agressividade pública uma
exclusividade masculina, mas essas diziam que não estariam se benificiando
com essa prática, mas sim agiam com base em dados médicos, visto que era
possivel provar que o cerebro feminino era menor em relação ao masculino,
além da menstruarão que impedia as mulheres do trabalho intelectual.
 A rivalidade: a sua classificação nos assuntos humanos, seja essa rivalidade
uma força positiva ou um destino inevitável, tem suas origens na Idade
Antiga, enquanto que no fim do XIX as explicações para auto-afirmações
egocêntricas, ou seja, a demonstração de uma vontade de se emancipar, se
ancoraram em Darwin, contudo, a idéia de que a vida era um combate
infindável em que o mais forte e melhor sobrevive não era inédita. Vemos
então duas passagens que aparece essa questão, com destaque para a segunda,
o Manifesto Comunista de 1848, de Marx e Engels, em que ambos atestam a
existencia do conflito na sociedade humana, presente e pretérita, e que a toda
a História era a história da luta de classes.
 Os conflitos na sociedade: o autor explica que por seculos circulava a idéia
clichê de que a “corrida” era para os velozes e a “batalha” aos mais fortes, e
com isso passamos para Thomas Hobbes, cujo retrato da vida em estado de
natureza como solitária/pobre/cruel/embrutecida era algo difícil, mas as
pessoas da época do XVII não ficaram ultrajadas com a frase dele de que os
humanos eram os adversários naturais dos outros humanos, e Adam Smith,
que apoiou a competição em detrimento do paternalismo mercantilista, ao
passo que a competição não era prejudicial nem ao produtor e ao consumidor,
e sua idéia de “mão invisível do mercado”, destinado a provar a função social
do egoísmo, poderia ser entendido como o afastamento da acusação de uma
irregularidade no embate por um lugar na economia. Então, o autor ressalta
que no livro de Smith, A Riqueza das nações, Smith dava ao Estado inúmeras
funções regulatórias, mas os pensadores do século XIX fizeram dele um
símbolo da livre competição, o que escondia sua filosofia humanista presente
nele.
P.48  Thomas Malthus: vemos o choque que suas previsões causaram entre a
população em fins do XIX, especialmente por causa matemática por trás dela,
vista no crescimento geométrico da sociedade, em virtude de seus dejesos
sexuais, e a distribuição de mantimentos numa escala aritmética, onde os
humanos passariam a quantidade de alimentos, e logo passariam fome.
Assim, do outro lado das teorias de progresso exaltas apresentadas por
iluministas como Condorcet, o desalento de Malthus parecia uma volta às
faltas de esperança depois de um momento de esperanças irracionais, mesmo
que seu desanimo não fosse algo novo ou inédito, visto que John Adams já
ressaltara em 1814 as mesmas idéias de Malthus, e essas eram conhecidas
entre democratas e nobres. Então, a novidade em si era a falsa ciência de
Malthus.
 Sua previsão original: foi enfraquecida nas versões futuras do livro Sobre a
população, em que o casamento retardatário e a abstinência sexual, “a
restrição moral”, poderiam controlar a pressão demográfica para níveis de
sobrevivência disponível, assim como conservou o fantasma da
superpopulação e seus desdobramentos enfadonhos, algo que deu a Malthus
uma grande autoridade por boa parte do XIX. Neste sentido, caso ele tivesse
razão ao seu prognóstico, o autor ressalta que seria vã qualquer tentativa
pública ou da filantropia privada de amenizar a pobreza e a violência em
potencial de ocorrer.
 Os olhares a sua previsão: alguns manipuladores ou engenheiros sociais
esperançosos não acreditavam ou amenizavam os traços mais agressivos das
previsões macabras elaboradas por Malthus, em que Herbert Spencer, profeta
da evolução sem limites, começou uma briga com Hobbes em virtude do
ultimo exagerar no que diz a maldade e egoísmo dos humanos, da mesma
forma que com o avanço do XIX e uma descrença em relação à visão pacifica
do Catolicismo, não havia mais além de uma natureza violenta ou omissa aos
humanos. Assim, o autor diz que uma visão do mundo como uma arena ou
campo de batalha, boa apenas aos gladiadores ou guerreiros, tinha
credibilidade geral bem antes de Darwin e seus seguidores escreverem algo,
tendo como exemplo o publicista conservador inglês James Fitzjames
Stephen, que em 1840 já defendia o caráter combativo ou belicoso do homem,
deste modo, não tirou suas idéias de Darwin. Com isso, o autor conclui que
com a propagação dos ideais do darwinismo social, os partidários da violência
vão defender tais valores com grande confiança.
