Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ferramentas de Qualidade PDF
Ferramentas de Qualidade PDF
DA QUALIDADE
Ademir J. Petenate
Marcelo M. Petenate
FERRAMENTAS
DA QUALIDADE
Uma abordagem prática para
reduzir custos e defeitos em
sua organização
Este material não pode ser copiado, reproduzido, reimpresso, utilizado
em filmes ou gravações de vídeo ou armazenado em dispositivos
eletrônicos sem a permissão escrita dos detentores dos direitos de
copyright. O material não pode ser incorporado em programas de
treinamento com exceção da supervisão de algum instrutor da EDTI
Consultoria e Treinamento LTDA.
Autores:
Distribuição(histograma e dot-plot)............................................................................................... 10
Gráfico de Pareto............................................................................................................................... 13
Gráfico de dispersão......................................................................................................................... 15
Estratificação..................................................................................................................................... 18
Folha de Verificação.......................................................................................................................... 19
Um exemplo de aplicação................................................................................................................... 30
Referências............................................................................................................................................. 33
1
INTRODUÇÃO
Introdução
O
controle estatístico de processos qualidade, permitindo alavancar seus negócios
é umas das maiores invenções com uma visão voltada para o cliente. Uma das
tecnológicas do século passado, principais vantagens dessa tecnologia, além
permitindo que diversas organizações do potencial para melhorar os negócios, é que
ao redor do mundo reduzissem custos ela é de fácil aplicação e pode ser utilizada em
aumentando a qualidade de seus processos qualquer tipo de processo e organização.
e produtos. Seus fundamentos foram
Apresentaremos nesse livro os conceitos
construídos por volta de 1920 em uma das
envolvidos nessa tecnologia, apresentando
maiores agências de pesquisa dos EUA, o
exemplos de aplicação para que você possa
Bell Labs, que conquistou 7 prêmios Nobel
aplica-los em sua empresa e experimentar
com seus pesquisadores.
as vantagens da melhoria na redução de
As ferramentas que apresentaremos a custos e aumento de satisfação de seus
seguir permitiram que as empresas de todo clientes. Apresentaremos também as outras
o mundo experimentassem um aumento de ferramentas da melhoria, conhecidas como
produtividade e redução de problemas de as 7 ferramentas da qualidade.
3
Introdução
4
Introdução
dos sinais estavam abertos. A cena repete- clientes, estimamos que aproximadamente
se na quarta, quinta e sexta-feira. 10% dos recursos da organização sejam
mal direcionados porque os gestores não
Sempre quanto contamos esse exemplo
conseguem distinguir as causas de variação
em nossas palestras, onde muitos
presentes em seus processos – e, portanto,
executivos e donos de empresa estão
gerenciar adequadamente suas equipes.
presentes, as pessoas acham graça
Mas qual a maneira adequada de se fazer
desse casal, mas quando perguntamos
isso para que possamos gerenciar nossos
qual a diferença entre a situação
processos adequadamente, economizando
enfrentada por esse casal e a maneira
recursos e encontrando boas oportunidades
pela qual os indicadores das suas
de redução de custos, aumento da
empresas são gerenciados a perplexidade
qualidade e expansão das expectativas de
é geral! As pessoas presentes se dão
nossos clientes?
conta de que seus indicadores são
gerenciados da mesma maneira: pedindo Para decidir se estamos na presença de
explicação da razão de ter subido um uma causa comum ou especial precisamos
pouco no mês ou porque caiu outro tanto. conhecer a “personalidade” do nosso
indicador e isso pode ser feito por meio
Sabemos que os valores de um indicador em
de seus dados históricos. O gráfico de
dois meses serão, quase que certamente,
tendência na Figura 1 monitora o tempo de
diferentes. O que precisamos decidir é se essa
deslocamento das últimas três semanas da
diferença indica que algo de diferente – ou
esposa do exemplo anterior.
especial – aconteceu e que requer uma ação
pontual ou se a variação esta dentro do que
seria natural – variação de causa comum.
