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CGCFN-1001 - Ordem Unida - Rev.1 PDF
CGCFN-1001 - Ordem Unida - Rev.1 PDF
MANUAL DE
ORDEM UNIDA
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
2010
OSTENSIVO CGCFN-1001
MARINHA DO BRASIL
2010
FINALIDADE: BÁSICA
1ª REVISÃO
OSTENSIVO CGCFN-1001
ATO DE APROVAÇÃO
AUTENTICADO RUBRICA
PELO ORC
Em_____/_____/_____ CARIMBO
OSTENSIVO - II - REV.1
OSTENSIVO CGCFN-1001
ÍNDICE
PÁGINAS
Folha de Rosto.................................................................................................. I
Ato de Aprovação............................................................................................. II
Índice ................................................................................................................ III
Introdução......................................................................................................... VI
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO À ORDEM UNIDA
1.1 - Propósitos................................................................................................. 1-1
1.2 - Instrução de ordem unida......................................................................... 1-1
1.3 - Desenvolvimento da instrução de ordem unida ....................................... 1-1
1.4 - Deveres do instrutor e do auxiliar de instrutor ........................................ 1-6
1.5 - Qualidades dos instrutores ....................................................................... 1-7
1.6 - Deveres do mais antigo dos instruendos .................................................. 1-8
1.7 - Posições para comandar ........................................................................... 1-8
1.8 - Meios de comando na ordem unida ......................................................... 1-8
CAPÍTULO 2 - INSTRUÇÃO INDIVIDUAL SEM ARMA
2.1 - Generalidades........................................................................................... 2-1
2.2 - Posições.................................................................................................... 2-1
2.3 - Passos ....................................................................................................... 2-4
2.4 - Marchas.................................................................................................... 2-4
2.5 - Voltas ....................................................................................................... 2-10
CAPÍTULO 3 - INSTRUÇÃO INDIVIDUAL COM ARMAS
3.1 - Condições de execução ............................................................................ 3-1
3.2 - Fuzil de Assalto 5,56 mm M16A2 ........................................................... 3-2
3.3 - Fuzil Automático Leve 7,62 mm M964 (FAL)........................................ 3-24
3.4 - Fuzil Automático Pesado 7,62 mm M964 (FAP) .................................... 3-43
3.5 - Submetralhadora Taurus .......................................................................... 3-52
3.6 - Pistola 9 mm............................................................................................. 3-58
3.7 - Fuzil semi-automático - “FS” .................................................................. 3-61
3.8 - Espada ..................................................................................................... 3-76
3.9 - Cassetete .................................................................................................. 3-90
CAPÍTULO 4 - INSTRUÇÃO COLETIVA
4.1 - Introdução ................................................................................................ 4-1
OSTENSIVO - IV - REV.1
OSTENSIVO CGCFN-1001
INTRODUÇÃO
1 - PROPÓSITO
Esta publicação tem como propósito orientar a prática e os exercícios de Ordem Unida,
estabelecendo normas que padronizem sua execução no âmbito da Marinha.
2 - DESCRIÇÃO
Esta publicação está dividida em doze capítulos e dois anexos, da seguinte maneira: o
Capítulo 1 consiste da introdução à Ordem Unida, apresentando seus propósitos,
características e deveres dos envolvidos; o Capítulo 2 apresenta a instrução individual sem
arma; o Capítulo 3 apresenta a instrução individual com armas, detalhando sua execução
com os diversos armamentos em uso na Marinha; o Capítulo 4 apresenta a instrução coletiva
em especial, o grupo de combate e o pelotão; o Capítulo 5 detalha o manuseio da Bandeira
Nacional, dos Estandartes e dos Símbolos; o Capítulo 6 apresenta os procedimentos para a
realização de inspeções de comando e mostra de pessoal; o Capítulo 7 aborda a mostra-
geral; o Capítulo 8 descreve o uso do bastão de comando; o Capítulo 9 apresenta os
procedimentos para a execução de honras fúnebres; o Capítulo 10 descreve as posições e
procedimentos do militar quando embarcado em viatura; o Capítulo 11 detalha as atitudes
do militar em situações diversas, tais como, continência individual, apresentação e retirada
da cobertura; e o Capítulo 12 apresenta as salvas de gala, realizadas tanto pela Bateria
Histórica quanto pela bateria de salva do Batalhão de Artilharia de Fuzileiros Navais. Os
anexos complementam as informações apresentadas nos capítulos.
3 - PRINCIPAIS MODIFICAÇÕES
Na primeira revisão da publicação CGCFN-1001 – Manual de Ordem Unida, foram
implementadas as seguintes modificações:
- Excluídos os procedimentos relativos aos armamentos em desuso no CFN, constantes
do Capítulo 3 (submetralhadora INA e revólver);
- Excluído do Capítulo 5 o assunto atinente à Mostra-Geral, passando a ser abordado,
com maiores detalhes, no Capítulo 7;
- Modificado o título do Capítulo 6 para “Inspeções de Comando e Mostra de Pessoal”,
compatibilizando o título ao conteúdo;
- Excluído o antigo Capítulo 11 que tratava de Escoltas de Honra de Motociclistas,
conteúdo abordado em publicação específica;
- Padronizados os símbolos das unidades (Anexo A); e
- Reformuladas as gravuras, tornando-as mais legíveis e detalhando os movimentos.
OSTENSIVO - VI - REV.1
OSTENSIVO CGCFN-1001
4 - CLASSIFICAÇÃO
Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 - Manual de Publicações da
Marinha, como: Publicação da Marinha do Brasil, não controlada, ostensiva, básica e manual.
5 - SUBSTITUIÇÃO
Esta publicação substitui o CGCFN-1001 - Manual de Ordem Unida, 1a edição, aprovado
em 12 de novembro de 2008.
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À ORDEM UNIDA
1.1 - PROPÓSITOS
Ordem unida é a atividade que permite a exteriorização da disciplina militar e tem
profundo reflexo na atitude e na apresentação dos militares de todos os níveis, sendo
seus propósitos básicos:
- proporcionar aos militares e às unidades os meios de se deslocarem e se apresentarem
com aspecto enérgico e marcial, em perfeita ordem, em todas as circunstâncias
estranhas ao combate;
- desenvolver os reflexos de obediência e o sentimento de coesão, que são fatores
preponderantes na formação do combatente; e
- adestrar oficiais e graduados no comando da tropa.
1.2 - INSTRUÇÃO DE ORDEM UNIDA
A instrução de ordem unida se divide em instrução individual e instrução coletiva.
1.2.1 - Instrução individual
Constitui a base da instrução militar, compreende a prática dos movimentos
individuais, sem arma ou com ela, indispensáveis para que o militar possa tomar
parte nos exercícios coletivos de ordem unida. A instrução individual desenvolve no
militar os hábitos de ordem, precisão e disciplina. Nesta fase da instrução, nunca se
“pecará” por excesso de cuidado e de método.
1.2.2 - Instrução coletiva
Compreende a escola do grupo, da peça, da seção, do pelotão, da companhia, etc.
Ensinando ao militar a manobrar e a evoluir dentro de sua fração, em cooperação
com os companheiros, ela completa a instrução individual e, apesar de ser ministrada
em conjunto, seu propósito continua a ser o preparo individual do militar.
1.3 - DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO DE ORDEM UNIDA
1.3.1 - Conceitos básicos
Os exercícios de ordem unida devem ser executados de modo uniforme. Assim
sendo, a sua instrução deve ser orientada pelas premissas que se seguem:
- na instrução individual, o instruendo, tendo compreendido o fim a atingir em cada
movimento, procura por si mesmo alcançá-lo, sempre auxiliado pelo instrutor. Este
deve procurar conhecer o temperamento e a capacidade de assimilação de cada
instruendo e atentar a tais fatores;
a) Vocativo
Como: GRUPO, PELOTÃO, ESCOLA, COMPANHIA, etc.
b) Voz de advertência
Que define o movimento a executar como: OMBRO, DIREITA, MEIA VOLTA,
etc.
c) Voz de execução
Como: VOLVER, ARMA, etc.
Entre a voz de advertência e a voz de execução deve haver um intervalo que
permita a compreensão dos movimentos e, se for o caso, para que os comandantes
complementem o comando inicial. A voz de execução é dada no momento exato
em que o movimento deva começar ou cessar. A voz de advertência deve ser
longa; a voz de execução curta e enérgica.
O comando por voz, utilizando vozes de comando, é empregado sempre que
possível e quando a execução deva ser simultânea e imediata, devendo ser claro,
enérgico e de intensidade proporcional ao efetivo da tropa.
Para emitir a voz de comando, o comandante da formatura deve assumir a posição
de sentido, voltar a frente para a tropa, ficando afastado da mesma a uma distância
tal que possibilite ter uma completa visão do conjunto. Quando enquadrados, em
formatura ou cerimônia, os comandantes apenas volvem a cabeça para a esquerda
(direita) ao dar o comando para a tropa.
1.8.2 - Comando por gestos
Substitui as vozes de comando quando a distância ou algum ruído não permitir que o
chefe se faça ouvir. É muitas vezes indispensável o emprego simultâneo de vozes de
comando e de gestos.
Os gestos são feitos com o braço que estiver livre de preferência o direito. Uma vez
feito o gesto pelo chefe, a unidade executa a ordem imediatamente.
A seguir serão listados os gestos freqüentemente empregados na ordem unida:
a) Atenção
Levantar o braço na vertical, mão aberta com a palma para frente e dedos unidos.
Todos os gestos de comando devem ser precedidos desse gesto.
b) Avançar
Da posição de atenção, abaixar e erguer várias vezes o braço estendido, à frente
do corpo, até a altura do ombro (palma da mão voltada para o solo), na direção de
marcha. O deslocamento será feito no passo ordinário.
c) Alto
Da posição de atenção abaixar vivamente a mão até a altura do ombro com a
palma da mão voltada para frente, mantendo o braço flexionado.
d) Acelerado
Com o punho cerrado, à altura do ombro (dedos voltados para frente) erguer e
abaixar várias vezes o braço, verticalmente.
e) Diminuir o passo
Da posição inicial de atenção abaixar lentamente o braço estendido (ao lado do
corpo e com a palma da mão voltada para o solo) e aí oscilá-lo para cima e para
baixo.
f) Aumentar o passo
Da posição de atenção abaixar vivamente o braço estendido à frente do corpo.
h) Em forma
Da posição de atenção descrever com o braço círculos horizontais acima da
cabeça, voltando a frente do corpo na direção da marcha ou do ponto para o qual
deve ficar voltada a frente.
i) Coluna
Da posição de atenção, indicar com os dedos (quando mais de um, devem ficar
afastados) o número de colunas, fechando os demais e mantendo o braço nessa
posição por instantes (Fig 1.10). Para indicar coluna por seis, fechar a mão.
j) Fileira
Da posição de atenção abaixar o braço estendido até o prolongamento da linha dos
ombros (palma da mão voltada para frente) e aí indicar com os dedos como foi
feito para coluna. Quando quiser a tropa à sua esquerda, fazer o gesto com o braço
esquerdo e, à direita, com o direito (Fig 1.11). Quando o comandante da tropa
estiver armado de fuzil na posição de sentido e quiser comandar por gesto em uma
ou mais fileiras à sua direita, trás o fuzil à frente do corpo, como no armar
baioneta e o segura com a mão esquerda na altura do fuste ou guarda-mão,
livrando assim a mão direita que, após executar o gesto, voltará a segurar o fuzil
na posição de sentido.
k) Fora de forma
Da posição de atenção, descrever com o braço círculos verticais (Fig 1.12).
l) À vontade
Da posição de atenção, flexionar o antebraço até a altura da cabeça (Fig 1.13).
n) Comandante de pelotão
Com o braço distendido à frente do corpo, palma da mão para o solo, descrever
círculos com o braço (Fig 1.15), voltando a frente para o comandante de pelotão
que estiver chamando.
CAPÍTULO 2
INSTRUÇÃO INDIVIDUAL SEM ARMA
2.1 - GENERALIDADES
A instrução individual de ordem unida deve ser ministrada desde os primeiros dias de
incorporação dos militares.
Para evitar vícios de origem, prejudiciais à instrução e difíceis de serem corrigidos, aos
melhores instrutores deve ser confiado esse ramo da instrução. Os instruendos menos
hábeis devem ser grupados, merecendo especial atenção.
A execução correta das posições e dos movimentos deve ser o fim principal da instrução
individual.
Deve ser incutido nos oficiais e graduados o dever de corrigir os militares em qualquer
situação, mesmo fora da instrução. Assim, na apresentação a um superior, no
cumprimento de ordens, nas formaturas diárias, etc., devem ser exigidas correção,
energia e vivacidade nas posições e nos deslocamentos.
2.2 - POSIÇÕES
2.2.1 - Sentido
O militar fica imóvel, com a frente voltada para o ponto indicado. Os calcanhares
unidos, pontas dos pés voltados para fora, de modo que formem um ângulo de
aproximadamente 45 graus. O corpo levemente inclinado para frente com o peso
distribuído igualmente sobre os calcanhares e as plantas dos pés; os joelhos
naturalmente distendidos. O busto aprumado, com o peito saliente, ombros na mesma
altura e um pouco para trás, sem esforço; os braços caídos e ligeiramente curvos,
com os cotovelos um pouco para frente na mesma altura. As mãos espalmadas e com
os dedos unidos e distendidos tocando levemente a parte exterior das coxas. O
pescoço desembaraçado das espáduas, a cabeça erguida, queixo ligeiramente
aproximado do pescoço e o olhar fixo para frente. Ao se tomar a posição de sentido,
os calcanhares são unidos com energia e vivacidade, flexionando-se a perna esquerda
e batendo com o pé esquerdo no solo, de cima para baixo (Fig 2.1).
2.2.2 - Descansar
Nesta posição, as pernas ficam naturalmente distendidas e o peso do corpo
igualmente distribuído sobre os pés, que permanecem num mesmo alinhamento. O
afastamento dos pés, de cerca de 30 cm entre os calcanhares, de tal forma que as
pontas dos pés fiquem a uma distância de 45 cm, aproximadamente. As mãos às
costas, um pouco abaixo da cintura, mão direita sobre a esquerda, palmas para fora,
dedo polegar direito cruzando com o polegar esquerdo e por cima deste. A mão
esquerda segura a mão direita e esta fica espalmada (Fig 2.2).
2.2.3 - À vontade
A este comando, dado com a tropa em posição de descansar, o militar se mantém no
seu lugar, de modo a conservar o alinhamento e a cobertura, podendo mover o corpo,
falar, tomar água do cantil e fumar. Quando for dado o vocativo correspondente à
energia o braço esquerdo, indo colar a mão esquerda à coxa esquerda, sem batê-la,
permanecendo na posição de sentido.
2.2.8 - Olhar à direita (esquerda - frente) a pé firme
À voz de execução, todos giram a cabeça energicamente para o lado indicado, sem
dobrar o pescoço, sem desviar a linha dos ombros e sem modificar a posição. Volta a
cabeça à posição normal, energicamente, ao comando de “olhar em frente”.
2.3 - PASSOS
Os deslocamentos são feitos em um dos seguintes passos: ordinário, sem cadência, de
estrada e acelerado.
2.3.1 - Passo ordinário
É o passo com cerca de 75 cm de extensão, calculada de um calcanhar a outro. Sua
cadência é de 116 passos por minuto, no Corpo de Fuzileiros Navais (CFN).
2.3.2 - Passo sem cadência
É o passo executado na grandeza que convém ao militar, de acordo com a sua
conformação física e com o terreno. No passo sem cadência, o militar é obrigado a
conservar a atitude correta, a distância, o alinhamento e a guardar silêncio.
2.3.3 - Passo de estrada
É o passo sem cadência, não havendo a obrigatoriedade da atitude correta, devendo o
militar, entretanto, ter a preocupação de manter seu lugar em forma e a regularidade
da marcha, podendo falar, comer e fumar; além disso, transporta sua arma da
maneira que lhe convier, caso não haja ordem em contrário, dentro das posições
prescritas para ordem unida armada.
2.3.4 - Passo acelerado
É o passo executado com a grandeza de 75 a 80 cm, conforme o terreno e numa
cadência de 170 a 180 passos por minuto.
2.4 - MARCHAS
O rompimento das marchas é feito sempre com o pé esquerdo. O instrutor, para marcar
a cadência, conta “UM-DOIS”, conforme o pé que toca no solo: “UM” no pé esquerdo e
“DOIS” no pé direito. As marchas são executadas em passo ordinário, passo sem
cadência, passo de estrada e passo acelerado.
2.4.1 - Marcha em passo ordinário
a) Rompimento da marcha
Ao comando “ORDINÁRIO-MARCHE”, o militar leva vivamente o pé esquerdo
a partir com este último pé. Este movimento deve ser feito com vivacidade e
executado independente de ordem e sempre que for necessário acertar o passo
com os demais militares.
j) Um passo à frente - marche
Comando dado com os militares na posição de sentido.
