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OBJETIVO GERAL
Investigar, com base em considerações energéticas (transformações e transferências de
energia), o movimento vertical de queda e de ressalto de uma bola.
METAS ESPECÍFICAS
1. Identificar transferências e transformações de energia no movimento vertical de queda e
de ressalto de uma bola.
2. Construir e interpretar o gráfico da primeira altura de ressalto em função da altura de
queda, traçar a reta que melhor se ajusta aos dados experimentais e obter a sua equação.
3. Prever, a partir da equação da reta de regressão, a altura do primeiro ressalto para uma
altura de queda não medida.
4. Obter as expressões do módulo da velocidade de chegada ao solo e do módulo da
velocidade inicial do primeiro ressalto, em função das respetivas alturas, a partir da
conservação da energia mecânica.
5. Calcular, para uma dada altura de queda, a diminuição da energia mecânica na colisão,
exprimindo essa diminuição em percentagem.
6. Associar uma maior diminuição de energia mecânica numa colisão a menor elasticidade
do par de materiais em colisão.
7. Comparar energias dissipadas na colisão de uma mesma bola com diferentes
superfícies, ou de bolas diferentes na mesma superfície, a partir dos declives das retas de
regressão de gráficos da altura de ressalto em função da altura de queda.
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
1. Poder-se-á deixar cair uma bola, usando um sistema de aquisição automático de dados
ou
2. deixar cair uma bola sucessivamente de alturas diferentes medindo-se as alturas
atingidas no primeiro ressalto.
Optando pelo primeiro caso: a solução mais simples e económica é o CBR associado a
uma calculadora gráfica TI, embora possa também ser usada uma câmara de vídeo.
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No segundo caso, devem-se fazer pelo menos três medições para cada uma das alturas
de queda e encontrar o valor mais provável da altura do primeiro ressalto e a incerteza
associada.
Os grupos devem usar bolas ou superfícies diferentes para compararem resultados.
Análises desta experiência, efetuadas com bastante rigor, mostram que o atrito do ar tem
um efeito reduzido a baixas velocidades e com bolas pesadas, no entanto, se for uma bola
de ténis de mesa esse efeito já é significativo.
Assim, para se poder desprezar o atrito do ar, sugere-se a utilização de bolas pesadas.
QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS
1. Quando largamos uma bola de uma certa altura ela ressalta. A altura do ressalto será igual
à altura de onde a largamos?
Não, uma vez que existe dissipação de energia, isto é, existe variação da energia
mecânica, no embate com o solo.
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transformada em energia interna e transferida para o solo e, por isso, a energia
mecânica da bola diminui após o choque.
5. Como se pode proceder para estudar o movimento de queda e de ressalto de uma bola
ao longo do tempo?
Para estudar o movimento de queda e ressalto de uma bola, ao longo do tempo, poder-
se-á optar por um de dois procedimentos:
- deixar cair uma bola, usando um sistema de aquisição automático de dados;
- deixar cair uma bola sucessivamente de alturas diferentes medindo-se as alturas
atingidas no primeiro ressalto.
No primeiro caso podemos utilizar um sensor de movimento que mede a distância do
sensor ao topo da bola.
A partir da informação obtida através do sensor obtemos informação quanto à altura de
queda da bola em relação ao solo e quanto à altura atingida no respetivo ressalto em
relação ao solo.
No segundo caso, devem-se fazer pelo menos três medições para cada uma das
alturas de queda e encontrar o valor mais provável da altura do primeiro ressalto e a
incerteza associada.
Exemplos de valores obtidos na realização da atividade.
2.Trace a reta que melhor se ajusta aos resultados experimentais, obtendo a respetiva
equação.
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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS
1. Partindo da conservação da energia mecânica, mostre que as expressões do módulo da
velocidade de chegada ao solo ( v f ) e do módulo da velocidade inicial do primeiro
,queda
Na queda:
Em ,i =E m ,f
queda
⇔ Ec ,i + E p ,i =E c ,f + E p , f ⇒
queda queda queda queda queda
1
⇒ 0+ m g hqueda = m v 2f + 0 ⇔ v f =√2 g hqueda
2 queda queda
No ressalto:
Em ,i ressalto
=E m ,f ressalto
⇔ Ec ,i ressalto
+ Ep, i ressalto
=E c, f ressalto
+ E p ,f ressalto
⇒
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1
⇒ 0+ mv 2f =m g hressalto +0 ⇔ v i = √ 2 g hressalto
2 ressalto ressalto
Resulta que :
queda
.
3. Imaginando que as alturas de queda e de ressalto eram iguais, qual seria o valor do
declive da reta do gráfico obtido no tratamento de resultados? Que significado teria esta
situação sob o ponto de vista energético?
O valor do declive seria um, pois corresponde à inclinação máxima que esta reta pode
apresentar. Neste caso, não haveria qualquer perda de energia mecânica da bola
durante a colisão com o solo.
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5. Determine a expressão que permite calcular, para uma dada altura de queda, a
percentagem de energia mecânica dissipada durante a colisão das bolas com o solo.
Em , f −Em , i
% E dissipada= queda ressalto
×100 ⇒
Em f queda
m g h queda −m g hressalto
⇒ % Edissipada= ×100 ⇔
m g h queda
h −h
⇔ % Edissipada= queda ressalto × 100 ⇔
h queda
h ressalto
⇔ % Edissipada= 1− ( hqueda )
× 100 ⇔% E dissipada=(1−m)×100
Substituindo o valor do declive da reta obtida para cada bola pode determinar-se a
energia dissipada durante a colisão.
6. Qual é a relação que existe entre a elasticidade das bolas e a percentagem de energia
dissipada na colisão com o solo?
Quanto menor for a elasticidade da bola maior a diminuição de energia mecânica
numa colisão, logo, maior a percentagem de energia dissipada.
7. Explique porque é que a altura atingida pela bola vai diminuindo nos sucessivos
ressaltos.
Em cada ressalto, existe dissipação de energia mecânica na interação entre a bola e
o solo. Assim, a energia cinética com que a bola sai do solo no 2.º ressalto é inferior à
energia cinética com que a bola chega ao solo, no ressalto anterior.
Considerando-se que existe conservação de energia mecânica quando a bola está no
ar, a altura máxima atingida pela bola após cada ressalto terá de ser sucessivamente
menor.
Ainda assim, a percentagem de energia dissipada em cada ressalto será sempre a
mesma pois o par de materiais em colisão mantém-se.
FIM