Quando pedimos para nossa equipe explicar
as razões da diferença entre os resultados
entre dois meses, quando essa variação é do
100
tipo causa comum, estamos desperdiçando
tempo, pois não existe uma explicação para 100
essa diferença. Portanto estamos jogando
dinheiro fora! Pense em quantos recursos já
foram desperdiçados em sua organização
para explicar o inexplicável. Nos nossos
5
Introdução
40 100
35 80
30 60
25 40
20 20
seg ter qua qui sex seg ter qua qui sex seg ter qua qui 0 seg ter qua qui sex seg ter qua qui sex seg ter qua qui sex
Figura 1: gráfico de tendência do tempo de deslocamento. Figura 2: gráfico de tendência do tempo de deslocamento.
6
Introdução
7
Introdução
8
Introdução
0.75
A primeira coisa que fizemos foi colocar o 0.70
9
AS SETE
FERRAMENTAS
DA QUALIDADE
As sete ferramentas da qualidade
A
s sete ferramentas da qualidade são um instrumento com capacidade demonstrada
e reconhecido para reduzir custos e melhorar a qualidade de qualquer tipo
de organização ou processo. Elas compreendem o conceito de identificação,
entendimento e eliminação dos problemas. São elas:
hh Gráfico de Pareto;
hh Gráfico de dispersão;
hh Estratificação;
hh Folha de verificação;
hh Gráfico de controle
11
As sete ferramentas da qualidade
12
As sete ferramentas da qualidade
13
As sete ferramentas da qualidade
Olhando para os gráficos ele percebe, para A razão de dividirmos por n-1 ao invés de n
sua surpresa, que realmente a linha dois foge do escopo desse livro, mas a ideia por
estava produzindo muitas peças fora da de traz continua sendo calcular a média das
especificação. Nosso amigo acabara de distâncias. Para voltarmos a escala original
aprender que não basta saber a média de basta calcular a raiz quadrada desse valor:
um processo, precisamos também saber a
respeito de sua variação, pois quanto menor
a variação maior a qualidade do nosso
processo.
e essa estatística é chamada de desvio
Uma forma simples de medirmos a variação
padrão e representada pela letra S. Aplicando
é pela soma de quão distante cada ponto
esse cálculo às linhas de produção de rodas
está do centro (média)
obteríamos o seguinte resultado:
� 𝑋𝑖 − 𝑋� 𝑆𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎2 = 3
𝑆𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎1 = 1
O problema é que essa soma é sempre 0.
Por exemplo, no conjunto de dados 0, 1 e 2 e nosso engenheiro perceberia que a
a média é 1 e a soma dos desvios é linha dois produz muito mais peças não
conforme do que a linha 1.
0 − 1 + 1 − 1 + 2 − 1 = −1 + 0 + 1 = 0
� 𝑋𝑖 − 𝑋� 2
14
As sete ferramentas da qualidade
Gráfico de Pareto
Vilfredo Pareto foi um economista italiano que
viveu entre os séculos XIX e XX. Durante seus
estudos econômicos sobre a distribuição de
renda da população, Pareto identificou que uma
pequena parcela da população detinha a maior
parte do PIB, enquanto a maioria da população
representava uma pequena parcela do PIB. Esta
relação ficou conhecida como regra 80/20. 80%
do PIB nas mãos de 20% da população e 20% do
PIB nas mãos de 80% da população.
15
As sete ferramentas da qualidade
80 60
60 40 essa variável foi utilizada para a construção
40
20
20 do Pareto.
0 0
o
da
da
s
ra
tro
p
nd
Tipo de Defeito
te
rra
sa
to
Ou
la
as
em
bo
m
am
g
o
ge
ge
la
sã
180
la
a
la
se
es
ix
100
se
se
Ca
ão
pr
ão
ão
Im
N
160
N
Frequência 55 38 22 8 7 6
Porcentagem 40.4 27.9 16.2 5.9 5.1 4.4 140 80
% Acumulada 40.4 68.4 84.6 90.4 95.6 100.0 120
Porcentagem
100 60
Figura 10: diagrama de Pareto para os tipos de defeitos.