Os militares executarão o movimento dando um passo (normal) à frente com o pé
esquerdo e em seguida juntam o pé direito ao esquerdo, permanecendo na posição
de sentido.
Durante este movimento as mãos permanecem coladas às coxas.
k) Três passos à frente - marche
Partindo da posição de sentido, os militares executarão o movimento, rompendo a
marcha com a perna esquerda e dando três passos, dois com a perna esquerda e
um com a direita, juntando ao final, o pé direito ao esquerdo. Permanecendo na
posição de sentido. Durante este movimento as mãos movimentam-se como no
passo ordinário.
2.4.2 - Marcha em passo sem cadência
a) Rompimento da marcha
Ao comando “SEM CADÊNCIA - MARCHE”, o militar dá o primeiro passo
como no ordinário - marche (40 cm) e em seguida se desloca em passo sem
cadência, devendo conservar-se em silêncio durante a sua execução, mantendo a
cobertura e o alinhamento; os braços são oscilados normalmente e as mãos
distendidas (mãos normais). Se a tropa estiver na posição de descansar, a voz de
“SENTIDO” deve preceder o comando de “SEM CADÊNCIA - MARCHE”.
b) Sem cadência - marche (estando em passo ordinário)
Ao comando “SEM CADÊNCIA - MARCHE”, dado quando o militar assentar o
pé esquerdo no terreno, este dá um passo com o pé direito e em seguida inicia a
marcha no passo sem cadência, rompendo com a perna esquerda vivamente,
dando forte pancada com o calcanhar do pé esquerdo no solo.
Para voltar ao passo ordinário, é dada a advertência “ORDINÁRIO”, quando
todos os militares devem acertar o passo, continuando a andar normalmente. À
voz de execução marche, dada no pé esquerdo, o militar dá um passo com o pé
direito e em seguida rompe, com a perna esquerda, vivamente, em passo
ordinário, com forte pancada do calcanhar do pé esquerdo no solo.
CAPÍTULO 3
INSTRUÇÃO INDIVIDUAL COM ARMAS
3.1 - CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO
3.1.1 - Generalidades
Na ordem unida com arma, cada movimento executado deve ser dividido em tempos,
e estes, para fim de instrução, são subdivididos em dois tempos como a seguir: um -
dois. “UM” por ocasião da execução e “DOIS” compondo um tempo morto que se
destina a um intervalo entre os tempos de movimento.
Assim, se for comandado sentido, o militar tomará imediatamente a posição
contando “UM” e já na posição de sentido, “DOIS”.
Se for mandado, sucessivamente, sentido e ombro-arma, partindo da posição de
descansar, o militar contará “UM” tomando a posição de sentido (movimento de
união dos calcanhares); “DOIS” um tempo vago; “UM” no primeiro tempo de
movimento de ombro-arma; “DOIS” representando um tempo vago; “UM” no
segundo tempo de movimento de ombro-arma; “DOIS” representando um tempo
vago; “UM” na execução do terceiro tempo de ombro-arma; “DOIS” representando
uma parada nesse tempo; “UM” na execução do quarto tempo de ombro-arma;
“DOIS” sendo contado já na posição final.
A contagem do tempo “DOIS” far-se-á mentalmente, mesmo nos movimentos de um
só tempo, para criar-se o reflexo necessário à cadência dos movimentos sucessivos.
Nos casos de comandos duplos, entre a voz de advertência (direita, esquerda, etc.,
que venha a implicar em um movimento) e a voz de execução, deve ser dado o
necessário tempo para a execução do movimento de arma-suspensa.
A instrução deve ser dada partindo-se primeiro das voltas a pé firme, seguindo-se de
manejo de armas a pé firme para, só depois, passar-se às voltas em marcha.
A não ser que haja ordem em contrário, as armas para ordem unida deverão ser
conduzidas descarregadas e desengatilhadas. Mediante ordem especial, as armas
poderão ser conduzidas carregadas, porém, neste caso, deverão estar travadas.
3.1.2 - Precauções de Segurança
Em exercícios com a pistola, todos os militares devem observar rigorosamente os
princípios de segurança abaixo:
- Não apontar a arma para pessoa alguma;
- Considerar sempre a arma como estando carregada;
3.2.2 - Posições
a) Sentido
O fuzil na vertical, com a bandoleira colocada para o lado esquerdo, soleira no
chão unida ao pé direito pelo lado de fora. Os braços ligeiramente curvos, de
modo que os cotovelos fiquem na mesma altura. A mão direita segura a arma pelo
cano, espalmada com o polegar à esquerda e as costas da mão para fora. A mão
esquerda fica como na posição de sentido sem arma (Fig 3.2).
b) Descansar
Simultaneamente ao movimento para assumir a posição de descansar, o militar
leva o fuzil para frente, deslizando a mão direita sobre o cano, de modo a, no final
do movimento e com o braço estendido, ficar a arma inclinada para frente, segura
pelo cano com a mão direita entre o suporte da massa de mira e o quebra-chamas,
empunhadura esta variável em função do comprimento do braço de cada militar,
de modo a que se obtenha alinhamento das armas em cada fileira.
A mão esquerda, espalmada, com o braço flexionado, vem se colocar às costas, logo
abaixo da cintura, costas da mão tocando o corpo, pés afastados cerca de 30 cm e o
olhar para frente (Fig 3.3).
Para voltar à posição de sentido, trazer a arma para junto do corpo, deslizando a
mão direita para baixo e ao longo do cano, de modo que ao final do movimento a
arma fique empunhada como descrito para a posição de sentido. Simultaneamente
a mão esquerda vem se colar à coxa e o pé esquerdo vem se juntar ao direito.
3.2.3 - Manejo
a) Generalidades
No manejo da arma somente os braços e as mãos entram em ação. A parte
superior do corpo fica perfilada e imóvel. Os diversos tempos de que se compõem
os movimentos devem ser executados com rigor, precisão e uniformidade.
Sempre que a arma tiver que ir repousar no solo com a chapa da soleira, ela deve
ser encostada levemente, procurando-se fazer o mínimo de ruído possível.
Em recinto coberto não destinado à prática de ordem unida, cerimônias ou
recepção de autoridades, não se executam ombro-arma e apresentar-arma. Para
deslocar uma tropa armada em recinto coberto, pode-se fazê-lo em cruzar-arma,
em arma-suspensa, em bandoleira-arma, arma-na-mão e transportar-pela-armação-
superior.
O militar armado e não estando em formatura, transporta a arma sempre de uma
das maneiras previstas neste manual e nunca a segurando de qualquer forma.
O fuzil M4 poderá ser transportado por um militar fora de formatura, com a
coronha rebatida.
b) Ombro-arma (partindo da posição de sentido)
I) 1o Tempo
Empunhando a arma com a mão direita, palma da mão logo acima da massa de
mira, suspende-a na vertical até que a mão direita fique na altura do ombro, o
cotovelo afastado do corpo de modo que o braço fique paralelo ao solo,
simultaneamente, a mão esquerda segura a arma por cima da bandoleira na
altura do terço médio do guarda mão, ficando o dedo polegar estendido sobre o
mesmo.
II) 2o Tempo
A arma é levada para frente do corpo, empunhada pela mão esquerda, ficando
inclinada 45 graus em relação à vertical, afastada do corpo cerca de 20 cm,
boca do cano para a esquerda; braço esquerdo no plano das costas, com o
cotovelo colado ao corpo. A mão direita vem empunhar a arma pelo delgado da
III) 3o Tempo
A mão direita abandona o delgado da coronha, enquanto a esquerda traz a arma
para junto do ombro direito, na posição vertical. A mão direita vem segurar a
arma, empunhando-a com a palma da mão sobre o suporte da massa de mira e
na altura do ombro. A mão esquerda fica com os dedos unidos, sobre a
bandoleira, logo acima da alça de transporte, polegar ao longo do mesmo.
IV) 4o Tempo
A mão esquerda vai colar-se à coxa, sem batê-la, ao mesmo tempo em que a
direita abaixa a arma, dando-lhe uma ligeira torção para a direita, de modo que
a chapa da soleira fique paralela ao pé direito; o braço direito fica formando
com o antebraço um ângulo de aproximadamente 135 graus, cotovelo unido ao
corpo, braço no plano das costas.
V) 5o Tempo
A mão direita, mediante uma torção para a esquerda, deixa a arma vir até o
chão, sem batê-la, com o bico da soleira encostando na parte lateral exterior do
pé direito (posição de sentido), Fig 3.5.
esquerda vem segurar a arma na altura do terço médio do guarda mão, ficando
o polegar estendido sobre o mesmo.
II) 2o Tempo
A arma é levada para frente do corpo, empunhada pela mão esquerda, ficando
inclinada de 45 graus em relação à vertical, boca do cano para a esquerda,
afastada do corpo cerca de 20 cm; braço esquerdo no plano das costas com o
cotovelo colado ao corpo. A mão direita vem empunhar a arma pelo delgado da
coronha, dedos unidos, o braço direito afastado do corpo cerca de 15 cm.
III) 3o Tempo
Dar uma torção na arma para cima e para frente, com as duas mãos, de modo
que a arma venha a ficar na vertical, na frente do corpo, a massa de mira na
altura do nariz. A mão direita segurando a arma pelo delgado, polegar por trás
e os outros dedos unidos e estendidos pela frente. Mão esquerda segurando a
arma na altura do terço médio do guarda mão, por cima da bandoleira, com o
polegar estendido sobre o mesmo. Cotovelos lançados para frente, antebraço
esquerdo na horizontal (Fig 3.6).
II) 2o Tempo
A mão esquerda abandona a arma e vem colar-se à coxa esquerda, sem batê-la,
enquanto a mão direita desce a arma ao longo do corpo, dando-lhe uma ligeira
torção para a direita, de modo que a soleira fique paralela ao pé direito. O
braço direito ficará formando com o antebraço um ângulo de aproximadamente
135 graus, cotovelo unido ao corpo, braço no plano das costas.
III) 3o Tempo
A mão direita, mediante uma torção para a esquerda, deixa a arma vir até o
chão, sem batê-la, com o bico da soleira encostando na lateral exterior do pé
(posição de sentido) (Fig 3.7).
III) 3o Tempo
As duas mãos e braços dão uma torção na arma de modo que ela venha a ficar na
vertical, com o carregador para frente, massa de mira na altura do nariz do
militar, alça de mira tocando o corpo. A mão direita segura a arma pelo delgado
da coronha, polegar por trás e os outros dedos unidos e estendidos pela frente.
Cotovelos lançados para frente, antebraço esquerdo na horizontal (Fig 3.8).
II) 2o Tempo
A mão esquerda abandona a arma, vindo colar-se à coxa esquerda, sem batê-la.
A mão direita abaixa a arma, dando-lhe uma ligeira torção para a direita, de
modo que a soleira fique paralela ao pé direito; o braço direito ficará formando
com o antebraço um ângulo de aproximadamente 135 graus, cotovelo unido ao
corpo, braço no plano das costas.
III) 3o Tempo
A mão direita, mediante uma torção para a esquerda, deixa a arma vir até o
chão, sem batê-la, com a soleira encostada na lateral exterior do pé (posição de
sentido) (Fig 3.13).
o) Alongar bandoleira
O comando de alongar-bandoleira, dado sempre na posição de descansar, é o
seguinte: “PARA ALONGAR-BANDOLEIRA, UM-DOIS”. A execução é
cumprida da seguinte maneira: na voz de execução “UM”, o militar traz o fuzil
para entre as pernas, juntando a soleira da arma à parte interna do pé direito,
prendendo-a a seguir com o pé esquerdo, mantendo o cano voltado para o lado
direito e, curvando o tronco, alonga a bandoleira com as duas mãos,
permanecendo parado e segurando a bandoleira, de forma que os braços fiquem
estendidos com as mãos envolvendo a bandoleira na altura do carregador. Ao
ouvir a voz de execução “DOIS” levanta vivamente o tronco e volta à posição de
descansar.
p) Encurtar-bandoleira
O comando de encurtar-bandoleira, dado sempre na posição de descansar, é o
seguinte: “PARA ENCURTAR-BANDOLEIRA, UM-DOIS”. A execução é
cumprida da seguinte maneira: na voz de execução “UM”, o militar traz o fuzil para
entre as pernas, juntando a soleira da arma à parte interna do pé direito, prendendo-a
a seguir com o pé esquerdo, mantendo o cano voltado para o lado direito e,
curvando o tronco, encurta a bandoleira com as duas mãos, permanecendo parado e
segurando a bandoleira de forma que os braços fiquem estendidos com as mãos
envolvendo a bandoleira na altura do carregador. Ao ouvir a voz de execução
“DOIS”, levanta vivamente o tronco e volta à posição de descansar.
q) Em bandoleira-arma
Este comando é sempre precedido de alongar-bandoleira e é dado estando a tropa
na posição de descansar, quando parada ou em passo sem cadência, quando em
marcha.
Estando a tropa parada, ao comando em bandoleira-arma o militar segura a arma
pela bandoleira com a mão esquerda, na altura do zarelho anterior, olhando-o e
trazendo-a à altura do ombro direito. Introduz o braço direito (dedos unidos e
estendidos) entre a bandoleira e a arma. A bandoleira fica apoiada no ombro
direito e segura pela mão direita, na altura do peito, de modo que mantenha a
arma ligeiramente inclinada, com o dedo polegar estendido ao longo e por trás
da bandoleira e demais dedos envolvendo-a. A mão esquerda volta à sua posição
(Fig 3.15).
da arma voltado para a direita, carregador para frente, mão direita segura a arma
pelo punho, apoiando-a no antebraço direito, segura a bandoleira com a mão
esquerda, na altura do zarelho anterior e introduz o braço direito entre a
bandoleira e a arma (mão e dedos estendidos).
A bandoleira fica apoiada no ombro direito, segura pela mão direita, mantendo a
arma ligeiramente inclinada.
Após isto, poderá ser comandado ordinário-marche, e a tropa se deslocará no
mesmo eixo de marcha. A tropa permanecerá com a arma em bandoleira, mesmo
após o comando de alto.
r) Descansar-arma (partindo da posição de em bandoleira-arma)
Este comando é dado com a tropa na posição de descansar; se for dado na posição
de sentido, à voz de advertência a tropa fará descansar e após executar o
descansar-arma voltará à posição de sentido.
Com a mão esquerda, o militar segura a bandoleira na altura do ombro enquanto
retira o braço direito da posição em que estava e vai, com a mão direita, pegar a
arma com a palma da mão sobre o suporte da massa de mira, conduzindo-a ao
chão, na posição de descansar. A mão esquerda vai colar-se às costas, na posição
de descansar.
s) Arma-a-tiracolo
É sempre mandado alongar bandoleira, antes de comandar arma-a-tiracolo.
Ao comando arma-a-tiracolo, dado na posição de descansar, o militar segura a
bandoleira com a mão esquerda na altura do zarelho anterior, olhando para a
mesma. Faz passar entre a bandoleira e a arma, a mão direita, que vai segurar a
arma pela chapa da soleira, costas da mão para frente; dedos unidos, em seguida
faz passar a cabeça entre a bandoleira e a arma. A arma fica de encontro às costas,
com o carregador e a coronha voltadas para a direita, braços estendidos
naturalmente ao longo do corpo (Fig 3.16).
v) Transportar-pela-alça
O comando “TRANSPORTAR-PELA-ALÇA” é dado com a tropa na posição de
descansar. A arma é suspensa com a mão direita, enquanto a esquerda vem
segurá-la no terço médio do guarda-mão, por cima da bandoleira. A seguir, a mão
direita segura a arma com firmeza, pela alça; a mão esquerda abandona a arma ao
mesmo tempo em que o braço direito se distende, ficando a arma na posição
horizontal, com o cano voltado para frente. Transportar pela alça deverá ser, de
preferência, usado em pequenos deslocamentos.
b) Desarmar-baioneta
O movimento é executado partindo-se da posição de descansar, em três tempos. O
comando para sua execução é o seguinte: “PARA DESARMAR BAIONETA,
UM - DOIS - TRÊS”. À voz de execução “UM”, o militar inclina o cano do fuzil
3.2.5 - Acelerado
a) Acelerado-marche (partindo do passo ordinário, ombro-arma)
A sílaba “RA” deve ser pronunciada fortemente quando o pé esquerdo assentar no
terreno; o militar dá um passo com o pé direito e, após, toma a posição de cruzar
arma, do seguinte modo:
I) 1o Tempo
Pé esquerdo à frente batendo forte no solo e primeiro tempo de cruzar arma,
partindo de ombro arma.
II) 2o Tempo
Pé esquerdo à frente batendo forte ao solo e segundo tempo de cruzar arma,
partindo de ombro arma (Fig 3.21).
para frente e olhar fixo para frente. Cada arma fica no chão, com a tampa da
janela de ejeção para cima, carregador para a direita e com a boca do cano à
direita da coronha do fuzil deitado à frente.
