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Esta prova contém 40 questões objetivas e uma proposta de redação.
Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa na Folha de Respostas, utilizando
caneta de tinta preta.
As provas terão duração total de 5h e o candidato somente poderá sair do prédio depois de transcorridas
1h, contadas a partir do início da prova.
Ao final da prova, antes de sair da sala, entregue ao fiscal a Folha de Respostas, a Folha de Redação e os
Cadernos de Questões.
Nome do candidato
Número de matrícula
MEDICINA
11.07.2020
QUESTÃO 01 QUESTÃO 02
Leia o quadrinho de André Dahmer para responder à questão Assinale a afirmação que está de acordo com o que diz o
entrevistado.
PODE LARGAR O SOU DA GERAÇÃO Y,
CONSIGO RECEBER (A) A peste de Atenas, segundo Tucídides, foi a primeira epi-
TELEFONE ENQUANTO
CONCERSAMOS, JUCA? MUITAS INFORMAÇÕES demia a atingir a sociedade humana.
AO MESMO TEMPO.
(B) Nossa cultura alimenta o gosto de cultivar grandes tragé-
dias ao longo dos séculos.
NÃO SOU UMA NÃO (D) A humanidade tem a tendência de, com o passar do tem-
INFORMAÇÃO, JUCA. PRECISA SE po, esquecer os horrores causados pelas epidemias.
EU SOU SEU PAI. DIMINUIR, PAPAI.
(E) As crises epidêmicas, mesmo poupando a parte física do
ser humano, são impiedosas com as instituições.
QUESTÃO 03
(B) o pai teria, para ele, menos importância que qualquer in- (B) Esse gostinho de cataclismo sobreviveu em nossa cultu-
formação. ra(...)
(C) a diferença etária não determina dificuldade de comunica- (C) (...) a desorganização brutal das estruturas sociais e men-
ção entre ele e seu pai. tais (...)
(D) o pai, na opinião dele, não deveria se desvalorizar por não (D) (...) não foi apenas uma crise sanitária (...)
ser jovem.
(E) A destruição é maciça, com desorganização maciça (...)
(E) ele compreenderia, melhor que o pai, as dificuldades de
comunicação entre eles. QUESTÃO 04
Assinale a alternativa em que o termo destacado é emprega-
Leia o trecho de uma entrevista concedida ao jornal O do em sentido literal.
Estado de S.Paulo pelo historiador Patrick Zilberman,
para responder às questões de 02 a 04. (A) “uma sociedade no limite de suas forças”.
O Estado de S. Paulo: Há dois anos o senhor afirmou que a (B) “a peste negra talvez tenha ceifado”.
humanidade tem “temores ancestrais de grandes epidemias”.
Como se explica esse medo? (C) “sua pintura nunca foi superada”.
Patrick Zilberman: O medo, o terror acompanham a memória (D) “a memória surda das epidemias”.
surda das epidemias. Não esqueçamos que a peste negra
(E) “Esse gostinho de cataclismo”.
talvez tenha ceifado, em alguns anos, 50 milhões de vidas
em uma Europa que, em meados do século 14, tinha 80 mi-
QUESTÃO 05
lhões de habitantes. Esse gostinho de cataclismo sobrevi-
veu em nossa cultura até recentemente. O historiador grego Este “estranho romance, diferente de tudo o que habitual-
Tucídides foi o primeiro a descrever a desintegração social mente se produzia, mistura de romance e memórias, também
causada por uma epidemia violenta: o esfacelamento das na feitura era complexo: oscilava entre as insinuações do
autoridades, a desorganização brutal das estruturas sociais grande Machado de Assis e as ousadias dos naturalistas, va-
e mentais, o rebaixamento do Estado, uma sociedade huma- riava no estilo do texto, da sobriedade ao rebuscamento”. O
na no limite de suas forças. De uma precisão fantástica, sua componente memorialístico do texto deve-se a um episódio
pintura nunca foi superada. A “peste” de Atenas, em 430 a.C. marcante da vida de seu autor, pelo trauma que lhe causou.
e em 427-26 a.C., não foi apenas uma crise sanitária, mas Aos dez anos tornou-se aluno de um famoso internato cario-
foi também uma crise moral de grande amplitude. A infecção ca, cujo diretor era amplamente conhecido por sua severida-
não destrói apenas o corpo – ela também destrói as institui- de e prepotência. Assim, reconstruir as atrocidades cometi-
ções, os costumes, uma sociedade. A destruição é maciça, das nos bastidores do grande colégio da época, frequentado
com desorganização maciça; esse é o duplo resultado de pela fina flor da sociedade brasileira; criticar o sistema edu-
uma crise epidêmica. cativo da instituição, com suas punições, seu autoritarismo,
(O Estado de S.Paulo, 10.04.2016. Adaptado.) o regime de hipocrisia e espionagem instituído pelo diretor,
constitui uma das faces da obra.