Valor
80
40
60
A análise do gráfico de Pareto permitiu à 40
20
empresa identificar quais eram os defeitos 20
0
mais recorrentes e com isso priorizar a Fornecedor D A C E B
0
Percentual 73.3 15.1 5.8 3.5 0.3
solução dos problemas relacionados à não Cum % 75.3 90.4 96.2 99.7 100.0
16
As sete ferramentas da qualidade
3.5
3.0
2.5
2.0
-20 -10 0 10 20
Dias Atraso
17
As sete ferramentas da qualidade
5.0
Dispersão Satisfação Vs Dias Atraso Adiantamento
Uma das grandes vantagens do diagrama
4.5
está no fato deste fornecer uma conexão
4.0
visual entre o efeito observado (disposto no
lado direito do diagrama) e todos os possíveis
Satisfação
3.5
fatores que contribuem para ele (dispostos à
3.0
esquerda). As espinhas principais representam
2.5
as causas primárias do problema e as
2.0
ramificações dessas espinhas representam as
-20 -10 0 10 20
Dias Atraso
causas secundárias ou oriundas de processos
Figura 12: gráfico de dispersão da satisfação pelos dias anteriores.
de atraso.
Causas
• Apresentação das possíveis causas;
Figura 14: esquema do diagrama de causa e efeito tradi-
cionalmente utilizado em indústrias. • Guiar as medidas corretivas.
18
As sete ferramentas da qualidade
Cuidados
Alguns cuidados devem ser tomados ao se O segundo cuidado a se tomar é sobre
elaborar um diagrama de Causa e Efeito. quem deve participar da elaboração
O primeiro deles é ter em mente que as do diagrama. É comum as pessoas
causas listadas são causas prováveis, ou convidarem todos os envolvidos no
seja, são hipóteses. Deste modo, antes de processo para participarem da reunião para
começar a elaborar um plano de ação para a elaboração, porém isto só eleva o custo
corrigir as causas prováveis, é necessário da reunião e piora sua dinâmica. Para este
confirma-las. Não se deve investir dinheiro tipo de reunião, menos é mais. Só devem
em um plano de ação em que não há participar aquelas pessoas que realmente
certeza, ou pelo menos uma grande podem contribuir e tem disciplina para tal.
convicção, sobre as causas. Este reunião não deve virar bate papo.
19
As sete ferramentas da qualidade
20
As sete ferramentas da qualidade
10,065
O livro de Hitoshi Kume Statistical
10,070
Methods for Quality Improvement define
10,075 ou
os principais tipos de folha de verificação: mais
21
As sete ferramentas da qualidade
Operador Máquina
Data Seção
Saliência
Aspereza
Figura 17: Exemplo de folha de verificação para análise da dis- Risco
tribuição de parâmetros de controle num processo produtivo.
Mancha
Cor
Outro
22
As sete ferramentas da qualidade
Esta folha nos mostrará o local onde mais Folha de verificação para análise
aparece o tipo da bolha. das causas de defeitos:
Esse tipo de folha de verificação é uma Este tipo de folha de verificação é
importante ferramenta para a análise do geralmente utilizado para investigar as
processo, pois nos conduz para onde e causas dos defeitos, sendo que os dados
como ocorre o defeito. relativos à causa e os dados relativos aos
defeitos são colocada de tal forma que
FOLHA DE VERIFICAÇÃO PARA LOCALIZAÇÃO DE BOLHAS
se torna clara a relação entre as causas
Nome do Produtor: xyz
Material: Vidro abed
Data: 20/04/2010
e efeitos. Posteriormente os dados são
Cima
analisados por meio da estratificação de
causas. Alguns exemplos de estratificação
são desajuste de máquina, inexperiência
LE Frente Atrás LD
do operador, dia da semana, horário do dia
Riscos
Pintura entre outros.
Acabamento Baixo
OBSERVAÇÕES
Peça(produto) Operação (processo)
Figura 19: Exemplo de folha de verificação utilizada para
Data Seção
localização de defeitos
Dia
Máqui- Opera-
2a 3a 4a 5a 6a
nas dor
1 B
2 B
C
Figura 20: Exemplo de folha de verificação utilizada para Figura 21: Exemplo de folha de verificação utilizada para
localização de defeitos em veículos. investigar as causas dos defeitos.