II) 2o Tempo
A mão direita abandona a arma e o militar volta à posição de sentido (Fig 3.22).
b) Deslocamento da tropa
Tendo sido comandado “DEITAR-ARMA”, não deve ser mandado fora de forma.
Para deslocar a tropa do local de onde se encontram deitadas as armas, deve ser
comandado “SEM CADÊNCIA MARCHE!”. Após isto, é dado alto, fora da
posição das armas, e em seguida o fora de forma.
O último militar da coluna da esquerda permanecerá junto às armas, como
sentinela das armas.
Para retornar à posição das armas, deve a tropa ser formada em outro local, na
mesma formação anterior, com os militares ocupando os mesmos lugares. A tropa
é deslocada em passo sem cadência, voltando ao local das armas pela retaguarda.
O comando alto não deve ser de execução imediata e sim pronunciado de maneira
bem prolongada. Cada militar faz alto quando atingir, com a ponta de um dos pés,
a chapa da soleira do seu fuzil.
Quando, pela exigüidade do espaço disponível, for impossível deslocar a tropa da
posição das armas no passo sem cadência, pode-se comandar fora de forma,
marche. Para por a tropa em formatura, neste caso, dá-se o comando: “GRUPO
(PELOTÃO, etc.), NA POSIÇÃO DAS ARMAS, EM FORMA!”. Os militares
não devem passar por cima dos fuzis e sim se deslocarem por entre as colunas.
c) Levantar-arma
Esta voz de comando deve ser dada estando a tropa na posição de sentido.
I) 1o Tempo
O militar leva a perna esquerda à frente, bem flexionada, ficando a perna
direita ligeiramente estendida; flexiona o corpo e empunha a arma com a mão
direita. Palma da mão sobre o suporte da massa de mira (como na posição de
sentido). A mão esquerda apoia-se no joelho esquerdo (como no deitar arma).
Olhar fixo para frente.
II) 2o Tempo
O militar volta à posição de sentido, desfazendo o movimento anterior.
3.3.2 - Posições
a) Sentido
O fuzil na vertical, com a bandoleira colocada para o lado da alavanca de manejo,
a soleira no chão, unida ao pé direito pelo lado de fora, com o bico na altura da
ponta do pé. Os braços ligeiramente curvos, de modo que os cotovelos fiquem na
mesma altura. A mão direita segura a arma com o polegar por trás do guarda-mão,
os demais dedos unidos e distendidos à frente e sobre a bandoleira (o indicador,
médio e anular tocando-a). A mão esquerda fica como na posição de sentido sem
arma (Fig 3.25).
b) Descansar
Simultaneamente ao movimento para assumir a posição de descansar, o militar
leva o fuzil para frente, deslizando a mão direita sobre o guarda-mão, passando
sobre o bloco do cilindro de gases, de modo a, no final do movimento e com o
braço distendido, ficar a arma inclinada para frente, segura pelo cano com a mão
direita entre o bloco do cilindro de gases e o quebra-chamas, empunhadura esta
variável em função do comprimento do braço de cada militar.
A mão esquerda, espalmada, com o braço flexionado, vem se colocar às costas,
logo abaixo da cintura, costas da mão tocando o corpo, pés afastados cerca de
30 cm e o olhar para frente (Fig 3.26).
Para voltar a posição de sentido, trazer a arma para junto do corpo, deslizando a
mão direita para baixo e ao longo do cano e bloco do cilindro de gases, de modo
que ao final do movimento a arma fique empunhada como descrito para a posição
de sentido. Simultaneamente a mão esquerda vem se colar à coxa e o pé esquerdo
3.3.3 - Manejo
a) Generalidades
No manejo da arma somente os braços e as mãos entram em ação. A parte
superior do corpo fica perfilada e imóvel. Os diversos tempos de que se compõem
os movimentos devem ser executados com rigor, precisão e uniformidade.
Sempre que a arma tiver que ir repousar no solo com a soleira, ela deve ser
encostada levemente, procurando-se fazer o mínimo de ruído possível.
Em recinto coberto não destinado à prática de ordem unida, cerimônias ou
recepção de autoridades, não se executam ombro-arma e apresentar-arma. Para
deslocar uma tropa armada em recinto coberto, pode-se fazê-lo em cruzar-arma,
em arma-suspensa, em bandoleira-arma, arma-na-mão e transportar pela alça.
O militar armado e não estando em formatura, transporta a arma sempre de uma
das maneiras previstas neste manual e nunca segurando a arma de qualquer
maneira.
b) Ombro-arma (partindo da posição de sentido)
I) 1o Tempo
Empunhando a arma com a mão direita, na altura do anel regulador do escape
de gases, suspende-a na vertical até que a mão direita fique na altura do ombro,
o cotovelo afastado do corpo, de modo que o braço fique paralelo ao solo,
simultaneamente, a mão esquerda segura a arma por cima da bandoleira e
acima da alavanca de manejo, ficando o dedo polegar estendido sobre o
guarda-mão.
II) 2o Tempo
A arma é levada para frente do corpo, empunhada pela mão esquerda, ficando
inclinada de 45 graus em relação à vertical, afastada do corpo cerca de 20 cm,
boca do cano para a esquerda; braço esquerdo no plano das costas, com o
cotovelo colado ao corpo. A mão direita vem empunhar a arma pelo delgado,
dedos unidos; o braço direito afastado do corpo cerca de 15 cm.
III) 3o Tempo
A mão direita leva a arma ao ombro esquerdo, segurando-a pelo delgado; o
carregador para fora, a parte superior da caixa da culatra para dentro e junto ao
pescoço, a alavanca de manejo por cima e apoiada no ombro. Ao mesmo
tempo, a mão esquerda vem apoiar a arma pela soleira com as falanges e a
palma, ficando o polegar envolvendo o bico da soleira e os demais dedos
unidos empunhando a soleira. O braço esquerdo tocando o corpo no plano das
costas, formando com o antebraço um ângulo aproximadamente reto.
IV) 4o Tempo
A mão direita é retirada do delgado, vindo colar-se à coxa direita, sem batê-la,
num movimento rápido e enérgico (Fig 3.27).
la, enquanto a mão direita desce a arma ao longo do corpo, dando-lhe uma
ligeira torção para a direita, de modo que a soleira fique paralela ao pé direito.
O braço direito ficará formando com o antebraço um ângulo de
aproximadamente 135 graus, cotovelo unido ao corpo, braço no plano das
costas.
III) 3o Tempo
A mão direita, mediante uma torção para a esquerda, deixa a arma vir até o
chão, sem batê-la, com o bico da soleira encostando na ponta do pé (posição de
sentido), Fig 3.30.
flexionado para cima, a fim de manter a arma na vertical. Nesta posição a arma
deve ficar ligeiramente afastada do corpo e, vista de frente, no mesmo plano do
antebraço e braço. Essa voz só exige execução imediata quando se desejar ensinar
a posição correspondente; fora disso corresponde a simples advertência. Ex:
“PELOTÃO (ESCOLA, GRUPO, etc.), ARMA-SUSPENSA, ORDINÁRIO!
(intervalo) MARCHE!”. O militar executa o movimento da arma suspensa à
última sílaba da voz de advertência e aguarda a de execução, rompendo então a
marcha. Após um alto, descansa arma, permanecendo na posição de sentido.
Nas voltas a pé firme, executadas com a arma descansada no solo, o militar toma a
posição de arma suspensa à última sílaba da voz de advertência. Terminado o
movimento, descansa arma. Ex: “GRUPO, DIREITA! (o militar suspende a arma
nesse momento), VOLVER!”. O militar gira para a direita e, no final, repousa a
arma no solo.
É também usado arma suspensa nos pequenos deslocamentos, para efeito de
retificação de uma formatura, principalmente quando se tratar de locais cobertos,
onde é vedado executar o ombro arma e o apresentar arma (Fig 3.37).
o) Alongar bandoleira
O comando de alongar-bandoleira, dado sempre na posição de descansar, é o
seguinte: “PARA ALONGAR BANDOLEIRA, UM - DOIS”. A execução é
cumprida da seguinte maneira: na voz de execução “UM”, o militar traz o fuzil
para entre as pernas, juntando a soleira da arma à parte interna do pé direito,
prendendo-a a seguir com o pé esquerdo, mantendo o cano voltado para o lado
esquerdo e, curvando o tronco, alonga a bandoleira com as duas mãos,
Em dias chuvosos e com o fim de preservar o fuzil, poderá ser utilizada a posição
em bandoleira-arma com o cano para baixo, por uma tropa ou por militar em
serviço de sentinela.
Este movimento será executado mediante o comando de “ORDEM A TROPA”:
em bandoleira-arma com o cano para baixo. O militar executará o movimento sem
a preocupação com a uniformidade e marcialidade.
Estando uma tropa em marcha, deve ser dado o comando de “SEM CADÊNCIA-
MARCHE” e depois “EM BANDOLEIRA-ARMA”. O militar continua
marchando naturalmente, retira a arma do ombro e dá a extensão necessária à
bandoleira, mantendo o cano da arma voltado para a esquerda; segura a bandoleira
com a mão esquerda e introduz o braço direito entre ela e a arma; a bandoleira fica
apoiada no ombro direito, segura pela mão direita e mantendo a arma ligeiramente
inclinada. Após isto, pode ser comandado “ORDINÁRIO-MARCHE” à tropa que
se deslocará ainda no mesmo eixo de marcha. Ao ser dado alto, estando a tropa
com a arma em bandoleira, faz alto permanecendo com a arma em bandoleira.
r) Descansar-arma (partindo da posição de em bandoleira-arma)
Este comando é dado com a tropa na posição de descansar; se for dado na posição
de sentido, à voz de advertência a tropa fará descansar e após executar o
“DESCANSAR-ARMA” voltará à posição de sentido.
Com a mão esquerda, o militar segura a bandoleira, enquanto retira o braço direito
da posição em que estava e vai, com a mão direita, pegar a arma na altura do anel
regulador do escape de gases, conduzindo-a ao chão, na posição de descansar. A
mão esquerda vai colar-se às costas, na posição de descansar.
s) Arma a tiracolo
É sempre mandado alongar bandoleira, antes de comandar arma-a-tiracolo.
Ao comando “ARMA-A-TIRACOLO”, dado na posição de descansar, o militar
segura a bandoleira com a mão esquerda e faz passar entre a bandoleira e a arma,
a mão direita, que vai segurar a arma pela chapa da soleira, costas da mão para
frente; em seguida faz passar a cabeça entre a bandoleira e a arma. A arma fica de
encontro às costas, com o carregador voltado para o solo; a coronha para a direita
(semelhante ao mostrado na Fig 3.16).
t) Descansar-arma (partindo da posição de arma a tiracolo)
Com a mão direita, o militar segura a arma pela soleira e com a mão esquerda, a
b) Desarmar baioneta
O movimento é executado partindo-se da posição de descansar, em três tempos. O
comando para sua execução é o seguinte: “PARA DESARMAR BAIONETA,
UM - DOIS - TRÊS”. À voz de execução “UM” o militar inclina o cano do fuzil
para a esquerda à frente do corpo, com o carregador da arma para a esquerda e,
simultaneamente, com a mão esquerda, segura o punho do sabre com as costas da
mão voltadas para frente. À voz de execução “DOIS” o militar pressiona o retém
do sabre soltando-o do seu suporte (no fuzil), retira o sabre e o introduz em sua
bainha, mantendo o olhar no sabre. À voz de execução “TRÊS” o militar retorna à
posição de descansar.
Quando comandado por corneta, a execução “UM”, “DOIS” e “TRÊS” será
representada por toques de pontos (Fig 3.42).
3.3.5 - Acelerado
a) Acelerado-marche (partindo do passo ordinário, ombro-arma)
A sílaba “RA” deve ser pronunciada fortemente quando o pé esquerdo assentar no
terreno; o militar dá um passo com o pé direito e, após, toma a posição de cruzar
arma, do seguinte modo:
I) 1o Tempo
Pé esquerdo à frente batendo forte no solo e primeiro tempo de cruzar arma,
partindo de ombro arma.
II) 2o Tempo
Pé esquerdo à frente batendo forte ao solo e segundo tempo de cruzar arma,
partindo de ombro arma. Em seguida, continua a marcha em passo ordinário
até a voz de marche, dada ao assentar o pé esquerdo no solo; o militar dá mais
três passos, dois com o pé direito e um com o esquerdo, rompendo então o
acelerado com este último (semelhante ao mostrado na Fig 3.21).
b) Ordinário-marche (estando em acelerado)
A voz de marche deve ser dada ao assentar o pé esquerdo no solo. O militar, a essa
voz, dá três passos em acelerado, dois com o pé direito e um com o esquerdo. Em
seguida, retoma o passo ordinário, levando a arma ao ombro, do seguinte modo:
I) 1o Tempo
Bate com o pé esquerdo à frente, já no passo ordinário; simultaneamente leva o
fuzil ao ombro.
II) 2o Tempo
Dar mais um passo com o pé direito à frente; quando o esquerdo for à frente
bate forte. A mão direita abandona o delgado e vem para a posição correta de
oscilação do braço, prosseguindo a marcha em passo ordinário.
3.3.6 - Deitar-arma
a) Esta voz de comando deve ser dada estando a tropa na posição de sentido e é
executada em dois tempos:
I) 1o Tempo
O militar leva a arma ao chão, dando um passo a fundo com a perna esquerda,
flexionando-a, ficando a perna direita ligeiramente flexionada; a mão esquerda
apoiando-se no joelho esquerdo; tronco flexionado para frente. Cada arma fica
no chão, apoiada pela alavanca de manejo, carregador para fora e na direção da
frente em que olhar a tropa, com a boca do cano à direita da arma do militar
que se encontra à frente.
II) 2o Tempo
A mão direita abandona a arma e o militar volta à posição de sentido
(semelhante ao mostrado na Fig 3.22).
b) Deslocamento da tropa
Tendo sido comandado “DEITAR-ARMA”, não deve ser mandado fora de forma.
Para deslocar a tropa do local de onde se encontram deitadas as armas, deve ser
comandado “SEM CADÊNCIA MARCHE!”. Após isto, é dado alto, fora da
posição das armas, e em seguida o fora de forma.
O último militar da coluna da esquerda permanecerá junto às armas, como
sentinela da posição das armas.
Para formar a tropa no local onde estão deitadas as armas, ela deve ser formada
em outro local, na mesma formação anterior, com os militares ocupando os
mesmos lugares. A tropa é deslocada em passo sem cadência, voltando ao local do
sarilho pela retaguarda. O comando alto não deve ser de execução imediata e sim
pronunciado de maneira bem prolongada. Cada militar faz alto quando atingir,
com a ponta de um dos pés, a soleira do seu fuzil.
Quando, pela exigüidade do espaço disponível, for impossível deslocar a tropa do
sarilho no passo sem cadência, pode-se comandar fora de forma, marche. Para por
a tropa em formatura, neste caso, dá-se o comando: “GRUPO (PELOTÃO, etc.),
NO SARILHO, EM FORMA!”.
Os militares não devem passar por cima dos fuzis e sim se deslocarem por entre as
colunas.
c) Levantar-arma
Esta voz de comando deve ser dada estando a tropa na posição de sentido.
I) 1o Tempo
O militar leva a perna esquerda à frente, bem flexionada, ficando a perna
direita ligeiramente distendida; flexiona o corpo e empunha a arma com a mão
direita. A mão esquerda apoia-se no joelho esquerdo. Olhar fixo para frente.
II) 2o Tempo
O militar volta à posição de sentido, desfazendo o movimento anterior
(semelhante ao mostrado na Fig 3.23).
3.4 - FUZIL AUTOMÁTICO PESADO 7,62 mm M964 (FAP)
3.4.1 - Posições
a) Sentido
O militar, na posição de sentido, segura, com a mão direita abaixo do zarelho
anterior, o FAP, que estará com o cano para cima e com o bico da soleira junto à
ponta do pé direito; o bipé desarmado, a bandoleira para a direita. Mão esquerda
colada à coxa (Fig 3.45).
b) Descansar
Com o braço direito distendido, a mão direita segura a arma inclinada para frente
e apoiada no solo pelo bico da soleira, junto ao pé direito. A mão esquerda, com o
braço flexionado, colocado às costas logo abaixo da cintura, com os dedos
deixados naturalmente; costas da mão tocando o corpo (Fig 3.46).
3.4.2 - Manejo
No manejo da arma, somente os braços e as mãos entram em ação ficando a parte
superior do corpo perfilada e imóvel.
a) Ombro-arma (partindo da posição de sentido)
I) 1o Tempo
Com a mão direita, o militar segura o cano logo abaixo do zarelho anterior,
ergue a arma e a conduz verticalmente ao lado esquerdo, com a parte da culatra
voltada para o lado direito; a mão esquerda vem segurar a arma pelo punho,
com os dedos unidos, abarcando-o. No final do movimento, a mão direita fica
na altura do ombro esquerdo, cotovelo lançado para frente.