(Emilia Amaral. “Apresentação” [da obra
em questão], 1999. Adaptado.)
3
Este comentário refere-se a um conhecido romance da litera- QUESTÃO 08
tura brasileira, a saber,
Leia a tirinha a seguir, de Fernando Gonsales
(A) O Ateneu, de Raul Pompeia.
VOCÊ É OH! UM DESCONGESTIONANTE UM ANTIÁCIDO TEM GENTE
(B) Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos. UM COLÍRIO
PARA MEUS NASAL PARA MEU NARIZ. PARA MEU
ESTÔMAGO!
QUE NÃO SABE
QUANDO PARAR!
OLHOS!
(B) 6 × 4 × 2 × 3!
(C) 3! × 2!
(D) 6!
6!
__
(E)
3
5
DP __
___ 2 Um entrave para a inclusão digital no Brasil é a
A relação = é valida. Pode-se dizer que á área do qua-
DB 3
(A) hierarquia urbana.
drilátero CDPM, em m², vale
(A) 400 (B) industrialização tardia.
(E) 8,23 metros. Um dos fatores que colaboraram para que o êxodo rural ocor-
resse no Brasil foi:
QUESTÃO 20 (A) a desmetropolização.
Uma papelaria comprou uma caixa com réguas e, ao abri-la,
(B) a concentração fundiária.
constatou que 5% delas apresentavam defeitos e não pode-
riam ser vendidas. Das réguas sem defeitos, 36 foram vendi- (C) a transição demográfica.
das imediatamente, 60% das demais foram guardados no es-
toque da papelaria e as 92 réguas restantes foram colocadas (D) a poluição urbana.
nas prateleiras da loja. O número total de réguas na caixa era
(E) a conurbação.
(A) 265
(B) 280 QUESTÃO 24
QUESTÃO 21
Observe o mapa abaixo. 1
% dos domicílios com acesso à internet
66% 1 - Amazônico 2
das pessoas estão
desconectadas na 2 - Cerrado 7
zona rural 3 - Mares e Morros
4 - Caatinga
72% 5 - Araucárias 3 OCEANO
Norte: 38%
da população das
6 - Pradarias ATLÂNTICO
Nordeste: 40%
classes D e E não tem 7 - Faixas de transição 5
Centro-Oeste: 48% acesso a internet
Sul: 53%
6
Sudeste: 60%
6
(A) geomorfológicas. QUESTÃO 28
(B) climatológicas. O Segundo Reinado, preso ao seu contexto histórico, não foi
capaz de dar resposta às novas exigências de mudanças.
(C) geológicas. Quando se analisa a desagregação da ordem monárquica
imperial brasileira, percebe-se que ela se relacionou princi-
(D) pluviométricas. palmente com a:
(E) hidrográficas. (A) abolição da escravidão e o desinteresse das elites agrá-
rias com a sorte do Trono.
QUESTÃO 25
(B) forte diferenciação político-ideológica entre os partidos
Dentre os problemas ambientais decorrentes do processo de
políticos.
urbanização, existem aqueles ligados à interferência no ciclo
hidrológico. Sendo assim, a alteração do sistema de drena- (C) eliminação da discriminação racial entre brancos e negros.
gem nos centros urbanos tem como causa
(A) o reflorestamento. (D) bandeira do comunismo levantada pelos positivistas
(B) as secas cada vez mais recorrentes. (E) estrutura federativa vigente e a conspiração tutelada pelo
exército.
(C) a impermeabilização do solo.
(D) as tempestades de verão. QUESTÃO 29
O transporte ferroviário no Brasil, da segunda metade do Sé-
(E) o manejo do solo para agricultura.
culo XIX ao início do Século XX, mereceu prioritariamente
o interesse estatal e particular. As condições históricas re-
QUESTÃO 26
lacionadas com a ampliação da malha ferroviária em ritmo
“O tempo das descobertas foi, ainda, o tempo de Lutero, Cal- crescente foram a(as):
vino, Erasmo, Thomas Morus, Maquiavel, … Leonardo da
Vinci, Michelangelo, Van Eyek, da Companhia de Jesus…” (A) devastações de pinhais para a extração de madeira e
Adauto Novaes, Experiência e destino.
para a produção de papel.