P.49  Herbert Spencer: continuando, o autor diz que o século XIX não teve de
esperar Darwin para achar o seu cientista da briga, então passamos a Herbert
Spencer, defensor da competição, que não foi darwinista, visto que seu livro
Estatística Social veio ao mundo em 1850, nove anos ao livro de Darwin, e
tal concorda, a de Spencer, em tornar conhecida a teoria da evolução, assim
como tinha os elementos pertinentes aos quais a geração futura vai chamar de
darwinismo social. Em seguida, com uma passagem de Spencer, o autor
ressalta que o tal estado de guerra global no qual a criação inferior está seria a
regra mais piedosa permitida pelas circunstâncias, enquanto que a destruição
dos idosos e doentes termina com a sua existencia antes que a mesma vire um
fardo, e ainda possibilita que se abra espaço as gerações mais jovens.
 O Ideário de Spencer: sem disfarçar, Spencer acreditava que o processo
purificador adaptativo, que mata os mais fracos ou deformado, acontece entre
os seres humanos e os animais, ainda reconhecendo que era contra revelia ver
algum artesão incompetente passar fome ou viúvas e órfãos lutarem pelas
suas vidas, apesar desses fenômenos não o abalarem, uma vez que esses
infortúnios, ao serem ligados com os interesses do gênero humano mundial,
podiam ser benéficas ou positivas, o mesmo positivismo que enterrava cedo
os filhos de pais doentes e transformava os pobres e doentes em vitimas de
uma epidemia, segundo o autor. Spencer classificava as pessoas incapazes de
lidar com essas realidades de “filantropos espúrios”, ou seja, falsos
filantropos.
 O que seu ideário significava: queria dizer, segundo o autor, uma grande
insinuação de desdém em relação às misérias e de resistência contra os
anseios de amenizar tais infortúnios, doutrina essa resumida em 1862, de
forma crua, na frase “a sobrevivência do mais forte”, frase que venceu todas
as discussões, assim como vemos que a fama de Spencer, na Europa e nos
EUA, enquanto um “intelecto dominante” escondeu a reputação dos seus
contemporâneos, chegando ao ápice de Darwin, que não um apologista de
Spencer, admirar os dotes de Spencer.
 A importância de Spencer: ao chamarmos Spencer de “darwinista social”,
tiramos seu mérito em tornar popular ou conhecido uma das desculpas para a
violência prediletas do século XIX, apesar do autor ver essa equivoco de
rotulação como um ironia verdadeira, visto que Spencer não lia muito, não
teve filhos (não multiplicou a raça humana), e antes de morrer, em 1903, sua
reputação já tinha decaído, até que se transformou em uma curiosidade
histórica.
P.50  Mais um pouco acerca de Spencer: o fato que torna Spencer um vitoriano
muito interessante é que ele não era submisso a nenhum ideário, tampouco os
seus próprios, assim como não negava a necessidade de tornar o ódio uma
coisa civilizada, mesmo que tivesse compromisso com os benefícios da
competição. Então o autor explica o sistema de explicação de Spencer, em
que a sociedade era uma célula, uma rede integrada de instituições, cujo
movimento perpétuo era no caminho para uma diferenciação sempre maior,
em que a tendencia fulcral da evolução é sair da simplicidade para a
complexidade, sair da homogeneidade para a heterogeneidade, sair do
egoísmo para o altruísmo, ao passo que o agente ou responsável pela
mudança era a seleção natural, que faz com que o mais capaz sobreviva.
