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Cenário: Palco vazio, no meio uma cadeira (foco direcional para cadeira). Musica
assustadora/suspense.
(Entra a Morte com um bloco de notas na mão, ficando a rondar o rapaz com ar suspeito).
Rapaz – (apercebendo-se da figura vestida de negro) Se vieste para me levar, esquece, pois
Svou dar luta (fazendo-se de forte)! Hoje não me apetece morrer! Tenho muita vida pela
frente. (volta a encostar-se na cadeira).
Morte- Calma amigo, não estejas nervoso! Só estou aqui de passagem. A tua hora ainda está
longe, e hoje eu não estou aqui por ti. Um dia será, mas não hoje.( procura no público) mas
onde é que te metes-te. Aha! ( sai pelo público)
Rapaz - ( levantando-se para o público – luzes gerais)Eu se pudesse nunca morreria, ficaria
assim, saudável. A morte é uma injustiça! Sofremos e batalhamos tanto para depois puf.. do
nada… já eramos. Vou tentar encontrar uma maneira, um sítio, uma terra onde nunca ninguém
morrerá. Deve existir uma terra assim, eu só a tenho que procurar. (pega na cadeira e
transporta-a como se carregasse todos os seus pertences, desloca-se com esforço e
lentamente. O rapaz vai dizendo)
Cena 2
Rapaz
Velho 1 – vestido de Jardineira, botas de cano, camisa colorida e chapéu. Aparenta estar muito
cansado.
Rapaz – Olá… senhor? Por acaso sabe onde fica a Terra onde ninguém morrerá?
Velho – Se não queres morrer, ajuda-me.( aponta para público)Está a ver aquela montanha?
Enquanto não transportar aquela montanha com a minha carroça, pedra por pedra, terra por
terra , eu … quem me ajudar … não morrerá.
Rapaz – Mas quanto tempo vai demorar isso?
Cena 3
Rapaz
Velho 1 – vestido de calças velhas, botas das obras, camisa colorida e gorro. Aparenta estar
muito cansado.
Rapaz entra pela lado contrário por onde saiu((carregando a cadeira- luzes aumentam
suavemente) do outro lado surge um velho com um balde de água
Rapaz – Olá… senhor? Por acaso sabe onde fica a Terra onde ninguém morrerá?
Velho – Se não queres morrer, ajuda-me. Enquanto eu não transportar, com o meu balde, toda
a água daquele mar (apontando para público), pingo por pingo, gota por gota, eu … quem me
ajudar … não morrerá.
Cena 4
Rapaz
Luzes azuis rapaz carrega, às voltas no palco, cadeira ainda mais cansado. Música à escolha.
Rapaz - Por acaso sabe onde fica a Terra onde ninguém morrerá?
Mulher – A tua procura chegou ao fim. Podes viver comigo o tempo que desejares!
(abraçam-se) – jogo de luzes apagando e acendendo. Rapaz e mulher vão mudando de posição
simbolizando a passagem de anos. Música suave .
Luz fixa na última posição dos dois .
Rapaz – (gritando) Ai que saudades , saudades da minha terra, dos meus familiares e dos meus
amigos.
Rapaz – quero partir e ir visitar o meu antigo lar. Tenho imensas saudades.
Mulher –Mas eles já nem devem existir, estás comigo à uma eternidade, mais de quinhentos
anos se passaram.
Mulher – Pois bem meu teimoso,(afagando-lhe o rosto) Toma esta botas mágica. Elas te
levarão onde quiseres! Nunca as tires, mas principalmente nunca comas nada enquanto
estiveres fora da terra onde ninguém morrerá!
Rapaz – Dá-me as botas (calça as botas e novamente jogo de luzes com rapaz em várias
posições ) música rápida.
Cena 5
Rapaz
Morte
Morte – (entra com um cesto de maçãs e a comer uma delas, fazendo bastante barulho
enquanto come)
Rapaz – Que maçãs tão lindas, parecem saborosas! Será que me podes vender?
Morte – Só uma? Está bem , toma. Não te vai custar nada! É por conta da casa! (ri)
Morte – ( agarrando por trás o pescoço do rapaz) AGORA NÃO ME ESCAPAS MAIS! (Ri muito)
BlacKout