Os nomes citados no excerto apresentado correspondem (B) expansão da cafeicultura, principalmente em São Paulo,
aos períodos: e o escoamento da produção para o exterior.
(A) Cultura do Renascimento e Iluminismo, Liberalismo filo-
(C) r eservas de minério de ferro, do quadrilátero ferrífero,
sófico, Reforma Protestante e Humanismo.
demasiado distantes dos centros urbanos mais ex-
(B) Cultura do Renascimento comercial, Contrarreforma Ca- pressivos.
tólica e Absolutismo Real
(D) p olíticas de industrialização e cuidados com a flora
(C) Cultura do paganismo e Humanismo, Despotismo Escla- brasileira.
recido, Reforma Protestante
(E) capitais externos em busca de lucros para a indústria au-
(D) Cultura do Renascimento e Humanismo, Absolutismo,
tomotiva e para as empresas distribuidoras de petróleo.
Reforma e Contrarreforma Católica
7
Texto para as próximas 5 questões. QUESTÃO 32
No trecho “A following version was just scrawls”, o termo
Dementia Patients Aren’t in Their ‘Perfect Mind.’ Then
destacado SCRAWLS pode ser substituído sem perda de
Again, Who Is?
sentido por:
(A) amazing.
(B) ready.
(C) scribbles.
(D) simple.
(E) terrible.
QUESTÃO 33
O pronome ITS em “its symptoms cloaked in a peculiar,
telling language of terror and contempt” refere-se a:
(A) the symptoms
(E) conclusão
8
L1 L2 (C)
(B) 9,0 cm
(C) 10,5 cm
(D) 6,0 cm
QUESTÃO 37
Considere o circuito elétrico a seguir.
2 C
QUESTÃO 39
1 Dois projéteis são disparados na horizontal, do mesmo pon-
4V to, paralelos ao plano do solo. O projétil A é disparado com
10
uma altura 4 vezes maior(em relação ao solo) que o projétil
1 B. Além disso, a velocidade inicial de ambos é vA = 1/2 vB.
Após intervalos de tempo tB e tA, os corpos chegam ao solo,
A razão entre a intensidade de corrente elétrica que passa com alcance AA e AB, respectivamente, em relação ao plano
pelo resistor de 10 W com a chave C aberta e com esta fe- vertical que contém o ponto do disparo. Considerando a re-
chada é igual: sistência do ar desprezível, pode-se afirmar que:
6
__ (A) tA = 2 tB e AA = AB
(A)
11
11
__ (B) tA = tB e AA = AB
(B)
6
22
___ (C) tA = 2 tB e AA = 4 AB
(C)
7
7
__ (D) tA = tB e AA = 2 AB
(D)
2
11
__ (E) tA = 2 tB e AA = 2 AB
(E)
9
QUESTÃO 40
QUESTÃO 38 Um gás ideal descreve o ciclo X – Y – Z – W – X como repre-
Uma pequena esfera de massa m suspensa por um fio ideal senta a figura abaixo.
realiza um movimento circular e uniforme em um plano hori- p (N/m 2 )
zontal de centro O. Desprezando qualquer força dissipativa,
a alternativa que representa corretamente as forças que atu-
Y Z
am sobre a esfera é: 3
1 W
X
V (m 2 )
1 4
0
O trabalho total τ realizado pelo gás e variação de energia
interna ∆U no ciclo X – Y – Z – W – X são, respectivamente,
(A)
(A) τ = 0 J e ∆U = 6 J
(B) τ = 8 J e ∆U = 0 J
(C) τ = 6 J e ∆U = 6 J
(D) τ = 8 J e ∆U = 4 J
(B)
(E) τ = 6 J e ∆U = 0 J
9
Redação
Texto I
Logo no dia seguinte à sua posse, em janeiro, o presidente Jair Bolsonaro cumpriu uma das promessas de campa-
nha e criou no Ministério da Educação uma subsecretaria incumbida de incentivar estados e municípios a transferir a direção
de suas escolas para os policiais ou bombeiros. Nas escolas militarizadas (ou cívico-militares), o prédio, os professores e o
currículo escolar continuam sendo do governo estadual ou da prefeitura, mas o diretor, a segurança e as regras internas de
disciplina passam a ser da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros.
Em abril, representantes do MEC participaram de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais
para tentar convencer os deputados estaduais a aprovar a educação militarizada — a adoção do modelo exige lei específica.
Minas é um dos poucos estados que não têm nenhuma escola cívico-militar.
A disseminação desse modelo, contudo, é controversa. Especialistas em educação discordam da nova política do
MEC. O professor de filosofia da educação José Sérgio Fonseca de Carvalho, da Universidade de São Paulo (USP), entende
que a disciplina das corporações militares é incompatível com a escola: — É uma disciplina que prevê a obediência cega.
