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UNIVERSIDADE FEDERAL DE

UBERLÂNDIAFACULDADE DE
ENGENHARIA MECÂNICA
Graduação em Engenharia
Aeronáutica

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DA DISCIPLINA DE INSTRUMENTAÇÃO


(FEMEC41070)
Professor Professor. Dr. José Jean-Paul Zanlucchi de Souza Tavares

Análise Dinâmica de Sensor de Temperatura

Eduardo de Sousa Barbosa 12111EAR028


Patricia Lourenço Croxela 11711EAR027
Neves Manuel Pedro 12011EAR036

Uberlândia, abril 2024


Sumário
1- Introdução..................................................................................................................... 3
2- Objetivos ...................................................................................................................... 3
3 – Materiais e métodos .................................................................................................... 4
4- Análise e Resultados. ................................................................................................... 6
5- Conclusão ..................................................................................................................... 8

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1- Introdução
Nas indústrias, diversos sensores são utilizados para medições e, dentre eles, os sensores
de temperatura servem para saber o quão quente ou frio está em algum determinado
lugar e equipamento.

Os sensores de temperatura podem ser de diversos tipos, como termopares,


bimetálicos, por radiação e termo resistivos, porém, eles possuem atraso na leitura
devido a inércia térmica, visualizada na Figura 1, que mostra a temperatura atual e a
leitura após um degrau de temperatura aplicado no sistema.

Figura 1: Resultado de um ensaio de entrada tipo degrau unitário a um sensor de temperatura.

2- Objetivos
O relatório tem como objetivo levantar as características dinâmicas de um sensor de
temperatura do tipo LM35.
Objetivos específicos:
• Determinar o regime permanente do sistema de medição após um degrau
unitário;
• Identificar o tempo necessário para atingir 63% do valor de regime
permanente (tempo de atraso).

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3 – Materiais e métodos
Para a realização do equipamento, será aplicado um degrau de temperatura logo
após o início da coleta dos dados, aplicando uma tensão constante em uma lâmpada de
filamento de carro, que aquece devido a corrente passando pelo filamento metálico.
Essa temperatura é captada pelo sensor de temperatura e seus dados de tensão são
coletados pela placa de aquisição com um script do MatLab.

Desta forma, foram coletados 18000 dados a uma frequência de 100 Hz para a ida e
volta do degrau de temperatura aplicado, com tensão constante de 8 v.

Neste experimento, serão utilizados os seguintes equipamentos:

• Computador com software Matlab;


• Sensor de temperatura LM35;

O sensor LM35 é um dispositivo preciso e confiável para medir a temperatura


com uma saída de tensão, que facilita sua integração a uma variedade de aplicações
eletrônicas.

Figura 2: LM35

• Placa de aquisição NI USB-6008;

O NI USB-6008 é um versátil instrumento de aquisição de dados usado em


laboratórios e indústrias, com oito canais de entrada analógica de alta resolução (12
bits) e frequência de aquisição de 10.000 Hz. Oferece 13 canais de E/S digitais e
pode ser alimentado por USB ou fonte externa, com tensão de operação entre 9-30
VCC.

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Figura 3: NI USB-6008
• Lâmpada de carro;

Lâmpada de filamento usada em carros e motos para setas e iluminação do interior


do veículo.

Figura 4: Lâmpada de carro


• Módulo 2000 da Datapool.
O Módulo 2000 do Datapool é uma plataforma educacional versátil para coleta
de dados em tempo real. Composta por dispositivos conectáveis, com diversos
sensores e atuadores, que facilitam a coleta, armazenamento e análise de
informações em uma variedade de aplicações.

Figura 5: Módulo 2000 da Datapool

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4- Análise e Resultados.
Neste experimento, foram coletados 18000 dados com o auxílio do Módulo 2000
da Datapool e transdutor de temperatura a uma frequência de 100 Hz.

No primeiro experimento o sensor foi submetido a um degrau unitário positivo,


inicialmente. Após um período, houve uma transferência de calor via convecção e
radiação. Desligou-se e obtivemos um gráfico exponencial crescente de primeira ordem,
como ilustra o gráfico.

Tendo selecionado dois pontos aleatórios, buscamos o valor de saída


correspondente à 63% e consequentemente, o tempo de atraso que será a diferença entre
o tempo de saída e o tempo inicial, conforme os cálculos a baixos:

Y= 6,72748

Y0 = 1,44518

X0 = 3,40

O valor correspondente a 63% da saída fica: (6,72748 – 1,44518) *0,63 = 3,32782884

3,32782884 + 1,44518 = 4,77300884 o tempo equivalente a 63% é 4,603 s

Assim a variação de tempo fica: ∆𝒕 = 𝟒, 𝟔𝟎𝟑 − 𝟑, 𝟒𝟎 = 𝟏, 𝟐𝟎𝟑 𝒔

Figura 6: Gráfico de Temperatura aplicado a um degrau unitário negativo.

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No segundo experimento, depois de estar em regime o mesmo sensor foi
submetido ao desligamento da excitação térmica, similar a um degrau unitário negativo.

De igual modo, selecionamos dois pontos aleatório, buscamos o valor de saída


correspondente à 63% e consequentemente, o tempo de atraso que será a diferença entre
o tempo de saída e o tempo inicial, conforme os cálculos a baixos:

Y= 6,91103

Y0 = 1,67972

X0 = 2,38

O valor correspondente a 63% da saída fica: (6,91103 – 1,67972) *0,63 = 3,2957253

3,2957253 + 1,67972 = 4,9754453 o tempo equivalente a 63% é 2,468 s

Assim a variação de tempo fica: ∆𝒕 = 𝟐, 𝟒𝟔𝟖 − 𝟐, 𝟑𝟖 = 𝟎, 𝟎𝟖𝟖𝟑 𝒔

É visível que após o desligamento do sensor a temperatura decaiu de forma


exponencial, tal como ilustra a figura 7.

Portanto, tempo de atraso que leva o sensor absorver a temperatura quando ligado,
tanto quanto o dispositivo é desligado eles apresentam um erro associado por vários
fatores, mas principalmente por conta do ambiente onde fora realizado o experimento.

Figura 7: Gráfico de Temperatura aplicado a um degrau unitário negativo.

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5- Conclusão

Com base nos resultados, pode-se então comparar o comportamento dinâmico do sensor
durante uma excitação térmica e após a retirada da mesma, sendo a variação para o
aquecimento quase que 14 vezes a mais que no resfriamento, ou seja, o tempo de resposta
para o resfriamento foi bem mais rápido. Por meio das curvas características, também é
possível inferir que o comportamento dinâmico do sensor é de primeira ordem, devido à
presença de atraso e ausência de máximo sobressinal e oscilações senoidais.

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