 A surpresa em Spencer: malgrado o fervor por causa das leis que descobrira,
Spencer tinha uma visão otimista do mundo, ao passo que, segundo Spencer,
os indícios dos tempos indicavam que estava a chegar um momento que o
preconceito acabaria assim como a razão e verdade seriam os guias do
homem. Igualmente, a sociedade industrial que ele viu nascer diante de si
alçaria o individualismo à perfeição e traria a verdadeira liberdade particular,
compatível com a liberdade geral. Mesmo que sua felicidade tenha acabado
nos seus anos finais, Spencer passou grande parte de sua existencia igualando
evolução a melhoria ou aperfeiçoamento, vendo o Progresso, na sua obra já
citada de 1850, como uma necessidade.
 O que há por trás dessas idéias: o autor explica que a agenda escondida em
uma teoria tão extensa é negativa, enquanto que sua lição mais geral é uma
passividade contemplativa, no caso ele se refere à tarefa do governo que é
ficar na mão de políticos intrometidos, e assim os parlamentares deveriam
impedir leis de caráter pseudo-humanitárias e solapar os órgãos pseudo-
humanitários, e neste sentido, deviam ser ruins para serem bons. Enquanto
isso, Spencer, tal como os teóricos dos direitos naturais da geração anterior,
mostrou seus pontos pertinentes no livro de 1850; então, o autor explica que
impedir que certa gente compre cerveja para que outras não fiquem
embriagadas é supor que essa intromissão vai causar mais ganhos do que
danos, o que autor vê como um erro de julgamento. Com isso, o Estado não
deveria cuidar do comercio com as outras nações, do sistema bancário, das
moradias e condições sanitárias, do mesmo modo que não deveria, como
Spencer sugeriu sem pestanejar, tentar melhorar a situação dos mais pobres.
O autor constata que desrespeitar as máximas naturais, as leis de Spencer, em
prol da compaixão ou benevolência, iria produzir uma miséria maior no
futuro.
P.51  Outro lado de Spencer: existe também aquele Spencer que era contra a
aplicação de suas leis da evolução em áreas das quais não faziam parte, e
sabia que sua idéia de que os inferiores deveriam ser solapados pelos
superiores o tornava aliado dos barões-ladrões, quase seu representante, mas
não ia fugir e tampouco acatar acusações de cunho moralistas, ao passo que
sua resposta era essa: a luta pela existencia, nas ditas culturas avançadas, leva
a um aumento de bondade. E mesmo se considerando um determinista,
Spencer não via paradoxos em defender a caridade individual como algo útil,
em que nas modernas sociedades industriais, as caridades são um traço
aceitável da conduta ou ação social. Então, segundo o autor, o que os homens
precisavam era de realismo sem maldade ou crueldade.
 O lado humano de Spencer: esse lado humanitário dele, que restringiu sua
justificativa para a competição agressiva, rondou suas obras por anos, ao
passo que a bondade apareceu em Estatisticas Sociais e Fatos e Comentários,
obras nas quais ficou mais distante do utilitarismo de seus vizinhos
gananciosos. De maneira geral, Spencer, o defensor da liberdade individual e
da competição economica, tinha encontrado aplicações para a nobre
obediência do “eu” a serviço dos outros.
 Mais um lado desconhecido de Spencer: quando se mostrava contra o ensino
ou educação patrocinada pelo Estado, Spencer estava sendo fiel ao seu gosto
da lei da oferta e da procura, mas o autor mostra que em um ensaio cujo nome
é Rebarbarização, Spencer estava consternado com um primitivismo,
contrario a evolução social, reinante nos sentimentos guerreiros e na vida
militar, e que havia concebido um aceitável crescimento da liberdade, além de
achar as evidencias ou provas para esse desenvolvimento inquestionáveis, que
eram o caráter combatível desagradável das políticas daquele momento e as
revoltas de igrejas organizadas contras as autoridades civis.