II) 2o Tempo
Com o auxílio da mão direita, a mão esquerda coloca a arma horizontalmente
sobre o ombro esquerdo, cotovelo do militar e o punho da arma para baixo.
Nesta posição, o guarda-mão estará sobre o ombro esquerdo.
III) 3o Tempo
A mão direita abandona a arma e vem colar-se à coxa, sem batê-la (Fig 3.47).
III) 3o Tempo
Ao mesmo tempo em que a mão esquerda traz a arma inclinada à frente do
corpo, a mão direita vem empunhar a arma pelo delgado. No final da posição, a
arma fica afastada do corpo cerca de 20 cm (Fig 3.50).
g) Em bandoleira-arma
Esta voz de comando é dada estando a tropa na posição de descansar ou durante a
marcha sem cadência, em ambos os casos depois de ter sido mandado alongar-
bandoleira. O militar segura a arma pela bandoleira com a mão esquerda e a
conduz até a altura do ombro direito e introduz o braço direito entre a bandoleira e
b) 2o Tempo
À voz de “ARMA”, o atirador repousa o FAP no solo pelo bipé (posição de tiro),
dando um passo a fundo com a perna esquerda à frente, flexionando-a, ficando
com a direita ligeiramente flexionada; mão esquerda apoiando-se no joelho,
tronco flexionado para frente, olhar para frente; o pé direito do atirador fica junto
a ponta da soleira da arma; em seguida, volta à posição de sentido (Fig 3.53).
3.4.5 - Levantar-arma
Esta voz de comando deve ser dada estando a tropa na posição de sentido.
I) 1o Tempo
O militar leva a perna esquerda à frente, bem flexionada, ficando a perna direita
ligeiramente estendida; flexiona o corpo e empunha a arma com a mão direita.
Palma da mão sobre o suporte da massa de mira (como na posição de sentido). A
mão esquerda apoia-se no joelho esquerdo (como no deitar arma). Olhar fixo para
frente.
II) 2o Tempo
O militar volta à posição de sentido, desfazendo o movimento anterior e com a
mão esquerda desarma o bipé (Fig 3.54).
Para o militar armado de FAP executar cobrir e perfilar levanta a arma somente para
proceder às correções, ficando com a arma apoiada pela chapa da soleira no solo.
Ao ser comandado “ARMA-A-TIRACOLO” para a tropa, os atiradores fazem em
bandoleira-arma.
Ao comando de “APRESENTAR-ARMA”, o atirador permanece na posição que
estiver (ombro-arma ou sentido).
Ao comando de “ALTO”, o militar após executá-lo, faz o descansar-arma.
No acelerado, a arma é conduzida cruzada. Quando em marcha, em passo ordinário,
for comandado acelerado ou estando em marcha em passo acelerado, for comandado
ordinário-marche, o militar armado de FAP executa o manejo, acompanhando o dos
armados de FAL.
Na marcha sem cadência, o militar conduz a arma em bandoleira. Quando houver,
em uma tropa, militares armados com FAP e desejarmos deslocar a mesma em passo
sem cadência é necessário comandar-se alongar bandoleira primeiramente. Caso
contrário, à voz de sem cadência os atiradores alongarão as bandoleiras, levando logo
após o FAP ao ombro, permanecendo na posição de sentido.
No passo de estrada, a posição normal do FAP é em bandoleira, em qualquer um dos
ombros.
No campo (exercícios de vivacidade e/ou maneabilidade) o atirador conduz o FAP na
posição de arma na mão.
b) Descansar
O militar deslocará o pé esquerdo cerca de 30 cm para a esquerda, ficando as
pernas distendidas e o peso do corpo igualmente distribuído sobre os pés, que
permanecerão no mesmo alinhamento. A mão esquerda, com o braço flexionado,
c) Arma-na-mão
A arma, com a coronha rebatida é segurada pela mão direita, braço distendido ao
lado do corpo. O dedo polegar passado por cima da caixa da culatra, ficando entre
esta e o corpo. O dedo indicador encostado na parte posterior interna do punho
anterior, demais dedos unidos (Fig 3.57).
d) Arma em Bandoleira
A arma estará com a bandoleira passada pelo ombro esquerdo, a coronha rebatida
e a soleira no prolongamento do tubo da coronha. A mão direita empunhará a
arma pelo punho anterior, com os dedos unidos, de tal maneira que a arma fique
com o cano voltado para frente. Se houver impossibilidade de ajustagem
conveniente da bandoleira, por possuir extensão reduzida ou quando o militar
esteja equipado, a arma é transportada com a bandoleira passada no ombro direito.
e) Em Guarda
Nesta posição a bandoleira ficará solta, arma com a coronha aberta, pressionada
pelo antebraço direito contra o corpo. A mão direita segurando o punho posterior
e o dispositivo de segurança, dedo indicador distendido sobre o guarda-mato. A
mão esquerda envolvendo o punho anterior, o pé direito para trás e a arma
apontada na direção do objetivo. Esta posição é usada nas ações de choque e em
todas as situações em que haja possibilidade do emprego da arma (Fig 3.58).
f) Cruzar-Arma
Nesta posição o militar segura a arma com a coronha fechada, num plano paralelo
ao corpo, afastada cerca de 15 cm, carregador para baixo. O cano deverá fazer um
ângulo de aproximadamente 30 graus com o solo, de forma a ficar na altura do
ombro esquerdo. A mão esquerda segurando o punho anterior e a direita o
posterior; antebraços no plano do corpo, ligeiramente afastados (Fig 3.59).
3.5.3 - Manejo
O manejo da submetralhadora Taurus é bastante simplificado. A posição da arma nos
comando de: “EM BANDOLEIRA-ARMA, OMBRO-ARMA e DESCANSAR-
ARMA” é idêntica à descrita para o militar na posição de sentido.
a) Apresentar-arma (partindo da posição de sentido)
Suspender a arma energicamente, de modo que o cano fique voltado para cima,
carregador para frente e a parte superior da caixa da culatra na altura do ombro
direito, antebraço junto a arma, num plano vertical tangente ao quadril, a mão
esquerda colada à coxa (Fig 3.60).
o carregador seguro pela parte posterior através dos dedos mínimo e anular da
mão esquerda, segura o ferrolho com o polegar e os dois primeiros dedos da mão
esquerda, polegar do lado esquerdo do ferrolho apontado para baixo, mantendo a
boca da arma para cima de modo que o polegar fique em contato com o retém do
ferrolho. Empunha o ferrolho totalmente para a retaguarda e força o retém do
ferrolho para cima, com o polegar da mão direita, de modo que este entre em seu
alojamento. Após esse procedimento a mão esquerda volta à posição final de
“RETIRAR-CARREGADOR” (Fig 3.64).
d) Fechar-câmara
Ao comando de “FECHAR-CÂMARA”, o militar cerra os seus dedos em torno
do punho e pressiona o retém do ferrolho para baixo com o polegar direito.
Mantém a boca da arma para cima e comprime vagarosamente a tecla do gatilho,
agindo com o polegar da mão esquerda sobre o cão, de forma a amortecer o
avanço do cão. Em seguida, com o polegar da mão direita, trava a arma,
suspendendo o registro de segurança.
e) Colocar-carregador (na posição de empunhar-pistola))
Ao comando de “COLOCAR-CARREGADOR”, o militar, sem baixar a mão
direita, coloca o carregador com a mão esquerda e empurra-o inteiramente até
ouvir o estalo provocado pelo retém do carregador, voltando a mão esquerda a
colar-se na coxa, como na posição de sentido.
b) Descansar
Simultaneamente ao movimento para assumir a posição de descansar, o militar leva
a arma para frente deslizando a mão direita sobre o fuste, de modo a, no final do
movimento, com o braço distendido, empunhar a arma à altura da massa de mira,
cano inclinado para frente, arma apoiada no solo pelo bico da soleira. A mão
esquerda, com o braço flexionado, vem se colocar às costas, logo abaixo da cintura,
com os dedos deixados naturalmente, costas da mão tocando o corpo (Fig 3.66).
Para voltar à posição de sentido, trazer a arma para junto do corpo, deslizando a
mão direita ao longo do fuste para baixo, de modo que, no final do movimento, a
arma fique empunhada como foi descrito para a posição de sentido.
Simultaneamente, a mão esquerda vem se colar à coxa e o pé esquerdo vem se
juntar ao direito, assumindo a posição de sentido.
3.7.2 - Manejo
a) Generalidades
I) No manejo da arma somente os braços e as mãos entram em ação; a parte
superior do corpo fica perfilada e imóvel. Os diversos tempos de que se
compõem os movimentos devem ser executados com rigor, precisão e
uniformidade.
II) Sempre que a arma tiver que ir repousar no solo com a soleira, não deve ser
batida ao solo e sim encostada levemente, procurando-se fazer o mínimo ruído
possível.
III) Em recintos cobertos, não destinados à prática de ordem unida, cerimônia e
recepção de autoridades, não se executa ombro-arma e apresentar-arma e, para
se deslocar uma tropa armada nestes locais, pode-se fazê-lo em arma-cruzada,
arma-suspensa, arma-na-mão e em bandoleira-arma, conforme as
circunstâncias.
IV) O militar armado e não estando em formatura, transporta a arma sempre de uma
das maneiras previstas neste manual e nunca segurando a arma de qualquer
forma.
b) Arma-suspensa
I) O militar suspende a arma na vertical, apoiando a parte média do antebraço
direito, em um movimento enérgico, conservando o pulso flexionado para cima
a fim de manter a arma na vertical; além disso, nesta posição a arma deve ficar
ligeiramente afastada do corpo e, vista de frente, no mesmo plano do antebraço
e braço.
II) Nas voltas a pé firme executadas com a arma descansada no solo, o militar
toma a posição de arma-suspensa à última sílaba da voz de advertência.
Terminado o movimento, descansa a arma.
III) O vocábulo arma-suspensa será utilizado sempre como advertência; exemplo:
“PELOTÃO (ESCOLA, GRUPO, etc.) ARMA-SUSPENSA, ORDINÁRIO!
V) 5o Tempo
A mão direita, mediante uma torção para a esquerda, deixa a arma vir até o
chão (sem bater com a soleira), encostando-a na ponta do pé (posição de
sentido).
e) Apresentar-arma (partindo da posição de sentido)
I) 1o Tempo
Suspender a arma na vertical, empunhando-a com a mão direita logo acima da
braçadeira inferior, até que a mão fique na altura do ombro, o cotovelo afastado
do corpo e para baixo; simultaneamente, a mão esquerda segura a arma por
cima da bandoleira, de modo que a extremidade do polegar estendido sobre o
fuste fique logo abaixo da braçadeira inferior.
II) 2o Tempo
A arma é levada para frente do corpo, empunhada pela mão esquerda, ficando
inclinada de 45 graus em relação à vertical, boca do cano para a esquerda,
afastada do corpo cerca de 20 cm, braço esquerdo no plano das costas com o
cotovelo colado ao corpo. A mão direita vem empunhar a arma pelo delgado,
dedos unidos, braço direito afastado normalmente do corpo.
III) 3o Tempo
Mediante uma torção, a arma é levantada para cima e para frente com as duas
mãos, de modo que venha a ficar na vertical, na frente do corpo, braçadeira
inferior na altura da gola. A mão direita ficará segurando a arma pelo delgado,
polegar por trás e os outros dedos unidos e distendidos pela frente, por baixo da
bandoleira. Mão esquerda segurando a arma por cima da bandoleira, com o
polegar ao longo do fuste, logo abaixo da braçadeira. Cotovelos para frente,
antebraço esquerdo na horizontal (Fig 3.68).
II) 2o Tempo
A arma é levada pela mão direita para frente do corpo, ficando afastada do
mesmo cerca de 20 cm, com uma inclinação de 45 graus em relação à vertical,
cano para a esquerda; a mão esquerda vem apoiá-la pelo fuste, logo abaixo da
braçadeira inferior, por cima da bandoleira, dedos unidos. A mão direita
empunha a arma pelo delgado, dedos unidos com o polegar envolvendo o
delgado.
III) 3o Tempo
Mediante uma torção das duas mãos, a arma vem ficar na vertical, com a
bandoleira para frente, braçadeira inferior na altura da gola. A mão direita
segura a arma pelo delgado, polegar por trás e os outros dedos unidos e
distendidos, pela frente. Mão esquerda segurando a arma por cima da
bandoleira, com o polegar ao longo do fuste. Cotovelos lançados para frente e
o antebraço esquerdo na horizontal.
h) Ombro-arma (partindo de apresentar-arma)
I) 1o Tempo
A arma é levada pelas duas mãos para frente do corpo mediante uma torção,
ficando afastada deste cerca de 20 cm, inclinada de 45 graus em relação à
vertical, cano para a esquerda, bandoleira para baixo, a mão esquerda por cima
da bandoleira, dedos unidos sobre o fuste, polegar por trás, logo abaixo da
braçadeira inferior. Mão direita empunhando a arma pelo delgado, dedos
unidos, polegar envolvendo o delgado.
II) 2o Tempo
A mão direita leva a arma ao ombro esquerdo, segurando-a pelo delgado,
bandoleira para fora e parte superior da caixa da culatra para dentro, junto ao
pescoço, ao mesmo tempo que a mão esquerda vem apoiar a arma pela soleira,
com as falanges e palma, ficando o polegar entre o bico da soleira e o anilho;
os demais dedos unidos, empunhando a soleira. O braço esquerdo tocando o
corpo no plano das costas, formando com o antebraço um ângulo pouco maior
que 90 graus.
III) 3o Tempo
A mão direita é retirada do delgado, vindo colar-se à coxa, sem batê-la, num
movimento rápido e enérgico.
II) 2o Tempo
A mão direita é retirada do delgado, vindo colar-se à coxa direita, sem batê-la,
num movimento rápido e enérgico.
l) Descansar-arma (partindo do cruzar-arma)
I) 1o Tempo
A mão direita abandona o delgado, enquanto a esquerda trás a arma para junto
do ombro direito, na posição vertical. A mão direita vem segurar a arma,
empunhando-a pelo fuste, logo acima da braçadeira inferior, mão na altura do
ombro. A mão esquerda fica com os dedos unidos, sobre a bandoleira, polegar
ao longo do fuste, logo abaixo da braçadeira inferior.
II) 2o Tempo
A mão esquerda abandona a arma, vindo colar-se à coxa esquerda, sem batê-la.
A mão direita abaixa a arma, dando-lhe uma ligeira torção para a direita, de
modo que a soleira fique paralela ao pé direito; o braço direito ficará formando
com o antebraço um ângulo de 135 graus, cotovelo unido ao corpo, braço no
plano das costas.
III) 3o Tempo
A mão direita, mediante uma torção para a esquerda, deixa a arma vir até o
chão, sem batê-la, com o bico da soleira encostado na ponta do pé (posição de
sentido).
m) Alongar-bandoleira
Ao comando de “ALONGAR-BANDOLEIRA”, dado sempre na posição de
descansar, o militar traz o fuzil para entre as pernas, juntando a soleira da arma
com a parte interna do pé direito, prendendo-a a seguir com o pé esquerdo,
mantendo o cano do fuzil voltado para o lado esquerdo, alongando a bandoleira
com o auxílio das mãos; em seguida, volta a posição de descansar. O militar
necessita curvar o tronco para executar o alongar-bandoleira, tomando a posição
mais cômoda para isto.
n) Em bandoleira-arma
Este comando é sempre precedido de “ALONGAR-BANDOLEIRA” e é dado
estando a tropa na posição de descansar.
Estando a tropa a pé firme, na posição de descansar (bandoleira alongada), ao
comando “EM BANDOLEIRA-ARMA”, o militar segura a arma pela bandoleira
com a mão esquerda, trazendo-a à altura do ombro direito e enfia o braço direito
entre a bandoleira e a arma. A bandoleira fica apoiada no ombro direito e segura
pela mão direita, na altura do peito, de modo que mantenha a arma ligeiramente
inclinada, com o dedo polegar distendido ao longo da mesma e por trás, voltado
para cima. A mão esquerda volta a sua posição (Fig 3.69).
costas com o braço flexionado, logo abaixo da cintura, com os dedos deixados
naturalmente, costa da mão tocando o corpo.
p) Procedimento do militar no alto estando em bandoleira-arma
No “ALTO” a tropa em bandoleira-arma faz descansar-arma, permanecendo na
posição de sentido. O procedimento do militar para retirar a arma do ombro é o
mesmo descrito acima na alínea o), sendo que a mão esquerda vai colar-se à coxa
esquerda.
