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DELEGAÇÃO DE MANICA
SECTOR ACADÉMICO/PEDAGÓGICO
Ciências Sociais é um ramo das ciências, que estuda os aspectos sociais do mundo
humano, ou seja, a vida social de indivíduos e grupos humanos. Isso inclui antropologia,
sociologia, ciência política, estudos da comunicação, marketing, administração,
arqueologia, geografia humana, história, ciência da religião, contabilidade, economia,
direito, psicologia social, filosofia social, e serviço social.
Ao contrário das Ciências Naturais, as Ciências Sociais lidam não apenas com o que se
chama de realidade, com fatos exteriores aos homens, mas igualmente com as
interpretações que são feitas sobre a realidade. Neste sentido, no que se refere ao objeto
de estudo e, consequentemente ao método de investigação, as ciências sociais diferem
bastante das ciências naturais.
Tal diferença, aliás, suscita intensos debates quanto à validade e o rigor científico do
conhecimento produzido pelas ciências sociais. Os argumentos utilizados têm como
princípio epistemológico a dificuldade de reconhecê-las como verdadeiras ciências, à
medida que elas tratam com eventos complexos, de difícil determinação, uma vez que
envolvem valores e significados socialmente dados.
Outra questão reside no fato de estar o pesquisador social, de alguma forma, envolvido
com os fenômenos que pretende investigar dificultando a objetividade e a neutralidade
científica. É possível, percebermos, portanto, que as ciências sociais não podem ser
enquadradas em “modelos” de cientificidade de outras ciências, pois possuem uma
racionalidade e especificidades próprias, relativas ao seu objeto de estudo.
Por essa razão, cada vez mais as Ciências Sociais são utilizadas em diversos campos da
atividade humana. Campanhas publicitárias, campanhas eleitorais, elaboração de
políticas públicas, até mesmo a programação de redes de rádio e televisão levam cada
vez mais em conta resultados de investigações sócio-antropológicas, à medida que estas
buscam entender as pessoas envolvidas em cada uma dessas atividades, suas crenças,
valores e ideias.
Com as mudanças cada vez mais rápidas e profundas dos padrões morais e culturais das
sociedades contemporâneas, mais relevantes se tornam as análises que visam
compreendê-las. Deslocamentos de pessoas e grupos motivados pelo processo de
globalização da economia, que intensificou os fluxos migratórios em todo planeta,
trocas culturais proporcionadas pelo estabelecimento de uma “sociedade em rede”,
novos modelos de família e conjugalidade, novas configurações no campo religioso,
entre outros, constituem temas de trabalhos de cientistas sociais contemporâneos.
Problemas Sociais e Problemas sociológicos
Sabem que vários problemas que nos afetam individualmente são compartilhados por
outros tantos indivíduos, constituindo-se, por assim dizer, problemas sociais. Entretanto,
existe uma diferença entre problemas sociais e problemas sociológicos. O “problema
social” designa comumente algo que atinge um grupo, ou uma categoria de indivíduos,
as drogas, por exemplo. Embora a classificação de um problema social possa ser
subjetiva, afinal de contas, o que é um problema para nossa cultura pode não ser em
outra.
Em outras palavras, o problema social é uma situação que afeta um número significativo
de pessoas e é julgada por estas ou por um número significativo de outras pessoas como
uma fonte de dificuldade ou infelicidade e considerada suscetível de melhoria. Já os
problemas sociológicos são o objeto de estudo da Sociologia enquanto ciência, a qual se
debruça sobre esses para compreender suas características gerais.
O conceito de cultura
No sentido antropológico, portanto, a cultura é um conjunto de regras que nos diz como
o mundo pode e deve ser classificado. Ela, como os textos teatrais, não pode prever
completamente como iremos nos sentir em cada papel que devemos ou temos
necessariamente que desempenhar, mas indica maneiras gerais e exemplos de como
pessoas que viveram antes de nós o desempenharam.
No entanto, não é nada fácil vivenciar uma outra cultura diferente da nossa. Por
quê?
Não sentimos nossa cultura como uma construção específica de hábitos e costumes:
pensamos que nossos hábitos e nossa forma de ver o mundo devem ser os mesmos para
todos! Naturalizamos nossos costumes e achamos o do outro “diferente”. Diferente de
quê? Qual é o padrão “normal” segundo o qual analisamos o “diferente”? Geralmente
estabelecemos a nossa cultura como o padrão, a norma. Assim tudo que é diferente é
concebido como estranho, e mesmo errado. Tal postura é o que denominamos
etnocentrismo.
Relativismo cultural
Outro autor importante para a formação do pensamento burguês foi John Locke,
pioneiro do pensamento político liberal. Para esse autor, o Estado existe a partir do
contrato social. Tem as funções que Hobbes lhe atribui , mas sua principal finalidade é
garantir o direito natural da propriedade..
As revoluções burguesas Foi neste contexto que a Europa viu acontecer muitas e
importantes mudanças no cenário político, econômico e social, como as revoluções
Francesa e Industrial. Essas revoluções formaram, assim, a base do Estado moderno.
Por isso, o que se chama normalmente de revolução burguesa é o processo pelo qual o
sistema capitalista passou a dominar a vida humana. Burguesia é a classe social surgida
no mundo feudal da Idade Média europeia. Originalmente, são os artesãos de diversos
ofícios e os comerciantes que se concentram em locais que virão a serem as cidades
medievais.
A palavra burguês significa homem do burgo, isto é, da cidade medieval. Era, pois,
uma classe citadina que se formava e que trazia um modo de produção diferente,
baseado na exploração do trabalho como fonte de riqueza. É interessante observar que a
palavra alemã Bürger, homem do burgo, da cidade, pode significar burguês ou cidadão.
O Código Civil alemão, tão importante para os estudos jurídicos, chama-se, em alemão,
Bürgergeseztbuch, livro de leis do cidadão.