23
As sete ferramentas da qualidade
24
As sete ferramentas da qualidade
Gráficos de controle
110 UCL=109.61
Refugo
_
X=97.29
15
Figura 23: Gráfico de tendência do refugo.
10
0
28 32 36 40 44 48 52
Venda
25
As sete ferramentas da qualidade
25
de todas as barras é 100%, ou seja, todos os
20
resultados possíveis para essa distribuição.
Percentual
15
Podemos “aproximar” esses dados por uma
10
linha contínua, como mostrado na Figura
5
26, que também tem área igual a 100%.
0
Essa figura nos ajuda a conhecer nosso 30 40 50 60 70
Venda
processo e a decidir quando um novo ponto
se parece com esse “DNA” (causa comum) Figura 27: histograma de venda com outlier.
26
As sete ferramentas da qualidade
Cada ponto no gráfico representa o gasto treze aparece a indicação de uma causa
de 1 mês e nesse caso dizemos que o especial no gráfico X-barra, mas não no
subgrupo é de tamanho 1 (um mês). Além gráfico S, indicando que a média do diâmetro
disso, estamos trabalhando com uma das peças mudou, mas não a variação
variável contínua (gasto com treinamento) entre elas. Com essa informação podemos
e, portanto, iremos utilizar o gráfico de concluir que temos uma causa especial
individuais. que afetou todas as peças, causando um
aumento de diâmetro em todas elas. Essa
Gráfico I de Gasto
110 indicação levou a descoberta de que um lote
UCL=107,38
105
de matéria-prima, que estava abastecendo
todas as cinco linhas estava com problema.
100
gasto
X = 97,57
Gráfico Xbarra-S do diâmetro
95
52
UCL= 50.89
medida amostral
90 48
LCL = 87,95 X = 46.05
44
1
01
1
ai 1
2
Se 01
Se 02
Ju 02
02
ov 1
02
2
00
00
00
00
0
00
20
0
0
20
LCL = 41.22
20
20
/2
/2
/2
/2
l/2
l/2
/2
/2
n/
n/
t/
t/
40
ar
ar
ai
ov
Ju
Ja
Ja
M
M
M
N
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
mês hora
UCL= 6.352
6.0
desvio padrão amostral
3.0
S= 2.473
0.0 LCL = 0
27
As sete ferramentas da qualidade
Riscos em 10 peças
X = 46.09
44
0.3
40 LCL = 39.99
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 0.2
hora
0.1 U = 0.115
desvio padrão amostral
8- UCL= 8.01
6-
0.0 LCL = 0
4-
S= 3.12
0
10
10
0
1
0
1
1
11
10
01
01
01
01
01
01
2-
20
20
20
20
/2
/2
/2
l/2
l/2
/2
n/
n/
t/
ai
ov
ar
ar
ai
Ju
Ju
Se
Ja
Ja
M
M
M
N
0- LCL = 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
hora
Figura 31: gráfico U de rsicos por 10 peças.
Figura 30: gráfico Xbarra/S do diâmetro
28
As sete ferramentas da qualidade
16 6 34.8 6
UCL = 5.568
17 7 26.5
numero de acidentes
18 5 30.0 4
19 14 31.3 3
2
20 13 31.6 1
U = 1.68
21 11 29.4 0 LCL = 0
22 6 28.6
1
ov 1
12
0
0
0
ai 0
1
0
1
1
1
ov 0
01
1
01
01
01
1
01
01
01
01
1
1
20
20
20
20
20
23 6 27.5 /2
/2
2
/2
/2
l/2
l/2
/2
t/
n/
n/
n/
t/
ar
ar
ai
Se
Ju
Ju
Ja
Se
Ja
Ja
M
N
M
M
N
mês
24 9 32.6
25 11 31.7 Figura 33: gráfico de controle U de acidentes por mês.
0.5
MGP02 era a grande responsável pelos
0.4
acidentes. Com uma investigação descobriu-se
0.3 U = 0.2880
0.2
que era uma unidade recém-aberta e as regras
0.1
para acidentes não estavam sendo seguidas.
0.0 LCL = 0.;0021 Como medida foi realizada uma ação de
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25
conscientização e fiscalização das regras, o
hora
que eliminou o problema nessa regional.