P.52  A posição de Spencer quanto ao entusiasmo de alguns grupos: falou,
durante a Guerra dos Bôeres (1899-1902), desse entusiasmo inesperado pelo
combate visivel em poetas patriotas, pastores, esportistas, jornalistas e
membros dos clubes de tiro, do mesmo modo que aquela euforia era vista
como muito desagradável no fenômeno religioso estranho, que era o Exército
da Salvação, que seria responsável pela propagação e difusão de ideologias,
sentimentos, organização e disciplina também militares. Tais conseqüências
estavam todos os dias nos jornais, no caso a violência ilegal e rancorosa
contra os inimigos da Inglaterra, que eram os holandeses. Com isso, vemos
que a Inglaterra havia se tornado uma moradia aos Hoolingans, ou vândalos,
assim como Spencer achava as perspectivas assombrosas, vendo que alguns
elementos adequados a vida em paz, como idéias, sentimentos e órgãos,
estavam a ser substituídos por outros apropriados a vida militar. Então, o
autor explica que estimulo ultranacionalista que alimentava a ânsia dos
ingleses em colocar seus inimigos em uma submissão inútil era inaceitável
aos olhos de Spencer, e este dizia que o exercito dominador impõe uma
escravidão ao seu próprio senhor.
 As atitudes de Spencer: o pacifismo de Spencer não era fruto de “erupções
sentimentais” de um decadente arrogante, visto que Spencer estava rodeado
de reformadores e em seu livro de 1850 ele havia defendido os direitos das
mulheres, além de criticar, em NY em 1902, a devoção ao trabalho por parte
de seus anfitriões, visto que, para ele, a vida não existe para o aprendizado e
nem ao trabalho, mas são o trabalho e o aprendizado que existem para vida.
Com isso, ela não queria que a justificativa da concorrência virasse um
fetiche, ou seja, que fosse passível de idolatria.
 O outro Spencer: o Spencer que vimos era o melhor, mas que foi camuflado
por suas atividades de propaganda, e era comum dele demandar “um padrão
maior de justiça internacional”, visto que ele não condenara como barbarismo
o desejo de comandar. Spencer fora satírico ao ultra nacionalismo e a
supremacia masculina, e ainda não queria ser chamado de patriota, assim
como rebateu o sociologo belga Émile de Laveleye, dizendo que via como
odioso qualquer tipo de agressão, já que estava preocupado em que ocorre
uma compreensão equivocada de seu ideário. Então o autor via essa frase
como incoerente com a sua ideologia elementar, mas serve de prova que
Spencer pensava os choques que invadiam a justificativa vitoriana para a
violência que tinha relação com o seu nome.
P.53  Charles Darwin: encontramos as mesmas complexidades em Charles Darwin,
em que vemos a repercussão de sua Origem das Espécies por meio de uma
avaliação no jornal Saturday Review, impacto no que diz aos que eram
católicos ou ligados a algum credo, assim como essa mesma avaliação lembra
que o livro não aborda a origem da raça humana, o que aparece em 1871, na
obra A descendência do homem, por meio da qual se reparou de sua grande
negligência.
 A observação de Walter Bageholt: esse leitor sagaz de Darwin, em 1867, viu
que mesmo com as objeções de cunho religioso tenham existido contra a idéia
de seleção natural na ciência física, os contra-argumentos estavam em vias de
desaparecimento, e então essa nova idéia é interpretada cada vez mais como
fatal as fachadas da religião, e não ao credo em si.
 A adesão para com as idéias de Darwin: suas idéias ganham seguidor com
muita rapidez, visto que a idéia de evolução, nesse momento mais zelosa, já
existia há mais de um século, assim, vemos que Henry Adams, ao analisar o
fim da década de 1860, descreveu a reputação das idéias evolucionistas como
intocáveis, que não contemplava apenas os curas e os bispos. A seleção
natural, dizia ele, tinha virado uma religião substituta, uma doutrina que
deveria substituir o credo da imortalidade. O autor vê um pouco de exagero
por parte de Adams, enquanto que Asa Gray, um botânico americano e
defensor de Darwin contra as acusações de ateísmo, teve facilidade em
cooptar a idéia de seleção natural como uma especie de testemunho de Deus
quanto aos seres humanos, ou seja, juntar biologia e teologia, e muitos outros
clérigos estudiosos e cientistas levaram essa junção/ecletismo ainda mais
longe. Já na França católica, a oposição ao darwinismo ateu foi maior, mas
em 1882, quando Darwin morre, alguns escritores mais fiéis reconheciam que
seu livro de 1859 (A Origem das espécies) não contradizia as idéias de uma
ordem superior ou vontade superior.