Para efeito de instrução ou para poupar tempo, pode-se antes de comandar
“ALTO”, dar a ordem: “CONSERVANDO A ARMA EM BANDOLEIRA,
GRUPO (PELOTÃO, etc.) ALTO”, permanecendo com a arma no ombro.
q) Arma-a-tiracolo
O comando de “ARMA-A-TIRACOLO” é sempre precedido do comando de
“ALONGAR-BANDOLEIRA”. ao comando de “ARMA-A-TIRACOLO”, dado
na posição de descansar, o militar segura a arma com a mão esquerda, enfia o
braço direito entre ela e a arma, de modo que a mão direita empunhe a arma pela
chapa da soleira, costa da mão para frente; em seguida faz passar a cabeça entre a
bandoleira e a arma. A arma fica de encontro às costas, com a parte superior da
caixa da culatra voltada para o solo, a coronha para a direita (semelhante ao
mostrado na Fig 3.16).
r) Descansar-arma (partindo da posição de arma-a-tiracolo)
Esse comando é dado a partir da posição de descansar.
Com a mão direita, o militar segura a arma pela chapa da soleira e com a mão
esquerda a bandoleira, na altura do ombro esquerdo; com um movimento do
ombro direito faz passar, sucessivamente, entre a bandoleira e o fuzil, a cabeça e o
braço direito, liberando assim a arma e, levando-a a seguir ao solo, permanecendo
na posição de descansar.
s) Arma-na-mão
À voz de comando “ARMA-NA-MÃO”, a arma é trazida vivamente para frente
do corpo, ficando na mesma posição de cruzar-arma, com a diferença de que o
carregador fica voltado para frente (semelhante ao mostrado na Fig 3.17).
Arma-na-mão é usado no combate por ser uma posição relativamente confortável
e permitir o pronto emprego do fuzil pelo militar. Quando o instrutor comanda
“ESQUADRA (GRUPO, PELOTÃO, etc.) - COMIGO”, o militar faz,
automaticamente, arma-na-mão.
3.7.3 - Armar e desarmar-baioneta
Normalmente, só se arma baioneta para fins de exercícios (ordem unida ou instrução
de combate) e nos desfiles. Os comandos de “ARMAR-BAIONETA E
DESARMAR-BAIONETA”, devem ser dados sempre estando a tropa na posição de
descansar. quando comandado por “CORNETA”, pode ser a sua execução
convencionada em até três pontos de corneta.
a) Armar baioneta
Ao comando de “ARMAR BAIONETA”, o militar inclina o cano do fuzil para a
esquerda, na frente do corpo, com a mão esquerda segura o punho do sabre, com a
costa da mão para frente; olhando para a bainha, retira o sabre e coloca-o preso à
arma, fazendo coincidir o encaixe da presilha com a espiga do fuste. Calca
fortemente a baioneta, introduzindo a presilha na espiga até ouvir funcionar a
mola do retém. Estando com baioneta armada, uma tropa não deve usar o
intervalo reduzido (sem intervalo).
b) Desarmar-baioneta
Para desarmar baioneta, a mão direita inclina a arma para a esquerda, na frente do
corpo e com o dedo polegar comprime o botão da mola do retém. A mão esquerda
retira o sabre da arma e o introduz na bainha por um movimento inverso ao de
armar baioneta.
Estando a tropa marchando nos passos sem-cadência ou de estrada, ao ser
comandado “ARMAR-BAIONETA” ou “DESARMAR-BAIONETA”, o militar
empunha a arma com a mão direita pelo centro de gravidade (parte média da
arma), de tal forma que ela fique perfeitamente equilibrada (cano voltado para o
lado esquerdo); com a mão esquerda, arma ou desarma a baioneta e recoloca a
arma na sua posição primitiva, sem interromper a marcha (Fig 3.70).
3.7.4 - Acelerado
a) Acelerado-marche (partindo da posição de sentido)
À voz de “ACELERADO”, o militar executa o movimento de cruzar-arma; à voz
de “MARCHE”, inicia a marcha no passo acelerado.
b) Acelerado-marche (partindo do passo ordinário e em ombro-arma)
A sílaba “RA” deve ser pronunciada quando o pé esquerdo assentar no terreno; o
militar dá um passo com o pé direito e após, toma a posição de cruzar-arma do
seguinte modo:
I) 1o Tempo
Pé esquerdo à frente batendo forte ao solo e primeiro tempo de cruzar-arma,
partindo do ombro-arma.
II) 2o Tempo
Pé esquerdo à frente batendo forte ao solo e segundo tempo de cruzar-arma,
partindo do ombro-arma. em seguida, continua a marcha em passo ordinário
até a voz de marche, dada ao assentar o pé esquerdo ao solo o militar dá mais
três passos, dois com o pé direito e um com o esquerdo, rompendo então o
acelerado com o pé esquerdo (Fig 3.71).
voltada para dentro. Cada arma fica no chão e na direção da frente em que
olhar a tropa, com a boca do cano à direita da arma do militar que se encontra à
frente.
II) 2o Tempo
A mão direita abandona a arma e o militar volta à posição de sentido
(semelhante ao mostrado na Fig 3.22).
b) Deslocamento da tropa com a arma deitada
Para deslocar a tropa do local onde se encontram deitadas as armas, deve-se
comandar “SEM CADÊNCIA – MARCHE!”. Após isto, é dado alto, fora do local
onde ficaram as armas e, em seguida, fora-de-forma.
Para voltar ao local onde estão deitadas as armas, a tropa deve ser colocada em
forma em outro local, na mesma formação que tinha anteriormente, os militares
ocupando os mesmos lugares. Desloca-se a tropa em passo sem cadência,
voltando ao local onde as armas foram deixadas pela retaguarda; o comando de
“ALTO” não deve ser de execução imediata, e sim pronunciado de maneira bem
prolongada. Cada militar faz alto quando atingir com a ponta de um dos pés a
soleira do seu fuzil.
3.7.6 - Levantar arma
a) Execução
Esta voz de comando deve ser dada estando a tropa na posição de sentido.
I) 1o Tempo
O militar leva a perna esquerda à frente, flexionada, ficando a perna direita
ligeiramente flexionada. Flexiona o corpo e empunha a arma com a mão
direita. A mão esquerda apoia-se no joelho esquerdo, olhar fixo para frente.
II) 2o Tempo
O militar volta à posição de sentido, desfazendo o movimento anterior.
3.8 - ESPADA
3.8. 1 - Generalidades
a) Partes da espada e bainha
I) Espada
- punho;
- guarda-mão com retém da espada; e
- lâmina (fio e dorso).
II) Bainha
- bocal com pino do retém da espada e aro;
- braçadeira com aro;
- ponteira; e
- partes de couro preto (Fig 3.72).
b) Características da espada
I) Punho
- Cor branca.
II) Guarda-mão
Com o retém e partes metálicas componentes da bainha (douradas).
- o retém da espada é dobrável; quando desdobrado constitui parte do guarda-
mão; possui um orifício que se encaixa no pino-retém da espada, mediante o
dobramento do retém, quando a espada está na bainha;
- aros metálicos fixados ao bocal para colocação da espada na gata e, na
braçadeira da bainha para fixação das pernadas do cinturão ajustável; e
- partes de couro envernizadas.
II) Talim
- de oficial-general, confeccionado de galão dourado;
- de oficial e guarda-marinha, confeccionado de retrós azul celeste;
São partes do talim:
- cinturão ajustável com fivela de metal dourado. De cada lado da fivela um
passador em metal dourado;
- pernada de trás, dupla, fixada ao cinturão por uma corrediça em metal
dourado, terminada por um mosquetão em metal dourado e passador em
metal dourado; e
- pernada do quadril, dupla fixada ao cinturão por corrediça em metal
dourado, terminada por um mosquetão em metal dourado e um passador em
metal dourado; na parte superior, uma gata em metal dourado (Fig 3.74).
II) Descansar
A espada permanece caída ao longo da perna e segura pela mão esquerda,
conforme descrito na posição de sentido. A mão direita às costas, logo abaixo
da cintura, com os dedos deixados naturalmente, costas da mão tocando o
corpo (Fig 3.76).
III) À vontade
A este comando, o militar poderá colocar a espada na gata da pernada do
quadril, não havendo necessidade de segurá-la com a mão esquerda.
b) Militar a pé com espada desembainhada
I) Sentido
A bainha permanece na gata da pernada do quadril, segura pela mão
esquerda, à altura da braçadeira, dedos unidos e voltados para baixo, polegar
entre a bainha e o corpo. A mão direita segura a espada pelo punho, com a
costa para a direita, dedo polegar distendido à frente e ao longo do punho,
mantendo a espada do lado direito, com a ponta no solo, junto à ponta do pé
direito; o fio para trás e o guarda-mão e punho unidos à parte superior da coxa
(Fig 3.77).
II) Descansar
A bainha permanece na gata da pernada do quadril, segura pela mão
esquerda, à altura da braçadeira, dedos unidos e voltados para baixo, polegar
entre a bainha e o corpo. A mão direita segura a espada pela extremidade
superior do punho, palma voltada para baixo, dedos naturalmente distendidos
para baixo, braço direito distendido para frente (Fig 3.78).
III) À vontade
Ao comando de “À VONTADE”, o militar coloca a espada na bainha de
acordo com o que está prescrito para o movimento de “EMBAINHAR-
ESPADA”. Procede nesta posição, como o prescrito para a posição de “À
VONTADE” para o militar a pé com a espada embainhada. Ao ouvir
qualquer vocativo do comandante da tropa, o militar desembainhará a espada
de acordo com o que está prescrito para o movimento de
“DESEMBAINHAR-ESPADA”, permanecendo, então, na posição de
descansar.
3.8.3 - Manejo
a) Desembainhar-espada (partindo da posição de sentido)
Para desembainhar a espada, o militar coloca o aro do bocal na gata da pernada
do quadril e desdobrando o retém, livra-o do pino da bainha. Em seguida, enfia a
mão direita no fiador e inclina o guarda-mão para frente, segurando a bainha
com a mão esquerda, na altura do bocal; a mão direita segura o punho
fortemente, com todos os dedos, costa da mão para cima e retira, com energia, a
lâmina da bainha. A espada é trazida para o lado direito, ponta sempre para
baixo, próximo ao corpo, até a posição de sentido (Fig 3.79).
pé direito.
d) Apresentar-espada (partindo de perfilar espada)
I) 1o Tempo
A mão direita traz a espada à frente do corpo, lâmina na vertical, fio para à
esquerda, até que o punho venha a ficar na altura da boca, o cotovelo junto ao
corpo.
II) 2o Tempo
O braço direito é completamente distendido para cima, conservando a lâmina
na vertical e o fio para a esquerda.
III) 3o Tempo
Mantendo o braço completamente distendido, abaixar rapidamente a lâmina a
uma posição correspondente a 45 graus, entre a frente e a direita do corpo,
ficando a ponta da lâmina a cerca de 20 cm do solo. Na posição final, o braço,
antebraço e a espada, ficam sensivelmente em linha reta, o fio da lâmina para
a esquerda, o dedo polegar no prolongamento do punho, os outros dedos
unidos e cerrados (Fig 3.81)
CAPÍTULO 4
INSTRUÇÃO COLETIVA
4.1 - INTRODUÇÃO
4.1.1 - Generalidades
A instrução coletiva ensina o militar a manobrar e a evoluir dentro de sua unidade,
desenvolvendo o “espírito de equipe” e criando um laço ou vínculo entre os vários
elementos: os subordinados, os chefes e a organização à qual eles pertencem.
Não há separação completa entre a instrução individual e a coletiva. Uma completa a
outra, estimulando a disciplina e os reflexos de obediência, elementos básicos da
carreira militar.
Vale ressaltar que as instruções apresentadas neste capítulo poderão ser aplicadas a
outras formaturas que não sejam Pelotões ou Grupo de Combate (GC).
4.2 - ESCOLA DO GRUPO DE COMBATE
4.2.1 - Generalidades
O grupo de combate do CFN é um conjunto de militares organizados para o combate,
de grande versatilidade de emprego, e constituído conforme mostra o quadro abaixo:
GRADUAÇÃO FUNÇÃO SÍMBOLO NÚMERO
SG Cmt do GC -
CB Cmt da ET 1
CB Atirador da ET 2
SD Municiador 3
SD Volteador 4
armados com fuzil M16A2 ou fuzil automático leve (FAL). Somente em casos
especiais, como nas inspeções, caso determinado, os militares poderão formar com
seus respectivos armamentos de emprego coletivo. Nesta situação, os fuzis devem
permanecer em bandoleira ou a tiracolo.
4.2.2 - Formações
A formação normal do grupo de combate é em coluna por um. Excepcionalmente,
forma em coluna por dois ou em linha em uma ou duas fileiras. A formação em
coluna é a típica para a marcha ou para entrar em forma. A coluna por dois é
empregada quando o grupo se desloca isoladamente e no serviço. A formação em
linha em uma fileira é usada para efeito de revistas, paradas e guardas de portaló.
Para revistas, paradas, guardas de honra e serviços, podem ser adotadas formações
com os graduados por antigüidade, à retaguarda do comandante de grupo e os demais
por altura, desprezando-se a organização por esquadras.
a) Formações do grupo de combate
I) Coluna por um
Os militares ficam dispostos a 80 cm, um atrás do outro, com a frente voltada
para o mesmo ponto, com o SG comandante à frente, seguido das três
esquadras de tiro (la , 2a e 3a ET). Em cada esquadra de tiro os militares
formam na seguinte ordem: volteador, cabo comandante da Esquadra de Tiro
(ET), atirador e municiador. O SG comandante do grupo fica à dois passos à
frente da primeira esquadra (também chamada de esquadra testa), Fig 4.1.
esquadra não volve a cabeça para a esquerda ao anunciar o número que lhe
corresponde. Cada militar, após anunciar o seu número, retorna a cabeça para frente.
Ao comando “GRUPO - SEGUIDAMENTE NUMERAR”, dado pelo comandante
do GC, os militares volvem sucessivamente a cabeça francamente para a esquerda. O
primeiro militar (volteador da primeira esquadra) enuncia em voz alta: “UM”; o
militar imediatamente à sua retaguarda (ou a sua esquerda) procede de igual modo
contando DOIS e assim sucessivamente até o último militar. Este não volve a cabeça
para a esquerda ao enunciar o número que lhe corresponde.
Os comandos “DE UM A QUATRO - NUMERAR”, e “SEGUIDAMENTE
NUMERAR”, devem ser dados com o GC na posição de sentido. Caso contrário, os
militares tomam esta posição para enumerar voltando, a seguir, a posição de
descansar.
Para efeito de instrução da Escola do Grupo de Combate, é usado o comando de
enunciar funções. A este comando, dado com o GC na posição de sentido e em coluna
por um ou em linha em uma fileira, cada militar levanta o braço esquerdo na vertical,
com a mão fechada, punho voltado para frente, enunciando sua função de acordo com
sua colocação em formatura. Ex: “VOLTEADOR DA PRIMEIRA ESQUADRA”;
“CABO COMANDANTE DA PRIMEIRA ESQUADRA” e assim sucessivamente até
o último militar. O sargento comandante do GC, para dar esta voz de comando, volve a
frente para o mesmo, executando uma meia volta volver (em coluna) ou esquerda
volver (em linha).
4.2.5 - Cobertura e alinhamento
a) Cobertura
Para retificar a cobertura do GC em coluna por um ou executar pequeno
deslocamento para frente ou lateral, seu comandante designa o novo lugar do
homem-base e comanda: “GRUPO - COBRIR”.
À voz de execução , os militares tomam a posição de sentido, se já não estiverem
nela, fazem arma-suspensa e em seguida estendem o braço esquerdo para frente e
deslocam-se até retificarem a distância e a cobertura.
Quando em coluna por dois, o homem-base suspende o braço esquerdo, lateral e
horizontalmente, tocando o ombro do companheiro ao lado, com a ponta dos
dedos (militar de altura média) ou com a palma da mão (militar alto),
permanecendo com a arma apoiada no solo.
b) Deslocamento em linha
É feito somente quando é pequeno o espaço a percorrer (retificação do
alinhamento nas revistas, colocação da tropa no lugar).
Para deslocamentos consideráveis, estando a tropa em linha, deve a mesma passar
à coluna, volvendo direita ou à esquerda e dirigir-se à posição que tem de ocupar;
faz ALTO no ponto desejado e volta à linha, volvendo à esquerda ou à direita e
retificando o alinhamento.
Logo que for comandado “DESCANSAR”, depois de qualquer movimento feito
em marcha, cada militar deve retificar o alinhamento e a cobertura, independente
de ordem.
c) Direção de marcha
O guia de marcha é o comandante do GC ou o volteador da primeira esquadra,
quando o comandante estiver fora de forma.
Estando o GC a pé firme e devendo iniciar a marcha na direção de sua frente, o
comando é: “ORDINÁRIO (ACELERADO, SEM CADÊNCIA) MARCHE”.
Para iniciar a marcha em uma outra direção, deve ser comandado: “DIREÇÃO A
DIREITA (ESQUERDA), ORDINÁRIO (ACELERADO, SEM CADÊNCIA) -
MARCHE”. O guia rompe marcha, marca passo, girando para a direção indicada,
nela permanecendo até que seja comandado “EM FRENTE”. À essa voz, o guia
segue em linha reta com passo reduzido. Os outros militares acompanham o
movimento e mudam de direção no mesmo ponto em que o guia faz a mudança.