Figura 32: gráfico U de defeitos por m2 de tecido..
29
As sete ferramentas da qualidade
Outras vezes os dados aparecem na forma de Para facilitar a decisão sobre qual gráfico de
percentual de defeituosos como, por exemplo, controle devemos utilizar disponibilizamos
o percentual de peças com rebarba em uma a árvore de decisão na Figura 35. A primeira
linha de produção. Nesses casos utilizamos decisão que devemos tomar é se a variável
o gráfico P (de percentual). A EDTI sempre é classificação (defeituosa), contagem
utilizou de gráfico de controle para monitorar (defeitos) ou contínua. Quando a variável
seus indicadores e um dos mais importantes é de classificação utilizamos o gráfico p,
indicadores comerciais é o percentual de de proporção. Já quando a variável é de
propostas fechadas sobre enviadas. Em cada contagem utilizamos o gráfico U, de defeitos
mês coletávamos o número de propostas por unidade.
enviadas e acompanhávamos cada uma das
Quando a variável é contínua existe mais uma
propostas para saber se seria fechada ou
etapa de decisão: o tamanho da amostra.
negada. Nesse caso o tamanho do subgrupo era
Quando cada ponto representa uma medida,
variável – o total de propostas enviadas no mês.
como no exemplo da Figura 28, utiliza-se,
1.0
Gráfico P de Propostas Fechadas geralmente, o gráfico I, de individuais (o gráfico
de individuas segue a suposição de distribuição
Proporção de propostas fechadas
0.9
UCL = 0.8796
normal e o livro de Douglas Montgomery,
0,8
Statistical quality control: a modern introduction
P = 0.7309
0.7
apresenta maiores detalhes). Quando cada
0.6 LCL = 0.5821 ponto representa a média de 2 ou mais
0.5 unidades, o gráfico adequado é o X-barra/ S,
como no exemplo da Figura 29.
05
05
06
7
00
00
00
00
00
00
20
20
20
/2
/2
/2
l/2
2
t/
t/
n/
ov
ar
ai
ov
Ju
Se
Se
Ja
Ja
M
M
N
30
As sete ferramentas da qualidade
Tipos de Dados
CONTAGEM OU CONTINUOS
CLASSIFICAÇÃO (Dados de Variáveis)
(Dados de Atributo)
Contagem Classificação
O conceito básico em atribuir que um ponto fora dos limites é causa especial vem do fato
de sua baixa probabilidade de acontecer caso o processo não tenha mudado. Existem
outras regras, apresentadas na Figura 36, que também apontam padrões com baixa
probabilidade de acontecer se somente causas comuns atuam no processo.
31
UM EXEMPLO
DE APLICAÇÃO
Um exemplo de aplicação
N
esse capítulo final vamos reunir as e com a possibilidade de perder o cliente,
principais lições discutidas nesse livro decidiu que era muito importante reduzir
em um estudo de caso completo. o número produtos que eram entregues
Esse estudo de caso é uma adaptação de com embalagens danificadas. O diretor
um projeto desenvolvido e orientado por de armazenamento, Pedro, sugeriu que a
nossa equipe que o ajudará a entender como empresa implementasse as ferramentas
as ferramentas da qualidade são utilizadas da qualidade. Pedro havia tido seu
em uma iniciativa de melhoria real. Nesse primeiro contato com estas ferramentas
caso foram utilizadas 4 ferramentas: gráfico lendo livros sobre qualidade. O restante
de controle, folha de verificação, gráfico de da diretoria resolveu aceitar esta ideia.