P.54  A adesão dos católicos com o darwinismo: por volta da segunda metade do
XIX, alguns católicos já tinham se conciliado com as idéias de Darwin, cujo
exemplo aqui é o de George St. Clair (geólogo e engenheiro fiel), que, em
1873, por meio de seu livro Darwinismo e desígnio, usou as idéias de Darwin
como evidencias de que Deus planeja o universo de um jeito sábio e
benévolo, assim como Sigmund Freud, que observou que seu professor era
darwinista e cristão ao mesmo tempo. Já o teólogo Henry Drummond, em
1893, não soltava nada de inédito ao dizer que a evolução deveria ser vista
como a história da criação contada por aqueles que a conhecem melhor. A
evolução era então o “método da Criação”.
 A contestação a tais mensagens conciliatórias: a objeção existiu, sendo que a
dos ateus foi a de que as mensagens ecumênicas desgastavam as
incompatíveis teorias de Darwin, em que o sentido anticristão do
evolucionismo que fazia dele tão atraente aos ateus, assim como brandiram o
fator anticristão como o triunfo da razão, o sustentáculo do progresso, e uma
convocação contra a superstição e o clericalismo reacionário. Neste sentido,
vemos o motivo pelo qual o zoólogo alemão Ernst Haeckel valorizou seu
mestre Darwin, nesse caso era o fato de que o evolucionismo tinha tirado de
forma completa o credito do Cristianismo, e em seu livro de 1899, O Enigma
do Universo, esse zoólogo elogiava Darwin por ser o mais convincente
cientista do século, e se ficava contente em ver o século XIX terminar com a
querela cada vez maior entre ciência e catolicismo.
P.55  As implicações teológicas e filosóficas do Darwinismo: também essas
geraram polemicas, assim como as implicações de viés político e social
levantaram mais controvérsias ainda. O autor explica que os admiradores dos
livros de Darwin se sentiram permitidos a destroçar tais escritos quando vão
ampliar a teoria da evolução em uma explicação global dos assuntos
humanos, e, vão apelar para a “conclusiva demonstração darwinista”, da qual
o progresso é produto de um luta cabal de todos contra todos, enquanto que
pesquisadores atentos dos trechos usáveis para defender a violência não
tinham problemas em achar tais excertos nas obras de Darwin, e então o autor
seleciona uma dessas inúmeras passagens.
 A publicação de A Descendência do Homem: com esse livro publicado, os
teóricos darwinistas ficaram ainda mais justificados, enquanto que neste livro,
Darwin critica os homens civilizados que se empenhavam em impedir o
processo de eliminação, ao construírem asilos aos débeis mentais, aleijados e
doentes, criarem leis para socorrem os pobres e obrigando os médicos a
usarem toda sua pericia para salvar a vida até onde fosse possivel. Por causa
disso, seguia Darwin, os mais fracos da sociedade espalhavam seu genero, o
que era maléfico a coletividade. Por isso, Darwin recomendava uma grande
concorrência aos homens e alertava para impedir que os mais fortes/capazes,
por leis ou costumes, tivessem mais sucesso e fizessem o mximo de filhos
possivel.
P.56  Os álibis e Charles Darwin: O autor, depois de dizer que Darwin compensou
alguns raros ímpetos ardorosos e gratuitos com pronunciamentos menos
agressivos, afirma que as discussões onipresentes quanto aos álibis entre os
vitorianos estavam na obra dele, contudo, o mesmo relutava em fazer
conexões com a politica social quando realizava suas descobertas sobre os
mecanismos de evolução, relutância essa sobrepujada por seus discípulos com
demasiada facilidade, da mesma forma mostra que, desde o fim dos anos 60
do século XIX, os leitores de Darwin viram as suas fundamentações como
auto-evidentes ou muito óbvias que tornaram a achar que o fenômeno da
seleção natural era responsável por criar uma “auto-suficiência intransigente”,
ou seja, ela criaria uma independência intolerante. Assim, ele diz que tal
argumento dava motivos aceitáveis para esquecer a caridade, e concorrência
forte, que era mortal muita das vezes, era o mecanismo que tinha sido
escolhido pela natureza para se chegar ao Progresso.