Desde que o GC esteja isolado, o guia retoma a grandeza normal do passo
ordinário, independentemente de comando, logo que tenha se deslocado o
suficiente para que todo o grupo tenha mudado de direção.
d) Mudança de direção
Durante a marcha, para tomar uma nova direção que possa ser determinada por
um ponto de referência, facilmente visível, é comandado “DIREÇÃO A TAL
PONTO - MARCHE”, ao mesmo tempo que é indicada essa direção com o braço.
Faltando o ponto de referência acima mencionado e devendo ser feita uma
mudança de direção, é dado o comando “DIREÇÃO A DIREITA (ESQUERDA) -
MARCHE”.
Em ambos os casos de mudança de direção, o guia marca passo, girando para a
direção indicada, nela permanecendo até que seja comandado “EM FRENTE”,
segue então, em linha reta, tendo o cuidado de diminuir o tamanho do passo para
evitar o alongamento da coluna; os outros militares acompanham o movimento e
mudam de direção no mesmo ponto em que o guia fez a mudança.
Desde que o GC esteja isolado, o guia retoma a grandeza normal do passo
ordinário, independentemente de comando, logo que haja se deslocado o
suficiente para que todo o grupo tenha mudado de direção.
e) Conversão pelo centro
Durante uma marcha, quando não se deseja mudar a testa de uma formatura,
poderá ser usado o comando: “CONVERSÃO PELO CENTRO - MARCHE”. À
voz de execução “MARCHE”, o guia marca passo, gira pela esquerda, volvendo a
frente de forma a mudar a direção de marcha em 180 graus. Quando o guia
terminar a conversão, segue em frente, em linha reta, tendo o cuidado de diminuir
o tamanho do passo para evitar o alongamento da coluna. Após ter se deslocado o
suficiente para que todo o grupo tenha mudado de direção, o guia retoma o passo
ordinário em sua grandeza normal.
f) Deslocamento para a retaguarda
O GC só marcha invertido, para a retaguarda, em curtos deslocamentos e a título de
exercício. Ao comando “MEIA-VOLTA - VOLVER”, os componentes do GC e o
comandante do grupo executam o movimento sem mudar de lugar na formatura.
4.2.7 - Mudança de formação
a) A pé firme
I) De coluna por um; a coluna por dois
Imediatamente após entrar em forma, o comandante do grupo deve ordenar que
os militares numerem seguidamente de “UM” a “QUATRO” ou seguidamente
numerar. Para se passar de coluna por um a coluna por dois, o comando é:
“COLUNA POR DOIS - MARCHE”, dado com o GC em posição de sentido.
À voz de advertência, somente os números pares executam arma-suspensa, e, à
voz de marche, dão um passo lateral à direita e, em seguida, um passo à frente
(com o pé esquerdo), colocando-se, cada um, à direita e alinhando com o
companheiro que se encontrava a sua frente. O comandante do GC, quando em
forma, dá um passo lateral à direita de modo a ficar no meio do intervalo entre
as duas colunas (Fig 4.4).
perfilar ou cobrir após a mudança de formação ter sido feita; perfilar quando
estiver em linha e cobrir quando estiver em coluna.
b) Em marcha
I) De coluna por um a coluna por dois
Estando marchando em coluna por um, o comando para que o grupo passe a
coluna por dois é: “COLUNA POR DOIS - MARCHE”. A este comando os
números pares marcham obliquamente, à direita, aumentando a largura do
passo até que fiquem em linha com o companheiro que se encontrava à sua
frente. O comandante do grupo marcha obliquamente à direita, até colocar-se
no meio do intervalo das duas colunas, à frente (Fig 4.7).
b) Desequipar
Ao comando “DESEQUIPAR”, o militar prende a arma entre as pernas, cruzando-
as (esquerda sobre a direita). Com a mão esquerda abre um espaço entre o
suspensório direito da mochila e o ombro do mesmo lado, puxando o suspensório
para frente, por onde introduz a mão direita (forçando, com as costas desta, o
suspensório para o lado direito e para trás); dando uma pequena torção no tronco
deixa a mochila escorregar por ação do seu peso, pelo braço esquerdo, até que o
suspensório esquerdo da mochila alcance a mão deste lado, que a segura com a
palma da mão voltada para fora. A mão esquerda encaminha a mochila a fim de
que esta complete o seu giro em direção à mão direita, que segura o suspensório
direito da mochila mantendo a palma para fora. O militar, então, deposita a
mochila com a frente voltada para o solo e a parte superior junto aos seus pés, à
frente do corpo.
Quando for necessário retirar, além da mochila, o cinto, o suspensório e o
capacete, é comandado desequipar completamente. O militar após retirar a
mochila desafivela o cinto, que fica preso ao suspensório e a seguir procede como
descrito em desequipar. O conjunto suspensório-cinto simples ficará no solo, ao
redor da mochila tendo as suas extremidades distendidas para vante com o(s)
cantil(is) de pé e suspensório sobre a mochila. A seguir o militar desafivela a
jugular utilizando as duas mãos, retira normalmente o capacete depositando-o
sobre a mochila com a borda para baixo.
Quando, além de retirar o equipamento, for necessário ao militar deixar o seu fuzil
junto a este, no solo, é comandado: “DEITAR ARMA SOBRE A MOCHILA”;
após desequipar como acima descrito, o militar pega sua arma, que está presa
pelas suas pernas, e a deposita sobre a mochila, do lado direito do capacete, com o
cano voltado para frente e com a alavanca de manejo para baixo.
4.3 - ESCOLA DO PELOTÃO DE FUZILEIROS
4.3.1 - Generalidades
O pelotão de fuzileiros constitui-se na menor fração da tropa de infantaria sob
comando de oficial. É organizado basicamente pela reunião de três GC e liderado por
um oficial subalterno, auxiliado por um grupo de comando. O pelotão executa todos
os movimentos individuais mencionados na instrução individual e que os grupos de
combate executam. Obedece aos mesmos comandos, com a substituição do vocativo
O comandante de cada grupo de combate fica dois passos à frente do seu grupo,
no meio do intervalo entre as duas colunas.
O comandante do pelotão ficará na frente do comandante do 2o grupo separados
entre si por dois passos de distância. O restante do grupo de comando, se estiver
em forma, será distribuído pelas caudas dos GC, da direita para a esquerda. O
SG-Auxiliar ficará a 80 cm do último militar da coluna da esquerda,
funcionando como cerra-fila.
d) Coluna por um
Os Grupos, em coluna por um, são colocados um à retaguarda do outro.
O Comandante do pelotão se posiciona na frente do SG-Comandante do 1o Grupo,
distância de dois passos. O restante do grupo de comando se coloca à retaguarda
do 3o grupo. O SG- Auxiliar fica na cauda da coluna.
e) Linha em seis, três e duas fileiras
A disposição dos militares e dos grupos é obtida quando, respectivamente, nas
formações em coluna por seis, três e dois, é comandado: “DIREITA
(ESQUERDA) – VOLVER”.
O comandante do pelotão, o SG-Auxiliar, os comandantes de grupo (na linha em
duas fileiras) se colocam sempre no alinhamento da fileira da vanguarda.
f) Formação por altura
Para as revistas, paradas, guardas de honra e serviços podem ser adotadas
formações com os graduados por antigüidade, à retaguarda do comandante do
grupo e os demais por altura, desprezando-se a organização por esquadras.
g) Formação para passo de estrada
Para passo de estrada o pelotão utiliza a formação em coluna por dois ou três. Os
militares se mantêm em forma, menos o comandante do pelotão que se desloca
livremente para fiscalizar a marcha ao longo da coluna. Com o pelotão em coluna
por três, os grupos estarão em coluna por um e marcham num só lado da estrada.
Com o pelotão em coluna por dois, os GC estarão em coluna por dois e cada
coluna marcha por um lado da estrada. Os comandantes dos GC marcham à testa
de seus grupos na coluna da direita. Os mensageiros permanecem à retaguarda dos
GC, a esquerda da estrada. O SG-Auxiliar, à esquerda, à retaguarda do pelotão.
4.3.3 - Formatura
a) Entrar em forma
O pelotão entra em forma, normalmente, em coluna por três e, excepcionalmente,
em coluna por dois.
Quando for necessário ter o pelotão em linha, ele deve ser formado em coluna,
dando o lado esquerdo para a futura frente, e depois comandado ao pelotão
“ESQUERDA - VOLVER”.
A pé firme, o comandante do pelotão dá a frente para a direção em que o pelotão
deve se colocar e comanda, à voz e/ou por gesto, “COLUNA POR TRÊS - EM
CAPÍTULO 5
BANDEIRA, ESTANDARTES E SÍMBOLOS
5.1 - BANDEIRA
5.1.1 - Generalidades
O vocábulo bandeira, nos manuais militares é empregado para designar o pavilhão
nacional ou bandeira nacional, símbolo da pátria.
Cada unidade deve possuir uma bandeira para ser hasteada diariamente no respectivo
mastro e outra para ser conduzida pela tropa nas formaturas e solenidades.
A bandeira será conduzida nas guardas de honra, nas guardas fúnebres, nas
cerimônias de sua apresentação aos conscritos, no compromisso dos recrutas, no dia
19 de novembro, nas paradas e formaturas para entrega de medalhas e
condecorações.
O cerimonial para a recepção da bandeira pela tropa é regulado neste Capítulo.
Qualquer outro cerimonial referente a este símbolo nacional será executado
conforme prescrito no Regulamento de Continências, Honras e Sinais de Respeito e
Cerimonial Militar das Forças Armadas e no Cerimonial da Marinha.
A bandeira nacional da unidade é guardada no gabinete do comandante ou, em outro
local, onde a mesma fique em destaque.
5.1.2 - Processo para dobragem da Bandeira Nacional
A Bandeira que diariamente é hasteada no mastro da unidade, após ser desenvergada,
tem a sua dobragem efetuada em três tempos, tomando-se o cuidado para que a
mesma não toque o solo.
a) 1o Tempo
Segura pela tralha e pelo lais, a bandeira é dobrada ao meio em seu sentido
longitudinal, ficando voltada para baixo a parte em que aparecem a estrela isolada
“espiga” e parte da inscrição “ordem e progresso” (Fig 5.1).
b) 2o Tempo
Ainda segura pela tralha e pelo lais, a Bandeira é, pela segunda vez, dobrada ao
meio, novamente no seu sentido longitudinal, ficando voltada para cima a parte em
que aparece a ponta de um dos ângulos obtusos do losango amarelo (Fig 5.2).
c) 3o Tempo
A partir da segunda dobra, a face em que aparece a inscrição ordem e progresso
deverá ser voltada para frente da tropa. A seguir a bandeira é dobrada no seu
sentido transversal, em três partes, indo a tralha e o lais, tocar o pano, pela parte
de baixo, aproximadamente na posição correspondente das extremidades do
círculo azul que são opostas. Permanece voltada para cima e para frente a parte
em que aparecem a estrela isolada e a inscrição (Fig 5.3).
Para sua guarda, a bandeira poderá sofrer uma outra dobragem, no seu sentido
longitudinal, permanecendo o campo azul voltado para cima.
d) Bandeiras de grandes dimensões
Para a dobragem de bandeiras de maiores dimensões, poderão ser empregados
tantos militares quanto necessário para evitar que a bandeira toque o solo.
5.3 - SÍMBOLOS
5.3.1 - Generalidades
Denominam-se símbolos as bandeiras-distintivos empregadas nas formaturas e
desfiles, armados ou não, para identificar as forças, unidades e subunidades de tropa
(Anexo A).
Os símbolos serão envergados em hastes adaptáveis à boca do cano do fuzil do porta-
símbolo ou ao pára-lama direito dianteiro da viatura do comandante da tropa ou,
ainda, em mastro próprio, quando passam a ser denominados “guiões” e
transportados pelos “porta-guiões” (Fig 5.11).
b) Descansar
Simultaneamente ao movimento para assumir a posição de descansar, o porta-
guião projeta o guião à frente, ajustando a posição da mão direita acima da luva de
metal dourado, de modo a que o guião, ao final do movimento, fique projetado
para frente, diagonalmente ao corpo, inclinado, aproximadamente, 30 graus para a
direita (Fig 5.13).
II) 2o Tempo
Com auxílio da mão esquerda, o porta-guião gira a haste para a esquerda, de
modo a que o guião fique inclinado à frente do seu corpo, com a mão esquerda
à altura do ombro esquerdo e a mão direita ligeiramente acima da cintura, do
seu lado direito (Fig 5.19).
CAPÍTULO 6
INSPEÇÕES DE COMANDO E MOSTRA DE PESSOAL
6.1 - GENERALIDADES
As inspeções de Comando devem ser frequentes e anunciadas, tendo por propósito levar
os militares a manterem apurados aspectos fisionômicos, incluindo o asseio e correção
de seus uniformes, bem como a eficiência de seus equipamentos e armamentos.
Um bom resultado nas inspeções demonstra um apurado grau de instrução, moral
elevado e desenvolvido “espírito de corpo” nos militares da unidade.
Em princípio, as inspeções devem ser realizadas simultaneamente em todos os
elementos organizacionais da OM (subunidades, departamentos, etc.) a fim de evitar-se
os empréstimos e as substituições conduzam a visões distorcidas quanto à faltas e ao
estado de conservação dos uniformes e materiais.
Após a inspeção, a tropa deve ser cientificada dos pontos falhos observados, com a
finalidade de provocar a correção dos mesmos, bem como para esclarecer normas e
diretrizes atinentes à manutenção do material. Os comentários serão realizados pelo
oficial (ou graduado) inspetor, ou mesmo pelo comandante do elemento organizacional
considerado.
6.2 - INSPEÇÃO
Conforme acima apresentado, as inspeções são exames procedidos por qualquer oficial
ou graduado, com o propósito de verificar, além da apresentação do militar, o estado de
conservação do material. (equipamentos, armamentos, bens de responsabilidade
individual, andainas de uniformes, camas, armários, etc.).
Assim sendo, a inspeção pode visar a verificação da instrução ministrada, o estado do
material em geral, as condições de apresentação pessoal, aspectos das instalações e do
armamento da OM.
6.2.1 - Tipos básicos de inspeção de comando
a) Inspeção da tropa
Tem o propósito de verificar a apresentação e o aspecto geral dos militares
devendo, sempre que possível, ser realizada semanalmente.
b) Inspeção do armamento
Usada para se conhecer o estado de conservação do material e, em conseqüência,
possibilitar o estabelecimento de medidas necessárias para a correção dos
problemas porventura verificados. Deve ser realizada com freqüência, no mínimo,
Obs: Por ocasião da execução do segundo tempo de colocação da cobertura (em todos
os uniformes), o militar que está comandando deverá aguardar que todos estejam
com a mão esquerda na posição de sentido para dar o comando “TRÊS”.
carregador, o militar abaixa a mão vazia energicamente indo colar a mesma à coxa
correspondente. Quando o oficial (ou graduado) devolver a pistola ou o
carregador, o militar leva a mão correspondente a uma posição tal que o
possibilite receber o material e em seguida assume a posição de “EM INSPEÇÃO
PISTOLA”, permanecendo nesta posição até que esse se afaste, quando então
executa, automaticamente, o movimento para “GUARDAR PISTOLA” o qual
será cumprido conforme o prescrito para este movimento.
b) Procedimentos do Inspetor
O oficial ou graduado verifica as partes externas da arma. Caso deseje realizar
uma inspeção mais minuciosa, dirigir-se-á ao inspecionado com a frase: “DÊ-ME
SUA ARMA”. Recebe-a então com a mão direita, e, colocando-a sobre a palma
da mão esquerda, procede a inspeção do cano, interior da arma, alojamento do
carregador e outras partes que achar necessário. Para devolver a arma ao
inspecionado, dirá: “TOME SUA ARMA”, estendendo-a com a mão direita com a
coronha voltada para o inspecionado. O militar ao recebê-la, volta à posição de
empunhar pistola.
6.4.2 - Inspeção do fuzil M16A2
a) Procedimentos dos Inspecionados
I) Para abrir a culatra do fuzil M16A2
Ao ser alcançado pelo inspetor, o militar toma a posição de sentido e executa o
primeiro tempo de cruzar arma (conforme inciso 3.2.3, Alínea h do Capítulo 3).
Nesta posição faz girar a arma sobre a mão esquerda, de modo que o cano fique
inclinado para o chão e para frente, a coronha mantida entre o braço e o corpo e
a mão direita segurando o punho da arma; dedo indicador no prolongamento do
guarda-mato.
A mão direita abandona momentaneamente o punho indo puxar a alavanca de
manejo à retaguarda, deixando a culatra aberta. Voltando ao 1o tempo de cruzar
arma. Completa o movimento de cruzar arma, permanecendo nessa posição até
ser inspecionado (Fig 6.2).
