Você está na página 1de 1

Inhas de reflexão Caps.

V e VI

Ociosidade 1. O início do cap. V mostra-nos o parasitismo social de quem consome e nada


produz, gastando o tempo em ócios inúteis. Afonso da Maia, o general
Sequeira, D. Diogo, o Marquês de Souselas, Steinbroken e outros entregam-
-se ao jogo, símbolo da ociosidade.

Eusebiozinho 2. Eusebiozinho é alvo de troça, como vai ser até ao fim da obra. Castigo da sua
educação. Agora quer fazer política, é membro do Partido Progressista (ironia!)

Steinbroken 3. É traçado o retrato de Steinbroken, um embaixador inútil, que passa a vida


em"serões, onde canta de vez em quando algumas melodias finlandesas.

Carlos ocioso 4. Carlos estava "indolente e bocejando". Bocejar é o verbo que o caracteriza
neste momento em que os seus projectos entram em crise. O laboratório
estava pronto, mas "jazia virgem e ocioso". Carlos estava muito mais interes-
sado no jogo com o velho Randon, no luxo, nos cavalos e no bricabraque. O
narrador, sempre crítico, destaca que ele salvara de um garrotilho a filha de
um brasileiro e ganhara as primeira libra, " a primeira libra que pelo seu tra-
balho ganhava um homem da sua família".

Ega 5. Ega abandonara ou adiara sine die os seus projectos; estava interessado em
Raquel Cohen com quem mantinha um adultério elegante e escondido. Tam-
bém abandonou os furores naturalistas para fazer o elogio de Victor Hugo,
pelo seu lado romântico.

Carlos e E g a : 6. Há quem veja nas personagens de Carlos e Ega uma projecção da ineficácia
projecção da prática da Geração Revolucionária de Coimbra (Questão Coimbrã e Confe-
geração de
rências do Casino) e a frustração derivada do desfasamento entre o ideal e
Coimbra
realidade. O narrador é cáustico na ironia.

Jantar no 7. O jantar no Hotel Central é o primeiro exemplo dos "Episódios da Vida


Hotel Central Romântica". Tem por objectivos retratar a sociedade lisboeta (portuguesa) da
segunda metade do séc. XIX e apresentar Carlos a essa sociedade.

Carlos e Craft, 8. O tema nuclear discutido é a Literatura, ou seja, a oposição entre Roman-
projecção do tismo e Naturalismo, tema que abre e fecha o episódio. A opinião de Carlos e
autor
Craft é possivelmente a do autor, nesta fase da sua evolução literária. Vê-se
como se vai afastando do Naturalismo e aproximando do Impressionismo,
Parnasianismo e Simbolismo.

Ponto de vista 9. Carlos vê pela primeira vez aquela que para sempre ficará gravada na sua
interno
consciência. Era ele que tinha o papel de focalizar este episódio e, por isso,
Carlos vê Maria
Eduarda: não pode deixar de observar a " sua deusa". O ponto de vista interno repre-
í." função nu- senta o afastamento das normas naturalistas que exigiam um narrador
clear da intriga sempre omnisciente.

Retrato de 10. Retrato de Maria Eduarda: a simbologia das cores, da cadelinha e de todos
Maria Eduarda os elementos que indiciam possibilidades de fixação. Comparar esse retrato
com o de Maria Monforte.

A dimensão 1 1 . Carlos, obcecado com a imagem, sonha com ela. A dimensão onírica é já
onírica
uma característica do simbolismo. A subjectividade é um afastamento da
objectividade defendida pelos naturalistas.

Expressivi- 12. Analisar a expressividade da linguagem em dois momentos: as palavras do


dade da
narrador a propósito de Alencar (págs. 162: "Pobre Alencar..." e 163 até
linguagem
"encavacou") e a visão onírica de Maria Eduarda (págs. 184-185).

Você também pode gostar