 A fama de Darwin: mesmo com as polêmicas e tabus em torno de suas
posições, seu estrelato, ainda que vítima de ataques por algum tempo,
perdurou sem diminuir durante o século XX na Inglaterra e em outros países,
na medida em que seus pensamentos passaram por desconfianças no começo,
mas, assim que começaram a se espalhar entre os ingleses mais alfabetizados,
alguns escritores começaram a fazer sátiras dele, visto que as idéias de que a
humanidade era produto dos macacos e de havia um elo perdido entre
humanos e animais eram risíveis em muita intensidade. Então, vemos que não
eram somente cômicas, pois romancistas como Benjamim Disraeli, Charles
Reade e Wilkie Collins, conceberam os partidários de Darwin como nenhum
pouco amáveis.
 A representação dos seguidores de Darwin: são descritos como pessoas
presunçosas, pedantes, repulsivas, e quando não perversas, eram aborrecidas e
arrogantes, mas, conforme o darwinismo foi sendo aceito pela inteligência
inglesa e as caricaturas ficaram chatas, os romancistas passaram a ter uma
conduta mais conciliatória, em que vemos que desde o principio literatos
religiosos que gostavam da Biologia, como Charles Kingsley, já tinham
avisado que a ridicularização do evolucionismo era inútil e improdutível, ou
seja, não servia para nada e não produzia nada, além dele e outros que
pensavam igual terem tentado buscar um aliança entre Deus (religião) e
Darwin (ciência).
P.57  A estratégia dos escritores desse contexto: para não ficaram ultrapassados,
tais escritores que falavam de fatos reais, e não criações fictícias,
conservaram o nome de Darwin entre o público, e por alguns anos, os teóricos
sociais que tinham roubado as idéias dele apareceram bem menos em relação
a Darwin, e vemos então caso de Benjamim Kidd, um autodidata que em
1894 escreveu Evolução Social, por meio da qual falou por um geração de
darwinistas sociais ingleses, e ainda acreditava que a competição não tinha
diminuído entre as “sociedades avançadas”, nem o faria no futuro, da mesma
forma que achava que as nações progressistas estavam pagando um preço
elevado por sua energia em excesso, especialmente um atrito nervoso e uma
tensão nervosa, porém era um preço que valia a pena ser pago.
 A situação dos escritores franceses: visto que os ingleses não tinham o
domínio exclusivo dessas idéias, os franceses fabricaram seus próprios
seguidores de Darwin, entre os quais Clémence-Auguste Royer se destaca,
essa que era a tradutora de Darwin, colocando na sua versão de Origem das
Espécies comentários contra a Igreja e alguns de cunho liberal dela mesma,
algo que deixou Darwin nervoso, mas ele mesmo deixava os leitores
franceses nervosos, e no momento em que filósofos e economistas franceses
discutiam contra e a favor de Darwin, dramaturgos e romancistas divulgavam
tal querela de maneira bem grande. Muitos deles exploraram as possibilidades
dramáticas do darwinismo ao inventarem protagonistas em choque com a
integridade burguesa tradicional e elogiável, e quando igualavam darwinismo
social a ciência, ciência a materialismo e materialismo a amoralidade,
acabavam por criar um grupo de canalhas munido de infratores livres das
restrições e limites da ética cristã.
 Alguns desses literatos: Alphonsé Daudet ganha destaque, pois em uma obra
e uma e peça de sua autoria, pegou um conceito do darwinismo e o colocou
num de seus vilões, assim o nome ficara Struggle for lifeur, da mesma
maneira que o critico Gustave Geoffroy, ao falar do drama de Daudet, viu que
a fórmula de Darwin virou um perigo geral quando começou a se espalhar
entre as classes médias como uma desculpa cientifica de uma frase condenada
muitos anos atrás, que era a força faz o certo.