Caso o inspetor deseje realizar uma inspeção mais minuciosa, poderá tomar a si o
armamento, utilizando-se do seguinte procedimento: Dirigir-se ao inspecionado com
a frase: “DÊ-ME SUA ARMA”, estendendo os dois braços à frente, segurando o
fuzil pelo guarda-mão e pelo delgado com as mãos direita e esquerda,
respectivamente logo abaixo das mãos do inspecionado.
Inspeciona então o interior do punho (girando a arma sobre seu eixo longitudinal), a
caixa da culatra e cano. Para a inspeção do cano poderá se utilizar de um pedaço de
papel branco ou, até mesmo, a unha do polegar esquerdo inserido na janela de ejeção,
que refletirá a luz para o interior do cano, o qual será observado pela abertura
anterior (Fig 6.3).
Para devolver a arma ao inspecionado, o inspetor dirá: “TOME SUA ARMA”,
estendendo-a com os dois braços ao inspecionado, que a receberá na posição de
cruzar-arma.
conforme pré-estabelecido.
As disposições para a realização dessas inspeções devem ser reguladas pelos comandos
das OM, tendo em vista a área apropriada, o efetivo e o material distribuído.
Normalmente, podem ser realizadas em alojamento ou locais externos, de preferência
cobertos.
O local, a hora de inspeção e todas as informações complementares, devem ser
fornecidas à tropa com a devida antecedência, a fim de possibilitar o ajuste e preparação
do material. Sempre que a tropa for participar de exercícios no campo, de longa
duração, é necessário verificar o material exigido para o mesmo, procedendo uma
inspeção como descrito a seguir:
- A tropa forma observando as distâncias e intervalos previstos no antigo 6.3;
- O militar equipado, na posição de descansar, ao comando de companhia (pelotão,
grupo de combate) PREPARAR PARA INSPEÇÃO, prende a arma entre as pernas
cruzando-as (esquerda sobre a direita) e procede com o equipamento como no
comando de DESEQUIPAR COMPLETAMENTE. Em seguida, deita a arma no chão
(lado esquerdo da mochila), retira o poncho impermeável dobrando-o em quatro
partes, colocando-o no solo à sua frente. Inicia a deposição do material sobre o poncho
da esquerda para a direita, na ordem em que for determinado pelo comando, levando
em consideração o material que esteja sendo transportado pelo militar. Esta disposição
do material sempre é iniciada pela arma, carregadores ou depósito, sabre, etc.,
(conforme o caso) à esquerda e a mochila na parte posterior do poncho (Fig 6.6);
- Para dispor o material, o militar toma a posição que lhe convier e for mais cômoda,
voltando à posição de descansar inicial, após terminar;
- O oficial (ou graduado) no comando da tropa, após verificar que todos os militares
terminaram a distribuição do material no solo, determina os retoques necessários na
formatura;
- Para a inspeção, o procedimento individual é igual ao visto na INSPEÇÃO DA
TROPA; e
- Após o término da inspeção, será comandado companhia (pelotão, ou grupo de
combate) “ACONDICIONAR EQUIPAMENTO”. O militar arruma todo o seu
equipamento, executando em seguida o EQUIPAR e volta a posição de descansar.
- PARA TIRAR COBERTURA! ... (pausa) ... UM! ... (pausa) ... DOIS! ... (pausa) ...
TRÊS!; e
- O Encarregado da Divisão ou Comandante do Pelotão presta a continência
individual e informa à autoridade inspetora:
POSTO ...
NOME DE GUERRA ...
FUNÇÃO ...
Após a apresentação individual, na posição de sentido informará:
¾ LOTAÇÃO ...
¾ EFETIVO ...
¾ PRESENTES ...
¾ AUSENTES ...
¾ DIVISÃO OU PELOTÃO PRONTO PARA A MOSTRA!
A seguir comandará “DESCANSAR”.
Os dados acima, facilmente guardados usando a palavra “LEPA” como método
mnemônico, devem ser informados, preferencialmente, de memória. Todavia, caso
haja necessidade de consulta, esta deve ser feita francamente, sem
constrangimentos. Para isso, os dados a serem informados deverão ser escritos em
um pequeno pedaço de papel (tamanho aproximado de 7 x 7 cm), devendo ser lidos
com naturalidade.
A autoridade inspetora passará entre as fileiras verificando a apresentação pessoal
de todos os militares, que assumirão a posição de sentido quando a mesma se
posicionar à sua frente, retomando a posição de descansar quando a autoridade se
dirigir para inspecionar o militar seguinte.
6.6.2 - Término da mostra
Ao final, serão dadas as ordens que se seguem:
- “DIVISÃO OU PELOTÃO SENTIDO, PARA COLOCAR COBERTURA ...
(pausa) ... UM! ... (pausa) ... DOIS! ... (pausa) ... TRÊS!”.
- “DIVISÃO OU PELOTÃO “X”! (pausa) ... EM CONTINÊNCIA! ... (pausa)...
UM! ... (pausa) ... DOIS!”.
Obs: O encarregado de divisão ou pelotão só comandará o “DOIS” após a resposta
de continência pela autoridade inspetora.
- Durante as vozes de comando, o Encarregado de divisão ou comandante de pelotão
CAPÍTULO 7
MOSTRA-GERAL
7.1 - GENERALIDADES
A mostra-geral é uma cerimônia a uma autoridade civil ou militar, realizada no interior
ou adjacência do quartel ou ainda, em qualquer local estabelecido por autoridade
competente. Ela também pode ser efetuada para a entrega de condecorações, para uma
inspeção geral e passagem de comando.
A mostra-geral compõe-se basicamente de: formatura da tropa; apresentações e honras;
revista à tropa, podendo ser seguida de desfile em continência. Durante a cerimônia a
autoridade que a preside só será consultada uma única vez para autorizar o seu início
(normalmente pelo comandante da OM). Esta autorização implica na permissão para a
realização de todos os atos contidos nesta cerimônia.
7.2 - COMANDO DA TROPA
À mostra-geral, a tropa forma sob o comando de um oficial designado pelo comandante
da unidade, visto que este deverá acompanhar a autoridade que vem passar a mostra,
desde a chegada até a sua retirada do quartel. A mostra pode também ser passada pelo
próprio comandante da unidade. O oficial designado para comandar é responsável pela
formatura, apresentação e desfile da tropa.
7.3 - PREPARATIVOS
Demarcação do local, em que a tropa deve formar. Nas ocasiões em esta tropa tiver o
caráter de Guarda de Honra, o local demarcado para formatura deverá permitir que a
mesma forme em linha, com a testa da formatura à direita, voltada para o local de
chegada da autoridade que se homenageia.
Demarcação, no terreno, da linha que baliza o desfile (linha de marcha). Colocação de
bandeirolas, de preferência amarelas, nos pontos de mudança de direção do desfile, se
for o caso.
Colocação de três bandeirolas antes e três depois do local (palanque) em que vai ficar a
autoridade durante o desfile (demarcação da linha de bandeirolas).
Essas bandeirolas devem ser dispostas como se segue:
7.3.1 - 1a Bandeirola (branca)
Colocada a trinta metros aquém do local ou palanque do homenageado.
Caracteriza o início das continências durante o desfile. Demarca o local do comando,
por corneta, “SENTIDO - EM CONTINÊNCIA À DIREITA” dado pelo comandante
7.5 - A BANDEIRA
Quando houver o caráter de guarda de honra ou a mostra-geral for realizada para
entrega de condecorações, a tropa formará com a Bandeira Nacional. Neste último caso,
a Bandeira poderá formar isolada ou apenas com a sua guarda e no momento da
condecoração, o Porta-Bandeira assumirá o local no dispositivo à frente dos agraciados.
A bandeira não formará nas mostras-gerais para inspeção da tropa.
7.6 - APRESENTAÇÃO DA TROPA E REVISTA
O comandante da tropa deverá ter ciência do modo pelo qual será passada a revista, isto
é, se a autoridade passará a pé ou em viatura.
7.6.1 - Revista passada a pé
Quando a autoridade se aproximar do local, o comandante da tropa dará os
comandos: “SENTIDO” e “OMBRO ARMA”.
Depois que a autoridade tenha desembarcado do veículo, (se for o caso) e esteja em
condições de corresponder à continência, o comandante da tropa manda dar o toque
correspondente à função e posto da autoridade, seguido do toque de apresentar arma,
após o qual a banda executa a marcha correspondente.
No caso da autoridade ser Oficial Subalterno ou Intermediário a tropa permanecerá
em sentido, caso seja Oficial Superior, estando a tropa armada, esta permanecerá em
ombro arma. Nestes últimos dois casos, somente o Comandante da tropa e os mais
antigos de cada fração prestarão a continência individual.
Quando a bandeira e o estandarte estiverem participando da formatura, serão
executados o desfraldar da bandeira e o abater do estandarte, independente do grau
hierárquico da autoridade que efetuará a revista, para o recebimento da continência.
Durante a execução da marcha, a autoridade permanece em continência, com a frente
voltada para a tropa. Os oficiais que acompanham a autoridade, bem assim os que a
recebem, permanecem também em continência.
Finda a marcha, o comandante da tropa desfaz a continência individual ou faz
perfilar espada e se dirige ao encontro da autoridade. A uma distância de três metros,
pára, faz a continência individual ou abate espada, faz a apresentação individual e a
da tropa pronta para a revista. Em seguida, em perfilar espada, acompanha a
autoridade.
Ao iniciar-se o deslocamento da autoridade a fim de iniciar a revista, o comandante
da tropa comanda “OLHAR À DIREITA” (caso a tropa se encontre em “apresentar
arma”). Cada homem da tropa gira a cabeça para o lado indicado, olhando
francamente a autoridade que se aproxima e, à proporção que esta se desloca,
acompanhada com a vista, ficando no final com a cabeça voltada para o lado para
onde se deslocou a autoridade. Durante a revista, o comandante da tropa se desloca a
um passo à retaguarda e à direita da autoridade.
A autoridade que passa em revista e todos aqueles que a acompanham, durante a
revista, caso a Bandeira faça parte da formatura, fazem alto em frente a esta e
voltados para ela prestam a continência individual e o apresentar espada, retomando,
em seguida, o deslocamento.
Quando a autoridade ultrapassar a cauda da tropa o comandante desta lhe prestará
novamente a continência individual ou apresentar espada; em seguida comandará
“OLHAR EM FRENTE” e “OMBRO ARMA”, e retornará ao seu lugar na
formatura.
7.6.2 - Revista passada pela autoridade utilizando uma viatura
À aproximação da viatura da autoridade o comandante da tropa comanda:
“SENTIDO” e “OMBRO ARMA”.
Quando a viatura da autoridade parar próximo a testa da formatura ou no ponto
previamente marcado, o comandante manda executar os toques correspondentes à
função e posto da autoridade, seguido do apresentar armas.
Somente será executado pelos oficiais e pelas praças que estiverem no comando do
pelotão. A banda executa a marcha correspondente.
Terminada esta, o comandante da tropa desloca-se ao encontro da autoridade para a
apresentação individual e a da tropa pronta para a revista.
O comandante da tropa acompanha a autoridade na revista, colocando-se no lado
exterior, de modo que a autoridade se desloque junto à tropa.
Ao iniciar o deslocamento da autoridade para a revista o comandante da tropa
comanda “OLHAR À DIREITA”.
Ao final da revista, o comandante prestará novamente a continência individual à
autoridade, comandando a seguir “OLHAR EM FRENTE” e “OMBRO ARMA”,
retornando ao seu lugar na formatura.
7.7 - EXECUÇÃO DA REVISTA
A autoridade que passa a revista deve iniciá-la pela direita (ou pela testa), conforme a
formação em que se achar a tropa. Durante a revista, a autoridade só faz continência à
CAPÍTULO 8
BASTÃO DE COMANDO
8.1 - GENERALIDADES
O bastão de comando tem o seu uso e descrição regulados, respectivamente, nos
volumes I e II do Regulamento de Uniformes da Marinha (RUMB).
Não será usado quando o oficial estiver armado de espada.
8.2 - POSIÇÕES
8.2.1 - Sentido
O bastão de comando deverá ser empunhado na mão esquerda, paralelo ao solo,
ponta voltada para a retaguarda, estando os braços estendidos, mantendo o polegar
da mão esquerda alongado sobre a madeira e disposto a partir do segundo entalhe
(Fig 8.1).
8.2.2 - Descansar
O bastão de comando deverá ser empunhado do mesmo modo que na posição de
sentido, sendo os braços flexionados e dispostos às costas, mão direita abraçando o
punho esquerdo, mantido paralelo ao solo com a ponta voltada para o lado esquerdo
(Fig 8.2).
8.2.5 - Em viatura
Quando em viatura, enquanto sentado, o bastão de comando deverá ser conduzido
empunhado com ambas as mãos, deixando descobertas as partes metálicas, palmas
voltadas para baixo e naturalmente fechadas, apoiadas sobre as pernas perpendicular
a elas, com a ponta voltada para o lado esquerdo (Fig 8.4).
CAPÍTULO 9
HONRAS FÚNEBRES
9.1 - GENERALIDADES
Honras Fúnebres são homenagens póstumas, prestadas diretamente pela tropa, aos
despojos mortais do Presidente da República, dos Ministros Militares, dos Militares das
Forças Armadas, ou ainda quando determinado por autoridade competente, dos Chefes
de Missão Diplomática Estrangeira, falecidos no Brasil.
Consistem de:
- Guarda Fúnebre;
- Escolta Fúnebre; e
- Salvas Fúnebres.
Guarda Fúnebre é a tropa armada especialmente posicionada para render honras aos
despojos mortais de militares e autoridades civis que a ela tenham direito.
Escolta Fúnebre é a tropa destinada ao acompanhamento dos despojos mortais de
autoridades civis e de militares falecidos quando em serviço ativo.
As Salvas Fúnebres são executadas por peças de artilharia a intervalos de trinta
segundos, destinadas a complementar as Honras fúnebres.
O presente capítulo tratará, basicamente, dos procedimentos a serem adotados pela tropa
que compõe uma Guarda Fúnebre, uma vez que as condicionantes quanto ao
prestamento de Honras Fúnebres estão especificadas nos regulamentos em vigor.
9.2 - GUARDA FÚNEBRE
Normalmente, a Guarda Fúnebre deverá formar em local próximo ao da inumação,
sempre que possível na alameda principal do cemitério.
A Guarda Fúnebre posta-se no trajeto do cortejo funerário, de preferência em local que
preste-se à formatura e à execução das descargas e não interrompa o trânsito público. A
formatura da guarda ficará disposta em linha, de tal maneira que o cortejo fúnebre se
aproxime pela sua direita.
A Guarda Fúnebre toma apenas a posição de sentido para continência às autoridades de
posto superior ao do seu comandante.
Se o efetivo da guarda for igual ou superior a uma companhia, as descargas serão dadas
somente pela subunidade ou fração da direita, para isso designada, porém a continência
será feita por toda a tropa.
A Guarda Fúnebre de efetivo igual ou superior a uma companhia ou equivalente,
Cerimonial da Marinha, ao ser retirada por ocasião do início da inumação, deverá ser
formalmente dobrada pelos militares que, devidamente fardados, transportam o
caixão ou acompanham o deslocamento do carro apropriado.
Por ocasião do toque de silêncio e das salvas fúnebres ao baixar o corpo à sepultura,
os militares presentes deverão estar descobertos e prestarão a continência individual.
9.3 - ARMA EM FUNERAL
Na MB as guardas e sentinelas estarão em ARMA EM FUNERAL nas OM em que se
realizarem honras fúnebres e na Câmara Ardente.
9.3.1 - Execução
a) 1o Tempo
Partindo da posição de SENTIDO, o homem executa o primeiro tempo do
movimento de OMBRO-ARMA.
b) 2o Tempo
A mão direita vai segurar a arma pelo delgado e em seguida gira o fuzil sobre a
mão esquerda, de 180 graus no plano vertical, de modo a, ao final, apoiar a boca
do cano ao solo, junto a ponta do pé direito, ao mesmo tempo que a mão esquerda
vai colar-se à coxa.
A mão direita segura a arma pelo delgado, dedos unidos, polegar pelo lado interno
(Fig 9.3).
CAPÍTULO 10
MILITAR EM VIATURA
10.1 - EMBARQUE
Para o embarque em viatura operativa, a tropa deverá formar por frações designadas
para cada viatura e em coluna por dois ao lado da viatura correspondente (caso de
comboio) ou à retaguarda da viatura, caso em embarque isolado, a fim de que cada
coluna embarque pela retaguarda utilizando os dois bordos da carroceria.
Ao ser dada a ordem “embarcar”, os militares da testa de cada coluna avançam,
colocam os fuzis sobre os bancos da viatura e embarcam normalmente com o auxílio
das duas mãos, posicionando-se de forma a auxiliarem o embarque dos demais
integrantes da tropa. A partir daí, as duas colunas embarcam simultaneamente.
