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V e VI
Eusebiozinho 2. Eusebiozinho é alvo de troça, como vai ser até ao fim da obra. Castigo da sua
educação. Agora quer fazer política, é membro do Partido Progressista (ironia!)
Carlos ocioso 4. Carlos estava "indolente e bocejando". Bocejar é o verbo que o caracteriza
neste momento em que os seus projectos entram em crise. O laboratório
estava pronto, mas "jazia virgem e ocioso". Carlos estava muito mais interes-
sado no jogo com o velho Randon, no luxo, nos cavalos e no bricabraque. O
narrador, sempre crítico, destaca que ele salvara de um garrotilho a filha de
um brasileiro e ganhara as primeira libra, " a primeira libra que pelo seu tra-
balho ganhava um homem da sua família".
Ega 5. Ega abandonara ou adiara sine die os seus projectos; estava interessado em
Raquel Cohen com quem mantinha um adultério elegante e escondido. Tam-
bém abandonou os furores naturalistas para fazer o elogio de Victor Hugo,
pelo seu lado romântico.
Carlos e E g a : 6. Há quem veja nas personagens de Carlos e Ega uma projecção da ineficácia
projecção da prática da Geração Revolucionária de Coimbra (Questão Coimbrã e Confe-
geração de
rências do Casino) e a frustração derivada do desfasamento entre o ideal e
Coimbra
realidade. O narrador é cáustico na ironia.
Carlos e Craft, 8. O tema nuclear discutido é a Literatura, ou seja, a oposição entre Roman-
projecção do tismo e Naturalismo, tema que abre e fecha o episódio. A opinião de Carlos e
autor
Craft é possivelmente a do autor, nesta fase da sua evolução literária. Vê-se
como se vai afastando do Naturalismo e aproximando do Impressionismo,
Parnasianismo e Simbolismo.
Ponto de vista 9. Carlos vê pela primeira vez aquela que para sempre ficará gravada na sua
interno
consciência. Era ele que tinha o papel de focalizar este episódio e, por isso,
Carlos vê Maria
Eduarda: não pode deixar de observar a " sua deusa". O ponto de vista interno repre-
í." função nu- senta o afastamento das normas naturalistas que exigiam um narrador
clear da intriga sempre omnisciente.
Retrato de 10. Retrato de Maria Eduarda: a simbologia das cores, da cadelinha e de todos
Maria Eduarda os elementos que indiciam possibilidades de fixação. Comparar esse retrato
com o de Maria Monforte.
A dimensão 1 1 . Carlos, obcecado com a imagem, sonha com ela. A dimensão onírica é já
onírica
uma característica do simbolismo. A subjectividade é um afastamento da
objectividade defendida pelos naturalistas.