P.58  Mais um pouco de Daudet: O Discípulo, de 1889, um romance desse autor,
visto como um documento imperioso acerca da contra-revolução francesa
voltada aos partidários do Struggle for lifeur e da ciência em geral, mostrava
uma sedução, um suicídio, e um homicídio, coisas horríveis sendo feitas pelos
ensinamentos de um filósofo darwinista, enquanto que em 1890, foi
apresentado pela primeira vez o termo struggleforlifeur junto com suas
ramificações no Grande Dicionário do século XIX, e assim, tal conceito com
as noções que com ele se juntavam tinha chegado na França, porém
romancistas liberais como Anatole France e filósofos como Ernest Renan
protestavam contra a distorção oportuna de idéias cientificas por causa de uma
propaganda de cunho religioso, e tal debate, aumentado com essas objeções,
apenas aumentou o alcance das idéias darwinistas sociais aos franceses.
 Émile Zola e seu papel: o autor diz que a preocupação dele com a ciência e
com a aplicação mecânica de uma crença determinista na sua obra aumentou
mais o debate, da mesma forma que colocou seus personagens como presas
inevitáveis nas redes de hereditariedade, redes essas que davam aos
personagens um destino definido por seus ancestrais. Seus personagens, como
o próprio autor que os criou, liam Darwin e viam a vida com um conflito
infindável, assim como Zola dramatizou a justificativa de que a agressão é
uma força da natureza invisível, e os humanos são agressivos, pois a sua
natureza faz com que sejam assim.
 Um romance de Zola: em À Felicidade das damas, chamou as grandes lojas
de departamento, que estavam crescendo no setor comercial, para serem
testemunhas a favor da briga mortal no interior das coisas, e assim vemos um
pouco deste romance: aparece a figura de Octave Mouret, um enérgico,
inescrupuloso e atraente dono de uma dessas lojas, que desperta o interesse
sexual de suas clientes por meio de uma mistura de recursos modernos de
propaganda e venda irresistíveis, levando a falência a pequena e ultrapassada
loja do outro lado da rua. Assim, Mouret é um luta darwinista, que desfruta de
cada momento da competição comercial, da mesma forma que a competição
assimétrica com seu rival decadente e sem crédito é para Mouret um tipo de
guerra, e Zola se coloca do lado de Mouret, além do fato de Mouret não
apresentar qualquer sentimento ou lamentação ao ver o fim das pequenas lojas
a varejo. E podemos que se até a competição entre lojas aparecia dentro da
luta universal pela existência, isso deu pelo fato da mentes de muitos
franceses homens e mulheres, favoráveis ou não, tenderem ao darwinismo
social.
P.59  O darwinismo social entre os germânicos: os escritores alemães e
austríacos não ficaram muito receptivos quanto ao debate darwinista,
enquanto que no primeiro caso, onde os mais liberais defendiam a intervenção
governamental, a retórica darwinista ou spencerista quanto a sobrevivência do
mais capaz ou apto não teria a mesma preponderância como nos EUA, mas
isso não quer dizer que não houve propagadores que expuseram as idéias de
Darwin ao público letrado alemão, assim vemos o papel de Haeckel e W.
Bolsche, em que o primeiro juntou a retórica darwinista social com ideais
progressistas, mesmo quando mostrava sua adesão ao ideal de luta para
denunciar os sociais-democratas.
 A fundação do império alemão em 1871: com esse episódio histórico,
ambiciosos historiadores da cultura criaram guias volumosos ao passado
humano, em 1875, com seu livro História cultural em seu desenvolvimento
natural até os dias presentes, em dois tomos, F. Von Hellwald mostrou sua
crença de que a luta pela existência, seja como tenha se materializado, se fez
presente em todas as épocas e lugares, em que até nas mais altas culturas a
vitoria era dos mais fortes. Jules Lippert, por sua vez, viu a luta pela
existencia ainda na Pré-História e disse que sua utilidade não tinha decrescido
até o presente.
 A posição dos pensadores alemães e austríacos: aceitaram alegremente a regra
universal de combate e foram contra o sentimentalismo dos reformadores que
queriam desarmar o homem agressivo, mas nem todos eram coerentes, vistos
que hesitavam e se arrependiam, na medida em que o mais agressivo de todos
tenha sido o antropólogo Otto Ammon, que gostava de falar mal dos
socialistas com argumentos darwinistas sociais, cujo tratado acerca da ordem
social e seus fundamentos naturais procura explicar a idéia na qual a
sociedade obedece a leis naturais que os reformadores querem romper,
prejudicando a todos.

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