Os militares da coluna da direita, guarnecendo o fuzil (ou arma correspondente) com a
mão esquerda e segurando-o pelo guarda-mão junto à alavanca de manejo, avançam e
colocam o pé direito no estribo da tampa traseira (que deverá estar arriada),
simultaneamente impulsionam o corpo e com a mão direita guarnecem a alça de apoio
existente na extremidade da carroceria, elevam o cano do fuzil de modo a permitir que
o militar já embarcado o auxilie na subida, puxando-o para dentro, pelo fuzil. Os
militares da coluna da esquerda, procedem da mesma forma sendo que o fuzil estará
na mão direita e o pé de apoio que vai ao estribo será o esquerdo.
Se a tropa estiver armada de submetralhadora, procederá de forma idêntica ao já
descrito, sendo que os militares, partindo da posição de bandoleira arma, cruzam a
arma à frente do corpo ficando com as mãos livres para que possam ser puxados para o
interior da viatura pela mão esquerda ou direita, conforme forem os seus
posicionamentos na formatura e bordo em que embarcarão.
Caso a tropa esteja desarmada, o procedimento será análogo, sendo os militares
puxados para o interior da viatura pela mão correspondente.
Já no interior da viatura os militares vão ocupando, sucessivamente, os lugares mais
próximos da boléia da viatura, de modo que a extremidade exterior dos bancos fique
reservada aos primeiros militares que embarcaram inicialmente como auxiliares.
10.2 - DESEMBARQUE
A ordem de “desembarque” será dada após estar aberta a tampa traseira da carroceria.
À esta ordem, os militares com o fuzil em arma-na-mão, saltarão dois a dois, a partir
dos elementos posicionados na extremidade da carroceria, tendo o cuidado de
flexionar os joelhos por ocasião do salto, evitando o choque dos calcanhares contra o
solo.
10.3 - POSIÇÕES DO MILITAR EM VIATURA
10.3.1 - Militar desarmado ou armado com pistola
a) Sentido
O militar fica imóvel, olhando em frente, corretamente sentado, busto na
vertical, pernas em ângulo reto com as coxas, joelhos e pés afastados cerca de
10 cm (de acordo com a sua constituição física), braços colados ao tronco,
antebraço e mão repousando sobre as coxas, dedos unidos e distendidos,
palmas das mãos para baixo. O militar sentado ao lado do motorista mantém as
pernas como aquele, a fim de não dificultar-lhe a direção do veículo, quando
assim for aconselhável (Fig 10.1).
b) Descansar
Nesta posição o militar não é mais obrigado a manter a rigidez da posição de
sentido. Tem a liberdade de alterar a posição das pernas e braços, conservando
porém as mãos repousadas sobre as coxas.
c) À vontade
A este comando o militar tem a liberdade de movimento; pode falar, beber,
comer e fumar; não podendo abandonar o assento e devendo manter-se em
atitude correta. É proibido o apoio dos braços sobre as janelas nas cabinas
fechadas.
10.3.2 - Militar armado com M16A2, FAL, FS ou armamento similar
a) Sentido
Nesta posição o militar fica imóvel, olhando em frente, corretamente sentado,
busto na vertical, pernas em ângulo reto com as coxas, joelhos e pés afastados
cerca de 10 cm (variável de acordo com a constituição física do militar), braços
colados ao tronco. A arma na vertical, entre as pernas e apoiada no piso da
viatura, segura pelo guarda-mão com as duas mãos, a direita acima da esquerda e
por baixo da bandoleira (Fig 10.2).
b) Descansar
O militar não é mais obrigado a manter a imobilidade da posição de sentido,
podendo alterar a posição das pernas, conservando, porém, a arma entre as
pernas na posição vertical, apoiada no piso da viatura .
c) À vontade
A este comando, o militar tem liberdade de movimento; pode falar, beber, comer
e fumar; não podendo abandonar o assento e devendo manter-se em atitude
correta. É proibido o apoio dos braços sobre as janelas, nas cabinas fechadas. O
militar pode retirar o fuzil da posição de entre as pernas, porém, deve conservá-
lo sempre na posição vertical, coronha para baixo e mantendo-o sempre com o
auxílio das mãos. Os motoristas não conduzem fuzil.
Durante os desfiles, os militares armados de fuzil conduzem-no com a baioneta
b) Descansar
O militar mantém a mesma posição de sentido, podendo no entanto flexionar
ligeiramente o busto.
c) À vontade
A este comando, o militar tem liberdade de movimento; podendo falar, comer e
fumar; não podendo, no entanto, abandonar o assento da viatura.
CAPÍTULO 11
ATITUDES DO MILITAR EM SITUAÇÕES DIVERSAS
11.1 - CONTINÊNCIA INDIVIDUAL
É o gesto usado pelos militares, quer para saudar seus superiores hierárquicos, quer
para prestar homenagem à bandeira nacional, ao hino nacional e às entidades e
autoridades que as tenham direito.
A continência individual é feita a qualquer hora do dia ou da noite.
A continência é impessoal, visa a autoridade e não a pessoa.
A continência individual não pode ser dispensada, salvo quando o militar encontrar-se
em:
- Faina ou serviço que não possa ser interrompido;
- Posto de combate;
- Provas esportivas;
- Sentado à mesa do rancho; e
- Remando ou dirigindo viaturas.
A continência individual não é executada quando o militar:
- Encontrar-se de sentinela, armado de fuzil ou com outra arma que o impossibilite de
fazer uso da mão;
- Fizer parte de formatura comandada, exceto nos casos previstos;
- Fizer parte de tropa armada;
- Encontrar-se em posto de continência; e
- Encontrar-se em trajes civis; e
- Não dispuser de liberdade de movimento com a mão direita.
11.1.1 - Estando o militar fazendo parte de uma tropa, faz a continência individual nos
seguintes casos:
a) À Bandeira Nacional
- Ao ser hasteada ou arriada diariamente ou em cerimônia militar ou cívica;
- Por ocasião da cerimônia de incorporação ou desincorporação, nas formaturas;
- Quando conduzida por tropa ou por contingente de organização militar; e
- Quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo, acompanhada por guarda ou
por organização civil, em cerimônia cívica.
b) Ao Hino Nacional, quando executado em solenidade militar ou cívica (exceto
quando cantado);
c) Ao Presidente da República;
d) Ao Vice-Presidente da República;
e) Ao Presidente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo
Tribunal Federal;
f) Aos Ministros de Estado;
g) Aos Governadores de Estado e do Distrito Federal, nos respectivos Estados e no
Distrito Federal ou qualquer parte do país em visita de caráter oficial;
h) Aos Ministros do Superior Tribunal Militar;
i) Aos Oficiais-Generais; e
j) Aos Oficiais-Generais estrangeiros, em caso de visita oficial.
11.1.2 - O militar isolado armado de metralhadora de mão, fuzil ou arma semelhante,
faz continência da seguinte forma:
a) Quando estiver se deslocando
- Leva a arma à posição de ombro arma à passagem do superior hierárquico; e
- À passagem de tropa formada, faz alto, volta-se para a tropa e faz ombro arma.
b) Quando estiver parado
- Faz apresentar arma, para os oficiais-generais e autoridades superiores a estas;
- Para os demais militares faz ombro arma;
- À passagem da tropa formada, faz ombro arma; e
- Com a arma a tiracolo ou em bandoleira, toma apenas a posição de sentido.
11.2 - APRESENTAÇÃO
O militar para se apresentar a um superior, aproxima-se deste até a distância do aperto
de mão, se for oficial, ou de dois passos, se for praça; toma a posição de sentido, faz a
continência individual, e diz em voz clara e audível, seu grau hierárquico, nome de
guerra e Organização Militar a que pertence ou função que exerce, se estiver no
interior desta; desfaz a continência permanecendo na posição de sentido até que lhe
seja autorizado a tomar a posição de descansar ou à vontade.
Caso armado de espada desembainhada, fuzil ou metralhadora de mão, o militar faz
alto à distância de dois passos do superior e executa o perfilar espada ou ombro arma
conforme o caso, permanecendo nessa posição mesmo depois de correspondida a
saudação; se o superior for oficial-general ou autoridade superior, o militar executa o
apresentar arma passando em seguida à posição de perfilar espada ou ombro arma,
logo após correspondida a saudação.
se descobre.
Nenhum tipo de cobertura, enchimento, etc, pode ser usado sob o capacete, além
dos componentes regulamentares do mesmo.
CAPÍTULO 12
SALVAS DE GALA
12.1 - GENERALIDADES
As salvas de gala consistem na realização de tiros de salva por peças de artilharia, a
intervalos regulares, destinadas a complementar as honras de gala prestadas pela tropa
a uma autoridade civil ou militar, de acordo com a sua hierarquia, dentre aquelas com
direito a honras militares previstas no Cerimonial da Marinha.
12.2 - HISTÓRICO
As salvas de gala remontam à Idade Média. Na época, era costume que uma força que
se aproximasse de uma fortificação em atitude pacífica descarregasse todos os seus
canhões e mosquetes, para assegurar à comitiva de parlamentares que não haveria
perigo. Este procedimento estendeu-se aos navios quando se aproximassem de outro.
Era um sinal de que as armas estavam descarregadas e que não havia qualquer
possibilidade de ameaça.
O número ímpar de tiros surgiu da necessidade de não deixar dúvidas na contagem dos
disparos. Na Inglaterra, a salva real era de cem tiros, ou de cem mais um como
margem de segurança. Esta tradição remonta à entrada triunfal do Imperador
Maximiliano, em Augsburg. Foi marcada uma salva de cem tiros e na realidade foram
realizados 101. O último foi por desencargo de consciência, para prevenir um erro na
contagem.
Com a evolução dos tempos, o número de tiros disparados pelos canhões e mosquetes
passou a caracterizar a consideração que merecia o visitante estrangeiro a uma
instalação militar.
No Brasil, durante o período Imperial, assim como na Inglaterra, o Imperador fazia jus
à salva de 101 tiros. A salva de 21 tiros, a maior depois da do Imperador, era destinada
à Imperatriz, à família real e aos arcebispos e bispos em suas dioceses, num nítido
reflexo da união Estado-Igreja Católica.
Com o advento da República, a salva de 21 tiros passou a ser privativa do Presidente
da República, do Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF), quando
incorporados.
Ao Exército coube, por longo período histórico, a tarefa de saudar os navios
estrangeiros que adentrassem à Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro, encargo que foi
transferido para a Marinha do Brasil em 1968.
Em 1983, após várias modificações, a execução das salvas de gala tomou a forma atual.
peça seguinte atirar, de modo que o intervalo se mantenha o mais próximo dos
cinco segundos. O comandante da bateria, então, comandará o fogo seguinte para
a próxima peça que não atirou.
O controle do número de tiros dados é de responsabilidade do sargento auxiliar, o
qual avisará ao comandante da bateria quando for o último disparo. O comandante
da bateria também poderá controlar o número de disparos por meio de um método
expedito, no qual, por exemplo, para uma salva de treze tiros, se o primeiro disparo
for realizado no zero do cronômetro, ao final de sessenta segundos terá sido
executado o último disparo e a salva estará encerrada.
O número de disparos para cada salva está previsto no Cerimonial da Marinha,
conforme citado anteriormente no item três do presente documento.
ANEXO A
MODELO DE SÍMBOLOS
Além dos padrões estabelecidos, apresentados neste anexo, os símbolos serão
confeccionados em dupla face, obedecendo às seguintes especificações:
- símbolo em tecido vermelho (cetim) com dimensões de 50 cm de altura por 60 cm de
largura;
- distintivo do CFN, Sigla da OM, estrelas e faixas diagonais em tecido amarelo (cetim),
costurados ao símbolo com linha da mesma cor;
- o distintivo do CFN deverá ter dimensões de 15 cm de altura por 14 cm de largura,
posicionado à esquerda (no anverso) e à direita (no verso);
- as estrelas deverão ter dimensões de 4 x 4 cm de tamanho, posicionadas à direita (no
anverso) e à esquerda (no verso);
- a(s) faixa(s) diagonal(is) deverá(ão) ser confeccionada(s) numa espessura de 1 cm e
posicionada(s) nas extremidades superior e direita (no anverso), nas extremidades superior e
esquerda (no verso) e no ângulo de 45 graus; e
- a sigla da OM deverá ser representada obedecendo-se sua abreviatura (exemplo:
BtlCtAetatDAAe, BtlBldFuzNav, etc.), com altura de 3,5 cm e no padrão “ARIAL” ou similar.
Fig A-4 – Exemplo de símbolo de OM comandada por Oficial Superior (exceto Capitão-de-
Corveta)
ANEXO B
GLOSSÁRIO
ALINHAMENTO - disposição de vários militares, viaturas ou unidades, dispostos lado a
lado sobre uma linha reta, face voltada para a mesma direção.
CADÊNCIA - ritmo do deslocamento da tropa, e é representada pelo número de passos
executados por minuto nas marchas em passo ordinário e acelerado. Na MB a cadência do passo
ordinário é de 116 passos por minuto e a cadência do passo acelerado é de 170 a 180 passos por
minuto.
CAUDA OU RETAGUARDA - elemento posterior de uma coluna.
CENTRO - lugar representado pelo militar, fila ou coluna situado na parte média da frente de
uma das formações de ordem unida.
CERRA-FILA - graduado colocado à retaguarda de uma tropa, com a missão de cuidar da
correção da marcha e dos movimentos, de exigir que todos se conservem nos respectivos
lugares e de zelar pela disciplina.
COBERTURA - disposição de vários militares (ou viaturas ou unidades), todos voltados para
a mesma frente, de modo que um elemento fique exatamente atrás do outro.
COLUNA - disposição de uma tropa cujos elementos (frações, militares ou viaturas) estão
uns atrás dos outros, quaisquer que sejam suas formações e distâncias.
COLUNA POR UM - coluna composta de militares colocados uns atrás dos outros e
guardando entre si a distância regulamentar (80 cm). Conforme o número dessas colunas
justapostas, têm-se as formações em coluna por um, por dois, por três, por quatro, etc.
DIREITA OU ESQUERDA - extremidade direita ou esquerda de uma tropa.
DISTÂNCIA - espaço entre dois militares, duas viaturas ou duas unidades, colocados uns
atrás dos outros e voltados para a mesma frente.
Entre duas unidades, a distância se mede em metros ou em passos, do último elemento da
unidade da frente ao primeiro da imediata. Esta regra continua a aplicar-se ainda que a
unidade da frente se escalone em frações sucessivas.
Entre dois militares a pé a distância (80 cm) é o espaço compreendido entre ambos, na
posição de sentido, medido pelo braço esquerdo distendido para a frente, pontas dos dedos
tocando o ombro esquerdo (mochila) do companheiro da frente. Entre viaturas, a distância é
medida entre a parte posterior da viatura da frente e a parte anterior da viatura da retaguarda.
ESCOLA - grupo de militares, tendo em vista o melhor aproveitamento da instrução; seu
efetivo extremamente variável, não depende dos efetivos previstos para os diferentes
normal ou reduzido. Normal (80 cm), quando o espaço entre eles é medido pelo braço
esquerdo distendido e lateralmente tocando o ombro do companheiro ao lado com a ponta dos
dedos. Reduzido (25 cm), quando o militar coloca o punho esquerdo fechado, na cintura,
costas da mão para a frente, o cotovelo para a esquerda, tocando com este o braço do
companheiro ao lado.
Entre duas viaturas, o intervalo é o espaço lateral entre ambas, medido do cubo da roda de
uma ao cubo da roda da outra. O intervalo normal entre viaturas é de 3 metros.
LINHA - conjunto de tropa cujos elementos são dispostos uns ao lado dos outros, quaisquer
que sejam as formações e intervalos, tendo a frente voltada para o mesmo ponto afastado.
LOCAL COBERTO - definição usada como sendo salas internas de prédios, construções ou
cobertas de navios não destinados à prática de ordem unida, realizações de cerimônias e
recepção de autoridades, etc.
MILITAR-BASE - sargento, cabo ou soldado, pelo qual uma tropa regula a marcha ou
alinhamento. Em coluna, o militar-base é o testa da coluna-base, que é designado segundo as
necessidades.
Em linha, o militar-base é o chefe da fila-base, no centro, à esquerda ou à direita, conforme
seja determinado, quando não for o caso, a coluna (ou fila-base) será a da direita.
PROFUNDIDADE - espaço compreendido entre a testa do primeiro e a cauda do último
elemento de qualquer formação.
Avalia-se a profundidade aproximada de uma tropa, em ordem unida atribuindo-se 90 cm a
cada militar sem mochila e 1,05 m se estiver com ela.
TESTA - elemento anterior de uma coluna.
UNIDADE-BASE - aquela pela qual as demais unidades regulam a marcha ou o alinhamento,
por intermédio de seus chefes ou de seus militares-base.
UNIDADES JUSTAPOSTAS - unidades colocadas umas ao lado das outras, na mesma
linha, qualquer que seja o intervalo que as separe e sem que se achem estritamente à mesma
altura.
UNIDADES SUCESSIVAS - unidades colocadas umas atrás das outras, separadas por
qualquer distância, paradas ou progredindo no mesmo eixo de marcha.