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MEDIDORES DE CONTATO INDIRETO

Os medidores de contato indireto podem ser classificados em três grupos:

 Pirômetro Ótico;
 Piirômetro Fotoelétrico;
 Pirômetro de Radiação;

1. Pirômetro Ótico

Trabalham por comparação de cor, o operador do medidor faz uma comparação entre a
cor de um filamento aquecido ao rubro com a cor do objeto em medição. A cor do
filamento é definida pela corrente elétrica que circula pelo mesmo, a qual é medida por
um miliamperímetro com uma escala relativa a temperatura do objeto. Este medidor
apresenta pouca precisão por estar dependente da comparação feita pelo olho humano. A
faixa de medição normalmente começa em 600°C. [1]

O pirômetro óptico é usado para medir a temperatura dos fornos,


metais fundidos e outros materiais ou líquidos superaquecidos, na
Figura X podemos verificar uma figura esquemática deste instrumento.

Figura X. Ilustração esquemática do Pirômetro Ótico

Não é possível medir a temperatura do corpo altamente aquecido com a


ajuda do instrumento do tipo de contato. Portanto, o pirômetro sem
contato é usado para medir sua temperatura. [2]

Os pirômetros permitem medições de temperatura sem contato usando


várias técnicas, como a expansão aquecida de uma haste de metal ou a
intensidade de uma corrente termoelétrica. O tipo óptico pode detectar
radiação térmica, que é o calor emitido na forma de ondas
eletromagnéticas. [2]

O pirômetro óptico é calibrado para filtrar os comprimentos de onda da


banda das ondas eletromagnéticas para detectar incandescência de
objetos aquecidos. Ele contém um sistema óptico que captura os
comprimentos de onda da luz e um detector que mede a intensidade da
radiação e a corresponde à temperatura. [2]

Com base no princípio científico de que todos os corpos negros emitem


incandescência de cor semelhante a uma temperatura correspondente,
o pirômetro óptico mede a intensidade via calibração que corresponde à
emissividade do material a intervalos de temperatura e tempo.
Dispositivos modernos também calculam erros estatísticos através de
repetições de medidas. [2]

Essas ferramentas podem ler não apenas elementos extremamente


quentes, como processos de produção e fornos, mas também
equipamentos em movimento e difíceis de alcançar. [2]

Uma desvantagem de alguns projetos de pirômetros ópticos é que eles


se baseiam nos julgamentos dos usuários para comparar faixas de
cores.

Outra é a necessidade de ter uma linha direta de visão para o alvo que
está sendo medido. Encontrados em diversos setores e serviços
técnicos, os dispositivos inovadores permitem leituras consistentes de
objetos instáveis ou em movimento e fluidos fundidos. Eles podem
detectar diferentes temperaturas de superfície e núcleo. [2]

2. Pirômetro Ótico

Os Pirômetros fotoelétricos ou infravermelhos empregam sensores que atuam na faixa do


infravermelho. Portanto, sensores de infravermelho não só operam em altas
temperaturas, temperaturas, mas também podem ser usados nos processos industriais .
Cobrem a faixa aproximada de 0 °C até 4000 °C, captando a energia radiante no espectro
infravermelho. [3]

A intensidade da energia infravermelha emitida de um objeto aumenta ou diminui em


razão da sua temperatura.

Este tipo de medidores são caracterizados pela sua rapidez, respondendo na casa dos
milisegundos. [3]

Sua construção consiste, basicamente, em um sistema óptico e um detector, onde o


sistema óptico foca a energia irradiada pelo corpo sobre o detector. Medem uma faixa
típica de comprimentos de onda entre 0,7 e 20 μm. [3]

A região do infravermelho é utilizada dentro do espectro eletromagnético. Pela medição


da sua radiação térmica, se mede a temperatura de objetos, como podemos ver na Figura
X. [3]
Figura X. Espectro de cores e Radiação Térmica. [3]

O sistema de medição infravermelha consiste das seguintes etapas: [3]

 Os pirômetros infravermelhos coletam a radiação infravermelha da região de uma


superfície através de uma lente;
 A lente capta a radiação infravermelha emitida pela superfície incluída na sua área
de foco. – A radiação é, então, refletida e focada em um sensor;
 A partir da magnitude de radiação absorvida pelo sensor, pode-se ter o valor da
temperatura da superfície emissora;
 A tensão de saída do sensor é uma medida direta da radiação absorvida por ele.