Numa guerra, quando o comandante grita “avançar”, os soldados têm que obedecer e jamais questionar. No meio militar, é
preciso que seja assim. Na escola, ao contrário, a obediência cega não é uma virtude. O estudante precisa querer conhecer
as razões, argumentar, criticar e eventualmente contrapor-se ao pensamento dominante, porque é assim que a ciência e o
conhecimento evoluem.
“Plano do MEC de transferir escolas públicas para Polícia Militar divide opiniões” https://www12.senado.leg.br/noticias/
especiais/especial-cidadania/plano-do-mec-de-transferir-escolas-publicas-para-policia-militar-divide-opinioes (14.06.2019)
Texto II
Professor, o deputado distrital Reginaldo Veras (PDT) é contra a proposta de militarização das escolas públicas do
Distrito Federal. A medida, que entrou em vigor em 11 de fevereiro de 2019 em quatro colégios, deve ser estendida a outros 36
estabelecimentos da capital. Veras define a determinação como uma “cortina de fumaça” para esconder problemas da educa-
ção pública do DF. “O governo precisa é investir mais para que os gestores façam um bom trabalho. Essas quatro escolas vão
melhorar, mas não porque são militarizadas, e sim porque haverá mais investimento, mais profissionais”, argumenta Veras.
“Projeto de militarização de escolas pode ser estendido a 36 unidades do DF” https://www.
correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2019/02/12/interna_cidadesdf,736879/projeto-de-
militarizacao-de-escolas-pode-ser-estendido-a-36-unidades.shtml (12.02.2019)
Texto III
O deputado estadual Coronel Adailton (PP) vê a celebração de convênios ou realização de termos de cooperação,
com prefeituras interessadas, para a implantação de escolas municipais militarizadas como uma das formas de combater a
violência contra educadores, entre alunos e no entorno de unidades de ensino.
“Desde que assumi o mandato de deputado estadual, na minha primeira participação oficial no plenário da Assembleia
Legislativa, apresentei um requerimento, dirigido ao senhor governador Ronaldo Caiado (DEM), solicitando a celebração de
convênios ou termos de cooperação, com as prefeituras interessadas, para a implantação das escolas municipais militarizadas,
com a convocação de policiais e bombeiros militares da reserva, sem nenhum custo adicional para os prefeitos”, afirmou.
Segundo ele, a proposta levaria aos municípios a gestão compartilhada nos moldes dos colégios estaduais da Polí-
cia Militar de Goiás (CEPMGs). “Com a diferença de que a secretaria estadual de Segurança Pública e as secretarias munici-
pais de Educação é que definiriam as atribuições e estabeleceriam os limites da parte disciplinar e pedagógica, para que os
valores familiares, a ética, a disciplina, o civismo, a cidadania e o respeito sejam ensinados para as crianças desde a tenra
idade, quando ainda podemos reverter certos comportamentos que, com o tempo, tornam-se mais difíceis de ser mudados”.
“Para deputado, escolas municipais militarizadas são solução para combate à violência” https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-
noticias/para-deputado-escolas-municipais-militarizadas-sao-solucao-para-combate-a-violencia-189617/ (10.06.2019)
Texto IV
A vereadora e presidente do diretório local do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sin-
dicato), Terezinha Daiprai, criticou a implantação do colégio Militar em Guarapuava, no Estado do Paraná, afirmando que não
são oferecidas condições iguais para todas as pessoas. "Além de não cumprir as questões didático-pedagógicas, de dar condi-
ções para todos, respeitando as individualidades, as diferenças, o colégio faz um processo seletivo classificatório para que as
pessoas tenham acesso", explica, acrescentando que, na sua visão, isso desrespeita a igualdade na distribuição dos recursos
públicos. "Tem que ser para todas as escolas, e não privilegiar uma que vai trabalhar com uma parte da sociedade", diz.
Além disso, a sindicalista não vê como positiva a escolha de uma unidade de ensino já pronta, uma vez que não há
"visão pedagógica e respeito aos educadores no processo". Em sua fala, Terezinha também crítica a ideia de que a disciplina
militar irá resolver os problemas da educação pública. "Vai apenas excluir os que não se adaptam", acredita.
“"Militarização não vai resolver os problemas das escolas”, diz professora" https://www.correiodocidadao.com.
br/noticia/militarizacao-nao-vai-resolver-os-problemas-das-escolas-diz-professora (14.06.2019)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empre-
gando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
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