Pareto e diagrama de causa e efeito. Decidiram colocar logo as ideias em prática
e determinaram que o Pedro seria o líder do
A Rapidão Transportes é uma empresa que
projeto.
atua no ramo de transporte de mercadorias
na cidade de São Paulo com mais de 50 anos O primeiro passo foi colocar em um gráfico
de mercado. Ela possui diversos clientes, de controle os dados sobre o percentual
entre eles podemos destacar a Casa dos de embalagens da Casa dos Brinquedos
Brinquedos, uma organização que produz danificadas nos últimas 2 anos, onde eles
brinquedos para crianças de 4 a 10 anos perceberam que nos últimos dois meses
de idade e que tem uma forte participação o percentual de embalagens danificadas
no mercado. A Rapidão Transportes é havia subido consideravelmente (era uma
responsável por retirar os produtos na causa especial).
fábrica da Casa dos Brinquedos, localizados
a 100 km de São Paulo, e transportá-lo até 0.20
0.10
tem recebido diversas reclamações da Casa UCL = 0.0795
0.00 LCL = 0
o que ocasionava grande perda de produtos,
1
12
11
2
2
2
ov 1
12
1
11
2
01
01
01
01
01
1
01
01
20
0
20
20
/2
/2
l/2
/2
/2
/2
/2
l/2
t/
t/
n/
n/
ar
ov
ar
ai
ai
Se
Ju
Se
Ju
Ja
Ja
N
M
M
M
33
Um exemplo de aplicação
Frequência
de melhoria resolveu estudar onde se 20
Porcentagem
80
15 60
encontravam os defeitos e em quais turnos 10
5
40
20
s
s
y
ra
ro
ça
m
ra
er
t
am
i
pe
Ou
ve
isso, elaboraram uma Folha de Verificação
Gu
Ca
M
da
20
er
do
s
p
do
Su
ói
do
er
an
e coletaram as informações de todas as
u
a
sc
c
m
X-
ne
ee
Co
s
Bo
ça
da
e
pa
ab
embalagens danificadas.
Es
C
a-
br
e
Qu
Frequência 15 4 2 1 1
Porcentagem 65,2 17,4 8,7
Folha de Verificação
4,3 4,3
% Acumulada 65,2 82,6 91,3 95,7 100,0
30
100
Tipo de CaminhãoTransportado:
25
80
20
Porcentagem
Frequência
Produto: 60
Este lado 15
para cima
40
10
20
5
34
Um exemplo de aplicação
0.20
0.15
Proporção
0.10
UCL= 0.0786
Figura 41: diagrama de causa e efeito elaborado pela
equipe. 0.05
P = 0.0286
12
1
13
11
12
13
11
1
12
2
levantaram diversas hipóteses para o porquê 01
01
01
20
20
20
20
20
20
20
l/2
/2
l/2
t/
r/
n/
n/
n/
t/
r/
r
Ju
Ou
Ab
Ju
Ou
Ab
Ab
Ja
Ja
Ja
dos problemas ocorrerem. Ao longo da análise,
a equipe descartou diversas hipóteses e Figura 42: gráfico de controle P do percentual de embala-
gens danificadas.
sobraram duas que chamaram muita atenção
da equipe: o material da embalagem e o método
de empilhamento.
35
Referencias
Referências
Deming, W. E. The New Economics for Industry, Governament, Education. EUA:
Massachussets Institute of Technology, 1993.
Juran, J. (ed.). Quality Control Handbook (3a ed.). EUA: McGraw-Hill, 1979
Kume, H. Statistical Methods for Quality Improvement. Japão: Quality Resources, 1987.
Langley, G.; Moen, R.; Nolan, K.; Nolan, T.; Norman, C.; Provost, L. Modelo de Melhoria. Brasil:
Mercado de Letras. 2011.
Langley, G.; Moen, R.; Nolan, K.; Nolan, T.; Norman, C.; Provost, L. The improvement
Handbook: Models, Methods and Tools for Improvement. EUA: API, 2005.
Montgomery, D.C. Introduction to Statistical Quality Control (6a ed.). EUA: John Wiley e Sons,
2009.
Scholtes, P.; Joiner, B.; Streibel, B. The Team Handbook. EUA: Oriel. 2003.
Shewhart, W.A. Economic Control of Quality of Manufactured Product. EUA: Wis., 1931.
Shewhart, W.A. 1939. Statistical Method from the Viewpoint of Quality Control (editado por
W.E. Deming). EUA: Graduate School, Department of Agriculture.
Tague, N.R. The Quality toolbox. 2a ed. ASQ Quality Press, 2004.
Tufte, E. The Visual Display of Quantitative Information. Chesire, Conn.: Graphics Press,
1983.
36
A Escola EDTI, com base em uma longa
negócios.