As Figura X e Y abaixo apresentam o processo de medição por infravermelho. [3]

Figura X. Processo de Medição por Infravermelho. [3]

Figura Y. Componentes do Instrumento de Medição por Infravermelho. [3]


A distância do medidor infravermelho em relação ao alvo influencia na resposta conforme
as especificações do fabricante. A medida é executada levando em conta a área
enquadrada pelo instrumento de acordo com a sua abertura, como podemos ver na Figura
X. [3]

Figura X. Distâncias Ideais de Medição. [3]

Há questões que precisamos saber quando utilizamos termômetros infravermelhos: [3]

 O alvo deve ser oticamente visível ao termômetro infravermelho;


 O alto nível de sujeira ou fumaça fazem a medição perder precisão;
 Obstáculos como um tanque metálico fechado, só é possível a medição na
superfície do mesmo, não podendo ser medido a temperatura do produto no
interior do tanque;
 A parte ótica do sensor deve ser protegida de sujeira e líquidos condensados.

3. Pirômetro de Radiação

A medição de temperatura através de pirómetros de radiação traz várias vantagens: é


rápida, não requer contato, não afeta a temperatura do objeto que se pretende medir,
tem um elevado tempo de vida. Portanto, para temperaturas superiores a 1800ºC, não há,
de fato, outra alternativa prática. [4]

Mais especificamente, o pirômetro de radiação é o medidor a escolher quando o objeto


cuja temperatura se pretende medir está sob as seguintes condições: [4]

 Move-se, roda, vibra;


 Está sob o efeito de campos magnéticos fortes (ex. aquecimento por indução);
 Sofre mudanças de temperaturas muito rápidas (ex. fundição, incineradora);
 Está localizado em posição inacessível (dentro de um recipiente);
 Requer medidas de temperatura ao longo da sua superfície;
 Está a temperaturas demasiado elevadas para um termômetro de contato, ou seja,
superiores a 1400ºC (Ex: Está dentro de um forno ou de uma fundição);
 Está fisicamente inacessível para um termómetro de contato;
 Pode danificar-se ou contaminar-se por contato com um medidor (ex. indústria
vidreira, farmacêutica, química, alimentar;
 Tem uma distribuição superficial de temperaturas muito variada;
 É feito de um material com baixa capacidade calorífica ou condutividade térmica;
 Tem uma aparência translúcida ou encontra-se na fase gasosa (ex: Gases de
combustão);
 Requer medições de temperatura rápidas e frequentes.

Como é ilustrado na Figura X, a energia recebida pelo sensor pode não refletir a verdadeira
temperatura do objeto. A refletividade R e a transmissividade T são conceitos associados à
natureza do objeto (opaco ou translúcido) e às condições atmosféricas na zona entre sensor e
objeto. [4]

Figura X. Relação da energia do objeto com a captada pelo sensor. [4]

Um esquema genérico de um pirômetro de radiação é indicado na Figura X abaixo: [4]

Figura X. Esquema genérico de um pirômetro de radiação. [4]

Existem vários tipos de pirômetros de radiação: estes podem-se englobar em duas classes -
pirômetros de banda larga e pirômetros de banda estreita, que são os óticos, vistos
anteriormente. Na primeira classe usa-se uma relação exponencial entre a energia total da
radiação emitida e a temperatura. Na segunda, usa-se a variação da emissão de energia de
radiação monocromática com a temperatura. [4]

Dentro dos pirômetros de banda larga encontram-se os pirómetros de radiação total e de


infravermelhos. Nestes aparelhos, como visto na Figura X, a radiação proveniente de um
objeto é coletada pelo espelho esférico e focada num detector de banda larga D, que emite
um sinal que é função da temperatura. O valor de temperatura indicado é um valor médio da
temperatura dos corpos que se encontram dentro do seu campo de visão, pelo que uma
característica importante é a sua abertura. [4]

Figura X. Diagrama Esquemático dos Pirômetros de Banda Larga.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA – CST/SENAI – Disponível em:


<https://docente.ifrn.edu.br/gustavosouza/2012.2/3-qui-int-1v/Instrumentacao%20Basica
%20II%20-%20Vazao-%20Temperatura%20e%20Analitica%20-%20SENAI.pdf> Acessado em
Outubro de 2020.

[2] PIRÔMETRO ÓTICO – PORTAL SÃO FRANCISCO - Disponível em: <


https://www.portalsaofrancisco.com.br/fisica/pirometro-optico> > Acessado em Outubro de
2020.

[3] INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E


TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL – CAMPUS RIO GRANDE – Disponível em: <
http://academico.riogrande.ifrs.edu.br/~mauricio.ortiz/INSTRUMENTA%C7%C3O/Aula
%2024%20-%20Medi%E7%E3o%20de%20Temperatura%20-%20Pir%F4metros.pdf> >
Acessado em Outubro de 2020.

[4] PIRÔMETRO DE RADIAÇÃO – Disponível em:


<https://www.eq.uc.pt/~lferreira/BIBL_SEM/global/piromet/pdf/pirometro> Acessado em
Outubro de 2020.

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